Justiça obriga Chesf assumir responsabilidades pelo desastre da Barragem da Pedra

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A Procuradoria Geral do Estado da Bahia obteve, no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, decisão determinando à Chesf a apresentação imediata de planos de segurança, de contingência e de recuperação das áreas afetadas pelo desastre decorrente das falhas na administração da Barragem da Pedra, na região do Município de Jequié.

Na ação civil pública, protocolada pela PGE-BA, em 30 de dezembro de 2022, ficou demonstrada a responsabilidade da Chesf no descontrole da vazão da barragem, o que provocou inundações em cadeia, com graves consequências no meio ambiente e na vida da população.

A PGE-BA também requereu a imediata prestação de auxílio emergencial e a constituição de um fundo não inferior a R$ 100 milhões, como forma de garantir a responsabilidade integral da Chesf pelos danos socioambientais e às pessoas afetadas pelo desastre. Estes pedidos serão apreciados a partir do dia 6 de janeiro de 2023, quando se encerra o Plantão Judiciário.

Apesar da reconhecida responsabilidade pelos fatos ocorridos, e de ter plena ciência sobre a ação judicial, a Chesf não adotou qualquer providência para mitigar ou reparar os danos.

O CASO

O Rio de Contas registrou uma das maiores cheias de sua história no dia 26 de dezembro de 2022. De acordo com a Chesf, o reservatório da Usina Hidroelétrica da Pedra, localizada em Jequié, teve afluência média de 3.100 metros cúbicos por segundo (m³/s) no dia 25 de dezembro.

Em três dias, o volume útil saltou de 65% para 93%. Por conta disso, as comportas precisaram ser abertas para evitar o transbordo total do rio. O procedimento, no entanto, causou alagamentos. As cidades de Jequié e Ipiaú foram as mais afetadas.

De acordo com os dados da Chesf, a defluência, ou seja, volume de água liberado pela hidrelétrica, saltou de 95 m³/s no dia 22 de dezembro para 190 m³/s no dia 23. Já no sábado (24), a defluência média foi de 700 m³/s e no domingo chegou a 1.850 m³/s, com liberação superior a 2.000 m³/s em alguns momentos.

PRF: autuações de motoristas embriagados aumentaram 70%

Foto: Divulgação / PRF

O aumento do efetivo utilizado e do número de ações de fiscalizações feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a Operação Ano-Novo 2023 refletiram diretamente nos resultados obtidos no período de festividades. Segundo a PRF, o número de autuações de motoristas embriagados aumentou em 70%.
O reforço para a operação desse ano foi 44% maior que no ano passado. E o total de pessoas fiscalizadas foi 56%. A quantidade de veículos parados foi 42% maior, na comparação com a operação realizada no período festivo entre 2021 e 2022.

“Os testes de alcoolemia realizados pelo órgão, popularmente conhecidos como testes de bafômetro, apresentaram um impressionante aumento. Houve um acréscimo de 77% nas medições aplicadas, em relação aos números do ano anterior. Como consequência, houve também um aumento de 70% no número de autuações de motoristas dirigindo embriagados”, informou a nota.

As ações de fiscalização retiraram das rodovias este ano 611 quilos de maconha, resultado 120% maior em relação ao que foi apreendido no ano passado.

A PRF informou que, este ano, as apreensões de cocaína foram as que apresentaram “aumento mais superlativo” em relação à última edição da operação. “O acréscimo de apreensões da droga foi impressionante 30.000%”, diz a nota. Na operação anterior haviam sido apreendidos 1,01 kg de cocaína, enquanto nesta, foram apreendidos 308,51 kg da droga.

A Agência Brasil entrou em contato com a PRF para esclarecer o total de cocaína apreendida em cada ano, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.

“No tocante à preservação da vida, da segurança e da incolumidade física e patrimonial da população, houve redução de 9% no número de acidentes graves, de 12% no número de mortes e de 31% no número de feridos nas rodovias e estradas federais, em relação à operação de 2021/22”, acrescentou a nota da PRF.

A Operação Ano-Novo 2023 teve início a meia-noite do dia 30 de dezembro de 2022 e término às 23h59min do dia 1º de janeiro de 2023. O objetivo da ação foi promover segurança viária, reduzindo número de acidentes, mortos e feridos nas rodovias e estradas federais.

Com esse Congresso, vamos perder qualquer discussão sobre aborto, diz nova ministra das Mulheres

A ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, 60, admite risco de derrotas caso o debate sobre o aborto seja submetido ao Congresso Nacional eleito em 2022.

Cida, como é conhecida, nega que esse seja um tema interditado no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas recomenda cautela para que as mulheres “não tenham perda de direitos”.

“Da forma como está colocado hoje pelo Congresso e da forma como está sendo convocado pelo Senado, qualquer discussão sobre aborto, nós vamos perder mais do que nós vamos avançar”, afirma Cida ao jornal Folha de S.Paulo.

“O que for possível avançar, nós vamos avançar. Agora se for para retroceder é melhor a gente assegurar o que está garantido em leis”, diz.

Atualmente, o aborto é considerado legal no Brasil em casos de gravidez após estupro, de feto anencéfalo e quando há risco de morte materna.

A ministra afirma que conta com o apoio do presidente Lula e que acredita que ele será “um grande aliado” —inclusive para questões referentes ao orçamento da pasta.

Na pré-campanha, o presidente Lula afirmou que aborto era uma questão de saúde pública e essa declaração foi usada por adversários como munição. Depois, ele se posicionou contra o aborto. Esse será um tema interditado no governo?

Eu acredito que não. Mas a grande questão é de que ponto de vista você vai olhar [para o tema], enquanto governo. Nós vamos lutar para que as mulheres não tenham perda de direitos. E da forma como está sendo colocado hoje pelo Congresso e da forma como que tá sendo convocado pelo Senado, qualquer discussão sobre aborto vamos perder mais do que avançar. Essas são questões a serem analisadas pelo governo.

Para nós a questão do aborto é uma questão de saúde pública. É importante pensar que nós estamos terminando um ano em que o Estatuto do Nascituro estava aí no Congresso e nós quase perdemos. Se nós tivéssemos perdido ali naquele debate, o aborto teria sido encerrado de todas as formas. O que for possível avançar, nós vamos avançar. Agora se for para retroceder é melhor a gente assegurar o que está garantido em leis.

A senhora entende que às vezes é preciso dar um recuo para poder avançar?

Isso. Porque você tem que perceber, saber fazer uma análise. Não é você, é as mulheres, que são 52% da população. Então eu posso ter uma posição pessoal, mais avançada, mas essa minha posição vai ajudar com que todas as mulheres tenham direito ou não? Qual é a conjuntura que está colocada? Se você coloca em pauta um debate que avança na sociedade, mas que o Congresso retrocede, você faz com que todas as mulheres deste país percam. Precisa ter um equilíbrio para saber qual é o momento que você avança.

Como faz para dialogar com mulheres que são alinhadas ao discurso bolsonarista?

Nós vamos ter que dialogar com todas as mulheres. O Estado brasileiro e o governo têm que elaborar políticas públicas. Então quando nós ampliarmos o número de delegacias especializadas, as delegadas não vão perguntar ‘você votou no Lula ou você votou no Bolsonaro?’, ‘você vai na igreja ou você não vai na igreja?’. Não vamos fazer uma disputa ideológica como foi colocada. Não é essa a intenção, a disputa ideológica terminou com as eleições.

Na campanha, Simone Tebet [MDB] defendeu a pauta de equidade salarial, que, inclusive, foi incorporada pelo presidente Lula no programa de governo. Como isso vai avançar?

Essa é uma preocupação do presidente. Ele tem como uma das grandes preocupações a questão da igualdade salarial, a questão do enfrentamento da violência contra as mulheres e o combate à fome. A fome pega, principalmente, as mulheres.

Quais as propostas que a senhora tem para o combate ao feminicídio?

O primeiro debate a ser feito são estes três elementos: como você investiga, como é que você previne e como é que você julga. Primeiro nós precisamos acabar com a sensação de impunidade nesse país. Violência doméstica, violência familiar ainda é impune.

O que torna o feminicídio tão grave? É porque ele é um crime que pode ser evitado. Quando as mulheres denunciam, se você tem uma estratégia, você pode evitar. É uma política com a Segurança Pública que nós vamos ter que discutir com [o ministro] Flávio Dino. Segundo, é implementar a Lei Maria da Penha no país. Ela precisa estar lá no município de 5.000 habitantes, no município de 20 mil habitantes.

Associa-se o aumento do feminicídio à circulação de armas na sociedade. A senhora defende por exemplo uma nova campanha de desarmamento?

Eu defendo. Primeiro concordo com Flávio Dino, tem que revogar a lei do armamento. E o segundo ponto é fazer uma campanha de desarmamento, trabalhar com a população de que a arma não resolve o problema, a arma tem que estar na mão de profissionais treinados. Quanto mais aumenta o direito a posse de armas, mais aumenta o assassinato das mulheres. Essa é uma questão muito importante para nós, ela é fundamental. Ela é urgente. Além da urgência da campanha do desarmamento, nós temos que fazer uma uma campanha junto com ela de não ódio, de não misoginia.

A senhora tem o aval do presidente Lula para ampliar o orçamento?

Quando ele me chamou para ser ministra ele disse ‘você tem autonomia, fala comigo, vamos discutir, o que for necessário nós vamos fazer’. Eu acredito, sim, que nessa questão do orçamento nós podemos chegar onde nós temos que chegar, porque a grande questão orçamentária é a sua capacidade de execução. E a execução do ministério não é só o dinheiro que está na pasta dele. É o dinheiro que está na pasta dos outros.

A senhora se sente respaldada pelo presidente Lula para fazer esse tipo de cobrança a outros ministérios?

Sim. Acredito muito que o presidente Lula fará isso. Acredito que os ministros também. Todas as vezes que a gente se encontra, eles já falam: ‘Cida, vamos sentar, vamos montar estratégia, montar o planejamento’. Aqueles que derem mais trabalho, sim, o Lula vai com certeza me ajudar. A luta das mulheres não pode ser só das mulheres e é por isso que eu quero acreditar e acredito que o presidente Lula vai ser um grande aliado.

E o movimento de mulheres também pressiona.

Como o movimento de mulheres tem me apoiado muito, elas vão me ajudar a cobrar também, né? Ele é muito forte no nosso país. Eu também não vou ter medo nenhum dizer ‘gente, socorro, estou precisando de ajuda’.

Dos 37 ministérios do governo Lula, 11 serão comandados por mulheres, o que gerou críticas. Qual a avaliação da senhora sobre isso?

É 11 só, mas se você for comparar o Bolsonaro a gente tem 100%, né? Comparado aos outros, a gente tem mais. O problema é que nós precisamos construir uma cultura da paridade, que nós não temos. Por mais que o presidente Lula queira ter mais mulheres, os ministros são indicados pelos partidos. A gente ainda não conseguiu destituir o conceito de poder que tá colocado nos partidos. Por outro lado, [no governo Lula] você vai ter mulheres em cargos chaves, como a Simone [Tebet] no Planejamento, as presidentes do Banco do Brasil e da Caixa.

Qual vai ser o papel da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja? A senhora conta com o papel dela para ajudar nessa relação, inclusive com os ministérios?

Eu conto porque é a Janja, não porque ela é a primeira-dama e não como a imprensa está dizendo que ela se intromete. Eu conheci a Janja antes de ela ser a mulher do Lula. Militando como profissional na Itaipu, é socióloga e é feminista. Eu acho que dificilmente uma mulher que tem essa trajetória não vá defender os direitos da mulher e não vá contribuir para que efetivamente as políticas para as mulheres avancem. Eu acredito na história da Janja, acredito no processo da mulher que ela se tornou pela história dela e pela conquista dela. Então eu espero sinceramente que sim.

Catia Seabra/Victoria Azevedo/Folhapress

Barroso é hostilizado em aeroporto de Miami: “Sai do voo”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso foi hostilizado por passageiros o aeroporto de Miami (EUA) nesta segunda-feira (2). A informação é do site “Metrópoles”.
Um vídeo mostra passageiros gritando “Sai do voo”, “Pede para sair”, “Lixo” e “Ladrão”. No momento, Barroso passava por um guichê para embarcar em um voo.

Exército cancelou duas operações para desmonte de acampamento bolsonarista

O Exército suspendeu ao menos duas operações conjuntas com o Governo do Distrito Federal para retirar tendas e instalações do acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general da Força, em Brasília.

As ações estavam previstas para ocorrer durante o mês de dezembro e incluíam o desmonte das estruturas que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) montaram para pedir um golpe militar contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Integrantes das forças de segurança, no entanto, afirmaram à Folha que as operações foram suspensas por haver risco de confronto com manifestantes —o que, na avaliação de militares e autoridades do Governo do DF, poderia ter efeito inverso e incendiar os atos.

Interlocutores no Exército dizem que a Força advoga por uma saída conciliada, lenta e gradual. Parte dos acampados no local iniciou uma desmobilização no domingo (1º), dia da posse de Lula e pouco depois de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos. O ex-mandatário deve permanecer ao menos um mês no exterior.

Ações conjuntas vêm ocorrendo desde novembro, com o Detran-DF (Departamento de Trânsito do Distrito Federal) disponibilizando guinchos e o SLU (Serviço de Limpeza Urbana) realizando o recolhimento de lixo e entulho. O DF Legal, por sua vez, ficou responsável pela retirada de comerciantes em situação irregular.

Apesar da atuação, duas operações conjuntas planejadas para acelerar o desmonte do acampamento acabaram frustradas.

A primeira ocorreria na semana anterior à diplomação de Lula, no dia 12 de dezembro. O cancelamento ocorreu na véspera e por ordem do Exército, segundo relatos de pessoas envolvidas na operação.

A justificativa apresentada foi que o momento não seria o mais propício para uma ação mais drástica na retirada de estruturas.

Chegou-se a avaliar a possibilidade de adiamento da operação para o dia da diplomação, mas integrantes do Governo do DF afirmaram que, diante da tensão, não seria prudente realizar a retirada do material.

Horas depois da diplomação de Lula, um grupo de bolsonaristas que estava acampado no QG protagonizou cenas de violência em Brasília. Após a prisão de um indígena bolsonarista por ordem judicial, eles tentaram invadir a sede da Polícia Federal e atearam fogo em carros e ônibus na região central da capital federal.

O principal desconforto, no entanto, ocorreu em 29 de dezembro. A Polícia Militar e o DF Legal mobilizaram cerca de 500 agentes para retirar tendas e instalações no acampamento, em operação que seria coordenada pelo Exército.

Após manifestantes serem hostis contra as forças de segurança, o Comando Militar do Planalto decidiu suspender a operação e afirmou ao Governo do Distrito Federal que retomaria a desmobilização do acampamento de forma gradual, por conta própria.

Em nota, o Exército afirmou que suspendeu a ação “no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”

Oficiais-generais disseram à Folha que a decisão foi tomada pelo general Gustavo Dutra, comandante militar do Planalto, e não pelo então comandante do Exército, Freire Gomes.

Eles afirmaram que uma retirada à força poderia causar conflito e elevar a temperatura —cenário que, na avaliação dos militares, deveria ser evitado.

A equipe de segurança de Lula tem a expectativa de que a troca do comando do Exército acarrete numa mudança de postura da Força sobre as manifestações antidemocráticas em frente aos quartéis.

O general Júlio César de Arruda assumiu nesta sexta-feira (30) o principal cargo do Exército. A cerimônia de passagem do cargo ocorreu de forma fechada e contou com a presença do ministro da Defesa indicado por Lula, José Múcio Monteiro.

O ex-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) tem ponderado que deve ocorrer uma costura delicada para evitar novos atritos com bolsonaristas.

Ao tomar posse nesta segunda-feira (2), Múcio voltou a defender uma abordagem moderada em relação às manifestações nos quartéis. Disse que são movimentos “da democracia” e que devem perder apoio aos poucos, sem repressão.

“Na hora que o ex-presidente [Bolsonaro] entregou o seu cargo, saiu [do país], e o [ex-vice-presidente Hamilton] Mourão fez o pronunciamento e pediu que as pessoas voltassem aos seus lares. Aquelas manifestações no acampamento, e eu digo com muita autoridade porque tenho familiares e amigos lá, é uma manifestação da democracia”, disse a jornalistas.

Os atos antidemocráticos, que pediam um golpe militar para manter o então presidente Bolsonaro o poder, tiveram diferentes casos de violência que incluíram ato de terrorismo, depredações, agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio.

Cézar Feitoza e Victoria Azevedo, Folhapress

Marcelo Werner assume Secretaria da Segurança Pública da Bahia

Em solenidade presidida pelo governador Jerônimo Rodrigues, na manhã desta terça-feira (3), o delegado federal Marcelo Werner tomou posse no cargo de secretário da Segurança Pública. Evento ocorreu com a presença do vice-governador, Geraldo Júnior, em área anexa à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Com experiência na repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado, o novo gestor da pasta vai priorizar o combate às organizações criminosas, responsáveis pela maior parte dos crimes violentos no estado.

"Ao longo da semana me reunirei com as lideranças das polícias Militar, Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros para traçarmos o planejamento. Parabenizo as equipes pelos índices de diminuição da criminalidade e vamos trabalhar para alcançar melhores indicadores", declarou o titular da SSP.

O novo secretário destacou também que os investimentos em efetivo, equipamentos e cursos continuarão sendo realizados
Perfil
Baiano e graduado em Direito pela Universidade Católica, o secretário da SSP tem 42 anos e em 2006 ingressou na Polícia Federal. Já atuou como chefe do Setor de Inteligência da PF e deixou a função de delegado Regional de Investigação e Combate ao Crime para assumir o comando da SSP.

Werner também acumula experiências na Delegacia Regional de Repressão a Entorpecentes, no Grupo de Pronta Intervenção e na Delegacia de Polícia e Imigração, entre outras unidades da PF.

O novo secretário integra ainda o quadro docente da PF, lecionando sobre técnicas operacionais.
Fonte: Kelly Hosana / Ascom SSP

55ª CIPM: Pelo 5º ano consecutivo a 55ª CIPM apresenta redução nos números dos homicídios (CVLI) na área da CIPM.

Mais uma vez a 55ª CIPM registra pelo quinto ano seguido redução de CVLI (crimes violentos letais intencionais) na área territorial de responsabilidade da Companhia.

No município de Ipiaú, sede da CIPM, a redução em 2022 foi de 25%.

Pelo menos, já faz, aproximadamente, mais de 10 anos que Ipiaú não apresentava números tão baixos.

Em toda área da Companhia a redução foi de 6,25%. Uma redução significativa para uma região tão complexa.

Exceto Barra do Rocha e Itagibá, os demais municípios (Aiquara, Dário Meira, Ibirataia e Ipiaú) todos tiveram redução de CVLI. Sendo que em Barra do Rocha o aumento absoluto foi de 1 para 2 homicídios, ainda assim, número considerado baixo.

A redução da criminalidade na região retrata, além de tudo, o trabalho que as Polícias Militar e Civil vem fazendo na região, atuando com altivez e compromisso no combate ao crime.

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

PM apreende submetralhadora em Lauro de Freitas

Na tarde desta segunda-feira (2), policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT) Rondesp RMS apreenderam uma arma de fogo na localidade conhecida como Boca do Vulcão, no município de Lauro de Freitas.

As guarnições desenvolviam ações de policiamento ostensivo na região das Casinhas, quando receberam informações sobre um grupo de homens armados nas proximidades. Os suspeitos foram avistados e, ao perceberem a presença da polícia, passaram a disparar tiros contra os militares. Houve revide e o grupo criminoso fugiu.

Durante a varredura no local, um dos suspeitos foi encontrado ferido e de imediato socorrido para o Hospital Menandro de Faria, onde não resistiu aos ferimentos.

Com ele, foram apreendidos uma submetralhadora calibre 9mm sem numeração e dois carregadores. A ocorrência foi registrada na Corregedoria Geral da PM, onde o material apreendido foi apresentado.
Fonte: DCS/Polícia Militar

Dário Meira: Polícia Militar lavra TCO m desfavor de mulher que agrediu um homem com garrafa, após desentendimento em um bar


Por volta das 08h10min desse domingo (01/01/23), a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira foi informada por populares que estava tendo confusão na praça do mercado, Praça Fulgêncio Alves.

A guarnição deslocou até o local, onde foi mantido contato com a infratora, que relatou que tinha dado uma garrafada na vitima, devido o mesmo não querer pagar o que tinha consumido em seu comércio( Bar) e algumas intrigas do passado.

Em contato com a vítima, esta relatou aos policiais militares que teve uma discussão com a autora e foi surpreendido com uma garrafada na cabeça.

A vítima, que estava sendo atendida no hospital local, foi conduzida para o Hospital Prado Valadares em Jequié. Já o autor foi conduzido à sede da 55ª CIPM em Ipiaú, onde foi devidamente lavrado o TCO.

Autor: L. F. B. (Feminino), Nasc: 25/06/1983, End: Rua Maria Adélia Brito, Bairro Jerusalém

Vitima: R. de L. S. (Masculino), Nasc: 31 /08/1971, END: Rua Samuel Filadelfo, Bairro Centro

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Suspeito de liderar grupo criminoso de Eunápolis é preso no MS

Suspeito de liderar um grupo criminoso em Eunápolis, um homem, de 38 anos, foi preso na manhã de domingo (1°), no Mato Grosso do Sul, a partir de informações cedidas pela 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis).

Foragido desde uma saída temporária, o criminoso estava com três mandados de prisão em aberto. Ele foi preso em flagrante com documento falso.

De acordo com o coordenador da 23a Coorpin/Eunápolis, delegado Moisés Damasceno, o homem foi localizado em uma chácara, no município de Bonito. "A casa havia sido alugada para as festas de final de ano. Doze pessoas estavam no imóvel", informou o delegado. O suspeito será recambiado para Bahia.

Fonte: Ascom PC

‘Exoneraço’ gera reclamações, e servidores veem risco de máquina travar no início de Lula 3

A exoneração de 1.204 pessoas que ocupavam cargos de confiança no governo Jair Bolsonaro (PL) gerou reclamações nos bastidores e acendeu um alerta entre servidores de carreira para o risco de máquina travada no início da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Foram dispensados diversos ocupantes de cargos de direção e assessoramento superior dos níveis 5 e 6, os mais elevados na hierarquia da administração pública.

Uma edição extra do Diário Oficial da União com 15 páginas publicado nesta terça-feira (1º) reúne as exonerações e, em menor número, algumas nomeações de pessoas já escolhidas pelo novo governo. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, já adiantou que novas dispensas serão realizadas nos próximos dias.

A exoneração de secretários e assessores diretos de ministros de Bolsonaro era esperada, mas o que surpreendeu foi a decisão dos novos ministros de “passar a régua” e remover de uma vez secretários adjuntos e subsecretários, cargos responsáveis por funções mais operacionais do dia a dia do governo.

No Ministério da Fazenda, o Tesouro Nacional foi um dos poucos órgãos preservados. O novo secretário responsável pelo órgão, Rogério Ceron, manteve até o momento todos os subsecretários –apenas o antigo secretário, Paulo Valle, e sua adjunta, Janete Duarte, foram exonerados.

Na SPE (Secretaria de Política Econômica), por sua vez, já houve a nomeação do titular, Guilherme Mello, mas os subsecretários —que desenham políticas econômicas e de crédito, por exemplo— foram todos exonerados.

O órgão já foi comandado por Adolfo Sachsida, um dos aliados mais fieis a Bolsonaro. Mesmo depois de virar ministro de Minas e Energia, Sachsida manteve ascendência sobre a SPE, cujos subsecretários em atividade haviam sido mantidos desde sua gestão.

Mello, por sua vez, ainda trabalha para compor sua equipe, assim como outros novos integrantes da equipe econômica.

No Ministério do Planejamento, a SOF (Secretaria de Orçamento Federal) está sem titular após a exoneração já esperada de seu titular anterior, Ariosto Culau. Seu adjunto também foi dispensado.

Embora esses órgãos tenham uma estrutura de servidores de carreira já estabelecida, algumas funções, como assinatura de documentos e pareceres, cabem a seus gestores. Em meio aos desfalques, qualquer tema de urgência pode demandar o envolvimento de autoridades superiores —na Fazenda, o secretário-executivo, Gabriel Galípolo, ou até mesmo o ministro Fernando Haddad (PT).

Em geral, há gestores subordinados fazendo o meio de campo justamente para não acumular demandas nem retardar o andamento dos processos internos.

No caso específico da SOF, ainda há uma situação inusitada. Ceron, indicado para ser titular do Tesouro Nacional, foi nomeado secretário especial de Tesouro e Orçamento —cargo que era previsto na estrutura do antigo Ministério da Economia, agora desmembrado.

Por isso, a avaliação de técnicos é que, enquanto os impasses de pessoal permanecem, pode recair sobre ele a responsabilidade de assinar documentos relativos a créditos orçamentários —função não prevista nas atribuições do cargo para o qual foi convidado.

A preocupação entre técnicos existe porque o novo governo Lula já começou “a 100 quilômetros por hora”. Em seu discurso de posse, Haddad prometeu as primeiras medidas já para as próximas semanas.

Além disso, há uma série de pendências a serem resolvidas, sendo a principal delas a sanção do Orçamento de 2023. O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segurou o envio do autógrafo oficial até esta segunda-feira (2) para não correr o risco de que Bolsonaro interferisse na sanção ou nos vetos ao documento.

O governo tem agora 15 dias para fazer sua análise do texto, tarefa que costuma reunir Casa Civil e as pastas econômicas —com a cisão do Ministério da Economia, devem ser envolvidos Fazenda e Planejamento.

Nas áreas que costumam participar dessa análise, ainda não há substitutos para pessoas que foram exoneradas de seus cargos.

Integrantes do atual governo, ouvidos sob reserva, reconhecem que o momento de passagem de bastão é complicado, sobretudo porque muitas pessoas saíram de suas funções e seus substitutos ainda não chegaram para dar continuidade ao trabalho. O ritmo das tarefas fica “inseguro”, e “certamente tem coisa que vai atrasar”, disse uma fonte.

A depender da demora nas reposições, outras atividades podem ficar comprometidas, como a elaboração do primeiro decreto de programação orçamentária, que baliza o quanto os ministérios podem ir gastando ao longo dos meses.

Embora haja uma preocupação significativa com a indefinição nos órgãos ligados a temas econômicos, as exonerações foram amplas e atingiram diversas pastas, como a Casa Civil e a AGU (Advocacia-Geral da União).

Em 2019, o governo Bolsonaro viveu situação semelhante, embora em menor magnitude, após a Casa Civil decidir demitir 320 servidores de cargos comissionados. A medida trouxe problemas para o funcionamento da pasta, prejudicando análises técnicas e o funcionamento do Conselho de Ética da Presidência.

O então ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou as exonerações dizendo que pretendia retirar do quadro de servidores os indicados por petistas.

Idiana Tomazelli/Folhapress

Com posse dos secretários, Jerônimo começa a definir presidentes de empresas e fundações; veja alguns dos favoritos

Com a posse dos secretários estaduais, que acontece na manhã desta terça-feira (03), na área verde da Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo (CAB), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) começa a anunciar os nomes dos presidentes das companhias, institutos, empresas e departamentos controlados pelo Estado.

Em alguns casos, a aposta é que não haverá mudanças. Segundo fontes ouvidas pelo Política Livre, José Trindade, por exemplo, deve permanecer à frente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), órgão subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Ele é muito ligado ao ex-governador e atual ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa (PT).

Outra companhia cujo comando não deve mudar é a Bahiagás, atualmente presidida por Luiz Raimundo Barreiros Gavazza, da cota do PCdoB. O mesmo vale para a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), que continuará sob a batuta do presidente estadual do MDB, Alex Futuca.

O curioso da Cerb é que Futuca agora será chefiado pela nova titular da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Larissa Moraes, também indicada pelo MDB e que foi subordinada do emedebusta na companha – ela era diretora de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Como já antecipou o Política Livre (clique aqui para ler) o petista Jeandro Laytynher Ribeiro irá assumir o comando da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Laytynher deixa a titularidade da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SRD), substituído pelo deputado estadual Osni Cardoso, a ser empossado nesta terça.

Outro que deve deixar o comando de uma secretaria para assumir a titularidade de um órgão de segundo escalão é Diego Medrado. Tudo indica que trocará o comando da pasta do Turismo (Setur) para chefiar a Fundação Cultural da Bahia (Funceb).

Política Livre

Generais criticam Bolsonaro e disputam liderança dos eleitores de oposição


Além do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), os generais da reserva Paulo Chagas e Carlos Alberto dos Santos Cruz também voltaram criticar Bolsonaro. A reportagem é do jornal “O Estado de S.Paulo”.

Esses generais disputam a liderança política de parte da direita que votou em Bolsonaro para presidente. Santos Cruz, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, afirmou que uma das principais tarefas dos que desejam organizar a oposição democrática de direita ao novo governo é esclarecer as pessoas que se deixaram iludir por Bolsonaro.

“É preciso se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo. O ex-presidente não tem condições de ser líder da direita. Ele não é de direita. É um extremista populista que só prejudicou e acarretou desgastes à direita. É um dos destruidores da direita e transferiu sua responsabilidade política para os militares”, declarou.

Primeiras ações de Lula no saneamento geram confusão no setor, que vê ameaças ao marco

Associações ligadas ao saneamento básico participarão em peso da posse do ministro das Cidades, Jader Filho (MDB-PA), nesta terça-feira (3), para marcar posição em defesa no marco legal do setor após as recentes publicações de medidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entidades como Abcon, a associação das concessionárias de água e esgoto, e Abdib, a associação das indústrias de base, querem esclarecimentos sobre o plano do ministro para a legislação que abriu o mercado para uma maior participação privada a partir de 2020.

Pelas regras vigentes, as prefeituras e estados são obrigadas a abrir concorrência -para empresas públicas e privadas- por contratos de prestação de serviços de água, esgoto e coleta de resíduos.

Para as entidades, o governo deu sinais confusos nos últimos dias ao assinar a transferência da ANA (Agência Nacional de Águas) para o Ministério do Meio Ambiente. Além disso, Lula criou no Ministério das Cidades a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental -para definir as regras de operação desse mercado.

A transferência da agência ocorreu por meio da medida provisória que reestruturou os ministérios e pelo decreto que modificou o Ministério das Cidades, ambos assinados neste domingo (1º).

As medidas tomadas por Lula até agora não trazem mudanças significativas na prática. Mas levantaram suspeitas de que o novo governo possa levar adiante as recomendações da equipe de transição para o setor.

Como noticiou a Folha de S.Paulo, o relatório do Grupo de Trabalho de Cidades da transição propôs a criação de um novo marco legal, barrando concessões ou privatizações, e esvaziando o poder da ANA -cujas funções relacionadas ao saneamento básico seriam transferidas justamente para uma Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (como a que foi criada agora).

Pouco após a publicação do relatório da equipe e transição, oito associações enviaram uma carta ao governo eleito em que apontam riscos de retrocesso no marco do saneamento a partir deste ano.

Para elas, a abertura do mercado para a iniciativa privada pode sofrer um baque durante o novo mandato de Lula.

As entidades privadas também temem um revogaço de dispositivos da lei por meio de decretos para garantir, primordialmente, a possibilidade dos chamados contratos de programa -em que empresas estaduais de saneamento são contratadas por prefeituras sem licitação.

O marco atual impede repasses federais para as prefeituras que optarem por esse tipo de contrato, uma forma de estimular as concessões e evitar uso político e má prestação do serviço.

Com a retirada do papel da ANA do processo de saneamento, a execução desses contratos ficaria submetida a interesses políticos da administração federal pela vinculação ao Executivo, afirmam as entidades.

Na agência, cujos diretores têm mandato, as regras têm de ser cumpridas sob pena de multa ao concessionário e, no limite, cassação do contrato.

As medidas, no entanto, não esvaziam o poder da agência no que se refere ao saneamento básico.

“As regras não estão claras”, disse Percy Soares Neto, diretor-executivo da Abcon. “Há muita confusão. Só para se ter ideia, com essa medida provisória [da reestruturação do governo] a ANA fica vinculada a três ministérios. O governo terá de rever isso e o ministro precisa deixar claro o que pretende fazer.”

NOVAS DIRETRIZES

O novo governo tem dados sinais trocados sobre o saneamento -ora defendendo a revisão do marco legal, ora pregando a parceria com empresas privadas.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse no começo de dezembro que o plano é acelerar concessões e parcerias com a iniciativa privada, sobretudo em áreas como o saneamento básico, a partir de mudanças nos normativos sobre o tema.

“Estados brasileiros têm tido sucesso nessa modelagem de PPP [Parceria Público-Privada]. Será o nosso foco, buscando elevação no número de concessões e de PPPs”, afirmou.

O novo marco legal do saneamento foi um gatilho para o desenvolvimento de parcerias com a iniciativa privada. Segundo Costa, o governo Lula vai “olhar com carinho” para a regulamentação aprovada. Para ele, o formato ficou “engessado”.

“Não vimos a explosão de investimentos em saneamento”, declarou Costa no mês passado. O futuro chefe da Casa Civil complementou que a ideia é “fazer ajustes” no marco.

A expectativa pela ampliação de parcerias já havia sido mencionada por Fernando Haddad antes de ser oficializado como ministro da Fazenda.
“PPP é uma coisa que vai acontecer muito no próximo governo. A gente pretende deslanchar uma política de PPP, sobretudo na área de infraestrutura”, afirmou.

Haddad também sinalizou mudanças na legislação, mas para estimular as parcerias. “[Queremos mudar] alguns detalhes na legislação que têm freado [as PPPs], dificultando aval do Tesouro Nacional e dificultando a participação da União em projetos de estados e municípios”, disse.

JULIO WIZIACK E DANIELLE BRANT/FOLHAPRESS

Ausência de deputados do PP em posse de Jerônimo liga sinal de alerta do governo

A ausência dos deputados do PP, inclusive dos novatos eleitos em 2022, na posse do governador Jerônimo Rodrigues (PT), no domingo (1º), na Assembleia Legislativa da Bahia, ligou o sinal amarelo entre os parlamentares da base de sustentação do Executivo estadual.

Havia a expectativa de que os pepistas marcassem presença como um gesto de que desejam a reaproximação com o PT e a base governista. Muitos já sinalizaram publicamente esse interesse, contrariando, inclusive, o presidente estadual da sigla, o deputado federal eleito João Leão, outrora vice-governador.

Em abril, o PP baiano elege um novo presidente na Bahia. Os deputados estaduais do partido esperam que Leão não dispute a reeleição mais uma vez ao posto e que seja escolhido um nome que possa facilitar uma nova aliança com os petistas, de forma unificada. Estão no páreo os deputados federais Mário Negromonte Júnior e Ronaldo Carletto. Até lá, a bancada na Assembleia deve permanecer independente oficialmente.

Na solenidade de posse de Jerônimo, o único deputado estadual da oposição presidente foi Samuel Júnior (Republicanos), que representou a bancada. Ele é, inclusive, um dos nomes cotados para ser líder da minoria. Os governistas acreditam que a maioria poderá ser formada por até 40 deputados no Legislativo, mas isso se os pepistas, que elegeram seis, migrarem para a base.

Política Livre

Marina Silva é hostilizada em restaurante e defendida por outros clientes

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva (Rede), foi hostilizada por uma mulher enquanto almoçava em um restaurante, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (2).

Segundo relatos, a mulher teria dito que os verdadeiros patriotas irão retornar e que Marina deveria ter vergonha de trabalhar com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso foi revelado pelo jornal O Globo.

A cena aconteceu no restaurante Greens, no bairro da Asa Norte. Na sequência, clientes do próprio restaurante passaram a defender a ministra —e a mulher precisou ser retirada por funcionários do estabelecimento.

Vídeos mostram o momento em que os presentes comemoram a retirada, entoam o nome de Marina e uma pessoa grita: “Viva o amor, viva a tolerância”. A ex-senadora responde com um gesto de coração.

Nesta segunda, ela compareceu à posse do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e elogiou o petista por seu comprometimento com a agenda ambiental, a quem chamou de “amigo”.

“O ministro é transversal em todos os assuntos dessa Esplanada e tem sensibilidade muito grande para os temas ambientais”.

Ela ressaltou a criação de uma área dentro da Fazenda para tratar de temas do setor e também disse que as políticas ambientais devem ajudar a destravar acordos internacionais prejudicados pela condução da gestão climática no governo de Jair Bolsonaro (PL).

“[Os países] têm a confiança no presidente Lula de que as políticas ambientais serão implementadas, não revogadas como fez Bolsonaro, ou não abandonadas”, completou.

A posse de Marina como ministra do Meio Ambiente deve acontecer na próxima quarta-feira (4). Já nesta segunda, o governo Lula publicou uma série de decretos ambientais, indicados pelo grupo de trabalho ambiental da transição.

Dentre eles, está o restabelecimento do Fundo Amazônia, a retomada de planos de controle do desmatamento em diversos biomas brasileiros —como na Amazônia Legal e no cerrado— e a revogação do decreto do ex-presidente Bolsonaro que flexibilizava as restrições contra o garimpo em terras indígenas.

Além da mudança de nome (foi acrescido o termo “e Mudança Climática” ao ministério), também foi criada a Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, uma demanda da ministra.

A Autoridade Climática, outra nova estrutura pleiteada por ela, deve ser criada só em março.

João Gabriel/Folhapress

Juros sobem e Bolsa cai 3% em reação às primeiras ações de Lula; Petrobras tomba 6%

O mercado financeiro iniciou 2023 com uma forte demonstração de descontentamento de investidores com o discurso de posse e as primeiras ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A leitura feita por analistas é de que há sinais claros de que o governo será mais intervencionista na economia do que se esperava, com consistente uso de empresas públicas.

Há também piora nas expectativas quanto ao controle dos gastos públicos, sentimento que ganhou força após o anúncio da manutenção da desoneração por dois meses para gasolina e etanol, e por um ano para diesel, biodiesel e gás de cozinha.

Os juros futuros fecharam em forte elevação, com as taxas DI (Depósitos Interbancários) para 2025 saltando de 12,66% para 12,93% ao ano. Nos contratos para 2027, o indicador passou de 12,61% para 12,92%.

No mercado de câmbio, o dólar comercial à vista fechou o pregão desta segunda-feira (2) com ganho de 1,47% sobre o real, cotado a R$ 5,3570. Na Bolsa, o índice de referência Ibovespa caiu 3,06%, aos 106.376 pontos.

Desvalorizações expressivas de companhias controladas pelo governo federal respondem por grande parte da perda do Ibovespa nesta sessão. Papéis mais negociados no dia, as ações preferenciais da Petrobras tombaram 6,45%, enquanto as ações ordinárias da estatal mergulharam 6,66%. O Banco do Brasil perdeu 4,23%.

Com as principais Bolsas do exterior fechadas devido ao prolongamento do feriado de Ano-Novo, a tendência de queda foi reforçada devido à ausência do fluxo de investidores estrangeiros, mais otimistas com o novo governo do que os locais, segundo analistas. O baixo volume movimentado também tornou as oscilações mais exageradas.

Empresas com grande participação do governo, como Banco do Brasil, BB Seguridade, Eletrobras, Caixa Seguridade e Petrobras perderam, juntas, R$ 31,8 bilhões em valor de mercado nesta segunda, sendo que só a Petrobras respondeu por R$ 22,76 bilhões desse total, segundo levantamento da plataforma TradeMap.

Lula fez em seus discursos de posse uma forte defesa do Estado no desenvolvimento econômico do país. Ao falar em sessão no Congresso, citou bancos públicos e outras empresas estatais como atores do processo e citou especificamente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e empresas indutoras “de crescimento e inovação, como a Petrobras”.

O presidente assinou ainda no domingo as primeiras medidas na área econômica, entre as quais uma determinação para que os ministros tomem providências para retirar as estatais do programa de privatizações.

A medida atinge em especial a Petrobras e os Correios, que estavam em processo para privatização já sob análise de membros do TCU (Tribunal de Contas da União).

Essa mudança de postura quanto à condução das estatais é observada por investidores como o encerramento de um programa de desestatização em curso desde a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e que agradava o mercado, segundo Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

“Além disso, há um peso bastante negativo das falas de Lula por conta do papel das estatais na indução do desenvolvimento econômico, sobretudo dos bancos, como Banco do Brasil, Caixa e do próprio BNDES”, afirma Pizzani.

“O Estado tem uma fatia de responsabilidade na indução de crescimento de uma economia, mas ele não deve ser o protagonista do crescimento”, diz Vinícius Teixeira, sócio da Messem Investimentos.

Analista da Senso Investimentos, João Augusto Frota afirma que a queda das ações do BB reflete o fato de o banco ser um indutor de políticas públicas no novo governo. “O receito de recrudescer o índice de inadimplência é forte, o que amplia o risco do BB”, afirma o analista.

Ele diz ainda que a nova presidente do banco, Tarciana Medeiros, é funcionária de carreira e teve pouca influência na queda das ações. “O fato é que ela terá pouca margem de manobra, se quiser manter o cargo, não contrariando os interesses iniciais do governo.”

Há também dúvidas sobre como o governo limitará os gastos, medida apontada como necessária para manter o país atrativo para investidores sem a necessidade de ampliar ainda mais o prêmio de risco, ou seja, os juros da dívida pública.

Nesse sentido, Pizzani avaliou como positivo o compromisso reforçado pelo ministro Fernando Haddad (PT). Ao assumir a Fazenda nesta segunda-feira (2), ele reafirmou que enviará ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre a proposta de substituição ao teto de gastos.

Na véspera, durante a posse, Lula chamou o teto de gastos de “estupidez”, e disse que ele será revogado. A medida já era prevista pela PEC da Gastança, que elevou o teto e permitiu gastos fora dele, mas estabeleceu que o Executivo deve apresentar uma nova regra para as contas públicas para substituir o atual.

Rodrigo Moliterno, chefe de renda variável da Veedha Investimentos, afirma que a crítica de Lula à âncora fiscal está entre os pontos que provocaram maior preocupação entre investidores nesta segunda. “Isso dá uma clara noção de como o governo irá atuar e, fica claro também, que não há nenhum apreço pela questão do teto de gastos”.

Lula assinou também a MP (medida provisória) que prorroga a desoneração de combustíveis no país, medida criada por Jair Bolsonaro (PL) em meio ao avanço dos preços do petróleo e que tinha como prazo 31 de dezembro de 2022.

Analistas avaliaram a decisão como uma derrota de Haddad, que na semana passada havia solicitado ao governo Bolsonaro que não prorrogasse a desoneração dos combustíveis. “O Lula passou a caneta na frente e prorrogou, sem demonstrar preocupação com a questão fiscal”, disse Moliterno.

Escolhido pelo PT para a presidência da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou que a desoneração é válida por 60 dias e defendeu a reoneração em março. Segundo ele, no entanto, para o diesel e o GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha) está sendo estudada uma continuidade maior da desoneração —de seis meses a um ano.

Prates também disse na última sexta-feira (30) que pretender revisar a política de preços dos combustíveis da estatal, adotada no governo Michel Temer e reforçada pelo governo Jair Bolsonaro, que prevê o acompanhamento da paridade de importação, conceito que simula quanto custaria para importar os produtos.

“A expectativa é que o futuro presidente da Petrobras promova uma redução dos preços nas refinarias que compense, em parte, o efeito do fim da desoneração dos impostos federais em determinado momento do governo atual”, afirmou Frota, da Senso Investimentos, acrescentando que o presidente Lula frisou que os preços vão cair com a nova diretoria da Petrobras.

Entre a derrota de Haddad quanto aos combustíveis e o tom do discurso de posse de Lula, o segundo é o que mais afetou o humor do mercado, de acordo com Leandro Petrokas, diretor de pesquisa e sócio da Quantzed.

“Parece que o fato de o Fernando Haddad mostrar fraqueza não pesam muito, pois já era esperado pelo mercado um ministro sem ideias próprias, bem como a indicação de um político, em vez de um técnico, já sinalizava mais um elo para defender a opinião do presidente”, afirmou Petrokas.

João Abdouni, analista da INV, também atribuiu às declarações de Lula o fator a exercer o principal peso negativo sobre a Bolsa. “Só podemos imaginar que esse descontentamento do mercado esteja relacionado às falas de Lula, sobretudo quanto à Petrobras”, comentou.

Na esteira do prolongamento da desoneração dos combustíveis, as ações da São Martinho despencaram quase 11,39%. O grupo produz etanol, que enfrenta concorrência dos combustíveis derivados do petróleo e, nesse aspecto, é desfavorecido pela redução da tributação, segundo Heitor Martins, especialista em renda variável na Nexgen Capital.

“É um papel de uma empresa que trabalha com derivados da cana e, no caso dos combustíveis, o etanol. A desoneração reduz tanto o preço da gasolina, quanto o do etanol. Mas em um cenário com os dois combustíveis custando menos, é esperado o aumento de demanda por gasolina.”

BOLSA SOBE MENOS DO QUE A INFLAÇÃO EM 2022, MAS SUPERA EXTERIOR

Na quinta-feira (29), a Bolsa de Valores brasileira fechou 2022 com um ganho acumulado de 4,69%, abaixo da expectativa de inflação de 5,6% para o ano passado, estimada por analistas consultados pelo Banco Central.

O resultado positivo da Bolsa brasileira superou, porém, os principais mercados do exterior, castigados pela volatilidade provocada por uma crise inflacionária mundial.

O mercado de ações dos Estados Unidos encerrou na sexta-feira (30) o seu pior ano desde a crise do setor imobiliário americano de 2008. A rápida elevação da taxa de juros no país, medida adotada para combater a maior inflação em quatro décadas, está por trás desse resultado.

Além da concorrência que a renda fixa representa para o mercado de ações, analistas passaram a temer que o aperto à oferta de crédito poderá resultar em uma recessão global em 2023, o que seria um cenário ainda pior para as empresas e isso afugentou ainda mais investidores dos chamados mercados de risco.

Referência para os papéis negociados na Bolsa de Nova York, o indicador S&P 500 fechou o ano em queda de 19,5%, o pior resultado anual desde o tombo de 38,5% há 14 anos.

Com um mergulho ainda maior, o índice Nasdaq perdeu 33% neste ano, chegando perto da queda de 40,5% no ano da crise financeira. É neste segmento que estão as médias empresas com grande potencial de crescimento, muitas da área de tecnologia. É um setor sensível à alta dos juros porque o crédito barato se faz necessário para a expansão desses negócios.

MERCADO ESPERA AVANÇO DA INFLAÇÃO EM 2023

Analistas consultados pelo Banco Central encerraram 2022 elevando as projeções para inflação e prevendo menos cortes para a taxa básica de juros neste novo ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (2).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, foi fechado na sexta-feira, dia 30 de dezembro, antes da posse de Lula para seu terceiro mandato como presidente, no domingo.

O Focus apontou que a expectativa é de que o IPCA tenha encerrado 2022 com alta de 5,62%, contra 5,64% antes. Mas para este ano a conta subiu em 0,08 ponto percentual, para 5,31%. Para 2024 também houve aumento, de 0,05 ponto, para 3,65%.

Em todos os casos, as perspectivas para a inflação superam o centro da meta para cada ano (3,5% para 2022, 3,25% para 2023 e 3,00% para 2024), sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A pressão inflacionária levou os especialistas consultados a preverem uma taxa básica de juros mais alta este ano, de 12,25% contra 12,00% antes, calculando assim menos cortes para a Selic ante o patamar atual de 13,75%. Para 2024 segue a expectativa de que a taxa encerre a 9,00%.

Étore Sanchez e André Coelho, da Ativa Investimentos, afirmaram em análise divulgada nesta manhã que o primeiro Focus de 2023 mostra “uma piora significativa da conjuntura, em especial na continuidade do processo dedesancoragem das expectativas de inflação para horizontes mais longos”.

Clayton Castelani/Lucas Bombana/Folhapress

Balança comercial fecha 2022 com superávit recorde de US$ 62,3 bilhões

A valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) ocorrida no ano passado fez o Brasil fechar 2022 com o melhor resultado da história para a balança comercial. Em 2022, o país exportou US$ 62,31 bilhões a mais do que importou, o maior superávit desde o início da série histórica, em 1989.

O valor representa crescimento de 1,5% em relação ao recorde anterior de US$ 61,407 bilhões registrado em 2021. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (2) pela Secretaria de Comércio Exterior pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que resultou do desmembramento do antigo Ministério da Economia.

Tanto as exportações como as importações também bateram recorde da série histórica. No ano passado, o Brasil vendeu US$ 335,01 bilhões para o exterior, alta de 19,3% em relação a 2021 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 272,697 bilhões, aumento de 24,3%, também pela média diária.

Apenas em dezembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,779 bilhões, o sexto melhor resultado da história para o mês, porém com alta de 24,5% em relação ao saldo do mesmo mês de 2021. As exportações somaram US$ 26,645 bilhões, e as importações totalizaram US$ 21,866 bilhões no mês passado, com valores recordes para dezembro.

Commodities

O ano foi marcado pela valorização das commodities, provocada principalmente pelo aumento do consumo global após a pior fase da pandemia de covid-19 e pela guerra no leste europeu. Apesar de a balança comercial ter sido impactada pelo encarecimento de itens importados da Rússia e da Ucrânia, como fertilizantes e trigo, o Brasil beneficiou-se da valorização do petróleo no mercado internacional. O país também tirou proveito da safra recorde de grãos.

O maior impacto positivo sobre a balança comercial decorreu da alta dos preços internacionais. No ano passado, o volume das mercadorias exportadas aumentou 5,5%, mas o preço subiu, em média, 13,6%. Do lado das importações, a quantidade comprada subiu 2,6%, e o preço aumentou 23,4%.

Estimativa

O resultado da balança comercial veio acima das previsões. Em novembro, o governo anterior tinha estimado em US$ 55,4 bilhões o superávit comercial para 2022. Apesar da queda na estimativa, esse valor garantiria o segundo maior superávit comercial da série histórica.

As estimativas oficiais são atualizadas a cada três meses. O saldo da balança também veio melhor que as previsões do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projetava superávit de US$ 56,9 bilhões no ano passado.

Agência Brasil

“Vai ser o ritmo da correria”, afirma Rui Costa ao assumir Casa Civil

O ex-governador da Bahia Rui Costa assumiu oficialmente o comando da Casa Civil nesta segunda-feira (2), em uma cerimônia no Palácio do Planalto. O evento não teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava em agenda com chefes de Estado.

Em uma referência ao apelido Rui Correria, que usou durante seu governo na Bahia, Costa afirmou: “O ritmo, podem acreditar, vai ser o ritmo da correria”.

Ao discursar, Costa fez críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, afirmando que a equipe de transição identificou obras que foram “deletadas dos arquivos” como completas, mas, na verdade, ainda estão em construção. “As prioridades iniciais serão de retomada do Brasil. Sair desse momento de paralisia completa. Nem mesmo sabemos quantas obras no Brasil estão paralisadas. Cada um tem um número.” Segundo Costa, nem os ministérios conseguem precisar quantas são as obras paralisadas hoje. “Isso é demonstrações do caos que estamos recebendo.”

O ministro lembrou que serão definidas prioridades. “Quem tem muita pressa e ansiedade para ter casa para morar: o programa Minha Casa, Minha Vida, que o Lula já anunciou que vai retomar. Temos centenas de casas prontas, com 95%, 98% [de conclusão]. Casas prontas desde o governo Dilma, e não foram habitadas ainda. Isso é inadmissível, e elas serão todas habitadas ainda no primeiro semestre deste ano. Todas.”

Costa adiantou que entre hoje e amanhã se encontrará com cada um dos 36 novos ministros para ouvir as demandas de cada pasta.

Ele disse ainda que buscará “diálogo intenso” com o setor produtivo e com a sociedade. “A orientação do presidente Lula é discutir todos os fatores econômicos e sociais. A retomada de um país que vai crescer dialogando”, completou o ministro, ao destacar a intenção de unir o agronegócio com agricultura familiar.

Rui Costa agradeceu o apoio de familiares e amigos e ressaltou que estão entre suas metas o estabelecimento de parcerias com outros países e de diálogo com o Judiciário para destravar obras judicializadas e,com isso, gerar empregos.

A pasta
Considerada a pasta mais importante da Esplanada dos Ministérios, pela proximidade com o presidente da República, a Casa Civil assessora diretamente o chefe do Executivo federal no gerenciamento das funções, além de elaborar, analisar e enviar decretos e propostas legislativas para o Congresso Nacional.

A Casa Civil também é responsável pela análise prévia dos atos do governo para verificar se há constitucionalidade e legalidade neles. Nesse processo, a pasta pode realizar estudos sobre os temas trabalhados pelo governo, editar atos normativos e documentos oficiais.

Perfil
Natural de Salvador, Rui Costa tem 59 anos e é economista. Foi governador da Bahia de 2014 a 2022 e deputado federal de 2011 a 2014.

Costa iniciou a carreira com atuação no movimento sindical, no Polo Petroquímico de Camaçari, na década de 1980. Foi vereador em Salvador e ganhou destaque como secretário estadual durante a gestão de Jaques Wagner (2007-2014) no governo da Bahia.

Agência Brasil

Tabela de Custas, Taxas e Emolumentos reajustada já se encontra disponível no site do TJ-BA

A Tabela de Custas, Taxas e Emolumentos do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) encontra-se disponível para consulta no portal do Judiciário baiano. Para acessá-la basta ir no Menu azul à esquerda, no link Custas Processuais > Tabela 2023.

Conforme o Decreto Judiciário nº 894/2022, o reajuste entra=ou em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2023.

A publicação mencionada reajusta os valores dos emolumentos e das taxas pelo exercício do poder de polícia e pela prestação de serviços, o valor dos selos eletrônicos utilizados na selagem de todos os documentos expedidos pelos cartórios extrajudiciais, e também das despesas judiciais e extrajudiciais pela prestação de serviços, no âmbito do Poder Judiciário Estadual. O referido ajuste é previsto no Anexo Único da Lei Estadual nº 14.025, de 06 de dezembro de 2018.

Convém ressaltar que a publicação revoga o Decreto Judiciário nº 803, de 16 de dezembro de 2021.

Chuva desta segunda-feira causa alagamento e moradores do ACM continua sofrendo..

O que seria uma solução para moradores e comerciantes do Bairro ACM em Ipiaú com a requalificação do canal de aguas pluviais, tornou-se um grande pesadelo, pois desde que foi dado como concluído a primeira etapa da obra de requalificação e drenagem a situação ficou pior, pois qualquer chuva o bairro fica totalmente alagado com acumulo de prejuízos, com perda de moveis de moradores e mercadorias de comerciantes que tem seus imóveis alagados.
Nem que providencia sejam tomadas, morados do Bairro ACM reclamam da péssima qualidade dos serviços realizado por uma empresa contratada pela CONDER que ate o momento não se pronunciou sobre que solução será dada para resolver este grave problema , com tanto descaso o povo já esta perdendo a paciência e cobra uma posição da Secretaria de Infrastrutura do Município.
www.ipiaauurgente.com.br

‘Se não pacificar o país, não terá vida fácil no Congresso’, afirma Ricardo Barros sobre Lula

Para falar sobre a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sobre as expectativas em relação ao novo governo e sua relação com o Congresso Nacional, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado federal e futuro secretário de estado do Paraná da Indústria, Comercio e Serviços, Ricardo Barros (Progressistas). O parlamentar analisou que o apoio dos partidos ao governo ainda é incerto: “Nem os partidos que têm hoje três ministérios entregarão todos os votos. Nem os partidos que foram oposição, ou que não apoiaram Bolsonaro ou Lula, vão entregar todos os votos. Os partidos estão divididos hoje em Sul e Nordeste”.

“O Brasil há muitos anos termina a apuração com ‘azul’ do meio para baixo e ‘vermelho’ do meio para cima. Assim será o comportamento das bancadas, o que existe é uma vigília do eleitor. A missão principal do presidente Lula é pacificar o país. Eu tenho dito isso desde o início. Ele precisa pacificar o país, se não houver a pacificação e neutralização desses radicalismos, isso vai se refletir na Câmara e no Senado. Isso porque o eleitor estará pressionando o seu representante a manter a posição de oposição ou apoio. Se ele não pacifica o país, não terá vida fácil no Congresso”, argumentou.

Para Barros, pouco importa se membros de partidos do chamado Centrão conquistaram cargos dentro do governo, o que vai pesar é a relação com o eleitorado. O deputado avalia que isso representa um novo momento da política brasileira: “Não é uma questão partidária, ele tem uma boa base, mas nem todos do União Brasil vão votar com ele e nem todos do PSD vão votar com ele porque a base não permite que assim se faça. Alguns do meu partido, Progressistas, por exemplo, vão votar com o governo e apoiaram o Lula durante a campanha. Dos nossos 48, teremos 12 que já são governo. Então, nem quem é governo vai entregar tudo, e nem quem é oposição vai segurar tudo”.


“Não é uma equação como todas que aconteceram anteriormente. Eu fui líder, ou vice-líder, ou ministro de todos os governos anteriores. Minha capacidade e habilidade é fazer articulação política. Posso assegurar que muitos deputados vão continuar atentos à sua base. Não vão se divorciar do seu eleitorado por uma posição em Brasília. Nós temos um momento diferente, onde a rede social passou a fazer parte da vida política do parlamentar. Esta ação de vigilância do eleitor vai fazer a diferença na hora do voto em Brasília”, opinou.

A respeito da posse presidencial o político paranaense fez críticas ao discurso de Lula e destacou um certo revanchismo nas falas do presidente: “Eu senti talvez um pouco de ressentimento ainda. Não é com o presidente Bolsonaro que ele tem que ter ressentimento, é com o Judiciário. Aí ele elogia o Judiciário, que o prendeu apenas para tirá-lo da eleição, e critica o presidente Bolsonaro, que fez um governo dentro da sua convicção, com um pensamento liberal. As pessoas tem o direito de ter o seu convencimento, a sua visão, e olhar claramente o que nós devemos ter para o futuro. Eu senti um discurso carregado”.

“O discurso da Câmara muito revanchista e o discurso para o público um pouco mais amplo, também olhando por esse lado revanchista, mas um pouco mais amplo (…) Ele sabe da missão que tem com todos os brasileiros, mas ainda está ressentido com algumas coisas que aconteceram ao longo do tempo (…) A sociedade está atenta, muito atenta. Esse momento político no Brasil é diferente de todos os outros porque o eleitor está olhando para seus eleitos. O eleitor está vigiando os passos dos seus eleitos. A contradição entre o discurso de campanha e práticas de governo não passará em branco”, declarou. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

Por: Jovem Pan

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