Novo comandante do Exército, Tomás Paiva, é visto com maior traquejo político
O novo comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva |
Atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), ele chegou em 2019 ao posto de general de Exército, o mais alto da carreira, passando a integrar o Alto Comando da Força.
Tomás Paiva está na linha sucessória natural, sendo o mais antigo detentor de quatro estrelas do Alto-Comando, ao lado de Valério Strumpf.
Em 2022, quando havia tentativas de contato com o Exército por parte de petistas, que então lideravam a corrida presidencial com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o nome de Tómaz era citado nos bastidores como uma das possíveis pontes.
Nesta semana, Tomás havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário. Tudo isso em meio ao impacto dos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Tomás, como é chamado, já havia sido cotado para o cargo, mas alguns petistas temiam que sua grande capacidade de articulação o tornasse numa força independente, assim como Eduardo Villas Bôas foi quando escolhido por Dilma Rousseff (PT) no fim de 2014 —o ex-comandante foi o artífice da volta dos fardados à política.
Tomás foi chefe de gabinete de Villas Bôas.
Neste sábado (21), Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, do posto de comandante do Exército em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.
Em discurso na quarta-feira (18) durante uma cerimônia no QGI (Quartel-General Integrado), em São Paulo, o novo comandante do Exército disse que o resultado das urnas deve ser respeitado, independentemente do presidente exercendo o mandato.
Sem citar o nome de Lula, o comandante afirmou que “não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”. Disse também que ainda que houvesse um “turbilhão, terremotos, tsunamis”, continuarão coesos, respeitosos e garantindo a democracia.
Em outro trecho, afirmou: “Quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É isso que se faz. Essa é a convicção que a gente tem que ter. Mesmo que a gente não goste”, afirmou. “Nem sempre a gente gosta. Nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel de quem é instituição de Estado. Instituição que respeita os valores da pátria, como de Estado”.
Entre outras atuações no Exército, Tomás foi também subcomandante da Minustah (Missão de Estabilização da ONU, no Haiti).
Cézar Feitoza/Ranier Bragon/Folhapress
Lula demite comandante do Exército após crise de confiança
O comandante do Exército, Júlio Cesar de Arruda |
O novo chefe da Força é o atual comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. Nesta semana, ele havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário.
Tomás, como é chamado, já havia sido cotado para o cargo, mas alguns petistas temiam que sua grande capacidade de articulação o tornassem numa força independente, assim como Eduardo Villas Bôas foi quando escolhido por Dilma Rousseff (PT) no fim de 2014 —o ex-comandante foi o artífice da volta dos fardados à política.
Além disso, o general está na linha sucessória natural, sendo o mais antigo detentor de quatro estrelas do Alto-Comando, ao lado de Valério Strumpf.
Arruda tinha sido nomeado para o comando da Força em 28 de dezembro, antes da posse de Lula como presidente. Ele havia sido escolhido por critério de antiguidade pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.
A demissão tem potencial para agravar as tensões entre Lula e o comando das Forças Armadas. Os governistas afirmam, no entanto, que a saída de Arruda é necessária para que Lula exercesse sua autoridade como presidente.
Depois dos ataques à praça dos Três Poderes, Lula manifestou publicamente sua desconfiança em relação às Forças Armadas, em críticas direcionadas especificamente ao Exército.
No dia 12, ele afirmou que “muita gente das Forças Armadas” dentro do Palácio do Planalto foi conivente com a invasão. “Estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não vi a porta de entrada quebrada”, disse. As declarações de Lula provocaram reações negativas dentro da Força.
O Alto-Comando do Exército, formado pelos generais do topo de carreira, se reuniu neste sábado para discutir a demissão.
Lula cumpre agenda neste sábado em Roraima para anunciar ações contra uma crise de saúde em terras yanomamis. Ele deve retornar a Brasília no fim do dia.
Na sexta-feira (20), o presidente se reuniu com Arruda e os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno. O encontro foi articulado por Múcio como uma maneira de reduzir as tensões deste início de governo.
A reunião, no entanto, não foi suficiente para “virar a página” na relação, como pretendia o ministro da Defesa. A conversa se concentrou em projetos estratégicos e planos de investimentos das Forças Armadas. Dirigentes da Federação das Indústrias do Estado do de São Paulo foram chamados por Lula para participar do encontro.
Nos dias que antecederam a reunião, Lula disse a auxiliares que esperava uma providência enérgica contra os militares que teriam sido coniventes com o ataque à praça dos Três Poderes, no dia 8. A sinalização incluiria uma punição aplicada a esses indivíduos pelas próprias Forças Armadas.
Um dos focos mais vivos de tensão era a chefia do Batalhão da Guarda Presidencial, responsável pela segurança do Palácio do Planalto. Lula exigiu a troca do comandante da tropa, mas o Exército defendeu afastá-lo só depois de uma investigação que pudesse comprovar que ele teria facilitado a invasão do prédio.
O governo também exige uma mudança clara de posição dos militares diante de eventuais ameaças de protestos em frente aos quartéis. Neste ponto, há sinais de convergência: a determinação dos militares é impedir novas ocupações.
Aliados de Lula que fazem uma ponte com os militares afirmam que o novo governo conseguiu melhorar as relações com a Marinha e a Aeronáutica. O Exército, por outro lado, era visto como um problema —o que ficou marcado com a demissão de Arruda.
Bruno Boghossian/Igor Gielow/Folhapress
Justiça amplia a R$ 18,5 mi bloqueio de bens de suspeitos de atos golpistas no DF
Estragos dos ataques golpistas aos prédios dos três Poderes |
A decisão assinada na sexta-feira (20) atende a pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e considera novos cálculos sobre os danos causados pelos bolsonaristas em prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A Justiça havia bloqueado R$ 6,5 milhões, no último dia 12, em bens e direitos de pessoas, entidades e empresas que teriam envolvimento com os ataques golpistas. A medida é uma forma de tentar garantir recursos para reformar os prédios do Congresso, Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).
A primeira decisão era baseada em estimativa de prejuízo aos prédios da Câmara e do Senado.
O cálculo sobre o dano total ainda está sendo afinado, mas a AGU citou agora que a Câmara aponta um valor de R$ 1,1 milhão em estragos, ainda sem considerar o custo para restaurar obras de arte.
No Planalto, são estimados danos de R$ 7,9 milhões.
Já no STF, a ação dos bolsonaristas causou prejuízo de ao menos R$ 5,92 milhões. Ao pedir a ampliação do bloqueio, a AGU afirmou que a estimativa de dano aos prédios públicos está subdimensionada.
Na decisão de sexta-feira (20), o juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro afirmou que os bloqueios tem como objetivo “assegurar o ressarcimento dos milionários danos patrimoniais causados ao erário público”.
Alguns dos réus que tiveram bens bloqueados teriam financiado o transporte de bolsonaristas a Brasília.
“Os réus tiveram papel decisivo no desenrolar fático ocorrido no último dia 8 de janeiro de 2023 e, portanto, devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados desses atos”, afirmou a AGU no primeiro pedido feito à Justiça para bloqueio dos bens.
“A gravidade dos fatos praticados e nos quais os réus se envolveram, que, mais que lesar o patrimônio público federal, implicaram ameaça real ao regime democrático brasileiro, impõe uma resposta célere e efetiva”, acrescentou.
Mateus Vargas/Folhapress
Lula testa limites em relação inédita com BC autônomo
O incômodo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros com o patamar elevado dos juros no Brasil tem levado a nova administração a elevar a pressão sobre o Banco Central. Os limites da relação são testados no inédito cenário de uma autoridade monetária comandada por nomes não indicados pelo novo governo, e com autonomia para suas funções.
Do outro lado, o BC tem alertado para problemas que a expansão de gastos pode gerar sobre a inflação, especialmente diante das maiores despesas em 2023 e da elevada incerteza sobre a regra que substituirá o teto de gastos –a qual será proposta até abril, de acordo com a previsão do governo.
A troca de recados entre Lula, os integrantes do primeiro escalão e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ganhou temperatura na última semana e explicitou as divergências.
O presidente veio a público nos últimos dias criticar a atuação da autoridade monetária, dizer que a autonomia da autarquia é uma bobagem e classificar a atual meta de inflação como exagerada.
“É uma bobagem achar que o presidente de um BC independente vai fazer mais do que fez o BC quando o presidente [da República] era quem indicava”, afirmou. “Por que, com o BC independente, a inflação está do jeito que está e o juro está do jeito que está?”.
A tensão ocorre porque esta é a primeira vez que a autonomia do BC é testada em face de um governo que não indicou os diretores. Até 2024, Lula terá de conviver com o titular da autarquia indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Campos Neto, que está no comando do BC desde 2019, se comprometeu a ficar no cargo até o fim do mandato e antecipou que não tem interesse em um segundo.
Em vigor desde fevereiro de 2021, no governo Bolsonaro, a lei de autonomia determina mandatos fixos de quatro anos ao presidente e aos diretores do BC, que podem ser renovados apenas uma vez e não são coincidentes com o do presidente da República. A medida busca reduzir a ingerência política sobre a instituição.
“Vamos vivenciar pela primeira vez um ano em que teremos um novo governo junto com um presidente de BC indicado pelo anterior. Então, teremos um período de adaptação no qual qualquer movimentação pode querer ser sinalizada como algum tipo de recado ou divergência”, diz Carla Beni, professora de MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas).
As declarações recentes do petista representaram uma escalada no tom contra o BC, geraram estresse ao pressionar os juros negociados pelo mercado e obrigaram o próprio governo a vir a público ajustar o discurso. Coube ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) dizer que o presidente não vai agir contra a autonomia da autoridade monetária.
A postura de Lula, no entanto, não é isolada no governo, e o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem feito pressão sobre a autarquia com queixas ao patamar dos juros. Para ele, o país vive uma “situação anômala”, com “uma inflação comparativamente baixa e uma taxa de juro real fora de propósito para uma economia que já vem se desacelerando”.
Em entrevista a jornalistas no último dia 12, acrescentou que esse é um “jogo” que o governo está “aprendendo a fazer”. “Antigamente não existia independência do BC, agora existe, precisamos entender”, afirmou Haddad após apresentar um pacote de medidas para melhorar as contas públicas, que classificou como uma “carta para o BC”.
“Vamos [Ministério da Fazenda e BC] trocando cartas até o dia em que a gente celebra um entendimento maior”, disse. O comentário foi feito poucos dias após o BC enviar uma carta a Haddad justificando o estouro da meta de inflação e dizendo que acompanha com especial atenção a política do governo para a área fiscal.
Apesar do tom, o titular da pasta destacou que respeita a independência da autarquia. “Eu não tenho de estar satisfeito ou insatisfeito com o BC, tenho de respeitar a institucionalidade, respeitar a independência que foi aprovada e buscar os caminhos para harmonizar as políticas”, afirmou.
Para Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper e colunista da Folha de S.Paulo, Haddad está “ultrapassando o limite de suas prerrogativas e, repetidas vezes, buscando, por meio de falas públicas, intimidar o Banco Central de forma a induzir decisões relativas à política monetária”.
Ele destaca que “cabe ao ministro da Fazenda cuidar das questões fiscais sem criar ruídos ou conflitos políticos com o BC”, que, na visão dele, está atuando dentro de suas competências. “Não vejo o presidente ou os diretores do BC se pronunciando fora dos documentos oficiais sobre política fiscal ou qualquer outra coisa fora de sua alçada”.
Já Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, vê uma convergência de interesses depois de Haddad ter declarado que as políticas fiscal e monetária precisam atuar em harmonia. “Tem muitas coisas em aberto, mas não me parece que tenha um curto-circuito”, diz.
O presidente do conselho da Jive Investments ressalta que o ministro iniciou sua gestão em uma situação de fragilidade diante das declarações de Lula sobre a existência de um conflito entre responsabilidade fiscal e social, recebidas de forma negativa pelo mercado.
“Haddad tem de falar e fazer coisas que tragam sensação de estabilidade à frente. Ele está fazendo corretamente, é melhor falar mais do que falar menos, mas não adianta falar para um lado e fazer para outro”, afirma.
Ex-diretor do BC, Tony Volpon pondera que o ideal seria o ministro da Fazenda não entrar em discussões sobre nível de juros, citando os Estados Unidos como exemplo. No entanto, reconhece que, no caso brasileiro, há um trabalho de adaptação por parte “de um governo de esquerda à ideia de ter um Banco Central independente”.
Para o economista, a tensão entre governo e BC pode se acirrar nos próximos meses se houver frustração com relação ao nível de atividade econômica. Se o cenário de desaceleração esperado pelo mercado se confirmar, ele projeta como alternativa “boa” o governo rever suas perspectivas e trabalhar para dar ao BC condições de reduzir os juros de forma responsável.
Já a alternativa “ruim”, na opinião dele, seria o governo culpabilizar a autoridade monetária, falar em mudar a meta de inflação e “querer mexer na política monetária em função de uma frustração com o crescimento econômico e o resultado da sua política fiscal”.
“Acredito que isso foi grande parte do desastre do governo Dilma [Rousseff] na área econômica. A Dilma se frustrou com o crescimento em 2011 e começou a mexer em um monte de coisas, inclusive fez uma interferência velada no Banco Central em 2012. A partir daí teve toda a sequência de eventos que levou à recessão de 2014 a 2016”, afirma.
Apesar da conjectura, ele não vê isso como uma “briga contratada”. “Por enquanto dá para ficar nesse jogo mais amigável”, acrescenta.
Na quinta-feira (19), Campos Neto relativizou as críticas feitas por Lula à autonomia formal do BC, argumentando que informações são retiradas de contexto em algumas entrevistas e colocando as declarações do presidente em perspectiva.
“Acho que ele [Lula] quis dizer ‘eu não acho que precisamos ter a independência na lei, pode ter a independência sem a lei e fazer as coisas funcionarem’”, disse o presidente do BC em evento na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
“Mas quando você pensa no que está acontecendo no Brasil e quão difícil foi o processo da eleição no Brasil, acho que o mercado estaria bem mais volátil se o BC não tivesse a autonomia na lei. Seria outro elemento de incerteza”.
Nathalia Garcia/Folhapress
Baterias antiaéreas no centro de Moscou assustam moradores
Bateria antiaérea Pantsir-S1 usada para proteger o estádio de São Petersburgo na Copa de 2018 |
Tudo começou com a circulação de uma fotografia de uma bateria de curto alcance Pantsir-S1 em cima do enorme prédio do Ministério da Defesa, que fica a 3,5 km a sudoeste do Kremlin, na margem oposta do rio Moscou ao famoso parque Górki.
Depois, um vídeo captou outro Pantsir sendo içado para o topo de um prédio do Ministério da Educação a cerca de 5 km a leste, no distrito de Taganski. A partir daí, pululam imagens do sistema de armas em outros pontos em torno de Moscou, como a cerca de 10 km da residência oficial de Putin, em Novo-Ogariovo.
“Dá medo, isso me lembra as histórias da minha avó na Segunda Guerra Mundial, quando havia baterias nos telhados”, disse por WhatsApp o jornalista Mikhail, que pediu para não ter o sobrenome divulgado. Ele mora perto de Taganski, e sua formação militar o faz especular que a posição daquela bateria em especial visa cobrir a aproximação a leste do Kremlin.
De fato, olhando o raio de alcance das duas baterias, a sede do governo russo fica na intersecção das áreas de coberturas dos Pantsir.
“Ninguém fala nada, isso é mau sinal, ainda mais depois do que aconteceu em Engels”, continuou, em referência aos ataques com drones de longa distância de origem soviética que Kiev promoveu contra a base aérea homônima, a 800 km da fronteira ucraniana. Houve também um ataque a meros 180 km de Moscou, que por sua vez fica a 450 km do país vizinho, dentro do raio de alcance das antigas armas ucranianas (1.000 km).
Na sexta (20), o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, foi instado por repórteres a explicar o que estava acontecendo. Não o fez, dizendo que assuntos de defesa deveriam ser discutidos com o ministério, que por sua vez não fez comentários.
Os Pantsir-S1 são sistemas de curto alcance e baixo altitude, a última das três camadas do sistema de defesa antiaérea russo: na longa distância estão o S-300, o S-400 e o novo S-500, enquanto na intermediária são empregadas baterias como a Tor-M1 e a Buk, entre outros modelos.
Moscou já era protegida por sistemas de longa distância, segundo analistas militares, mas a introdução dessas baterias, que protegeram estádios na Copa-2018, sugere a preocupação justamente com drones, menores e de mais difícil interceptação. O Pantsir-S1 teve um desempenho sofrível contra drones suicidas na guerra civil da Síria, mas desde então foram atualizados com novos radares e parecem ter sucesso na Ucrânia, onde estão sendo operados.
Eles atacam seus alvos com mísseis que têm alcance de 18 km de distância e 15 km, de altitude. Caso um drone ou míssil de cruzeiro escape, ele ainda conta com dois canhões de curtíssimo alcance para tentar abatê-los.
Alguns observadores pró-Kremlin parecem conformados com o sinal de insucesso militar que as baterias implicam. “Isso significa que [o governo] entende perfeitamente os riscos e entende que ataques contra Moscou e outras regiões são uma questão de tempo”, escreveu o jornalista especializado em assuntos militares Alexander Kots, alinhado a Putin. “É bom começar a planejar antes do que depois de um primeiro ataque”.
Seu colega de profissão Mikhail vê de outra forma a questão. “Se a guerra chegar a Moscou, será um enorme fracasso para Putin, ficará difícil de esconder o problema”, afirma. No fim de outubro, haviam pouquíssimas referências ao conflito iniciado em fevereiro passado pelas ruas da cidade, uma política deliberada do Kremlin.
Igor Gielow/Folhapress
PF prende homem que ameaçou Lula em redes sociais
A Polícia Federal de Roraima prendeu um homem em flagrante na noite de sexta-feira (20), em Boa Vista, suspeito de incentivar a violência contra o presidente da República. O homem teria comentado em uma publicação sobre a visita de Lula ao estado de Roraima, neste sábado (21), que ‘seria a hora de colocar a bala na cabeça dele’.
Segundo nota divulgada pela PF-RR o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional onde ficará à disposição da Justiça.
O presidente Lula (PT) divulgou, na tarde de sexta-feira (20) em suas redes sociais, que viaja a Roraima (no sábado) para oferecer o suporte do governo federal e dos ministros, para pela garantia da vida de crianças Yanomami. No post, o presidente diz que recebeu informações sobre “a absurda situação de desnutrição das crianças Yanomami em Roraima”.
Bernadete Druzian/Folhapress
Governo do Estado prevê entrega de mais 104 mercados municipais requalificados ou construídos
Mercado muncipal |
Os mercados municipais, centros comerciais e feiras livres são importantes pontos de comercialização da produção rural. Lá, estão reunidos comerciantes e produtores das sedes dos municípios, comunidades rurais e povoados.
Nos últimos anos, a CAR celebrou convênios com associações, cooperativas, consórcios e prefeituras como forma de incentivo e fomento à agricultura familiar, gerando renda em diversos municípios do interior da Bahia.
Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, os mercados municipais são, de fato, locais onde a agricultura familiar e a população da cidade se encontram. “É um momento em que a agricultura familiar consegue comercializar seus produtos, mas também onde os consumidores adquirem o produto sabendo sua origem. Entendendo que essa é uma ação estruturante, o Governo da Bahia, por meio da CAR, vem requalificando os mercados, onde estamos oportunizando a esses públicos um espaço de identidade, com condições sanitárias. É o shopping aberto dos pequenos municípios”.
Em Poções, por exemplo, o Centro Comercial Monsenhor Honorato, entregue em outubro de 2022, é motivo de orgulho para as 40 famílias de feirantes que vendem alimentos, roupas, utensílios de casa, eletrônicos, entre outros. O espaço atende à população do município estimada em 46.900 habitantes.
Os próximos municípios que irão contar com mercados novos ou requalificados são Amargosa, Andorinha, Camacã, Caldeirão Grande, Cristópolis, Guarantinga, Rafael Jambeiro, Gandu, Retirolândia e Várzea da Roça, entre outros.
Fila para tirar visto americano em São Paulo cresce e supera 500 dias
Passaporte |
Os números representam uma pequena variação, para cima, em relação ao que era observado no final de dezembro, quando brasileiros em São Paulo precisavam esperar 491 dias para emitir os papéis pela primeira vez e um mês para renová-los.
É possível consultar o tempo de espera para vários tipos de visto, nos diferentes consulados dos EUA no país, no site do Departamento de Estado. Os de turismo são os B1/B2.
O escritório em São Paulo é o que tem as filas mais longas no Brasil atualmente. Em Brasília, os que querem tirar visto pela primeira vez devem esperar 434 dias e os que precisam de renovação, 20 dias. No Rio de Janeiro, são 429 e 20 dias, respectivamente; no Recife, 361 e 3. O consulado em Porto Alegre tem o menor tempo de espera para a primeira emissão: 301 dias; para renovação, 22.
Esse tempo de agendamento começou a aumentar de forma mais acentuada como efeito direto da Covid-19, que impactou o funcionamento das missões diplomáticas. No período de restrições mais severas, os EUA deixaram de emitir autorizações de entrada não emergenciais para estrangeiros.
“Desde a retomada pós-pandemia do processamento regular de vistos, a embaixada e os consulados no Brasil têm trabalhado ativamente para contratar e treinar funcionários adicionais”, afirmou o Departamento de Estado, em nota.
O órgão aumentou o número de horas e dias de atendimentos para dar conta da demanda represada, além de ter ampliado o prazo de renovação para 48 meses. Nesses casos, o solicitante que tem um visto vencido há menos de quatro anos não precisa fazer uma nova entrevista.
Por isso o prazo para a renovação é mais rápido, com o agendamento marcado para a entrega dos documentos no Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv). A devolução do passaporte com o documento após o trâmite, porém, pode levar algumas semanas —então, é preciso se programar antes de marcar a viagem.
“Como resultado, em novembro de 2022, a embaixada e os consulados dos EUA emitiram em todo o país 66% mais vistos de turistas e negócios do que no mesmo período pré-pandemia. A embaixada e os consulados no Brasil estão em segundo lugar entre os países que mais receberam solicitações de visto no mundo em 2022”.
Apesar do longo tempo de espera, a entidade diz que esses números são dinâmicos e que muitos turistas conseguem adiantar a data das entrevistas, sem custo adicional, devido a cancelamentos de outros solicitantes e a abertura de novos horários de atendimento.
Além disso, é possível pedir a antecipação da entrevista em casos emergenciais, como morte de parentes imediatos e tratamentos médicos. Para fazer esse tipo de solicitação é preciso agendar para a data mais próxima disponível, clicar em “Continuar” e, em seguida, em “Request Expedite”.
A partir do momento em que as taxas são pagas, o cidadão tem até 365 dias para agendar uma entrevista —que não precisa ocorrer nesse prazo de um ano. Uma vez agendada, o pagamento permanecerá válido até a data da entrevista.
Daniela Arcanjo/Folhapress
Deputado Alan Sanches é agredido durante assalto no bairro da Barra
O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) e o filho Léo Sanches |
“Pensei bastante, antes de compartilhar com vocês o que passo a relatar. Hoje, às 17:30 estava fazendo uma caminhada com meu filho Léo na Barra e, quando estávamos na Avenida Oceânica, em frente a hamburgueria Red Burguer, fomos assaltados. Foi um bando de seis marginais”, escreveu Alan Sanches na sua conta do Instagram.
O deputado ainda relatou nas redes sociais como tudo ocorreu. “O 1º veio por trás de mim e eu senti uma pressão na correntinha que uso e logo em seguida a mão no bolso do short onde estava o celular. Primeiro imaginei que era alguém conhecido, mas percebi que era assalto; o 2º veio pela minha frente e esse eu consegui agarrar e segurei pela camisa preta UV que ele usava. Ele tentou fugir e lasquei a camisa dele toda na fuga. O terceiro e quarto vieram por cima de mim e por trás, quando Léo acertou com soco em um e no outro. O 5º e o 6º vieram para nos assustar e querendo trocar socos pela nossa reação”.
“Não sou nenhum especialista em segurança, mas num momento que a Barra está cheia de pessoas de férias, cheia de turistas, acho que para darmos uma inibida nesse tipo de ação poderíamos ter um planejamento melhor para esse momento. Resolvi relatar para realmente chamar atenção das pessoas que fazem suas caminhadas na Barra, para termos o máximo de cuidado e pedir uma atenção maior do policiamento na região. Região essa tão bonita, cartão postal da nossa cidade e visitada por tanta gente… Mas enfim, vão os anéis e ficam os dedos. Fica o alerta!”, finalizou o deputado.
Oponentes do aborto pedem proibição mais rígida em 1a marcha em Washington
WASHINGTON (Reuters) – Milhares de opositores ao aborto se reuniram em Washington nesta sexta-feira para a 50ª “Marcha pela Vida” anual, em um novo capítulo para o movimento que se organizou por décadas em torno da derrubada da decisão conhecida como Roe vs. Wade, que reconheceu o direito das mulheres ao aborto nos Estados Unidos.
Com essa decisão derrubada, os ativistas da Marcha pela Vida comemoraram a vitória de seu movimento, pressionando por limites mais rígidos ao aborto em nível estadual e nacional, e rezando para mudar os “corações e mentes” dos norte-americanos que apóiam o direito ao aborto.
“Ainda não terminamos”, disse a presidente da Marcha pela Vida, Jeanne Mancini, à multidão, que parecia menor do que no ano anterior, mas ainda se espalhava pelo National Mall de Washington.
“Vamos marchar até que o aborto seja impensável”, disse ela.
Desde a decisão em 24 de junho de 2022, 12 Estados impuseram a proibição total do aborto com exceções limitadas e o aborto não está disponível em dois estados adicionais, de acordo com o Guttmacher Institute, uma organização de pesquisa e defesa de direitos reprodutivos.
Os participantes da manifestação disseram que queriam ver o aborto proibido em todos os Estados, em todas as fases da gravidez. Alguns seguravam cartazes que diziam: “Exijo proteção na concepção” e “aborto é genocídio”.
“Acredito que, assim como não gostaríamos de matar ninguém aqui, não gostaríamos de ver nenhuma dessas vidas feridas ou perdidas”, disse o pastor Rob McNutt.
“A vida começa na concepção”, disse Kathleen Stahl, uma enfermeira de 60 anos de Washington, DC, que trabalha com saúde maternal e infantil.
Stahl e outros disseram que, além da proibição do aborto, querem ver mais legislação destinada a obter recursos para mulheres que lutam com gravidez inesperada.
“Precisamos dar cuidados de saúde para nossas mães e muitas de nossas jovens mães precisam de mais apoio”, disse Stahl.
Ativistas recitaram a Oração do Senhor e cantaram “Nós amamos bebês!” enquanto marchavam. Em um aceno para a vitória na Suprema Corte, eles não foram diretamente para o prédio do tribunal superior, mas passaram em frente ao Capitólio dos EUA, onde esperam ver promulgada lei federal contra o procedimento.
O evento ocorreu dois dias antes do que teria sido o 50º aniversário da decisão Roe vs. Wade.
(Reportagem de Gabriella Borter)
MP cria força-tarefa para investigar causas e consequências das inundações em Jequié, Ipiaú e região
Rua da cidade de Jequié, no interior da Bahia, após fortes chuvas em dezembro de 2022 |
A força-tarefa contará com a atuação de oito promotores de Justiça e tem o objetivo de apurar eventuais responsabilidades pelas inundações e a extensão dos danos causados à coletividade e às pessoas atingidas.
Integram a força-tarefa os promotores de Justiça Fábio Nunes Guimarães, titular da Promotoria de Justiça Regional Especializada em Meio Ambiente de Jequié; Lissa Aguiar Andrade, Fernanda Lima Cunha e Rafaella Silva Carvalho, que atuam em Ipiaú; Juliana Rocha Sampaio, Lucas Ramos de Vasconcelos, Carlos Alberto Ramacciotti e Otávio de Castro Alla, que atuam em Jequié.
DRFR apreende mais de mil porções de drogas na RMS
Investigadores da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) apreenderam mais de mil porções de drogas na última quinta-feira (19), na região do Jambeiro, em Lauro de Freitas. Os entorpecentes foram localizados durante a apuração de um crime de furto.
As equipes da DRFR estavam na Av. Progresso para localizar o endereço da suspeita de cometer o crime, quando notaram a fuga de três indivíduos armados. Ao escapar da abordagem, entretanto, o trio deixou duas mochilas repletas de drogas: 700 pinos e 26 papelotes de cocaína, 555 trouxas e um pedaço de maconha e 30 pedras de crack. Os entorpecentes já estavam prontos para comercialização. No local, também havia uma pedra pequena de pasta-base de cocaína.
Todo o material, assim como um caderno de anotações, aparelhos celulares e R$ 42 em dinheiro, foi apresentado na DRFR. As investigações continuam, a fim de localizar os responsáveis pelas drogas.
Fonte: Ascom PC
Provas para PM e CBM serão realizadas neste domingo
Portões dos locais de prova serão abertos às 8h e fechados às 9h. |
Os candidatos receberam um cartão informativo, no e-mail cadastrado no ato de sua inscrição, contendo a data, horário e local onde farão as provas. Só será permitida a realização das provas na respectiva data, horário e local constantes no Cartão Informativo e no site da Fundação Carlos Chagas (http://www.concursosfcc.com.br).
Caso o candidato não receba o cartão informativo, até o terceiro dia antes da aplicação das provas, ou tenha algum tipo de dúvida, deverá entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Candidato da Fundação Carlos Chagas pelo telefone (11) 3723-4388. O SAC da FCC funciona de segunda a sexta-feira, das 10 às 16 horas (horário de Brasília). Outra opção é consultar o site da instituição (www.concursosfcc.com.br).
As regras do concurso, assim como demais informações, também podem ser consultadas no Portal do RH Bahia (www.rhbahia.ba.gov.br), na aba Concursos, onde estão publicados o Edital SAEB/05/2022 e outros comunicados oficiais.
As provas serão realizadas em Salvador e nos municípios de Alagoinhas, Barreiras, Feira de Santana, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Serrinha e Vitória da Conquista. Os portões dos locais de prova serão abertos às 8h e fechados às 9h.
O candidato deverá comparecer ao local designado portando de caneta esferográfica de material transparente (tinta preta ou azul), além de documento de identidade original como cédula de RG, Carteira Nacional de Habilitação ou Carteira de Trabalho.
Não será exigido comprovante de vacinação para os candidatos adentrarem aos locais de prova. Já o uso de máscara será obrigatório para pessoas com sintomas gripais, indivíduos com confirmação de Covid-19, imunossuprimidos, idosos, ou para aqueles que tiveram contato com pessoas que testaram positivo para Coronavírus, conforme determina o Decreto Estadual 21.795, de 22 de dezembro de 2022.
A duração total das provas será de quatro horas e meia, sendo que os candidatos deverão permanecer na sala de realização por no mínimo três horas. É recomendável que os candidatos compareçam aos locais de prova pelo menos uma hora antes do horário indicado no edital de convocação.
Fonte: Ascom/GOVBA
Traficante é preso com mais de 10 Kg de droga
Um homem foi alcançado transportando mais de 10 tabletes de maconha dentro de um carro na Vila Amorim, em Barreiras, na tarde desta quinta-feira (19). As equipes da Rondesp Oeste localizaram o veículo durante um patrulhamento na região próxima ao Hospital Geral do Oeste.
De acordo com o comandante da unidade, major Ricardo Diz Pazos, o homem se surpreendeu com a aproximação de uma viatura e começou a se afastar rapidamente da guarnição. “Após breve acompanhamento, o motorista foi parado pelo difícil tráfego na área, demos voz de abordagem e o homem admitiu que tentou fugir porque estava com medo de ser preso”, afirmou o oficial.
As equipes fizeram busca no carro do suspeito e encontraram, no banco de trás, um saco de lixo contendo mais de 11 quilos de maconha. Ele e os materiais foram apresentados na 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e aguarda audiência de custódia. O capturado já havia sido preso duas vezes pelo mesmo crime.
Fonte: Ascom/ Ian Peterson
Ministro da Defesa rejeita elo de Forças Armadas com atos golpistas
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro |
Ele deu a declaração após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os comandantes das Forças Armadas.
“Não foi discutida [punição de militares], porque isso está com a Justiça. Estamos atrás, aguardando as comprovações para que providências sejam e serão tomadas”.
Múcio afirmou que entende não ter havido envolvimento direto das Forças Armadas nos atos golpistas de 8 de janeiro, que terminaram com a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
“Eu entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas. Agora, se algum elemento individualmente teve a sua participação, ele vai responder como cidadão”, afirmou o ministro a jornalistas, no Palácio do Planalto.
Um relatório em posse do Ministério da Justiça identificou ao menos oito militares da ativa lotados na Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) que compareceram no ano passado a atos no acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército.
Além disso, o documento mostra que alguns participaram de grupo de WhatsApp em que foram trocadas e compartilhadas mensagens antidemocráticas e ameaças a Lula.
O relatório foi produzido durante a transição de governo com base em conversas obtidas de grupos de WhatsApp. Os militares estavam alocados em especial no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência durante a gestão do general Augusto Heleno, um dos principais aliados de Bolsonaro.
Apesar de refutar um envolvimento direto das Forças Armadas no ato golpista, Múcio admitiu que a reunião foi antecipada para reduzir a tensão da relação entre Lula e as Forças Armadas.
“Não tenha a menor dúvida que foi por isso nós procuramos antecipar essa reunião”, disse.
Ele afirmou que a previsão é que o encontro ocorreria no final de janeiro ou começo de fevereiro, mas que pediu aos chefes militares para anteciparam a conclusão dos relatórios solicitados por Lula sobre a situação de cada corporação para apresentar ao mandatário.
Nesta sexta-feira, a reunião de Lula com os comandantes das Forças Armadas também teve a participação do presidente da Fiesp, Josué Alencar, e de outros empresários.
O ministro da Defesa afirmou que as questões envolvendo as manifestações golpistas de 8 de janeiro não foram discutidas no encontro. A pauta seria o fortalecimento da indústria de Defesa nacional. Múcio afirmou que os comandantes têm consciência que Lula em seus primeiros dois mandatos fortaleceu a Marinha, Exército e Aeronáutica, com projetos estratégicos, como o submarino nuclear e os novos caças.
“E ele [Lula] quis renovar essa confiança. Evidentemente, que não poderíamos ficar com essa agenda última [do ato golpista], a gente tem que pensar para frente, a gente tem que pacificar esse país. A gente tem que governar”, afirmou.
Múcio e as Forças Armadas viraram alvo de crítica de petistas, por causa da facilidade com que os manifestantes invadiram a Esplanada dos Ministérios e provocaram a destruição dos prédios públicos.
A situação do ministro da Defesa ficou delicada, porque ele evitou a tratar os acampamentos em frente aos quarteis como ações antidemocráticas. Múcio chegou a afirmar que o próprio Jair Bolsonaro era um democrata. O titular da pasta disse não se arrepender de suas falas.
“Não me arrependo [de ter classificado como democráticas], porque eu vim para negociar. Eu não podia negociar com você e a priori criar um pré-julgamento para você. Não me arrependo”, afirmou.
O ministro afirmou que os militares estão cientes de que vai precisar haver uma investigação sobre os eventos de 8 de janeiro e eventual punição, mas que será preciso cuidado na investigação.
“Os militares estão cientes e concordam que nós vamos tomar essas providências. Evidentemente que no calor da emoção a gente precisa ter ter cuidado para que esse julgamento, essas acusações, sejam justas para que as penas sejam justas. Mas tudo será providenciado em seu tempo”, afirmou.
Múcio ainda afirmou que queria “virar a página” em relação aos atos golpistas e disse que não há hipótese de que essas ações venham a se repetir. Afirmou que agora as Forças Armadas “irão se antecipar”.
Após o encontro com Lula, Múcio e os comandantes militares participaram de uma outra reunião para os preparativos de uma viagem de última hora do presidente a Roraima. Participaram desse encontro também os ministros Rui Costa (Casa Civil), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Nísia Trindade (Saúde), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Esther Dweck (Gestão).
Matheus Teixeira/Renato Machado/Victoria Azevedo/Folhapress
Juíza decreta prisão preventiva de Daniel Alves sem direito a fiança
Uma juíza de Barcelona determinou no fim da tarde espanhola desta sexta-feira (20) a prisão preventiva e sem possibilidade de fiança do jogador de futebol brasileiro Daniel Alves, 39. Ele é acusado de agressão sexual, o que nega.
A decisão ocorreu após depoimento de Alves na Cidade da Justiça de Barcelona, para onde o jogador foi levado após ser preso em uma delegacia pela manhã. A mulher de 23 anos que o acusa também falou à juíza nesta sexta. A prisão foi decretada por volta das 17h30 (horário local).
A suposta vítima, cujo nome não foi revelado, afirmou que estava com amigas na área VIP da boate Sutton Barcelona quando foi ao banheiro. Ali, o jogador teria colocado a mão por baixo de seu vestido.
De acordo com informações divulgadas por tabloides espanhóis, imagens de câmera interna mostram que o jogador chegou com um amigo ao local às 2h do dia 30 para o 31 de dezembro passado.
Um tempo depois, três jovens teriam se aproximado e passado a fazer parte da festa. De acordo os jornais, uma delas foi ao banheiro por volta das 4h30, seguida por Daniel. Ainda segundo as publicações, os dois ficaram no ambiente por menos de um minuto e voltaram ao grupo de amigos.
No relato apresentado pelos tabloides, Daniel Alves foi embora sozinho, dez minutos depois. Nesse momento, a mulher teria começado a chorar com as amigas. Alertados, os seguranças da boate teriam procurado o brasileiro, sem sucesso. Então, foi acionada a polícia.
O jogador foi preso às 10h desta sexta, ao comparecer à delegacia de Las Corts, onde funciona uma unidade contra crimes sexuais. Ele havia sido intimado para responder pela suposta agressão, a qual ele negou em entrevista no início do mês.
Minutos depois de ter chegado na delegacia, o astro do futebol foi levado à Cidade da Justiça em um carro de patrulha com vidros escuros, o que impediu cinegrafistas e fotógrafos à porta de registrar alguma imagem. Segundo a imprensa espanhola, detidos costumam ser transferidos de camburão, o que não foi o caso.
De acordo com a equipe do jogador, ele se apresentou voluntariamente na delegacia pela manhã. Alves tinha passagem marcada de volta para o México, onde joga atualmente, e esperava viajar ainda nesta sexta.
Em 5 de janeiro, o jogador participou do programa “Y Ahora Sonsoles”, da TV Antena 3, e afirmou que esteve na discoteca, mas negou ter tocado nela sem permissão.
“Gostaria de desmentir tudo, em primeiro lugar. Eu estive nesse local, com outras pessoas, estava me divertindo. Todo o mundo sabe que eu gosto de dançar. Mas sem invadir o espaço dos outros. Sempre respeitando o entorno. Não sei quem é essa senhorita, não a conheço”, afirmou ele.
Na ocasião, Alves havia estendido seu período de férias após a Copa do Mundo disputada no Qatar com a seleção brasileira, derrotada nas quartas de final.
Nesta semana, ele estava na Espanha após pedir licença ao Pumas, do México, devido à morte de sua sogra, mãe da modelo espanhola Joana Sanz. Os dois são casados desde 2017.
Foi em Barcelona, no time que leva o nome da cidade, que o baiano construiu boa parte de sua carreira e conquistou a maioria de seus títulos. Ele encerrou sua mais recente passagem pela equipe azul-grená na metade de 2022.
Ivan Finotti/Folhapress
Drogas e dezenas de munições são encontradas em SAJ
Setenta e seis munições de diferentes calibres, dezoito trouxas de maconha, uma porção de crack, carregadores de pistola, balanças e várias embalagens para acondicionar drogas foram apreendidas, na quarta-feira (18), por investigadores da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Santo Antônio de Jesus.
O endereço foi localizado a partir de investigações da equipe da unidade, com o objetivo desarticular a ação de traficantes naquela cidade do Recôncavo Baiano. Os responsáveis pelo imóvel estão sendo procurados.
O material apreendido foi apresentado na sede da Coorpin e encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será submetido à perícia.
Fonte: Ascom PC
Plantação com mais de 15 mil pés de maconha é erradicada
Na primeiras horas desta quinta-feira (19), guarnições da PM, empregadas na Operação Terra Limpa, erradicaram cerca de 15 mil pés de maconha na zona rural do município de Curaçá.
Equipes da 45ª CIPM atuaram na operação, que visa à localização e erradicação de entorpecentes no norte do estado. Após denúncia anônima, os policiais militares realizaram o mapeamento de toda a área, com a identificação de plantios de maconha nas proximidades de Pedra Branca, zona rural de Curaçá.
No local, foi encontrada uma roça com a grande quantidade de plantio ilegal. Nenhum suspeito foi localizado e os pés de maconha foram incinerados, com prévia coleta de amostras que foram encaminhadas às autoridades competentes.
Fonte: DCS PM
Intimado durante eleições, Lula exonera chefe da PRF na Bahia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou o superintendente Virgílio de Paula Tourinho do cargo de chefia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia. A mudança foi publicada nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União (DOU). No total, 18 superintendentes da PRF foram substituídos.
Vale lembrar que Tourinho foi, em 2022, alvo de intimação da Justiça Eleitoral durante o segundo turno das eleições, quando a PRF realizou operações no dia da votação. A medida foi tratada como estratégia para dificultar o voto, principalmente em cidades do Nordeste, tradicionalmente redutos eleitorais do PT.
Atriz consegue autorização para captar R$ 5 milhões com Lei Rouanet e é criticada na internet
Portaria é publicada no Diário Oficial da União e atriz ainda vai precisar correr atrás de captação de recursos iniciada. |
A notícia fez com que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro logo se manifestassem contra a classe artística. “A mamata voltou com tudo para sugar as tetas do Estado”, começou ironizando um internauta publicando um post da publicação do projeto da atriz. Outro seguidor ainda lembrou que Claudia Raia apoiou a indicação de Margareth Menezes para a ministra da Cultura: “Foi só ela elogiar a ministra da “curtura” que recebeu R$ 5 milhões e a bilheteria dos shows também vai ficar para a Claudia Raia. E ainda tem R$ 1O bilhões para distribuir aos artistas lacradores.”
Outro internauta debochou da atriz da Globo e incluiu outros profissionais da emissora. “A picanha dos Globais já está liberada via Lei Rouanet. Logo depois de ser autorizado mais de 10 bilhões para serem gastos com eventos, a atriz Claudia Raia comemora a bolada de R$ 5 milhões autorizado para o seu show. E quem paga a conta? O mais simples e humilde trabalhador!” O quarto internauta completou: “São120 milhões de pessoas passando fome e deram 5 milhões para Claudia Raia.”
Segundo consta no site do Ministério da Cultura, o projeto acabou sendo aprovado, mas ainda não teve a captação de recursos iniciada. Serão 48 apresentações, divididas em dois espetáculos. As salas escolhidas terão capacidade para cerca de 600 espectadores. Assim, cada entrada custará entre R$ 50, faixa limite para os bilhetes do Vale-Cultura, e R$ 300, sendo 10% dos ingressos distribuídos de forma gratuita. Como contrapartida social, Claudia Raia se comprometeu a executar uma atividade formativa de 40 horas sobre a prática de artes cênicas e o mercado profissional para atores.
Na última quarta-feira (18), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, anunciou a liberação de 1 bilhão de reais da pasta até 30 de janeiro. O montante é referente a recursos voltados a projetos da Lei Rouanet e que haviam sido bloqueados pelo governo Bolsonaro. O decreto permite que pessoas físicas e jurídicas direcionem parte de recursos que seriam destinados ao pagamento de Imposto de Renda para o setor cultural. Dessa forma, produtores e artistas artistas recebem patrocínio por meio da isenção fiscal do IR.
O F5 tentou contato com a assessoria de Claudia Raia, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Folha de S. Paulo
Fabricante de revólveres Taurus se reúne com autoridades de Defesa no governo Lula
Presidente da empresa teve rodada de conversas em Brasília com representantes da nova gestão, que é pró-desarmamento |
Seu presidente, Salesio Nuhs, esteve em Brasília na segunda semana da nova gestão para uma rodada de conversas com autoridades da área de Defesa.
No dia 10 de janeiro, ele reuniu-se com Vagner Belarmino de Oliveira, diretor do Departamento de Produtos de Defesa, setor responsável pela promoção de produtos brasileiros no mercado doméstico e sobretudo externo.
No dia seguinte, Nuhs encontrou o comandante do Exército, Julio Cesar de Arruda.
Após ter registrado crescimento nos últimos anos, a Taurus entrou em um período de incertezas após a eleição de Lula. As ações da empresa tiveram queda acentuada no dia da vitória do petista.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo
Inflação de 2022 seria 9% sem cortes de impostos, diz Campos Neto
Presidente do BC defendeu autonomia do órgão |
De acordo com Campos Neto, parte da desinflação observada no segundo semestre decorreu dos cortes de impostos sobre combustíveis e energia elétrica. “A inflação [oficial pelo IPCA] estaria em 9%, e não em 5,8%, se não fosse essa redução de impostos”, afirmou.
Em relação à taxa Selic (juros básicos da economia), que está em 13,75% ao ano, Campos Neto reconheceu que os juros estão altos, mas disse que um corte no curto prazo pouco ajudaria o país a atrair investimentos. “Entendemos que nossa taxa de juros está alta, mas não manejamos curva futura, só a meta da Selic. Não ajudaria em nada cortar o juro de curto prazo, porque os investimentos usam taxas de longo prazo”, explicou.
Autonomia
Em relação à autonomia do Banco Central, Campos Neto respondeu às críticas feitas ontem (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista a uma emissora de TV, Lula classificou de “bobagem” a autonomia do BC e perguntou por que a independência do órgão freou pouco a inflação.
Campos Neto afirmou que, em algumas entrevistas, informações são retiradas de contexto e disse que as declarações deveriam ser vistas sob um olhar mais amplo, da necessidade de a independência existir sob a lei. “Se você olha a entrevista, de um lado, ele se orgulha por [Henrique] Meirelles [ex-presidente do BC] ter tido independência. De outro lado, o que acho que ele quis dizer foi ‘eu não acho que precisamos ter a independência na lei, pode ter a independência sem a lei e fazer as coisas funcionarem’”, disse.
Mesmo assim, o presidente do BC, que tem mandato até o fim de 2024, defendeu a autonomia formal do órgão. “Quando você pensa no que está acontecendo no Brasil e quão difícil foi o processo da eleição no Brasil, acho que o mercado estaria bem mais volátil se o Banco Central não tivesse a autonomia na lei. Seria outro elemento de incerteza”, declarou.
Durante a tarde, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou a intenção do governo de mudar o status do BC. Em postagem nas redes sociais, escreveu que “o presidente [Lula] não vai mudar de postura agora, ainda mais com uma lei que estabelece regras nesse sentido”.
Atos terroristas
O presidente do BC condenou a invasão de prédios dos Três Poderes ocorridas no dia 8 e reconheceu que os atos antidemocráticos impactam a credibilidade do Brasil no exterior. Segundo ele, a imagem do país perante o mercado externo é essencial para atrair investimentos e manter o ritmo de crescimento da economia.
“O Brasil está passando por momentos difíceis ultimamente. Vimos o que aconteceu no dia 8. Nós condenamos fortemente, é inaceitável. Espero que sejamos capazes de investigar e punir as pessoas responsáveis por isso. Acho que é um dano para a credibilidade do país e precisamos de credibilidade agora para voltar a crescer em ritmo sustentável”, afirmou.
Pix
O presidente do BC também disse que o órgão abrirá o protocolo para a criação do Pix a bancos centrais que tenham interesse. Isso abriria a possibilidade de que o sistema de transferências instantâneas seja aplicado em outros países. Campos Neto disse ter tratado sobre o assunto com o Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Peru e Uruguai.
Edição: Fernando Fraga
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
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