Lula erra ao dizer que Brasil é o primeiro do mundo em mortes por Covid

O Brasil é o segundo país em número absoluto de mortos por Covid, mas o sétimo na taxa de mortes por 100 mil habitantes em todo o mundo.

Em seu discurso de posse no Congresso Nacional neste domingo (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o país é o que possui a maior taxa de óbitos por Covid em relação à sua população no mundo.

“Em nenhum outro país a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil”, disse Lula.

Até o último dia 31 de dezembro, o país registrou 693.941 mortos por Covid, o que dá um índice de cerca de 32,2 mortos a cada 100 mil habitantes, enquanto o Peru possui a taxa relativa mais alta, de cerca de 64,1 mortos por 100 mil, segundo dados do Our World in Data, plataforma que colhe informações de países em todo o mundo sobre a Covid e demais indicadores sociodemográficos.

No ranking de mortes relativas, que considerou apenas os 20 países com mais de 5 milhões de habitantes na lista da plataforma, o Peru é seguido por Bulgária (56,2), Hungria (48,6), República Tcheca (40,1), Grécia (33,5) e Estados Unidos (32,3).

Já quando é considerado o número total de mortes por Covid, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com mais de 1,09 milhão de óbitos, seguido pelo Brasil e depois a Índia, com 530.705 mortos.

Na fala, o presidente Lula também criticou a gestão da pandemia feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que configura, na sua visão, um “genocídio”.

“Isto [elevado número de mortes] só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes”, afirmou.

“O que nos cabe, no momento, é prestar solidariedade aos familiares, pais, órfãos, irmãos e irmãs de quase 700 mil vítimas da pandemia.”

Diversos estudos no país e fora apontaram para o que chamam de excesso de mortes por Covid, o que representa um acréscimo ao número oficial de mortes registradas pela doença. As pessoas consideram que deveriam se somar aos registros outros óbitos que podem ser relacionados direta ou indiretamente à pandemia.

Isto porque cada país possui uma taxa anual mais ou menos conhecida de mortes por diversas causas, que podem ser tanto de doenças infecciosas quanto de outras enfermidades, como câncer, mortes na fila por transplante de órgãos, doenças crônicas e outras.

Assim, a diferença entre essa taxa e o total acumulado de mortes por Covid é o que os cientistas chamam de excesso de mortes. Isso significa que um contingente ainda mais alto de mortes poderá ser registrado como relacionado à pandemia nos próximos anos, conforme avancem esses estudos.

No país, a expectativa é que 800 mil pessoas tenham morrido desde o início da pandemia até dezembro de 2021, ou cerca de 170 mil a mais do que foi oficialmente registrado.

Com isso, o país já teria ultrapassado a marca de 900 mil mortos por Covid até este domingo.

Ana Bottalo / Folhapress

MP que desonera combustíveis por 60 dias deve ser publicada hoje

Um dos primeiros atos de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, ainda neste domingo (1), deve ser a publicação, em edição extra do Diário Oficial da União, de uma medida provisória (MP) com a renovação por 60 dias da desoneração dos combustíveis. A informação foi dada pelo futuro presidente da Petrobras senador Jean Paul Prates (PT-RN).

“A gente ganha tempo para tomar posse na Petrobras, olhar o contexto do setor de petróleo, o próprio preço do barril no mercado internacional. A tendência é ele distender, em função do término do inverno no Hemisfério Norte. A sazonalidade que todos já conhecem”, disse o senador.

Até ontem (31), em meio à alta de preços dos combustíveis motivada especialmente pela guerra da Ucrânia, os impostos federais estavam zerados por medida do ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo Congresso Nacional.

Agência Brasil

PF derruba drone na Esplanada dos Ministérios durante posse de Lula

A Polícia Federal derrubou um drone que sobrevoava a Esplanada dos Ministérios neste domingo (1º), dia da cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O forte esquema de segurança elaborado para a data proíbe a utilização de drones na região, exceto aqueles das forças de segurança ou autorizados e cadastrados pela equipe de transição, com os operadores acompanhados.

O dispositivo derrubado pela PF não estava devidamente registrado. Agentes de segurança contam com armas antidrone para ajudar na segurança da posse.

A estrutura de segurança conta com participação de órgãos do Distrito Federal e do governo federal. Uma central de monitoramento das forças de segurança atua na Esplanada dos Ministérios durante todo o evento.

Victoria Azevedo / Folhapress

Lula recebe a faixa presidencial de grupo representando diversidade do Brasil

Após ser empossado como presidente da República em sessão solene no Congresso Nacional, em Brasília, na tarde deste domingo (1º), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial. O momento aconteceu no Palácio do Planalto.

A entrega da faixa quebrou os protocolos e, pela primeira vez, um grupo de pessoas foi escolhido para fazer a condecoração de Lula com o objetivo de representar o “povo brasileiro”. Veja quem são os representantes da população:

Francisco, 10 anos, morador de Itaquera

Aline Sousa, 33 anos, catadora

Cacique Raoni

Wesley Rocha, 36 anos, metalúrgico

Murilo Jesus, 28 anos, professor

Jucimara Santos, cozinheira

Ivan Baron, que teve paralisia cerebral

Flávio Pereira, 50 anos, artesão

Além dos convidados, a cachorra “Resistência”, adotada quando Lula ficou preso em Curitiba, também subiu a rampa do Planalto.

Como não participou da cerimônia de posse do seu sucessor, Jair Bolsonaro (PL) não cumpriu o rito de entregar o adereço. O ex-presidente, que foi derrotado nas eleições de outubro e desde então fez poucas aparições públicas, viajou para os Estados Unidos em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) na sexta-feira (30).

Já o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), eleito senador pelo Rio Grande do Sul, já havia dito que não passaria o item. “Não sou presidente e não vou botar a faixa em Lula”, falou ele em entrevista ao jornal Valor Econômico em novembro.

Existiam as possibilidades de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara; ou um cerimonialista entregar a faixa presidencial ao presidente eleito, conforme informou a coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo.

Em 2003, Lula recebeu a faixa das mãos de FHC e, em 2011, entregou o item para sua sucessora, Dilma Rousseff.
Discurso

Antes de receber a faixa presidencial, Lula tomou posse como presidente da República em sessão solene do Congresso Nacional. Ele prometeu união, falou em reconstruir o "Brasil para todos", além de exaltar a democracia.

"O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências", falou.

"Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!", completou.

Lula decide manter desfile tradicional de posse em carro aberto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu desfilar em carro aberto durante sua posse presidencial.

Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estarão no primeiro carro, que abrirá o cortejo rumo ao Congresso Nacional. A decisão só será revista se chover no momento do desfile ou se algum imprevisto ocorrer. O vice-presidente Geraldo Alckmin e sua esposa, Lu Alckmin, desfilarão em outro carro logo atrás.

No Congresso, os quatro serão recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o início das solenidades formais.

A decisão de qual carro seria utilizado por Lula e Janja foi discutida entre o presidente eleito e sua equipe de segurança durante a semana que antecedeu a posse, por causa de receios de exposição do petista diante da tensão que envolveu as vésperas de 1º de janeiro.

Logo após o Natal, a PF (Polícia Federal) havia sugerido ao petista que realizasse o desfile em um carro blindado. Apesar disso, o Rolls-Royce presidencial foi utilizado nos ensaios da posse, na última semana, para testar se o veículo estava em condições de realizar o trajeto.

A tentativa do bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa de explodir um caminhão de combustível no Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro, fez a equipe de transição rever protocolos de segurança e sugerir novas precauções para o presidente eleito.

Por questões de segurança e climática, a PF disponibilizou o tradicional Rolls-Royce presidencial e um carro blindado, para que Lula pudesse escolher minutos antes da posse qual veículo utilizaria para percorrer a Esplanada dos Ministérios a caminho do Congresso Nacional.

Segundo o roteiro feito pela equipe de Lula, o presidente e Alckmin devem chegar ao Congresso Nacional às 14h40. Eles serão guiados por Rodrigo Pacheco e Arthur Lira para a parte interna da sede do Legislativo, onde será realizada a sessão solene da posse, às 15h.

Uma hora depois, Lula deve sair do Senado e ir até a área externa do Palácio do Planalto, onde terá início a cerimônia de honras militares e entrega da faixa presidencial na rampa da sede do Executivo. Dentro do Palácio, Lula deve fazer um novo discurso.

Durante todo o dia serão realizados shows do Festival do Futuro na Esplanada dos Ministérios. A música só será interrompida durante a cerimônia de posse.

Victoria Azevedo, Cézar Feitoza e Catia Seabra / Folhapress

Hino cantado por indígena Pataxó e participações de Armadinho, Neojibá e Gerônimo levam emoção à transmissão de cargo de Rui para Jerônimo

A cerimônia de transmissão de cargo do ex-governador Rui Costa para o já empossado Jerônimo Rodrigues, que é de origem indígena, foi realizada em uma tenda montada no gramado próximo à Assembleia Legislativa. Ela foi marcada pela apresentação do Hino Nacional Brasileiro interpretado pela indígena Nívea Akuã Pataxó, acompanhada da camerata da Orquestra Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Infantis e Juvenis da Bahia), projeto mantido pelo Governo do Estado da Bahia, por intermédio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

O Neojiba é destaque por promover a inclusão social de jovens carentes utilizando a música clássica como instrumento de transformação. A indígena Nívia Akuã fez uma interpretação emocionante na qual trocou do português para o Pataxó algumas palavras da letra do Hino Nacional.

A tradição da Família Macedo também animou a solenidade com Armandinho executando o Hino do Senhor do Bonfim. O repertório trouxe, ainda, “Chame Gente”, letra e música de Armandinho e Moraes Moreira. Canção que fez autoridades e convidados matarem as saudades do Carnaval.

Ao final, após o discurso de Jerônimo Rodrigues, o cantor Gerônimo encerrou o evento cantando o Hino ao Dois de Julho e a música Jubiabá, que é um dos apelidos do governador da Bahia.

A surpreendente recuperação do emprego no Brasil

O mercado de trabalho mostrou recuperação robusta desde o segundo semestre de 2021, resultado de fatores cíclicos e estruturais. Embora a conjuntura tenha grande importância nesta retomada, a partir do ponto em que estamos, mudanças estruturais serão a chave para reduzir a desocupação de modo sustentado.

Do lado cíclico, é possível destacar o processo de reabertura da economia depois da pandemia, que beneficiou setores mais dependentes de interação social, geralmente serviços mais intensivos em mão de obra. Adicionalmente, os efeitos defasados da política monetária, estimulativa até meados de 2022, ajudaram a impulsionar a atividade econômica e, por consequência, o mercado de trabalho. A construção civil foi um dos setores que se beneficiaram deste cenário, com destaque na geração de empregos.

Como resultado, observamos 8,5% de desemprego em outubro passado (descontados os efeitos sazonais), a menor taxa desde 2015, com atividade econômica ainda aquecida e mercado de trabalho com sinais de dinamismo. O número de desempregados, pouco mais de 9 milhões, também é o menor desde 2015. Importante lembrar que, naquele ano, a desocupação mostrava trajetória de rápida ascensão em resposta à política monetária bastante apertada, e iniciava-se ali uma recessão profunda que se estendeu pelos anos seguintes.

A taxa de formalização atingiu em outubro o maior nível desde 2017, descontando o período em que houve distorções decorrentes do impacto maior das medidas de distanciamento sobre os trabalhadores informais (efeito-composição). A sondagem do mercado de trabalho do Instituto Brasileiro de Economia (FGV-Ibre) referente a dezembro apontou que 87,7% dos trabalhadores informais anseiam por uma ocupação formal.

Agora vemos uma desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, que parece mais ligada a fatores de oferta de mão de obra (pessoas voltando a procurar emprego) do que a um arrefecimento da demanda (firmas precisando de mais trabalhadores).

O percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão procurando emprego tem caído desde meados de 2022, enquanto o rendimento médio real teve expansão de 6,2% no ano (até outubro, descontados os efeitos sazonais), mesmo com a inflação bastante pressionada nesse período.

Os fatores estruturais, por sua vez, são essenciais para que o mercado de trabalho seja capaz de sustentar taxas mais baixas de desocupação e com maior formalidade no longo prazo, sem riscos de pressionar a inflação.

Avanços que permitem menor assimetria de informação entre quem procura por trabalho e quem oferta vagas de emprego; maior segurança jurídica com menor custo de transação para quem (des)contrata; e simplificação de regras, tendem a reduzir a taxa natural de desemprego, ou seja, aquela que não gera pressões inflacionárias. Essa taxa está relacionada a fricções decorrentes de trabalhadores buscando recolocação entre diferentes setores produtivos ou, ainda, se requalificando para buscar melhores oportunidades no futuro.

Neste contexto, a reforma trabalhista de 2017 possibilitou importante espaço para redução permanente da desocupação no Brasil. A redução na insegurança jurídica ao se contratar abriu espaço para uma queda permanente estimada de 1,7 ponto percentual na taxa de desemprego, de acordo com estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (Labor Courts, Job Search, and Employment: Evidence from a Labor Reform in Brazil, 2022).

Adicionalmente, a flexibilização por meio de novas modalidades de contratação –tais como o emprego intermitente e o temporário– permite maior facilidade de adequação entre vagas ofertadas e trabalhadores, e leva a impacto positivo sobre o nível de ocupação.

A evidência internacional comprova que, mesmo entre países desenvolvidos, a maior criação de empregos está associada a ambientes com maior flexibilidade nas relações trabalhistas, menor proteção extensiva e menor taxação nas relações de trabalho, conforme estudo do FMI (Job Creation: Why Some Countries Do Better, 2000). Outro estudo recente (Key Determinants of Job Creation: A Comparative analysis between OECD Countries and Emerging Economies, 2020) mostra que tanto o crescimento econômico quanto o crescimento da produtividade geram impactos positivos sobre a criação de empregos.

Em suma, para que os ganhos recentes no mercado de trabalho se mantenham a longo prazo, é fundamental não apenas a manutenção dos avanços adotados nos últimos anos, como também novas medidas que reduzam a assimetria de informação e permitam que taxas de desemprego mais baixas sejam sustentáveis a longo prazo.

Adicionalmente, esforços para aumentar a produtividade e o crescimento potencial na economia brasileira tendem a trazer ganhos também para o mercado de trabalho, sobretudo no contexto em que o país apresenta baixa produtividade há décadas, em especial na comparação com outros emergentes.

Por fim, as possíveis consequências negativas que a pandemia trouxe para a escolaridade das próximas gerações devem ser monitoradas e corrigidas, de maneira a evitar perdas futuras na qualificação dos trabalhadores.

Em oposição, medidas voltadas à demanda, como estímulos monetários e fiscais, devem ficar contidos a endereçar questões de curto prazo. A manutenção artificial da taxa de desemprego em nível abaixo do equilíbrio tende a gerar riscos inflacionários, e a consequente necessidade de ajustes custosos posteriormente, resultando em períodos longos de desemprego elevado, como observado durante a crise de 2014-16.

Não há saída mágica para a redução do desemprego.

Ana Paula Vescovi / Folhapress

Jerônimo pede fim dos palanques por uma ‘unidade brasileira’ em combate à fome

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) reiterou, em conversa com a imprensa na manhã deste domingo (1º), dia da sua posse, que “as eleições acabaram”.

“Os palanques já foram desmontados. É importante uma unidade brasileira para que a gente não possa dividir uma ação de governo e continuarmos com pessoas passando fome”, disse Jerônimo.

“A nossa unidade no Brasil tem nome e sobrenome. É proteger o povo brasileiro. É garantir que a gente se livre desse mal que é a fome”, continuou, logo após o seu discurso de posse feito no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia.

Mateus Soares e Flávio Sande

Jerônimo Rodrigues: ‘Prioridade central do meu governo é o enfrentamento à pobreza, o combate à fome e ao desemprego’

Em discurso de posse na manhã deste domingo (1º), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) declarou que a prioridade central do seu mandato será “o enfrentamento à pobreza, o combate à fome e ao desemprego”.

Ele também cumprimentou por diversas vezes os ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa, ambos do PT – este último não presente na cerimônia. “É um privilégio sucedê-los no governo da Bahia”, disse.

“Ainda mais nesse momento, em que o presidente Lula é reconduzido democraticamente ao Planalto Central para liderar o processo de reconstrução do país”, emendou.

“Eu não cheguei aqui sozinho. Sou um homem de grupo. Sou resultado de lutas, sonhos e projetos coletivos”.

“A minha história de vida, a minha trajetória foi construída nos movimentos sociais, no estudo e no debate sobre as questões mais fundamentais de quem, como eu, sonha com um mundo mais respeitoso e com oportunidades acessíveis ao nosso povo”, declarou Jerônimo.

“Com muita honra, assumo hoje o governo do Estado da Bahia, com o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo desenvolvimento dos 15 milhões de baianas e baianos”.

“Eu assumo com muita consciência e responsabilidade, o meu papel nessa luta secular por justiça social”, acrescentou o governador petista.

Mateus Soares e Flávio Sande

Segurança na posse terá snipers, drones e restrição na Praça dos Três Poderes

A posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorrerá em clima de festividade e apreensão. Diante da recente ameaça de bomba na capital do país, a equipe responsável pela proteção ao petista fez um planejamento de segurança robusto para este domingo (1º), que terá de snipers a público restrito e detector de metais.

Nos últimos dias, o plano teve de ser reavaliado pela equipe de transição e pelo governo do Distrito Federal após os casos de vandalismo, com ataque à sede da Polícia Federal, e a tentativa de ataque terrorista na véspera de Natal.

Os casos ampliaram a pressão de autoridades e petistas para que o Exército desmobilizasse o acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general.

O fato de Jair Bolsonaro (PL) ter deixado o país a dois dias da posse deve diminuir a temperatura entre seus apoiadores, avaliam integrantes da equipe de segurança.

O primeiro passo da segurança da posse, portanto, será garantir que os manifestantes que não aceitam o resultado das urnas não se aproximem dos eventos do dia.

Como disse à Folha o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, eles não poderão se afastar muito do QG, ficando restritos a uma distância de 7 quilômetros da Praça dos Três Poderes. Já não há tantos bolsonaristas como outrora, mas alguns permanecem no local.

Aliados de Lula se queixam de omissão do governo federal e do Exército frente à escalada de violência com a manutenção do acampamento. Eles defendiam uma ação mais enérgica para dispersá-los.

Integrantes das Forças Armadas e das forças de segurança do DF, por sua vez, acreditam que uma medida mais drástica poderia incendiar os bolsonaristas e levar a um conflito.

A equipe do presidente eleito também adotou como medida escantear o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da segurança presidencial, reduzindo seu protagonismo na coordenação do planejamento.

Há desconfiança entre petistas de que o ministério, hoje comandado por Augusto Heleno, tenha sido aparelhado de bolsonaristas.

Pelo mesmo motivo, a escolta do comboio oficial do presidente eleito durante a posse não será feita pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), como ocorreu em anos anteriores. Mas sim pela Polícia Militar do Distrito Federal.

O PT espera cerca de 300 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios e planejou um festival de música e atrações ao longo do dia 1º de janeiro.

Lula convidou, na última quinta-feira (29), seus apoiadores a comparecerem à posse e disse que quem ganhou as eleições tem direito de fazer uma grande festa popular e quem perdeu deve ficar “quietinho”.

“Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, domingo estejam aí [em Brasília], que não vai ter barulho. Não fiquem preocupados. Quem perdeu as eleições que fique quietinho. E quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília”, disse o petista, durante o último anúncio de ministros do seu governo.

A Esplanada dos Ministérios terá esquema de segurança reforçado para abrigar as centenas de milhares de apoiadores que vão assistir Lula subir a rampa pela terceira vez.

Segundo o planejamento, haverá snipers (atiradores de elite) em cima dos prédios da Esplanada. Além disso, será feito um controle por meio de câmeras e drones.

A Secretaria de Segurança Pública do DF também montará uma tenda, ao lado do Museu Nacional, para dar apoio aos agentes que participarem da operação da posse.

O local servirá como base das forças de segurança, com sistemas instalados para analisar as imagens de câmeras espalhadas pela Esplanada dos Ministérios.

A PF fará varredura contra explosivos no Ministério de Relações Exteriores, no palco do Festival do Futuro e no Palácio do Planalto. Também irá realizar vistorias para evitar artefatos explosivos em veículos e locais de acesso das autoridades.

Além de realizar monitoramento de inteligência, a polícia também terá equipe à disposição para atendimento de ocorrências em eventuais tentativas de invasão ou depredação de prédios públicos e designará um grupo de pronta intervenção caso haja necessidade.

À corporação também caberá promover ações de enfrentamento a possíveis atos de terrorismo e monitorar ameaças cibernéticas.

A PF também terá à sua disposição uma aeronave para atuar em coordenação com a Polícia Militar do DF. Agentes de Operações Especiais também deverão trabalhar em coordenação com a PMDF.

Assim como fez nos atos de campanha do petista, a corporação pesquisou antecedentes das pessoas que estão credenciadas para acessar locais onde autoridades estarão.

Uma das maiores dúvidas diante da proximidade da posse diz respeito ao desfile de carro de Lula, se ele descerá a Esplanada no tradicional Rolls Royce conversível ou se irá em carro blindado.

A expectativa é que a decisão seja tomada neste domingo, após uma avaliação da equipe de segurança com o presidente eleito.

A possibilidade de chuva, comum na capital nesta época do ano, também pode levar Lula e Rosângela da Silva, a Janja, a desfilar em carro fechado.

O acesso à Praça dos Três Poderes será restrito. Inicialmente, apenas 30 mil pessoas poderiam estar no local, cujo acesso estará aberto a partir das 8h.

Um pedido da futura primeira-dama, feito na quinta (29) a integrantes da equipe de segurança da posse, ampliou em mais 10 mil pessoas o público na praça.

Segundo relatos feitos à Folha, Janja também solicitou que a segurança prepare bolsões para a entrada de pessoas em espaço mais próximo ao Palácio do Planalto e aumente o efetivo de policiais no local, onde o petista receberá a faixa presidencial. Os pedidos foram atendidos na sexta-feira (30).

Todas as pessoas que ficarem na praça dos Três Poderes (espaço entre o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional) terão de passar por um detector de metais. A segurança ali será reforçada pela proximidade com o presidente eleito.

O restante do público só poderá entrar na Esplanada dos Ministérios, pela via N1 (uma das pistas do Eixo Monumental).

“A entrada vai ser mais restrita [do que o previsto inicialmente]. As pessoas vão poder entrar só pela N1, e já vai ter uma linha de revista no local. Elas não vão poder ingressar mais por trás dos ministérios, o espaço estará fechado com tapumes. Toda a Praça dos Três Poderes vai estar fechada também”, disse Júlio Danilo.

Além disso, há restrição de objetos para o público que não serão permitidos, como garrafas que não sejam de plástico e caixas de som. A equipe do Festival do Futuro elaborou flyers para facilitar a comunicação dos itens proibidos.

Marianna Holanda, Victoria Azevedo e Cézar Feitoza / Folhapress

O que é o 'segundo bissexto' e por que ele será eliminado a partir de 2035

Mas a duração dessa unidade de tempo não é a mesma se nos guiarmos pelas medidas de um relógio atômico (de espantosa precisão) ou pela rotação da Terra.

Isso porque, enquanto a medição baseada nas vibrações dos átomos é incrivelmente estável, o tempo que nosso planeta leva para girar sobre si mesmo, ao contrário, varia.

O movimento das marés, o fato de a Terra não ser um objeto sólido, de registrar movimentos em sua crosta e de ter um núcleo em estado líquido são alguns dos fatores que contribuem para essa variabilidade.

Para compensar a diferença, o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em francês), localizado em Paris, convencionou adicionar periodicamente um segundo bissexto - ou segundo intercalar - quando a diferença entre o tempo astronômico e o universal (ditado por relógios atômicos) se aproxima de 0,9 segundos.

Tudo isso pode parecer insignificante para nós, humildes mortais, mas não é: o segundo é a unidade base para a medição do tempo no sistema internacional de medidas.

Sem a adição, ao passar dos anos a distância entre as duas medidas de tempo só aumentaria.
Para sincronizar os dois relógios, o segundo bissexto foi usado 27 vezes desde 1972 - a última vez, em 2016.

Recentemente, contudo, o órgão encarregado de estabelecer os padrões nos sistemas de unidades utilizados em todo o mundo decidiu eliminar essa medida a partir de 2035.

O problema, segundo os especialistas do BIPM, é que é muito difícil prever exatamente quando será necessário adicionar o segundo extra.

Por isso, muitos sistemas que dependem de medições precisas desenvolveram seus próprios métodos para incorporar o segundo. Alguns o fazem no último momento do último dia do ano; outros, no primeiro dia do ano, por exemplo.

Isso acaba colocando em xeque a universalidade do tempo e, por consequência, pode representar um perigo para todos os sistemas digitais que estão interconectados.

A decisão do BIMP, chamada de "resolução D", pede a suspensão do segundo bissexto de 2035 pelo menos até 2135, quando o tema voltaria a ser discutido, possivelmente com novas propostas desenvolvidas por cientistas para conciliar o tempo astronômico com o atômico.

Essa "decisão histórica" permitiria "um fluxo contínuo de segundos sem as descontinuidades atualmente causadas por segundos bissextos irregulares", disse Patrizia Tavella, diretora do departamento de tempo do BIPM.

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-64043000
www.msn.com/

Mega da Virada 2022: confira o resultado

O sorteio da Mega da Virada 2022 acontece nesta sexta-feira, 31 de dezembro de 2022. O concurso é um dos mais aguardados pelos brasileiros. O prêmio deste ano está estimado em R$ 540 milhões. Ganha o prêmio quem consegue acertar todos os seis números sorteados no dia.

No caso da Mega da Virada, o prêmio não acumula. Caso nenhuma aposta acerte o número máximo, o prêmio é compartilhado entre quem acertou cinco números. Ganha prêmio em dinheiro quem acerta seis, cinco e quatro números; quanto menor o número de acertos, menor o prêmio. O resultado será conhecido hoje. As apostas podiam ser feitas até as 17h, horário de Brasília, em casas lotéricas e online.

Vídeo relacionado: Mega da virada sorteia R$ 450 milhões (Dailymotion)

O concurso terá sorteio realizado ao vivo e transmitido na TV aberta. O sorteio deve começar a ser preparado a partir das 20h, horário de Brasília. A Globo vai exibi-lo na televisão, ao vivo. Também é possível acompanhar o resultado pelas redes sociais das Loterias Caixa, pelo Facebook https://www.facebook.com/LoteriasCAIXAOficial e Youtube.

O post Mega da Virada 2022: confira o resultado apareceu primeiro em Hora Brasil.

Acusado de bater na própria mãe, ex-humorista da Globo é preso no interior de SP

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O humorista Filipe Pontes, 36, foi preso em flagrante na manhã deste sábado (31) após a acusação de agressão contra a própria mãe em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Conhecido por seus trabalhos na Globo imitando os apresentadores Luciano Huck e Fausto Silva, além do personagem Tufão da novela "Avenida Brasil"(2012), nas atrações humorísticas da casa, ele foi denunciado por vizinhos.

Segundo o boletim de ocorrência, as agressões aconteceram no apartamento da família no bairro de Campos Elíseos. Ao chegar no local, a Polícia Militar encontrou o irmão de Filipe tentando ainda conter o humorista. Ele, então, relatou que o agressor chegou em casa no final da madrugada bastante alterado e começou a ofender a mãe. Em seguida, o humorista passou a agredi-la.

Ainda de acordo com o depoimento do irmão, Filipe também o agrediu e ameaçou de morte toda a família. O caso foi registrado em um boletim de ocorrência na CPJ de Ribeirão Preto como violência doméstica, ameaça, injúria e vias de fato.


A Folha de S.Paulo entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que confirmou a prisão do humorista. "Ele é acusado de agredir a própria mãe, de 57 anos. A vítima solicitou medida protetiva de urgência e o autor irá ficar preso até a realização de uma audiência de custódia.", diz a nota.

A reportagem também entrou em contato com representantes do artista, mas não obteve retorno até a publicação desta nota. O perfil de Filipe no Instagram não estava mais disponível na rede. Além de trabalhar nos programas da Globo como Zorra Total, Domingão do Faustão e Altas Horas, o humorista também atuou nos programas Pânico na Band, da Band TV e Legendários, da Record.

Mourão critica ‘lideranças’ que, ‘com o silêncio’, deixaram para as Forças Armadas a conta de ‘inação’ ou ‘pretenso golpe’

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, criticou neste sábado (31) “lideranças” que, “com o silêncio”, deixaram crescer um clima de desagregação no país e levaram para as Forças Armadas a conta da “inação” ou de um “pretenso golpe”

Mourão fez um pronunciamento de fim de ano transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desasgregação social. E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe “, afirmou Mourão.

Ele disse ainda que a “alternância de poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada” .

Mourão assumiu a presidência do Brasil na tarde desta sexta (30), quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o espaço aéreo brasileiro rumo a Orlando, na Flórida (Estados Unidos).

O político, que se elegeu senador pelo Rio Grande do Sul, passará menos de dois dias no posto. O mandato de Bolsonaro e Mourão termina às 23h59 deste sábado.

Delegação da Venezuela chega a Brasília para preparar viagem de Maduro à posse de Lula

Um escalão avançado da Venezuela chegou a Brasília neste sábado (31) para preparar a viagem do ditador Nicolás Maduro à cerimônia de posse do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (1º).

A comitiva -encarregada de organizar os preparativos do deslocamento, que envolvem questões de segurança, infraestrutura e cerimonial- desembarcou na véspera do evento. Isso porque até a última sexta-feira (30) autoridades do regime venezuelano estavam impedidas de entrar em território brasileiro.

O caminho para a viagem de Maduro só foi aberto quando, após articulação da equipe de transição de Lula, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) revogou a portaria que barrava o alto escalão da ditadura.

Segundo o texto publicado em 2019, as autoridades venezuelanas “atentavam contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”. A Venezuela é hoje o segundo país em número de refugiados, com 5,6 milhões, atrás apenas da Síria, em guerra civil desde 2011.

Logo em seu início, o governo Bolsonaro cortou relações com o regime de Maduro e reconheceu Juan Guaidó, um dos líderes da oposição, como chefe de Estado legítimo do país. Nesta sexta, partidos locais decidiram deixar de reconhecer Guaidó como presidente interino.

Um impasse com Bolsonaro havia levado o futuro governo brasileiro a deixar de negociar a viabilização da vinda do ditador, depois de a atual gestão ter recusado, em 9 de dezembro, pedido do gabinete de transição para a revogação da portaria.

Segundo fontes diplomáticas ouvidas pela Folha, a situação foi até mesmo explicada a Caracas, e a mensagem teria sido recebida com compreensão diante da expectativa de restabelecimento da relação entre os países quando Lula assumir a Presidência.

Mas o caso sofreu uma reviravolta, e tudo indica que Maduro estará presente na posse de Lula, que iniciará seu terceiro mandato neste 1º de janeiro de 2023. Os detalhes logísticos estão sendo discutidos pelos venezuelanos neste sábado.

O embaixador Mauro Vieira, futuro ministro das Relações Exteriores, antecipou que os vínculos do Brasil com a Venezuela serão restabelecidos no primeiro dia da gestão petista. O processo, segundo o chanceler, vai se dar primeiro com o envio de um encarregado de negócios para avaliar a reabertura da embaixada e do consulado do Brasil em Caracas, fechados desde 2020.

“Depois, indicaremos um embaixador junto ao governo venezuelano”, afirmou, deixando claro que não se referia a Guaidó. “[Abriremos] embaixada junto ao governo eleito, o governo do presidente Maduro.”

Para a posse do terceiro mandato de Lula, o Itamaraty convidou chefes de Estado de países que mantêm relações diplomáticas com o Brasil. Até quarta (28), 65 delegações de chefes e vice-chefes de Estado, governo e poder, além de chanceleres e enviados especiais, já haviam confirmado presença em Brasília.

O número de autoridades estrangeiras, segundo o embaixador Fernando Igreja, responsável pelo cerimonial da posse, é superior ao dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Confirmaram presença presidentes de países da Europa, como Alemanha (Frank-Walter Steinmeier) e Portugal (Marcelo Rebelo de Sousa), da África, como Angola (João Lourenço) e Cabo Verde (José Maria Neves), da Ásia, como Timor Leste (José Ramos-Horta), e das Américas, como Argentina (Alberto Fernández) e Chile (Gabriel Boric).

Nathalia Garcia / Folhapress

PT faz mistério sobre passagem de faixa a Lula e avalia marca de diversidade

A três dias da posse, o entorno do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda fazia mistério sobre a passagem da faixa presidencial. De acordo com aliados, além do próprio petista, apenas a futura primeira-dama, Rosângela Silva, e o fotógrafo Ricardo Stuckert sabem detalhes da cerimônia.

Diferentemente do que ocorreu com Fernando Henrique Cardoso (2003), com Dilma Rousseff (2015) e na passagem de Michel Temer para Jair Bolsonaro (2019), Lula deve receber a faixa no alto da rampa do Palácio do Planalto -e não no parlatório, onde o presidente discursa ao público.

Aliados do petista afirmam que Stuckert sugeriu a Lula e à futura primeira-dama que a faixa seja entregue por pessoas que representem a diversidade do povo brasileiro. O grupo seria formado por mulheres, negros, indígenas e trabalhadores.

Pessoas que participaram do ensaio para a posse na terça-feira (27) afirmam que a ideia ainda está no radar de Janja. Outra hipótese é que a faixa seja entregue por crianças -escolhidas igualmente para simbolizar não só a diversidade do país, mas também o futuro.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi sondado por petistas se aceitaria entregar a faixa a Lula.

Interlocutores de Pacheco disseram que desde então a transição não confirmou se pretende levar adiante essa possibilidade.

Pacheco respondeu que vê a entrega da faixa ao presidente eleito como um ato institucional inerente ao cargo que ocupa. Ele deixou claro que está à disposição se essa for a solução escolhida por Lula.

Desde que Bolsonaro sinalizou a apoiadores que não participaria da cerimônia de posse de Lula, os detalhes da entrega da faixa presidencial viraram motivo de especulação.

Petistas fizeram campanha nas redes sociais para que a faixa fosse entregue a Lula pela ex-presidente Dilma Rousseff, que teve o mandato interrompido em 2016 após processo de impeachment e não pôde repassar o adereço ao sucessor.

Apesar da movimentação, pessoas no entorno de Dilma afirmam que a proposta nunca foi considerada pela ex-presidente nem por Janja, que coordena a organização da cerimônia. Um dos motivos é o apoio que Lula recebeu de políticos que participaram do impeachment da petista.

A faixa presidencial foi criada em 1910 pelo então presidente Hermes da Fonseca como ato simbólico, mas o presidente que deixa o cargo não tem obrigação legal de participar do rito.

Desde então, dez foram os presidentes ou indicados na sucessão que chegaram ao cargo mais alto do país e não receberam o adereço, seja por morte, pela ausência da cerimônia ou impedimentos para tomar posse.

Um decreto de 1972 do ditador Emilio Garrastazu Médici detalha o ritual e prevê que o presidente da República “receberá de seu antecessor a faixa presidencial”, mas a obrigação não consta na Constituição.

Assim como Bolsonaro, o ex-presidente João Baptista Figueiredo, último do período da ditadura, se recusou a passar a faixa para seu sucessor, José Sarney. Ele decidiu não participar da cerimônia de posse, preferindo acompanhá-la pela televisão.

Aliados de Lula veem a decisão de Bolsonaro como mais um ataque do presidente à democracia, mas dizem que não esperavam a participação dele desde o início. Afirmam ainda que a ausência dele é positiva, diante da radicalização de seus apoiadores.

“Eu queria dar um recado para o nosso adversário, para o homem lá do Palácio. Se prepare, Bolsonaro. Se prepare. ‘Ah, se eu perder não vou entregar a faixa.’ Vai entregar, sim. Porque é o povo que vai colocar a faixa em nós em Brasília”, afirmou o petista em agosto, durante a campanha.

Stuckert e Janja foram questionados pela Folha sobre a entrega da faixa, mas não responderam. A primeira-dama tem cuidado pessoalmente da organização da cerimônia e do festival de artistas convidados para celebrar a festa.

A pedido dela, o cerimonial do Senado vetou os disparos de canhão na posse. Janja argumentou que os tiros de canhão e os fogos de artifício são ruídos perturbadores para autistas e animais.

Duas cadelas de Janja e Lula devem participar da cerimônia, Resistência -resgatada quando o petista estava preso em Curitiba (PR)- e Paris. Outro pedido da futura primeira-dama, que não houvesse a execução do hino nacional pela banda militar, não foi atendido.

O percurso da posse começa na Catedral Metropolitana de Brasília. Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), desfilam pela Esplanada dos Ministérios ao lado das esposas até o Congresso Nacional -trajeto que tem cerca de 1,4 km.

O presidente assina o termo de posse em sessão solene comandada pelo presidente do Congresso e, de lá, segue para o Palácio do Planalto, onde discursa para o povo. À noite, Lula e Alckmin participam ainda de um jantar com autoridades estrangeiras no Palácio do Itamaraty.
Neste sentido, a posse do petista já é considerada a maior da história. Até quarta-feira (28), 65 delegações de chefes e vice-chefes de Estado, de Governo e de Poder já haviam confirmado presença em Brasília.

O número de autoridades, segundo a equipe de transição, é superior ao dos Jogos Olímpicos de 2016, realizado no Rio de Janeiro (RJ).

Thaísa Oliveira e Nathalia Garcia / Folhapress

Bolsonaro chega aos EUA e se hospeda em casa de ex-lutador de MMA

O presidente Jair Bolsonaro chegou a Orlando (EUA) na noite desta sexta-feira (30) e se dirigiu a uma casa de férias de propriedade do ex-lutador de MMA José Aldo dentro de um condomínio fechado em Kissimmee.

Lá, cada casa tem um QR code específico que libera a entrada no portão principal. A região é famosa por reunir casas que recebem turistas.

Integrantes do novo governo do presidente eleito Lula consideram o movimento uma “fuga” de Bolsonaro.

A chegada do presidente foi acompanhada por 30 brasileiros que, em coro, gritaram “mito” e o agradeceram por seu governo. Bolsonaro, da porta da casa, saudou os apoiadores rapidamente e em seguida se recolheu.

Coube aos seguranças agradecer a presença de todos, explicar que o presidente estava muito cansado e garantir que, na manhã de sábado (30), ele não só vai conversar com todos como vai dar uma caminhada pelo condomínio.

Já a primeira-dama entrou na residência sem acenar seguida por auxiliares que se encarregaram das malas, caixas e vários cabides embalados que pelo tamanho sugerem conter vestidos longos. Bolsonaro e Michelle chegaram ao condomínio escoltados por cinco carros de segurança e quatro viaturas de polícia.

Em um site de aluguel por temporada, o imóvel escolhido pela família Bolsonaro é avaliado entre US$ 519 a US$ 1000 por dia (de R$ 2.743 a mais de R$ 5.000). A casa possui 8 quartos e 5 banheiros completos, além de contar com cozinha gourmet, piscina privada, spa, cinema e sala de jogos.

Duas casas da residência que vai hospedar presidente e família, um grupo de 14 brasileiros de Goiás e Minas Gerais que votou em Bolsonaro na última eleição e mora em New Jersey, ficou feliz de saber do vizinho ilustre. Sara Pessoa de Oliveira, uma das vizinhas disse, inclusive, que agora entendeu por que essa semana a parte externa da casa foi cercada por uma tela que impede a visão, garantindo privacidade.

No condomínio Encore Resort at Reunion o presidente vai ficar bem próximo do Club House, área comum de entretenimento que conta com dois restaurantes, lanchonete, loja de conveniência, academia, piscinas com toboágua e até um painel com informações em tempo real dos voos que chegam e partem do aeroporto de Orlando.

Os carpinteiros Luis Charbaj e Wender Alvez disseram que vão convidar Bolsonaro e família para comer uma leitoa que eles pretendem assar para a festa de Réveillon.

O presidente deixou o Brasil no seu penúltimo dia de mandato, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro e da filha Laura, de 12 anos. Devem encontrar o pai ainda o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro.

Oficialmente a viagem duraria 30 dias, mas entre os corretores da cidade circula a informação de que a primeira-dama tem uma agenda de visitas a casas disponíveis para locação em condomínios residenciais.

Isabella Cavalcante e Patrícia Maldonado / Folhapress

Presidente em exercício edita três decretos

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, editou dois novos decretos com mudanças nas atuais regras tributárias e um terceiro para regulamentar a prorrogação do prazo de concessão de incentivos fiscais por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis).

Um dos decretos reduz a alíquota cobrada de pessoas jurídicas a título de contribuição para os programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), além da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

O decreto fixa em 0,33% a alíquota da contribuição para o PIS/Pasep, e em 2% a fração cobrada para o Cofins, buscando “reduzir a carga tributária do PIS/Cofins sobre as receitas financeiras das empresas que estão no sistema não cumulativo, liberando recursos para que elas possam expandir suas operações, investir e criar empregos”.

A redução do percentual cobrado abrange inclusive ganhos que empresas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa obtiverem com aplicações financeiras resultantes de operações de hedge - estratégia que visa a reduzir o risco de investimentos, protegendo os ativos de eventuais variações negativas.

Frete

O segundo decreto assinado pelo presidente em exercício concede desconto de 50% nas alíquotas do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (Afrmm). Com a medida, a União abrirá mão de receber cerca de R$ 7,35 milhões pelos próximos três anos.

A iniciativa beneficiará o setor da navegação, contribuindo para a redução de custos de fretes marítimos e da burocracia, para o aumento da competitividade e melhoria na dinâmica dos fluxos de trabalhos nos portos.

O governo federal também acredita que a concessão do desconto permitirá uma redução do preço dos insumos fertilizantes, dos combustíveis importados e de produtos do setor primário que compõem a cesta básica ou que interferem no seu custo.

Semicondutores

O terceiro decreto editado hoje prorroga até 31 de dezembro de 2024 o prazo para a concessão de incentivos fiscais por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis).

A medida também regulamenta a inclusão de outros insumos de processos ou produtos industriais de fabricação de componentes microeletrônicos no programa, além de ajustes operacionais já previstos em leis.

Os atuais valores de incentivos vigorarão até o fim de 2024. A partir daí, serão reduzidos e concedidos até 31 de dezembro de 2026. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, a regulamentação se fez necessária para “assimilar e acomodar as alterações do ordenamento jurídico promovidas pela Lei nº 14.302/22, permitindo a continuidade da política para o setor de semicondutores no Brasil, estratégico para a economia nacional e importante para a ampliação das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) integradas ao setor nacional de tecnologias da informação e comunicação (TIC)”.

Os dois primeiros decretos citados entram em vigor já a partir deste domingo (1º). O relativo ao setor de semicondutores passa a valer a partir do momento em que a respectiva renúncia for incluída na lei orçamentária anual para cada exercício financeiro.

Edição: Kleber Sampaio
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Rui Costa sanciona orçamento que será executado por Jerônimo em 2023; sucessor terá R$5,1 bilhões para gastar com investimentos

O governador Rui Costa, que se despede do cargo neste domingo (01), sancionou neste sábado (31) o orçamento do estado para 2023, que será executado pelo sucessor Jerônimo Rodrigues (PT). A lei, aprovada na Assembleia Legislativa, fixa a receita e a despesa em pouco mais de R$64,3 bilhões, superior aos R$ 52,6 bilhões de 2022.

A maior parte da receita virá dos impostos, a exemplo do ICMS, cuja alíquota modal (básica) foi elevada por Rui Costa este mês de 18% para 19%: R$36,4 bilhões. De operações de crédito já aprovadas pela Assembleia Jerônimo terá à disposição R$1,3 bilhão.

As despesas com pagamento de pessoal previstas somam R$30 bilhões. Já os investimentos estimados são de R$5,1 bilhões. Há uma reserva de contingência de R$40 bilhões.

O orçamento abrange os gastos referentes ao Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como ao Ministério Público e a Defensoria Pública, além de empresas, autarquias, estatais e fundações.

Uma das tarefas da equipe de transição de Jerônimo foi justamente a de adaptar o orçamento preparado por Rui Costa e aprovado este ano pelos deputados ao plano de governo do petista. “Trabalhamos intensamente nessa questão, tendo como um dos focos o que é prioridade par Jerônimo: o combate à fome, melhorar a vida das pessoas”, afirmou ao Política Livre o futuro chefe de Gabinete do governador empossado neste domingo (01), Adolpho Loyola.

Política Livre

Campos Neto se reúne com Lula após declarações que indicaram preocupação com fiscal

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de reunião com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta sexta-feira, em Brasília, informou a autarquia, ressaltando que o encontro é para tratar de assuntos institucionais.

Nos últimos meses, Campos Neto tem salientado a importância de haver responsabilidade fiscal por parte do governo em meio às tratativas da equipe de Lula para ampliar gastos em 2023, destacando que o quadro das contas públicas afeta a condução da política monetária.

Tanto Campos Neto quanto o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm ressaltado a necessidade de uma coordenação entre política fiscal e política monetária para que o país tenha melhores resultados econômicos.
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Rui Costa ignora prefeito de Jequié em inaugurações; Ze Cocá lamenta falta de visita do governador a áreas atingidas por chuvas

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), não foi convidado pelo cerimonial do governador para as inaugurações feitas no município por Rui Costa (PT) nesta sexta-feira (30). O petista entregou, a dois dias de deixar o Palácio de Ondina, a ampliação do Hospital Geral Prado Valadares, num investimento de R$57 milhões, obras de pavimentação e drenagem e a nova sede da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, entre outras ações.

Procurado pelo Política Livre, o prefeito, que apoiou a candidatura a governador de ACM Neto (União) no pleito deste ano após o rompimento do PP com o PT na Bahia, confirmou que não foi convidado. Questionado se ficou incomodado, ele respondeu: “De forma nenhuma”.

Zé Cocá lamentou, no entanto, que Rui Costa não tenha visitado áreas atingidas pelas chuvas. Como o chefe do Executivo estadual estava em férias curtas na Europa entre sexta-feira (23) e a noite da última quarta-feira (28), quem esteve no município nos momentos mais críticos foi o governador em exercício, o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), acompanhado do eleito Jerônimo Rodrigues (PT).

“Apenas fiquei triste porque eu esperava uma visita do governador nas áreas atingidas, que são muitas”, declarou o prefeito, que reconheceu as ações adotadas pelo governo da Bahia para ajudar a enfrentar o problema, a exemplo da distribuição de cestas básicas e liberação de crédito para comerciantes e prestadores de serviço.

Ele informou que a prefeitura tem agido para resolver os problemas causados pelas chuvas e prestar auxílio aos atingidos, inclusive contando com a solidariedade da população. Por meio de uma lei municipal aprovada na Câmara de Vereadores, serão destinados recursos para feirantes e comerciantes.

Posse de Lula: Inmet prevê chuvas isoladas em Brasília neste domingo

A previsão do tempo em Brasília para hoje (1º), dia da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, é de chuvas isoladas.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é muitas nuvens com pancadas de chuvas isoladas. A temperatura máxima deve ficar em 29ºC e a mínima em 18ºC.

O roteiro da cerimônia de posse prevê o tradicional desfile em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios, mas o deslocamento vai depender das condições do tempo.

Além da cerimônia oficial, a festa da posse do novo presidente terá shows de artistas no palco montado no gramado da Esplanada dos Ministérios. As apresentações do Festival do Futuro começam às 10h.

O governo do Distrito Federal limitou em 30 mil o público que vai poder acompanhar, da Praça dos Três Poderes, o rito de passagem da faixa presidencial no Palácio do Planalto. O esquema de segurança será reforçado.

A posse está prevista para começar, às 14h20, na altura da Catedral de Brasília. Lula deve seguir em carro aberto até o Congresso Nacional, onde terá início a cerimônia oficial de posse.

Empossados, o presidente e vice vão para o Palácio do Planalto, onde Lula fará novo discurso no parlatório para o público presente na Praça dos Três Poderes. No início da noite, o presidente promoverá um jantar de recepção às delegações estrangeiras que compareceram à posse.

Agência Brasil

Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos

Papa emérito Bento XVI morreu neste sábado (31), aos 95 anos, anunciou o Vaticano.

“É com pesar que informo que o Papa Emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34 no Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano. Mais informações serão fornecidas o mais breve possível”, escreveu o perfil de notícias do Vaticano no Twitter.

A saúde de Joseph Ratzinger vinha se debilitando nos últimos anos. O Vaticano havia dito em um comunicado que ele sofreu uma “piora” repentina de sua saúde e que sua condição estava “sob controle”, com atenção médica constante. Desde a renúncia, em 10 de fevereiro de 2013, o teólogo alemão vivia em um pequeno mosteiro no Vaticano.

Embora o gesto mais marcante de seu pontificado tenha sido a própria renúncia, os quase oito anos no comando da Igreja Católica também foram marcados por textos teológicos de fôlego, uma linha conservadora nas questões morais, e escândalos de disputas políticas e vazamentos de documentos do Vaticano – os chamados Vatileaks.

“Houve tempos difíceis, mas sempre Deus me guiou e me ajudou a sair, de modo que eu pudesse continuar o meu caminho”, disse Ratzinger no seu aniversário de 90 anos, já aposentado.

Presidente da 2ª maior central sindical decide não ir à posse de Lula e fala em decepção

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, segunda maior central sindical do país, afirma que decidiu não comparecer à posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela “decepção” com o tratamento recebido na composição dos ministérios.

Ele teve reunião com Gleisi Hoffmann, presidente do PT, nesta quinta-feira (29), na qual diz ter exposto a indignação com o desprestígio com que têm sido tratados a Força Sindical e o Solidariedade, partido que se originou do grupo sindical.

A legenda tinha a expectativa de ter um dos seus membros no comando do Ministério da Previdência, que ficou com Carlos Lupi, do PDT.

“Fomos aliados de Lula desde o primeiro instante, aparamos arestas no movimento sindical, ajudamos na articulação para que o Geraldo Alckmin (PSB) fosse o vice de Lula, recebemos diversos eventos no Palácio do Trabalhador [sede da Força], percorremos o Brasil inteiro. E agora, na hora de cortar o bolo, não recebemos nada, enquanto gente que só atrapalhou ganha pedaço”, afirma Torres, que já havia comprado passagem de São Paulo para Brasília.

A articulação para que o Solidariedade ocupe espaços no segundo escalação do governo Lula tem sido tocada por Paulinho da Força, presidente da sigla, que também participou da reunião na quinta.

Outros partidos também têm demonstrado insatisfação. Patricia Penna, esposa de José Luiz Penna, presidente do PV, disse que a decisão do PT de não colocar o partido no comando de um ministério é errada, feia e burrice.

Guilherme Seto/Folhapress

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