Partidos variam entre silêncio e expulsão de filiados envolvidos nos ataques
Partidos com filiados suspeitos de participação nos ataques em Brasília no domingo (8) variam do silêncio sobre providências à decisão de expulsar sumariamente membros com envolvimento no atentado antidemocrático. Alguns dos citados foram candidatos ou eleitos para cargos públicos.
A Folha de S.Paulo questionou a assessoria de legendas que têm integrantes associados ao quebra-quebra, como PL –partido do ex-presidente Jair Bolsonaro-, PP e Podemos. Também há indícios da atuação de integrantes do PSD, do Republicanos e do Cidadania, siglas que já anunciaram o expurgo dos golpistas.
O PSD, presidido por Gilberto Kassab, divulgou nesta terça-feira (10) uma resolução da comissão executiva nacional, elaborada em reação ao levante, que prevê a saída imediata de quem teve relação com a selvageria antidemocrática.
O PL, que tem deputados eleitos entre os suspeitos de comparecerem ou darem apoio à invasão, não anunciou se tomará medidas contra os filiados. A assessoria disse estar esperando uma posição do partido para se manifestar. O presidente Valdemar Costa Neto afirmou em vídeo no domingo que o movimento “é uma vergonha para todos nós” e não representa o PL nem Bolsonaro.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirmou ao jornal O Globo na segunda (9) que o partido deveria expulsar sumariamente todos os filiados que fizeram parte dos ataques.
A deputada federal eleita Silvia Waiãpi (PL-AP) foi apontada como uma das manifestantes da multidão e entrou na mira de parlamentares que pretendem denunciá-la ao Conselho de Ética da Câmara.
Waiãpi, que foi procurada pela Folha e não respondeu, postou um vídeo em suas redes sociais filmado de cima do teto do Congresso durante a depredação e vários comentários favoráveis à ação, descrita como “tomada de poder do povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”. Depois, apagou tudo.
Outros nomes ligados ao partido, como Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio -que é sobrinho do ex-presidente e concorreu a deputado distrital em 2022-, e a presidente do diretório da sigla em Montes Claros (MG), Aline Bastos, também estavam em Brasília.
Há ainda casos de filiados de estados do Nordeste, de Minas Gerais e de Goiás que se somaram de alguma maneira às ações terroristas, alguns deles com mandato, como o deputado estadual Sargento Rodrigues (MG).
O PP, outro partido com integrantes suspeitos de atuação direta ou indireta no protesto violento, também está em silêncio sobre eventuais punições. Procurada via assessoria, a legenda não informou como procederá em relação aos casos. No domingo, em nota, afirmou “repudiar veementemente” os atos, qualificando-os como inaceitáveis em um regime democrático.
Lucivânia Pinheiro Barbosa, que concorreu a deputada estadual pelo PP em São Paulo, postou vídeos durante a ação violenta dentro do Palácio do Planalto. Nas imagens, uma voz feminina fazia elogios à ocupação e relatava que forças policiais tinham facilitado a entrada dos baderneiros.
Há ainda o caso de Clarissa Tércio, eleita deputada federal em Pernambuco, e do marido dela, Pastor Júnior Tércio, também do PP, que é vereador do Recife e deputado estadual eleito. Eles compartilharam vídeo em que uma invasora exaltava o ataque ao Congresso.
Mesmo com a repercussão, os dois mantiveram a postagem no ar, mas editaram a legenda para incluir a mensagem de que são “totalmente contra qualquer ato de violência, vandalismo ou destruição do patrimônio público que venha a ameaçar a nossa democracia”.
Outras pessoas ligadas à legenda, como um ex-candidato a vereador e um suplente de vereador, ambos de cidades no Rio Grande do Sul, publicaram em redes sociais sua presença na tarde de vandalismo em Brasília, com mensagens de estímulo ao movimento.
No caso do Podemos, os exemplos apontados são de pessoas que eram filiadas ao PSC, sigla recentemente incorporada pelo partido.
Pâmela Bório, que concorreu pelo PSC a deputada federal pela Paraíba em 2022 e terminou a eleição como suplente, virou um dos alvos de pedidos de investigação enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PT e pelo PSOL. As representações também miram deputados eleitos do PL e do PP.
Ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela mostrou em suas próprias redes sociais que estava com a horda que atacou os prédios públicos na capital federal. Em nota, ela negou apoiar atos de terrorismo e vandalismo e disse que acompanhou os eventos para uma cobertura na condição de jornalista.
Secretário de comunicação do Podemos, Marcus Deois disse à Folha que a executiva nacional ainda não deliberou sobre medidas a serem tomadas. O partido emitiu nota no domingo em que repudia a violência dos atos criminosos e diz não compactuar com ações que atentem contra a democracia.
“Acompanharemos de perto a apuração pelas autoridades responsáveis, para que tomem as medidas necessárias para conter imediatamente tais atos, bem como identificar e punir seus responsáveis”, diz o texto assinado pela presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP).
Segundo uma fonte da legenda, uma das hipóteses em análise é esperar a conclusão das investigações oficiais, com a identificação dos autores, para depois decidir sobre expulsão ou outras sanções.
EXPULSÃO SUMÁRIA
O documento do PSD publicado nesta terça determina a expulsão de filiados que atentarem contra o Estado democrático de Direito, “especialmente com o dolo de se insurgir contra o resultado das eleições ocorridas em 2022 de modo violento, criminoso e contrário à transferência pacífica de poder”.
A resolução prevê que a exclusão cabe ao presidente Kassab, que é o atual secretário estadual de Governo da administração Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, ou a alguém designado pelo dirigente.
Ao menos um filiado do PSD é vinculado ao ato golpista. Alberto Habib, que concorreu a vereador em São Pedro da Aldeia (RJ) em 2020, foi mencionado como parte de uma caravana para Brasília no fim de semana. Antes mesmo da orientação nacional, a direção local da sigla já havia o desligado.
O Republicanos expulsou nesta terça o dono de um dos ônibus que transportaram manifestantes para a cidade, o empresário Maurício Nogueira, da região de Franca (SP). Nota da executiva paulista sobre o caso diz que “o partido deverá expulsar todos os filiados que forem identificados que tenham participado da destruição e que excederam a manifestação democrática pacífica”.
Nogueira, que foi candidato pela sigla a deputado estadual no ano passado, é próximo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse que a agremiação repudia “qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos, seja ela da direita ou da esquerda”.
O Cidadania também quer a expulsão de um integrante que esteve com a família na mobilização de domingo. Vereador pelo partido em Betim (MG), Gilson Sousa de Carvalho, o Gilson da Autoescola, postou vídeo de sua presença na Esplanada dos Ministérios.
Depois, ele apagou o conteúdo, disse que esperava ser uma manifestação “pacífica e democrática” e se declarou contra as ações com violência e quebradeira, que chamou de inadmissíveis.
O comando nacional do partido pediu ao diretório municipal a expulsão do vereador. O presidente Roberto Freire escreveu em ofício que a manutenção do vereador nos quadros “gera dano de imagem irreparável ao partido” e “contraria frontalmente” os princípios do Cidadania.
A ordem é para que casos semelhantes sejam analisados com o mesmo rigor. “Tal comportamento contraria não apenas o estatuto, o programa e o código de ética do partido, mas qualquer atividade pública, as leis e a Constituição”, afirmou Freire.
Joelmir Tavares/Folhapress
Secretária de Saúde de Ipiaú é reeleita Coordenadora Regional da Comissão de Gestores de Saúde
Em reunião realizada ontem, segunda-feira, 10, em Jequié, a Secretária de Saúde do município de Ipiaú, Laryssa Dias, foi reeleita para coordenar a Comissão de Intergestores Regional (CIR), instancia de cogestão composta por secretários de saúde de 26 municípios do sudoeste da Bahia.
A condução ao cargo, pelo terceiro ano consecutivo, se deu por unanimidade dos membros do colegiado e se justifica nos relevantes serviços que ela vem prestando ao setor.
Da reunião também participaram o apoiador do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) ,o membro Câmara Técnica da CIR, Alan Machado, e o coordenador do Núcleo Regional de Saúde Sul (NRS), Danilo Amorim.
METAS
Fortalecer a saúde da região, tornando-a cada dia mais descentralizada e resolutiva e investir na qualificação da atenção básica que é a porta de entrada para os usuários do SUS, são as principais metas de Laryssa na gestão da CIR neste ano 2023.
O objetivo é manter um canal permanente e contínuo de negociação e decisão entre os gestores municipais e o estado para a manutenção da rede regionalizada, pactuando de forma consensual a definição das regras da gestão compartilhada do Sistema Único de Saúde – SUS.
Ao ser reconduzida ao estratégico cargo, Laryssa Dias destacou o apoio que tem recebido da prefeita Maria das Graças, de Ipiaú, e da equipe técnica da Sesab, assim como do Núcleo Regional de Saúde. Ela também agradeceu a todos os participantes do fórum pelo voto de confiança recebido.
São os seguintes municípios que tem representação na CIR- Regional Jequié: Aiquara, Apuarema, Barra do Rocha, Boa Nova, Brejões, Cravolândia, Dário Meira, Ibirataia, Ipiaú, Irajuba, Iramaia, Itagi, Itagibá, Itamari, Itaquara, Itiruçu, Jequié, Jaguaquara, Jitaúna, Lafaiete Coutinho, Lajedo do Tabocal, Manoel Vitorino, Maracás, Nova Itarana, Planaltino e Santa Inês.
( José Américo castro/Ascom-Prefeitura de Ipiaú).
Justiça reafirma responsabilidades e condena Chesf por inundações
Atendendo aos pedidos da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o juiz de Direito de Jequié, Luiz Henrique de Almeida Araujo, proferiu, nesta terça-feira (10), nova decisão na ação civil pública proposta para responsabilizar a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) pelos danos socioambientais e econômicos provocados pela vazão da Barragem da Pedra na região de sua influência.
A ação foi proposta em 30 de dezembro e logo em seguida do parecer favorável do Ministério Público, o Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça já tinha determinado à Chesf a apresentação dos planos de contingência, de segurança e de recuperação pelos danos individuais e coletivos resultantes do descontrole na vazão da barragem.
Os requerimentos de pagamento de indenização antecipada e emergencial às vítimas, de contratação de equipe técnica e de formação de um fundo financeiro para a recuperação integral dos danos foram agora apreciados e integralmente acolhidos.
Dessa forma, além de ser obrigada a pagar as despesas da perícia a ser produzida, para a definir a extensão e o valor dos danos a serem reparados, a Chesf deverá cadastrar as vítimas, pagar-lhes parcela compensatória imediata, e constituir fundo de R$ 100 milhões para atender a suas responsabilidades.
Na decisão, o juiz também fixou para a Chesf multa diária de R$ 100 mil, sem prejuízo de sua majoração, e de mais 20% do valor da causa, para o caso de descumprimento das determinações pela Companhia.
Na decisão, ainda a pedido da Procuradoria Geral, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado foram chamados a participar do processo.
A Chesf já manifestou, em público, ciência plena da ação civil pública e do que foi nela decidido. A Procuradoria Geral do Estado aguarda, agora, o cumprimento das determinações judiciais, que a Companhia deverá comunicar de imediato, sob pena de incorrer nas sanções estabelecidas.
PF prende mulher apontada como uma das organizadoras de ataques golpistas
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (10) Ana Priscila Azevedo, apontada como uma das organizadoras dos golpistas que invadiram os prédios no Supremo Tribunal Federal, Congresso e Palácio do Planalto no domingo (8).
A bolsonarista aparece em vídeos durante os ataques golpistas e é responsável por páginas no Twitter e Instagram em que a ação foi incentivada. Ela também é responsável por um grupo no Telegram no qual foram convocados a vinda de manifestantes para Brasília.
“A revolução verde e amarelo já começou. O Brasil vai parar! As refinarias e distribuidoras estão sendo fechadas. Nós vamos sitiar os três Poderes! Nós exigimos intervenção militar! Nós exigimos o código fonte! Nós vamos vomitar essa fraude vermelha na cada de vocês!”, diz uma das postagens de Ana Priscila.
Após as prisões dos bolsonaristas que estavam acampados no Quartel-General do Exército, em Brasília, Ana Priscila continuou a divulgar desinformação sobre as detenções. Em um áudio postado em um dos grupos bolsonaristas, ela criticou a PF por manter mais de 1.500 presas.
“A gente não sabe, pois quem está indo para as triagens não está voltando e não nos dão respostas. Não sabemos se essas pessoas estão indo para casa ou indo para as cadeias”.
Ana Priscila também fez várias postagens após os ataques golpistas em um grupo do Telegram chamado “A queda da Babilônia”.
Ela negou em um dos áudios postados no grupo que tenha sido responsável pela depredação dos prédios públicos, mas voltou a falar em intervenção militar no país.
“As Forças Armadas vão invadir, vão tomar. Eu preciso da ajuda de todos vocês, para juntar os vídeos e vamos fazer uma denúncia na Corte Internacional de Haia”, afirmou em uma das mensagens.
Em outro áudio, ela afirma ter sido alvo de armação por causa de um vídeo em que ela aparece dentro do STF.
“Os caras armaram e colocaram tudo para cima de mim. Assassinaram minha reputação e não minha consciência”, disse.
Fabio Serapião/Folhapress
Previdência convoca mais de 11 mil aposentados e pensionistas para prova de vida de janeiro
A Superintendência de Previdência do Estado (Suprev) está convocando cerca de 9.100 aposentados e 1.900 pensionistas do Estado, além de 360 servidores inativos do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, para realizar a prova de vida em janeiro de 2023. A grande novidade é que a partir deste mês o cronograma de convocação dos pensionistas estaduais está seguindo a mesma regra já adotada para os aposentados, com a realização do procedimento no mês do aniversário do beneficiário e não mais do ex-servidor que gerou a pensão.
Todos os convocados deste mês terão até 31 de janeiro para fazer a prova de vida sem correr o risco de bloqueio do benefício. “A prova de vida é fundamental para que a Previdência possa evitar pagamentos indevidos e tentativas de fraudes”, explica a coordenadora de Relacionamento com o Beneficiário da Suprev, Sílvia Machado.
Para garantir mais comodidade e segurança aos beneficiários, a Suprev oferece três modalidades de realização da prova de vida: por aplicativo, por vídeoatendimento ou presencialmente nos postos da Rede SAC. Disponível apenas para os beneficiários que estão dentro do prazo, a Prova de Vida Digital pode ser feita de qualquer celular com acesso à internet por meio do aplicativo GOV.BR. Para tanto, é preciso baixar o aplicativo e abrir uma conta no GOV.BR. No YouTube da Saeb os usuários encontram um vídeo com o passo a passo completo para o procedimento neste link.
Já os serviços por vídeoatendimento e presencial estão disponíveis para todos os convocados, incluindo retardatários. Em ambos os casos, os beneficiários fazem o agendamento prévio por meio do SAC Digital ou no call center da Suprev/SAC pelos telefones 0800 071 5353 (para ligações gratuitas por celular ou fixo, de qualquer lugar do Brasil) e (071) 4020-5353 (só para Salvador e Região Metropolitana, de telefone fixo ou celular). Mais informações podem ser obtidas no RH Bahia.
Colbert cobra ação imediata do governo após 16 homicídios em dez dias em Feira de Santana
Foto: Reprodução / Arquivo |
Na sequência do vídeo, ele cobra: “É preciso que o governo do Estado aja imediatamente na proteção sua: cidadão, homem e mulher da nossa cidade. Precisamos de polícia trabalhando em Feira de Santana, por isso cobramos do Governo do Estado ações imediatas para coibir esse estado de medo que as pessoas estão tendo na nossa cidade”.
Governador reúne prefeitos para reforçar a representatividade dos municípios e da Federação de Consórcios
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, na companhia do vice-governador, Geraldo Júnior, participou de reunião com prefeitos de nove municípios baianos, na manhã desta terça-feira (10). O encontro foi realizado na sede do Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública (COI), no Centro Administrativo, em Salvador, e teve, ainda, a presença do secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, e do chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Jonival Lucas. Os gestores municipais foram apresentar ao chefe do Executivo propostas de chapas para o comando da União dos Prefeitos da Bahia (UPB) e da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia (FECBAHIA).
Entre os presentes, José Henrique Silva Tigre, conhecido por Quinho, prefeito de Belo Campo, destacou o tom da conversa e comemorou a recepção do governador aos gestores e suas propostas. “Saímos daqui muito felizes e tenho certeza que a UPB trabalhará em parceria com o Governo do Estado. Embora sejamos independentes, escolhemos trabalhar junto ao governador Jerônimo Rodrigues”, pontuou o prefeito de Belo Campo.
A chapa sugerida para a UPB é composta por José Henrique Silva Tigre, o Quinho – (Belo Campo) para a presidência; Júlio (Amargosa), na vice-presidência; José Ricardo Leal Requião, o Caca – (Miguel Calmon), como tesoureiro; Kitty Guimarães (Taperoá), como 2ª tesoureira; José Moreira de Carvalho Neto, o Moreirinha – (Itapicuru), no cargo de 1° secretário; Reinaldo Goés (Iuiú), para o cargo de 2° secretário. Para representar o Estado na FECBahia, foram apresentados os nomes de Thiancle da Silva Araújo (Castro Alves) e Marco Aurélio dos Santos Cardoso, o Marcão – (Santana), indicados para presidente e vice-presidente da FECBahia, respectivamente.
Coronel critica Flávio Dino e chama de “bravata” declarações do ministro da Justiça
O senador Angelo Coronel (PSD), em entrevista à rádio BandNews Salvador, fez duras críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), após os episódios de terrorismo que aconteceram no último domingo (8), em Brasília.
Para Coronel, é “inadmissível” o fato de não ter tido antecipação do risco de violência dos atos. “É inadmissível que o gabinete institucional, o GSI, que a Polícia Federal, serviço secreto da Polícia Militar, não detectou esses movimentos com antecedência. Imagine que entrar 100 ônibus em uma capital, poxa só se fosse em miniatura, pois 100 ônibus são 100 ônibus, será que ninguém poderia verificar nas rodovias, a própria Polícia Rodoviária Federal e as forças de segurança, infiltrar pessoas para descobrir o que estava planejado para ser realizado”, disse.
O senador chamou de “bravata” a declaração do ministro sobre a desmobilização de acampamentos bolsonaristas. “O ministro Flávio Dino, na quarta (4) tinha dito em uma entrevista que até a sexta (6) não teria mais nenhum acampamento, que ia desmobilizar, eu achei aquilo uma bravata, querendo até ter mais autoridade que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, tanto virou à bravata que no dia 6 não aconteceu nenhuma desocupação e no dia 8 foi deflagrado esse movimento, esse vandalismo em Brasília”, disse.
Moraes ordena a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do DF
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ordenou a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fabio Augusto Vieira.
O militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8) quando bolsonaristas atacaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do STF. Ele já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal Ricardo Capelli.
O governo federal, integrantes da Polícia Federal e do Judiciário têm creditado à PM do DF a responsabilidade pela invasão da Praça dos três Poderes.
Nesta terça (10), o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli afirmou que a manifestação golpista promovida por militantes bolsonaristas foi possível por causa da “operação de sabotagem” nas forças de segurança locais, naquele momento comandadas por Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e secretario de Segurança Pública exonerado.
A Polícia Militar tentou conter a invasão, mas, com baixo número de efetivo no local, não conseguiram evitar o avanço dos golpistas.
Integrantes do governo federal relatam à Folha que, no sábado (7), foi realizada uma reunião com representantes da segurança do DF. Nesse encontro, segundo essas pessoas, o governo de Ibaneis Rocha (MDB) garantiu a segurança da Esplanada dos Ministérios.
A reunião foi realizada após o aumento do deslocamento de bolsonaristas para Brasília a partir da sexta (6).
“Havia um efetivo planejado e um efetivo real, em um certo momento esse efetivo era 3 ou 4 vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder”, disse o ministro da Justiça Flávio Dino nesta terça (10).
Nesta terça (10), o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli afirmou que a manifestação golpista promovida por militantes bolsonaristas foi possível por causa da “operação de sabotagem” nas forças de segurança locais, naquele momento comandadas por Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e secretario de Segurança Pública exonerado.
A Polícia Militar tentou conter a invasão, mas, com baixo número de efetivo no local, não conseguiram evitar o avanço dos golpistas.
Integrantes do governo federal relatam à Folha que, no sábado (7), foi realizada uma reunião com representantes da segurança do DF. Nesse encontro, segundo essas pessoas, o governo de Ibaneis Rocha (MDB) garantiu a segurança da Esplanada dos Ministérios.
A reunião foi realizada após o aumento do deslocamento de bolsonaristas para Brasília a partir da sexta (6).
“Havia um efetivo planejado e um efetivo real, em um certo momento esse efetivo era 3 ou 4 vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder”, disse o ministro da Justiça Flávio Dino nesta terça (10).
Julia Chaib, Folhapress
Petrobras reduz preço do gás natural em 11,1%
A Petrobras anunciou hoje (10) que vai atualizar o valor do gás natural. O preço de venda para as distribuidoras vai cair, em média, 11,1% por metro cúbico, a partir do dia 1º de fevereiro, conforme prevê os contratos de distribuição por dutos. A redução é em relação ao valor praticado no trimestre novembro-dezembro-janeiro.
De acordo com a estatal, os contratos preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
“Durante esse período, o petróleo teve queda de 11,9%; e o câmbio teve depreciação de 0,2% [isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 0,2%]. Houve ainda, conforme previsto nos contratos celebrados no final de 2021 e com vigência de 01/01/2022 a 31/12/2025, redução na fórmula de precificação que passou de 16,75% do Brent para 14,40% do Brent”, justificou a empresa.
Preço final
A redução no preço para as distribuidoras, contudo, não significa repasse imediato para o consumidor final.
Segundo a Petrobras, o preço final do gás natural depende também do portfólio de suprimento de cada distribuidora, das margens das empresas e dos postos de revenda, além dos tributos federais e estaduais.
As tarifas ao consumidor também dependem de aprovação pelas agências reguladoras estaduais.
Agência Brasil
Senado aprova decreto de intervenção federal do Distrito Federal
O decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisava do aval do Congresso Nacional para passar a valer. Agora, a medida será publicada no Diário Oficial e terá efeito imediato.
Nesta segunda (9), o texto tinha sido aprovado pela Câmara dos Deputados. No Senado, a medida foi relatada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Assim como na Câmara, a votação foi simbólica, ou seja, sem a necessidade de contar os votos, mas oito senadores se manifestaram contra, entre eles o filho “01” do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio.
Saiba quem votou contra a intervenção federal:
Styvenson Valentim (Podemos-RN)
Plinio Valério (PSDB-AM)
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Carlos Portinho (PL-RJ)
Eduardo Girão (Podemos-CE)
Carlos Viana (PL-MG)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Zequinha Marinho (PL-PA)
No caso dos deputados, o consenso foi acordado durante reunião feita nesta tarde com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e todos os líderes partidários.
A medida de intervenção federal foi assinada no domingo (8) pelo presidente da República, após manifestantes golpistas invadirem e depredarem os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).
ENTENDA COMO FUNCIONA O DECRETO:
– A medida tem validade até 31 de janeiro
– A União fica responsável por gerir a área de segurança pública do DF
– Os órgãos de segurança pública do DF ficam sob responsabilidade de Ricardo Cappelli, número dois do Ministério da Justiça, comandado pelo ex-governador Flávio Dino (PSB)
– O interventor é subordinado ao presidente Lula
– A medida não tira o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo; ele está afastado por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes
CAMILA TURTELLI/UOL/FOLHAPRESS
Vice-presidente da Colômbia diz ter sido alvo de atentado fracassado MUNDO
A vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, afirmou nesta terça-feira (10) que sua equipe de segurança encontrou e desativou um artefato explosivo colocado nas imediações da casa de sua família no município colombiano de Suárez.
Márquez é a primeira mulher e a primeira pessoa negra a assumir a Vice-Presidência da Colômbia —assim como Petro é o primeiro líder de esquerda do país latino-americano. Advogada e ativista, ela ficou conhecida pela luta contra a mineração ilegal.
Folhapress
Invasão da Esplanada aprofunda cisão no PL
A invasão da Esplanada dos Ministérios neste domingo (8) aprofundou a cisão no PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O primeiro teste é a votação pela Câmara dos Deputados do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que autoriza a intervenção do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segurança pública do Distrito Federal.
O líder da bancada, Altineu Cortes (RJ), sinalizou em reunião de líderes na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) que encaminharia votação favorável à intervenção. O acordo é fazer uma votação simbólica, para transmitir unidade.
No grupo de WhatsApp da legenda, no entanto, ele foi cobrado sobre esse posicionamento, e não havia respondido até o final da tarde. Os deputados Domingos Sávio (MG) e Sóstenes Cavalcante (RJ) foram alguns dos que se manifestaram contrariamente.
Além disso, parlamentares eleitos, como Alberto Fraga (PL-DF), também discordam da intervenção.
“O controle já foi restabelecido. Para que intervenção? Se for votação simbólica, vou pedir para registrar o meu voto contrário”, diz Sóstenes.
A tarde foi de romaria na sede do PL, para avaliar os impactos da crise na legenda. Estiveram com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, dois filhos do ex-presidente Bolsonaro, Flávio e Eduardo.
A avaliação na cúpula do partido é de que os atos deste domingo enfraquecem a oposição a Lula, na qual recai a expectativa do PL de crescimento. Embora haja uma tentativa de diferenciar os radicais dos apoiadores do ex-presidente, a percepção é de que a violência dos atos deste domingo dificultam a missão.
Desde que abrigou o bolsonarismo, o PL vive uma cisão entre os quadros ligados ao ex-presidente e aos chamados de correligionários raiz.
Juliana Braga/Folhapress
Múcio é criticado por Lula e passa por desgaste após atos de vandalismo
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, é alvo de fogo amigo desde domingo (8), quando bolsonaristas vandalizaram as sedes dos três Poderes em Brasília. Apontado como um dos responsáveis pela permanência dos manifestantes em Brasília, ele foi criticado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Irritado com a facilidade com que os invasores chegaram ao Palácio do Planalto, Lula criticou, duramente, o desempenho de sua equipe frente aos atos de vandalismo que resultaram na depredação da sede do Executivo federal e também dos prédios do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Enquanto acompanhava a evolução dos ataques por meio de publicações nas redes sociais, Lula se queixou, especialmente, de Múcio e do ministro-chefe do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), general Gonçalves Dias, —aos quais telefonou, em tom de cobrança, já no início das invasões.
Segundo seus aliados, Lula reclama que Múcio tenha subestimado ameaças à segurança, apostando na saída gradual dos bolsonaristas acampados diante do quartel do Exército em vez de determinar sua retirada, como, por fim, aconteceu nesta segunda-feira (9).
No domingo, relatam, Lula demonstrou irritação com os acampamentos, afirmando que já tinha perdido a paciência com sua manutenção.
De acordo com relatos desses interlocutores, Lula avalia que faltou firmeza a Múcio na relação com os comandantes das Forças Armadas e que o ministro não teria exercido sobre eles qualquer influência.
Esse descontentamento ficou evidente, também segundo esses aliados, no fim da tarde de domingo, quando Lula respondeu rispidamente à possibilidade de o Exército atuar na contenção dos golpistas por meio de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
Segundo relatos feitos à Folha, o presidente rejeitou a oferta apresentada por Múcio, negando-se a convocar os militares para auxiliar as forças de segurança durante os atos.
O ministro da Defesa estava com o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, na tarde de domingo. O militar indicou a Múcio que teria 2.500 militares de prontidão para atuar caso o governo federal considerasse necessário.
A sugestão para uma possível GLO foi descartada, ao telefone, por Lula quando o petista ainda estava em Araraquara (SP). A solução adotada pelo presidente foi costurada com o ministro da Justiça, Flávio Dino, com decreto para intervenção federal na segurança do Distrito Federal.
Sob o calor dos atos, o presidente reclamou ainda de Múcio ter classificado de democráticos os acampamentos em que os opositores de Lula pedem por intervenção militar. Hoje, a avaliação é que os extremistas deveriam ter sido retirados antes.
Uma outra crítica feita a Múcio e chefes militares foi a permissão para que os bolsonaristas radicais voltassem ao quartel-general do Exército, em Brasília, após a depredação dos prédios dos Poderes.
Na noite de domingo, colegas de Ministério chegaram a questioná-lo sobre a permanência dos bolsonaristas nos arredores do quartel mesmo depois dos ataques.
Em meio ao processo de fritura, aliados de Lula afirmam que o presidente está preocupado com a relação entre governo e militares caso Múcio não se consolide como comandante das forças.
A avaliação de interlocutores de Lula que estiveram com o presidente no domingo é que Múcio saiu bastante desgastado do episódio. Apesar disso, aliados de Lula descartam hipótese de exoneração, lembrando que o presidente reconhece em Múcio um habilidoso negociador.
Em defesa de Múcio, afirmam que há um entendimento de que a tarefa que ele desempenha é difícil. Pesa ainda a avaliação de que a fonte maior do problema está no governo do Distrito Federal, cuja polícia não conteve o avanço dos golpistas.
Ainda assim, Múcio foi submetido à fritura até nas redes. No fim da tarde, a Executiva do PT divulgou nota afirmando que a orientação de Lula para o episódio exige uma atuação firme do governo, especialmente do Ministério da Defesa, para assegurar a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas.
Nas redes sociais, o deputado federal André Janones (Avante-MG), que atuou na coordenação da campanha presidencial de Lula, afirmou. “Com todo respeito ao Ministro Múcio, mas bandido tem que ser tratado como bandido, e ponto final!”, escreveu no domingo.
Em entrevista, o ministro da Justiça, Flávio Dino, atestou a delicadeza da situação ao dizer que não concorda integralmente com o colega, mas pedindo que não haja julgamentos precipitados e dizendo haver lealdade e sinceridade de Múcio ao comandar uma das áreas mais difíceis do governo.
Segundo Dino, Múcio optou por um caminho de diálogo com as instituições militares e não pode ser condenado por isso. “O resultado, depois, pode levar a julgamentos precipitados. Eu prefiro acreditar que o ministro Múcio, nas condições difíceis que ele atua, fez o máximo com sinceridade e com lealdade”.
Dino afirmou que cabe à nação fazer o julgamento político do episódio.
“A minha visão não é nesse sentido de martirização do ministro Múcio como sendo o grande vilão desse processo, eu não compartilho dessa visão e tenho, ao contrário, solidariedade ao ministro Múcio, o que não significa concordância integral com as opiniões dele”.
Um interlocutor de Lula afirma que ainda “é cedo” para falar na saída de Múcio do governo.
Apesar de um sentimento de insatisfação com a atuação do ministro diante dos atos golpistas, de saque e de vandalismo, um aliado do presidente defende esperar “a crise passar” para então ser avaliado o cenário.
Catia Seabra, Cézar Feitoza e Victoria Azevedo/Folhapress
Chefe da Casa Civil defende ‘descontaminar instituições’ após vandalismo
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou nesta segunda-feira (9) que é preciso “descontaminar todas as instituições” para evitar que novos atos golpistas se repitam no Brasil.
A fala acontece um dia após militantes golpistas enfrentarem as forças de segurança em Brasília para depois invadir o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Nesses prédios, deixaram um rastro de vandalismo e destruição.
Rui participou da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com governadores e chefes de Poder, no Palácio do Planalto, para discutir uma resposta às ações antidemocráticas. Após o encontro, todos saíram em uma caminhada pela Praça dos Três Poderes até o Supremo Tribunal Federal.
Em entrevista a jornalistas, no Supremo Tribunal Federal, o ministro afirmou que o povo brasileiro não aceitará novos chamados de pessoas que agem como fizessem parte de uma “seita”. E recomendou terapia para quem não aceitar viver em democracia.
“O povo brasileiro gosta de viver num país democrático e não vai atender a um apelo de extremistas ou, eu diria, de pessoas que agem como se fizessem parte de uma seita. Então é melhor procurar algum tipo de terapia, ou atendimento psiquiátrico, psicológico, mas o país ou a nação não vai se curvar à violência, à agressão”, afirmou.
Rui Costa também citou que não é possível atribuir a um único fator a “tragédia” de domingo, comparando a situação com a queda de um avião, no qual há várias variantes. Afirmou que foram cometidos muitos erros e que foi uma somatória deles que “gerou essa situação de caos”.
Por outro lado, apontou que as Forças Armadas não podem ser “impregnadas” por visões e seitas.
“As instituições brasileiras são históricas. Os governos passam, os nossos e outros que venham ao longo de décadas. Mas a instituição Justiça. Ministério Público, Forças Armadas, essas não podem se desviar, de que são instituições de Estado e não de governo”, afirmou.
“Portanto, não podem ser impregnadas e contaminadas e adoecidas por visões, nem por seitas que temporariamente ocupem essa ou aquela instância de Poder. Elas têm que guardar a relação com a Constituição brasileira. É isso que vamos ter que fazer: descontaminar todas [as instituições]”, completou.
Marianna Holanda, Renato Machado e Matheus Teixeira/Folhapress
Aulas da rede estadual começam dia 6 de fevereiro
A Secretaria da Educação do Estado (SEC) divulgou, nesta segunda-feira (9), o calendário escolar da rede estadual para o ano letivo 2023, que tem como tema “Educação e território no bicentenário da Independência da Bahia”. Conforme o calendário, a jornada pedagógica dos professores e coordenadores pedagógicos acontece entre os dias 1º e 3 de fevereiro, quando será realizado todo o planejamento das atividades letivas. As aulas começam no dia 6 de fevereiro e se encerram no dia 15 de dezembro. A entrega dos resultados aos estudantes, após a recuperação final e do Conselho de Classe, será no dia 22 de dezembro.
O superintendente de Políticas para a Educação Básica, Manoel Calazans, falou da importância do calendário escolar: “o calendário é fundamental para a organização do tempo pedagógico das escolas e dos projetos que serão desenvolvidos ao longo do ano. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que os sistemas de Educação Básica tenham, no mínimo, 200 dias letivos para que a gente garanta um efetivo calendário de atividades docentes. O tema do ano letivo 2023 faz referência à identidade da escola em relação aos Territórios de Identidade, com as especificidades de cada região e, do ponto de vista histórico, ao bicentenário da Independência da Bahia”.
Ainda de acordo com o calendário escolar, o recesso de Carnaval acontece de 17 a 22 de fevereiro; o recesso da Semana Santa ocorre entre 7 e 9 de abril; e o recesso junino vai de 19 a 30 de junho. A primeira unidade letiva será de 6 de fevereiro a 5 de maio; a segunda de 8 de maio a 31 de agosto e a terceira de 1º de setembro a 15 de dezembro.
Ao longo do ano, os estudantes também contarão com alguns sábados letivos nas seguintes datas: 15 de abril, 20 de maio e 23 de setembro. Outras datas em destaque são os aniversários dos educadores Anísio Teixeira, em 12 de julho, e de Paulo Freire, em 19 de setembro.
STF quer reconstruir prédio vandalizado por golpistas até o fim do mês
O STF (Supremo Tribunal Federal) prevê concluir a restauração do plenário, danificado na invasão de manifestantes golpistas, até o fim do recesso do Judiciário. A próxima sessão presencial está mantida para 1º de fevereiro.
O edifício-sede está passando por perícia nesta segunda-feira (9) e permanecerá fechado até a conclusão dos trabalhos. Os anexos 1 e 2, onde funcionam o restaurante e os gabinetes, seguem funcionando normalmente.
A presidente do STF, ministra Rosa Weber, disse que Suprema Corte “não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado democrático de Direito”.
Em nota, ela disse que “o edifício-sede do STF, patrimônio histórico dos brasileiros e da humanidade, foi severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas”.
“Lamentavelmente, o mesmo ocorreu no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. As sedes dos três Poderes foram vilipendiadas. O Brasil viveu neste domingo uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia”, afirmou.
Juliana Braga/Folhapress
Estado garante 700 milhões para o Bolsa Presença, em 2023
Foto: Feijão Almeida/SECBA |
Nesta terça-feira (10), será efetuado o último crédito referente ao ano letivo 2022. Só esta parcela representa uma soma de R$ 45,8 milhões dos R$ 675 milhões destinados ao Bolsa Presença no ano passado. O estudante Edmilson Santos, 13, que vai fazer o 9º ano na Escola Estadual Professor Roberto Santos, no bairro Castelo Branco, em Salvador, é um dos beneficiados pelo programa. Junto com a irmã, a família recebe R$ 200 de Bolsa Presença. Ele conta que destina o valor para a compra de alimentos e material de higiene. “O Bolsa Presença é um ótimo programa. Moro com meus pais e uma irmã e o valor ajuda mensalmente com as nossas despesas, e para nossa família é muito importante”.
O crédito da primeira parcela do Bolsa Presença, em 2023, será realizado no mês de março, pois a concessão do benefício está vinculada à assiduidade nas aulas ministradas pela unidade escolar em que o aluno está matriculado. Para receber o benefício, é necessária a participação obrigatória dos alunos nas avaliações de aprendizagem promovidas pela unidade escolar, visando orientar o acompanhamento pedagógico; e o cadastro da família no CadÚnico e a atualização desses dados na unidade escolar.
O superintendente de Gestão da Informação da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), Rainer Wendell Costa Guimarães, disse que o Bolsa Presença está sintonizado com a agenda prioritária do governo. “É uma política voltada aos estudantes das famílias mais vulneráveis e é estratégica, pois afirma para todos que cada um e cada uma são importantes para o Estado, com um cuidado redobrado e mais perto de quem precisa”. Rainer ressaltou que, com a transferência de renda diretamente para as famílias, o governo do Estado também contribui para movimentar a economia e as cadeias produtivas em todos os municípios baianos.
Bolsa Presença – O programa foi criado pela Lei nº 14.310, de 24 de março de 2021, do Bolsa Presença, com a retomada das atividades letivas na rede estadual de ensino, após período de isolamento social imposto pela pandemia do Coronavírus. Em 16 de dezembro de 2021, com a Lei nº 14.396, que alterou a Lei nº 14.310/21, o programa passou a ser permanente e reconhecido como uma política de Estado.
Ataques golpistas pegaram órgãos de segurança e inteligência desorganizados
Os ataques golpistas no domingo (8) em Brasília ocorreram em um momento em que as principais forças de segurança e de inteligência envolvidas na prevenção e combate a essas ações estavam desorganizadas.
Mesmo planejados sem qualquer sigilo, com reuniões e chamamentos veiculados nas redes sociais, os atos atingiram os três prédios mais importantes da República e expuseram a inércia dos órgãos de segurança, em especial os do Governo do Distrito Federal.
Embora integrantes do governo Lula (PT), da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal creditem a responsabilidade pelos atos ao Governo do DF, em especial à Secretaria de Segurança local, comandada pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também na esfera federal há uma situação de desorganização.
No âmbito distrital, com a Polícia Militar e Civil, como na federal, com a Polícia Federal, Abin (Agência de Inteligência Brasileira) e PRF (Polícia Rodoviária Federal), os órgãos passam por um período de transição devido a trocas de chefias.
No caso do Distrito Federal, cuja PM é a responsável pela segurança ostensiva no perímetro onde os ataques se deram e deveria ter barrado o avanço dos golpistas, Torres assumiu o cargo de secretário há poucos dias.
Na decisão em que afastou o governador Ibaneis Rocha (MDB), o ministro Alexandre de Moraes fala em descaso e falta de qualquer planejamento dos órgãos de segurança distritais.
Torres, citado por Moraes e alvo da investigação, tão logo assumiu promoveu mudanças nos cargos de chefia da secretaria e viajou para os Estados Unidos.
De acordo com relatos obtidos pela Folha, os representantes da segurança do DF prometeram em reunião no sábado (7) que uma barreira seria instalada para proibir a entrada de manifestantes na Esplanada dos Ministérios.
Mesmo após a promessa, o efetivo no local na tarde do domingo (8) era reduzido e não conseguiu conter o grupo de golpistas proveniente do QG do Exército.
Já no âmbito federal, a PF encontra-se atualmente sem diretores indicados pelo atual diretor-geral, Andrei Rodrigues —os anteriores foram exonerados, mas nas novas nomeações não foram formalizadas embora os novos nomes já tenham sido escolhidos.
A área de Inteligência, por exemplo, que poderia subsidiar a atuação da corporação com informações sobre as movimentações dos golpistas está sem o diretor e sem o chefe da área de contra-inteligência. Da equipe anterior, que acompanhava desde o ano passado as movimentações dos golpistas, apenas um delegado ainda foi mantido no cargo.
A Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, onde tramitam alguns inquéritos sobre os atos antidemocráticos do pós segundo turno das eleições, também não tem novo diretor.
Moraes chega a citar em sua decisão deste domingo (8) que optou pelo afastamento porque PF e Procuradoria-Geral da República não pediram a prisão de agentes públicos.
Na Abin, a situação só não é a mesma porque o governo Lula voltou atrás da exoneração dos atuais diretores horas após exonerá-los sem indicar os novos ocupantes dos cargos de chefia.
Na agência, essa primeira derrapada da transição com as exonerações e a falta de sinalização sobre como será formada a nova diretoria tem impactado no dia a dia, como relataram agentes à Folha.
Nos dois órgãos, apenas o diretor-geral foi nomeado.
Na PRF, por sua vez, o cenário ainda é de ressaca após a instituição entrar na mira da Justiça por causa de sua atuação, patrocinada pelo então diretor Silvinei Vasques e pelo ex-ministro Anderson Torres, no dia da eleição e no bloqueios realizados nos dias posteriores a derrota de Bolsonaro.
Fabio Serapião, Folhapress
Bolsonaro é internado em Orlando com dores abdominais
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado nesta segunda-feira (9) em Orlando, nos Estados Unidos, onde está desde o final de dezembro.
O ex-mandatário sentiu fortes dores abdominais e, por isso, decidiu ir a um hospital na Flórida.
A informação foi revelada pelo O Globo e confirmada à Folha por aliados de Bolsonaro. Segundo eles, o ex-presidente foi ao hospital para investigar se está novamente com uma obstrução intestinal.
Desde que tomou uma facada durante a campanha de 2018, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias devido ao atentado. A primeira delas foi logo depois da facada, em setembro daquele ano. Seis dias depois, foi submetido a outro procedimento para desobstrução do intestino.
No fim de janeiro de 2019, quando já era presidente da República, fez uma cirurgia para retirada de uma bolsa de colostomia que havia sido colocada após o ataque. Em setembro do mesmo ano, passou por uma operação para corrigir uma hérnia na cicatriz de uma cirurgia anterior.
Em junho de 2021 e em janeiro de 2022 Bolsonaro também foi internado devido a problemas no intestino. Geralmente, ele afirma que as dores são consequências da facada que levou em 2018 em Juiz de Fora (MG).
No início do ano passado, Bolsonaro interrompeu seus dias de férias no litoral de Santa Catarina e viajou para São Paulo para ser internado e fazer exames. À época, o hospital Vila Nova Star disse que Bolsonaro tinha uma “suboclusão intestinal”, uma obstrução no intestino, e apresentou melhora após passagem da sonda nasogástrica.
Bolsonaro saiu do Brasil no dia 30 de dezembro, antes do fim de seu mandato. Rompendo uma tradição democrática, decidiu não passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se instalou na região de Orlando, próximo aos parques da Disney.
Após o vandalismo registrado neste domingo (8) em Brasília, os deputados americanos Alexandria Ocasio-Cortez e Joaquin Castro, filiados ao Partido Democrata de Joe Biden, pediram em publicações no Twitter que Bolsonaro deixe os Estados Unidos, citando os ataques à democracia empreendidos por apoiadores do ex-mandatário em Brasília.
Nesta segunda, o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que a Casa Branca não recebeu nenhuma solicitação formal do governo Lula acerca do status do ex-presidente.
Em uma entrevista coletiva na Cidade do México, Sullivan reiterou a confiança nas instituições democráticas do Brasil e disse que, aparentemente, elas estão mantendo o cenário sob controle após o ataque de extremistas às sedes dos Três Poderes.
O assessor também negou qualquer contato entre a Casa Branca e Bolsonaro.
No domingo, após manifestantes bolsonaristas invadirem e depredarem prédios do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente se manifestou nas redes sociais e, isentando-se de responsabilidade, criticou as depredações associando-as à esquerda.
“Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, disse.
Matheus Teixeira/Folhapress
99ª CIPM resgata mulher mantida em cárcere privado
Mantida em cárcere privado por um homem suspeito de tráfico de drogas, uma jovem de 23 anos foi resgatada por equipes da 99ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), na cidade de Amargosa. Na ação, drogas e uma quantia em dinheiro foram apreendidos.
Denúncias anônimas sobre uma mulher presa em uma residência chegaram ao Centro Integrado de Comunicações (Cicom) da Secretaria da Segurança Pública (SSP), após ligação via 190.
Rapidamente, uma guarnição foi até a rua Professora Aline Passos, no Centro da cidade, e desconfiou do nervosismo de um homem, parado próximo à residência indicada. Ao perceber a aproximação dos policiais ele tentou fugir, mas foi alcançado.
Conforme detalhou o comandante da unidade, major Elismar, os PMs chegaram na casa e constataram que a mulher estava presa.
“Quando chegamos na residência nós soltamos a mulher e encontramos ainda três trouxas de cocaína, uma quantidade de crack e R$ 1,6 mil que acreditamos ser provenientes da venda de entorpecentes”, disse.
Todo o material, o suspeito e a vítima foram conduzidos para a Central de Flagrantes de Santo Antônio de Jesus para as providências de Polícia Judiciária.
Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues
Submetralhadora, revólveres e simulacro são encontrados
Ações da Polícia Militar apreenderam armas e drogas no domingo (8). No Sul da Bahia, uma submetralhadora e dois revólveres foram localizados por equipes da 71ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Canavieiras). No Sudoeste, um menor foi encontrado com tabletes de maconha.
Na cidade de Una, guarnições da 71ª CIPM patrulhavam pelo bairro de Urbis, quando um homem atirou contra as equipes, conforme explica o comandante Michael José Pinho da Silva. “O criminoso entrou em uma casa, onde tinham outros dois comparsas. Houve um primeiro confronto e um deles ficou ferido. Ele foi socorrido, mas não resistiu”, detalhou o major.
O oficial contou que os os outros dois fugiram e invadiram outra casa. “As equipes avistaram a dupla e houve um novo confronto. Mais um criminoso foi atingido e não resistiu. O terceiro comparsa conseguiu escapar”, contou.
Com eles foram apreendidos uma submetralhadora artesanal calibre 380, dois revólveres calibres 38 e 22, munições, dois tabletes de maconha e balanças.
Sudoeste
Uma guarnição do Grupo de Ações Rápidas e Repressivas Avançadas (Garra) do Esquadrão de Motociclistas Falcão realizava rondas no bairro de Patagônia, em Vitória da Conquista, quando recebeu uma denúncia sobre tráfico naquela região.
Um adolescente tentou se livrar de uma mochila, mas foi alcançado. Com ele foram encontrados um simulacro de pistola, três tabletes de drogas, uma balança, R$ 664 e embalagens. O adolescente foi conduzido para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep).
Fonte: Poliana Lima/ Ascom SSP
Presidentes dos Três Poderes chamam atos de golpistas e terroristas e pregam união
Os presidentes dos Três Poderes divulgaram nota conjunta na manhã desta segunda-feira (9) repudiando os atos golpistas e de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia anterior.
“Os Poderes da República, defensores da democracia e da carta Constitucional de 1998, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília”, diz a nota.
O documento é assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber.
Pela manhã, Lula se reuniu com a ministra Rosa Weber e com o deputado Arthur Lira no Palácio do Planalto.
Também participaram do encontro, segundo divulgado em agenda oficial do presidente, os ministros do STF Roberto Barroso e Dias Toffoli, além de José Múcio (Defesa), Flávio Dino (Justiça), Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secom).
O petista terá ainda reunião com os comandantes das Três Forças.
Veja a íntegra da nota:
“Nota em defesa da democracia
Os poderes da República, defensores da democracia e da carta Constitucional de 1998, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília.
Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras.
Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria.
O país precisa de normalidade, respeito, e trabalho para o progresso e justiça social da nação.”
MARIANNA HOLANDA E VICTORIA AZEVEDO/FOLHAPRESS
PM e Exército desocupam acampamento golpista no DF; 1.200 são presos, diz Ministério da Justiça
A PM do Distrito Federal e a Polícia do Exército iniciaram na manhã desta segunda-feira (9) o esvaziamento da área do quartel-general do Exército em Brasília, cumprindo a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de retirada de todos os golpistas acampados no local.
De acordo com o Ministério da Justiça, cerca de 1.200 bolsonaristas estão sendo conduzidos presos para a superintendência da Polícia Federal, em dezenas de ônibus cedidos pelo Governo do Distrito Federal.
Mais cedo, os policiais haviam dado cerca de uma hora para que os manifestantes radicais recolhessem seus pertences e deixassem o acampamento. Eles também informaram aos presentes que quem seguisse no local seria detido.
De acordo com militares que participam da operação, os bolsonaristas que estão sendo conduzidos nos ônibus serão identificados, mas eles não souberam dizer se continuarão presos.
Uma barreira de agentes de segurança acompanhava a movimentação, enquanto o Exército fazia uma inspeção nas barracas que ficaram no local depois da saída da maioria dos golpistas.
Os ministros José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil) e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, designado interventor federal, acompanharam parte da desocupação do acampamento golpista no DF.
A ideia da cúpula militar era pressionar bolsonaristas a se retirar do local de maneira pacífica, evitando confronto. Alguns golpistas, contudo, mostraram resistência. Um manifestante que xingava as forças de segurança foi detido.
De acordo com militares do Exército presentes no local, a operação foi decidida no domingo em reunião com os ministros Múcio e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o comandante do Exército, Júlio César Arruda.
No começo da manhã desta segunda, os policiais começaram a entrar no acampamento, que já dura mais de 70 dias. Outras tentativas pacíficas já fracassaram.
Na noite de domingo (8), o Exército impediu a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal na área em que bolsonaristas extremistas estão acampados em Brasília, em frente ao quartel-general da Força.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
O ministro também determinou a desocupação de todos os acampamentos montados nas imediações de quartéis do Exército pelo país.
Ele ordena a “prisão em flagrante de seus participantes pela prática de crimes” e afirma que as operações deverão ser realizadas pelas polícias militares, “com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário”.
Folhapress
Golpistas tentam bloquear refinarias em SP, RS e MG; veja situação nos estados
A FUP (Federação Única dos Petroleiros) emitiu balanço na manhã desta segunda-feira (9) indicando queda no número de bolsonaristas que tentam acessar refinarias da Petrobras para prejudicar o abastecimento de combustíveis no país, no que seria uma escalada dos atos golpistas.
Segundo a federação, a desmobilização dos manifestantes é resultado da atuação das forças de segurança, da própria FUP e de sindicatos.
Neste domingo (8), golpistas destruíram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal). Além dos ataques às instituições, eles haviam anunciado que bloqueariam refinarias.
Diante das ameaças, ao longo do domingo a FUP acionou órgãos federais de segurança, o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras e o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência da Petrobras.
Os alvos dos golpistas são Reduc (Refinaria Duque de Caxias, no Rio), Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo), Revap (Refinaria Henrique Lage ou Refinaria do Vale do Paraíba, também em São Paulo) e Refap (Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul).
A FUP informou que haverá uma reunião por videoconferência nesta segunda, às 14h, com partidos, centrais sindicais, movimentos populares e organizações da sociedade civil para convocar mobilização de resposta aos atos golpistas.
VEJA A SITUAÇÃO EM REFINARIAS, SEGUNDO INFORMAÇÕES DA FUP ATÉ 8H
AMAZONAS
Às 8h, não havia movimentação na Reman (Refinaria Isaac Sabbá), segundo a FUP. Uma hora antes, cerca de 50 manifestantes estavam nas vias de acesso ao local. Não há bloqueios. Há forte presença de forças de segurança.
PARANÁ
Às 8h, não havia mais presença de manifestantes na refinaria e no pool de Araucária. Os golpistas foram dispersados pela PM durante a madrugada. As forças de segurança permanecem nas proximidades das
instalações. Não há bloqueios.
RIO GRANDE DO SUL
Cerca de 10 manifestantes permanecem acampados na rótula em frente à refinaria –eram 30 na madrugada. Há presença de policiais militares, da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do Batalhão de Choque. Não são registrados bloqueios.
Refinaria Duque de Caxias
Sem manifestantes, que foram dispersados na madrugada. PM e Batalhão de Choque presentes nas proximidades da Reduc.
BETIM/MG
Cerca de 5 bolsonaristas seguem no canteiro central da via de acesso à Regap. Polícia Militar, PRF e Corpo de Bombeiros no local. Não há bloqueios.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP
Cerca de 30 manifestantes abordam caminhões para que não acessem a Base do vale do Paraíba, da Empresa Vibra (antiga BR-Distribuidora). Há presença de PMs, que atuam para garantir o acesso e segurança dos caminhoneiros. Não há bloqueios.
Danielle Brant/Folhapress
Celso de Mello rejeita ‘tolerância ilimitada’ com golpistas e os chama de ‘hunos’
O ex-decano do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello diz que a sociedade brasileira não pode ter “tolerância ilimitada” contra opositores do regime democrático. Em mensagem obtida pelo Painel, o ministro aposentado refere-se aos responsáveis pela invasão da Esplanada dos Ministérios como “hunos”.
“Inquestionável que uma sociedade fundada em bases democráticas deve ser essencialmente tolerante e, por isso mesmo, estimular o respeito harmonioso na formulação do dissenso, em respeito aos que divergem de nosso pensamento, de nossas opiniões e de nossas ideias”, escreveu Mello.
“Mas não deve nem pode viabilizar a ‘tolerância ilimitada’, pois esta, se admitida, leva à supressão da própria tolerância, à eliminação dos tolerantes e à aniquilação da própria ideia e sentido de democracia”, ponderou.
Ele menciona em seu raciocínio o filósofo austríaco Karl Popper (1902-94), que indagava até que ponto a democracia, para autopreservar-se, deve tolerar os intolerantes.
Segundo o ministro aposentado, é necessário que sociedade empenhe-se na defesa incondicional das instituições democráticas do Brasil.
Para Mello, elas estão expostas a “ataques covardes e criminosos dos hunos que as assediam com o subalterno (e corrosivo) propósito de vulnerá-las e de vilipendiá-las em sua integridade”.
Fábio Zanini/Folhapress
Situação no DF está controlada, diz secretário do Ministério da Justiça
Após um domingo (08) de terror, a invasão aos Três Poderes em Brasília chegou ao fim na madrugada de segunda (09). Às 2h14, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, anunciou em redes sociais que a situação foi controlada.
“A situação no DF está controlada. Daqui a poucas horas, reiniciaremos as operações. Tudo será devidamente apurado. Os criminosos continuarão sendo identificados e punidos”.
Em meio aos atos de vandalismo que tomaram conta da Praça dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.
Ricardo Capelli foi designado pelo presidente da República para comandar a intervenção.
Além do trabalho de recuperação das áreas destruídas, as autoridades vão concentrar esforços na busca aos responsáveis pelos atos terroristas.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizaram atos de selvageria invadindo sedes do governo, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o Congresso Nacional. Destruíram espaços físicos, mobiliário e obras de arte icônicas da cultura nacional.
Fora de Brasília, manifestantes extremistas bloquearam rodovias em Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Também mobilizaram grupos para promover interdições em refinarias, com o intuito de interromper o fornecimento de combustíveis no país. Até a madrugada desta segunda-feira (9) os radicais anunciavam, em redes sociais, manifestações diante das refinarias de Duque de Caxias-RJ, Paulínia, no interior de São Paulo, e da Revap, no Vale do Paraíba, também em São Paulo; da Repar, no Paraná; e da Refap, no Rio Grande do Sul.
BERNADETE DRUZIAN/FOLHAPRESS
PT Bahia convoca militância para ato contra as invasões terroristas e em defesa da democracia
O Partido dos Trabalhadores da Bahia convoca a militância para ato contra as invasões terroristas no Palácio do Planalto, Congresso e STF. O ato, que faz parte de uma mobilização nacional em defesa da democracia, será realizado em Salvador nesta segunda-feira, 09, com saída às 18 horas do Campo Grande até a Praça Alves. A concentração está programada para as 16 horas.
“Teremos atos no Brasil inteiro e aqui na Bahia não será diferente. Nós do PT Bahia em diálogo com os partidos de esquerda, com as frentes populares e movimentos sociais estamos mobilizando nossa militância e o campo democrático para um grande ato no Campo Grande”, afirmou o presidente do PT Bahia, Éden Valadares.
Repúdio – O Partido repudia os atos de vandalismo de terroristas que invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes neste domingo, 08, e reafirma sua irrestrita defesa da democracia, o respeito às instituições democráticas e ao resultado das eleições que elegeu democraticamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que vem sendo contestando por meio de atos violentos por golpistas bolsonaristas.
Após a prisão em flagrante de mais de 400 pessoas que participaram das ações golpistas, o dirigente estadual do PT afirmou que espera que todos os envolvidos respondam perante a lei. “Inclusive os responsáveis pelo financiamento das ações antidemocráticas, que todos sejam identificados, julgados e punidos com o rigor da Lei. Todos aqueles que foram coniventes e permitiram os atos de vandalismo nas instituições públicas também devem responder perante a lei”, destacou Éden.
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