'Ouvi minha mulher sendo estuprada e não pude fazer nada': a brutalidade das gangues que assola o Haiti
Na capital do Haiti, Porto Príncipe, se você não souber onde pisa, pode estar em sério risco. Gangues rivais estão destruindo a cidade, sequestrando, estuprando e matando à vontade. Os criminosos demarcam seu território com sangue. Atravesse uma zona controlada por uma gangue para outra e talvez você não consiga voltar com vida.
Quem mora aqui carrega um mapa mental, dividindo essa cidade fervilhante em zonas verdes, amarelas e vermelhas. Verde significa livre de gangues, amarelo pode ser seguro hoje e mortal amanhã, e vermelho é uma área proibida. A área verde está diminuindo à medida que facções fortemente armadas aumentam seu controle sobre a capital haitiana.
Grupos armados controlam — e aterrorizam — pelo menos 60% da capital e seus arredores, segundo grupos de direitos humanos. Eles cercam a cidade, controlando as estradas de entrada e saída. E a ONU diz que essas gangues mataram quase mil pessoas aqui entre janeiro e junho deste ano.
A cidade de Porto Príncipe está aninhada entre colinas verdes e as águas azuis do Caribe. É tomada pelo calor e negligência. O lixo chega até os joelhos em alguns lugares — um símbolo pútrido de um país em decomposição. Não há chefe de estado (o último foi morto no cargo), nenhum parlamento em funcionamento (gangues controlam a área ao redor) e o primeiro-ministro apoiado pelos Estados Unidos, Ariel Henry, não foi eleito e é profundamente impopular.
Na prática, o estado não exerce qualquer poder, pois as crises se sucedem. Quase metade da população — 4,7 milhões de haitianos — enfrenta fome aguda. Na capital, cerca de 20 mil pessoas enfrentam condições semelhantes à fome, segundo a ONU. É a primeira vez que isso acontece nas Américas. A cólera voltou a assombrar o país. Mas a maior praga são as gangues armadas.
A hora do rush pela manhã — entre 6h e 9h — é o horário de pico dos sequestros. Muitos são arrancados das ruas a caminho do trabalho. Outros são afetados na hora do rush da noite — das 15h às 18h.
Cerca de 50 funcionários do nosso hotel no centro moram aqui porque é muito perigoso para eles irem para casa. Poucos saem após escurecer. O gerente diz que nunca sai do edifício.
O sequestro é uma indústria em crescimento. Foram 1.107 casos notificados entre janeiro e outubro deste ano, segundo a ONU. Para algumas gangues, é uma grande fonte de renda. Os resgates podem variar de US$ 200 (R$ 1.050) a US$ 1 milhão (R$ 5,3 milhões). A maioria das vítimas volta viva — se o resgate for pago — mas não sem sofrimento.
"Os homens são espancados e queimados com materiais como plástico derretido", diz Gedeon Jean, do Centro de Análise e Pesquisa em Direitos Humanos do Haiti. "Mulheres e meninas estão sujeitas a estupros coletivos. Essa situação estimula os parentes a encontrar dinheiro para pagar o resgate. Às vezes, os sequestradores ligam para os parentes para poderem ouvir o estupro sendo realizado pelo telefone".
Manhã em Delmas
Andamos de carro blindado. Normalmente reservado às linhas de frente em zonas de guerra como a Ucrânia, em Porto Príncipe tamanha segurança é vital para afastar os sequestradores. É uma proteção que muitos aqui não podem pagar.
O Haiti é o país mais pobre do hemisfério ocidental, propenso a desastres naturais e políticos.
Ao nos deslocarmos para uma entrevista em uma manhã no fim de novembro, nos deparamos com uma cena de crime no subúrbio de classe média de Delmas 83. Cartuchos de bala espalhados pela calçada, brilhando à luz do sol, e um homem jaz morto em um beco, com o rosto no chão em uma poça de sangue.
Ao lado dele, uma caminhonete 4x4 cinza batida contra um muro, um de seus lados cravado de buracos de bala. Uma AK-47 encontra-se no chão. Policiais fortemente armados cercam a picape, alguns com rostos cobertos e armas em punho. Espectadores se aglomeram em volta. Ninguém faz perguntas, mesmo que as tenha. Quando você vive na sombra das gangues, vale a pena ficar calado.
A polícia nos disse que se envolveu em um tiroteio com um grupo de sequestradores, que saíram cedo na esperança de capturar a próxima vítima. O bando fugiu a pé, um deles deixando um rastro de sangue. O suposto sequestrador foi perseguido até o beco, onde foi morto.
"Houve um tiroteio entre um policial e os bandidos. Um deles morreu", conta um policial veterano de 27 anos que não quis ser identificado.
Ele diz que a situação na capital nunca esteve pior. Perguntei se as gangues eram imparáveis. "Nós as paramos. Hoje", responde.
Do outro lado da cidade, naquela mesma manhã, François Sinclair, um empresário de 42 anos, ouviu uma rajada de tiros quando estava no trânsito. Presenciou homens armados assaltando os dois carros à sua frente, então pediu ao motorista que desse meia-volta. Mas ao tentarem fugir, foram avistados.
"Do nada, fui baleado dentro do meu próprio carro e havia sangue por toda parte", ele nos conta, sentado em uma cadeira de rodas em um hospital gerido pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Pergunto se ele já pensou em sair do país para fugir da violência. "Dez mil vezes", ele responde. "Não consegui nem ligar para minha mãe para contar o que aconteceu [comigo] porque ela é idosa. Do jeito que as coisas estão aqui, é melhor ir embora se puder."
Essa é uma frase que ouvimos a todo o momento, mas para a maioria dos haitianos, não há para onde ir.
As enfermarias do hospital de MSF estão cheias de vítimas de tiros, muitas delas atingidas por balas perdidas. Claudette, que perdeu parte da perna esquerda, me diz que nunca poderá se casar agora que está incapacitada. Deitada por perto está Lelianne, de 15 anos, que está fazendo palavras-cruzadas para passar o tempo. Ela foi baleada no estômago.
"Minha mãe e eu saímos para comer alguma coisa", diz ela. "Enquanto estávamos fazendo o pedido, senti algo. Foi quando caí e gritei de agonia. Não esperava sobreviver. Costumo ouvir tiros mais longe da minha casa. Naquele dia eles chegaram mais perto."
Mesmo o último presidente em exercício do Haiti não estava seguro em sua própria casa. Jovenel Moïse foi morto por pistoleiros em julho de 2021. A polícia culpou mercenários colombianos, dos quais cerca de 20 foram presos. Mas, mais de um ano depois, ninguém foi julgado aqui por puxar o gatilho ou ordenar o assassinato. Ativistas de direitos humanos dizem que quatro juízes entraram e saíram do caso. Está agora nas mãos de um quinto.
A morte do presidente criou um vácuo de poder que as gangues têm competido para preencher — com a ajuda de comparsas.
Especialistas dizem que os grupos armados têm ligações com figuras políticas corruptas — no poder e na oposição. Eles abastecem as gangues com armas, finanças ou proteção política. Em troca, as gangues fazem seu trabalho sujo, gerando medo, apoio ou instabilidade, conforme necessário.
Empresários ricos também têm ligações com as gangues.
"Sempre houve relações entre políticos e algumas gangues, localizadas principalmente em bairros pobres com grande número de eleitores. Mas desde a eleição em 2011 essas relações se institucionalizaram", diz James Boyard, especialista em segurança e professor de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Haiti. "Elas [as gangues] são contratadas para criar violência política".
Ativistas de direitos humanos dizem que existem cerca de 200 grupos armados em todo o país, mais da metade deles atuando na capital.
Se um membro de gangue for preso, um telefonema de seus apoiadores pode libertá-lo sem demora — e com suas armas. Ativistas de direitos humanos dizem que há muitos crimes, mas nenhuma punição.
"Não há Justiça", diz Marie Rosy Auguste Ducena, da Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos do Haiti (RNDDH).
"Os juízes não querem trabalhar nesses casos. Eles são pagos pelas gangues. E alguns policiais são como um sistema de apoio para as gangues, dando-lhes carros blindados e gás lacrimogêneo."
Outros policiais são membros de gangues, diz o ativista de direitos humanos Gedeon Jean. "Sabemos que há pelo menos dois policiais em exercício ou ex-policiais em cada quadrilha. Sabemos que carros com placas de polícia são usados para sequestros. Se a polícia, como instituição, está envolvida, não sabemos."
Alguns policiais atuais e antigos têm sua própria gangue, chamada Baz Pilatos. Ativistas de direitos humanos dizem que ela controla parte da rua principal no centro de Porto Príncipe.
O conluio da polícia não é um mistério. Os policiais ganham cerca de US$ 300 (R$ 1,6 mil) por mês, e alguns vivem em bairros controlados por gangues. Para eles, pode ser uma questão de sobrevivência, não de escolha.
'Concurso de brutalidade'
O que está acontecendo aqui — a cerca de duas horas de voo de Miami (EUA) — vai muito além da mera violência. É como se as gangues de Porto Príncipe estivessem envolvidas em um concurso de brutalidade, e qualquer pessoa nesta cidade de cerca de 1 milhão de habitantes possa se tornar a próxima vítima.
Um homem magro na casa dos 30 anos — que não tem ligação com gangues — vem nos contar o que ele e sua esposa sofreram alguns meses atrás. Seu bairro é controlado por uma facções, e rivais começaram uma matança. Para sua segurança, não vamos mencionar a área ou o grupo armado envolvido.
Quando ele começa a falar, continua por 13 minutos sem parar — como se não pudesse conter suas palavras ou sua angústia.
"Disse a mim mesmo que os tiros estavam muito perto de nós e que deveríamos tentar sair", diz ele. "Mas eles já estavam invadindo a vizinhança. Voltei para dentro de casa com minha esposa. Estava com tanto medo que tremia. Não sabia o que fazer. Eles matam principalmente homens jovens. Minha esposa me escondeu debaixo da cama e me cobriu com uma pilha de roupas. Meu sobrinho estava escondido no guarda-roupa."
Logo os homens entraram na casa, batendo na esposa e exigindo informações sobre os membros da gangue local. Quando o sobrinho tentou fugir, atiraram nele e o mataram. O marido permaneceu escondido e angustiado sem que nada pudesse fazer.
"Queria fugir. Queria gritar. O que mais me dói é que quando estava debaixo da cama, não podia ver, mas podia ouvir aqueles homens estuprando minha esposa. Eles a estavam estuprando, e estava debaixo da cama, e não conseguia dizer nada."
Depois disso, sua casa foi incendiada e ele e sua esposa fugiram em direções opostas. Eles ainda vivem separados, com amigos e parentes, mas esperam que possam voltar a morar com o filho pequeno.
O que aconteceu "é uma cicatriz que atinge o corpo e a alma", descreve o homem. Sua esposa agora está grávida, e eles não sabem se ele é o pai ou se é um dos agressores. De qualquer forma, nos diz que vai aceitar a criança e dar-lhe o seu nome.
"O que eu suportei não foi nada", diz ele. "Há uma senhora que teve apenas um filho. Eles cortaram a garganta dele na frente dela. O menino não tinha nenhuma ligação com gangues."
Marido e mulher foram roubados de quase tudo, incluindo o amor pelo país. "O Haiti foi apagado de nossos corações", diz ele. "Qualquer chance que tivermos, iremos embora."
Após dizer isso, ele desmorona, seu peito arfando enquanto chora.
Os testemunhos que reuni aqui estão entre os piores que já ouvi em mais de 30 anos como correspondente estrangeira, fazendo reportagens de mais de 80 países. E parece que isso é apenas uma pequena amostra da tragédia que assola esse país.
Para as gangues de Porto Príncipe, não há limites.
Em poucos dias, conheci três vítimas de estupro coletivo — a mais nova tinha apenas 16 anos. Ela e uma parente foram estupradas pelos mesmos agressores, que depois ameaçaram queimá-las vivas dentro de casa. A outra mulher estava grávida de seis meses na época em que foi atacada. Enquanto era abusada, seu marido foi executado. Meses depois, ela segue buscando o corpo dele.
Cada vez mais, o estupro é usado como arma pelas gangues. Eles têm como alvo mulheres e meninas que vivem em áreas controladas por seus rivais. Durante uma guerra territorial em julho no bairro mais pobre do Haiti, o Cité Soleil, ativistas dizem que mais de 300 pessoas foram assassinadas — a maioria dos corpos foi carbonizada — e pelo menos 50 mulheres e meninas estupradas por gangues.
A ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos do Haiti (RNDDH), que documentou os estupros em Cité Soleil, diz que muitas sobreviventes "se arrependem de estarem vivas". Vinte delas foram estupradas na frente de seus filhos. Seis viram seus cônjuges serem mortos antes de serem estupradas por vários homens.
A maior parte de Cité Soleil é controlada pela mais poderosa facção de Porto Príncipe — a G-9 e seus aliados. Fontes locais dizem que a gangue tinha laços estreitos com o presidente assassinado e seu partido no poder. Sua especialidade é a extorsão.
O G-9 bloqueou o principal terminal de combustíveis da cidade em setembro, paralisando o país por quase dois meses e desencadeando uma crise humanitária.
Seu líder é um ex-policial chamado Jimmy Cherizier, apelidado de "Churrasco", que dá ocasionalmente entrevistas a jornalistas. Solicitamos uma entrevista por intermediários, mas não tivemos resposta. Ele pode querer falar menos hoje em dia porque foi recentemente submetido a sanções pelo Conselho de Segurança da ONU, acusado de ameaçar a paz e a estabilidade do Haiti.
Os Estados Unidos e o Canadá recentemente sancionaram dois políticos haitianos, incluindo o atual presidente do Senado, Joseph Lambert, por supostamente colaborar com as gangues.
Fontes dizem que as sanções estão gerando algum impacto, porque os políticos que usam as gangues agora querem se esconder.
'Criminosos tomaram país como refém'
Quando Jean Simson Desanclos chegou à rua deserta na periferia de um subúrbio repleto de facções, ele não encontrou nada de sua família exceto a carroçaria queimada da Suzuki preta da família. Os restos mortais carbonizados de sua esposa e duas filhas já haviam sido levados para o necrotério.
Josette Fils Desanclos, de 56 anos, estava levando uma de suas filhas Sarhadjie, de 24, para a universidade, e a outra, Sherwood Sondje, fazia compras para seu aniversário. Estava prestes a completar 29 anos. As duas meninas estudaram Direito como o pai. Eram suas "princesas".
"No dia 20 de agosto, perdi tudo", diz ele. "E não foi só minha família. Ao todo, oito pessoas foram mortas naquele dia. Um massacre."
Desanclos acredita que sua esposa e filhas resistiram a uma tentativa de sequestro e foram baleadas por uma famosa facção chamada 400 Mawazo, que estava expandindo seu território.
"Minha suspeita é que foram eles", diz. Os assassinatos aconteceram nos arredores de uma área chamada Croix des Bouquet, que já estava sob o controle da quadrilha.
Desanclos, de fala mansa e roupas elegantes, é advogado e ativista de direitos humanos. Ele agora é um homem desolado — ansiando pelas vozes que nunca mais ouvirá.
"Você está sempre esperando uma ligação de sua filha dizendo 'papai isso' ou 'papai aquilo'. Perdi o amor da minha vida e as duas filhas que criamos neste país difícil. É como se você fosse um multimilionário e de repente, você perde tudo."
Apesar do risco para si mesmo, ele busca justiça para sua esposa e filhas.
"A família é uma coisa sagrada. Não lutar por justiça seria traí-los", diz ele. "Minhas filhas sabem que seu pai é um lutador, que nunca abandona ninguém, muito menos a própria família. O risco é enorme, mas o que mais posso perder agora?"
Ele quer que o mundo entenda uma coisa sobre o Haiti de hoje — que as gangues não têm limites.
"Criminosos tomaram um país como refém", diz ele. "Eles fazem suas próprias leis. Eles matam. Eles estupram. Eles destroem. Gostaria que minhas filhas fossem o último sacrifício, as últimas mulheres jovens mortas."
Ele fala com dignidade e convicção, mas sabe que seu desejo pode não ser atendido.
No Haiti, são as gangues que detêm o poder, e não o Estado. O primeiro-ministro Ariel Henry não consegue nem chegar ao seu escritório porque grupos armados controlam a área. Fizemos vários pedidos de entrevista com ele, mas todos foram negados.
'Pedido de socorro'
O governo do Haiti — ou o que sobrou dele — emitiu "um pedido de socorro" para uma força internacional para ajudar a restaurar a ordem.
Fala-se nas Nações Unidas sobre a necessidade de uma força armada não pertencente à ONU, mas ninguém parece ter pressa em liderá-la, ou mesmo em participar.
Intervenções estrangeiras têm má fama e um histórico ruim aqui. A última missão da ONU é lembrada por alegações de abuso sexual e por trazer cólera para o Haiti, por meio de forças de paz da ONU do Nepal. A epidemia matou cerca de 10 mil pessoas.
Existem opiniões distintas aqui sobre a ideia de soldados estrangeiros atuando no país. Há apoio de alguns empresários — que usaram grupos armados, mas agora querem que eles sejam controlados — e daqueles presos em áreas controladas por gangues. Por outro lado, há oposição de líderes da sociedade civil que dizem que o Haiti precisa agir sozinho.
Enquanto a comunidade internacional debate o futuro do Haiti, massacres continuam acontecendo.
Fontes locais dizem que grupos armados estão expandindo brutalmente seu território porque não houve eleições. Quando os políticos vêm em busca de votos — em áreas controladas por gangues — têm que subornar os pistoleiros.
A última onda de violência ocorreu na entrada norte de Porto Príncipe em 30 de novembro. Segundo a imprensa local, testemunhas oculares dizem ter visto homens armados — de uma gangue em ascensão — tentando se firmar e informaram a polícia.
Os pistoleiros retaliaram à noite, matando pelo menos 11 pessoas. Alguns dos corpos foram carbonizados.
Os limites aqui são mais uma vez redesenhados em sangue. Quem mora na cidade precisa atualizar o mapa mental, pois mais uma área está passando do verde para o vermelho.
Colaboraram com esta reportagem Wietske Burema, Göktay Koraltan e André Paultre
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63874735
Gilberto Carvalho assume missão de manter militância unida para apoiar Lula
Braço direito do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde quando foi presidente pela primeira vez, o ex-ministro Gilberto Carvalho assumiu uma missão após a eleição: manter a militância unida.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém apoiadores acampados em quartéis apenas dirigindo-se a eles de maneira dúbia, o PT vê a necessidade de um esforço para fazer frente a esse exército.
Por isso, Carvalho tem feito reuniões com os comitês montados para as eleições de 2022.
No final de semana passado, encontrou-se com um grupo em Brasília. Na ocasião, afirmou que Lula pode ter o carisma que for, mas isso não será suficiente para garantir a governabilidade e enfrentar o bolsonarismo. Pediu que seus apoiadores sigam organizados para darem sustentação porque, do contrário, o governo poderá enfrentar dificuldades.
O ex-ministro pediu também compreensão para decisões que podem parecer contraditórias em um primeiro momento, mas fazem parte de um esforço maior. Citou o acordo para a recondução do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como “inevitável”.
Na tarde da última sexta-feira (9), Bolsonaro quebrou o silêncio e fez um discurso dúbio a apoiadores, dizendo se responsabilizar pelos seus erros e ressaltando ser o chefe das Forças Armadas.
“Tenho certeza que entre as minhas funções garantidas na Constituição é ser o chefe supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse ao longo desses quatro anos que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo”, afirmou Bolsonaro, às vésperas da diplomação de Lula.
Juliana Braga/Folhapress
Filha de Bolsonaro vai deixar Colégio Militar após sofrer bullying, diz coluna
O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle procuram uma nova escola em Brasília para matricular a filha Laura, de 11 anos. De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, ela vai mudar de escola após sofrer bullying ao ser ofendida por uma colega do Colégio Militar.
Ainda segundo o colunista, Laura será transferida para um colégio particular, ainda não definido.
A filha mais nova de Bolsonaro ingressou no Colégio Militar de Brasília sem passar pelo processo seletivo, a pedido do presidente da República. A decisão foi tomada pelo comandante do Exército em “caráter excepcional”, em 2021.
Sindicatos marcam assembleia que poderá destituir Josué Gomes da Fiesp
Sindicatos de oposição à gestão de Josué Gomes à frente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) publicaram neste domingo (11) a convocação de uma assembleia extraordinária no dia 21 de dezembro para discutir a conduta do presidente da entidade –e que poderá resultar em sua destituição.
A plenária foi solicitada pela primeira vez pelos sindicatos em outubro. No início de novembro, Gomes comunicou em reunião da diretora que não faria a convocação por entender que o pedido não estava detalhado. O grupo ainda fez um novo pedido de assembleia no dia 27 de novembro, depois de ter detalhado a solicitação, mas a convocação não saiu.
Os sindicatos já consideravam a autoconvocação, por entender que isso está previsto no estatuto da entidade, mas entendiam que seria melhor se a assembleia fosse marcada pela direção. Na Fiesp, a perspectiva era de que essa convocação ficasse para janeiro.
A oposição à gestão de Gomes é majoritária entre os sindicatos ligados à Fiesp. Dos 106 com direito a voto, 80 assinaram os dois documentos recentes enviados à direção da entidade, que foram o detalhamento dos motivos para a realização da assembleia e o novo pedido de convocação da assembleia.
No total, assinaram esses comunicados 86 dirigentes. Entre o primeiro pedido, de outubro, e os novos, de novembro, o número de assinaturas subiu. Eram 78 na primeira solicitação.
A liderança da movimentação para destituir Gomes é atribuída ao ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que ficou 17 anos no comando da entidade da indústria.
Fernanda Brigatti/Folhapress
‘Tem gente comendo ração e esquentando comida com velas’: como é a pobreza no Reino Unido
Em partes do Reino Unido, bolsões de pobreza foram exacerbados por altas históricas nos preços dos alimentos e da energia |
A denúncia foi feita por Mark Seed, diretor de um projeto comunitário de alimentação em Trowbridge, no leste de Cardiff, capital do País de Gales.
Análise da BBC dos dados do Censo britânico de 2021 indica que seis das comunidades mais carentes do País de Gales, uma das quatro nações que compõem o Reino Unido, estão naquele distrito.
No entanto, ONGs advertem que famílias em dificuldades não se encontram apenas em áreas há muito associadas à pobreza e pede que as políticas se concentrem nas pessoas, não nos lugares.
A situação em Cardiff retrata um cenário desafiador que muito enfrentam no Reino Unido por causa do aumento da inflação —relatos como o de Seed se somam aos de muitos outros cidadãos que vivem em diferentes partes do país.
Quase um terço das mães ou pais solteiros está pulando uma das refeições do dia para sobreviver, segundo um levantamento recente do grupo Which sobre as famílias mais atingidas pela crise inflacionária no país.
Membros de três em cada dez famílias monoparentais entrevistados disseram que pularam uma refeição como resultado do aumento dos preços dos alimentos. No total, a mesma situação ocorre em 14% dos domicílios que participaram do estudo.
“As famílias em todo o Reino Unido estão enfrentando dificuldades devido ao aumento do custo de vida, sendo as famílias monoparentais as mais afetadas pela crise”, disse Rocío Concha, diretora de política e ativismo da Which ao jornal britânico The Guardian.
‘ARCO DA POBREZA’
Trowbridge fica no que Seed chama de “arco da pobreza” de leste a oeste de Cardiff.
“Ainda fico impressionado com as pessoas comendo ração”, diz ele.
“[Há] pessoas que tentam aquecer a comida no radiador ou com uma vela. São histórias verídicas chocantes”, acrescenta.
“Cardiff é uma cidade próspera, mas tem bolsões de pobreza que são simplesmente inaceitáveis “, diz Seed, que relata que as pessoas não ganham o suficiente para pagar pelo essencial.
A crise inflacionária só agravou a situação.
“[As pessoas] nos dizem que trabalham todas as horas que podem”, explica ele.
The Pantry, o banco de alimentos administrado por Seed, oferece comida de boa qualidade a preços muito baixos para mais de 160 pessoas.
Uma delas é Elizabeth Williams, de 54 anos, que diz que o projeto “faz uma grande diferença” e aproxima as pessoas, mas admite que sua situação está muito difícil.
“Normalmente, tento não gastar para melhorar as coisas na minha casa”, diz ela.
Ela e o companheiro não trabalham, enquanto o filho, que mora com eles, trabalha muitas horas.
“Mesmo com meu filho trabalhando e contribuindo, é difícil, porque ele também tem que viver e tem necessidades. Ele tem vários problemas e está aguardando uma cirurgia”, diz.
Durante décadas, o oeste de Gales e a região dos vales receberam financiamento adicional da União Europeia (UE) porque estavam entre as regiões mais pobres da Europa, mas Cardiff não era incluída porque, em termos de padrão de vida médio, não é considerada uma região carente.
Victoria Winckler, diretora da ONG galesa The Bevan Foundation, alerta sobre os perigos de estereotipar grandes áreas ou cidades como carentes ou prósperas.
“O estereótipo é que Cardiff é próspera e os vales são pobres, mas os números mostram que não é bem assim”, diz ela.
“Há áreas de Cardiff que são prósperas, sim, mas também há áreas bastante significativas da capital galesa onde as pessoas não vivem tão bem”, acrescenta.
Para a organização, é fundamental que os supermercados garantam que os preços sejam fáceis de comparar e que haja variedade de oferta para diferentes orçamentos.
“Como os preços continuam subindo, é fundamental que todas as pessoas tenham acesso a alimentos saudáveis e acessíveis para elas e suas famílias”, acrescenta Concha, da Which.
Os últimos dados oficiais mostram que a inflação de alimentos no Reino Unido atingiu 16,4% em outubro, nível mais alto desde 1977.
Isso se deve principalmente ao forte aumento de produtos da cesta básica, como leite, manteiga, queijo, massas e ovos.
Os domicílios monoparentais e os aposentados destinam parcela maior de sua renda à alimentação, eletricidade e gasolina, cerca de 30%. Para casais com filhos, esse percentual cai para 25%, segundo cálculos oficiais.
No entanto, todas as famílias estão gastando significativamente mais do que no ano passado em produtos essenciais.
Uma mulher de 40 anos disse aos entrevistadores que, devido ao custo de suas contas, em algumas semanas ela mal consegue alimentar os filhos.
Outra pessoa acrescentou: “Não estou comendo adequadamente para poder alimentar e vestir meus filhos e ainda ter o suficiente para [pagar pela] eletricidade.”
Segundo dados revelados nesta semana pela Confederação da Indústria Britânica, a economia do Reino Unido caminha para uma contração de 0,4% no próximo ano devido à inflação e ao receio das grandes empresas em investir.
Folhapress
Brasil registra 14.765 casos e 69 mortes por Covid nas últimas 24 horas
O Brasil registrou 14.765 casos e 69 mortes pela Covid neste sábado (10). Com isso, o país chega a 35.603.221 infecções e 690.906 vidas perdidas desde o início da pandemia.
As médias móveis de infecções e óbitos registradas foram de 33.844 e 116, um aumento, respectivamente, de 60% e 45% em relação aos quinze dias anteriores. Elas seguem, porém, estáveis em relação ao dia anterior.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus.
Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins não registraram casos e mortes nas últimas 24 horas.
As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Em abril deste ano, o consórcio de veículos de imprensa deixou de atualizar as informações sobre vacinação nos fins de semana e feriados. A medida busca evitar imprecisões nos números informados ao leitor.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.
Folhapress
Risério adverte que Margareth Menezes pode ser sabotada pelo próprio PT
O antropólogo baiano Antonio Risério utilizou suas redes sociais, na manhã deste sábado (10), para comentar a escolha de Margareth Menezes para o comando do Ministério da Cultura do governo Lula. Polêmico, ele disse não ver problema algum na indicação do nome da cantora baiana. “Confesso que estou me lixando para a definição do elenco ministerial do futuro presidente. Pelo visto, até aqui, teremos ministérios de mais e ideias de menos”.
No texto, o intelectual alerta Margareth sobre uma possível “sabotagem” que, segundo ele, “será movida pelo próprio PT”. “Sobre isso, ela bem que poderia conversa com a ex-ministra Ana de Hollanda. O PT sabotou como pôde a gestão dela – com Gilberto Carvalho, que sabia de tudo, fazendo vista grossa – e foi barra pesada, com canalhices e tudo o mais. Penso que Margareth faria bem em ouvir Ana sobre o assunto, se ela topar falar, claro”, escreveu.
Risério ainda deu três dicas para o sucesso da artista baiana à frente do Ministério da Cultura. “Primeiro, ter um leão-de-chácara jurídico-burocrático na chefia de seu gabinete (se o compositor Gilberto Gil não tivesse contado com o advogado Adolpho Schindler nesse posto, teria metido escandalosamente os pés pelos pés)”, revela.
“Segundo, ter um secretário executivo que, em vez de ficar posando de “ministro interino”, se enfronhe fundo no cotidiano administrativo do ministério, arrastando as secretarias para que elas funcionem com força total. Terceiro, escolher bons secretários para cada área. Tendo isso, uma equipe de três de absoluta confiança e absolutamente eficaz, e um elenco de bons secretários, Margareth pode fazer uma ótima gestão”, afirmou o antropólogo.
"SOBRE MARGARETH MENEZES NO MINC
1. Em princípio, não vejo problema algum na escolha. Confesso que estou me lixando para a definição do elenco ministerial do futuro presidente. Pelo visto até aqui, teremos ministérios de mais e ideias de menos. Mas dizem que o PT protesta contra escolha de Margareth. Entendo perfeitamente. O segundo escalão petista tem uma obsessão patológica por cargos e pompas. Me lembro de que, em 2003, no primeiro mandato de Lula, não conseguimos realizar...
Ver mais"Comandante da FAB sob Bolsonaro manifesta apoio a militares escolhidos por Lula
O tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante da FAB (Força Aérea Brasileira) no governo Jair Bolsonaro (PL), publicou em suas redes sociais neste sábado (10) manifestações de apoio aos militares escolhidos pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva PT) para comandar as Forças Armadas a partir de 2023.
“Oficializadas as escolhas dos próximos comandantes das Forças Armadas, registro meu desejo de muitas felicidades e realizações em suas missões”, escreveu.
Baptista Júnior elogiou e desejou boa sorte ao seu sucessor no cargo da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.
Ele afirmou ainda que Damasceno é “líder nato, profundo conhecedor de todos os assuntos e com uma visão gerencial apurada” e que sua “torcida e apoio serão permanentes”.
Lula priorizou os oficiais-generais mais antigos de Marinha, Exército e Aeronáutica para comandar as Forças no início de sua gestão.
No Exército, o comando ficará a cargo do general Julio Cesar de Arruda. Na Marinha, o almirante Marcos Sampaio Olsen.
Os nomes foram anunciados nesta sexta-feira (9) com a confirmação de que o ex-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro será o ministro da Defesa.
Além dos comandantes, Múcio e Lula definiram os nomes de quem vai ocupar os outros dois principais cargos da estrutura do Ministério da Defesa.
O almirante Renato de Aguiar Freire ficará com a chefia do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, cargo vinculado à estrutura do Ministério da Defesa. Ele substituirá o general Laerte de Souza Santos. A escolha segue o critério de rodízio entre as Forças no comando da área.
Para a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa, Múcio escolheu Luiz Henrique Pochyly. Ele é especialista em compliance e controle e foi secretário-geral de administração do TCU enquanto o futuro ministro ocupava uma das cadeiras da corte de contas.
Na manhã deste sábado (10), o presidente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia de formatura de novos oficiais da Marinha, na Escola Naval, no Rio. Mais uma vez não fez discurso. Foi recebido, porém, aos gritos de “mito” por parte da plateia.
Desde o dia 26 de novembro essa é a quinta cerimônia militar que o presidente esteve presente e não se pronunciou. As outras ocorreram em Resende, interior do Rio; duas em Brasília; e em Pirassununga, interior de São Paulo.
Na sexta, Bolsonaro quebrou o silêncio com um discurso dúbio que atiçou seus apoiadores. Ele falou com simpatizantes na área externa do Palácio da Alvorada, após ficar recluso por mais de um mês, desde a derrota para Lula.
Bolsonaro disse na ocasião se responsabilizar pelos seus erros, afirmou que seus apoiadores é que decidirão seu futuro e exaltou sua ligação com as Forças Armadas, no dia em que Lula anunciou seus primeiros ministros, incluindo o futuro titular da Defesa e os futuros comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica.
Neste sábado, no evento da Marinha, estiveram presentes o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; o chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno; e o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ).
Pela primeira vez, a Escola Naval formou mulheres para os quadros da Armada e de Fuzileiros. Isabela Ferreira, Iana Duarte, Larissa Campos, Débora Correa e Maria Santos poderão ser as primeiras a comandarem um navio, por exemplo. Já Helena Monteiro é a primeira fuzileiro da escola.
No total, 182 alunos se formaram, entre eles sete estrangeiro das marinhas da Bolívia, Cabo Verde, Camarões, Panamá e Senegal.
Folhapress
Maria entrega decoração natalina da Praça Rui Barbosa
A prefeita Maria das Graças inaugurou na noite dessa sexta-feira, 9, a decoração natalina da Praça Rui Barbosa, no centro de Ipiaú. A edição 2022 do “Natal Luz”, brilha com a intensidade de milhares de micro lâmpadas, potentes refletores e luminárias. Outras praças da cidade também receberão iluminação especial.
A prefeita chegou na praça acompanhada da tradicional figura do Papai Noel e das secretárias Laryssa Dias (Saúde) e Rebeca Câncio (Ação Social), dentre outros membros da gestão. Após receber os cumprimentos de populares ali presentes, deu início à solenidade que se prolongou com os primeiros espetáculos de uma programação cultural que se estenderá por todo o mês de dezembro.
ARVORE
Dentre outras novidades, a decoração traz uma Arvore de Natal de 15 metros, montada sobre o coreto da praça. Bolas luminosas, anjos, estrelas, flores, guirlandas e outros adereços alusivos ao período em que é celebrado o nascimento de Jesus, completam o conjunto da obra. O tema: “ O Abraço da Família”, sugere acolhimento, solidariedade e confraternização, tão necessários nesse momento que marca a comunidade ipiauense.
Maria disse da importância de celebrar o Natal com muito amor, fé e união, assim como lembrou que desde o início da sua primeira gestão vem investindo na ornamentação da praça para que todos, crianças e adultos, se divirtam e estejam sempre em confraternização neste espaço de convivência.
A prefeita não se esqueceu daqueles que sofreram diretamente os impactos das fortes chuvas verificadas no município e que estão sendo acolhidos pela Prefeitura, através das suas diversas secretarias. “É com o sentimento de fraternidade que abraçamos, com o acolhimento e solidariedade, as famílias impactadas pelo temporal ”, acrescentou a gestora.
Maria agradeceu a todos que contribuíram para a montagem da belíssima ornamentação e pediu que a população zele de cada peça instalada no espaço. “Desejo um Feliz Natal e peço que cuidem com carinho desta linda praça que foi decorada para que vocês aproveitem o período natalino em clima de paz, amor e fraternidade. Vamos acender as luzes do Natal”, concluiu a prefeita.
PROGRAMAÇÃO
Após o pronunciamento da prefeita ocorreram as apresentações do Coral Municipal e da coreografia “Espetáculo Lélia González: Intelectuais Negras Brasileiras”. A programação prossegue na noite de hoje (sábado, 10, com mais uma apresentação do Coral Municipal e a estreia do Coral PROMART, do Centro Comunitário Batista Sete de Setembro. No próximo domingo, 18, o Coral Municipal dividirá o palco com um espetáculo de dança da Universidade Aberta à Terceira Idade-UATI/Uneb. No dia 23 será a vez da apresentação do Coral ADORAI, do Centro Comunitário Batista Sete de Setembro.
Futuro de militares na máquina pública é desafio do governo Lula
A forte presença de militares na máquina administrativa federal —uma herança da gestão de Jair Bolsonaro (PL)— é vista por aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um dos principais desafios que o petista terá que enfrentar ainda na montagem de seu governo.
Anunciado para o Ministério da Defesa, o ex-ministro José Múcio Monteiro já admitiu a interlocutores que a retirada de militares de cargos do primeiro e segundo escalões será uma de suas tarefas mais delicadas.
O tema foi inclusive abordado por Múcio durante entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (9).
“Não adianta esconder que tem muitos militares em cargos na Esplanada. Tem militares de todas as armas. O que eu disse é que a gente precisa voltar ao que éramos. No governo você tem substituições. Vamos ver como vai ser”, declarou futuro ministro.
Uma das áreas de interesse dos militares que já gerou atrito na transição é a das estatais que trabalham com tecnologia nuclear. Esse setor hoje está sob o guarda-chuva do Ministério de Minas e Energia, que teve seu organograma robustecido sob o comando do almirante Bento Albuquerque.
Em seu primeiro dia de governo, Bolsonaro publicou um decreto vinculando a Nuclep (Nuclebras Equipamentos Pesados) e a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) ao Ministério de Minas e Energia. Até então, as duas estatais eram subordinadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Hoje presidida pelo capitão de Mar e Guerra da reserva Carlos Freire Moreira, a INB detém monopólio de produção e comercialização de materiais nucleares. Atua na cadeia produtiva do urânio como combustível nuclear.
As Indústrias Nucleares do Brasil são grandes fornecedoras de equipamentos para a Marinha e há diversas parcerias estratégicas para o desenvolvimento de tecnologias entre a Força e a estatal.
Produtora de bens de capital sob encomenda, a Nuclep é, por sua vez, presidida pelo contra-almirante Carlos Henrique Silva Seixas.
A estatal foi criada em 1975, década em que a ditadura militar investiu no desenvolvimento de empresas do setor para atender ao Programa Nuclear Brasileiro.
Dentro do gabinete de transição do governo Lula, integrantes do grupo destinado à reestruturação do Ministério da Ciência e Tecnologia defendem que pelo menos uma das empresas —no caso a INB— seja reintegrada à pasta.
No grupo, não há consenso sobre o melhor destino para a Nuclep, hoje encarregada da construção de equipamentos pesados.
De tão delicado, o tema nem chegou a ser incluído no primeiro relatório do grupo chamado de Ciência, Tecnologia e Inovação. No entanto, o assunto foi debatido internamente. A intenção é que seja apresentado como proposta para os 100 primeiros dias do governo Lula.
Coordenador do gabinete de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante afirmou à reportagem que o remanejamento seria uma precipitação. Segundo ele, a decisão não está no âmbito do grupo de trabalho de Ciência e Tecnologia.
Mercadante disse ainda que, se publicada, essa proposta seria desautorizada por prever uma mudança estrutural numa área sensível.
“Os GTs [grupos de trabalho] não têm mandato para mudanças dessa natureza, apenas para projetar os desafios dos primeiros 100 dias. Essa é uma proposta de mudança estrutural, que desconhecemos”, disse.
Almirantes consultados pela reportagem consideram muito negativa uma possível mudança nas estatais do setor nuclear, com eventual saída de oficiais dos cargos de chefia. Três deles afirmaram reservadamente que, se a ideia for adiante, haverá um forte impacto na relação entre a Marinha e o futuro governo.
O principal receio está na possibilidade de que uma queda de braço entre o Ministério de Ciência e Tecnologia e o Ministério de Minas e Energia impacte a composição dos conselhos de administração e presidências dessas estatais.
Para eles, a mudança da Nuclep e do INB para a pasta de Minas e Energia ampliou a participação da Marinha no setor e alavancou pesquisas que foram importantes —por exemplo, para o desenvolvimento de submarinos de propulsão nuclear.
Os almirantes, no entanto, não acreditam que serão afastados da discussão já que foi no governo petista de Dilma Rousseff que houve avanços consideráveis na atuação da Marinha no setor nuclear. Eles citam a criação da estatal Amazônia Azul Tecnologias de Defesa como desdobramento do Programa Nuclear da Marinha e do Programa de Desenvolvimento de Submarinos.
Por outro lado, o almirantado avalia que declarações recentes de Lula e José Múcio apontam para uma priorização de projetos-chave para as Forças Armadas —hoje, Marinha e Exército investem fortemente em programas nucleares e de defesa cibernética, para atender às diretrizes estabelecidas na última versão da Estratégica Nacional de Defesa.
Em outra frente de desgaste, integrantes do grupo de trabalho da transição sugeriram que não sejam sabatinados pelo Senado diretores da recém-criada ANSN (Autoridade Nacional de Segurança Nuclear). Eles já foram indicados por Bolsonaro.
Fruto do desmembramento da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), a ANSN está vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Integrantes do grupo de trabalho da transição defendem que suas funções também sejam assumidas pela Ciência e Tecnologia.
Outra recomendação é que o CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) fique sob o guarda-chuva da Ciência e Tecnologia.
Catia Seabra/Cézar Feitoza/Folhapress
Niltinho parabeniza escolha do nome de Rui para Casa Civil do governo Lula
O deputado estadual Niltinho (PP) utilizou suas redes sociais para parabenizar o governador Rui Costa por ter sido escolhido para ocupar a Casa Civil do futuro governo Lula. O anúncio foi feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã de sexta-feira (9).
“O maior governador da história da Bahia levará seu modelo de gestão pra contribuir decisivamente com o crescimento do nosso país. Parabéns ao presidente Lula e ao amigo Rui Costa, novo ministro Casa Civil!”, escreveu Niltinho.
Jornalista barrado por camisa LGBTQIA+ morre durante partida de Argentina X Holanda no Qatar
O jornalista esportivo Grant Wahl, que estava no Qatar realizando a cobertura da Copa do Mundo, morreu nesta sexta-feira (9) após passar mal durante a partida entre Holanda e Argentina. O norte-americano tinha 48 anos.
A morte foi confirmada pela federação de futebol dos Estados Unidos através de um post nas redes sociais. “Todos do futebol dos EUA estamos com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl”, disse a federação.
O repórter da ESPN, Francisco de Laurentiis, relatou em seu perfil no Twitter que estava nas tribunas da imprensa, perto de Wahl, quando o fato aconteceu. O mal súbito ocorreu durante a prorrogação do jogo em questão.
Não foram divulgadas mais informações a respeito da morte de Grant. Nos últimos dias ele teria tido um caso de bronquite, relatado pelo próprio durante sua participação em um podcast que foi publicado na última quinta (8). O jornalista revelou que estava com muitas tosses, assim como outros colegas.
BARRADO POR USAR CAMISA LGBTQIA+
Há algumas semanas, Grant Wahl foi barrado ao tentar entrar na partida de seu país por usar uma camisa com estampa de arco-íris, um dos símbolos LGBTQIA+.
“Um segurança se recusou a me deixar entrar no estádio para EUA x País de Gales. Você tem que trocar de camisa. Não é permitido”, compartilhou em suas redes sociais.
O irmão de Grant, Eric Wahl, disse em vídeo publicado no Instagram, que desde então o jornalista vinha recebendo ameaças de morte. Ele acredita que o irmão possa ter sido assassinado.
Vitória de Góes/Folhapress
Nova York vê aumento da insegurança alimentar e pressão sobre rede de solidariedade
Um relatório anual de cidades mais caras do mundo para se viver, divulgado nesta semana pelo grupo que publica a revista britânica The Economist, indicou no topo da lista pela primeira vez a americana Nova York —empatada com uma líder habitual do ranking, Singapura.
O resultado não é propriamente surpreendente para quem morou e circulou neste ano na cidade que emergiu das quarentenas impostas pela Covid. Junto com o alívio trazido pelas vacinas e a sensação de vida voltando às ruas, restaurantes e teatros, houve outro retorno: o dos custos de vida em alta.
Aluguéis, por exemplo, dispararam depois da moratória nos despejos decretada no auge da crise sanitária —neste dezembro, a média mensal subiu para US$ 4.095. A recuperação do emprego foi mais lenta do que o ritmo nacional —em novembro, o índice de desemprego local era de 5,9%, contra o de 3,7% no país.
E um fenômeno global, a inflação, contribuiu para a explosão da insegurança alimentar na mais rica e populosa cidade dos Estados Unidos. A alta no valor dos alimentos em Nova York foi a mais forte desde 1979. Um estudo de setembro observou um aumento de 69% em relação a 2019, no pré-pandemia, no número de visitas a despensas públicas e “food banks”, ONGs que distribuem refeições e alimentos.
Um relatório recente da prefeitura estimou que ao menos 1,4 milhão dos 8,4 milhões de residentes são afetados pela insegurança alimentar —quadro cuja gradação pode variar de passar fome a não ter acesso a um mínimo desejável de nutrição diária.
Para completar a tempestade perfeita, governadores republicanos do Texas e da Flórida começaram a despachar para as chamadas cidade-santuário ônibus lotados de imigrantes que pedem asilo nos EUA, num circo político cruel. Nova York é um desses locais, situados em estados predominantemente democratas, onde autoridades são instruídas a não perseguir ou delatar pessoas em situação irregular, em oposição a diretrizes do serviço federal de imigração.
Pelo menos 23 mil imigrantes foram levados a Nova York no segundo semestre —incluindo um grande número de venezuelanos—, sobrecarregando abrigos já lotados de sem-teto.
Numa fria manhã recente, esta repórter se apresentou para um turno de voluntários do posto de distribuição semanal de alimentos da Arquidiocese de Nova York. O lugar fica em Washington Heights, bairro no norte de Manhattan com vasta população de origem dominicana, grupo que representa o maior segmento da população latina na cidade e também o de renda mais baixa.
Em duas salas —uma para enlatados, outra para perecíveis—, a tarefa era encher sacolas para distribuição no dia seguinte, quando a fila se formaria de manhã cedo na calçada, com preponderância de idosos e mães. O monitor do posto buscava seis voluntários, só conseguiu três. Junto da reportagem, estavam uma dominicana silenciosa que trabalhava com velocidade de linha de montagem e um pequeno empresário entediado, que havia sido preso por embriaguez ao volante e recebeu parte da pena em forma de trabalho comunitário.
Na sala, a meta era encher mais de 300 sacolas, cada uma com dois pacotes de macarrão, uma lata de frutas em conserva, um saco de aveia, duas latas de atum, uma de feijão e uma de leite em pó.
Em plena curva ascendente de infecções por Covid no começo do inverno, os dois outros voluntários não usavam máscaras no recinto sem janelas. Assim, é bem-vinda uma inovação recente, a coordenação online para doar alimentos, que permite multiplicar esforços entre pequenos grupos e contribui para a redução de trabalho presencial.
Dezembro marca os 40 anos da maior rede de distribuição de alimentos de Nova York, a City Harvest, que fornece comida para mais de 400 “food banks”, despensários e instituições que oferecem refeições quentes. A não ser durante a pandemia —quando a cidade se tornou o epicentro de casos e mortes no país e a ONG enfrentou uma explosão na demanda, sendo forçada a comprar alimentos—, o modelo de operação é de recolher doações, não resgatar sobras de comida.
Estima-se que os EUA desperdicem anualmente 40% de sua produção de alimentos. A City Harvest usa uma frota de caminhões para recolher comida entre restaurantes, mercados e agricultores cujo estoque, ainda que fresco, não tem saída ou não é atraente para o varejo, como frutas e legumes com forma ou coloração incomum.
Os números da ONG confirmam a carência alimentar que afeta Nova York. O diretor Dan Lavoie diz à reportagem que, em 2022, a organização vai distribuir 20% mais alimentos do que em qualquer ano antes da pandemia —a média anual era de 3.000 toneladas. Ele explica que as campanhas digitais de doações facilitam a adesão de escolas, organizações religiosas e funcionários de empresas privadas.
Se a metrópole sempre exibiu os contrastes da desigualdade, o que dizer de seu mais opulento satélite, a região de verão dos Hamptons, na ilha de Long Island, onde a casa em que Woody Allen filmou “Interiores” (1978) está à venda por US$ 150 milhões?
Não há sinais visíveis de pobreza em qualquer parte. Quem observa o tráfego na entrada de uma pequena igreja de Bridgehampton, uma vila do século 17, descobre que muitos não vão rezar, mas se dirigir ao estacionamento. A reverenda da Igreja Unitária Universalista, Kimberly Johnson, conta à reportagem que a despensa que fica ali com alimentos não perecíveis é esvaziada diariamente —e a congregação não tem mais fundos suficientes para atender à demanda crescente entre famílias locais.
Johnson vai tentar agora levantar doações entre proprietários das mansões de fim de semana.
Gráficos econômicos podem confirmar o aperto dos que recorrem a doações para se alimentar em Nova York. Mas os números refletem também as prioridades sociais de governantes e legisladores.
Lúcia Guimarães/Folhapress
Bahia tem mais de 112 mil pessoas atingidas pela chuva
Foto: Reprodução/TV Bahia |
Ainda segundo a Sudec, estes números correspondem às ocorrências registradas em 68 municípios afetados, sendo que deste total 47 estão em situação de emergência. São eles: Aiquara, Alcobaça, Arataca, Baixa Grande, Barro Preto, Buerarema, Cachoeira, Canavieiras, Caravelas, Cardeal da Silva, Cícero Dantas, Coaraci, Dário Meira, Eunápolis, Fátima, Ibicaraí, Ibicuí, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Itabuna, Itajuipe, Itambé, Itapé, Itapebi, Itapicuru, Itaquara, Itarantim, Itororó, Jussari, Lafaiete Coutinho, Medeiros Neto, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Pau Brasil, Porto Seguro, Prado, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Santa Cruz Cabrália, São Félix, Teodoro Sampaio, Ubaitaba, Vereda e Wenceslau Guimarães.
O órgão ainda informa que os municípios afetados pela chuva são Aiquara, Alcobaça, Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Baixa Grande, Barro Preto, Belo Campo, Buerarema, Cachoeira, Canavieiras, Caravelas, Cardeal da Silva, Catu, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Dário Meira, Eunápolis, Fátima, Floresta Azul, Gandú, Guaratinga, Ibicaraí, Ibicuí, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Itabuna, Itajuipe, Itamaraju, Itambé, Itanhém, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itaquara, Itarantim, Itororó, Jitaúna, Juazeiro, Jucuruçu, Jussari, Lafaiete Coutinho, Maragojipe, Marcionílio Souza, Medeiros Neto, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Pau Brasil, Porto Seguro, Prado, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Santa Cruz Cabrália, Santa Luzia, Santo Antônio de Jesus, São Félix, Sátiro Dias, Teixeira de Freitas, Teodoro Sampaio, Ubaitaba, Vereda e Wenceslau Guimarães
Rodovias afetadas pelas chuvas
A execução de serviços emergenciais, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), permitiu o restabelecimento do tráfego de veículos em 24 pontos de rodovias baianas afetados pelas chuvas das duas últimas semanas. As intervenções também contam com o apoio dos Consórcios Intermunicipais de Infraestrutura.
Brasil registra 98 mortes por Covid e mais de 25,4 mil casos da doença
O Brasil registrou 98 mortes por Covid e 25.412 casos da doença nesta sexta-feira (09). Com isso, o país chega a 690.837 vidas perdidas e a 35.588.456 infectados desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes é de 101 por dia, com alta de 28% na comparação com o dado de 14 dias atrás. Já a média móvel de casos está em 30.389 por dia, com alta de 45% no mesmo período.
Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus.
Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Roraima, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Pernambuco, Piauí, São Paulo e Sergipe não atualizaram os números de casos e mortes.
As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Ao todo, 182.329.932 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil.
Somadas as doses únicas da vacina da Janssen, são 172.271.660 pessoas com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.
Assim, o país já tem 84,87% da população com a 1ª dose e 80,19% dos brasileiros com as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen.
Até o momento, 106.762.664 pessoas já tomaram a terceira dose, e 37.989.522, a quarta.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.
Governo Bolsonaro nega pedido para liberar Maduro na posse de Lula
O governo Jair Bolsonaro (PL) recusou nesta sexta-feira (9) um pedido feito pelo gabinete de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de revogação de uma portaria para que Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, possa viajar para o Brasil e participar da posse do presidente eleito.
Em 2019, Bolsonaro editou portaria proibindo a entrada de autoridades de alto escalão da Venezuela no Brasil. O presidente reconheceu Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana, como chefe de Estado legítimo do país vizinho.
O vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), telefonou para representantes do governo Bolsonaro nesta sexta-feira para pedir a revogação da portaria, mas a resposta foi negativa.
Guilherme Seto/Folhapress
Maria parabeniza Robson Moreira pela reeleição na Câmara de Ipiaú
Como era esperado a prefeita Maria das Graças-PP-, parabenizou o presidente da Câmara Municipal, vereador Robson Moreira-PP-, por sua recondução ao comando da Mesa Diretora do Poder Legislativo de Ipiaú para o biênio 2023/2024.
A mensagem da gestora foi sintética, mas de muita significação, tendo a mesma o seguinte teor: “Parabenizo o Vereador Robson Moreira pela vitória à Presidência da Câmara de Ipiaú, neste novo biênio. Sabemos a importância desse momento para a continuidade dos trabalhos pelo município. Que Deus continue lhe abençoando”.
Com este gesto diplomático, Maria expressou mais uma vez a elegância e a grandeza democrática que vem caracterizando a sua atuação ao longo de dois mandatos consecutivos frente à Prefeitura de Ipiaú. Tal procedimento tem sido fundamental para a manutenção da harmonia entre os dois poderes eletivos do município. (José Américo Castro).
Argentina bate Holanda e está na semifinal da Copa do Catar
A Argentina está classificada para a semifinal da Copa do Mundo do Catar. A vaga veio com a vitória de 4 a 3 sobre a Holanda na disputa de pênaltis, após as equipes ficarem no 2 a 2 com a bola rolando. A partida foi disputada nesta sexta-feira (9) no Estádio de Lusail, em Doha.
O craque Lionel Messi foi responsável pela jogada sensacional que deu origem ao gol do lateral Molina. O astro do PSG (França) puxou o contra-ataque, driblou um adversário e achou um lindo passe para a abertura do placar aos 34 minutos da primeira etapa. O segundo tempo teve Messi batendo falta com muito perigo aos 17 minutos. Aos 27, o atacante cobrou com perfeição um pênalti sofrido por Acuña para fazer 2 a 0.
Na pressão final, a Holanda descontou com o atacante Weghorst de cabeça após falha da marcação argentina. E, incrivelmente, aos 55 minutos da etapa final, Weghorst (que entrou no gramado aos 32 da etapa final) aproveitou cobrança de falta de Berghuis por baixo da barreira para finalizar e levar o confronto para a prorrogação.
No tempo extra as equipes buscaram o gol de lado a lado, mas as defesas foram mais eficientes e o placar permaneceu inalterado, o que fez com que a vaga fosse definida nos pênaltis.
Na disputa de penalidades máximas entrou em ação o outro herói do jogo. O goleiro Martínez defendeu as cobranças do zagueiro Van Dijk e de Berghuis para levar os sul-americanos à próxima fase com o placar de 4 a 3.
Recordes de Messi
Além de ser um dos protagonistas da classificação, Lionel Messi teve ao menos outros dois motivos para comemorar. Ele completou 24 jogos em Copas, se tornando, ao lado do alemão Miroslav Klose, o segundo atleta com mais partidas na história da competição. Ele está a apenas uma partida de Lothar Matthäus, que já entrou em campo em 25 oportunidades em mundiais de seleções.
E com o gol de pênalti diante da Holanda, Messi chegou ao décimo em Copas, se igualando ao lendário centroavante Gabriel Batistuta na liderança da artilharia argentina em mundiais.
Agora, a Argentina medirá forças com a Croácia, a partir das 16h (horário de Brasília) da próxima terça-feira (13) no Estádio de Lusail, para buscar a classificação para a grande final do Mundial do Catar.
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional - São Paulo
Bolsonaro quebra silêncio e atiça apoiadores com discurso dúbio
O presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio na tarde desta quarta-feira (9) e fez um discurso dúbio a apoiadores, dizendo se responsabilizar pelos seus erros e ressaltando ser o chefe das Forças Armadas.
Ele falou com simpatizantes na área externa do Alvorada, após ficar recluso e evitar discursos públicos há mais de um mês, desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.
Bolsonaro disse nunca ter saído “de dentro das quatro linhas da Constituição” e que acredita que “a vitória será também desta maneira”. Também exaltou sua ligação com as Forças Armadas, no dia em que Lula anunciou seus primeiros ministros, incluindo o futuro titular da Defesa, José Múcio Monteiro, e os futuros comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica.
“Tenho certeza que entre as minhas funções garantidas na Constituição é ser o chefe supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse ao longo desses quatro anos que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo”, afirmou Bolsonaro.
O mandatário pediu para seus apoiadores se manterem informados. “Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança, eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocês: não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo”, afirmou.
O presidente criticou os gritos de “eu autorizo” de seus apoiadores, numa referência ao pedido para ele acionar as Forças Armadas para dar um golpe e impedir a posse de Lula.
“Não é eu ‘autorizo não’, é o que eu faço com a minha pátria. Não é jogar responsabilidade para uma pessoa, sou exatamente igual a cada um de vocês, de carne, osso, sentimento”, afirmou.
Matheus Teixeira/Folhapress
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