Pecuária projeta ampliação das exportações e aumento do preço da carne bovina

O brasileiro passou a comer menos carne bovina nos últimos anos, o que tem preocupado pecuaristas. Contudo a reabertura do mercado chinês após o fim do embargo animou o setor, que espera bater recorde de exportações e projeta crescimento de cerca de 15% no preço da arroba neste ano.

O registro do caso atípico de vaca louca em Marabá (PA), o sexto no país desde 2010, gerou apreensão porque, além do problema em si, o setor enfrenta gargalos históricos, conforme especialistas ouvidos pela Folha.

O temor tem uma explicação clara, segundo o engenheiro agrônomo Alcides Torres, analista de mercado da Scot Consultoria.

“A China é o nosso grande parceiro comercial para tudo. Em relação à carne bovina, os chineses detêm 60% do que a gente exporta. Por isso que, quando o Brasil suspende essa exportação, o mercado desmonta”, disse.

Envios ao exterior se tornam ainda mais necessários devido à previsão do Ministério da Agricultura de redução de 3,4% no resultado financeiro neste ano na pecuária. A causa está na queda nos preços das carnes bovina e de frango —terceiro ano seguido de perda de receitas. O resultado financeiro deverá alcançar R$ 362 bilhões no setor.

A receita da carne bovina deve alcançar R$ 141,6 bilhões, 6,4% menos que em 2022, e a da carne de frango deve chegar a R$ 104,4 bilhões (-7%). Já a carne de porco deverá ter alta.

Os pecuaristas projetam que o preço da arroba (15 quilos) —atualmente oscilando entre R$ 270 e R$ 285, dependendo da praça— chegue a algum valor entre R$ 320 e R$ 340 nos próximos meses.

Segundo Torres, o mercado interno não tem força suficiente para abraçar a produção de carne bovina, principalmente num período de queda no consumo devido às dificuldades econômicas.

“O consumo de 35 quilos [ano] por habitante caiu para 25 quilos em função da pandemia, e ainda está num processo de recuperação.”

A expectativa é de que o país tenha recorde de exportações neste ano. Dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) mostram que as exportações subiram 42% no ano passado em relação ao ano anterior, com receita total de US$ 13,09 bilhões.

“As exportações devem ser muito boas este ano e provavelmente o valor da arroba voltará a subir para o pecuarista. Não acredito que esse período em que a China ficou fechada vai interferir no volume total e no valor total exportado pelo Brasil”, disse o docente da USP (Universidade de São Paulo) Marcos Fava Neves, especialista em agronegócios.

Nabih Amin El Aouar, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, disse que o ideal seria que a arroba bovina retomasse os preços praticados no início do ano passado, entre R$ 320 e R$ 340. Ele acredita e que a reabertura do mercado na Ásia contribuirá para isso.

“O preço estava entre R$ 270 e R$ 280 e, em um dia após o anúncio do fim do embargo, já melhorou para algo como R$ 285, por isso acreditamos num viés de aceleração de preço”, afirmou.

Presidente da Assocon (Associação Nacional da Pecuária Intensiva), Maurício Velloso disse que 2023 está marcado pelo “fundo do poço” do ciclo pecuário e que isso se configura numa oportunidade para investimentos.

“Se os valores de reposição e de arroba experimentam seus limites de baixa, condenando vendedores a margens negativas, ao mesmo tempo é uma formidável oportunidade de alavancagem de rebanhos, justamente pelos valores baixos de animais para reposição, sejam para cria, recria ou engorda”, disse Velloso.

“Dessa forma, o cenário de terra arrasada para uns constitui-se em ambiente de investimentos interessantes para a nova fase do ciclo pecuário que se inicia.”

O ciclo a que se refere Velloso contempla o abate significativo de fêmeas, de acordo com Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro. Com o baixo preço do bezerro no mercado, não compensa para o pecuarista manter a fêmea e ficar produzindo mais bezerros, o que resultaria em manutenção dos preços baixos por mais tempo.

“Estamos assistindo a essa inversão do ciclo, o que não é normal, mas por conta da redução do preço do bezerro. Em fevereiro, houve abate de 51,3% das fêmeas, e normalmente fica na faixa de 25% a 30%”, disse Nastari.

CRÉDITO E DESIGUALDADE
Apesar das expectativas positivas, não só com o fim do embargo, mas também com a habilitação de mais quatro plantas frigoríficas para exportar para a China, o setor tem gargalos a serem resolvidos e que despertam preocupação de pecuaristas.

Entres eles, conforme Velloso, estão a desigualdade no país, com concentração de negócios, e o patamar elevado de juros, que “seduzem o investidor a obter ganhos interessantes sem risco”.

“Talvez o maior dos desafios seja a insegurança jurídica causada pela leniência governamental com a invasão de terras e a desobediência aos marcos regulatórios”, disse.

Para o presidente da associação dos criadores de nelore, o financiamento agrícola é um dos gargalos do setor, mas o principal é a produção heterogênea espalhada no território nacional.

“De repente, você é um produtor qualificado, eu sou um mediano e o José é um péssimo, então aqui no Brasil temos o melhor pecuarista do mundo e o pior. Isso é um problema. As associações buscam trabalhar para termos uma produção homogênea.”

A ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), por meio de comunicado, disse que o fim do embargo chinês foi importante também para a correção dos preços no setor e cobrou mecanismos que protejam comercialmente os pecuaristas brasileiros.

“No cenário econômico, quanto maior o player, maior a repercussão e a queda de preços no mercado do boi gordo”, disse a associação.

Marcelo Toledo/Folhapress

Bolsonaro diz no embarque para o Brasil que não vai liderar oposição e que direita não é irresponsável

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou ao aeroporto de Orlando, na Flórida, na noite desta quarta (29) para sua viagem de retorno ao Brasil.

À rede CNN Brasil, ele afirmou no aeroporto que vai viajar pelo Brasil, mas não para liderar a oposição.

Fora há três meses do país, ele não quis dar entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, dizendo que “vocês falaram muito de mim, agora, nas eleições”.

“O PL, que eu estou, detém quase 20% das bancadas da Câmara e do Senado. Digo: não vou liderar nenhuma oposição. Vou participar com o meu partido, como uma pessoa experiente, 28 anos de Câmara, quatro de presidente, dois de vereador e 15 de Exército, para colaborar com aqueles que assim desejarem”, disse ele à rede de TV.

À reportagem, ele não respondeu sobre a intimação feita pela Polícia Federal para depor sobre o caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita.

Na entrevista no aeroporto, Bolsonaro também criticou o governo Lula, disse que a gestão não tem como dar certo, e elogiou o papel da bancada de direita. “Temos hoje em dia uma direita que cada vez mais se aglutina, sabe o que quer, sabe o que deseja, tem um alvo, um objetivo, não é oposição irresponsável, oposição pela oposição”.

Após três meses nos Estados Unidos, Bolsonaro embarcará em Orlando rumo a Brasília na noite desta quarta.

O voo tem chegada prevista para o início da manhã de quinta em Brasília.

Bolsonaro chegou à Flórida a dois dias de concluir seu mandato. Driblou, portanto, a passagem da faixa presidencial para seu sucessor e rival, Lula (PT).

Passou seu primeiro trimestre como ex-presidente num condomínio em Kissimmee, cidade na Flórida a meia hora da Disney. Hospedou-se inicialmente na casa do lutador de UFC José Aldo, um admirador seu.

Antes mesmo da estadia de Bolsonaro, o endereço já havia aparecido no noticiário, com destaque para sua decoração: salão de jogos, sala de cinema e nove quartos. Um deles tinha o desenho “Minions” como motivo.

O ex-mandatário depois se mudou para outro imóvel no mesmo condomínio. A família às vezes compartilhava sua rotina nas redes sociais. Uma hora era a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro exibindo o marido lavando morangos para ela.

Outra, uma canja de Joe Castro, brasileiro radicado em Orlando que cantou uma música, segundo ele, composta logo após o acidente com o avião da TAM em 2007. Com uma Coca-Cola na frente, Bolsonaro escutou plácido versos como “como consegue viver sem mim”.

Sem ele no Brasil, aliados de Bolsonaro o criticaram pelo que viram como omissão nesse começo do governo Lula. A expectativa é a de que ele volte para liderar a oposição. Nas últimas 24 horas em solo americano, suas redes foram preenchidas pelo que vê como feitos de sua administração, entre eles um suposto esforço para combater a corrupção.

Bolsonaro é alvo de pedidos de investigação que vão do genocídio contra o povo yanomami à propagação de fake news. A mais avançada, que em última instância poderia torná-lo inelegível em futuros pleitos, aponta que ele usou a estrutura do Palácio do Alvorada em 2022 para jorrar ataques contra o sistema eleitoral em reunião com embaixadores.

Seus filhos políticos também foram à internet defender o legado do clã. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), principal arquiteto da persona virtual do pai, postou o LinkedIn, a rede social para contatos profissionais, do homem que deixou de governar o país no dia 31 de dezembro de 2022. O ex-presidente ainda mantém como atual ocupação “38º presidente do Brasil”.

Anna Virginia Balloussier/Folhapress

Praça de Eventos Álvaro Jardim terá campo de futebol

A prefeita Maria das Graças, atendendo ao pedido dos desportistas, solicitou à Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia), a construção de um campo de futebol na Praça de Eventos Álvaro Jardim, que está sendo utilizada cada vez mais como um complexo de lazer e prática de esportes. 
A equipe da prefeitura está acompanhando a execução da obra desse campo de futebol, com as dimensões 367,84 m², duas traves, drenagem e grama normal, que ficará à disposição dos desportistas.

O espaço já conta com pista de caminhada, de skate, playground para as crianças, quiosques de alimentação, e muito em breve será inaugurado um palco fixo, além deste campo de futebol que vai aprimorar ainda mais a utilização do espaço.

Fonte: Danny Muniz/ DECOM prefeitura de Ipiaú

Estados definem ICMS único de R$ 1,45 por litro e pressionam preço da gasolina

Os governos estaduais chegaram a um acordo para implantar a alíquota única de ICMS sobre a gasolina, que foi criada em lei aprovada no governo Jair Bolsonaro (PL) mas estava sendo discutida no STF (Supremo Tribunal Federal). Em convênio do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), definiram uma alíquota de R$ 1,45 por litro, tanto para a gasolina quanto para o etanol anidro que compõe o combustível vendido nos postos.

O valor é bem superior ao praticado nesta segunda quinzena de março, segundo mostram dados da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes). Atualmente, o maior ICMS sobre a gasolina é cobrado no Piauí, R$ 1,24 por litro. Em São Paulo, a alíquota atual equivale a R$ 0,89 por litro. Com a mudança, haverá uma diferença de quase R$ 0,50 por litro.

Os economistas Andréa Angelo e Felipe Salto, da Warren Rena, calculam que a mudança pode provocar aumento médio de 11,45% no preço da gasolina, com impacto de 0,5 ponto percentual na projeção do IPCA para 2023. Segundo eles, o valor do novo ICMS equivale a uma alíquota de 27,5%, superior, portanto, aos 17% a 18% usados como teto para produtos essenciais. “Então, poder-se-ia concluir que a essencialidade estaria de fato afastada para a gasolina”, afirmam.

O preço da gasolina já teve forte alta nos postos no início de março, com o retorno da cobrança de impostos federais sobre o combustível. Na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o produto foi vendido, em média, a R$ 5,51 por litro. O valor é R$ 0,43 por litro, superior ao verificado no fim de fevereiro, alta bem superior aos R$ 0,26 estimados pelo mercado —considerando que a nova alíquota é de R$ 0,47 por litro e a Petrobras cortou seus preços de venda em R$ 0,13 por litro para minimizar o aumento.

A nova alíquota passa a vigorar no dia 1º de julho. Será única em todo o país e cobrada em reais por litro —hoje, cada estado cobra um percentual sobre preço de referência definido a cada quinze dias em pesquisas nos postos. O modelo atual é criticado pelo setor por retroalimentar os aumentos de preço nas refinarias: após a alta nas bombas, os estados elevam o preço de referência para cobrança do imposto, gerando novo repasse ao consumidor final.

Além disso, dizem, incentiva fraudes tributárias com a compra de combustíveis em estados onde o ICMS é mais barato para a venda clandestina naqueles com maior tributação. A mudança foi aprovada pelo Congresso com apoio do governo Bolsonaro em maio de 2022, mas os estados recorreram ao STF. Em um primeiro momento, houve acordo sobre o diesel, que terá a alíquota única em vigor a partir de 1º de abril.

Também neste caso, é prevista alta nos postos, já que a alíquota definida, de R$ 0,95 por litro, é superior aos valores vigentes atualmente. O consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação de combustíveis, estima que o valor é R$ 0,13 superior ao vigente na primeira quinzena de março.
Nicola Pamplona/Folhapress

Ipiaú: Secretaria de Desenvolvimento realiza bate-papo com a comunidade sobre o Cadúnico

A fim de incentivar e buscar o fortalecimentos das famílias ipiauenses e explicar sobre os serviços oferecidos pela Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social, a pasta realizou, nesta terça-feira (28), o primeiro bate-papo com a comunidade.

O primeiro encontro da programação foi no prédio do CRAS II, esquematizado pela equipe do psicossocial e ministrada pela assistente social Luciana Evangelista, com foco na abordagem sobre o CadÚnico e a responsabilidade da família na formação cidadã dos filhos.
Aprendendo com dinâmicas

Para ensinar de maneira mais divertida, o professor de teatro Carlos Henrique tocou a música "Cidadão", de Zé Ramalho, com o objetivo de colocar os indivíduos como co-criadores da cena, fazendo-os refletir sobre a sua atuação e a sua importância para a construção de uma sociedade mais justa. “Realizamos uma dinâmica chamada ‘Degraus da Sociedade’, onde o grupo iniciava fora da linha imaginária, que era tida como a base da sociedade, e a cada pergunta feita sobre como esses indivíduos estavam fazendo valer seus direitos e deveres dentro de casa eles iam subindo um degrau”, explicou o artista.

Programação

O projeto acontecerá em outros prédios do CRAS do munícipio com diferentes palestrante e esquemas de abordagem. Na Fazenda do Povo o bate-papo acontecerá hoje (29) na Fazenda do Povo, às 14h; amanhã no CRAS I, na rua Rochael Medrado, bairro Euclides Neto. e em 04 de abril, no CRAS em Córrego de Pedras”.

“É importante a participação de todos os cidadãos, principalmente que são beneficiários dos serviços do CadÚnico, para juntos aprendermos mais sobre os serviços, além de dialogar e abordar sobre as necessidades, dúvidas e aumentar a conexão entre o usuários e nossa secretaria”, ressaltou a secretária do Desenvolvimento Social, Rebeca Câncio.
 Michel Querino / DECOM Prefeitura de Ipiaú

Cães do 8º BPM encontram fuzil, metralhadora e armas enterradas

Um fuzil calibre 5,56, uma submetralhadora calibre 40, uma carabina tática e uma pistola, ambas calibre 9 milímetros, carregadores e outros acessórios utilizados no tráfico de drogas foram localizados, na manhã desta quarta-feira (29), por alunos do IV Curso de Condutores de Cães e policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Porto Seguro).
O material foi encontrado enterrado em uma área de mata, utilizada pelos traficantes, na localidade de Acaufa, no município de Porto Seguro.

Segundo o tenente-coronel Alexandre Costa, comandante do 8º BPM, os alunos do curso foram na localidade para aula prática. Ao perceberem a presença policial, homens armados desceram de um veículo e seguiram para o mato. "Usamos os cães para farejar a área e encontramos o material ensacado e enterrado", contou o oficial.

Também foram achados 13 carregadores para as armas, balança, rádio comunicador, munições, maconha, cocaína, pasta base e dois veículos modelos City e Cronos.
Um dos criminosos foi alcançado e preso em flagrante e encaminhado para o Distrito Integrado de Segurança Pública.

Vinte e quatro polícias militares participaram do flagrante.
Fonte: Ascom/ Marcia Santana

Resultado da 1ª etapa do concurso para PM e CBM é divulgado

 

O Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Administração (Saeb), publicou na edição desta quarta-feira (29), do Diário Oficial do Estado (DOE), o resultado definitivo da primeira etapa (provas objetivas) do concurso SAEB/05/2022, que visa o provimento de vagas para soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Na mesma publicação, também foi divulgado o resultado provisório da segunda etapa do certame, que consiste na prova discursiva. O resultado definitivo sairá no dia 11 de maio.
No total, foram considerados habilitados, nas duas etapas, 6.421 candidatos ao cargo de soldado da PM e 1.575 candidatos ao cargo de soldado do Corpo de Bombeiros. A relação dos habilitados, por ordem de classificação, está disponível no DOE, além de poder ser conferida no canal de concursos do Portal RH Bahia (servidores.rhbahia.ba.gov.br/concursos) e no site da organizadora do certame, Fundação Carlos Chagas (www.concursosfcc.com.br).

Os candidatos que desejarem ingressar com recurso em relação ao resultado provisório da prova discursiva devem realizar o procedimento entre os dias 30 e 31 de março, por meio do site da Fundação Carlos Chagas. Ao longo deste período, a folha de respostas das provas discursivas também estará disponível para visualização

As provas do concurso foram aplicadas no dia 22 de janeiro deste ano e contaram com a participação de mais de 70 mil candidatos, disputando uma das 2.500 vagas de soldado (duas mil para PM e 500 para o Corpo de Bombeiros). Os exames foram realizados em Salvador e em 11 cidades do interior do estado (Alagoinhas, Barreiras, Feira de Santana, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, Serrinha e Vitória da Conquista).

Fonte: Ascom SAEB

Em fevereiro, juros médios dos bancos sobem para 44,2% ao ano

A taxa média de juros das concessões de crédito livre teve alta de 7,7 pontos percentuais (pp) nos últimos 12 meses e chegou a 44,2% ao ano em fevereiro. No mês, o aumento foi de 0,7 pp, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas hoje (29), em Brasília, pelo Banco Central (BC).

Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito ficou em 24,2% ao ano, queda de 1,1 pp no mês e alta de 2,7 pp em 12 meses. Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros alcançou 58,3% ao ano, alta de 1,7 pp no mês e de 10,2 pp em 12 meses.

No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 10,3% ao ano em fevereiro, com queda de 1 pp em relação ao mês anterior e com alta de 1,8 pp em 12 meses.

Para empresas, a taxa caiu 0,2 pp no mês e teve aumento de 2 pp em 12 meses, indo para 13,2% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado chegou a 11% ao ano, redução de 0,8 pp no mês e alta de 1,8 pp em 12 meses.

O comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em março do ano passado, o BC iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Em fevereiro, puxado principalmente pelos reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – ficou em 0,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA acumula alta 5,6% em 12 meses.

O Banco Central avalia que a alta na Selic tem sido repassada para as taxas finais de diferentes modalidades de crédito e o Copom não descarta a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado.

A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

Cartão de crédito

Para pessoas físicas, o destaque do mês foi para o cartão de crédito, cujas taxas tiveram alta de 6,5 pp no mês e 28,2 pp em 12 meses, alcançando 101,4% ao ano.

No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve alta de seis pp de janeiro para fevereiro e aumento de 62,2 pp em 12 meses, indo para 417,4% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 7,6 pp no mês e 15,3 pp em 12 meses, indo para 189,6% ao ano.

No cheque especial também houve alta de 6,3 pp no mês e de 4,9 pp em 12 meses, indo para 137,4% ao ano.

Já a taxa do crédito consignado teve estabilidade no mês e alta 3,8 pp em 12 meses (26,7%). No caso do crédito pessoal não consignado, os juros subiram 2,4 pp no mês de fevereiro e 3,3 pp em 12 meses (86,7% ao ano).

Estabilidade nas contratações

Segundo o Banco Central, a manutenção dos juros em alta, resultado do aperto monetário, e a própria desaceleração da economia a partir do segundo semestre do ano passado, contribuíram para a desaceleração do crédito bancário. No mês passado, as concessões de crédito caíram 10,5% para as pessoas físicas e 8,1% para empresas.

Em fevereiro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,319 trilhões, com uma ligeira variação negativa de 0,1% em relação a janeiro. O resultado refletiu a redução de 0,7% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,081 trilhões) e o aumento de 0,4% no de pessoas físicas (R$ 3,238 trilhões).

Na comparação interanual, o crédito total cresceu 12,6% em fevereiro, evidenciando desaceleração ante os 13,8% de 2022. Na mesma base de comparação, o saldo com as empresas desacelerou para 5,9%, ante 8% em fevereiro de 2022, assim como o volume de crédito às famílias passou de um crescimento de 17,9% em fevereiro do ano passado para 17,4% no mesmo mês de 2023.

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,872 trilhões, aumentando 0,9% no mês, por conta principalmente da alta dos títulos de dívida pública, que tiveram aumento de 1,4%, bem como da elevação de 2,3% dos empréstimos externos, impactada pela depreciação cambial de 2,1%.

Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 9%, prevalecendo com destaque para os aumentos da carteira de empréstimos do Sistema Financeiro, 12,8%, dos títulos de dívida privados, 36,7%, e dos empréstimos externos, 8,3%.

Endividamento|

De acordo com o Banco Central, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e registrou 3,3% em fevereiro. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, ela está em 6,1% e para pessoas jurídicas em 2,4%.

O endividamento das famílias – relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses – ficou em 48,8% em janeiro, com quedas de 0,2% no mês e de 1% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 31% no primeiro mês do ano.

Já o comprometimento da renda – relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período – ficou em 27,1% em janeiro, redução de 0,2% na passagem do mês e aumento de 0,5% em 12 meses.

Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o BC usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agência Brasil

REINAUGURAÇÃO DA 10&CIA EM IPIAÚ TRAZ DE VOLTA À MEMORIA DO ETERNO CINE ÉDEN

Nesta segunda (03), às 10hs, acontecerá na cidade de Ipiaú a reinauguração da loja 10&Cia, que funcionará no eterno Cine Éden, na Praça Ruy Barbosa. Será um momento de muita emoção para toda a cidade que reconhece a importância de manter sua história e cultura vivas.

A 10&Cia voltará com um maior espaço, conforto e variedade, com novos produtos de utilidades em geral, decorações, ferramentas, brinquedos, utensílios domésticos e muito mais.

Chegue cedo para não perder nenhum segundo dessa grande festa! Os 100 primeiros clientes a chegar nesta segunda ganharão um presente 10&Cia super especial.

Não fique de fora deste mega evento!

Reinauguração 10&Cia – Praça Ruy Barbosa (Eterno Cine Éden) – Ipiaú/BA

Ipiaú marca presença na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

A prefeita Maria das Graças, juntamente com as secretárias Laryssa Dias, da Saúde, Rebeca Câncio, da Ação Social e Desenvolvimento, e Erlândia Souza, da Educação, além dos vereadores de Ipiaú e a presidente do Diretório Municipal do PP, Flávia Mendonça participam da 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. 

O evento foi aberto oficialmente nessa terça-feira, 28, pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, com a participação da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, e tem como tema “Pacto Federativo: uma visão para o futuro”. 

A marcha se estende até amanhã, quinta-feira, 30, com diversas ações   que objetivam auxiliar as prefeituras em temas ligados à gestão pública e atender prefeitos e demais representantes municipais com dúvidas sobre parcerias com a União para a execução de políticas públicas com celeridade e eficiência. 

A delegação ipiauese tem participado dos principais painéis do encontro e reforçado a defesa de pautas como a aprovação da PEC 14/2022, que reduz a alíquota patronal do INSS dos municípios para a metade; o reajuste da Tabela do SUS, que não sofre reajuste desde 2010; e o fortalecimento dos consórcios, para expor a bem-sucedida experiência baiana com os consórcios e propor parceria com o governo federal. 

Visitas aos representantes de Ipiaú no Congresso Nacional e no âmbito do próprio Governo Federal, também estão no propósito do grupo liderado pela prefeita Maria das Graças. Neste elenco encontram-se os vereadores Naciel Ramos, Milton Costa Cruz (Picolé), Ivonilton Conceição, Edson Marques, Beto Costa, Cristiano e Andreia Novaes.

Fonte: Américo Castro/ DECOM Prefeitura de Ipiaú

Adolescente é apreendida pela Polícia Militar em Aiquara por Ato Infracional.

 
Por volta das 23h dessa terça-feira (28/03/23), a guarnição da 55ª CIPM/Aiquara foi acionada, através de telefone funcional, onde informaram que na Rua Jonival Lucas, s/n, Centro de Aiquara, estava havendo uma confusão, e já havia uma pessoa estava ferida. 

A guarnição deslocou ao local, onde foi constado que uma adolescente havia acertado seu companheiro na mão esquerda com golpe de faca, e ela, aparentemente embriagada, ainda se encontrava com a faca na mão ameaçando o companheiro.

Após negociar com a autora, a guarnição da PM conseguiu retirar a arma de sua mão, porém, está resistiu em acompanhar os policiais militares, sendo necessário fazer o uso progressivo da força até imobilizar e algemar a autora, com a presença do Conselho tutelar no local. 

Os envolvidos foram conduzidos à delegacia territorial de Jequié, juntamente com a mãe da agressora e os conselheiros tutelares

Autora: N. N. S. (Feminino) Nascimento: 29/11/2005, End: Rua Jonival Lucas, Centro, Aiquara 

Vitima: L. O. G. J. (Masculino), Nascimento: Rua Jonival Lucas, Centro- Aiquara

Fonte: Ascom/55ª CIPM PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Governo Lula prorroga para 3 de maio prazo para recadastramento de armas

O governo Lula prorrogou para o dia 3 de maio o prazo para recadastramento de armas de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), de acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (28). O prazo anterior era o dia 3 de abril.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, no início do governo, que as armas de CACs, que ficam no banco de dados do Exército, sejam registradas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas), da PF (Polícia Federal).

Durante audiência na Câmara dos Deputados nesta terça, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse, sem citar números, que o número de armas recadastradas superou as armas que estavam cadastradas anteriormente no país.

“Ou seja, aqueles que diziam que iríamos confiscar armas, podem observar que aqueles que estavam em débito vieram para a luz da lei”, disse o ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. “Nenhum de vocês quer um cenário de horror no país em que crianças são assassinadas nas escolas, ou que pessoas morrem banalmente no trânsito, ou que brigas de vizinho terminem em morte”.

O prolongamento do prazo foi solicitado por parlamentares.

Em balanço divulgado no dia 20 de março, o Ministério da Justiça informou que o recadastramento havia chegado a 80%, o que equivale a 613 mil armas, a maior parte de uso permitido.

Na ocasião, Dino disse que não haveria prorrogação e que as armas não recadastradas estariam sujeitas à apreensão administrativa e remessa à Polícia Federal.

A estimativa de armas que devem ser recadastradas é de até 800 mil.

Após a conclusão do processo, o próximo passo será a entrega à Presidência da República da minuta do novo decreto que dispõe sobre o uso de armamento no Brasil.

COMO É O RECADASTRAMENTO

Armas de uso restrito e de uso permitido devem ser cadastradas no Sinarm (Sistema Nacional de Armas), da Polícia Federal. A medida vale para quem obteve arma a partir de maio de 2019

CACs
A medida atinge grupos que possuem armas cadastradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), do Exército, como os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores)

Armas no Sinarm
A obrigatoriedade de cadastramento não se aplica às armas já que já estão no Sinarm. Armas para defesa pessoal do cidadão comum, por exemplo, já ficam no banco de dados da PF

O que é preciso
O cadastro deverá conter ao menos a identificação da arma, a identificação do proprietário, com nome, CPF ou CNPJ, endereço de residência e do acervo

Armas de uso permitido
As armas de uso permitido serão cadastradas em sistema informatizado disponibilizado pela Polícia Federal

Armas de uso restrito
As armas de uso restrito serão cadastradas em sistema informatizado disponibilizado pela PF, devendo também ser apresentadas pelo proprietário mediante prévio agendamento junto às delegacias da Polícia Federal, acompanhada de comprovação do respectivo registro no Sigma, sistema do Exército

Punição
O proprietário que não cadastrar sua arma poderá ter a arma apreendida e poderá ser alvo de apuração pelo cometimento de ilícito

Entrega de armas
Durante o período do cadastramento, os proprietários que não mais desejarem manter a propriedade de armas poderão entregá-las em um dos postos de coleta da campanha do desarmamento, devendo o interessado consultar os locais de entrega e expedir a respectiva autorização de transporte do armamento por meio de acesso ao portal gov.br.

Folhapress

Jerônimo se reúne com centrais sindicais para diálogo sobre temas de interesse da classe trabalhadora baiana


O governador Jerônimo Rodrigues se reuniu, nesta terça-feira (28), com as centrais sindicais da Bahia para discutir as principais proposições e reivindicações dos representantes das trabalhadoras e trabalhadores no estado. No encontro, Jerônimo determinou a instalação de uma mesa para início imediato dos debates temáticos de interesse de toda a classe trabalhadora baiana.

Além da abertura de um canal de diálogo com o Governo do Estado, ficou definida a participação das centrais sindicais nas discussões do Plano Plurianual (PPA), com a elaboração de pautas dos trabalhadores que poderão ser inseridas no orçamento estadual. As entidades também aproveitaram para convidar a gestão estadual a participar das comemorações do 1º de Maio, que deverão ser realizadas em Salvador e em diversos municípios do interior.

“Foi uma reunião bastante produtiva, com encaminhamentos concretos. Iremos já dar início, nesta quarta-feira, à nossa primeira reunião com a Setre para a organização do Maio de Lutas. Saímos muito satisfeitos. As centrais se sentem à vontade com o governador Jerônimo, por ele vir dos movimentos sociais. E, compreendendo que cada um tem o seu papel social, iremos trabalhar em parceria com o desenvolvimento da Bahia”, afirmou a presidente da Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT Bahia), Maria Madalena Firmo.

Também participaram da reunião, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Marcelo Carvalho; o presidente da Força Sindical, Emerson Gomes; o representante da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Nelson Pereira, além do secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ailton Araújo. Pelo Governo, participaram os secretários de Relações Institucionais, Luiz Caetano; do Trabalho, Emprego Renda e Esporte, Davidson Magalhães; e o chefe de gabinete do governador, Adolpho Loyola.

Bancos voltam a oferecer consignado do INSS após teto de juros subir para 1,97%

Poucas horas após o CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) fixar o teto do juro do consignado para aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em 1,97% ao mês, grandes bancos anunciaram que vão voltar a oferecer essa modalidade de crédito.

Caixa, Santander, Bradesco e Banco do Brasil informaram que vão retomar a modalidade imediatamente ou assim que a nova norma sair no Diário Oficial. O Itaú e o C6 disseram ainda estar avaliando a retomada da oferta.

Os bancos haviam suspendido a oferta após o CNPS aprovar no último dia 13 um teto de 1,70% para o juro mensal da modalidade. A avaliação do setor era de que o teto era insuficiente para remunerar adequadamente os bancos.

“O Bradesco informa que volta a operar normalmente a linha de crédito consignado do INSS a partir de amanhã, dia 29”, informou o banco em comunicado. Segundo a assessoria, o Bradesco vai operar com a taxa definida pelo governo.

“O Banco do Brasil informa que vai voltar a operar, imediatamente, a linha de crédito consignado INSS, após as definições divulgadas pelo CNPS”, informou o banco. “O BB entende que as novas regras conciliam a remuneração adequada da linha com a oferta de crédito condizente com as necessidades financeiras de seus clientes”, acrescentou o banco.

Já a Caixa informou que a retomada da oferta será feita imediatamente após a publicação da instrução normativa no Diário Oficial da União. “A Caixa reforça seu compromisso de se posicionar entre as melhores taxas de mercado, retomando as concessões com a taxa média de 1,87% ao mês, abaixo do teto recomendado”.

O Santander também irá voltar a oferecer a modalidade de crédito a partir desta quarta-feira (29).

O Banco Pan, por sua vez, informou que, a partir da formalização do novo teto de juros pelo INSS, tem previsão de retomar a oferta do crédito consignado para beneficiários do INSS a partir da próxima quinta-feira (30).

Já o Daycoval informou que voltará a operar a linha de crédito a partir da publicação da normativa em diário oficial, enquanto o Banco Mercantil disse que está analisando o assunto e avaliando a possibilidade de ajustar os produtos às condições propostas.

Apesar da postura de rapidamente retomar o empréstimo, os bancos discordaram da nova proposta da taxa na reunião nesta terça.

“Os bancos, representados pela Febraban, participaram nesta terça-feira da reunião do Conselho de Previdência Social e, inicialmente, discordaram da proposta de teto dos juros do consignado para beneficiários do INSS em 1,97%, por ser um patamar ainda abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito”, informou a Febraban em nota.

No entanto, a federação dos bancos disse que, como a proposta representa um importante avanço em relação ao teto anterior de 1,70%, os bancos, “contribuindo para encerrar o impasse e diante de impactos na concessão dessa linha de financiamento que ainda serão avaliados, decidiram se abster na votação.”

Já a ABBC (Associação Brasileira de Bancos) disse que, apesar de o ajuste ter ficado abaixo do esperado, “as novas taxas permitem alcançar os objetivos de oferecer alternativas de empréstimos mais acessíveis e em consonância com as iniciativas do governo de fomentar o crédito no país.”

Se um aposentado que recebe um salário mínimo do INSS (hoje, R$ 1.302) pegar R$ 1.000 emprestados em consignado por 1,97% ao mês, por exemplo, vai pagar 84 parcelas de R$ 24,45. Pela taxa anterior, de 1,70%, cada prestação neste exemplo seria de R$ 22,45. Os cálculos foram feitos pela Anefac (Associação Nacional de Executivos), a pedido da reportagem.

Lucas Bombana/Folhapress

Ipiaú: Eleição define nova diretoria do CadÚnico do Médio Rio das acontas

A Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social sediou, na manhã de hoje, 28, a reunião dos gestores do Cadastro Único, Consórcio Território Médio Rio de Contas.
O encontro foi um momento de alinhamento das ações para os Programas vinculados ao Cadastro Único, Bolsa Família, Estudo da Instrução Normativa, da Medida Provisória e do informe gestores.

Na oportunidade ocorreu a eleição da nova diretoria do consócio, sendo eleita à presidência a gestora do cadastro único no município de Ipiaú, Shirlei Bandeira Costa. A vice será a gestora de Ibirataia, Juliana Eça; sendo a 1ª secretária a gestora de Jequié Lucinália Nogueira e articuladores os gestores de Gongogi Marcos Tamandaré e Danilo Monteiro de Dário Meira.

O consórcio tem como objetivo a articulação das ações para aprimoramento e ampliação do cadastro único nos municípios bem como os programas vinculados ao mesmo.

Decom / Prefeitura de Ipiaú

STJ envia ao STF inquérito sobre compra de respiradores

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito sigiloso instaurado para investigar possíveis crimes na contratação direta, pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste), de uma empresa supostamente sem qualificação técnica para fornecer 300 ventiladores hospitalares que auxiliariam no combate à pandemia da Covid-19, no valor de R$ 49,5 milhões.

De acordo com o jornal O Globo, as apurações encaminhadas pelo ministro Og Fernandes ao STF começaram em 2021 e tinham como foco governadores que integravam o Consórcio, entre eles o hoje ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, que à época comandava o estado da Bahia. Por isso, o inquérito tramitava no STJ, instância competente pelo foro de governadores.

No âmbito do STJ foram deferidas medidas cautelares para aprofundamento das investigações que estavam em curso, como quebra de sigilo bancário e telefônico/telemático, além de diligências de busca e apreensão.

Agora, ainda segundo a publicação, o relator observou que estão pendentes a análise do material apreendido e o relatório policial sobre as provas reunidas na Operação Ragnarok. A Polícia Federal solicitou mais prazo para elaboração do relatório conclusivo.

Como não há mais competência do STJ para o inquérito, por não haver, atualmente, nenhum investigado que tenha foro no tribunal, Og Fernandes concluiu que o inquérito deve ser enviado ao STF para que a Corte avalie a existência, entre as pessoas investigadas, de autoridade com foro por prerrogativa de função.
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM) aprovou as contas do prefeito Marcos Valério Barreto, de Itagibá.

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM) aprovou as contas do prefeito Marcos Valério Barreto, de Itagibá. A decisão foi tomada após análise minuciosa dos documentos contábeis e financeiros apresentados pelo município.

O prefeito Marcos Valério Barreto assumiu o cargo em 2021 e desde então vem realizando um trabalho dedicado à gestão pública. As contas aprovadas pelo TCM são referentes ao exercício financeiro de 2021, período em que o município de Itagibá enfrentou grandes desafios, como a pandemia de Covid-19.

A aprovação das contas do prefeito Marcos Valério Barreto é uma importante conquista para o município de Itagibá e para todos os seus moradores. A medida reflete o compromisso da gestão em manter a transparência e a responsabilidade com os recursos públicos.

O prefeito Marcos Valério Barreto destacou a importância da aprovação das contas pelo TCM e reforçou o compromisso de continuar trabalhando pela melhoria da qualidade de vida da população de Itagibá. Ele também ressaltou a dedicação da equipe de gestão em manter as finanças do município em ordem.

Com a aprovação das contas, o município de Itagibá está apto a receber recursos federais e estaduais para investir em áreas como saúde, educação, infraestrutura, entre outras. A medida representa um importante avanço para a cidade e para todos os seus habitantes.

Unlabelled

Audiência de Dino na CCJ tem deboche sobre Terra plana e bate-boca entre bolsonaristas

A primeira audiência na Câmara dos Deputados com um ministro do governo Lula (PT) foi marcada por bate-boca entre opositores e aliados do Palácio do Planalto.

Flávio Dino (Justiça) foi à CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) da Casa, negou omissão das forças federais nos ataques golpistas de 8 de janeiro e acusou bolsonaristas de disseminarem fake news sobre sua visita ao Complexo da Maré (RJ).

Uma das principais razões de desavença foi a decisão de Dino de acusar deputados e senadores bolsonaristas ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela divulgação de falsidades associando sua ida à Maré a um suposto envolvimento com grupos criminosos.

Um dos alvos do processo, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que Dino não poderia apresentar notícia-crime contra parlamentares.

A Constituição diz que deputados e senadores são invioláveis, penal e civilmente, por quaisquer de suas palavras, opiniões e votos. Eu queria saber do ministro qual o entendimento da palavra ‘quaisquer’. Não há exceção”, disse.

Em resposta, Dino afirmou que a imunidade parlamentar não é um “direito absoluto”, como reconhecido pelo STF.

“A imunidade parlamentar não é escudo para o cometimento de crime nem camisa de força para maluquice. É um instituto constitucional, e eu preciso lidar com carinho para que ele seja preservado”, completou.

Deputados da oposição disseram considerar o ministro desrespeitoso ao responder a uma pergunta do deputado André Fernandes (PL-CE), que o acusou falsamente de responder a mais de 200 processos na Justiça, segundo pesquisa que o parlamentar disse ter feito em um site jurídico.

O ministro recorreu ao deboche para responder às acusações do parlamentar. “Deputado da CCJ dizer que pesquisou no Jusbrasil: eu vou contar para os meus alunos como anedota, como piada. O senhor acaba de entrar no meu livro de memórias”, disse o ministro, que explicou que o sistema de buscas do site identifica registros de candidaturas e prestação de contas à Justiça Eleitoral, entre outros resultados.

“Dizer com base no Jusbrasil que eu respondo a processos se insere no mesmo continente mental de quem acha que a Terra é plana”, completou.

Em respostas, o deputado André Fernandes, investigado em inquérito no STF por incitar os atos de vandalismo em 8 de janeiro, pediu “respeito”. “O ministro não está em campanha aqui, não.”

O ministro também usou de ironia ao dizer que não teria problema em voltar outras vezes à Câmara para discutir assuntos relacionados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“Não tenho medo do embate: um momento como este, para mim, é um alento na alma. Quem quiser me ver feliz, me chame aqui toda semana, porque estou realmente encantado com a possibilidade de conhecer as senhoras e os senhores. É um aprendizado para mim —eu, estudioso da alma humano e que tenho a tarefa de 28 anos de dar aula de direito”, afirmou.

Durante a audiência, Dino ainda afirmou que o governo federal não foi omisso nos ataques às sedes dos Poderes em 8 de janeiro. Ele disse que manteve contato com os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio Freitas (São Paulo) e Ibaneis Rocha (Distrito Federal), na véspera dos atos, para pedir atenção às manifestações bolsonaristas.

“No caso de Brasília, é público e notório, o próprio Ibaneis já disse: disseram uma coisa para ele e ocorreu outra coisa […] A Polícia Militar do Distrito Federal, infelizmente, não cumpriu aquilo que estava escrito no planejamento operacional da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal”, disse.

Dino foi alvo de pedidos de convocações e convite em diversas comissões da Câmara. A maioria foi protocolada por deputados bolsonaristas nas comissões de Segurança Pública e de Fiscalização e Controle.

O governo, porém, desenvolveu uma estratégia própria para chamar o ministro a prestar esclarecimentos antes na CCJ, cujo presidente é o deputado federal Rui Falcão (PT-SP).

Antes da sessão desta terça, parlamentares da base do governo se reuniram na sala da presidência da CCJ para definir uma estratégia para blindar Dino durante a audiência.

O plano, segundo relatos de participantes do encontro, envolveu obstruir a sessão quando a tropa bolsonarista subir o tom e inscrever o máximo de deputados aliados ao Planalto para falar, utilizando todo o tempo regimental para reduzir a atuação da oposição.

Dino foi convocado para explicar uma série de fatos envolvendo o Ministério da Justiça e Segurança Pública no início do governo Lula.

Os parlamentares perguntaram sobre a atuação da pasta nos ataques às sedes dos Poderes em 8 de janeiro, o decreto que limitou o acesso da população a armas e a visita de Dino ao Complexo da Maré.

Na véspera da audiência, Dino ainda bloqueou o perfil do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em uma rede social. O caso reacendeu as críticas de bolsonaristas ao ministro.

Cézar Feitoza/Folhapress

Brasil atinge 700 mil mortes por Covid com mudança no perfil de vítimas

Três anos depois da primeira morte por Covid no país, o Brasil chega à triste marca de 700 mil óbitos pela doença com um cenário marcado por paradoxos.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na última semana, o país alcançou o acumulado de 700.239 mortes pela doença.

Ao mesmo tempo em que a pandemia teve uma desaceleração recente devido ao avanço na vacinação, o país ainda enfrenta desafios como a baixa cobertura vacinal contra a Covid em algumas faixas etárias, como crianças menores de cinco anos.

Entremeado por histórias de vidas perdidas, o marco de 700 mil mortes também vem acompanhado de uma mudança no perfil da mortalidade pela doença em comparação a outros períodos —com maior proporção de óbitos agora em pessoas acima de 80 anos e imunossuprimidas, por exemplo.

Levantamento do InfoGripe, sistema da Fiocruz que acompanha registros de síndromes respiratórias graves, incluindo a Covid, também aponta mortalidade até três vezes maior por Covid em pessoas não vacinadas em comparação àquelas que receberam doses.

Para especialistas, a vacinação é o ponto-chave para explicar o cenário de desaceleração da pandemia nos últimos meses.

Exemplo disso está nos marcos anteriores da epidemia no país.

Da primeira morte por Covid no Brasil, em março de 2020, até o registro de 100 mil mortes pela doença, em agosto de 2020, passaram-se quase cinco meses. Os demais registros (de 200 mil, 300 mil até 600 mil mortes) ocorreram todos em 2021, sendo dois deles com intervalos de pouco mais de um mês. Desta vez, o país levou mais de um ano e cinco meses para a marca de 700 mil mortes.

O total consolida o Brasil como o segundo país em óbitos acumulados pela Covid, atrás apenas dos Estados Unidos.

Na prática, é como se a população de uma capital inteira, como Aracaju, tivesse sumido do mapa pouco a pouco nos últimos três anos. O total de vítimas da doença também é equivalente à população, somada, de 337 municípios entre aqueles de menor porte.

“É o que chamamos de mortes evitáveis”, afirma Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, para quem o número de mortes poderia ter sido menor se o país tivesse adotado políticas de controle mais cedo.

“Poderíamos, por exemplo, ter tido uma vacinação mais rápida e efetiva, com comunicação mais adequada com a população, sem discussões desnecessárias e ruídos que trouxeram dúvidas e levaram diversas pessoas a não se vacinarem”.

Apesar desse atraso e desafios persistentes, a vacinação passou a ter avanços no segundo semestre de 2021 e, desde então, já traz mudanças no perfil de mortalidade pela doença.

Um exemplo são os dados da proporção de mortes por Covid entre as diferentes faixas etárias.

No último trimestre de 2020, antes do início da vacinação, a faixa de 60 a 79 anos respondia pela maior proporção de mortes pela doença (50%), segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

A população de mais de 80 anos aparecia em segundo lugar, com 29%, e a de 45 a 59 anos, em terceiro, com 15%.

No segundo trimestre de 2021, com a vacinação já em andamento, caiu a proporção de vítimas tanto de 60 a 79 anos (43%) quanto de mais de 80 anos (13%). A de 45 a 59 anos, por outro lado, subiu (30%).

Já neste primeiro trimestre de 2023, a maior proporção de óbitos é registrada em pessoas acima de 80 anos (43%), seguida pela faixa de 60 a 79 anos (42%). A de 49 a 59 anos responde por 9%.

“À medida que a vacinação foi avançando, observamos uma redução geral no risco [de morte] para todas as faixas etárias, mas para jovens adultos essa diminuição foi muito maior do que para os idosos”, diz Gomes.

O motivo é a resposta vacinal menor entre os mais idosos –fenômeno chamado de imunossenescência, quando há um declínio natural do sistema imunológico pelo envelhecimento.

Dados de boletim do Ministério da Saúde mostram ainda que, das mortes registradas por Covid em 2022, 66,5% eram de pessoas que tinham comorbidades, a maioria também idosos.

“O que a gente observa claramente depois que uma grande parcela da população mundial foi imunizada é que a Covid se concentra nos grupos mais vulneráveis. Quem são? As pessoas não vacinadas e, no Brasil, especialmente crianças”, diz o infectologista Julio Croda, professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). “E outro grupo são pessoas que não respondem bem à vacina porque essa proteção não dura muito tempo, que são idosos e imunossuprimidos”.

“A Covid-19, agora em 2023, é uma doença completamente diferente de quando a conhecemos em 2020. Naquela época, tive pacientes com menos de 40 anos que, mesmo sem comorbidades, evoluíram para óbitos”, relata Alexandre Naime, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

“Com a vacinação, hoje os quadros graves que evoluem para óbito são de pessoas que têm algum prejuízo na resposta imune, como pessoas de extremos de idade e imunossuprimidas”, completa ele.

Outro grupo que registrou aumento na proporção de mortes por Covid foi o de menores de cinco anos, reflexo da baixa cobertura vacinal.

“É preocupante”, aponta a médica e pesquisadora Fátima Marinho, consultora sênior da Vital Strategies, que lembra ainda que há subnotificação.

Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 48% das crianças de até 11 anos receberam a primeira dose de vacina contra a Covid. Além disso, só 33% tomaram a segunda.

Entre crianças de 3 e 4 anos, a cobertura é ainda menor —22,9% para a primeira dose e 10,2% na segunda, de acordo com a pasta.

Para Marinho, é preciso reforçar estratégias para recuperar o estímulo à vacinação. “Se não reverter essa baixa cobertura, isso vai afetar muito as crianças, porque já são mais suscetíveis a doenças respiratórias”.

Já para idosos, especialistas dizem que uma estratégia seria, além de reforçar a proteção com a vacina bivalente, aumentar a oferta de tratamento antiviral.

Em novembro, o SUS decidiu incorporar na rede o Paxlovid, associação entre os antivirais nirmatrelvir, ritonavir e aprovado pela Anvisa para tratamento de casos leves e moderados em pacientes com maior risco de hospitalização. A rede de saúde também possui outras opções, como o baracetinib, indicado para casos graves.

A prescrição, sobretudo para o Paxlovid, porém, ainda é baixa, diz Naime. “Muitas vezes os médicos nem sabem que os medicamentos estão disponíveis. Depois acabamos internando o paciente com Covid grave”.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 50 mil tratamentos do Paxlovid foram distribuídos aos estados para serem utilizados nos casos indicados. Quantidade equivalente ainda deve ser distribuída, informa.

Em nota, a pasta alerta ainda que, para que a tendência de queda de mortes por Covid se mantenha, é necessário que a população se vacine e complete o esquema vacinal com todas as doses recomendadas.

Desde o fim de fevereiro, o governo realiza uma campanha com a vacina bivalente, que protege também contra a variante ômicron e subvariantes. A ideia é que sejam vacinados grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas imunocomprometidas, gestantes, entre outros.

A medida ocorre em um momento em que dados recentes do InfoGripe, contabilizados até 13 de março, apontavam tendência de aumento de casos, cenário que, segundo Gomes, deve se repetir agora em diferentes momentos.

“Vínhamos com tendência de queda, mas já começamos a observar uma tendência de reversão.” Segundo ele, o Carnaval pode ter contribuído, mas não deve ser o único fator. “Nossa hipótese é que isso seja decorrência do ciclo natural da doença”, diz o pesquisador, segundo quem um possível padrão sazonal ainda não está bem definido.

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou a reunir especialistas para discutir a possibilidade de rever o status de emergência global em saúde pela Covid. O grupo, porém, decidiu que era cedo para isso.

Para Croda, os dados mostram que a Covid pode estar no caminho para se tornar endêmica, mas ainda é preciso observar mais o cenário. A doença também tem mostrado novo perfil.

“O que mudou é que está se tornando mais leve de forma geral. Os sintomas são mais brandos, porque a população adquiriu algum tipo de imunidade, e isso de alguma forma impacta na apresentação clínica. Antes a gente tinha muita falta de ar. Agora vemos mais pacientes em leitos de enfermaria, não necessariamente em leitos de terapia intensiva”, diz.

“Talvez, no futuro, se o vírus se tornar sazonal, e respeitar um período de maior ocorrência, como o inverno, possamos aplicar a vacina no mesmo período para a população”.

As incertezas sobre o futuro da doença reforçam a importância de políticas de vacinação e proteção.

“A Covid não deixou de ser um problema importante só porque [o número de mortes] diminuiu em relação à catástrofe dos anos anteriores”, afirma Gomes. “Ainda são valores expressivos, e é uma das principais causas de mortes”.

Natália Cancian/Cristiano Martins/Diana Yukari/Folhapress

Destaques