Doações da Codevasf vão parar em imóvel particular e entidade de político, diz CGU
Elmar Nascimento |
A apuração aponta risco de desvios nas doações dos equipamentos a associações, que são feitas sem nenhum critério ou estudo técnico e sem acompanhamento da sua destinação.
A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) é a estatal entregue na gestão de Jair Bolsonaro (PL) ao centrão. Agora, a empresa é cobiçada pelo mesmo grupo durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de doar veículos a prefeituras, a estatal também beneficia entidades particulares com entregas que incluem kits de panificação e freezers, barcos de alumínio, furgões, caminhões basculantes, caminhões de lixo, tratores, implementos agrícolas, motoniveladoras e retroescavadeiras.
Para facilitar o escoamento dos valores, a Codevasf chegou a criar um catálogo de bens para políticos escolherem como agradar seus redutos e indicarem à estatal onde, quando e como gastar.
Para os auditores, esse tipo de prática sem fiscalização acarreta em risco de vantagens indevidas e desvios.
No ano passado, antes das eleições, a empresa chegou a fazer até R$ 100 mil por hora em doações, com distribuição de equipamentos entre aliados políticos do governo e de parlamentares.
Apuração divulgada na última semana verifica doações que somam quase R$ 100 milhões, feitas pela unidade da Bahia da Codevasf sediada em Bom Jesus da Lapa, área de influência do deputado federal Elmar Nascimento (União).
Uma das tarefas da auditoria envolveu o rastreamento do destino dos equipamentos, por amostragem. De nove veículos e máquinas doados verificados, em dois casos os equipamentos foram encontrados em propriedades particulares.
“O equipamento doado à Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Cubículo, com sede no município de Cocos, foi localizado em propriedade privada pertencente ao presidente da associação, que também é vereador do referido município”, diz a apuração.
Segundo os agentes, outras doações também foram achadas no local.
O nome do político não aparece na publicação. Porém o presidente da entidade em questão, conforme contrato de doação feito no ano passado, é Gregson Luz, vereador pelo partido União Brasil na cidade.
Ele é aliado de Elmar Nascimento, conforme mostra publicação em suas redes sociais.
“Elmar já tem uma história em nossa cidade, já votamos, já trabalhamos para Elmar Nascimento e já fomos agraciados por suas emendas parlamentares. Elmar Nascimento já beneficiou o nosso povo com tratores, implementos agrícolas, pá-mecânica, tubos”, disse o vereador durante evento com o deputado federal, como mostra publicação dele em agosto do ano passado.
Como o jornal Folha de S.Paulo revelou, a Codevasf fez a instalação de cisternas pela estatal em casas marcadas com adesivos de campanha de Elmar, na zona rural de Juazeiro (BA), no fim de setembro.
O deputado federal indicou o atual presidente nacional da Codevasf e o superintendente regional da estatal na Bahia.
A reportagem localizou mais de R$ 700 mil em doações à Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Cubículo em 2022, que incluem caminhão basculante de R$ 441 mil, tubos, kits de irrigação, entre outros.
Questionado pela reportagem, o vereador afirmou que o veículo não foi encontrado “exatamente” na propriedade dele. “É na propriedade de um dos associados e por ser um lugar seguro, com câmeras e caseiro 24 horas no local, uma vez que a região vinha sofrendo com pequenos furtos nas propriedades vizinhas”.
A reportagem pediu mais detalhes sobre o local, mas o vereador afirmou apenas que se trata do local “onde será construída a sede da associação” e que seria importante a reportagem ir ao local para obter mais esclarecimentos.
A CGU também afirmou que um representante da entidade ouvido teria dito “que o equipamento será individualmente cedido para seis comunidades da região, mediante cobrança de aluguel e taxas para uso”.
À Reportagem .Paulo Gregson Luz afirmou que está havendo mal-entendido sobre a cobrança e que toda associação precisa que associados paguem taxa mensal e “além disso as despesas com abastecimento e diária de motorista e por conta de quem precisa do bem”.
Os auditores também encontraram máquina doada à Associação da Comunidade de São João, com sede no município de Santa Maria da Vitória, em propriedade privada em outra cidade, em São Félix do Coribe. Segundo a pessoa ouvida pelos auditores, o uso também seria compartilhado com terceiros.
A reportagem não localizou nenhum responsável por essa entidade.
“Diante das situações expostas, considera-se que a ausência de elementos de controle pela Codevasf leva a existência de condições para que sejam materializados os riscos de uso ineficiente dos recursos do programa, de desvio de finalidade e até mesmos de que particulares eventualmente se apropriem dos objetos das doações”, dizem os auditores.
Além disso, segundo a CGU, a Codevasf também não faz estudos sobre os casos e “tem sua atuação restrita à realização das aquisições e dos repasses aos beneficiários indicados pelos parlamentares”.
DOAÇÕES ATENDEM AO INTERESSE SOCIAL, DIZ ESTATAL FEDERAL
Questionada, a Codevasf afirmou que as doações “servem ao interesse social e são empreendidas no âmbito de projetos e ações de desenvolvimento”.
Segundo a estatal, a doação de máquinas e equipamentos a associações e cooperativas acontece quando há parecer técnico favorável.
Questionada sobre a localização das doações em propriedades particulares, a empresa afirmou que “o uso de equipamentos doados nas propriedades de associados e cooperados é característica inerente ao objetivo social da doação”.
“Além disso, muitas das entidades não possuem sede própria; nesses casos, suas reuniões ocorrem em locais como escolas, igrejas e quadras esportivas. Assim, a guarda do bem por associados tem por objetivos a segurança do equipamento e a redução de custos de vigilância”, diz a Codevasf.
Sobre a cobrança de taxas, a empresa afirmou que a deliberação é “exclusiva da entidade beneficiada, para pagamento de insumos, impostos, mão de obra, reparos e custos relacionados”.
A empresa afirmou ainda que realiza análise de resultados alcançados pelas doações por meio de amostragem.
Artur Rodrigues e Flávio Ferreira/Folhapress
Pistola automática e espingarda são encontradas pela PM
Uma pistola adaptada para ser utilizada como submetralhadora e efetuar disparos contínuos e uma espingarda calibre 12 foram apreendidas, na noite de domingo (5), com três criminosos. O flagrante aconteceu na rua do Mosquito, município de Ilhéus.
Segundo o comandante da 70ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Ilhéus), major Leonardo Álvaro Pereira, os policiais estavam em rondas na rua do Mosquito, quando perceberam o trio. Durante a abordagem foram apreendidas as duas armas e munições.
Os três homens e os armamentos foram encaminhados à Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Ilhéus).
Fonte: Ascom | Marcia Santana
Cinco deputados de Rondônia assinaram requerimento da CPI para investigar ministros do STF e TSE
Vem ganhando força na Câmara dos Deputados o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostos abusos de autoridades por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal Federal (STF). A proposta é do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS).
Recentemente o parlamentar gaúcho divulgou a lista dos nomes que assinaram o documento que deve ser protocolado na Mesa Diretora da Câmara caso chegue ao número ideal de assinaturas, 171. Das 81 assinaturas já colhidas, cinco são de parlamentares de Rondônia.
Constam os nomes de Coronel Chrisóstomo (PL), Cristiane Lopes (União Brasil), Lucio Mosquini (MDB), Silvia Cristina (PL) e Thiago Flores (MDB).
De acordo com Marcel van Hattem esse é o segundo pedido de abertura de CPI. A última não foi aceita por conta do fim de legislatura. O atual pedido visa investigar possíveis violações de direitos e garantias fundamentais previstas na Constituição.
Em nota, ele citou ainda "a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade contra parlamentares, veículos de comunicação e até de cidadãos”, são alguns dos assuntos que devem ser investigados.
Por Wanglézio Braga /Newsrondonia
Deputado propõe CPI contra hospitais que realizam transição de gênero em crianças e adolescentes
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) está colhendo assinaturas para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que se propõe a investigar os procedimentos de transição de gênero de crianças e adolescentes feitos no país.
Em sua justificativa, o parlamentar afirma que o tema atualmente está submetido a uma “blindagem ideológica” e, por isso, deve ser analisado pela Câmara dos Deputados.
“Contraditoriamente, crianças não podem trabalhar nem contrair matrimônio, mas podem ser submetidas a alterações corporais irreversíveis”, diz o emedebista. No Brasil, cirurgias de modificação corporal são vedadas a menores de 18 anos.
Otoni de Paula ainda afirma que crianças supostamente não sabem o que significa a transição e sugere que a disforia de gênero —angústia relacionada ao sentimento de que o sexo atribuído no nascimento não corresponde à identidade— deve ser entendida como uma questão passageira.
“Vale reforçar que crianças podem apresentar comportamentos transitórios até mesmo quanto à sua identidade humana. Um bom exemplo disso são as crianças que se reconhecem como os personagens de quadrinhos que elegem seus preferidos, como o super-homem”, afirma o deputado no requerimento.
Ao propor a CPI, Otoni de Paula ainda confunde os conceitos de gênero e de sexualidade para sugerir que crianças estão sofrendo uma “precoce erotização através de um bombardeamento de informações de cunho sexual” e, por isso, seriam motivadas a buscar pela transição.
“A verdade é que a ideologia de gênero é um modismo que está ameaçando as vidas de nossas crianças e adolescentes”, diz o parlamentar.
Expoente da bancada evangélica, Otoni de Paula já foi um apoiador fervoroso de Jair Bolsonaro (PL). Com a mudança de governo, no entanto, falou em “virar a página” e chegou a prestigiar posses de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sua iniciativa contra o acesso a procedimentos de saúde por crianças e jovens trans se soma a outra encabeçada por um vereador da Câmara Municipal de São Paulo.
Na semana passada, Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou um pedido de abertura de CPI para investigar a assistência oferecida a crianças e adolescentes pelo Amtigos (Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual), ligado ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.
A proposta foi motivada por uma reportagem do portal G1 publicada no Dia da Visibilidade Trans. Segundo o texto, atualmente cem crianças com idade entre 4 a 12 anos fazem o tratamento de transição de gênero no local, assim como 180 jovens de 13 a 17 anos.
Nem todas as pessoas trans realizam intervenções médicas. E a falta de assistência para crianças e adolescentes pode agravar a disforia de gênero, o que pode levar à automutilação e tentativas de suicídio em casos mais graves.
A ausência de protocolo federal, o despreparo de equipes médicas e a falta de apoio dos pais são os maiores obstáculos para que transexuais menores de 18 anos acessem os serviços de saúde no Brasil.
A realização de bloqueio puberal e hormonização em crianças e adolescentes trans não é proibida no Brasil, mas sofre com a falta de regulamentação. O CFM (Conselho Federal de Medicina), por meio de resolução de 2019, indica bloqueadores a partir dos primeiros sinais da puberdade, e hormonização a partir dos 16 anos. Cirurgias de modificação corporal são vedadas a menores de 18 anos.
O Ministério da Saúde, por sua vez, não recomenda os procedimentos para pacientes trans menores de idade. A decisão se ampara em uma portaria de 2013. “Cabe à equipe médica de cada local a indicação dos procedimentos adequados para cada caso”, diz a pasta, por meio de sua assessoria de imprensa.
Um estudo do Trans Youth Project, entidade que atende crianças e adolescentes trans nos Estados Unidos e no Canadá, aponta que, cinco anos após a transição, apenas 2,5% dos participantes voltaram a se identificar com o gênero que lhes foi atribuído no nascimento.
Mônica Bergamo/Folhapress
Meirelles sugere que Lula faça declaração conciliadora para amenizar crise com BC
Henrique Meirelles, que comandou o Banco Central nas gestões anteriores de Lula |
Pelo desenrolar das falas do petista, ele diz ter a impressão de que não vai haver recuo no conflito.
Questionado se teria algum conselho a Lula neste momento, Meirelles sugere uma fala conciliadora.
“Minha recomendação é que ele diga que as medidas de ajuste fiscal serão implementadas ao mesmo tempo que as medidas sociais”, diz Meirelles.
Ele sugere reiterar que as medidas propostas e anunciadas pela equipe econômica serão colocadas em prática. “De maneira que, com isso, baixem as expectativas de inflação, permita ao Banco Central baixar os juros e, em consequência, o país cresce mais”, diz.
Em suas abordagens recentes sobre o Banco Central, Lula tem citado Henrique Meirelles. O petista afirma que, em seus governos anteriores, Meirelles não era menos independente do que Roberto Campos Neto é hoje.
Joana Cunha/Folhapress
Lula defende responsabilização em caso de violações contra Yanomami
Foto: Naco Doce |
“Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu”.
Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu.— Lula (@LulaOficial) February 7, 2023
No post, o presidente ressaltou que há 840 pistas de voo clandestinas, das quais 75 são perto de terras Yanomami. “Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso, tem que ser responsabilizado”, disse Lula.
Segundo o presidente da República, o controle das terras indígenas será reestruturado com a participação de prefeitos e governadores. “Vamos tentar criar uma nova dinâmica, para ter os resultados que a sociedade brasileira deseja”, afirmou.
Presença destruidora
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (6), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, descreveu como destruidora a presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
"O que está sendo noticiado ainda está longe de mostrar a realidade ali, com essa presença tão forte de garimpeiros, com uma grande destruição no território. É muito garimpo, garimpo infinito, o território está todo tomado por garimpeiros, por destruição, por contaminação na água. Os yanomami não têm como beber água, não têm água limpa para beber", afirmou.
Edição: Nádia Franco
Por Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Lula pede vigilância sobre BC de agentes que podem tirar Campos Neto do cargo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
Haddad e Tebet integram com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão que pode encaminhar ao presidente da República o pedido de destituição do chefe da autoridade monetária em caso de “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos” da autarquia, de acordo com a a lei que criou a autonomia do BC.
Já ao Senado cabe aprovar essa troca de nomes, se receber o pedido do chefe do Executivo.
A fala de Lula ocorre na esteira de uma sequência de críticas à instituição, desde que o Copom (Comitê de Política Monetária), na semana passada, manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva, na primeira reunião desde que o presidente Lula tomou posse.
“Naquele tempo, era fácil jogar a culpa no presidente da República. Agora, não. A culpa é do Banco do Central. Agora, é o Senado que pode trocar o presidente do Banco Central”, disse.
“Eu espero que o [Fernando] Haddad esteja acompanhando, a Simone [Tebet] esteja acompanhando e que ele próprio esteja acompanhando a situação do Brasil”, completou.
A declaração do presidente foi dada durante café da manhã com jornalistas da “mídia independente e alternativa”, ocorrido no Palácio do Planalto. Em 12 de janeiro, ele já havia realizado um primeiro encontro com a imprensa.
Lula cobra dos senadores providência quanto ao Banco Central e ao presidente Roberto Campos Neto, uma vez que ele próprio não tem gerência sobre o mandato do dirigente. Isso ocorre desde que a autoridade monetária tornou-se independente, em 2021—medida que o petista critica.
“Acho que o Senado tem que ficar vigilante. Porque eu lembro quantas críticas eu recebia da Fiesp toda vez que aumentava a taxa de juros, eu lembro quantos os senadores faziam discurso contra mim quando aumentava a taxa de juros. Ele agora não tem mais que cobrar de mim, da Presidência da República, sobre a taxa de juros, eles têm que cobrar deles”, disse o petista.
O chefe do Executivo também se referiu a Roberto Campos Neto como “cidadão”, disse só ter estado com ele apenas uma única vez e ressaltou, de forma indireta, a proximidade dele com o governo do antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
“E vamos ver como o BC se comporta. Eu só tenho um mês de convivência com ele [RCN], ele teve não sei quanto tempo de convivência com o [Paulo] Guedes”, prosseguiu.
Como mostrou a Folha, o entorno do mandatário considera que Campos Neto queimou pontes com o governo petista e reduziu suas chances de influenciar a indicação de novos diretores da autarquia.
Lula vem intensificando as críticas à atuação do Banco Central nas últimas semanas. O tensionamento na relação com o chefe da autoridade monetária ocorre após o BC ter mantido os juros em patamar elevado pela quarta vez seguida e em meio a um escalonamento nas críticas de Lula à instituição.
A avaliação de integrantes do governo Lula é de que Campos Neto foi inábil com as decisões do Copom e o tom do último comunicado —no qual sinalizou a manutenção da Selic no nível atual por mais tempo. Na visão de aliados do Planalto, houve uma confusão de autonomia do BC com isolamento.
Marianna Holanda, Folhapress
Lula diz que Exército de Caxias virou Exército de Bolsonaro
Lula cumprimenta o novo comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva |
Duque de Caxias, o Pacificador, é o patrono da força, e a frase foi dita pelo petista ao general Tomás Paiva, novo comandante do Exército, segundo o petista.
“E disse para o general: lamentavelmente, o Exército de Caxias foi transformado no Exército de Bolsonaro. O que não é uma boa coisa para esse país”, afirmou.
Ele afirmou ainda que o ex-mandatário “explodiu tudo”, e pôs em prática “insanidade” de tentar utilizar as Forças Armadas.
A declaração foi dada durante café da manhã com veículos de comunicação e blogs alternativos alinhados à esquerda, ocorrido no Palácio do Planalto. Em 12 de janeiro, ele já havia realizado um primeiro encontro com a imprensa.
O chefe do Executivo contou ainda ter dito aos comandantes das três forças, “sobretudo Tomás”, não ser correto, nem prudente que “nenhuma instituição do estado esteja envolvida com política”.
Segundo Lula, carreiras de estado, não apenas militares, não podem fazer do seu emprego, que classificou como privilegiado, por causa da estabilidade, “partido político”. Ele citou também como exemplo o Ministério Público.
Preso e condenado na Lava Jato, Lula teve suas condenações anuladas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). E, no ano passado, o procurador da força tarefa de Curitiba Deltan Dallagnol se lançou a deputado federal, com discurso de combate à corrupção, declarou a apoio a Bolsonaro e se elegeu.
“O general Tomás disse publicamente que um dos esforços dele é fazer com que as Forças Armadas não sejam políticas. Que ela seja legalista, para cumprir aquilo que está na Constituição. Acho que [isso] vale para todas as Forças Armadas”, afirmou.
Tomás é o segundo comandante do governo do Lula, e assumiu o posto no final de janeiro, após crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.
O novo chefe da Força era comandante militar do Sudeste (responsável por São Paulo), general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Na semana em que o então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, foi demitido, Tomás havia feito um discurso incisivo de defesa da institucionalidade, pedindo o respeito ao resultado das eleições e afirmando o Exército como apolítico e apartidário.
Arruda tinha sido nomeado para o comando da Força em 28 de dezembro, antes da posse de Lula como presidente. Ele havia sido escolhido por critério de antiguidade pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso. Arruda relutou em expor o Comando Militar do Planalto, que no mínimo falhou no dia 8.
Dois dias após a demissão, o disse, em viagem na Argentina, esperar que a mudança traga de volta a normalidade da relação com o meio militar.
“As Forças Armadas não existem para servir a um político e sim para proteger o povo brasileiro.”
Em visita à Argentina, o presidente afirmou ainda que o seu antecessor não respeitou a Constituição e se meteu nas Forças Armadas.
Marianna Holanda/Folhapress
Lula embarca para Estados Unidos nesta quinta-feira
Democracia, meio ambiente e direitos humanos terão prioridade na pauta |
Ao falar, nesta terça-feira (7), sobre os preparativos da viagem do presidente, o secretário das Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian Neto, lembrou que Lula conversou recentemente com Biden, por telefone, em duas oportunidades. A primeira, quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais, e a segunda, no dia 9 de janeiro, um dia após os ataques terroristas às sedes dos três Poderes da República brasileira.
“Os dois países estão experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política com o tema do uso das redes para a difusão de desinformação e discurso de ódio. Então, com as duas principais democracias do mundo se reunindo seu mais alto nível, será uma oportunidade ímpar para que enviem uma mensagem de forte apoio a processos políticos, sem recursos a extremismos à violência e com o uso adequado das redes sociais”, destacou o embaixador.
Sobre a pauta relacionada a direitos humanos, outra lembrança do embaixador foi a participação da secretária do Departamento do Interior dos Estados Unidos, Deb Haaland, como líder da delegação norte-americana na posse de Lula, em nome do presidente Joe Biden. Haaland é responsável pelas políticas dos povos indígenas em seu país, e quando esteve em Brasília, encontrou presidente da Funai, Joenia Wapichana. O tema deverá ser destaque durante a visita de Lula a Casa Branca.
Já na área ambiental e de mudanças do clima, o Brasil pretende se apresentar como ator ativo e comprometido com suas obrigações de reativar os instrumentos de proteção ambiental, mas também pretende buscar engajamento dos países envolvidos, para cumprimento de suas obrigações em termos de financiamento para mitigação, adaptação climática. “Essas são as duas dimensões: um Brasil comprometido com a agenda, mas também querendo engajar outros países para o cumprimento equilibrado das obrigações nessa área”, adiantou Arslanian Neto.
Além dos temas centrais, outros também devem ser discutidos durante a visita de Lula aos Estados Unidos, entre eles, segurança alimentar, promoção de desenvolvimento econômico, fortalecimento da paz e da segurança, além do controle da migração regional. Durante a visita o presidente brasileiro também deve ter agenda com parlamentares democratas.
Integram a comitiva do presidente Lula, a primeira-dama Janja, o chanceler Mauro Vieira,os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente,) Anielle Franco (Igualdade Racial). Até o fechamento desta reportagem, o Itamaraty não havia informado a data e horário de retorno do presidente brasileiro ao país.
Agência Brasil
Morando na Noruega, ex-esposa de Bolsonaro perde a nacionalidade brasileira
Ana Cristina Siqueira Valle perdeu a nacionalidade brasileira após entrar com pedido para que ela fosse reconhecida como cidadã da Noruega. O ato foi publicado nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União.
O texto é assinado por Martha Pacheco Braz, coordenadora substituta de processos migratórios do Departamento de Migrações, ligado ao Ministério da Justiça.
A ex-mulher de Bolsonaro viajou à Noruega em outubro do ano passado. Segundo a colunista do UOL Juliana Dal Piva, a advogada fez a viagem sem data para voltar.
Antes de embarcar, Ana Cristina disputou uma vaga a deputada distrital e chegou a se apresentar como “Cristina Bolsonaro” para tentar colar sua imagem na do ex-presidente, o que fez com que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, reagisse.
Mesmo assim, a campanha não teve sucesso. Ana Cristina teve apenas 1.485 votos e não conseguiu uma cadeira na Câmara Legislativa do DF (Distrito Federal).
Atualmente, Ana Cristina é investigada pela PF (Polícia Federal) devido à compra de uma mansão de R$ 3 milhões em Brasília no ano passado com o uso de um suposto laranja, conforme foi revelado pelo UOL.
UOL/Folhapress
Petrobras reduz preço do diesel nas refinarias em 8,9%
A Petrobras reduzirá em 8,9% o preço do diesel vendido por suas refinarias a partir desta quarta-feira (8). Segundo a estatal, o preço médio do produto cairá de R$ 4,50 para R$ 4,10 por litro.
A empresa diz que a redução “tem como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços da Petrobras aos mercados nacional e internacional, contemplando as principais alternativas de suprimento dos nossos clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos”.
Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel no produto vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,69 a cada litro vendido na bomba, disse a estatal.
Folhapress
Rogério Marinho é escolhido líder da oposição no Senado
Rogério Marinho |
Ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro, Marinho recebeu 32 votos na eleição para presidente do Senado, na quarta-feira (1º), e perdeu o cargo para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) —que conseguiu 49 votos e foi reeleito.
O nome de Marinho como líder da oposição foi definido nesta segunda-feira (6). A vaga também era cobiçada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do governo Bolsonaro no Senado.
Com o anúncio de Marinho, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai enfrentar uma trinca de ex-ministros de Bolsonaro no Senado. Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, será líder do PP.
Já Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil, será líder da minoria parlamentar. A minoria reúne o partido ou o conjunto de partidos que se opõe à chamada maioria parlamentar, partido ou bloco partidário daqueles que estão em maioria.
O filho mais velho de Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), vai continuar na liderança do PL. O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) será líder do Republicanos —sigla do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (RS) e da ex-ministra Damares Alves (DF).
PL, Progressistas e Republicanos formaram um bloco parlamentar denominado Vanguarda. Juntos, os três partidos reúnem 22 senadores —dos quais sete integraram o governo Bolsonaro.
Já as legendas na base do atual governo se dividiram em dois blocos. PT, PSD e PSB formaram o bloco Resistência Democrática. Com 28 integrantes, o bloco será o segundo maior da Casa.
Já o MDB e a União Brasil, que emplacaram ministros na Esplanada, se juntaram a Podemos, PDT, PSDB e Rede e formaram o maior bloco partidário, com 31 membros. O líder da maioria será um dos senadores do grupo, batizado de Democracia.
A formação dos dois blocos foi motivo de embates públicos na base de Lula. Na sexta (3), Renan Calheiros (MDB-AL) reclamou que PT, PSD e PSB furaram um acordo para formar um único bloco governista e resolveram se juntar sem o MDB e a União Brasil.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), recém-filiada ao PSD, respondeu prontamente e acusou o próprio MDB de Calheiros a descumprir o acordo e pedir ajuda a Sergio Moro (União-PR) para atrair o Podemos e o PSDB —que abrigam senadores bolsonaristas.
As tratativas iniciais na base do governo envolviam apenas sete partidos: PT, PSD, PSB, MDB, União Brasil, PDT e Rede. Rachados, Podemos e PSDB não se posicionaram na disputa entre Pacheco e Marinho, mas entregaram votos ao ex-ministro de Bolsonaro.
O tamanho dos blocos partidários é decisivo na composição das 14 comissões permanentes da Casa e na escolha do presidente. Tradicionalmente, a definição do presidente das comissões segue a proporcionalidade dos blocos e partidos.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), considerada a mais importante tanto no Senado como na Câmara, foi prometida pelo grupo que apoiou a reeleição de Pacheco ao ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP).
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), a segunda mais importante, deve ficar com o PSD. O partido deve indicar o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) para a presidência da comissão.
Já a CRE (Comissão de Relações Exteriores) é disputada entre o MDB e o PT. O PT apoiou o nome do emedebista Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) para a vice-presidência do Senado e espera que o MDB abra mão da CRE, em contrapartida.
No MDB, o nome mais cotado é o de Renan Calheiros; no PT, o de Humberto Costa (PT-PE). O partido de Lula também pode ficar com a CAS (Comissão de Assuntos Sociais) ou com a CDH (Comissão de Direitos Humanos).
Derrotado na disputa pela presidência do Senado, o PL acabou sem cargos na mesa diretora da Casa e tenta, agora, negociar espaço em comissões. Na quinta (2), Flávio Bolsonaro fez um apelo para que Pacheco contemple o partido nas divisões internas.
“Eu acho que, neste momento, como sempre, eu acreditei que é a política que resolve as coisas. Nós vamos passar quatro anos aqui convivendo ainda, cada um trabalhando”, afirmou Flávio Bolsonaro durante a sessão.
“Eu tenho a convicção de que o senhor, como presidente, entende também dessa forma. Para que nenhum parlamentar sofra nenhum tipo de possível represália, em especial no tocante às comissões”, completou.
THAÍSA OLIVEIRA E JOÃO GABRIEL/FOLHAPRESS
Carteira Digital Serasa permite parcelamento do IPVA em 12 vezes com mesmo desconto do pagamento à vista
Para aliviar o bolso dos proprietários que já no início do ano precisam pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), uma das despesas mais significativas do orçamento familiar, a Serasa oferece condições especiais de parcelamento.
No Estado de Bahia, o pagamento do IPVA deve ser realizado no dia 10 de fevereiro. O governo estadual permite o parcelamento do imposto em até 5 vezes e desconto de 3% para a cota única, mas a Carteira Digital Serasa possibilita que a quitação seja feita em até 12 parcelas, mantendo o mesmo desconto oferecido no pagamento à vista, com o acréscimo de juros sobre o parcelamento, cujas taxas são menores que as cobradas pelo Detran.
As condições são oferecidas em parceria com a Zapay, empresa especializada no setor de automóveis com o propósito de facilitar o pagamento dos débitos veiculares. “Apenas pela plataforma da Serasa é possível garantir o desconto da cota única e parcelar em até 12 vezes, aliviando o orçamento”, explica Laís Gabriel, especialista da Carteira Digital Serasa.
A Relação do Brasileiro com o Automóvel
De acordo com estudo inédito realizado pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, 2 a cada 10 proprietários ainda não se planejaram para pagar o IPVA 2023. “Mesmo sendo uma despesa recorrente e sempre na mesma época do ano, o valor ainda pega os motoristas de surpresa”, comenta Laís.
A pesquisa também aponta que a organização financeira ainda aparece como uma questão de conflito para os motoristas: 40% consideram complexo fazer os cálculos para manter um veículo e 32% admitem gastar mais que o programado. “O planejamento financeiro é imprescindível para conseguir estimar os gastos e evitar que esses custos pesem ainda mais no orçamento. Motivados por essa vontade de aliviar o bolso dos brasileiros, oferecemos essa opção de parcelamento do imposto na Carteira Digital”, complementa a especialista.
Como pagar meu IPVA pela Carteira Digital Serasa?
1º Passo – Baixe o Aplicativo
Caso ainda não tenha o Aplicativo da Serasa no seu dispositivo móvel, baixe-o no Google Play ou Apple Store, digite seu CPF e preencha um breve cadastro.
2º Passo – Acesse a área de pagamentos
No menu inferior da tela, clique em “Pagar” para acessar as opções de pagamento disponíveis na sua conta Serasa.
3º Passo – Acesse a área do veículo e localize seu veículo
Na tela de pagamentos, clique na opção “Débitos veiculares”.Para verificar o IPVA e outros débitos, como multas, licenciamento e taxas do seu veículo, digite a placa, leia e concorde com os Termos de Uso e Política de Privacidade para uso das funcionalidades, e clique em “Consulte e pague”.
4º Passo – Selecione os débitos a serem pagos
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Novo governo Lula: o 3º mais rejeitado na democracia
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa seu novo mandato como o 3º presidente mais rejeitado desde a volta das eleições direitas no Brasil. O petista é considerado “ruim” ou “péssimo” por 35% dos eleitores depois de 1 mês no cargo, segundo o PoderData.
Só Dilma Rousseff (PT) em 2015 (no 2º mandato) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999 (também no 2º mandato) ficaram numericamente à frente de Lula, rejeitados por 44% e 36%, respectivamente, nos meses iniciais de cada governo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era considerado “ótimo” ou “bom” por 39% no 2º mês de seu mandato –patamar semelhante ao de Lula (43%). Mas só 19% o avaliavam como “ruim” ou “péssimo”.
O Poder360 considerou os primeiros levantamentos realizados por grandes empresas nos inícios de mandato de cada presidente. Os números são do acervo de pesquisas deste jornal digital, com dados de popularidade, aprovação e confiança de cada governo desde a redemocratização.
Nos primeiros meses de seus 2 mandatos iniciais (2003 e 2007), Lula tinha só 7% e 14%, respectivamente, de avaliação como “ruim” ou “péssimo”. Hoje, essa taxa está em 35%
O atual presidente foi eleito por margem estreitíssima contra Bolsonaro –a menor desde a redemocratização.
Em 2014, Dilma (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) com 3,5 milhões de votos de vantagem. Iniciou o governo considerada “ruim” ou “péssima” por 44% da população –taxa que escalou rapidamente e chegou a 71% em agosto de 2015.
Lula foi eleito por 50,90% em outubro de 2022 com discurso de pacificação. Para melhorar a avaliação e evitar problemas com a opinião pública, o presidente intensifica o aceno aos eleitores mais pobres. A situação dos indicadores econômicos nos próximos meses também deve influenciar no humor da população.www.msn.com
Ex-presidente afirma a aliados que Michelle não será candidata em 2026
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro |
A ex-primeira-dama vem sendo mencionada como possível candidata para diversos cargos: governadora do Distrito Federal, senadora e até presidente da República. Os rumores têm incomodado Bolsonaro, que se queixou a um interlocutor desde os EUA, onde está passando uma temporada.
Nesta segunda-feira (7), a própria Michelle decidiu reforçar essa versão, ao publicar em uma rede social: “Oposição, fiquem tranquilos. Eu não tenho nenhuma intenção de vir candidata a nenhum cargo eletivo”.
Apesar das negativas, a possibilidade de lançar a ex-primeira-dama como candidata nas próximas eleições gerais tem animados caciques do PL, que veem nela uma figura carismática e popular nos segmentos mais conservadores. Ela poderia ser uma sucessora do marido, caso Bolsonaro fique inelegível.
Michelle, que retornou ao Brasil na semana passada, deve por enquanto se dedicar ao trabalho no PL, com uma agenda de viagens e projetos sociais.
Fábio Zanini/Folhapress
Líder do União Brasil na Assembleia diz que fará oposição “com os pés no chão”
O líder o União Brasil na Assembleia Legislativa, deputado Marcinho Oliveira |
“Vamos buscar sempre defender os interesses da Bahia. Iremos liderar a bancada e atuar com responsabilidade, estando a favor dos baianos todo o tempo. Se isso significa, em alguma matéria do Executivo, votar com o governo, o faremos com tranquilidade”, disse Marcinho.
O deputado afirmou que atuará em conjunto com a bancada buscando aperfeiçoar os projetos enviados pelo governo, propondo iniciativas legislativas e fiscalizando as ações adotadas pelo Executivo. “Com esse trabalho propositivo, espero retribuir à confiança depositada pelos baianos nas urnas. Estaremos representando toda a Bahia na Assembleia”, frisou.
Governo quer transformar cartão do INSS em ‘bilhete único’ do aposentado
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Segundo o ministro da Previdência, Carlos Lupi, as negociações para a nova modalidade estão avançadas. A intenção é que, até março, o “cartão do beneficiário” possa estar disponível a pelo menos parte dos segurados da Previdência.
“É um cartão que vai ter QR Code, vai estar disponível para os 37 milhões 557 mil beneficiários da Previdência para que, com esse cartão, ele possa ter acesso a todos os benefícios. Pega metrô no Rio, vai poder pegar em São Paulo, pegar no Ceará; andar de ônibus da mesma maneira. Em vez de, em cada local ter que tirar uma autorização local, esse cartão vai ter uma validade nacional”, disse hoje em entrevista.
O objetivo é que o cartão dê acesso ilimitado ao transporte em todo o país para facilitar a mobilidade do segurado do INSS. Hoje, para ter direito à gratuidade no transporte público, os cidadãos acima de 60 anos precisam solicitar o benefício aos municípios e apresentar documentos exigidos.
O cartão não fica pronto de forma imediata, mas o cidadão pode requerer o acesso ao transporte gratuito apresentando o RG. Com o cartão do beneficiário, o segurado terá direito ao benefício quando estiver de férias, por exemplo, ou passando temporada em alguma outra localidade
DESCONTOS PARA CLIENTES DE BANCOS PÚBLICOS
O ministro também discute com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil uma forma de dar desconto aos segurados que são clientes desses bancos por meio do cartão do beneficiário. O modelo funcionaria como um clube de vantagens.
Essa modalidade, no entanto, atingiria cerca de 14 milhões de segurados. “Estamos buscando novos benefícios para os aposentados. Por exemplo, correntistas do BB terão descontos, por exemplo, em farmácias conveniadas, benefícios em passagens aéreas; benefícios em hotéis. A gente quer, com isso, dar cidadania”, afirmou.
Segundo ele, a Caixa e o Banco do Brasil estão buscando os parceiros para os descontos. Depois, haverá uma nova fase, que deverá atingir convênios por meio dos bancos privados, que passarão a oferecer vantagens e descontos aos clientes que são aposentados.
TRABALHADOR POR APLICATIVO ESTÁ NO FOCO DA PREVIDÊNCIA, DIZ LUPI
Lupi afirmou ainda que sua pasta planeja a criação de uma comissão com os Ministérios do Trabalho e da Fazenda para discutir benefícios previdenciários para trabalhadores por aplicativo. Segundo ele, já existem projetos sobre o tema, e as discussões devem girar em torno do mecanismo que for mais rápido de aprovar para incluir os profissionais na Previdência.
“O Ministério do Trabalho trata mais o empregado de imediato, de quem está precisando hoje desse tipo de associação de trabalho para criar uma legislação para proteção. Nós estamos cuidando de quem se acidenta, de quem precisa se aposentar e quem fica considerado inválido. Temos, nessa questão, um número elevado de acidentes que acabam, numa grande maioria, sem ter nenhum tipo de garantia da Previdência Social”.
As empresas de aplicativos de transporte comumente evitam tratar os trabalhadores como funcionários, para não criarem vínculos empregatícios que elevem o custo de suas operações e usam expressões como “parceiros” para tratar os profissionais que trabalham para suas plataformas.
O ministro da Previdência ressaltou que a cobertura previdenciária nesses casos também é de interesse de aplicativos, que, segundo ele, já discutiram o tema com Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Lupi também explicou que a inclusão de profissionais do setor na Previdência seria uma forma de aumentar a arrecadação da pasta.
“Nossas estimativas são de que existem mais de 2 milhões de trabalhadores nessa área de serviços. Mas, se você ampliar isso para outros tipos de aplicativo, você vai ter um número muito maior. Então isso também significa receita para a Previdência”, afirmou.
“Hoje, não chega a 10% os que têm algum tipo de contribuição pessoal, autônoma ou por MEI. Então a gente quer ampliar isso para poder dar proteção também a esses cidadãos”, concluiu.
Cristiane Gercina/Folhapress
Mortos em terremoto que atingiu Turquia e Síria vão a 3.000; há milhares de feridos
Um terremoto de magnitude 7,8 matou mais de 3.000 pessoas na Turquia e na Síria |
Pelo menos 1.651 pessoas morreram na Turquia, de acordo com a agência de desastres turca, no pior evento do tipo no país desde 1939. Já na Síria, o regime de Bashar al-Assad somou mil mortos até aqui. Há, ainda, 380 mortes relatadas pelos Capacetes Brancos em áreas controladas por rebeldes.
Segundo o governo turco, mais de 11 mil pessoas ficaram feridas e 2.818 prédios desabaram. Na Síria, o número de feridos chega a 1.284 nas áreas controladas pelo regime e a mil em porções dominadas por rebeldes. Centenas de vítimas ainda estão nos escombros, e as cifras de mortos e feridos podem aumentar.
O epicentro do sismo foi registrado na região entre as cidades turcas de Gaziantepe e Kahramanmaras, a uma profundidade de 10 a 24 quilômetros, de acordo com os serviços geológicos dos EUA e da Alemanha. Os tremores puderam ser sentidos na capital turca, Ancara, no Chipre, no Líbano e também no Iraque.
Raed Fares, um integrante dos Capacetes Brancos, disse à agência Reuters que o grupo tenta salvar sobreviventes nos escombros. Acostumados a resgatar vítimas nessas situações devido a ataques aéreos, eles agora são a principal força em território rebelde para atuar no socorro pós-terremoto.
Na cidade de Jandaris, barras de aço e roupas de residentes se misturavam nos escombros de um prédio que desmoronou. Um jovem com a mão enfaixada que aguardava ali disse que 12 famílias viviam no local. Nenhuma havia saído desde o tremor. Abdul Salam al Mahmoud, um sírio da cidade de Atareb, disse que o cenário parecia de apocalipse.
Horas depois do episódio, a mídia estatal ligada ao regime de Assad informou que um tremor foi sentido na capital, Damasco, sem fornecer detalhes sobre a magnitude. Por volta das 8h desta segunda-feira, no horário de Brasília, um novo sismo de magnitude 7,5 também foi detectado no sudeste da Turquia.
O terremoto atingiu uma zona remota e pouco desenvolvida da Turquia, o que escala o desafio das equipes de emergência. Autoridades relataram mais de 50 réplicas dos tremores nas primeiras dez horas a partir do sismo inicial, e alertaram que outras devem ser registradas durante os próximos dias.
O primeiro terremoto ocorreu às 4h17 (22h17 em Brasília), e imagens nas redes sociais logo mostraram os efeitos imediatos da tragédia, com o desabamento de construções. A transmissão da rede de TV estatal TRT exibiu moradores saindo às ruas sob neve para avaliar os estragos em alguns locais, assim como ocorreu em Damasco, onde relatos dão conta de desmoronamentos nas cidades de Aleppo e Hama.
Também houve sismos secundários, cerca de dez minutos depois do primeiro, de magnitudes que chegaram a 6,7, de acordo com a agência de notícias Associated Press. Segundo testemunhas relataram à agência de notícias Reuters, o tremor durou cerca de um minuto.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, manifestou solidariedade às vítimas e destacou que os serviços de emergência e resgate vão trabalhar em conjunto sob coordenação da Autoridade de Gerenciamento de Desastres e Emergências. “Esperamos superar esse desastre juntos, o mais rapidamente possível e com o mínimo de danos.”
A região de Gaziantepe, muito atingida, é um importante centro industrial da Turquia. Atravessado por grandes falhas geológicas, o país está entre os mais propensos a tremores no mundo. Em 1999, um sismo de 7,4 sacudiu Izmit, no noroeste, deixando mais de 17 mil mortes e 500 mil desabrigados.
Em 2011, um tremor de 7,1 na província de Van matou mais de 600 pessoas. Em janeiro de 2020, 40 pessoas morreram durante um sismo de magnitude 6,8 na província de Elazing. Meses depois, em novembro, novo episódio em Esmirna fez quase cem vítimas e provocou um minitsunami que inundou cidades próximas e provocou danos severos na costa da Grécia.
A Turquia está sobre o encontro de duas placas tectônicas —uma espécie de bloco que flutua sobre o manto, uma das camadas no interior da Terra. As placas podem se mexer, de forma divergente (movendo-se em direções contrárias), convergente (chocando-se uma contra a outra) e transformante (movendo-se lateralmente); os dois últimos movimentos costumam causar terremotos.
Diversos países manifestaram solidariedade e se prontificaram a enviar ajuda. Em nota, o Itamaraty manifestou solidariedade às autoridades turcas e sírias e disse que, por meio da Agência Brasileira de Cooperação, providenciará formas de oferecer ajuda humanitária para os atingidos.
O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que não há, até o momento, notícias de brasileiros mortos ou feridos e que as embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, assim como o consulado em Istambul, estão acompanhando os desdobramentos.
O governo de Vladimir Putin, na Rússia, disse que dois aviões Ilyushin-76, da era soviética, estão com equipes de resgate disponíveis para voar para a Turquia. O russo tem importantes laços com Bashar al-Assad, que apoia na guerra civil síria, e com Erdogan, que flerta entre a Otan, a aliança militar ocidental, e Moscou.
Na mesma toada, o governo da Ucrânia também se prontificou a enviar “um grande grupo de resgate”. O americano Joe Biden disse estar profundamente entristecido pelo terremoto. Segundo o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmou que seu país já está prestando assistência a Ancara e que organizações humanitárias apoiadas pelos EUA fazem o mesmo na Síria.
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou o envio de equipes de emergência à Turquia e disse que pretende fazer algo semelhante pela Síria. A União Europeia, por sua vez, afirmou que dez times de resgate foram mobilizados de Bulgária, Croácia, República Tcheca, França, Grécia, Holanda, Polônia e Romênia para apoiar os esforços na Turquia.
Folhapress
Empresários criticam falas de Lula sobre BC e defendem Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto |
Nesta segunda (6), Lula voltou a criticar a atuação da autoridade monetária e disse que o atual patamar da Selic em 13,75% ao ano é uma vergonha.
Flavio Rocha, dono da Riachuelo, diz que vê projeto eleitoral e defende contenção de gasto público. “O que pressiona o juro para cima é a perspectiva que o mercado está tendo de forte crescimento do gasto público. Acabar com a independência do Banco Central, explodir o gasto público e colocar o BC subordinado ao governo federal é simplesmente quebrar o termômetro. Tem duas maneiras de curar a febre: descobrir a causa e recomendar o antibiótico correto ou quebrar o termômetro, o que significa deixar de ver os sintomas. Você tem que atacar os sintomas, não quebrar o termômetro”, diz o empresário.
O banqueiro Ricardo Lacerda, do BR Partners, também critica. “É lamentável ver o chefe do Executivo atacando a independência do Banco Central, uma conquista da sociedade. A política monetária é mero reflexo da irresponsabilidade fiscal em que o país mergulhou. Roberto Campos é nosso último bastião contra a insanidade de políticas econômicas”, diz ele.
Na semana passada, Lula se referiu a Campos Neto como “esse cidadão” e disse que vai esperar acabar o atual mandato no BC (que vai até o fim de 2024) para reavaliar o Banco Central independente.
O investidor Lawrence Pih afirma que os sinais que Lula vem emitindo contra a independência do BC e o patamar dos juros preocupam porque, na gestão Dilma Rousseff, com Alexandre Tombini na presidência da autarquia, a Selic foi pressionada para baixo até o patamar de 7,25%, mas depois teve de subir para 14,25% enquanto a alta dos preços não cedia.
“Imagine se nos últimos seis meses, antes de uma eleição com Bolsonaro na Presidência, não temos um BC independente. Para onde iria a Selic? Zero? A meta do BC é cumprir a meta de inflação, não tem mandato para fazer a economia crescer”, diz ele.
“Todo governo gostaria de ter recursos ilimitados e juros baixos para fazer a economia crescer, o problema é a inflação. Sem um BC independente, não há freio. Os agentes econômicos são racionais, agem de acordo com a lógica econômica e podem agir em direção contrária ao desejado pelo governo. Vimos recentemente a queda dos preços dos ativos, das Bolsas, do real e a alta dos juros. Tudo isso prejudica a economia. O mercado é composto de todos os agentes econômicos, inclusive o estado em todos níveis de governo”, afirma Pih.
A ex-presidente do BNDES Maria Silvia Bastos Marques afirma que vê as falas de Lula com preocupação. “Infelizmente, essas declarações vão exatamente no sentido oposto do que ele deseja, que é a redução da taxa de juros, da inflação, a volta do crescimento, que vai beneficiar a todos, especialmente os mais pobres”, afirma.
Sobre a independência do BC, a executiva também relembra a gestão Tombini nos anos Dilma. Nas abordagens sobre o Banco Central, Lula costuma dizer que, em seus governos anteriores, Henrique Meirelles não era menos independente do que Campos Neto é hoje.
Maria Silvia ressalva que, no governo Dilma, o BC era visto exatamente como não independente. “Em 2015, tivemos a maior taxa de juros recente. Foi 14,25%, a inflação chegando a 11%, uma desancoragem das expectativas, exatamente porque o BC era visto como não independente. Isso foi uma das razões pelas quais se fortaleceu o debate da autonomia. O Brasil passou por uma recessão profunda entre 2015 e 2017, e tudo isso foi gestado por esse desajuste macroeconômico, essa desancoragem das expectativas de inflação. Quando ele fala, por exemplo, que vamos mudar a meta de inflação, quando nós não temos um novo marco fiscal que ancore as expectativas e as projeções de inflação e de resultado de dívida/PIB, isso é mais combustível”, diz ela.
Alexandre Ostrowiecki, dono da Multilaser, também vê a autonomia do BC como conquista a ser preservada. “É uma conquista histórica brasileira, que ajuda a dar credibilidade para que investidores confiem na nossa economia. Certamente, essa autonomia não resolve tudo, mas ajuda a aliviar um pouco nosso crônico problema de déficits fiscais. Se houver retrocesso nesse campo, poderemos esperar um desequilíbrio maior ainda, com descontrole inflacionário, fuga de investimentos e maior desemprego”, afirma o empresário.
Joana Cunha/Folhapress
Jerônimo diz que mantém diálogo com deputados do PP, PL e Solidariedade: ‘natural’
O governador Jerônimo Rodrigues (PT), em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (6), admitiu que mantém diálogo com deputados de partidos que foram eleitos na oposição durante as eleições de 2022. O petista ressaltou que estas conversas e movimentações são naturais. “No primeiro turno já tivemos a reação de alguns partidos querendo dialogar, e ali alguns dos partidos se encantaram conosco e fomos trabalhando. Com o fim das eleições, é natural que os partidos políticos se organizem. Fomos procurados não só pelo PP – não o partido, mas pelos deputados do PP, do PL e do Solidariedade – e nós acolhemos o diálogo a partir daquilo que temos para oferecer ao estado da Bahia e que eles concordam votar em um alinhamento político”, disse Jerônimo.
A entrevista ocorreu durante a entrega de novo equipamento para o Corpo de Bombeiros, um veículo autoescada plataforma aérea, que tem o alcance de 60 metros de altura. O investimento realizado foi de R$ 6,85 milhões. Ainda falando sobre a adesão dos parlamentares, Jerônimo ressaltou que “alguns deles apontaram que terão limitações quando a pauta for mais ideológica, tipo LGBTQIA+ ou aborto. Então alinhamos um diálogo e naturalmente que a gente, quando terminam as eleições, quer trabalhar. E vamos continuar recebendo esse tipo de manifestação por parte dos partidos e vamos ver como a gente trabalha”, declarou o governador.
Política Livre
HOMEM É PRESO PELA POLÍCIA MILITAR EM IPIAÚ POR TRÁFICO DE ENTORPECENTES, DURANTE A OPERAÇÃO BLITZ PROTEGE
Por volta das 11h, desta segunda-feira (06/02/23), quando a guarnição da 55ª CIPM/PETO realizava a operação Blitz Protege, com abordagens a veículos e pessoas, na Praça do Honório, bairro Democracia, quando um homem que caminhava em direção do local de abordagem, ao perceber a atividade policial dispensou um material.
Ao ser abordado, o suspeito levou a guarnição até o local onde foi encontrado um celular e, embaixo de uns entulhos, uma sacola plástica contendo 28 porções de substância análoga a maconha, embaladas prontas para comercialização. A guarnição conduziu o autor e todo o material encontrado para a Delegacia Territorial de Ipiau, para as providências cabíveis.
Material apreendido: 30 porções de maconha embaladas para comercialização
Informações: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Ex-deputados Marcelino Galo e Jacó são nomeados em cargos na Assembleia Legislativa da Bahia
Após não conseguirem a reeleição, os ex-deputados estaduais Marcelino Galo e Jacó, ambos do PT, foram nomeados na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) no último sábado (4).
Galo, que teve 45 mil votos no pleito passado, vai desempenhar na Alba a função comissionada de superintendente de Assuntos Parlamentares, já Jacó, dono de 42 mil votos, será secretário-geral das Comissões.
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