Quase metade dos brasileiros veem ameaça comunista em governo Lula, diz Ipec
Para 44% dos brasileiros, o Brasil corre o risco de “virar um país comunista” sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que aponta pesquisa Ipec divulgada neste domingo, 19, pelo jornal O Globo. De acordo com o levantamento, 33% concordam totalmente com a afirmação de que um novo regime poderia ser implantado no País, e 13% concordam parcialmente com a tese . Discordam total ou parcialmente da ideia 48% dos entrevistados.
A ‘ameaça comunista’ foi um tema explorado durante a eleição de 2022 pelo então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas. A afirmação ganha força entre os entrevistados que avaliam mal o início do governo petista: 81% dos que afirmam que a gestão Lula é “ruim ou péssima” concordam com o risco de comunismo. Já 71% dos que consideram o governo Lula “bom ou ótimo” rejeitam a afirmação.
Terceira via
Também de acordo com a pesquisa, 57% da população afirmou que gostaria que o Brasil tivesse uma terceira via para evitar a polarização política no País. Nesse caso, a divisão por gênero se equipara: 56% dos homens defendem um nome alternativo a Lula e Bolsonaro, assim como 57% mulheres. A possibilidade de uma terceira via para reter a polarização ganha espaço em três faixas etárias: 16 a 24 (59%), 25 a 34 (61%) e 35 a 44 (59%).
8 de janeiro
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro promovidos pelos apoiadores de Jair Bolsonaro. Para 51% dos entrevistados, o ex-presidente não tem culpa pelo episódio que ocorreu em Brasília. Outros 22% acreditam que o ex-mandatário deve ser julgado e perder o direito de ser candidato no futuro. Para 19%, Bolsonaro deve ser julgado e preso. Aqueles que não souberam responder ficou em 8%.
A pesquisa Ipec realizou entrevistas presenciais com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 128 municípios do País entre os dias 2 e 6 de março. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Estadão Conteúdo
Presidente da Câmara indica necessidade de ampliação do perímetro urbano de Ipiaú
Na sessão ordinária que a Câmara Municipal de Ipiaú realizou na noite da última quinta-feira, 16, foi lida uma “Indicação “ do vereador Robson Moreira-PP-, ao Poder Executivo, no sentido de que reavalie o Plano Diretor Urbano, procedendo os devidos e necessários ajustes, de modo a redimensionar a área do perímetro urbano do município.
Dentre outras justificativas, a Indicação N.º 08/2023 se justifica na necessidade de garantir mais segurança habitacional aos moradores do povoado do “Passa com Jeito”, e da Rua da Cascalheira que fica próxima à fábrica da Doce Mel, na saída para Jitaúna, que vem sendo notificados, pelo Departamento Nacional de Transito(Denit) a deixarem suas residências sob o argumento de que estas estão fora do perímetro urbano e na faixa de servidão da rodovia.
Em matéria veiculada no último dia 13, pelo site Ipiaú Online consta que recentemente a comunidade do Passa com Jeito foi surpreendida com o recebimento de uma carta precatória, entregue por um Oficial da Justiça, dando ciência de que o DENIT impetrou ação de reintegração de posse das áreas ocupadas e pede a uma Juíza Federal que autorize a derrubada das casas, sendo que o custo da demolição fique a cargo dos próprios moradores, além de estipular multa diária de R$ 5 mil, em caso da não desocupação.
PRAZO
A juíza estabeleceu um prazo de 15 dias para que os moradores apresentem suas defesas. Essas comunidades são constituídas, em maioria, por pessoas carentes, as quais estão estabelecidas no mencionados locais há mais de 40 anos. A remarcação da área urbana, bem como a reavaliação decenal do Plano Diretor do município é mais urgente, se deve fazer em caráter de urgentíssima necessidade, vez que ordenará de forma decisiva a vida daqueles moradores.
Na Indicação ao Poder Executivo, o vereador Robson Moreira, lembra que a Lei Municipal nº. 1.815 de 2005, instituiu o Plano Diretor, ou seja, isto há mais de 18 anos, entretanto, ao longo desse tempo, o Poder Executivo Municipal não efetuou qualquer redefinição ou remarcação da área concernente ao perímetro urbano do município, procedimento que deve ser refeito, revisto e reavaliado pelo menos a cada 10 anos, como recomenda a boa técnica urbanística.
“ É sabido que o processo de expansão urbana acontece a cada instante na vida dos municípios, em decorrência do próprio estímulo e provocação dos seus moradores, que motivados pela condição humana de ser, almejam diuturnamente a melhoria de qualidade de vida. Isto significa dizer, que expansão urbana é algo que nasce pelo próprio instituto natural do ser humano. Assim foi no passado, é o que vivemos no presente, e será sempre assim no futuro”, explicou o vereador ao fundamentar sua indicação.
ÚRGENCIA
Concluindo o texto da Justificativa da Indicação N.º 08/2023, o solicitante reitera: “A remarcação da área urbana e a reavaliação decenal do Plano Diretor do município, como já foi dito, deve ter caráter de urgentíssima necessidade, a fim de ordenar a vida daqueles moradores que sem obstáculos há anos atuam e vivenciam o seu dia a dia no âmbito urbano do município. Além do mais, há de considerar que o município deve zonear de forma precisa áreas possíveis de intervenções urbanísticas, industrial tendo em vista a possibilidade instalação do Centro Industrial de Ipiaú, bem como a construção viária do Rodoanel, dentre a instalação de tantos outros equipamentos de progresso e desenvolvimento local”, acrescentou Robson Moreira.
Concluindo o texto da Justificativa da Indicação N.º 08/2023, o solicitante reitera: “Assim sendo, reiteramos o presente pedido para que o Poder Executivo Municipal reavalie o Plano Diretor Urbano, procedendo os devidos e necessários ajustes, de modo a redimensionar a área do perímetro urbano evitando a aflição dos moradores das margens da BR-330 que há anos moram naquelas localidades, onde em momento algum, lá atrás, o DNIT fez qualquer intervenção para que isso não ocorresse, figurando a sua completa omissão fiscalizatória de anos a fio, possa hoje culminar na destruição de ano de sacrifício e luta dos moradores, amargurando uma ação de reintegração de posse em seu desfavor. Por uma Ipiaú progressista, apelamos nesse sentido nos termo da presente indicação”.
GM, Hyundai e Stellantis param fábricas a partir de hoje por queda nas vendas e dão férias coletivas
Após dois anos de paradas forçadas por escassez de componentes, principalmente de chips, as fabricantes brasileiras de veículos voltam a interromper a produção, mas, desta vez, também por falta de consumidores. A desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados estão frustrando as expectativas do setor e levando empresas a ajustarem os planos de produção.
A partir de hoje, pelo menos três grandes companhias, General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) vão suspender linhas de produção e dar férias coletivas aos funcionários. O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024, na visão de economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, e novas paradas de fabricas devem ocorrer.
Nesta segunda-feira, 20, a Hyundai concede férias coletivas de três semanas para os trabalhadores dos três turnos da unidade que produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (SP). Na quarta-feira, 22, a Stellantis dispensa por 20 dias os funcionários do segundo turno da fábrica da Jeep em Goiana (PE) e, uma semana depois, os operários do primeiro e do terceiro turnos, por dez dias, período em que toda a produção dos SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro estará paralisada.
A General Motors também suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na planta de São José dos Campos (SP) de 27 de março a 13 de abril. No fim de fevereiro, a fábrica que produz os modelos das marcas francesas Peugeot e Citroën, também do grupo Stellantis, encerrou o segundo turno de trabalho em Porto Real (RJ) e antecipou a dispensa de 140 funcionários com contratos temporários.
Ainda faltam semicondutores
As montadoras afirmam que o motivo das medidas é a queda da demanda e a consequente necessidade de adequar os níveis de produção. No caso das duas marcas francesas, o impacto é maior nas exportações. “Ao contrário do último biênio, em que a oferta era a principal fonte de desafios da indústria automobilística, a demanda deve ser o fator-chave para o cenário de 2023-2024″, assinala o Depec, em relatório assinado pelo economistas Renan Bassoli Diniz e Myriã Bast.
Em 2019, as vendas de veículos no Brasil foram de 2,787 milhões de unidades – patamar já considerado baixo. No ano passado, esse número caiu para 2,104 milhões de unidades, ou 24,5% menos.
O setor já vinha de um desgaste forte, com a falta de semicondutores para a produção que levou a uma perda de 630 mil veículos que deixaram de ser produzidos nos últimos dois anos. O problema é bem menor no momento, embora ainda persista. A Volkswagen vai suspender toda a produção na planta de Taubaté (SP) por dez dias também a partir do dia 27. Entre fim de fevereiro e início deste mês a marca já tinha paralisado as linhas das outras três unidades no País alegando falta de componentes.
A melhora no fornecimento global de componentes, especialmente de semicondutores, ajudou as fabricantes de veículos a recomporem os estoques. No auge da pandemia os estoques caíram para volumes próximos a dez dias de vendas, e alguns automóveis chegaram a ter fila de espera de até seis meses.
No fim de fevereiro havia 187,4 mil carros nos pátios das montadoras e das concessionárias, suficientes para 40 dias de vendas, acima da média normal que é de 30 35 dias. Os preços dos carros usados, que haviam apresentado alta valorização no período de escassez dos novos, pararam de subir e até promoções nas vendas dos zero quilômetro, que estavam raras nos últimos meses, estão de volta.
Diante desse cenário, as paradas que estão ocorrendo nas fábricas visam segurar a produção para evitar um grande acúmulo de estoques, algo que pressionaria para baixo os preços dos automóveis. “Não há outra alternativa para as empresas, pois se não readequarem a produção para a nova realidade vão perder muito dinheiro”, avalia Fernando Trujillo, consultor da S&P Global Brasil.
Em sua opinião, o problema de demanda já vinha ocorrendo, mas no ano passado foi, de certa forma, “maquiado” pela falta de chips. O crescimento de vendas previsto para este ano, na casa dos 4% nas contas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é pequeno e muitas montadoras continuarão fazendo ajustes. “No ano passado não teve essa necessidade porque houve muitas paralisações por causa da falta de semicondutores”, diz Trujillo.
A previsão do setor era de que boa parte dos mais de 600 mil carros que deixaram de ser produzidos nos últimos dois anos por falta de peças seria vendida neste ano. “Isso não deve ocorrer diante da perda do poder de compra do consumidor, inflação e juros altos, restrição dos bancos na liberação de crédito por causa da inadimplência e indefinições de políticas econômicas por parte do novo governo.”
Estudo recém-concluído pela S&P Global mostra que a indústria automotiva brasileira opera com quase 40% de ociosidade. A capacidade produtiva do setor é de 3,6 milhões de veículos ao ano com a maioria das fábricas operando em dois turnos. Se fosse em três turnos, seria de 4,3 milhões de unidades.
“Além de ajustes com férias coletivas, como já está acontecendo, é possível que ocorram demissões”, prevê Trujillo.
No início do mês, quando avisou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre as férias coletivas, a General Motors demitiu cerca de 40 funcionários, segundo Renato Almeida, secretário-geral da entidade.
“A empresa informou que 7 mil pedidos de carros foram cancelados e, por isso, precisaria reorganizar a produção”, diz Almeida. O processo foi suspenso após os funcionários ameaçarem greve e foi agendada uma reunião de negociações para 19 de abril. A abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) pode ser uma das alternativas, diz ele.
Várias empresas aproveitaram o fim de semana para realizar promoções e baixar estoques. As revendas Fiat ofereceram descontos de até R$ 30 mil, juro zero e tanque cheio (de diesel) por um ano – neste último caso para a picape Toro. A rede Hyundai ofereceu seguro gratuito e condições especiais para troca de usados por novos. Já as 42 lojas da Hyundai/Caoa deram bônus de até R$ 4 mil e juros menores.
Cleide Silva e Eduardo Laguna/Estadão Conteúdo
China defende ‘imunidade dos chefes de Estado’ após mandado de prisão contra Putin
A China apelou nesta segunda-feira, 20, ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para evitar “dois pesos e duas medidas” e respeitar a imunidade dos chefes de Estado, depois de o tribunal ter emitido um mandado de prisão para o líder russo Vladimir Putin sob a acusação de crimes de guerra.
O tribunal deveria “manter uma posição objetiva e imparcial” e “respeitar a imunidade dos chefes de Estado em relação à jurisdição ao abrigo do direito internacional”, disse aos repórteres o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Wang Wenbin, exortando o TPI a “evitar a politização e a duplicidade de critérios”.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou na sexta-feira, 17, que emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por crimes de guerra por causa de seu suposto envolvimento em sequestros e deportação de crianças de partes da Ucrânia ocupadas pela Rússia durante a guerra.
A Corte disse em um comunicado que Putin “é supostamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”. Grupos de direitos humanos celebraram o movimento, mas a probabilidade de um julgamento enquanto Putin permanecer no poder é pequena, já que o tribunal não pode julgar réus à revelia e a Rússia disse que não entregará seus próprios cidadãos.
Um pedido também foi emitido, pelo mesmo motivo, contra a Comissária Presidencial para os Direitos da Infância na Rússia, Maria Alekseievna Lvova-Belova, informou o tribunal de Haia. A Presidência da Ucrânia reagiu, afirmando que essa ordem de prisão contra Putin é apenas o começo, enquanto a Rússia chamou o pedido de sem sentido.
O presidente do tribunal, Piotr Hofmanski, disse em uma declaração em vídeo que, embora os juízes do TPI tenham emitido os mandados, caberá à comunidade internacional aplicá-los. O tribunal não tem força policial própria para cumprir os mandados. “O TPI está fazendo sua parte do trabalho como um tribunal. Os juízes emitiram mandados de prisão. A execução depende da cooperação internacional.”
Limitações
O TPI não reconhece imunidade para chefes de Estado em casos envolvendo crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio.
Mas as limitações do tribunal são bem conhecidas – embora possa indiciar chefes de Estado em exercício, não tem poder para prendê-los ou levá-los a julgamento, ao invés disso, depende de outros líderes e governos para agir como seus policiais em todo o mundo. O caso mais proeminente foi o do presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir , que foi indiciado pelo tribunal, mas não foi preso em outros países para onde viajou.
Além disso, Moscou não reconhece a jurisdição do tribunal e não extradita seus nacionais. Essa posição foi reafirmada hoje pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em uma primeira reação aos mandados. “As decisões do Tribunal Penal Internacional não têm nenhum significado para o nosso país, inclusive do ponto de vista jurídico”, disse ela.
A Ucrânia também não é membro do tribunal, mas concedeu ao TPI jurisdição sobre seu território e o promotor do TPI, Karim Khan, visitou o país quatro vezes desde que abriu uma investigação há um ano.
Visita de Xi Jinping a Putin
O presidente da China, Xi Jinping, fará uma visita a Rússia na semana que vem, a primeira desde que o presidente russo Vladimir Putin invadiu a Ucrânia. Analistas dizem que visita é um inequívoco sinal de apoio ao russo em meio à Guerra na Ucrânia e ao aumento das tensões com o Ocidente com os dois países.
A visita acontecerá entre a segunda-feira, 20, e a quarta-feira, 22. A Rússia anunciou que a visita foi “a convite de Vladimir Putin”.
A viagem será a primeira de Xi ao exterior desde que garantiu um terceiro mandato como presidente da China. Também será a primeira vez que Xi visitará Putin, o homem que ele descreveu anteriormente como seu “melhor amigo”, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no ano passado.
Antes da viagem ser confirmada, o Wall Street Journal informou que Xi deveria falar por telefone com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, no que seria sua primeira conversa com o líder da Ucrânia desde o início do conflito. Um porta-voz presidencial ucraniano disse na sexta-feira que o assunto está em discussão.
A China declarou uma amizade “sem limites” com a Rússia e recusou-se a condenar a invasão de Moscou, mesmo enquanto declarava que a soberania e a integridade territorial de todos os países deviam ser respeitadas. Pequim também condenou as sanções ocidentais e acusou a Otan, aliança militar ocidental, e os Estados Unidos de provocarem a Rússia.
Xi visitou pela última vez a Rússia em 2019. Putin participou na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim no ano passado, e os dois líderes reuniram-se pessoalmente numa cúpula de segurança regional em Setembro último no Usbequistão.
Estadão Conteúdo
Homem é preso pela Polícia Militar em Aiquara por agredir sua companheira (Lei Maria da Panha)
Por volta da 07h desse domingo (19/03/23), a guarnição da 55ª CIPM/Aiquara foi solicitada por uma mulher, informando que durante uma discussão com seu companheiro, fora agredida com uma pedrada na cabeça, e ameaçada de morte por ele.
Segundo informação da vitima, seu companheiro estava na casa do pai, então, a guarnição a acompanhou até o endereço, na Rua João Honorio, em Aiquara, onde o autor recebeu os policiais militares, não oferecendo resistência durante a abordagem e condução. Apenas negou as acusações da companheira.
A vitima foi conduzida até o Hospital, onde foi atendida pelo médico plantonista.
Os envolvidos foram conduzidos até a delegacia Territorial de Jequié, para os procedimentos de polícia judiciária.
Autor: F. N. S. (Masculino), data/nascimento. 15/07/2002, endereço. Rua J. J. de Oliveira, Aiquara-BA.; Vitima: V. A. L. (Feminino), data/nascimento. 15/12/1997, endereço. Rua J.J. de Oliveira, Aiquara-BA.
Fonte: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.
Tarcísio tenta recuperar terreno no bolsonarismo com martelo, Deus e militarismo
Quando Tarcísio de Freitas (Republicanos) golpeou sem clemência o balcão da Bolsa de Valores, para celebrar o fim do leilão do trecho norte do Rodoanel, ensaiou por tabela marretar a má vontade contra ele nutrida por uma parcela do bolsonarismo mais aguerrido.
Mais gestos vieram na mesma semana. O Terra Brasil Notícias, um dos oráculos da comunicação bolsonarista, reproduziu a participação do governador de São Paulo nos 143 anos do Corpo de Bombeiros e destacou: “Tarcísio comanda cerimônia militar pessoalmente”.
O chefe do Executivo paulista também sancionou um projeto de lei que tornou a Marcha para Jesus, maior evento no calendário evangélico do continente, patrimônio cultural imaterial do estado —ato prontamente exaltado por portais do segmento, como o Pleno News.
Os últimos dias foram lidos, por aliados e também desafetos, como um aceno do governador ao eleitorado mais fiel a Jair Bolsonaro (PL), grupo que o embalou até o Palácio dos Bandeirantes. A relação andava estremecida após Tarcísio emitir sinais que não caíram bem com parte dessa base.
Como ao declarar, antes mesmo de tomar posse, nunca ter sido um “bolsonarista raiz”. Já na cadeira, ele posou mais de uma vez com o presidente Lula (PT), inimigo número um do bloco, e sancionou uma lei que autoriza a maconha medicinal no SUS em São Paulo, algo no mínimo controverso para uma ala conservadora que tem ojeriza a qualquer flexibilização do acesso à cannabis.
As marteladas que desferiu na B3 ressuscitaram nas redes sociais comparações com os personagens Thor, deus nórdico que empunha um martelo, e Chapolin Colorado, dono da marreta biônica. A deputada Carla Zambelli (PL-SP), que voltou a defender Bolsonaro depois de dar declarações à Folha que a fizeram se indispor com o ex-presidente, compartilhou na internet uma charge do governador “Thorcísio” veiculada na Revista Oeste, outra trincheira virtual do conservadorismo.
Disse Tarcísio ao manusear o martelo: “O pessoal está tímido ainda, mas vou mostrar como é que faz”. Com pretensões presidenciais para 2026 no radar, ainda lhe resta mostrar como se faz para sinalizar para um eleitorado mais amplo sem desagradar a base que cimentou sua vitória no ano passado.
Tímida foi, até aqui, a reação em grupos digitais bolsonaristas a movimentos do governador que aliados interpretam como uma piscadela para a direita.
O Telegram se empolgou, mas com comedimento, com a empolgação de Tarcísio do leilão do Rodoanel, aponta monitoramento coordenado por Leonardo Nascimento, Letícia Cesarino e Paulo Fonseca com apoio do InternetLab.
As mensagens mais compartilhadas sobre o episódio nos principais canais a favor de Bolsonaro somam 20 menções. “Parece pouco, mas são grupos com centenas de inscritos”, diz Nascimento, professor da Universidade Federal da Bahia.
Diz uma delas: “Bate Tarcísio, martelaaaaaaaaaaa!! Imagina toda a pressão que ele deve estar sofrendo e o duro que foi finalmente bater este martelo. Que Deus te abençoe e te dê muita força para fazer São Paulo decolar!!”.
Um recado o parabenizando, postado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), impulsionou as referências positivas ao governador nesse ecossistema digital. Para Nascimento, Tarcísio parece estar “estrategicamente acenando para as pautas do bolsonarismo para tentar ocupar o lugar do ‘pai da horda’”.
O vereador paulistano Fernando Holiday (Republicanos), que respaldou Tarcísio e Bolsonaro em 2022, não detectou em sua bolha direitista muitas demonstrações públicas de afeto ao entusiasmo do governador com a privatização de extensão do Rodoanel. “Eu só o vi postando e a esquerda criticando”, diz, acrescentando um emoji de gargalhada.
Segundo Holiday, alguns devotos de Bolsonaro não gostam muito de qualquer sinal de entrosamento com a esquerda, mesmo que num nível republicano. Daí a implicância com Tarcísio. “Mas isso é só uma questão de amadurecimento da direita. Foi por falta de gestos como esses que acabamos sendo tachados de antidemocráticos.”
A direita, segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), ex-presidente da bancada evangélica, “está engatinhando no Brasil” e ainda “passará pelo amadurecimento natural da política”.
“O governador foi militar e sempre foi liberal na economia, essa é a essência dele”, afirma o parlamentar. “Quem é [conservador] não precisa provar, é só praticar aquilo que ele acredita e defende.”
Enquanto fileiras mais ideológicas do bolsonarismo resistem ao governador, chegando a lhe rotular como “traíra”, nos bastidores do poder seu nome cresce entre as apostas para bater a esquerda na próxima eleição a presidente, sobretudo se questões judiciais tornarem Bolsonaro inelegível.
Para o apóstolo César Augusto, um dos evangélicos que marchou com o ex-presidente na fracassada campanha pela reeleição, lustra a biografia de Tarcísio com adjetivos como “ousado” e “corajoso”.
Para o líder da igreja Fonte da Vida, o governador vai cada vez mais “ocupando espaço que está vago na direita e surfando numa onda onde não tem ninguém”. Virou “uma opção no cenário nacional para combater a esquerda”.
Em nota, o Bandeirantes diz que “todas as medidas e decisões adotadas pela atual gestão estão alinhadas com o plano de governo e são voltadas à promoção do diálogo e do desenvolvimento a fim de assegurar a dignidade a todos os paulistas”.
Anna Virginia Balloussier/Folhapress
Governo Lula trabalha para aumentar pena de militares em atos antidemocráticos
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha para derrubar um veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que aumenta a pena de militares que participarem de atos antidemocráticos.
A análise está prevista para 28 de março, em sessão conjunta do Congresso. A Casa Civil já pediu o parecer dos ministérios relacionados à pauta, entre eles o da Justiça e Segurança Pública.
Bolsonaro vetou o artigo da norma que substituiu a Lei de Segurança Nacional às vésperas das manifestações de 7 de Setembro do ano passado.
O texto inicial previa aumento da pena quando crimes contra o Estado de Direito fossem cometidos por militares ou outros agentes públicos, inclusive com a perda respectivamente de patente e cargo ou função.
A derrubada do veto será uma oportunidade de o governo testar a força da base legislativa que vem se empenhando em construir. A avaliação é que os ataques de 8 de janeiro ajudam a reforçar a posição do Executivo.
FÁBIO ZANINI E JULIANA BRAGA/FOLHAPRESS
Deputada do PL nega que foto segurando arma seja recado para Lula
Acusada de incitação à violência por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) nega que a foto postada em uma rede social na qual segura uma carabina enquanto veste camiseta estampada com uma mão com quatro dedos perfurada por balas seja uma alusão ao petista.
“Está escrito Lula na camiseta? Não está, né. Não está escrito Lula. Eu acho que não é só ele que tem um dedo a menos ou dois, sei lá. Não está escrito Lula e em nenhum momento eu falei no meu texto: ‘vamos atacar’, ‘vamos pegar em armas para fazer uma revolução’. A esquerda já falou isso uma vez. Eu nunca falei isso”, diz ao Painel.
Ela disse ter ganhado a camiseta do dono do clube de tiro no qual tirou a foto. “Eu ganhei ali na hora, coloquei, e bati uma foto. Mas o meu texto em nada fala em incitação à violência.”
Na postagem, a deputada escreve: “Come and take it! Não podemos baixar a guarda. Infelizmente a situação não é fácil. Com Lula no poder, deixamos um sonho de liberdade para passar para uma defesa única e exclusiva dos empregos, do pessoal que investiu no setor de armas”, escreveu. “Estamos agora falando em socorrer empregos e lutar por segurança jurídica! Nesse desgoverno do PT, temos que lutar para garantir o que já está na lei. E impedir retrocessos. Contem comigo. Não desistiremos.”
Segundo ela, a expressão “come and take it” é famosa entre os apoiadores de armas nos Estados Unidos. “É apenas o meu posicionamento político que eles estão tentando criminalizar.”
Zanatta afirma que vai entrar com uma representação no conselho de ética contra a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que, também em uma rede social, falou em “Comportamento nazista da deputada de SC, de apologia à violência contra @LulaOficial.”
“A Gleisi me ofendeu, me chamou de nazista. É algo muito sério. Eu jamais defendi de ditaduras totalitárias, ao contrário de alguns aí, como ela, por exemplo. Então eu considero que pode ser quebra de decoro ela ter escrito aquilo sobre uma colega deputada”, diz.
“O meu estado, Santa Catarina, os catarinenses têm sido acusados frequentemente de nazistas. Todo dia na minha rede social tem alguém me chamando de nazista. Então é a banalização do nazismo, inclusive, e é uma ofensa muito grave para mim.”
A parlamentar afirma estar sendo ameaçada nas redes sociais por causa da postagem. “Essas coisas, na verdade, alimentam tudo aquilo que eles falam, violência contra mulher. Mas parece que nesse momento eu não sirvo como mulher.”
Aliados de Lula, por sua vez, pretendem acionar a justiça contra a parlamentar. Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Alencar Santana (PT-SP) vê na postagem da parlamentar incitação à violência. “É uma ameaça à vida do presidente da República. Então também contraria ali o código penal, especificamente a lei do estado democrático. Ao mesmo tempo, ela terá que se explicar se possui posse e porte de arma daquele calibre”, afirma.
“Não dá para a gente compactuar com esse tipo de atitude que fica incitando pessoas a cometerem atentados contra a vida de alguém.”
Danielle Brant/Folhapress
UBS fecha acordo para comprar Credit Suisse por pouco mais de US$ 2 bilhões
O banco UBS concordou em comprar o Credit Suisse por pouco mais de US$ 2 bilhões, de acordo com o jornal inglês Financial Times e com a agência de notícias Bloomberg. A oferta anterior feita pelo UBS era de até US$ 1 bilhão.
Segundo o FT, para o negócio se concretizar, as autoridades suíças devem alterar as leis do país de modo a evitar que seja necessária uma votação dos acionistas sobre a transação. A expectativa é que o acordo seja assinado ainda neste domingo, 19, evitando novas turbulências com os papéis do Credit Suisse na Bolsa amanhã.
O UBS deverá pagar mais de 0,50 franco suíço por ação do Credit Suisse. Na sexta-feira, os papéis do Credit encerraram o dia negociados a 1,86 franco. O pagamento será feito em ações do UBS.
O contato entre os dois bancos foi limitado, e os termos do acordo foram influenciados pelo Banco Central da Suíça (SNB) e pelo regulador Finma, disseram fontes ouvidas pelo FT. O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) deu seu consentimento para o andamento do negócio, acrescentaram.
A mudança na legislação que está sendo planejada pelas autoridades suíças já é alvo de críticas. O executivo-chefe da Fundação Ethos, que representa os fundos de pensão suíços que possuem entre 3% e 5% do Credit Suisse e do UBS, Vincent Kaufmann, afirmou ao FT que a medida é negativa para a governança corporativa. “Não acredito que nossos membros e acionistas do UBS ficarão felizes com isso”, disse. “Nunca vi medidas assim sendo tomadas. Isso mostra o quão ruim é a situação.”
Os bancos estão em negociação com os reguladores desde quarta-feira, quando o Credit Suisse pediu ao BC suíço uma linha de crédito emergencial de 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões). Ainda assim, os papéis do Credit Suisse continuaram caindo e clientes do banco não cessaram os saques. Diante desse cenário, o BC passou a trabalhar para forçar uma fusão entre o Credit e o UBS. Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, os dois bancos eram contra a operação.
De acordo com o FT, o UBS encolherá drasticamente o banco de investimentos do Credit Suisse.
Procurados pelo FT, SNB, UBS, Credit Suisse e Finma se recusaram a comentar.
Estadão Conteúdo
Jerônimo inaugura ampliação e modernização do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP do Semiárido), em São Domingos
Ampliado e modernizado, com investimentos de mais de R$ 6,7 milhões do Governo do Estado, o Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) do Semiárido, no município de São Domingos, foi entregue à comunidade estudantil pelo governador Jerônimo Rodrigues, na tarde deste sábado (18).O CEEP do Semiárido tem capacidade para 665 estudantes, com a oferta de cursos técnicos profissionalizantes em meio ambiente, manutenção e suporte de informática, administração, recursos humanos, análises clínicas, logística, zootécnica, agropecuária e técnico de enfermagem. A unidade de ensino foi contemplada com a construção de oito novas salas de aula, campo de futebol society, com pista de atletismo e a reforma do ginásio coberto existente.
De acordo com a secretária estadual da Educação, Adélia Pinheiro, os estudantes do CEEP Semiárido estão distribuídos nos cursos de Ensino Médio de tempo regular e em nove cursos de Educação Profissional, voltados para o mercado de trabalho. “O objetivo é capacitar o jovem, não somente para que tenha uma profissão técnica já definida e as suas competências de conhecimento, mas também para que ele projete para o seu futuro o acesso à educação superior, dentro de uma área já vocacionada. É uma garantia de mais oportunidades para os jovens baianos”, ressaltou.
Infraestrutura
O município de São Domingos também recebeu obras de infraestrutura, neste sábado. O trecho da BA-416, entre Valente, São Domingos e o entroncamento da BR-324 passou por requalificação asfáltica. A intervenção contou com investimento de R$15,8 milhões para recuperação de um trecho de 31 quilômetros. A obra representa uma importante conquista para a população são-dominguense, como destacou o governador Jerônimo Rodrigues. “É uma alegria entregar essas estradas recuperadas à população. Além de tranqüilidade e mais segurança, a requalificação de rodovias oferece mais agilidade para quem transita na região”.
Mais obras
O governador inaugurou a requalificação do campo de futebol Alfredão, situado no distrito de Santo António, com investimento de R$ 1,5 milhão. As obras, fruto de parceria entre a Sudesb, vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e a Prefeitura, incluem implantação de grama sintética, construção de arquibancada e outras melhorias. Também resultado de convénio entre Governo do Estado e Prefeitura, a Escola Municipal Professora Valdete Ramos de Oliveira recebeu um campo de futebol, com recursos da ordem de R$ 2,1 milhões.
Ainda na área da Educação, o governador autorizou a Secretaria da Educação a viabilizar a construção de quadra poliesportiva coberta na Escola Municipal Lucindo Francisco Dias. O objetivo do Governo é incentivar a prática esportiva e o desenvolvimento físico dos estudantes. A obra vai contar com investimento de R$ 1,7 milhão.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Ataques no RN: Estação de trem é incendiada por criminosos
Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi |
De acordo com os bombeiros, o fogo destruiu a sala que tinha equipamentos como computadores, cadeiras, cafeteira, além de material de escritório.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos, por meio de nota, lamentou o ataque e afirmou que "está em tratativas com todas as forças de seguranças, tanto na espera federal, quanto na estadual, desde o início dessas ações criminosas, para que seja reforçada a segurança no entorno das Estações Ferroviárias".
Desde terça-feira (14), o Rio Grande do Norte é alvo de ataques a prédios públicos, comércios e veículos.
Putin realiza visita surpresa à cidade ucraniana de Mariupol MUNDO
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez uma visita surpresa neste domingo, 19, à cidade ucraniana de Mariupol, devastada por bombardeios, em sua primeira viagem à zona ocupada desde o início da ofensiva russa na Ucrânia.
Segundo informou o Kremlin, Putin chegou de helicóptero a Mariupol, em Donbass, e fez um tour pela cidade dirigindo ele mesmo um veículo. De acordo com as imagens transmitidas pela televisão estatal russa, a viagem ocorreu à noite.
Nas imagens é possível ver o presidente russo nas ruas conversando com os moradores. Putin também visitou a recém-reconstruída filarmônica local e recebeu um relatório sobre o trabalho de reconstrução em Mariupol.
Essa foi a primeira visita do presidente russo à cidade portuária no sudeste da Ucrânia. Putin chegou a Mariupol depois de visitar a Crimeia no sábado, no aniversário da anexação da península por Moscou em 2014.
Autoridades ucranianas
As autoridades ucranianas de Mariupol denunciaram a visita de Putin à cidade portuária, que caiu sob o controle de Moscou em maio de 2022 após um longo cerco.
“O criminoso internacional Putin visitou, à noite, a Mariupol ocupada, provavelmente para não ver, à luz do dia, a cidade assassinada por sua ‘libertação’”, escreveu a Câmara Municipal no Telegram./AFP
Estadão Conteúdo
Caso Marielle: general culpa Witzel por impunidade
O general Richard Fernandez Nunes relacionou a mudança da equipe de investigadores – chefiada pelo delegado Giniton Lages – à impunidade dos mandantes da morte de Marielle Franco. Richard era o secretário da Segurança Pública do Rio quando a vereadora do PSOL e o motorista Anderson Gomes foram assassinados, em 14 de março de 2018.
Lages foi removido das investigações em 2019, após a prisão do sargento Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, apontados como executores do crime. A decisão foi tomada pelo então governador Wilson Witzel. “Ela (Marielle) foi morta porque fazia parte de um grupo político, e grupos políticos contrariam determinados interesses”, afirmou o general.
As declarações do general estão em sua entrevista aos pesquisadores Celso Castro, Adriana Marques, Verônica Azzi e Igor Acácio para o livro Forças Armadas na Segurança Pública: a visão militar. Ao Estadão, ele confirmou o teor das declarações, feitas em 2021 e publicadas agora, quando o crime completou cinco anos.
“Estava nítido para nós que era um crime encomendado, uma execução, tendo em vista a atuação política no Rio.” Segundo ele, para se fazer campanha no Rio, “o camarada tem que pedir voto ou em área controlada pelo tráfico ou por milícia”. “Migrar de uma área dessas para outra representa, do ponto de vista do político, um movimento muito arriscado.” Marielle começou a atuar em áreas onde milicianos faziam construções clandestinas e praticavam crimes ambientais.
Pergunta
O general comandou a Segurança até o fim da intervenção federal, em dezembro de 2018. “Os executores foram presos em março (2019). E o Giniton teve também a lealdade de dizer isso na frente do governador (Witzel), que o crime tinha sido elucidado após uma longa investigação de um ano, que muito se devia ao apoio que ele recebeu da intervenção federal. Aí vocês vão me perguntar: mas por que não chegou aos mandantes até hoje? Ah… pergunta para quem veio depois, porque o Giniton foi afastado do caso. Ali havia um planejamento. A gente tinha uma expectativa na linha do tempo para atingir determinados objetivos.” O primeiro deles foi deter os executores.
As suspeitas apontavam então para a participação de políticos ligados à milícia como possíveis mandantes. Para o general, o desmonte da equipe de investigadores teria comprometido o andamento das investigações. Após deixar a secretaria, ele assumiu o Centro de Comunicação Social do Exército e, depois, o Comando Militar do Nordeste, cargo que ocupa até hoje.
Além da equipe policial, as promotoras Simone Sibílio e Letícia Emile, que acompanhavam as investigações, deixaram o caso em 2021. O Estadão procurou Witzel, mas não o localizou. Em janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, manifestou-se a favor da federalização do caso.
Marcelo Godoy/Estadão Conteúdo
Saiba quais são as etapas de criação, fusão e incorporação de partidos
Atualmente, há 16 partidos em formação aguardando para obter o registro na Justiça Eleitoral. Até o momento, o país conta com 31 agremiações partidárias devidamente registradas.
Para lançar candidatos nas próximas eleições, em 2024, é necessário estar registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com seis meses de antecedência. Além disso, somente participará do processo eleitoral, receberá recursos do Fundo Partidário e terá acesso gratuito a rádio e televisão as legendas que estiverem com o registro deferido.
A criação de partidos deve atender aos requisitos da Resolução TSE nº 23.571/2018 e da Lei nº 9.096/1995 (a Lei dos Partidos Políticos). Ambas as normas disciplinam a criação, a organização, a fusão, a incorporação e a extinção das agremiações partidárias.
Criação de partidos
Para a criação de uma nova legenda, é preciso antes adquirir personalidade jurídica e registrar o estatuto no TSE. Para o registro ser admitido, é preciso ter caráter nacional e, em dois anos a partir da data de aquisição de personalidade jurídica, conseguir o chamado apoiamento mínimo.
Trata-se do apoio de eleitores não filiados a nenhuma legenda que corresponda a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um deles. Essa tabela de apoiamento mínimo pode ser conferida no portal do TSE.
O partido deve ter 101 ou mais fundadores, no gozo de seus direitos políticos, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos estados. Eles são responsáveis por elaborar o programa e o estatuto do partido em formação, que deverão ser publicados no Diário Oficial da União após aprovação. Os fundadores elegem ainda os dirigentes nacionais provisórios do partido, que, por sua vez, tomam as providências necessárias para o registro do estatuto perante o Cartório do Registro Civil competente e no TSE.
Fusão
A fusão ocorre quando dois ou mais partidos já existentes se unem, formando um novo. Em 2022, houve somente um pedido de fusão: o Partido Social Liberal (PSL) e Democratas (DEM) originou o União Brasil. Ainda está em tramitação a junção do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e do Patriota, que deve dar origem ao Mais Brasil, em caso de deferimento pelo Plenário do TSE.
A fusão entre partidos também obedece a regras. Por exemplo: os órgãos de direção dos partidos políticos deverão elaborar projetos comuns de estatuto e programa; os órgãos nacionais de deliberação das legendas em processo de fusão votam, por maioria absoluta, os projetos e elegem o órgão de direção nacional que promoverá o registro do novo partido originado; e, após deferimento do registro da nova agremiação partidária, serão cancelados os registros dos órgãos de direção estaduais e municipais das legendas extintas.
Incorporação
Já a incorporação ocorre quando uma legenda é absorvida por outra. Recentemente, o TSE aprovou a incorporação do Partido Republicano de Ordem Social (PROS) pelo Solidariedade. Ainda aguarda deferimento a incorporação do Partido Social Cristão (PSC) pelo Podemos (PODE).
No caso de incorporação, observada a lei civil, cabe ao partido político que será incorporado deliberar, por maioria absoluta de votos, em seu órgão de direção nacional, sobre a adoção do estatuto e do programa da agremiação partidária incorporadora. Após essa adoção, em reunião conjunta dos órgãos nacionais de deliberação, é preciso eleger o novo órgão de direção nacional, que providenciará a realização de reuniões municipais e estaduais conjuntas, constituindo os novos órgãos municipais e estaduais.
Nos estados ou municípios onde apenas um dos partidos políticos possuía órgão estadual ou municipal, o novo órgão nacional ou estadual pode requerer ao TSE a anotação da alteração decorrente da incorporação.
Votos e recursos
Para fusão ou incorporação, os partidos políticos deverão ter o registro definitivo do TSE há, pelo menos, cinco anos. Nos dois casos, o novo estatuto deve ser levado a registro e averbado, respectivamente, no ofício civil e no TSE.
Após deferida a fusão ou incorporação, devem ser somados exclusivamente os votos dos partidos envolvidos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, para distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do acesso gratuito a rádio e televisão.
Fonte: TSE
Fala de Lula sobre miscigenação como resultado positivo da escravidão gera controvérsia
Uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, na última semana, gerou críticas ao apontar a miscigenação do Brasil como um resultado positivo do período da escravização da população negra.
Na segunda (13), em visita à terra Raposa Serra do Sol, Lula fez um discurso em que tentou exaltar os povos indígenas e negros e criticou os colonizadores que, “há 500 anos nesse país”, “resolveram vender a ideia de que era preciso fazer a escravidão vir para o Brasil porque os indígenas eram preguiçosos, não gostavam de trabalhar”.
Foi nesse contexto que o presidente citou a miscigenação como um lado positivo daquele período.
“Toda a desgraça que isso causou ao país, causou uma coisa boa, que foi a mistura, a miscigenação, da mistura entre indígenas, negros e europeus, que permitiu que nascesse essa gente bonita aqui, que gosta de música, que gosta de dança, que gosta de festa, que gosta de respeito, mas que gosta de trabalhar para sustentar a sua família e não viver de favor de quem quer que seja”, afirmou.
O episódio despertou críticas de ativistas, que argumentaram que não há saldo positivo da escravidão. Citaram ainda que a mestiçagem muitas vezes foi fruto de violência contra mulheres negras e que a ideia de elogiar a mistura de raças está ligada ao mito da democracia racial que foi usado na história brasileira para negar a existência do racismo.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relativizou a escravidão ao afirmar que, apesar de ter sido uma desgraça, teve uma consequência boa, a miscigenação”, declarou, em nota, o MNU (Movimento Negro Unificado).
“Ao apontar nossos problemas de relações étnico-raciais e sobre a constituição de nossa identidade nacional, esqueceu-se de que a mestiçagem é fruto de um dispositivo de poder, e longe de criar a cordialidade, o gosto pela música, dança, festa, buscou tornar dóceis as etnias que estão na raiz de nossa nacionalidade, de modo a reforçar discriminações históricas”, declarou a entidade, uma das principais do movimento negro do país.
O MNU pondera que Lula já reconheceu em outros momentos a gravidade da escravização de negros.
“Em 2005, numa de suas viagens à África, ao visitar o local onde funcionou um entreposto de venda de escravos na Ilha Gorée, no Senegal, pediu ‘Perdão pelo que fizemos aos negros’, como também reconheceu, em vários outros momentos, a dívida histórica com a população negra e indígena, apontando para a construção de mais políticas públicas para a igualdade racial e pela reparação”, afirma a nota.
Para a socióloga Flávia Rios, professora da UFF (Universidade Federal Fluminense) e pesquisadora do Afro-Cebrap (Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial), a fala do presidente apresenta duas narrativas: uma que reforça estereótipos e outra que busca exaltar os povos minorizados.
“Tem um Lula antigo desatualizado com uma tentativa de ser atualizado”, afirma Rios. De acordo com a pesquisadora, apesar do discurso conflituoso, o presidente avança ao trazer para o debate as questões étnico-raciais e o colonialismo, temas que, segundo ela, em outras épocas não eram tratados mesmo pelo Partido do Trabalhadores.
“Existe um esforço de querer falar com os agentes sociais dentro de uma nova linguagem política, antirracista, mas também há um homem que se formou ainda numa cultura da ditadura militar, no discurso ligado à democracia racial, que é um discurso que permeou a primeira gestão dele, permeia a trajetória dele”, afirma.
Desde a campanha eleitoral, Lula tem sido cobrado a atualizar o seu discurso em questões gênero, raça e população LGBTQIA+.
Para o governo, afirmar que Lula disse que a escravidão foi boa é uma distorção.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a escravidão como ‘uma desgraça’ para o Brasil, durante o pronunciamento na abertura da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas, conforme é possível confirmar no link”, declarou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta (17).
“Distorcer essa afirmação é negar tudo que ele já falou sobre o legado de exclusão e de violência da escravidão na história do país e da necessidade de políticas públicas de reparação como reconhecimento de territórios quilombolas e cotas raciais realizadas em seus governos anteriores”, afirma o texto.
O Planalto destacou fala recente do presidente em que condenou a escravatura e a violência contra pessoas negras.
“Ao tomar posse, neste ano, entre as primeiras medidas de governo, recriou o Ministério da Igualdade Racial, ‘para enterrar a trágica herança do nosso passado escravista’, disse ele, no discurso. Na ocasião, Lula reafirmou ainda ‘o compromisso de combater dia e noite todas as formas de desigualdade de renda, de gênero e de raça’. E destacou que ‘é inaceitável que continuemos a conviver com o preconceito, a discriminação e o racismo’.”
Francisco Lima Neto/Folhapress
Sobe para 12 número de mortos em terremoto no Equador
Subiu para 12 o número de pessoas morreram no intenso terremoto que atingiu o sul do Equador e o norte do Peru neste sábado, 18. O U.S. Geological Survey apontou que o sismo atingiu a magnitude de 6,8 com centro na costa do Pacífico, 80 quilômetros ao sul de Guayaquil, a segunda maior cidade do Equador.
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, afirmou a repórteres que o terremoto “sem dúvida gerou alarme na população” e pediu em uma mensagem no Twitter para que as pessoas fiquem calmas.
Associated Press/Estadão Conteúdo
Fluminense goleia Volta Redonda e vai à final do Campeonato Carioca
O Fluminense está na final do Campeonato Carioca. Neste sábado (18), o Tricolor goleou o Volta Redonda por 7 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro, no jogo de volta do confronto das semifinais do Estadual. O atacante Germán Cano balançou as redes quatro vezes e assumiu a artilharia da competição, com 14 gols. A Rádio Nacional transmitiu ao vivo o embate.
Atual campeã, a equipe comandada por Fernando Diniz enfrenta, na decisão, o ganhador de Vasco e Flamengo, que fazem a segunda partida da semifinal neste domingo (19), às 18h (horário de Brasília), no Maracanã. Na última segunda-feira (13), o Rubro-Negro venceu o primeiro jogo por 3 a 2 e tem a vantagem do empate. O Cruzmaltino se classifica em caso de vitória simples, pois fez melhor campanha que o rival na primeira fase.
O Voltaço poderia empatar que se classificaria à final, já que ganhou a partida de ida, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ), por 2 a 1, há uma semana. O Fluminense, porém, não demorou a inverter a vantagem. Aos três minutos, o atacante Keno foi até a linha de fundo, pela esquerda, e cruzou rasteiro. O lateral Samuel Xavier apareceu na pequena área e desviou para as redes.
O 1 a 0 igualava o placar agregado do confronto e já era suficiente para o Tricolor, por ter melhor campanha, mas os anfitriões não deixaram o ritmo cair. Aos sete, o atacante Jhon Arias cobrou falta na área, o zagueiro Nino cabeceou, o goleiro Vinícius deu rebote e Cano ampliou. Aos 23, o meia Paulo Henrique Ganso lançou o lateral Alexsander, que invadiu a área pela esquerda e marcou o terceiro.
Aos 39 minutos, Arias recebeu na intermediária e levantou na área, na cabeça do volante Martinelli, que anotou o quarto do Fluminense. Nos acréscimos, após troca de passes na entrada da área, Nino rolou para Cano, na cara do gol, tocar na saída de Vinícius, fazendo o quinto gol do Tricolor e o segundo dele na partida.
No segundo tempo, o Fluminense parou duas vezes na trave, aos 13 e 14 minutos, até Arias ser atingido na área pelo zagueiro Alix Vinícius. Com auxílio do árbitro de vídeo (VAR), o pênalti foi anotado e o defensor do Volta Redonda expulso. Aos 19, Cano bateu a penalidade e marcou mais um. Naquele momento, o argentino se igualava ao também atacante Lelê, do próprio Voltaço, com 13 gols.
O sétimo parecia questão de tempo. Aos 28, Keno acertou o travessão. Aos 40 minutos, o atacante lançou Cano na área. O argentino girou em cima do marcador e acertou o canto de Vinícius, chegando ao quarto gol dele na partida, assumindo a artilharia do Carioca de forma isolada e dando números finais ao confronto.
Mineiro: Atlético na final
O Atlético-MG se garantiu na final do Campeonato Mineiro pelo sexto ano consecutivo. O Galo venceu o Athletic por 1 a 0 no Independência, em Belo Horizonte, beneficiando-se do regulamento, em que a equipe de melhor campanha tem a vantagem do empate no placar agregado. O time de São João del-Rei (MG) havia ganhado o duelo anterior por 1 a 0, no Estádio Joaquim Portugal, na semana passada.
O gol da classificação saiu dos pés de Hulk. Aos sete minutos do segundo tempo, após uma saída errada do Athletic, o camisa 7 recebeu do também atacante Paulinho, driblou o goleiro Júlio César e mandou para as redes. Na decisão, o Atlético terá pela frente América-MG ou Cruzeiro, que jogam neste domingo, às 18h, no Independência. Na ida, o Coelho ganhou por 2 a 0 na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG), e pode perder por até dois gols de diferença. A Raposa tem de vencer por três gols ou mais de saldo.
Baiano: Bahia se classifica
No Campeonato Baiano, o Bahia se classificou à decisão ao vencer o Itabuna por 4 a 1 na Arena Fonte Nova, em Salvador. Na final, o Esquadrão de Aço encara quem passar no duelo entre Juazeirense e Jacuipense, que se encaram no domingo, às 16h, no Valfredão, em Riachão do Jacuípe (BA) - o Jacuipense tem a vantagem do empate por ter ganhado o jogo de ida por 1 a 0 no Estádio Adauto Moraes, em Juazeiro (BA).
O Tricolor precisava vencer por ao menos dois gols de diferença neste sábado, pois havia perdido o primeiro jogo por 1 a 0, há uma semana, no Ribeirão, em Camacã (BA). Aos 13 minutos do primeiro tempo, cobrando penalidade, Everaldo colocou os donos da casa à frente. Na etapa final, aos seis, o meia Cauly ampliou. Três minutos depois, Everaldo marcou o terceiro. Os visitantes descontaram aos 31, com o atacante Cesinha, de pênalti, mas Cauly, aos 40 minutos, anotou o quarto dos anfitriões. O duelo terminou com três expulsos: o meia Daniel (Bahia), o lateral Jan Pieter e o volante Hebert (Itabuna).
Cearense: Ceará na decisão
O Ceará se garantiu na final do Campeonato Cearense ao receber o Iguatu na Arena Castelão e ganhar por 2 a 0. O adversário do Vozão na decisão sairá do confronto entre Fortaleza e Ferroviário, que jogam domingo, às 18h30, novamente no Castelão. O primeiro jogo - também disputado na capital do Estado - terminou empatado em 1 a 1. Em caso de nova igualdade, haverá disputa de pênaltis.
Há uma semana, no Morenão, em Iguatu (CE), as duas equipes ficaram no 1 a 1. No embate deste sábado, o Ceará saiu na frente aos nove minutos do primeiro tempo, com o atacante Vitor Gabriel. O Alvinegro criou as melhores oportunidades da partida, mas conseguiu o segundo gol somente aos 45 da etapa final, com o meia Léo Rafael. O Vozão não leva o título estadual desde 2018 e terá a chance de encerrar a sequência de quatro conquistas do rival Fortaleza, com quem divide o posto de maior campeão cearense (ambos com 45 troféus).
Edição: Kelly Oliveira
Por Lincoln Chaves - Repórter da EBC - São Paulo
Credit Suisse enfrenta fim de semana crucial e tenta encontrar solução até o domingo
O banco Credit Suisse, uma das 30 maiores instituições financeiras do mundo, enfrenta um fim de semana crucial para tentar restaurar a confiança dos investidores antes da abertura dos mercados, na segunda-feira, 20, e evitar outra semana problemática.
Várias reuniões de crise estão marcadas para este fim de semana, tanto conversas internas no Credit Suisse, quanto discussões por parte de reguladores do setor bancário na Suíça e até do Conselho Federal do país, dada a dimensão e importância desta entidade para a economia suíça.
Na sexta-feira, o jornal britânico Financial Times indicou, com base em várias fontes anônimas, que o UBS, o maior banco suíço, estava em negociações para a compra parcial ou total de seu rival, com a aprovação das autoridades reguladoras suíças.
O banco central suíço quer “uma solução simples e direta antes da abertura dos mercados na segunda-feira”, disse uma dessas fontes ao jornal, reconhecendo que “não há garantia” de sucesso.
O grupo CH Media disse que “o que o conselho de administração do UBS fizer será decisivo”. Nem o Credit Suisse nem o banco central suíço responderam aos questionamentos da AFP. O UBS e o regulador financeiro suíço Finma não responderam imediatamente.
Mas o custo atual do banco não é exorbitante. Depois de uma semana caótica, que levou à intervenção do banco central com uma linha de liquidez de US$ 53,7 bilhões, o valor da instituição financeira na bolsa rondava os US$ 8,7 bilhões no fechamento das operações sexta-feira, 17.
No entanto, uma aquisição desse porte é complexa, principalmente por conta da urgência com que vem sendo negociada.
Dessa forma, o UBS ou outro pretendente ficaria sozinho para administrar os fundos e fortunas do banco, indica o FT. Segundo o diário britânico, a americana BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, também estaria negociando a aquisição do banco suíço. A gestora, no entanto, negou que tenha interesse nesse negócio.
Escândalos financeiros
O Credit Suisse viveu dois anos repletos de escândalos, que revelaram “fragilidades substanciais” no seu controle interno, como o próprio banco reconheceu nesta semana.
Em 2022, o banco registrou um prejuízo líquido de US$ 7,9 bilhões, em um contexto de saques maciços feitos pelos seus clientes, em meio a toda a desconfiança que cerca as operações. E, para este ano, ainda prevê perdas “substanciais”.
“É um banco que parece nunca ter conseguido colocar a casa em ordem”, disse Chris Beauchamp, analista do IG, em um comentário sobre ações esta semana.
Quanto ao UBS, ele conseguiu atravessar a catástrofe da crise financeira de 2008, e não está claro se deseja passar por uma nova reestruturação, agora que começa a colher os frutos de seus esforços .
Outro obstáculo pode ser a autoridade suíça da concorrência, que pode ver a fusão de ambas as entidades como problemática, por conta da sua posição dominante no mercado.
Analistas acreditam que o Credit Suisse poderia ser desmembrado ou abrir o capital separadamente, para evitar demissões e fechamentos maciços na Suíça devido à duplicação de atividades entre os dois grupos.
Outras opções apontadas pelos analistas são a venda da atividade de corretagem ou, segundo o JP Morgan, “fechar totalmente” as atividades de banco de investimento.
No final de outubro, o Credit Suisse apresentou um grande plano de reestruturação, que contemplava o corte de 9 mil empregos até 2025, o que representa quase 17% de sua força de trabalho. A entidade, com um quadro de 52 mil pessoas no final de outubro, queria focar em atividades mais estáveis. /AFP
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