Brasil registra 61 mortes por Covid-19 e mais de 1.800 casos
O Brasil registrou 61 mortes por Covid e 1.879 casos da doença nesta segunda-feira (21). Com isso, o país chega a 689.064 vidas perdidas e 35.066.199 infectados desde o início da pandemia. A média móvel de mortes é de 45 por dia, com alta de 18% na comparação com o dado de 14 dias atrás. Já a média móvel de casos está em 14.971 por dia, com alta de 240% no mesmo período.
Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Sergipe não registraram óbitos. No Mato Grosso do Sul e em Rondônia não houve casos e nem mortes nas últimas 24 horas. Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus.
As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Ao todo, 181.920.185 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen, são 171.951.963 pessoas com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen. Assim, o país já tem 84,68% da população com a 1ª dose e 80,04% dos brasileiros com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.
Até o momento, 105.845.052 pessoas já tomaram a terceira dose, e 36.031.158, a quarta.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.
Folha de S. Paulo
Bahia registra 2.988 casos de Covid-19 e mais 5 óbitos
Foto: Divulgação/Arquivo |
Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
As informações de imunização contra a Covid-19 continuarão sendo disponibilizadas no Painel de Vacinação, no site (clique aqui). Os dados serão atualizados toda segunda-feira. Esta mudança em nada compromete a ação da vigilância à saúde no monitoramento da doença.
PGR articula com governo uso da Força Nacional contra interdições em estradas
Foto: Divulgação/Polícia Federal |
Aras disse que entrará em contato com o governo de Mato Grosso para que o Executivo estadual requisite ao governo federal o auxílio da corporação, segundo prevê a legislação que a rege.
De acordo com o Ministério Público Federal, Mato Grosso é, neste início de semana, o estado que requer mais atenção. Foram registradas pelo menos 11 interdições em rodovias federais, quatro delas com interrupção total do fluxo. Houve episódios de violência.
A avaliação dos representantes do MPF é a de que o efetivo das demais forças policiais (Federal, Rodoviária Federal e Militar) não é suficiente para atender a situação no estado.
“O ministro [da Justiça, Anderson Torres] nos assegurou que, mais uma vez, vai instar o governador do estado para que solicite apoio da Força Nacional, que está disponível para ajudar a desobstruir as rodovias”, afirmou Aras, em vídeo divulgado em seu canal no Youtube.
Na manhã desta segunda, o chefe da Procuradoria reuniu o comitê permanente de crise para avaliar a situação nas rodovias federais. Além de subprocuradores (integrantes da PGR), participaram do encontro procuradores da República no Mato Grosso, Rondônia, Pará e Paraná.
Em Rondônia, há oito pontos de bloqueios. Em relação ao estado, a informação apresentada na reunião foi a de ainda existem alguns pontos isolados de protestos.
“Em contato há pouco, com o ministro [da Justiça], ele nos informou que vai mandar reforçar imediatamente o contingente em Rondônia”, afirmou Aras.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram desfeitas 1.236 interdições desde o final da disputa eleitoral, quando os manifestantes começaram a protestar contra o resultado das urnas, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Grupos bolsonaristas estão acampados em frente a quartéis do país.
Os atos antidemocráticos voltaram a ganhar força nos últimos dias diante de uma expectativa de que o PL, partido do presidente, apresente alguma contestação sobre as urnas eletrônicas junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A PRF entrou na mira do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, após desobedecer decisão do ministro, ainda no domingo (30) do segundo turno, e realizar blitze contra veículos de transporte de passageiros.
No dia seguinte, a corporação entrou novamente em atrito com o ministro por não encerrar as manifestações de bloqueios nas rodovias.
Moraes, então, determinou ao governo a adoção imediata de “todas as medidas necessárias e suficientes” para desobstruir as rodovias ocupadas por bolsonaristas e registrou a possibilidade de prisão em flagrante do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, em caso de novo descumprimento. Segundo o ministro, naquele momento, havia “omissão e inércia” da PRF na desobstrução das vias.
Vasques tornou-se alvo de um inquérito na Polícia Federal, instaurado a partir de uma solicitação de subprocuradores que atuam no controle externo da atividade policial.
Marcelo Rocha, Folhapress
Militares salvam bebê engasgada com leite materno
Uma recém-nascida de 8 dias foi salva por policiais militares da 49ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM,) na sede da unidade, localizada no bairro de São Cristóvão. A ação foi realizada na noite de sábado (19).
Os pais da criança engasgada solicitaram apoio de urgência na sede da unidade, ao perceberem que a bebê estava engasgada. Um policial militar, ao constatar que a criança havia broncoaspirado leite materno e que estava com muita dificuldade para respirar, realizou prontamente a manobra de Heimlich, usada para desobstruir vias aéreas, e em seguida o bebê voltou a respirar.
Os PMs encaminharam com brevidade a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Cristóvão, onde recebeu avaliação médica. Os pais ficaram extremamente agradecidos pelo apoio recebido dos policiais militares.
Fonte: DCS/Polícia Militar
Submetralhadora é apreendida em Canarana
Uma submetralhadora calibre 9mm, um carregador, munições e porções de maconha foram apreendidos na cidade de Canarana, a 380 quilômetros da capital. Durante a ação realizada por equipes do 7° Batalhão da Polícia Militar (BPM/Irecê) e da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), um homem foi localizado.
Após investigações realizada pela Coorpin, as equipes detectaram um ponto de tráfico no distrito de Paz de Salobro. De acordo com o comandante da Batalhão, tenente-coronel Carlos Ferreira Dias, na ação que ocorreu na última sexta-feira (18), os PMs foram até o local e um homem atirou. Houve confronto, o indivíduo foi atingido, socorrido para o hospital municipal, mas não resistiu.
Segundo o comandante, os materiais apreendidos foram apresentados na Delegacia Territorial (DT) de Canarana.
Fonte: Poliana Lima/ Ascom SSP
PM desarticula quadrilha responsável por furtar celulares
Uma quadrilha responsável por furtos de celulares e carteiras durante a ‘Festa do Milho’, em Paripiranga, município localizado na divisa da Bahia com Sergipe, foi desarticulada pela Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste. Com o quarteto foram encontrados 12 celulares e uma quantia em dinheiro.
O comandante da Cipe/Nordeste, major Luís Paulo Ribeiro Neri, detalhou como aconteceu a prisão. “Durante rondas na área externa do evento, a nossa guarnição suspeitou de um carro estacionado. Após varreduras, encontramos com o quarteto diversos celulares, R$ 110 e duas carteiras”, contou.
O oficial ainda explicou como funcionava o esquema do bando. “Eles realizavam os crimes e passavam os bens subtraídos de um para o outro até que, no fim do evento, tentariam vender os eletrônicos”, finalizou o militar.
Os quatro criminosos, o veículo e os materiais apreendidos foram apresentados na Delegacia Territorial (DT) de Paripiranga. Durante levantamento na unidade da Polícia Civil foi constatado que um dos homens possuía passagem por roubo e outros dois tinham registro policial no estado de Sergipe pela prática de furtos.
Dos 12 celulares recuperados, sete foram devolvidos aos donos mediante a comprovação. Outros cinco aparelhos seguem na unidade aguardando os proprietários.
Fonte: Ascom l Ian Peterson
Escola estadual de Catu apresenta documentário antirracista realizado com recursos do Edital Jorge Conceição, da Sepromi
Durante todo o ano de 2022, os estudantes do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes (Cemimg), em Catu, na região Agreste de Alagoinhas, participaram de diversas ações de educação e pesquisa voltados para o conhecimento da África, dos afrodescendentes e para o combate ao racismo. Entre viagens, cine-debates, atendimentos psicológicos e outras iniciativas, os processos foram registrados no documentário “Nupea: caminhos de resistência no Cemimg”, apresentado nesta sexta-feira (18) no Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe). O projeto teve o objetivo de inserir o ambiente de ensino como espaço de resistência e foi realizado com recurso oriundo do Edital Jorge Conceição, lançado em 2021, pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), e executado este ano.
A secretária da Sepromi, Fabya Reis, comemorou o sucesso da iniciativa. “Estamos colhendo os frutos do Edital Jorge Conceição, que investiu o volume considerável de R$ 6 milhões na Rede Estadual para fortalecer a implementação da Lei 10.639, que é justamente o ensino da história da África e afro-brasileira, e também da Lei 11.645, com o estudo sobre os povos originários”.
As inscrições para o edital foram abertas para toda a rede. “As escolas puderam inscrever projetos que contemplassem professores, alunos e a comunidade no entorno. Com a experiência de Catu, vamos poder ver esse videodocumentário, resultado de um conjunto de atividades que todos os alunos realizaram junto com a direção. Isso coloca no calendário da Educação, durante todo o ano uma educação antirracista, a educação para as relações étnico raciai. Isso é sem dúvida uma ferramenta muito importante para superar o racismo estrutural em nosso Estado e em nosso País”, frisou.
O superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação (SEC), Manoel Calazans, informa que 92 escolas se inscreveram no Edital Jorge Conceição, das quais 43 foram selecionadas. “A gente não pode esquecer que a Bahia tem uma densidade de afrodescendentes gigantesca, isso tem que ser valorizado, isso tem que ser puxado para o protagonismo da escola. Não é só uma ideia de colaborar, é uma ideia de fazer parte, de pertencimento. E aí nesse sentido a gente louva essa iniciativa, parabeniza todas as escolas que foram premiadas e que fizeram a inscrição no nosso edital. Mas, neste momento, de forma muito especial, toda essa experiência exitosa do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes”.
O diretor da escola Maria Isabel de Melo Góes, Delmaci Ribeiro, conta que desde 2015 a unidade desenvolve o Clube de História. “É um projeto de pesquisa relacionado à cultura afro-brasileira. O Clube de História se atinha apenas à questão da pesquisa, e os estudantes viajam em projetos de iniciação científica, inclusive já foram para outros estados. E nós vimos no edital uma oportunidade de ampliar aquilo que já fazemos. Começamos já na Jornada Pedagógica, e fomos contemplados com um valor de R$ 44 mil”. O recurso foi usado para custear viagens de campo, para o financiamento do documentário e outras atividades sociopedagógicas, como palestras e debates.
Lorena Estrela, 17 anos, terminou o Ensino Médio no Cemimg e participou do projeto. “Foi muito importante para mim porque é uma coisa que eu vou levar para a minha vida. Aprendi muito em relação aos meus antepassados, sobre a minha história, que muitas vezes, com relação às aulas, passa despercebido. Com isso, nós combatemos o racismo estrutural da nossa sociedade”.
Concluinte do Ensino Médio no colégio, Lucas dos Santos Simões, 17 anos, ampliou seus horizontes ao participar do projeto. “No Nupea, desde o início do ano, houve diversas atividades, envolvendo palestras, viagens, que vieram mudando a perspectiva não só minha, mas espero que dos catuenses, sobre a importância de se ter um projeto antirracista, de se ter cuidado com o próximo, valorizando o amor e a união. Porque todos somos iguais, o que importa é o que está dentro de cada um de nós e o simples fato da mudança da cor de pele não vai definir se uma pessoa é melhor do que outra”, reflete.
Repórter: Raul Rodrigues/GOVBA
Tempo é exíguo para aprovar PEC da Transição, diz Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (21) que o prazo para a aprovação da PEC da Transição é exíguo e que, apesar da complexidade do assunto, ainda não há nem sequer um texto apresentado no Congresso Nacional.
“A PEC está posta num anteprojeto que deverá começar a tramitar pelo Senado. Não tem ainda o texto, o autor, as assinaturas. O que temos é um tempo exíguo, de praticamente 17, 20 dias úteis, para discutir um texto desses”, disse Lira em evento da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidoras).
Esta foi a primeira declaração pública de Lira desde que recebeu de Alckmin a minuta da PEC da Transição, na última quarta-feira (16). O texto retira o Bolsa Família do teto de gastos e mantém o valor do benefício em R$ 600, com impacto de ao menos R$ 175 bilhões nas contas públicas.
Durante o discurso, o presidente da Câmara evitou comentar o mérito da minuta apresentada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), na última semana.
Para Lira, antes de se pronunciar sobre o tema, será preciso realizar reuniões entre os líderes partidários e entre ele, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Comissão Mista de Orçamento, Celso Sabino (União Brasil-PA), e o relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI).
“É a partir daí que, dependendo dessa reunião, da disposição dos partidos, dos líderes, é que se confeccionará um texto. E, se for de se aprovar, esse texto, tem que ser minimamente equivalente nas duas Casas”, completou.
O presidente da Câmara disse que o tema central da discussão é o pagamento do Auxílio Brasil -que voltará a ser chamado de Bolsa Família- no valor de R$ 600. “O restante, o tempo [de validade da PEC] e o impacto [orçamentário], isso eu me reservo o direito de falar como comecei: a minha vontade nunca foi preponderante. A decisão, nós sempre trabalhamos para que o todo represente a vontade do Parlamento. Será feito desta maneira”, concluiu.
Além dos R$ 175 bilhões fora do teto previsto na PEC -R$ 157 bilhões para assegurar a continuidade do pagamento mínimo de R$ 600 e R$ 18 bilhões para bancar a parcela adicional de R$ 150 por criança de até seis anos-, a minuta também prevê que uma parcela das receitas extraordinárias possa ser usada para custear investimentos públicos fora do teto de gastos.
O argumento é que essa despesa teria uma espécie de lastro fiscal, ou seja, só seria realizada mediante o excesso de arrecadação.
A ideia, porém, é estipular um limite para essa parcela, equivalente a 6,5% do excesso de arrecadação verificado em 2021 -o que resulta em um valor seja de até R$ 23 bilhões. Na prática, o extrateto poderá ser de até R$ 198 bilhões, caso a PEC seja aprovada da forma como foi apresentada, como antecipou a Folha.
A apresentação da proposta causou impacto no mercado financeiro, com a queda da Bolsa brasileira e o aumento do dólar, sob o receio de que o terceiro governo petista não priorize a responsabilidade fiscal.
O deputado e senador eleito Efraim Filho (União Brasil-PB) afirmou no evento da Abrad que o Congresso Nacional manterá a agenda econômica durante o governo Lula mais ao centro do que à esquerda.
“Por mais que tenha havido uma vitória do presidente Lula, a agenda econômica do Brasil se aproximará muito mais de uma agenda de centro do que de esquerda. E acho que haverá dificuldade se o caminho for buscar retroagir em algumas conquistas [do Parlamento]”, defendeu.
Cézar Feitoza/Folhapress
É errado retroceder em emendas de relator e prerrogativas do Congresso, diz Lira
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta segunda-feira (21) que o Congresso Nacional não recue na discussão sobre as emendas de relator, consideradas por ele uma “prerrogativa” do Parlamento.
Pelo contrário, Lira disse que os parlamentares devem avançar ainda mais sobre suas atribuições até o limite da Constituição.
“É errado retroceder. Nós avançamos um pouco nas prerrogativas que, ao longo dos anos, abrimos mão. Nossa luta em Brasília é para que essas prerrogativas cresçam, para que se chegue no limite constitucional e não se avance um milímetro nem se recue um milímetro”, afirmou.
declaração foi feita no painel político do Encontro de Valor 2022, promovido pela Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores).
Para o presidente da Câmara, as emendas de relator são “municipalistas, amplas e democráticas” porque, segundo Lira, o parlamentar conhece melhor as necessidades dos municípios do que o Executivo.
“[O ministro] ter que decidir sozinho se esse recurso vai para Coité do Nóia, em Alagoas, ou Alagoa Grande, na Paraíba -e eu conheço muito o interior do Nordeste porque eu andava muito fazendo vaquejada-, o ministro não tem essa sensibilidade”, disse.
“Essa escolha é aleatória, pela pressão do parlamentar, que muitas vezes tinha que ficar 5, 6 horas na antessala do ministro, com a pasta debaixo do braço, e os pedidos para dizer ‘o meu município precisa de saneamento, de uma estrada, de uma casa, de uma água, precisa de uma escola, uma creche”, completou.
O Congresso Nacional turbinou as emendas de relator em 2020 e passou a usar o mecanismo como uma moeda para negociações políticas em troca de apoio a projetos defendidos pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e a cúpula da Câmara e Senado.
Por não serem impositivas, os parlamentares indicam, por meio do relator do Orçamento, quais municípios devem receber os recursos, e cabe ao governo liberar as verbas para o empenho das despesas.
No evento, Lira disse que a inovação causou uma “democratização” do orçamento e não privilegiou o governo Bolsonaro.
O presidente da Câmara ainda defendeu que as emendas passem a ser impositivas, ou seja, o governo seja obrigado a pagar as despesas indicadas pelos parlamentares.
“[Em] todos os países mais evoluídos, o Orçamento é simplesmente impositivo na sua totalidade. Depois da discussão do Parlamento, o Executivo tem que cumprir as prioridades que foram discutidas pelo povo […] Todos [no Congresso] representam parcela da população. Todos têm a legitimidade das urnas”, afirmou.
Durante a campanha presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas às emendas de relator.
“O Orçamento é chamado de secreto porque o destino desses recursos é mantido em segredo. Mas todo mundo sabe para onde esse dinheiro vai: fraudes e desvios de verbas”, disse um dos programas de TV do petista.
Eleito, Lula e aliados passaram a remodelar o discurso diante da possibilidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) reverter o julgamento e decidir pela inconstitucionalidade do uso das emendas.
A avaliação é que uma mudança de posição do Supremo poderá atrapalhar a construção de apoio político do petista no Congresso Nacional em um cenário delicado, com a necessidade de aprovar a PEC da Transição às vésperas da votação do Orçamento de 2023.
Cezar Feitoza/Folhapress
Ipiaú: Prefeitura abre inscrições de ambulantes para o aniversário da cidade
A Secretaria de Educação e Cultura iniciará nesta terça-feira, 22, o cadastro dos ambulantes para o evento em comemoração do aniversário de Ipiaú. Interessados precisam levar cópias do RG e comprovante de residência no município no prédio da Secretaria, em frente ao Fórum, das 14h às 17h. Prazo das inscrições encerra dia 23, nesta quarta-feira. Prefeitura de Ipiaú / DIRCOM
Ipiaú: Corpo de jovem é encontrado com marcas de tiros na cabeça
Os registros de assassinatos em Ipiaú seguem em alta no mês de novembro. No início da manhã dessa segunda-feira (21), foi encontrado o corpo de um jovem com marcas de tiros, numa área isolada próximo da ‘Cascalheira’, na localidade conhecida como Marrapado, em Ipiaú. A vítima foi identificada como Márcio Vitor dos Santos, de 21 anos.
A Polícia Militar isolou a área até a chegada do Departamento de Polícia Técnica para realizar a perícia e encaminhar o corpo para o IML em Jequié. O crime possivelmente ocorreu por volta das 23 horas de domingo, quando moradores das proximidades escutaram o barulho dos disparos de arma de fogo. Aparentemente os tiros atingiram a cabeça do jovem, numa característica de execução. A autoria e motivação serão investigados pela Polícia Civil. (Giro Ipiaú)
Terremoto na Indonésia deixa ao menos 46 mortos e 700 feridos
Um terremoto de magnitude 5,6 atingiu Java, a principal ilha do arquipélago da Indonésia, nesta segunda-feira (21), deixando ao menos 46 pessoas mortas e outras 700 feridas, segundo informações da agência meteorológica e geofísica do país.
À agência de notícias AFP um porta-voz da cidade de Cianjur, a mais afetada, disse que o número de mortos deve aumentar e que milhares de casas ficaram danificadas. Com 170 mil habitantes, o município fica a cerca de 110 km da capital do país, Jacarta.
A imprensa local relata que estabelecimentos comerciais, um hospital e uma escola islâmica da cidade ficaram parcial ou completamente destruídos com o tremor. Imagens mostram vários edifícios de Cianjur com o telhado destruído e muitos escombros.
Em Jacarta, o tremor também foi sentido, ainda que em escala menor, mas não foram relatadas vítimas ou danos na infraestrutura urbana. Duas horas após o terremoto, ao menos 25 tremores secundários foram registrados, segundo a agência meteorológica. O governo afirma que há risco de deslizamento de terras se houver chuvas fortes.
Dwikorita Karnawati, diretora da agência meteorológica, pediu que as pessoas fiquem do lado de fora de edifícios, uma vez que que mais tremores secundários podem ser registrados, aumentando o risco de desabamento da estrutura.
O país asiático se estende pelo Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona sísmica altamente ativa, onde diferentes placas da crosta terrestre se encontram, gerando um número maior de terremotos e vulcões. Em um dos piores eventos recentes, mais de 2.000 pessoas morreram em um terremoto na ilha de Sulawesi em setembro de 2018.
Já em 2004, um terremoto de magnitude 9,1 atingiu a ilha de Sumatra, no norte da Indonésia, e provocou um tsunami que atingiu 14 países da região, matando, ao todo, 226 mil pessoas ao longo da costa do oceano Índico, mais da metade delas na Indonésia.
Muchlis, cidadão que estava em Cianjur quando o terremoto ocorreu, disse que as paredes e o teto de seu prédio comercial foram danificados. “Fiquei muito chocado, temi que houvesse outro terremoto”, afirmou à Metro TV, acrescentando que as pessoas saíram correndo de suas casas, algumas desmaiando e vomitando.
A área onde se deu o epicentro do tremor é densamente povoada e propensa a deslizamentos de terra, em especial devido a casas com pouca infraestrutura, segundo relato da rede britânica BBC. Equipes de resgate têm tentando retirar pessoas de prédios que desabaram.
O terremoto ocorre menos de uma semana após o encerramento do encontro do G20, que também ocorreu na Indonésia, mas na ilha de Bali. Lá estiveram reunidas lideranças mundiais, como os presidentes dos Estados Unidos e da França, Joe Biden e Emmanuel Macron, respectivamente, e o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov.
O encontro tinha na pauta a agenda econômica e de desenvolvimento, mas foi dominado por discussões em torno da Guerra da Ucrânia.
Folhapress
Bolsonaro diz que quer declarar apoio a manifestantes, mas teme Justiça
Jair Bolsonaro (PL) tem dito a interlocutores que o visitam no Palácio da Alvorada que estuda uma formulação para conseguir declarar apoio aos manifestantes que estão nas ruas desde sua derrota para Lula (PT) na disputa presidencial, período ao longo do qual o presidente tem se mantido em silêncio e reclusão.
No entanto, ele não tem tido sucesso em superar o temor de que algum incidente violento aconteça nos protestos golpistas e isso possa ser usado contra ele na Justiça, especialmente pelo Supremo Tribunal Federal. Ele teme ser enquadrado como incentivador de eventuais ações ilegais violentas.
Bolsonaro tem dito a esses visitantes que os atos têm pessoas comuns que não seriam favoráveis a ações como uma intervenção militar, mas também fanáticos com potencial de criar episódios violentos que o colocariam em uma posição desfavorável.
Guilherme Seto/Folhapress
Ibirataia: Homem é preso pela Polícia Militar por cometer crime de lesão corporal contra outro homem
Por volta das 14h10 min desse sábado (19/11/22), a guarnição da 55ª CIPM/Ibirataia foi acionada, via celular funcional, sobre uma situação de lesão corporal ocorrida na 3ª Travessa São Miguel, bairro João Paulo, em Ibirataia, onde um senhor estaria desferindo golpes de facão contra um rapaz.
A guarnição deslocou de imediato ao local, onde foi constatada a veracidade da denúncia. A esposa do autor informou que a vítima havia sido socorrida, por populares, a Fundação Hospitalar de Ibirataia, e informou a localização da arma do crime, um facão, que ela havia conseguido tomar das mãos do autor.
O autor foi localizado em sua residência, onde lhes foi dada voz de prisão. O facão foi encontrado.
O agressor foi conduzido junto coma testemunha para a Delegacia Territorial em Jequié. A vítima permaneceu sob cuidados médicos.
Autor: G. S. da S. (Masculino), Idade: 49 anos, Vítima: G. J. M. dos S. (Masculino), Idade: 18 anos
Material apreendido: 01 (um) Facão Tramontina 20 polegadas, cabo plástico. Obs. sujo de sangue.
Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.
Ipiaú: Homem é preso pela Polícia Militar por perturbação do sossego alheio
Por volta das 01h25min desse domingo (20/11/22), após denúncia, via 190, de barulho de som alto, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou até a Rua Carlos Chagas, próximo a subestação, Centro de Ipiaú, para averiguar tal situação.
No local, foi constatada a veracidade da denúncia. Logo a guarnição orientou o cidadão a desligar o som, porém, este não obedeceu, continuando com volume excessivo, prejudicando a saúde dos seus vizinhos, perturbando o sossego alheio.
O cidadão abriu a sua residência e a guarnição desligou os aparelhos sonoros, já que o cidadão se recusou a desligar.
O infrator, juntamente com o equipamento de som, foi conduzido para a Delegacia de Ipiaú.
Autor: M. dos S. (Masculino) Idade: 60 anos, Endereço: Rua Carlos Chagas, próximo à subestação Centro, Ipiaú
Material apreendido: 01 Amplificador, 01 caixa de som com uma boca de altifalante e tuiter
Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.
Ministro do TCU diz que ‘movimento forte’ nas casernas terá ‘desenlace’ imprevisível
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes afirmou em um áudio enviado a amigos do agronegócio pelo WhatsApp que “está acontecendo um movimento muito forte nas casernas” brasileiras, e que “é questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso”, para um “desenlace bastante forte na nação, [de consequências] imprevisíveis, imprevisíveis”.
Ele afirma também não poder falar tudo o que sabe sobre o “desenlace” para os amigos.
“Eu não posso falar muito. Sim, tenho muitas informações, queria passar para ti, para o teu time do agro, que eu conheço todos os líderes”, diz Nardes.
O ministro foi o relator das contas presidenciais de Dilma Rousseff em 2015, que foram rejeitadas e causaram o impeachment da então presidente da República.
Em outro momento do áudio para os amigos, Nardes afirma que conversou “longamente com o time do [Jair] Bolsonaro essa semana”.
O presidente estaria tratando de uma doença de pele, mas logo estaria recuperado para “enfrentar o que vai acontecer no país”.
“Ele [Bolsonaro] não está bem, está com um ferimento na perna, uma doença de pele bastante significativa. Mas tem esperança de poder se recuperar e poder melhorar sua condição física. E certamente terá condições de enfrentar o que vai acontecer no país”.
O ministro afirma também que “se vai haver alguma mudança em relação a isso, só que haja [se houver] uma capitulação por parte de alguns integrantes importantes”. E reafirma que há um sentimento de que a situação atual desaguará em “um conflito social na nação brasileira”.
Na conversa, Nardes afirma também que “somos hoje uma sociedade conservadora, que não aceita as mudanças que estão sendo impostas, e que despertou, isso é muito importante”.
Relembra que nos anos 1980 criou um grupo para “se contrapor” a “toda essa transformação” que “acabou acontecendo no Brasil”, e que sua intenção era defender a “economia de mercado”.
Na época, revela, conversou com os ditadores Ernesto Geisel e João Figueiredo, que trata no áudio como “líderes da época”.
Os dois não tiveram, segundo ele, a “visão” de adotar o parlamentarismo no Brasil para defender os valores da “economia de mercado”.
Mas o presidente Jair Bolsonaro teria reavivado o movimento conservador, segundo Nardes.
“Agora veio o Bolsonaro, que despertou a sociedade conservadora, e hoje todo mundo está nas ruas fazendo a defesa desses princípios. Demoramos, mas felizmente acordamos”, afirma.
Ele relembra que, quando era parlamentar, liderou a bancada do agronegócio na Câmara dos Deputados e colocou “20 mil pessoas” em Brasília para pressionar o governo de Fernando Henrique Cardoso a atender demandas dos ruralistas. “Queimamos máquinas, tratores, fizemos um escarcéu”.
Em outro momento de sua vida, diz, ele teve “a coragem” de “tomar uma atitude”: a de liderar em 2015, como relator, o processo de rejeição das contas do governo de Dilma Rousseff, base para o impeachment da então presidente da República.
O processo, afirma, “desmontou de certa forma essas estruturas que eles [petistas] conseguiram remontar agora baseado na estrutura que tinha já ficado, que foi muito longa”.
Nardes afirma ainda que a rejeição de contas ocorreu porque o TCU teria encontrado “R$ 340 bilhões” de irregularidades. “E tudo se mostra que vai acontecer novamente”.
“Tudo [está] muito nebuloso em relação ao futuro do país”, afirma.
O ministro critica os governos do PT. “Nunca aceitaram o diálogo, eles foram para um confronto. E agora é um confronto decisivo. Eles vão vir para um confronto que nós todos sabemos quais são as consequências”, diz.
Fala ainda sobre a necessidade de o Brasil “acordar, despertar, ter fé e crença, como nós tivemos em 2015 [para tirar Dilma do governo]”.
Diz ainda que os produtores rurais têm que se mobilizar também, e não apenas os caminhoneiros.
“Vamos perder? Sim, vamos perder alguma coisa [na economia]. Mas a situação para o futuro da nação poderá se desencadear de forma positiva, apesar desse principal conflito que deveremos ter nos próximos dias ou nas próximas horas”, completa.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) anunciou no Twitter que vai apresentar um requerimento para que Nardes seja convocado a dar explicações ao Congresso Nacional.
Partidos aliados do presidente eleito Lula estudam acionar a corregedoria do TCU para que o ministro preste esclarecimentos. Devem também apresentar uma interpelação no STF para que ele esclareça o sentido de suas frases. Elas poderiam configurar crimes contra o Estado Democrático de Direito, além de calúnia, difamação e injúria.
Nardes afirma à coluna que o áudio de fato é dele, mas que foi enviado a um grupo de amigos. “Era uma conversa privada”, justifica.
Diz que sua intenção não foi a de criar “nenhum tipo de tumulto”, mas sim fazer uma análise “dentro da democracia e da liberdade de expressão”.
O ministro afirma também que, quando falou de movimento nas casernas, se referia aos atos de bolsonaristas em frente a comandos militares, e não a um movimento dentro das Forças Armadas.
Ele diz também que reconhece a vitória de Lula e que pretende procurar o vice-presidente Geraldo Alckmin e o petista Aloizio Mercadante, da transição de governo, para conversar sobre “governança”.
Mônica Bergamo/Folhapress
Copa do Mundo: CBF toma dura medida contra Neymar
A Copa do Mundo para a Seleção Brasileira está prestes a começar. Maior campeã da competição, com cinco troféus na história, a estreia do Brasil, dele, Neymar e cia, será no próximo dia 24, às 16h00, contra a Sérvia.
Neymar Jr é a grande esperança do Brasil na Copa do Mundo. Camisa 10, a competição tende a ser a última do brasileiro e, por isso, há uma enorme expectativa em cima de seu futebol, tanto pelos fãs da seleção, quanto por ele mesmo, que espera realizar uma grande competição.
Enquanto se prepara para mais uma Copa do Mundo, a sua terceria, a CBF tomou uma dura medida contra o camisa 10: segundo informações do jornalista Cosme Rímoli, a entidade brasileira definiu que Neymar não poderá levar seus "parças" ou qualquer outro tipo de pessoas para Doha, Qatar, diferentemente do que foi em 2018, na Rússia.
Na Rússia, Neymar alugou quartos para familiares, parças e para a sua ex-namorada, Marquezine. Já, em Doha, a CBF tomou outra atitude em relação o que aconteceu há quatro anos.
"Não seria problema nenhum pagar a estadia de seus familiares e “parças” no luxuoso Westin Doha Hotel & Spa. Mesmo com cada quarto custando entre R$ 900 e R$ 14 mil. Por dia! Esse será o local onde a seleção brasileira ficará aqui no Catar. Mas a cúpula da CBF decidiu agir. E impediu o privilégio que o jogador desfrutou em Sochi, na Rússia. Lá, ele tratou de instalar sua família e a então namorada, Bruna Marquezine, e até recebeu a visita de dois cabeleireiros", disse Cosme. https://www.msn.com/
Com pedidos de intervenção, manifestação em frente ao CMO chega ao seu 21° dia
Foto: Henrique Arakaki, Midiamax |
No local, os manifestantes contrários ao resultado das eleições presidenciais, que teve segundo turno no dia 2 de outubro, estampam cartazes com pedidos de intervenção. O acampamento segue no local com barracas e banheiros químicos.
Desde sexta-feira (18), cones e cavaletes estão instalados próximo ao canteiro central para evitar estacionado sobre o gramado. Em uma das faixas da Avenida Duque de Caixas estão estacionados carros de passeios, carretas e caminhonetes.
Pelo menos por volta das 8h, não havia equipes da PM ou da Agetran monitorando. O trânsito segue normalmente, sem intervenções.
Midiamax
Economistas elogiam eleição de Ilan, mas temem descompasso com governo eleito
O anúncio de que o economista Ilan Goldfajn irá comandar o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) foi recebido com otimismo pela maior parte dos economistas ouvidos pela Folha ou que se manifestaram em suas redes sociais neste domingo (20).
Ao mesmo tempo, há uma preocupação com um possível descompasso entre a futura gestão do economista na instituição e o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nascido em Israel e radicado no Brasil, ele é formado em economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com doutorado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e foi indicado ao posto ainda pelo governo Jair Bolsonaro.
Em razão disso, houve pressão contra a sua candidatura por parte do PT após a eleição de Lula. O ex-ministro petista da Fazenda Guido Mantega chegou a enviar um email à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, no qual que o pleito fosse adiado por 45 a 60 dias. Na quinta-feira (17), Mantega renunciou ao seu cargo na equipe de transição do governo.
Ainda assim, Goldfajn foi eleito em primeiro turno, com votos que representam 80% do capital da entidade e assume o cargo em 19 de dezembro.
Após o anúncio, o também ex-presidente do BC Arminio Fraga disse que ficou muito contente com o resultado. “É bom para o BID e um luxo para o Brasil ter uma pessoa tão qualificada para indicar.”
Para Pedro Paulo Zahluth Bastos, da Unicamp, no entanto, ainda que se comemore a escolha de um brasileiro para presidir a instituição, não é possível esquecer que havia uma resistência à candidatura, que não era um consenso entre os economistas.
“Isso se explica por ele não ser um nome vinculado aos bancos públicos de desenvolvimento, ao contrário, sempre fez parte do grupo ligado aos bancos privados e que criticava a oferta de crédito com juros subsidiados, vendo equivocadamente essa política como algo que provocava inflação.”
Também na avaliação do professor, Goldfajn se comportou como “falcão” na presidência do BC, ao determinar taxas de juros extremamente elevadas em 2016 e aumento da recessão, mesmo após a estabilização do dólar, o que teria postergado a recuperação do país.
“Em terceiro lugar, Guedes antecipou a indicação sem dialogar com a equipe petista. Essa pressa levanta uma desconfiança sobre o tipo de política que Goldfajn pretende implementar no BID”, complementa.
Já na avaliação do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, além do fato histórico de ser o primeiro brasileiro a presidir a instituição, ele é um dos melhores economistas do país.
“Já demonstrou isso na passagem com sucesso pelo BC e fará uma grande gestão, não vejo nenhuma dificuldade entre o futuro governo Lula e ele. O erro teria sido manter a postura anterior contra Ilan”, afirma.
Sobre o episódio com Mantega, Vale diz que o ocorrido poderia ter causado um grande estrago, mas a força do nome de Ilan conseguiu se sobrepor ao atrito.
“A saída de Mantega da equipe auxiliar é um sinal de que, talvez, possa haver um caminho fiscal mais positivo a ser construído, apesar de isso ainda não ter acontecido. De qualquer maneira, certamente é algo superado.”
A escolha de Goldfajn também foi comentada por alguns de seus pares, em seus perfis no Twitter.
Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, felicitou o colega. “Sua eleição, com mais de 80% dos votos, é um reconhecimento de sua extrema capacidade e da experiência de quem serviu a diversos governos e organismos internacionais. É uma vitória para o país inteiro.”
Após o anúncio de que o brasileiro irá liderar a instituição nos próximos cinco anos, a economista Monica de Bolle escreveu, em um post em inglês, que “ele foi eleito apesar da grosseira incompetência política do [ministro da Economia] Paulo Guedes, em indicar alguém dois dias antes do segundo turno no Brasil”.
O secretário da Fazenda do estado de São Paulo, Felipe Salto, também parabenizou o economista pelo anúncio. “A conquista da presidência do BID coroa a carreira de um profissional impecável, que é referência para todos nós. Motivo de orgulho para o Brasil.”
“Excelente notícia para a América Latina que Ilan Goldfajn, um tecnocrata altamente competente, foi escolhido como o novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento”, escreveu Michael Reid, colunista especializado em América Latina da revista The Economist.
Além dos economistas, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), aproveitou para aparar as arestas e também parabenizou Goldfajn em um post na rede social. Ele reforçou “a disposição do Brasil em estreitar os laços com o banco pelo desenvolvimento econômico e social da nossa região”.
BID (BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO)
Fundado em 1959
Seus recursos vêm dos seus 48 países membros e de captações nos mercados financeiros, entre outras fontes
O poder de voto é proporcional ao capital subscrito pelo país
Os EUA são o país com maior poder de voto na instituição, 30%,
Brasil e Argentina têm 11,4% ambos
Cada país membro indica um governador, geralmente, o ministro da Fazenda ou Economia
US$ 23,4 bilhões foi o valor da carteira de financiamento do banco para projetos em 2021
PAÍSES MEMBROS
Alemanha, Argentina, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, El Salvador, Equador, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Israel, Itália, Jamaica, Japão, México, Nicarágua, Noruega, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, República da Coreia, República Dominicana, Suécia, Suíça, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela
PRESIDENTE DO BID
Eleito pela Assembleia de Governadores
Responsável pela condução do dia a dia
Nas sessões da diretoria executiva não vota, exceto em caso de empate
Fonte: BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
Douglas Gavras/Folhapress
STF suspende julgamento sobre prisão especial para quem tem diploma universitário
O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu vista e adiou o julgamento de ação que questiona o direito à prisão especial a portadores de diploma de ensino superior. Relator do caso, o ministro Alexandre de Mores votou contra esse tipo de prisão. Ele foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia.
Já Toffoli fez no sábado (19) o pedido de vista, ou seja, solicitou mais tempo para análise.
A Procuradoria-Geral da República apresentou em 2015 uma ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental) questionando trecho do Código de Processo Penal que dá direito à prisão especial para quem tem diploma de curso superior. “O critério relacional que baseia a norma (grau de escolaridade) não guarda relação lógica com a distinção por ela instituída (prisão especial) nem com finalidade alguma buscada pelo texto constitucional”, afirma a ação assinada por Rodrigo Janot, então procurador-geral da República.
“Por isso mesmo, contrapõe-se aos objetivos constitucionais de construção de sociedade justa e solidária, de redução de desigualdades sociais e de promoção do bem geral, sem preconceitos e outras formas de discriminação”, diz ainda a ADPF. Com o pedido de vista, não há data definida para Toffoli apresentar o seu voto e a ação voltar a ser julgada.
Ao apresentar o relatório, Moraes disse que o benefício transmite a “inaceitável mensagem” de que as pessoas sem diploma “não se tornaram pessoas dignas de tratamento especial por parte do Estado, no caso, de uma prisão especial”.
“Naturalmente, a ordem constitucional atualmente vigente não mais permite a perpetuação dessa lógica discriminatória e desigual. Conceder benefício carcerário àqueles que dispõem de diploma de ensino superior não satisfaz nenhuma finalidade constitucional; tampouco implica maior proteção a bem jurídico que já não seja protegido por outras normas”, afirmou Moraes no voto.
Mateus Vargas/Folhapress
Catar vive do petróleo, do gás e em desigualdade, diz professor
A vista do Golfo Pérsico de quem chega ao aeroporto internacional de Hamad é o cenário de entrada dos turistas no Catar, país que tem os olhos do mundo inteiro a partir deste domingo (20). Ao sediar a Copa do Mundo, o lugar, que tem área menor do que Sergipe e uma população de quase três milhões de pessoas, tem uma economia dependente do petróleo e do gás, e agora busca atrair mais turistas, conforme explica o professor Antônio José Barbosa, pesquisador em história contemporânea da Ásia.
O docente aposentado da Universidade de Brasília (UnB) entende que hoje a marca mais profunda do país é, além do calor, a profunda desigualdade entre ricos e pobres, e a falta de liberdade dos seus cidadãos. “Trata-se de uma ditadura, aliás, como todas as monarquias muçulmanas do Oriente Médio. Não existe eleição e não pode haver partido político funcionando”. Em relação a costumes, as tradições islâmicas devem ser seguidas à risca.
“O maior problema, sobretudo, é em relação à situação de exclusão das mulheres. Para nós, no mundo Ocidental, é inaceitável. A Copa do Mundo não vai alterar as condições internas do Catar. Vai continuar sendo uma ditadura e em grande desigualdade”. O professor contextualiza que o Catar é um dos quatro países mais ricos do mundo e, no entanto, paga-se um salário pequeno para os trabalhadores menos qualificados.
Visibilidade
Barbosa compreende que o país tem se envolvido com o futebol como uma estratégia de gerar visibilidade. “Havia uma consciência que a candidatura a sediar o evento pela primeira vez no Oriente Médio era uma grande jogada de marketing. Aliás o Catar tem investido em futebol. Mas era um país improvável para sediar o evento em função do calor do ano inteiro”. Diferentemente das outras edições, a Fifa viabilizou a Copa em novembro e dezembro, no outono, por ter temperaturas na casa dos 30 graus Celsius (°C). No verão, ultrapassa os 45°C.
Confira abaixo a entrevista com o especialista
Agência Brasil: Quais são as marcas mais importantes do Catar?
Professor Antônio José Barbosa: O Catar é menor do que Sergipe, que é o menor estado brasileiro. Trata-se de um país minúsculo que tem uma única fronteira terrestre que é com a Arábia Saudita. E é um país novo. Oficialmente, surgiu como estado nacional em 1971. É um território originalmente como um protetorado britânico. É diferente daquele tipo de colônia que nós tivemos, por exemplo, no século 19.
Uma área de protetorado tem uma certa autonomia. Enquanto o domínio inglês esteve presente no Catar, as famílias ricas e poderosas não foram atingidas e não perderam os seus privilégios. É como se uma grande potência, no caso, o Reino Unido protegesse aquela área.
Isso está ligado à geopolítica do Oriente Médio que surgiu no fim da Primeira Guerra Mundial. Tudo ali era império turco. Por isso, nós aqui no Brasil chegamos a chamar erroneamente os árabes de turcos. Eles chegavam aqui com o passaporte da Turquia. A Turquia foi derrotada na Primeira Guerra Mundial. Aí as potências vitoriosas, como a Inglaterra e a França, repartem o Oriente Médio entre si. O Reino Unido ficou com uma boa parte dos estados muçulmanos.
Depois da Segunda Guerra Mundial, isso se alterou profundamente. Primeiro porque surgiu o estado de Israel. O Catar, na verdade, sobreviveu apesar do seu território muito pequeno porque é um país riquíssimo em petróleo e em gás natural. Para você ter uma ideia, dessa guerra da Rússia contra o Ucrânia, o país lucrou muito porque é produtor de gás natural e petróleo.
Agência Brasil: Isso se reverte em poder empresarial?
Professor Barbosa: Sim, e como é uma ditadura, essas riquezas são assumidas por uma parcela ínfima da população, normalmente a Dinastia Reinante e as pessoas mais próximas do poder. É um Emirado. Na verdade, nós estamos falando de uma sociedade que é tribal. Essa organização tribal começou a ser alterada com o surgimento dos estados, mas esse fundamento de tribo está culturalmente presente nos países árabes até hoje. O País tem dificuldades com agricultura por causa do território pequeno e do clima.
Agência Brasil: Um país que se mostra mais moderno na arquitetura e também desigual na essência, certo?
Professor Barbosa: É uma espécie de modernidade urbana que não se vê no resto do mundo. Aqueles edifícios altíssimos com arquitetura profundamente moderna e que fizeram surgir as cidades. No deserto, brotou cidades como Doha, a capital.
Nesse sentido, a construção civil gera muitos empregos. Isso não dá sinais que vai parar. Mas há um problema gravíssimo. Menos de 20% da população é nativa. O restante é gente de fora, pessoas muito pobres que vão para lá trabalhar e de países tanto da África quanto da Ásia. As denúncias sobre a situação dos trabalhadores que construíram os estádios têm ganhado visibilidade e a realização da Copa vai ajudar a trazer mais informações sobre isso.
Agência Brasil: A situação das mulheres também é preocupante.
Professor Barbosa: Acontece no Catar algo que é muito comum nos países islâmicos. De uma forma geral, a posição da mulher é de subalternidade absoluta. Mas está havendo reação. Agora, por exemplo, temos visto nesses países corajosíssimas manifestações de mulheres iranianas a partir da morte de uma jovem que estava sob a guarda do estado e ela provavelmente foi torturada e morta. No Catar, a situação da mulher também é de subalternidade absoluta.
Agência Brasil: Em relação ao petróleo, essa produção do petróleo, em larga medida, ocorre desde a formação do estado?
Professor Barbosa: Na verdade, desde quando aquela região era colonizada por ingleses e franceses. O Líbano assinou um acordo histórico com Israel em termos econômicos. A gente está percebendo uma certa movimentação de alguns países árabes e até do próprio Catar com vistas a acordos econômicos, comerciais, científicos e tecnológicos.
Todo mundo sabe que, mais cedo ou mais tarde, o petróleo vai deixar de ser a força motriz da economia global. Quer dizer: há um esforço em várias partes do mundo nesse sentido de energias limpas, como é a eólica e a solar. Isso exige investimento e tecnologia. O petróleo não vai acabar amanhã, mas a tendência é que ele deixe de ser a fonte de energia número um da economia mundial.
Agência Brasil: Qual o impacto para o Catar?
Professor Barbosa: Eu diria que o País é um dos três maiores produtores e exportadores de gás natural. Isso é fundamental mesmo que diminua a demanda por petróleo.
Agência Brasil: Existe algum tipo de semelhança com o Brasil?
Professor Barbosa: As diferenças são brutais. Talvez a única aproximação cultural que a gente possa fazer diz respeito ao futebol. Hoje, os moradores de lá gostam do futebol da mesma forma que no Brasil é a nossa mais importante manifestação esportiva e cultural.
Agência Brasil: E isso tem se transformado em dividendos turísticos?
Professor Barbosa: Os hotéis internacionais luxuosos dão liberdade absoluta aos clientes que vêm do mundo inteiro. Podem beber bebida alcoólica, mas não estão sujeitos aquelas rígidas leis morais que recaem sobre os muçulmanos. Em relação ao local de atração, é exatamente pela modernidade que ele apresenta sobretudo em termos urbanísticos. Aliás uma das razões essenciais para que o Catar tenha negociado essa sede da Copa do Mundo é abrir ao mundo às novidades e ao fascínio que essa modernidade possa causar.
Edição: Denise Griesinger
Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Bolsonaro deve manter bloqueio de emendas e eleva pressão por jabuti em PEC de Lula
O governo de Jair Bolsonaro (PL) não deverá conseguir desbloquear emendas parlamentares de 2022 que hoje estão congeladas por falta de espaço no Orçamento.
Integrantes do atual governo, como o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), se empenharam nas últimas semanas para encontrar uma forma de aliviar as previsões de outros gastos federais e, com isso, liberar as emendas.
No entanto, o cenário é que Bolsonaro tenha até de anunciar mais um bloqueio de despesas às vésperas do fim do ano por causa da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que impediu a tentativa do governo de adiar os repasses ao setor cultural referentes às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2. O impacto é de R$ 3,8 bilhões neste ano.
Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já foram alertados sobre a possível manutenção do bloqueio das emendas. Isso deverá intensificar a articulação, revelada pela Folha, para inserir um jabuti na PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição.
O objetivo de líderes do centrão é aproveitar a PEC patrocinada pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a fim de também abrir espaço no Orçamento de 2022 para as emendas.
Emendas são a forma de deputados e senadores enviarem dinheiro para destinos de interesse em suas regiões de influência.
Atualmente, estão bloqueados quase R$ 7,7 bilhões das emendas de relator, usadas na negociação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso. O valor representa 46,7% do total de R$ 16,5 bilhões reservados para esse instrumento.
A falta de dinheiro no Orçamento já tem gerado efeitos no funcionamento da máquina pública. A Polícia Federal, por exemplo, suspendeu a confecção de novos passaportes a partir deste sábado (19). Essa pressão em gastos de ministérios foi elevada após a decisão do STF.
Por isso, integrantes do governo afirmam que as emendas não devem ser liberadas na revisão das despesas de 2022, prevista para terça-feira (22).
Lira tem nessas emendas uma importante moeda de troca para angariar apoio de parlamentares à sua reeleição ao comando da Casa, em fevereiro do ano que vem.
Segundo pessoas envolvidas na negociação, cerca de R$ 3,7 bilhões do valor bloqueado já foram negociados e, portanto, os ministérios começaram a seguir com o trâmite burocrático para que as emendas sejam executadas ainda neste ano —assim que os recursos forem desbloqueados.
Cerca de R$ 4 bilhões, que estão quase totalmente nas mãos de Lira, ainda serão indicados após tratativas com líderes do Congresso.
Apesar do curto prazo para os projetos e obras a serem financiados com as emendas, a ideia é que o trâmite burocrático seja concluído até 31 de dezembro. Isso significa que os recursos serão empenhados —fase em que é confirmada a reserva do valor a ser gasto do Orçamento.
Com os recursos empenhados, os projetos e obras nos municípios podem ser executados —e pagos— em outro ano.
A articulação com objetivo de usar a PEC de Lula para aliviar o último Orçamento de Bolsonaro foi confirmada há cerca de dez dias por líderes do centrão e por integrantes do atual governo, que também participam das conversas para liberar as emendas de 2022.
A PEC da Transição vem sendo patrocinada pelo presidente eleito e tem outra finalidade, a de garantir a continuidade do benefício mínimo de R$ 600 do Auxílio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Família) a partir do ano que vem —além de abrir espaço para outras despesas. No total, a previsão é que a proposta possibilite a execução de R$ 198 bilhões fora do teto de gastos.
Aliados de Lula esperam que, com o retorno do petista ao Brasil, as negociações em torno da PEC avancem nesta semana, quando deve ser intensificado o contato com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O Senado também tem recursos em emendas parlamentares bloqueados.
Em outra frente de articulação, a equipe de transição também decidiu criar um grupo com líderes da Câmara e do Senado de partidos aliados para discutir a aprovação da PEC. O grupo deve se reunir na quarta-feira (23).
A medida foi traçada por aliados de Lula e pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Parlamentares afirmam que a intenção é montar uma espécie de “comissão mista” para negociar o texto com deputados e senadores simultaneamente.
Há uma preocupação com o prazo apertado para aprovar a PEC. No cenário mais otimista, com pouca obstrução da oposição bolsonarista, o texto seria promulgado em três semanas. O grupo com líderes do Senado e da Câmara ajudaria a conciliar posições e aparar eventuais arestas.
O governo eleito espera as negociações para ajustar o texto final da PEC, que deve começar a tramitar pelo Senado. Uma PEC precisa do apoio de 49 senadores e 308 deputados para ser aprovada, em dois turnos em cada Casa.
Thiago Resende/Folhapress
Simone Tebet vira alvo de fritura no PT após desagradar a Lula
O presidente eleito Lula (PT) fez questão de dizer a aliados que não gostou da fala de Simone Tebet (MBD) para que ele escolhesse logo o ministro da Economia/Fazenda. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
De acordo com a publicação, a atitude foi considerada pelo petista como uma concessão ao mercado financeiro. A fala fez a senadora virar alvo de fritura dentro do PT, logo no início da semana.
Rodrigo Maia e esposa são hostilizados em hotel na Bahia; veja vídeos
O deputado federal Rodrigo Maia (PSDB-RJ) foi hostilizado no Tivoli Ecoresort, em Praia do Forte, como mostram vídeos que circulam em perfis bolsonaristas no Twitter.
As imagens mostram quando o parlamentar, ao lado da esposa, é abordado por uma mulher no restaurante. “É gostoso tudo o que você roubou da gente, deixou de fazer e atrasou o país?”, questiona a mulher, que também chama Maia de bandido e pergunta à sua esposa se é bom ser “casada com bandido”.
Em seguida, chamado de “ladrão”, Maia deixa o local.
Após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), que amargou várias denúncias de corrupção nos últimos quatro anos, vários políticos externos à bolha bolsonarista também têm sido alvos de ataques. Nesta semana, em Nova York, o ex-presidente Michel Temer (MDB) foi chamado de “golpista”, xingamento que comumente vindo de petistas.
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