Dário Meira: Policiais Militares prende Detento beneficiado pelo "SAIDÃO" por porte ilegal de arma de fogo e roubo de celular.
Por volta das 09h40min deste sábado (03/12/22), a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira foi informada por um senhor, que informou aos policiais militares que na noite anterior (02/12/22), o suspeito de pré nome Bruno teria furtado um aparelho de celular dentro do abrigo, destinado aos desabrigados pela chuva, localizado na Rua João Clodoaldo Vieira, Centro, nas proximidades do posto de combustível.
De imediato a guarnição deslocou ao local e ao realizar as buscas no local destinado ao suspeito, foi encontrada uma submetralhadora de fabricação artesanal, de calibre 9mm. Testemunhas informaram que aquele material era do suspeito.
Logo em seguida, os policiais militares deslocaram até a residência da avó de Bruno, localizada na rua Lídio Monteiro, onde o encontraram na porta do imóvel.
Ao ser revistado, foi encontrado com o mesmo o celular furtado na noite anterior e um revolver de marca Taurus calibre .38 com seis (06) munições intactas.
O criminoso, que estava gozando do benefício da saída temporária (SAIDÃO), foi conduzido à delegacia territorial de Jequié para a autuação do devido flagrante delito.
Criminoso: Bruno Batista dos Santos, Data nasc: 09/12/2000
Material apreendido: 01 submetralhadora artesanal de calibre 9mm, 01 revólver marca Taurus, de calibre 38, 06 munições de calibre 38 intactas, munições de calibre 9mm, 01 celular (recuperado) Smartphone LG K62
Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Lula cogita secretaria em vez de ministério para indígenas
Citada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como uma alternativa à criação do Ministério dos Indígenas, a elaboração de uma secretaria especial ligada à Presidência para tratar do tema não é trabalhada pelo grupo que se debruça sobre a questão dentro da equipe de transição.
Integrantes do grupo estavam reunidos no momento em que Lula fez a afirmação, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (2). Membros ouvidos pela reportagem sob anonimato afirmam que a decisão final será do próprio Lula, mas que em momento algum essa possibilidade foi tratada internamente e que ela foi recebida com certa surpresa pelos participantes da equipe.
Pelo contrário, o relatório preliminar encaminhado à cúpula da transição trata apenas do ministério, e já faz uma proposta inicial de sua estrutura.
“Vamos continuar os trabalhos na perspectiva da criação de um ministério robusto, com a responsabilidade de coordenar e organizar uma política indigenista de Estado”, afirmou à Folha Kleber Karipuna, coordenador do grupo de trabalho.
Até a última sexta, o presidente eleito nunca havia citado a possibilidade de o ministério não ser, de fato, um ministério. Foi a primeira vez que a alternativa de ser criada uma pasta vinculada à Presidência foi colocada na mesa.
“A base do meu ministério será a base dos ministérios que eu tinha no meu segundo mandato, com uma coisa acrescida, que é o Ministério dos Povos Originários, que eu não sei se vai ser de cara um ministério ou uma secretaria especial ligada à Presidência da República. Nós ainda vamos discutir, eu vou conversar com diversos companheiros, com as comunidades indígenas, porque eu acho que a gente precisa dar um sinal de respeito à população indígena neste país”, afirmou ele.
Sonia Guajajara, eleita deputada federal pelo PSOL de São Paulo, liderança da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) e integrante do grupo de trabalho, diz esperar que exista mais espaço dentro do governo para os indígenas.
“Na verdade, a proposta de um ministério vem desde 2001, quando o movimento discutia a sua criação. Ela foi deixada de lado porque nos concentramos em fortalecer a Funai e criar espaços de participação em cargos estratégicos, como agora. Quando o Lula anunciou o ministério, veio dessa demanda de participação nossa. Então prontamente abraçamos a ideia e seguimos nessa perspectiva”, afirma ela.
Atualmente, o movimento indígena também reivindica a chefia da Funai (Fundação Nacional do Índio), da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), além da recriação de conselhos participativos.
“A criação de um ministério não estava na nossa reivindicação no Acampamento Terra Livre [de abril deste ano]. Lula trouxe essa perspectiva durante o evento, que foi o maior da história, anunciando um ministério. Depois trouxe isso para a campanha e, no primeiro discurso após as eleições, também reforçou isso”, completou Karipuna, dizendo que espera que o compromisso seja cumprido.
Na última quarta (30), o grupo de trabalho indígena entregou ao comitê de transição um relatório preliminar com diagnósticos e sugestões iniciais para o futuro governo.
Dentre as propostas, está a revogação de dez decretos —que tratam, por exemplo, sobre o Marco Temporal ou a mineração em terras indígenas— e a homologação imediata de 13 territórios que, segundo a Apib, já passaram por todo o processo burocrático necessário e precisam apenas de uma canetada para serem demarcados.
Além disso, o documento propõe um organograma inicial para o futuro ministério.
Ele teria três secretarias: uma para a questão ambiental, com uma política nacional de gestão do tema em territórios indígenas; outra de fomento, políticas sociais e demarcação de terras; e uma terceira para a defesa destas terras, por meio do recebimento de denúncias e articulação da fiscalização e proteção com outras instâncias do Executivo.
A declaração de Lula não é a primeira tensão que o grupo de trabalho enfrenta internamente.
Já em sua criação, indígenas reclamaram dos nomes inicialmente escolhidos para compor o grupo, especialmente de dois ex-presidentes da Funai, Márcio Meira e João Pedro Gonçalves da Costa, ambos ligados ao PT.
A indicação inicial ignorou 16 dos 19 indiciados pela Apib para atuar na equipe de transição, aceitando apenas as três lideranças que tinham mandato na Câmara ou tinham sido eleitas.
Após a reclamação, mais cinco nomes foram acrescidos ao grupo. No entanto, a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), entidade pela qual o indigenista assassinado Bruno Pereira atuava, não foi contemplada.
Nos dias seguintes, Beto Marubo, líder da Univaja, passou a dizer que os povos isolados —grande parte dos representados pela entidade— não haviam sido contemplados na transição. Também acabou nomeado posteriormente.
Atualmente, o consenso é que a pasta —que eles pedem que seja chamada de Ministério Indígena, e não de Povos Originários— absorva completamente a Funai.
Inicialmente houve o receio que isso inviabilize a operação do órgão, responsável por exemplo pela demarcação de terras, por falta de verba. Já agora, a visão é de que o orçamento da fundação poderia viabilizar o ministério.
A questão a ser resolvida seria o fato de que, por lei, atualmente todas as demarcações precisam ser aprovadas dentro do Ministério da Justiça —ao qual a Funai, hoje, é subordinada.
Já a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) deve permanecer dentro do Ministério da Saúde.
Uma das principais preocupações do grupo de trabalho indígena é o orçamento.
Sem um ministério formal atualmente, os integrantes sabem que não devem conseguir angariar muitos fundos por meio da discussão do Orçamento de 2023 no Congresso, ainda mais pela acirrada disputa em torno da PEC da Transição.
Por isso, eles trabalham com a hipótese de que seja utilizado pela pasta o orçamento da Funai, que em 2022 foi de quase R$ 620 milhões —pouco para um ministério.
A solução para ter mais verba estaria na criação de um fundo de captação misto, que consiga angariar verbas governamentais, internacionais e também da iniciativa privada.
Segundo integrantes do grupo de transição indígena, a ideia é aproveitar que o tema de sustentabilidade e meio ambiente está no centro do debate internacional para, assim como no Fundo Amazônia, conseguir angariar recursos.
Assim, a verba pode ser utilizada para financiar as políticas indigenistas, o processo de demarcação de terras e também ações de proteção aos territórios.
Ainda não há valor estipulado, forma de arrecadação ou nome para o fundo, mas o tema deve ser um dos focos de trabalho do grupo nos próximos dias, até a apresentação do relatório final ao comitê de transição, previsto para o próximo dia 11.
João Gabriel e Raquel Lopes, Folhapress
Cerca de 65 mil pessoas foram afetada pelas chuvas na Bahia
Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) divulgou, na tarde deste sábado (3), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em algumas regiões do estado. Até então, são 495 desabrigados e 8.786 desalojados. O número total de atingidos chega a 65.515 pessoas. Não há registro de desaparecidos ou de óbitos.
Os números correspondem às ocorrências registradas em 50 municípios afetados. Desse total, 16 estão com decreto de Situação de Emergência, são eles: Prado, Baixa Grande, Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Nova Viçosa, Vereda, Olindina, Cachoeira, Eunápolis, Cardeal da Silva, Itapé, Ribeira do Pombal e Teodoro Sampaio.
Na lista dos municípios afetados estão: Baixa Grande, Cachoeira, Cardeal da Silva, Cícero Dantas, Eunápolis, Ibicuí, Itabuna, Itambé, Itapé, Nova Viçosa, Olindina, Prado, Ribeira do Pombal, Santa Cruz Cabrália, Teodoro Sampaio, Vereda, Aiquara, Caravelas, Floresta Azul, Ibotirama, Itamaraju, Marcionílio Souza, Medeiros Neto, Wenceslau Guimarães, Catu, Ibicaraí, Itanhém, Itapicuru, Alcobaça, Aurelino Leal, Belo Campo, Cipó, Dário Meira, Gandú, Guaratinga, Inhambupe, Ipiaú, Itapetinga, Itarantim, Itororó, Jitaúna, Juazeiro, Maragojipe, Pau Brasil, Santo Antônio de Jesus, São Félix, Sátiro Dias, Itajuipe, Ilhéus e Teixeira de Freitas.
Lula adota senha para escolha de ministros: ‘Vou precisar de você’
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enviado sinais que tornam alguns de seus aliados quase confirmados na futura equipe de ministros do novo governo, mesmo sem necessariamente saber em qual pasta.
De acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, a senha é dada pelo petista quando ele avisa que vai “precisar” do político.
Ao menos três pessoas receberam o código: Flávio Dino (PSB-MA), Rui Costa (PT-BA) e José Múcio Monteiro, ex-ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
Os três ouviram de Lula, em diferentes momentos, que ele precisará deles, numa sinalização de que devem integrar o ministério.
O presidente eleito disse a jornalistas na sexta-feira (2) que tem 80% do ministério “na cabeça”, mas que só vai anunciar os nomes após ser diplomado, em cerimônia marcada para 12 de dezembro.
Lula fez um gesto público a Dino ainda em setembro, na campanha. Durante um comício em São Luís, o então candidato disse ao ex-governador do Maranhão que se preparasse, pois ficaria pouco tempo como senador, cargo para o qual foi eleito.
“Esse Flávio Dino, ele que se prepare. Ele vai ser eleito senador, mas não será senador por muito tempo. Se prepare, porque vai ter muita tarefa neste país”, afirmou Lula. Dino é dado como certo no Ministério da Justiça, que provavelmente englobará também a Segurança Pública.
Embora o presidente eleito tenha prometido que criaria uma pasta própria para tratar de temas ligados à segurança e ter sob o guarda-chuva as polícias, entre elas a Federal, Dino e outros aliados de Lula defendem que tudo fique num ministério só. O ex-governador não gostaria de ocupar uma pasta esvaziada.
Já Múcio recebeu a senha na semana passada. Amigo de longa data de Lula, ele foi líder do governo do petista, ministro das Relações Institucionais e indicado ao TCU pelo próprio presidente eleito.
Lula e o ex-ministro do TCU tiveram uma reunião semana passada com o general Gonçalves Dias, que foi segurança de Lula no passado, o general Enzo Peri, ex-comandante do Exército, o brigadeiro Juniti Saito, ex-comandante da Aeronáutica, os brigadeiros Nivaldo Rossato e Ruy Chagas Mesquita, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-ministro Aloizio Mercadante.
Múcio foi convidado para participar do grupo que discute temas ligados à Defesa.
Numa conversa a sós com Lula, porém, o petista disse que gostaria de trabalhar com ele e que precisaria de Múcio, sem indicar exatamente para qual cargo. O ex-ministro do TCU respondeu, dizendo que Lula poderia contar com ele para o que precisasse.
Agora, pessoas próximas de Múcio usam uma analogia para ilustrar a situação atual. Dizem que o amigo de Lula já tirou a carteira de motorista, mas falta o departamento de trânsito entregá-la.
Ou seja, falta Lula anunciar o nome do ministro ou ter uma nova conversa com o convite formal para ele chefiar o Ministério da Defesa. Enquanto isso, Múcio foi ao Recife, na quinta-feira (1º), encerrar sua empresa de consultoria. O retorno dele está previsto para este domingo (4).
Além disso, Lula acatou uma sugestão feita pelo ex-ministro do TCU sobre a transição na área.
Múcio avaliou que, no lugar de constituir um grupo com ex-comandantes para fazer a transição na área, o ideal era indicar logo o ministro e os comandantes das respectivas Forças Armadas para que o processo seja tocado por aqueles que assumirão a pasta.
Por isso, Lula desistiu de anunciar um grupo de trabalho dedicado à Defesa, como tem feito com outras áreas, para fazer a escalação do time titular da área. Nesta semana, Lula ouviu elogios a Múcio em encontros com ministros do Judiciário e atores políticos.
Outro aliado do petista que recebeu a senha foi Rui Costa (PT), governador da Bahia.
Em viagem de alguns dias no estado para descansar, Lula disse que precisaria do aliado. Como fez com outros, não especificou para o que precisaria dele. Mas desde então, Costa tem recebido sinais de que Lula gostaria de conversar com ele, em gesto de que será convidado para ser ministro.
O governador da Bahia tem preferência por comandar pastas que demandem mais gestão do que articulação política necessariamente.
Ele é hoje o nome mais cotado para assumir a Casa Civil de Lula. Numa reunião com petistas na semana passada, o presidente eleito afirmou que, para ele, é mais fácil desfalcar governadores do que senadores eleitos, porque precisará de um Senado forte.
A fala foi interpretada por senadores como um indicativo de que ele formalizará o convite a Costa, que encerra seu segundo mandato na Bahia em 31 de dezembro.
Em outra frente, Lula tem testado Fernando Haddad como ministro da Fazenda.
Na entrevista que deu na sexta, o presidente eleito não apontou quais ministérios devem ser recriados, mas disse que o desenho da Esplanada será similar ao de seu último mandato.
“A base do meu ministério será a base dos [ministérios] que eu tinha no segundo mandato, com uma coisa acrescida, o Ministério dos Povos Originários. Que ainda não sei se de cara será ministério ou uma secretaria especial ligada à Presidência.”
Julia Chaib e Catia Seabra, Folhapress
PF deflagra operação contra comércio ilegal de armas
A Polícia Federal deflagrou neste sábado (03) uma operação com o objetivo de reprimir o trânsito e comércio ilegal de armas de fogo e munições de grosso calibre desviadas de possíveis caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). As investigações apontam que tais armas estariam registradas em nome de laranjas para, posteriormente, serem desviadas no interesse de organizações criminosas dedicadas à prática de crimes violentos.
A operação, batizada de Ópla, cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão emitidos pela Justiça Estadual do Mato Grosso do Sul. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande e em Medianeira (PR) e resultaram na apreensão de R$ 194,3 mil e de 1 pistola Clock calibre 9mm equipada com kit rajada.
A Operação Ópla é um desdobramento das investigações relacionadas à prisão em flagrante realizada no dia 04 de outubro de um CAC e na apreensão de três pistolas 9mm, quatro fuzis, munições, coletes balísticos com identificações falsas da Polícia Civil, dentre outros materiais.
Dentre as armas apreendidas estava um fuzil calibre 7,62×51 com numeração raspada. O exame pericial realizado no armamento revelou a numeração suprimida, o que possibilitou a identificação da real proprietária que é detentora de autorização CAC com outras armas registradas em seu acervo, dentre elas uma pistola da marca Glock, calibre .40 e uma pistola Taurus calibre .45.
Agência Brasil
Polícia apreende drogas e armas enterradas no conjunto Feira IV
Drogas, fuzil, submetralhadora e carregadores foram apreendidos por Policiais Militares do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto 02), da 65ª Companhia Independente (CIPM), na manhã deste sábado (3), por volta das 7h30.
Conforme a ocorrência policial, o material estava enterrado em um terreno ao lado de uma ponte no conjunto Feira IV, em Feira de Santana. A apreensão ocorreu após denúncias, informando que a droga foi enterrada por dois homens. Ninguém foi preso
Segundo a Polícia Militar foram apreendidos:
30 tabletes de maconha.
4 tabletes de cocaína.
2 porções de maconha
1 porção de maconha in natura
2 carregadores de Fuzil
1 fuzil cal. 556 M4 Colt
1 Submetralhadora de numeração suprimida.
Acorda Cidade
EUA apresentam seu ‘bombardeiro invisível’ de última geração
A Força Aérea dos Estados Unidos apresentou nesta sexta (2) seu primeiro novo bombardeio em 34 anos, o Northrop Grumman B-21 Raider.
Trata-se de um avião “invisível” ao radar, como se diz no jargão para aeronaves que incorporam tecnologias que as tornam furtivas à vigilância inimiga —desenho, controle de emissão de calor pelos motores, pinturas especiais, entre outras. Evidentemente, não são totalmente impossíveis de detectar.
Como as três imagens digitais divulgadas pelos americanos anteriormente sugeriam, o B-21 é muito parecido com o famoso B-2 Spirit, o primeiro bombardeiro furtivo do mundo, revelado em 1988 e que está em operação desde 1997.
O B-21 também é uma asa voadora, desenho que remonta a projetos da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial e que facilita a redução da chamada assinatura de radar da aeronave.
A apresentação, na histórica fábrica 42 da Força Aérea de Palmdale (Califórnia), ocorreu logo depois do pôr do sol, justamente para disfarçar detalhes do avião. Ele não chegou a deixar totalmente o hangar, impossibilitando analistas de observar pontos como os bocais de exaustão de seus motores, vitais para comparações com o B-2.
O que é possível dizer é que o desenho geral do B-21 é mais fluido do que o do antecessor, com ainda menos pontos observáveis por radar. As entradas de ar são bipartidas, sugerindo tratar-se também de uma avião quadrimotor, e estão posicionadas mais à frente da fuselagem do que no B-2. O primeiro voo deve ser realizado em 2023.
O Raider (atacante ou invasor em inglês) tira seu nome dos famosos Raiders do coronel James Doolittle, uma formação de bombardeiros B-25 Mitchell lançada contra Tóquio em 1942 de forma quase suicida, para demonstrar uma reação americana ao ataque de Pearl Harbor, ocorrido meses antes e que levou os EUA à Segunda Guerra Mundial.
Segundo o diretor de sistemas aeronáuticos da Northrop, Tom Jones, o B-21 é a primeira aeronave de sexta geração do mundo. É uma definição arbitrária que carece de mais detalhamento dos sistemas do avião, o que dificilmente ocorrerá além de algumas declarações oficiais.
Jones afirma que a definição é possível devido ao emprego de arquitetura aberta de software e compartilhamento de informações operacionais online em nuvem, o que ampliaria o escopo de operações e a capacidade multimissão do avião. A ideia é torná-lo um plataforma de coleta de dados em ação, e há a sugestão não confirmada de que ele ou possa voar sem piloto ou controle frotas de drones.
Na apresentação, que contou com o secretário de Defesa, Lloyd Austin, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, C.Q. Brown Jr., disse que “o B-21Raider fornecerá capacidade de combate formidável em uma variedade de operações em ambientes altamente contestados do futuro”.
Hoje, a grande maioria dos aviões militares do mundo é da chamada quarta geração, nascida no fim dos anos 1970, que incorporava alta capacidade de manobra e de combate além do campo visual de forma sustentada em voo supersônico.
A adição parcial de tecnologias da chamada quinta geração, como ser furtivo ao radar ou ter uma suíte eletrônica capaz de fusão avançada de dados, gerou híbridos como a geração 4.5, ou 4++. É nessa categoria que se encontra o Saab Gripen E/F, modelo comprado pelo Brasil que fará sua estreia operacional no próximo dia 19.
A quinta geração, por sua vez, é mais definida. Hoje, é representada pelos caças furtivos americanos F-22 (introduzido em 2005) e F-35 (2015). Russos, com o Su-57 (2020), e chineses, com o J-20 (2017), afirmam dominar tais tecnologias, mas há dúvidas entre observadores ocidentais acerca das capacidades dos modelos.
Por fim, há o B-2, o avião mais caro da história, ao preço total de programa de US$ 2,1 bilhões (R$ 11 bilhões no câmbio desta sexta), sem contar o custo operacional, para cada uma das 21 unidades construídas —uma delas se perdeu em um acidente em 2008.
O B-21, por sua vez, promete ser um produto mais viável economicamente. A fabricante Northrop, a mesma do B-2, ganhou o contrato em 2015 e segundo relatório enviado neste ano ao Congresso, cumpriu o desenvolvimento do projeto abaixo dos US$ 25,4 bilhões (R$ 132 bilhões) aprovados inicialmente.
Uma novidade foi a abolição de protótipos: todos os seis modelos em estágios diferentes de construção já serão operacionais ao fim dos testes, o que deve ocorrer até o final da década. A fabricação foi acelerada devido ao acirramento da tensão mundial, inicialmente com a Guerra Fria 2.0 com a China e, depois, pela Guerra da Ucrânia.
Ao todo, o plano é ter até cem aviões nos próximos 30 anos, a um preço total de US$ 203 bilhões (R$ 1,05 trilhão), mas incluindo aí a operação. A Força Aérea estima um preço de prateleira de cada avião em US$ 550 milhões (R$ 2,8 bilhões), uma enormidade de todo modo.
A frota teoricamente substituirá todos os outros bombardeiros estratégicos americanos no futuro. Hoje, o país opera, além dos 20 B-2, 58 versões modernizadas do clássico B-52 e 45 supersônicos B1-B. Os B-2 e 46 dos B-52 empregam armas nucleares, enquanto o B1-B tem tal capacidade, mas hoje é designado para ataques convencionais.
O B-21 poderá carregar mísseis e bombas convencionais e atômicas, constituindo a perna aérea da tríada nuclear americana —hoje composta em silos com mísseis intercontinentais Minuteman-3 e submarinos armados principalmente com variantes do míssil Trident.
Russos e chineses correm atrás. Moscou tem um projeto a passo de tartaruga de uma asa voadora chamado PAK-DA, enquanto a China aparentemente está mais avançada com o seu bombardeiro furtivo H-20, sobre o qual pouco se sabe. Todos os programas, incluindo aí o do B-21, estão atrasados.
Hoje, os rivais americanos centram sua força de bombardeiros com capacidade nuclear nos modelos estratégicos russos Tu-22, Tu-95 e Tu-160, além do chinês H-6K. Esses aviões são vistos em patrulhas conjuntas no Pacífico com frequência, como ocorreu nesta semana.
Igor Gielow, Folhapress
Ipiaú: Homem é preso por policiais militares em cumprimento de mandado judicial de prisão
Por volta das 11h30min dessa quinta-feira (01/12/22), em rondas no bairro Santa Rita, ao passar na rua Idaisio Galvão (Ladeirão), a guarnição da 55ª CIPM/PETO visualizou um indivíduo em atitude suspeita.
Foi feita a abordagem e a busca pessoal no suspeito e na sua acompanhante. Identificado como Eric O. Alves, o suspeito informou que havia saído do Conjunto Penal de Jequié há, aproximadamente, seis meses. No entanto, quando feita a consulta no sistema de inteligência da PM, foi verificado que existia em desfavor do suspeito um mandado de prisão.
O desfavorecido foi conduzido e apresentado na delegacia de Ipiaú, para os procedimentos de polícia judiciária.
Preso: Eric Oliveira Alves, Nasc: 06/02/2001, End: Rua do Honório, Centro, Ipiaú - BA
Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Colégio Estadual de Dário Meira abriga famílias atingidas pelas chuvas
Equipes da Secretaria da Educação do Estado (SEC) estão de prontidão para contribuir no acolhimento às vítimas das enchentes registradas em vários municípios do interior, em decorrências das fortes chuvas dos últimos dias, especialmente no Sul e no Extremo Sul da Bahia. O Colégio Estadual de Dário Meira já abriga 18 pessoas, que tiveram suas casas invadidas pelo transbordamento do Rio Gongogi.
O secretário da Educação do Estado, Danilo de Melo Souza, disse que ao abrigar as famílias, em regime de colaboração com os municípios, a escola cumpre uma função social. “No final do ano passado, quando a Bahia foi devastada pelas chuvas, houve uma frente de trabalho das nossas equipes e muitas escolas foram abertas para abrigar as famílias. Agora, da mesma forma, a escola cumpre o seu papel social, em uma situação que exige de todos nós a solidariedade e a empatia”, afirmou.
Desde a quinta-feira (1/12), as famílias recebem alimentação e utilizam a estrutura do Colégio Estadual de Dário Meira. “Nós estamos dando todo tipo de apoio. A gestão e os funcionários da escola estão acompanhando, dando suporte e a prefeitura também, por meio da assistência social. As famílias levaram alguns móveis para a escola e o nosso papel é acolher e mostrar a nossa disposição para o trabalho e o amor ao próximo”, afirmou Polliana Leandro, diretora do Núcleo Territorial de Educação Médio Rio de Contas, com sede em Jequié (NTE 22).
Segundo Polliana, ainda não há definição sobre a suspensão das aulas na unidade escolar. “As aulas foram suspensas nesta sexta-feira, mas vamos monitorar a situação e avisar aos estudantes e aos familiares, caso seja necessário entrar com as aulas remotas, a partir de segunda-feira”, destacou, ao acrescentar que, no território, o município de Ipiaú também já está impactado, mas ainda não há demanda por abrigo.
Alexandre de Moraes e Tarcísio discutem crise na Segurança
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, discutiu na noite de sexta (2) a crise instalada na área de segurança de São Paulo com o governador eleito do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Moraes é o inimigo público número 1 do bolsonarismo, e o encontro no apartamento do ministro nos Jardins, área nobre da capital paulista, já está sendo criticado nas redes de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como a Folha mostrou na sexta pela manhã, a indicação do deputado bolsonarista Capitão Derrite (PL-SP) para ocupar a Secretaria da Segurança de São Paulo gerou a primeira grande crise da transição comandada por Tarcísio.
Delegados, integrantes do Ministério Público e do Judiciário questionaram a escolha, apontando diversos problemas nela. Para começar, Derrite é um ex-PM que busca, a exemplo do que Bolsonaro fez com o Exército, fundir sua imagem pública à da corporação.
Além disso, ele defendeu como deputado poder de investigação para policiais militares, tirando a exclusividade da Polícia Civil. Como a Segurança paulista sempre viveu um equilíbrio precário entre o poder da PM, a maior força (93 mil policiais), e a Civil (27 mil integrantes), o pêndulo se moveria de forma inédita para o lado militarizado.
Por fim, Derrite esposa pensamentos bolsonaristas que vão do ideário do astrólogo Olavo de Carvalho, já falecido guru da turma, à crítica ao bem-sucedido programa de emprego de câmeras em uniformes de policiais —que ajudou a derrubar a letalidade policial onde foi aplicado. O padrinho de sua indicação é o deputado e filho presidencial Eduardo Bolsonaro (PL).
A questão se torna nacional porque Moraes mantém grande influência em setores da Polícia Civil desde que foi secretário de Segurança do governo Geraldo Alckmin (então PSDB, hoje vice-presidente eleito pelo PSB), de 2015 a 2016.
Além disso, ele mantém uma rede de aliados no Judiciário paulista, que se uniram na crítica a Derrite. Até aqui, o secretário indicado não se pronunciou sobre o caso. Na quinta (30), após o anúncio da escolha, Tarcísio tergiversou quando questionado acerca do apoio de Derrite na internet à campanha golpista de Bolsonaro que coloca em dúvida a lisura das eleições.
O teor da conversa entre ele e Moraes ainda não transpareceu. Aliados do governador eleito sugerem algum tipo de armistício no caso de Tarcísio insistir no nome de Derrite, que na ativa da PM foi apenas um tenente —ele virou capitão depois, indo à reserva no Corpo de Bombeiros em 2018 para entrar na política.
Moraes gera temor reverencial entre aliados do presidente, dada sua dura campanha contra as intentonas golpistas do grupo. O lance mais recente foi rejeitar o parecer mambembe contra as urnas eletrônicas do PL e ainda aplicar uma multa de R$ 23 milhões ao partido por litigância de má-fé.
Este é um ponto criticado inclusive por policiais militares com tendências bolsonaristas, que são bastante influentes na tropa, já que teriam de prestar continência a um subalterno mais jovem, de 38 anos. Na corporação, o topo da carreira é a patente de coronel.
Para Tarcísio, é um jogo complexo. Ele precisa agradar o bolsonarismo que o ajudou a chegar ao poder de forma meteórica, saindo do Ministério da Infraestrutura para a chefia do principal estado do país, mas trabalha também com uma ala técnica, com aliados como Gilberto Kassab (PSD), um dos fiadores de sua candidatura, e também com parte da máquina existente após quase 30 anos de PSDB no poder local.
Ele ofertou um agrado à Polícia Civil sugerindo o nome do atual delegado-geral, Osvaldo Nico Gonçalves, para ser o adjunto de Derrite. Nico não deu uma resposta, e o tema será debatido em reunião na semana que vem no Conselho da corporação.
Igor Gielow, Folhapress
Eleições 2022: quase 1,3 milhão declararam algum tipo de deficiência
No Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência, lembrado hoje (3), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que quase 1,3 milhão de eleitores declararam algum tipo de deficiência no pleito realizado este ano – um aumento de 35% em relação às eleições de 2018.
Ao todo, 1.271.381 eleitores informaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida entre as mais de 156 milhões de pessoas consideradas aptas a votar nas eleições de outubro passado.
A Corte lembrou que essa parcela do eleitorado pôde solicitar voto em seção especial onde há acessibilidade. “Os espaços são adaptados para oferecer fácil acesso e maior comodidade e segurança na hora do voto”, destacou o TSE, por meio das redes sociais.
Agência Brasil
Exército se opõe a troca antecipada de comando e tenta demover FAB
Foto: Reprodução/Exército |
A decisão foi tomada na última quarta-feira (30), durante reunião ordinária do colegiado de 16 generais de Exército.
Segundo relatos de três deles à Folha, a antecipação da troca nos comandos seria medida inédita, com potencial para esgarçar ainda mais a relação dos militares com a gestão petista, que assume o Palácio do Planalto em 1º de janeiro.
A ideia sugerida na reunião do Alto Comando é seguir a transição como sempre foi feito, deixando para o futuro presidente a responsabilidade de nomear os comandantes.
Para evitar rusgas com as demais Forças, o Exército avisa somente que o assunto segue indefinido. Nos bastidores, no entanto, se iniciou uma articulação para evitar que o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), brigadeiro Baptista Júnior, deixe o cargo antes da posse de Lula.
A sugestão de antecipar a troca nos comandos foi patrocinada por Baptista Júnior, considerado o mais bolsonarista entre os chefes das Forças Armadas.
Na última semana, ele deu ordem para auxiliares prepararem a passagem do comando no dia 23 de dezembro. A ideia, compartilhada com os demais comandantes, era dar a oportunidade da equipe de transição já escolher os novos nomes para os cargos.
Caso não houvesse disposição do PT, o posto seria entregue provisoriamente para o oficial-general mais antigo, de forma a não impactar fortemente as estruturas dos Altos Comandos.
A transição dos comandantes foi assunto em reunião entre Freire Gomes (Exército), Baptista Júnior (Aeronáutica) e Almir Garnier (Marinha) com o presidente Jair Bolsonaro (PL), na semana passada.
A movimentação foi entendida como uma declaração de insubordinação dos chefes da Forças e obrigou Lula a acelerar a indicação de um novo ministro da Defesa para driblar uma crise militar.
Lula sinalizou que deve escolher o ex-ministro do TCU José Múcio Monteiro para o cargo. O nome foi bem recebido pelos oficiais-generais, que comemoraram a definição por entenderem que o político não deve fazer grandes mudanças na carreira militar.
Com os indicativos de como ficará o Ministério da Defesa sob a gestão petista, generais da cúpula do Exército esperam avançar no entendimento com as demais Forças para evitar a antecipação da troca dos cargos.
A reunião do Alto Comando do Exército ocorreu na terça (29) e quarta (30), no QG de Brasília. O objetivo era discutir questões administrativas, mas outros assuntos foram debatidos entre os generais quatro estrelas.
Um dos temas foi a participação de oficiais da ativa na coleta de assinaturas de uma carta apócrifa com recados ao Poder Judiciário e a favor dos atos antidemocráticos em quartéis.
Na reunião, segundo relatos, os generais decidiram aprofundar na apuração sobre quem participou da criação do texto e da coleta de apoiamentos entre os militares.
Dois generais, no entanto, afirmaram à Folha que o grupo insubordinado é pequeno e será punido por transgressão disciplinar.
Procurado, o Exército não se manifestou oficialmente sobre o caso.
O texto apócrifo passou a circular em grupos de WhatsApp na segunda (28). Coronéis consultados pela Folha contam ter sido abordados por colegas de farda para pedir apoio à carta.
O documento que circula em grupos de WhatsApp é intitulado “carta dos oficiais da ativa ao Comando do Exército”. Ele tem recebido assinaturas virtuais, inclusive de civis, e não é possível saber quantos militares da ativa de fato o endossaram.
Na carta, o autor anônimo diz que os militares da ativa subscritos prezam pela “legalidade, liberdade e transparência” e, num recado ao Judiciário, afirma que nenhum Poder pode se colocar “acima da lei e da ordem democrática”.
O documento ainda é entendido como uma provocação aos generais do Alto Comando do Exército, alvo de críticas de bolsonaristas, por dizer que os soldados colocam os objetivos nacionais em primeiro lugar, “desprezando quaisquer interesses pessoais”.
Cézar Feitoza, Folhapress
Ipiaú: Unidades de Saúde são atingidas por temporal
A chuva torrencial ocorrida na quinta-feira, 1º de dezembro, em Ipiaú, causou prejuízos em algumas unidades de saúde, como também danos em equipamentos, materiais e medicamentos. Prepostos da Secretaria de Saúde de forma imediata estiveram mobilizados na retirada de todas as vacinas e imunizantes que não foram atingidos e foram transferidos para Rede de Frios. A comissão da Dessa Civil, com apoio do Corpo de Bombeiros, continua trabalhando para atender as famílias atingidas e reduzir os riscos e danos sofridos pela população. *José Américo / DIRCOM Prefeitura de Ipiaú
Bahia registra 2.712 casos de Covid-19 e mais 12 óbitos
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.712 casos de Covid-19 e 12 mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.724.041 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.685.081 são considerados recuperados, 8.083 encontram-se ativos e 30.877 pessoas foram a óbito confirmado.
Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta sexta-feira (2) contabiliza ainda 2.060.998 casos descartados e 363.906 em investigação. Na Bahia, conforme dados da secretaria, 69.741 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Vacinação
A Sesab ainda informa que a Bahia contabiliza 11.741.650 pessoas vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.891.597 com a segunda ou dose única, 7.570.655 com a de reforço e 2.736.598 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.074.086 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 748.326 também com a segunda. Do grupo de 3 a 4 anos, 66.138 tomaram a primeira e 26.538 também a segunda dose. Do grupo de 6 meses a 2 anos, 1.312 receberam a primeira dose.
Com nova atualização, decreto estadual altera regras para realização de eventos
Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (2) uma nova atualização do decreto que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras na Bahia. A nova publicação modifica a relação de eventos autorizados assim como as condições para exigência do comprovante de vacinação nestes eventos.
Permanecem autorizados, em todo território do Estado da Bahia, eventos e atividades com a presença de público, tais como: eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, eventos exclusivamente científicos e profissionais, eventos e atividades realizados em auditórios, circos, parques de exposições, feiras, passeatas, parques de diversões, espaços culturais, teatros, cinemas, museus, espaços congêneres e afins, templos para atos religiosos litúrgicos e os eventos desportivos coletivos profissionais.
Para atividades, dentre as liberadas, realizados em locais fechados e sem venda de ingressos, segue obrigatório o uso de máscaras. Já nos eventos com venda de ingressos seguem sendo exigidos o uso de máscaras e a comprovação de vacinação.
O decreto estadual que restabelece as situações para o retorno do uso das máscaras já determinava a obrigatoriedade em transportes públicos, tais como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry boat, e seus respectivos locais de acesso, como estações de embarque; em salões de beleza e centros de estética; em bares, restaurantes, lanchonetes e demais estabelecimentos similares; em templos para atos religiosos litúrgicos; em escolas e universidades; em ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços congêneres; em shopping centers, bancos, lotéricas e afins.
A medida, autorizada pelo governador Rui Costa, vale para todo o território baiano, tendo como objetivo conter a disseminação do coronavírus após o aumento dos casos de Covid-19.
PGR se posiciona contra multa e apreensão de bens de manifestantes de atos antidemocráticos
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se manifestou nesta quinta-feira (1º) contra o pedido formulado pelo Ministério Público do Mato Grosso para a aplicação de multas e apreensão de bens de participantes de atos antidemocráticos.
Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, havia pedido que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestasse em 24 horas sobre a solicitação.
Em sua resposta, Lindôra argumentou que as forças de segurança no estado já estariam “desde o início das manifestações atuando em conjunto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal)” e que a ação conjunta teria conseguido desobstruir os bloqueios em vias e rodovias “sem a necessidade do uso de força”.
A representante da PGR refutou o pedido também sob o aspecto formal, alegando que o tipo de ação em que o requerimento foi formulado não seria adequado “à individualização de responsabilidades e aplicação de medidas coercitivas a pessoas físicas, discussão que escapa ao campo da fiscalização normativa abstrata reservado à Corte Suprema”.
A solicitação foi feita em uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), instrumento usado para questionar que preceitos constitucionais não estão sendo observados.
No pedido, o procurador-Geral de Justiça do Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, havia requerido a aplicação de multas de, no mínimo, R$ 20 mil (para pessoas físicas) e R$ 100 mil (jurídicas) de manifestantes.
Para isso, segundo a solicitação, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, a Superintendência da Polícia Federal no estado e a PRF deveriam identificar os nomes e CPFs de todos os manifestantes.
Depois, eles encaminhariam estes dados ao STF diariamente, para fim de inclusão dos mesmos no polo passivo da ação que trata do assunto, segundo texto enviado por Pereira.
O procurador também pediu que o STF determinasse à PRF e à secretaria de Segurança Pública que apreendessem todos os bens móveis, de logística, apoio e consumo que estiverem em poder dos manifestantes.
Como exemplo, ele citou barracas, cadeiras, freezers, caixas térmicas, churrasqueiras, panelas, espetos, mantimentos, placas e faixas usadas nos acampamentos liderados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Também citou manifestações que fugiram do controle em Mato Grosso, como a da noite de sábado (19), em que um grupo armado de dez homens invadiu, atirou e ateou fogo em caminhões na base da concessionária Rota do Oeste, em Lucas do Rio Verde.
Na noite de domingo (20), em Sinop, dois caminhões estacionados tiveram os para-brisas atingidos por tiros em um posto de combustíveis às margens da BR-163, na zona urbana da cidade.
Bolsonaristas cobram as Forças Armadas para que promovam um golpe que impeça a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contestam, sem fundamentos, o resultado das urnas eletrônicas.
Constança Rezende, Folhapress
STJ envia inquérito contra Jaques Wagner para Justiça Federal da Bahia, diz jornal
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por enviar para a primeira instância da Justiça Federal da Bahia um inquérito que investiga a participação do senador Jaques Wagner (PT), ex-governador do Estado, em fraudes na licitação para a reforma da Arena Fonte Nova. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
O Ministério Público Federal argumentou que os recursos para a reforma da Fonte Nova foram provenientes do BNDES e, por isso, são de competência federal.
O ministro Joel Ilan Paciornik, relator do caso, aponta que os valores que “o Estado da Bahia utilizou para firmar a parceria público privada com empresas advém de recursos do BNDES, obtidos mediante contrato prévio do ente federativo com a referida empresa pública de direito privado, no qual a União figura como garantidora”. “Por essa perspectiva, não é difícil concluir que os dois contratos estão interligados de forma concatenada, resultando interesse da União na licitude de ambos, eis que, em última análise, será a garantidora de eventual inadimplência por parte do Estado da Bahia no contrato firmado com o BNDES”, acrescenta.
Cirurgias robóticas ao vivo inovam o Robotic Surgery Experience Bahia II
Transmissões acontecem neste sábado (3) diretamente dos Hospitais Mater Dei e Santa Izabel
Uma das cirurgias robóticas que serão transmitidas ao vivo amanhã (3) no Hotel Deville Salvador para os 365 participantes do Robotic Surgery Experience Bahia II vai beneficiar um paciente com câncer de próstata usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). A operação, que servirá como uma aula prática de como tratar este tipo de tumor com preservação da função sexual e da continência urinária, será realizada no Hospital Mater Dei, a partir das 10 horas, pelo renomado urologista e cirurgião robótico americano Monish Aron, professor da Universidade do Sul da Califórnia (USC).
A segunda cirurgia, voltada para o tratamento de um câncer renal, será realizada no Hospital Santa Izabel a partir das 16h30 pelo urologista e cirurgião robótico André Berger, brasileiro que mora em Los Angeles (EUA), onde também atua como professor na USC. No Brasil, o médico coordena o Núcleo de Robótica do Hospital Moinhos de Vento (HMV), em Porto Alegre. Ambas as cirurgias serão transmitidas ao vivo pelo canal do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR) no YouTube.
Para o urologista Nilo Jorge Leão, co-organizador do evento e coordenador do IBCR, “o encontro é excepcional tanto porque discute o avanço das tecnologias cirúrgicas na Bahia, no Brasil e no mundo quanto porque reúne grandes cirurgiões robóticos de mais de 10 estados brasileiros, além de dois médicos dos Estados Unidos que realizarão as cirurgias transmitidas ao vivo, sem contar com o fato de colocar a Bahia em destaque no cenário internacional”, declarou.
Segundo o coloproctologista Ramon Mendes, co-organizador do Robotic Surgery Experience Bahia e coordenador do núcleo de coloproctologia do IBCR, “sem dúvida, é o maior evento de cirurgia robótica do Brasil. Reunimos 123 grandes palestrantes nacionais e internacionais experts em cirurgias robóticas em uma grande imersão nos avanços cirúrgicos”, resumiu. Outras grandes atrações do evento, que começou nesta sexta-feira (2), são os modelos de simuladores robóticos que, por intermédio dos expositores presentes, podem ser conhecidos e testados pelos participantes.
O Robotic Surgery Experience Bahia é um encontro de caráter multidisciplinar que reúne informações profundas sobre cirurgia robótica minimamente invasiva com focos nas áreas de urologia, ginecologia, endometriose profunda, coloproctologia, cirurgia oncológica e cirurgia geral. Fundado há três anos, o IBCR congrega cirurgiões de diferentes áreas que, juntos, já realizaram mais de mil cirurgias robóticas na Bahia. Outras informações estão disponíveis no site www.ibcr.com.br.
Informações para a imprensa: Cinthya Brandão - (71) 99964-5552
Podemos oficializa no dia 8 incorporação do PSC; deputados migram para Republicanos
Podemos oficializa na próxima quinta-feira (8) a incorporação do PSC, em movimento que foi pensado para ampliar a bancada do partido no Congresso, mas que pode ter um impacto menor que o esperado por uma migração de deputados do Partido Social Cristão para o Republicanos.
A incorporação será formalizada em evento realizado em um hotel em Brasí . Com o movimento, o Podemos teria 18 deputados federais, formando a oitava maior bancada da Câmara, à frente de PDT, PSB e PSDB. Além disso, teria sete senadores.
No entanto, alguns parlamentares do PSC decidiram deixar o partido após a incorporação e passaram a negociar a ida para o Republicanos, presidido por Marcos Pereira. O primeiro a anunciar foi o deputado Aluísio Mendes, que vai assumir a presidência do Republicanos no Maranhão. Euclydes Pettersen (MG) indicou que acompanharia o colega na migração.
Guilherme Seto/Folhapress
Lula quer Maduro na posse, mas ato de Bolsonaro vira entrave para convite
A equipe do presidente eleito Lula informou a integrantes do Ministério das Relações Exteriores que “todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas” devem ser convidados a posse – o que inclui a Venezuela. A informação é do jornal “O Estado de S.Paulo”. O convite e a vinda do venezuelano Nicolás Maduro, no entanto, esbarram em uma medida do governo Bolsonaro que impede a entrada dele no País.
De acordo com a publicação, a Portaria Interministerial número 7, de 2019, assinada pelos então ministros da Justiça, Sérgio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, “impede o ingresso no País de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”.
Ministro de Bolsonaro quer PP na oposição a Lula, mas aliados de Lira veem partido independente
Apesar de o presidente licenciado do partido, Ciro Nogueira, querer que o PP seja oposição ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as bancadas da sigla na Câmara e no Senado devem assumir postura de independência ao novo governo.
Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), querem inclusive deixar a porta aberta para uma aliança futura com Lula no decorrer do governo petista. Lira e Lula têm trocado acenos, negociado concessões e se aproximado desde o resultado das urnas.
A transição para o lulismo, porém, precisa ser gradual, na avaliação de integrantes do partido. PP e PT já firmaram alianças no passado.
Líderes do PP pretendem reunir os parlamentares apenas em 2023 –depois que Ciro deixar a Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL).
Ciro embarcou no bolsonarismo quando o atual mandatário abriu espaço no governo para cargos de indicação política e deixou o centrão controlar a divisão de emendas parlamentares.
Com a derrota de Bolsonaro na corrida pela reeleição, o ministro da Casa Civil segue defendendo a atual gestão e prometendo levar o PP para a oposição de Lula.
Ainda em abril deste ano, o ministro afirmou que ele se posicionaria contra o petista e trabalharia para que esta posição fosse referendada pelo partido, mas ponderou que a decisão seria da sigla.
“O senador Ciro Nogueira provavelmente vai voltar para o Senado e estará na oposição. E vou defender que o PP permaneça na oposição, mas é uma definição do partido”, afirmou à Folha, em abril. Ele sustenta até hoje esta posição.
Embora Ciro siga no discurso de polarização a Lula, membros do partido são unânimes em dizer que, ao reassumir o PP, ele não irá impor uma decisão e, portanto, respeitará a realidade política diversa dos parlamentares, deixando espaço para a ala lulista. Ou seja, o PP deve ser independente ao novo governo.
Pilar da base política de Bolsonaro, a trinca composta por PP, PL e Republicanos tem tomado rumos diferentes para a relação com o governo Lula.
O PL, de Valdemar Costa Neto, que abrigou Bolsonaro na disputa à reeleição, anunciou que será oposição a Lula –apesar de essa visão não ser unânime dentro da bancada de 99 deputados eleita em outubro.
Na semana passada, o Republicanos declarou que assumirá uma postura independente em relação ao governo petista. O partido, portanto, não irá “se negar ao diálogo e à colaboração” nas pautas de interesse da nova gestão.
Aliados de Bolsonaro foram eleitos pelo Republicanos. É o caso da ex-ministra Damares Alves (DF), do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (RS).
No caso do PP, já havia um racha dentro da sigla, principalmente, por causa da força de Lula no Nordeste. Uma ala do PP em estados como Bahia, Paraíba e Pernambuco já estava alinhada à candidatura do petista.
O PP elegeu 47 deputados para a legislatura que começa em fevereiro –perdeu espaço em relação à composição atual da Câmara, mas ainda deve ser a quarta maior bancada.
Entre os eleitos, 20 são da região Nordeste. Lira está nesta lista. Os bolsonaristas, como Delegado Fabio Costa (AL) e Clarissa Tércio, são minoria.
A ala ligada aos deputados reeleitos Aguinaldo Ribeiro (PB) e Eduardo da Fonte (PE) já se aproximou do lulismo.
Os pepistas da Bahia também integram esse grupo. É o caso do vice-governador da Bahia e deputado eleito, João Leão, além de Mário Negromonte Jr.
No Senado, serão seis representantes do partido, o que significa a sexta maior força na Casa. A bancada, nesse caso, é mais bolsonarista.
Ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (MS) foi eleita pelo partido, que conta ainda com o retorno de Ciro ao Senado e também com Luis Carlos Heinze (RS), outro aliado de Bolsonaro.
O PP no Sudeste também tem se alinhado a governadores bolsonaristas. É o caso de Tarcísio, Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, e Cláudio Castro (PL), eleito no Rio de Janeiro.
Mas deputados do PP dizem que, diante do apoio do PT à reeleição de Lira, há uma ponte a ser construída com o novo governo, que começa com uma posição de independência da bancada.
Hoje o PP tem, além da Casa Civil, o cargo de líder do governo na Câmara, de Ricardo Barros (PR), e também indicações no segundo escalão de Bolsonaro –Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
A ala lulista do partido está de olho nesses postos de estatais. O grupo mais pragmático do PP, por outro lado, quer uma relação pacífica com Lula para manter os privilégios na distribuição das emendas de relator –principal mecanismo de negociação política entre o Executivo e o Congresso.
Thiago Resende e Julia Chaib/Folhapress
PL articula candidatura própria para a presidência do Senado
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, deve oficializar na quarta (7) a candidatura do senador eleito e ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL-RN) para enfrentar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na disputa pela presidência do Senado, em fevereiro do ano que vem.
Marinho vem trabalhando há semanas por sua candidatura e arregimentou o apoio de Bolsonaro. De acordo com interlocutores, o presidente é um dos principais defensores de que o partido -que terá a maior bancada na Casa em 2023– lance um nome para se contrapor a Pacheco.
Nesta quinta (1º), o ex-ministro esteve reunido no Palácio da Alvorada com Bolsonaro, os líderes do Senado, Carlos Portinho (RJ), e do Congresso, Eduardo Gomes (TO), e os senadores Wellington Fagundes (MT) e Flávio Bolsonaro (RJ).
O próprio senador tem evitado falar do assunto abertamente. “O partido vai se reunir na quarta que vem e decidir. Se tiver mais de um candidato, vamos votar”, afirmou ao ser questionado pela reportagem sobre a decisão do PL.
O partido também cogitava lançar Portinho, mas, diante da preferência interna por Marinho, ele passou a afirmar que abriria mão da disputa em prol do candidato mais competitivo.
Diferentes alas do PL querem um nome que imponha freios ao Judiciário e, em especial, ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes -relator de inquéritos que têm o presidente e seus aliados como alvo.
Embora a parte mais radical do bolsonarismo defenda o impeachment do ministro, a medida é vista com cautela no Senado. Integrantes do partido temem retaliações e afirmam que há outros caminhos para lidar com o que consideram excessos de ministros.
O nome da senadora eleita e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) também tem aparecido como alternativa a Pacheco. O PL, no entanto, não quer abrir mão de um candidato próprio.
O partido chegou a conversar com Cristina sobre uma eventual filiação, caso o PP se fundisse com a União Brasil, mas agora a ex-ministra tem sinalizado que não pretende deixar sua legenda.
Marinho, Portinho e Cristina já tinham conversado sobre o assunto com o presidente no Palácio da Alvorada na quarta passada (23). Eles estavam com Valdemar e com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, um dos principais líderes do PP.
Segundo relatos, Valdemar indicou que é importante que o PL consiga a presidência do Senado, já que o PP deve continuar com a presidência da Câmara e o governo federal estará sob o comando do PT.
Apesar disso, até mesmo senadores do PL afirmam reservadamente que Pacheco é favorito à reeleição. Marinho é visto como um político mais moderado que Portinho, mas pesa contra ele o fato de ser novato na Casa. Para alguns integrantes da bancada, o partido pode propor nomes apenas para marcar posição, mas sem chances reais de vitória.
Há ainda a preocupação de que uma candidatura que pode não ter sucesso faça com que o maior partido da Casa acabe sem nenhuma comissão ou cargo importante, uma vez que essa negociação fica restrita ao bloco vencedor.
Por outro lado, quem defende a candidatura de Marinho afirma que o senador eleito é “novato” apenas no Senado, mas não na política, já que passou mais de dez anos na Câmara e é ex-ministro.
Portinho tratou do assunto com Pacheco logo após o resultado do primeiro turno. Segundo relatos, o líder do governo afirmou que o PL se tornou a maior bancada da Casa -com 14 das 81 cadeiras- e que, por isso, pretende participar ativamente da escolha do próximo presidente, mas de forma “harmoniosa”.
Na terça (29), o PL realizou um jantar com parlamentares e o mandatário em Brasília. Na ocasião, Valdemar sinalizou a jornalistas que Marinho seria favorito ao posto.
O presidente do PL reforçou ainda que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, terá o apoio do partido para sua reeleição e que tem o compromisso de apoiar um nome do PL no Senado.
Após o encontro, Portinho disse que tudo estava “correndo muito bem” entre PP e PL e contou que teve conversa com o Republicanos, terceiro partido da chapa e da base de Bolsonaro no Congresso.
THAÍSA OLIVEIRA, MARIANNA HOLANDA E JOÃO GABRIEL/FOLHAPRESS
Chuva em Santa Catarina causa ao menos duas mortes e alaga shopping
Após cinco dias de chuva forte que causam alagamentos, bloqueios de rodovias e ao menos duas mortes, Santa Catarina terá situação de emergência decretada pelo governador Carlos Moisés (Republicanos) ainda nesta quinta-feira (1º).
Duas mortes em razão dos alagamentos já foram registradas. Em Palhoça, região metropolitana de Florianópolis, um homem morreu ao tentar atravessar uma área alagada e foi eletrocutado. Em Brusque, um dos maiores municípios do Vale do Itajaí, um homem foi soterrado após deslizamento no bairro Poço Fundo —ele foi resgatado, mas já sem vida.
Em Navegantes, no litoral sul, um bombeiro está desaparecido após seu barco virar durante o resgate de um pescador, por volta as 6h desta quinta-feira.
Conforme a Defesa Civil, até a tarde desta quinta-feira o estado já somava 882 pessoas desalojadas. Desde segunda (28) há um alerta hidrológico para o risco de inundações nas bacias das regiões do Litoral Sul, Grande Florianópolis e Vale do Itajaí.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) também publicou nesta quinta-feira alerta vermelho —referente a “grande perigo”— para chuvas com ventos superiores a 60 km/h e acumulados acima de 100 mm/dia, com “grande risco de grandes alagamentos e transbordamento de rios, grandes deslizamentos de encostas”.
O alerta vale para 107 municípios de todo o litoral catarinense, serra catarinense, metropolitana de Curitiba (PR) e nordeste do Rio Grande do Sul. No Paraná, em Guaratuba, equipes de resgate trabalham para localizar os desaparecidos após um deslizamento que soterrou 16 veículos na BR-376. A rodovia está bloqueada por tempo indeterminado.
Um dos municípios catarinenses mais afetados é São João Batista (SC), a 78 km de Florianópolis, que foi submerso após a cheia do rio Tijucas, nove metros acima dos parâmetros normais. Há registro de casas apenas com o telhado para fora d’água. A cidade já soma 403 mm de chuva acumulada desde o final de semana passado.
O resgate da população teve de ser feito com a ajuda de embarcações e helicópteros, algumas tiveram de nadar até as aeronaves para serem socorridas. A cidade de 38,5 mil habitantes teve de pedir ajuda a prefeituras vizinhas para receber desabrigados.
Em Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça, na região metropolitana de Florianópolis, equipes de resgate também tiveram de atuar para socorrer pessoas ilhadas em suas casas. Em Palhoça, a água deixou carros ilhados no estacionamento e invadiu o térreo do shopping Via Catarina, no bairro Pagani. O empreendimento fechou as portas temporariamente, mas não teve prejuízos.
O grande volume de chuva é generalizado no estado. Na Grande Florianópolis, já são mais de 645 mm de chuva acumulados desde o final de semana. Em Joinville, metrópole da região nordeste, são mais de 450 mm. Já em Tubarão, ao sul, soma mais de 280 mm.
Segundo o instituto meteorológico MetSul, os altos volumes de chuva na região ocorrem em razão de uma combinação de ar quente e úmido, o que favorece a ocorrência de chuva forte com elevados volumes em curto intervalo de tempo.
A previsão para Santa Catarina é de que a chuva diminua nas próximas horas, mas estão previstas novas precipitações no início da próxima semana em algumas das regiões mais atingidas, como a Grande Florianópolis e na região de Joinville. Nos próximos dez dias, grande parte do estado pode acumular perto ou acima de 100 mm de chuva, conforme o instituto.
A chuva também causa transtornos em rodovias catarinenses. A BR-101 está interditada em razão de um deslizamento no Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC). Conforme a Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, além da BR-101, há interdições em razão de deslizamentos na BR-282, entre Águas Mornas (SC) e Rancho Queimado (SC) e em Santo Amaro da Imperatriz (SC), e na BR-280, na Serra de Corupá.
As rodovias BR-116 e BR-470 não estão bloqueadas, mas, conforme a PRF, há grande congestionamento.
O governo do Estado pede que a população permaneça em alerta e evite deslocamentos, sobretudo a cidades alagadas, como São João Batista e Santo Amaro da Imperatriz.
Caue Fonseca/Folhapress
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