Governador em exercício apresenta Programa Bahia Sem Fome em Itabuna

Na manhã desta terça-feira (11), em Itabuna, o governador em exercício Geraldo Júnior apresentou o Programa Bahia Sem Fome para profissionais da imprensa, empresários e autoridades da região Sul do estado, em evento realizado no Teatro Municipal Candinha Dória. A iniciativa faz parte da estratégia de interiorização do programa, que foi criado pelo Governo do Estado para garantir segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social em todo o território baiano. Os secretários de Comunicação, André Curvello, e de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Larissa Moraes, acompanharam o governador em exercício.

De acordo com Geraldo Júnior, a missão é disseminar a ideia de que todos têm garantia de segurança alimentar. "Nós já arrecadamos 226 toneladas de alimentos, mas ainda é insuficiente para resolver o problema da fome. Esse não é um programa apena do Governo do Estado, é uma problemática de todos os baianos e brasileiros, e a sociedade civil de todos os territórios está convocada a participar do Bahia Sem Fome", declarou.

Para o titular da Comunicação, André Curvello, o Bahia Sem Fome ganha cada vez mais força ao ser apresentado no interior do estado. "O objetivo é sensibilizar as pessoas para arrecadarmos uma quantidade cada vez maior de alimentos e distribuí-los de maneira bastante rápida para quem mais precisa. Juntos somos mais fortes e com essas agendas conseguimos alcançar cada vez mais pessoas”.

Rede de equipamentos públicos

O coordenador Geral do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, destacou que a rede de equipamentos montada em todos os territórios ajuda a dar capilaridade na arrecadação e na distribuição dos alimentos. “Nessa primeira etapa estamos fazendo a arrecadação de alimentos envolvendo a sociedade civil, a iniciativa privada, as forças políticas, os municípios e os territórios, para que nesse grande mutirão a gente consiga arrecadar alimentos e fazer chegar a quem mais a precisa até que o Bahia Sem Fome se torne uma política pública e a gente tenha orçamento do Estado para viabilizar ações para este público em situação de insegurança alimentar”.

Em toda a Bahia, o programa conta com a colaboração de órgãos do Estado que funcionam também como postos de arrecadação, além de estimular e apoiar a produção e o acesso a alimentos saudáveis e estabelecer estruturas de produção, abastecimento, distribuição e regulação desses produtos.

O secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza de Itabuna, Junior Brandão, declarou que o município está mobilizado para que o programa prospere na região. “Estamos traçando as nossas estratégias locais para que a gente tenha maior número entidades, de empresas, também do próprio Governo Municipal. Já temos pontos de arrecadação funcionando nas escolas estaduais e no quarto grupamento do Corpo de Bombeiros.

Balanço

Com mais de 226 toneladas de alimentos arrecadados e 180 toneladas já entregues, o Bahia Sem Fome se divide em iniciativas estruturantes, como obras para oferecer acesso à água e inclusão produtiva, e emergenciais, como a mobilização social na arrecadação e distribuição de alimentos, e a busca ativa do beneficiário. O site www.bahiasemfome.ba.gov.br sintetiza todas as informações sobre o programa.
SECOM/GOVBA

Jovem de 13 anos é apreendida com faca em escola do interior de Minas

Uma adolescente de 13 anos foi apreendida pela Polícia Militar (PMMG) na tarde desta segunda-feira (10/4), em Monte Santo de Minas, Região Sul do estado. Ela foi encontrada dentro de uma escola com uma faca de cozinha na mochila.

Ela disse que estava com a arma para se proteger de possíveis ataques. A faca foi apreendida.

São Sebastião do Paraíso

Em São Sebastião do Paraíso, as polícias Militar e Civil fizeram operação contra uma informação falsa de que poderia acontecer um atentado na cidade. Em suas redes sociais, o prefeito Marcelo Moraes publicou:

“Peço que não publiquem ou compartilhem mentiras conforme a que foi propagada hoje. Estamos atentos sobre mentiras propagadas contra as instituições de ensino da cidade. O autor da postagem se comprometeu a se retratar. Estive pessoalmente para registrar ocorrência por uma mentira deslavada e caluniosa contra nosso sistema de ensino, em ato típico de causar pânico nas pessoas”.
https://www.msn.com/

Informativo da Secretaria Municipal de Educação de Ipiaú.

 

A Prefeitura Municipal de Ipiaú informa a população que a Secretaria de Educação realizou uma reunião virtual na manhã desta terça-feira, 11, com gestores das escolas municipais com chefe dos vigilantes para orientá-los sobre o assunto sensível de noticias que circulam sobre possíveis ameaças nas escolas, divulgadas de maneira abundante em textos e áudios, que alarmaram os pais e responsáveis dos estudantes. Foi marcado também uma reunião com a pasta da Educação, Polícia Militar e Bombeiros para apurar as denuncias e medidas de prevenção nessas instituições.

Reiteramos a comunidade que não compartilhem nas redes sociais os avisos de ameaças para não criar alarde, mas que sejam repassados para a Polícia Militar, como informado na nota oficial da 55ª COMPANHIA INDEPENDENTE DE POLÍCIA MILITAR/IPIAÚ. (Telefones da PM: (73) 3531-3530 / (73) 3531-3070). Estamos a disposição de todos.

DECOM / Prefeitura de Ipiaú

EUA expandem presença militar perto de Taiwan para conter a China e lançam manobra de guerra inédita

As Forças Armadas dos Estados Unidos começam nesta terça-feira, 11, nas Filipinas, as maiores manobras de guerra da história da região do Indo-Pacífico. O ensaio naval reunirá mais de 17 mil soldados, observadores militares do Japão e Austrália e envolverá a simulação de defesa da Ilhas Spratly, um arquipelago ao sul de Taiwan reivindicado pelas Filipinas e controlado pela China. Os exercícios ocorrem apenas um dia depois de a China realizar manobras militares no estreito de Taiwan em retaliação à visita da presidente Tsai Ing-wen aos Estados Unidos na semana passada.

A manobra também faz parte de um plano do Pentágono de ampliar a presença militar americana na região para conter a China, lançado em 2022. Desde então, os EUA instalaram quatro novas bases militares no Pacífico, intensificaram treinamentos, criaram novas alianças e convenceram países da região a aumentarem seus gastos de defesa. Em paralelo, os americanos tem ampliado o apoio a Taiwan, que tem apostado em drones militares para resistir ao acosso chinês.

A razão para essa reação militar americana é que desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, Pequim tem adotado uma retórica cada vez mais agressiva em relação a Taiwan. Em uma reunião com militares no mês passado, Xi Jinping prometeu modernizar sua máquina de guerra, que tem tido nos últimos anos um investimento cada vez maior. A diplomacia mais agressiva dos chineses tem sido uma marca do atual mandato de Xi.

Aliança pós-Duterte
Um exercício militar com o tamanho atual é resultado de uma reaproximação dos governos dos EUA e da Filipinas, com a chegada de Ferdinand Marcos Jr, filho do ditador Ferdinand Marcos, ao poder no ano passado, sucedendo Rodrigo Duterte, visto como simpático a Pequim.

O compromisso americano em defender Taiwan tem objetivos geopolíticos bem claros. Aliada dos americanos desde que se separou da China continental em 1949, ano em que Mao Tsé-tung criou a República Popular da China ao ascender ao poder com a Revolução Chinesa, a ilha oferece uma forte posição militar e econômica para os EUA e seus aliados na região.

Nesse sentido, o papel de Taipé como líder na produção de semicondutores – um item essencial para a construção de celulares, carros, computadores e equipamentos militares, como mísseis e drones – amplifica a importância para a Casa Branca.

O resultado de uma reanexação de Taiwan pela China seria um reordenamento na influência da região. Com ela, os EUA teriam mais dificuldades de garantir proteção para seus aliados desde a 2.ª Guerra e haveria um afastamento desses países para não provocar tensões com a China. “Se os EUA falham em defender Taiwan, os aliados na região questionariam se poderiam confiar em nós para defendê-los e se acomodariam com a China”, disse o analista do Council on Foreign Relations, David Sacks.

Para os EUA, esse cenário diminuiria sua influência global e daria a Pequim o poder de mandar nas regras do jogo do Pacífico. No campo econômico, isso envolveria perdas para os americanos no comércio marítimo e a primazia sobre os semicondutores de Taiwan.

Uma nova estratégia militar e diplomática
Como resposta a esse risco, o governo de Joe Biden estabeleceu uma nova estratégia para o Indo-Pacífico. O objetivo é fortalecer a rede de alianças e parcerias de segurança, aumentando exercícios militares conjuntos e programas de capacitação para segurança marítima e segurança cibernética, segundo o documento de estratégia americana para a região divulgado no ano passado.

O orçamento de defesa do Pentágono para a região neste ano é de de US$ 9,1 bilhões (equivalente a R$ 46 bilhões). Para o ano que vem, o secretário de defesa dos EUA, Lloyd Austin, planeja um aumento de 40% neste orçamento, chegando a US$ 12,4 bilhões (R$ 62 bilhões). “No Pacífico, o Departamento está investindo em uma força mais resiliente e incrementando o tamanho e a complexidade dos exercícios com outras nações”, disse o secretário no dia 28 de fevereiro, durante uma audiência no Congresso.

A reaproximação com as Filipinas, que aumentaram as bases americanas de três para sete no Mar do Sul da China, é um dos primeiros passos da nova estratégia dos EUA no Indo-Pacífico, que visa melhorar posições militares e uma maior presença diplomática. Uma das novas bases está localizada na Baía de Subic, garantindo aos americanos uma posição militar que dá acesso tanto ao Mar do Sul da China quanto ao Canal de Bashi, que separa Taiwan e as Filipinas.

Os americanos também melhoraram as posições militares no Japão, com um acordo para melhorar as defesas navais na ilha de Okinawa, ao norte de Taiwan, necessárias no caso de uma incursão chinesa na ilha. Os laços de defesa com os japoneses também foi melhorado no tratado de segurança que existe há décadas entre os dois países, com um acréscimo que estabelece que ataques dentro do espaço da aliança pode desencadear defesa mútua.

Com a Coreia do Sul, os EUA planejam aumentar os ativos militares na Península Coreana, incluindo novos caças e porta-aviões para impulsionar treinamento e planejamento conjunto. Também há a nova aliança militar dos EUA com Austrália e no Reino Unido criada no ano passado, que garantiu a venda de submarinos movidos a energia nuclear aos australianos em março.

Na frente diplomática, que também faz parte da nova estratégica americana para o Indo-Pacífico, a abertura de uma embaixada americana nas Ilhas Salomão em fevereiro, depois da última ter sido fechada há 30 anos, é o maior exemplo do esforço dos EUA para combater a crescente influência da China. O país reconheceu o governo de Pequim em 2019, após anos de laços diplomáticos com Taipei, e assinou um pacto de segurança com os chineses no ano passado, o que aumentou o temor de um acúmulo militar de Pequim na região.

O governo Biden também anunciou no fim de março a reabertura diplomática em Vanuatu, no Pacífico Sul, com os mesmos objetivos. “Consistente com a estratégia dos EUA para o Indo-Pacífico, uma presença diplomática permanente em Vanuatu permitiria que o governo dos EUA aprofundasse as relações com as autoridades e a sociedade de Vanuatu”, diz o comunicado do Departamento de Estado dos EUA que informa a reabertura.

EUA temem projeção chinesa no Pacífico
Desde a 2.ª Guerra, o Indo-Pacífico é visto como crucial para a segurança dos Estados Unidos. O país mantem alianças na região desde então, mas voltou a ser vista com mais atenção somente com a influência crescente da China no atual século. O próprio governo americano afirma, no documento da nova estratégia para o Indo-Pacífico, que a atenção dada à região no momento é a maior dos últimos 50 anos.

A China passou a ter a maior Marinha do mundo em 2014, ultrapassando os EUA, e conquistou uma maior capacidade de navegação, o que acabou por minar as alianças americanas e desafiou o domínio americano na região. Segundo o professor associado da Universidade de Havard e analista político, Robert Ross, esse redesenho acabou por afastar os países dos EUA e a desmontar o sistema de aliança americano. “Se você coopera mais com a China, então você coopera menos com os EUA. Esse é o objetivo da China”, disse Ross.

“Não acho nada disso beligerante. Acho que é o comportamento esperado do poder que surge diante de outro grande poder, que o cerca desde o início da sua existência, em 1949 (ano de criação da República Popular da China). Não apenas isso, mas as três guerras travadas ao longo deste tempo foram nas suas fronteiras com participação americana. E, claro, da perspectiva chinesa, os EUA continuam a ajudar Taiwan a se separar do continente”, acrescentou.

A expansão acabou por tornar a relação dos países asiáticos historicamente aliados dos americanos (Coreia do Sul, Japão e Filipinas) mais equidistante nos últimos para escapar das tensões entre as duas superpotências, até a atual reaproximação. Para os EUA, a equidistância temporária desses países significou perda de poder e de segurança, disse Ross. “O sistema de alianças foi a pedra angular da segurança americana no Leste da Ásia desde a 2ª Guerra. Assim, os Estados Unidos resistem (ao aumento de influência da China); por outro lado, para a China, desafiar os EUA é essencial porque as bases americanas ao redor da China estão na Coréia do Sul, passando pelas Filipinas e Cingapura”, afirmou.

Luiz Henrique Gomes/Agência Estado

PF mira corrupção de agente cartorária e uso de ‘CPF tardio’ por espiões no Brasil

A Polícia Federal mira a possível corrupção de agentes cartorários e a prática de acesso tardio ao CPF brasileiro por russos suspeitos de espionagem atuando no país.

Como mostrou a Folha, a PF passou a suspeitar do uso sistemático do Brasil pela Rússia para formação de espiões após virem a público rês casos de supostos espiões portando identidade brasileira.

Serguei Tcherkasov, detido em abril na Holanda, Mikhail Mikushin, preso em outubro na Noruega, e o homem de sobrenome Chmirev identificado pela Grécia usavam a documentação de Viktor Muller Ferreira, José Assis Giammaria e Gehard Wittich, respectivamente.

Documentos do caso mostram, em um pente-fino estruturado após as descobertas, como ao menos uma agente cartorária entrou na mira da PF e indicam a prática de acessar tardiamente o CPF pelos russos como um indicativo de irregularidade.

A PF identificou uma agente cartorária após ela visitar o russo Serguei Tcherkasov na superintendência do órgão em São Paulo.

Uma mulher identificada como Rafaella Aguiar disse ser amiga do suposto espião em agosto de 2022. Ela teria um relacionamento com o russo, e a suspeita dos investigadores é do uso da relação para auxílio na confecção de registros brasileiros.

Informações obtidas nos equipamentos eletrônicos encontrados com o russo na hora da prisão confirmam a suspeita das fraudes documentais e o pagamento por meio de um colar pela ajuda da funcionária, à época escrevente em um tabelionato em São Paulo.

O inquérito sobre corrupção por causa dessa suspeita está em andamento na PF, mas seu encerramento foi a condição imposta pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribuna Federal, para autorizar a extradição de Tcherkasov solicitada por Moscou.

A PF também aponta necessidade de verificar até onde a agente cartorária tinha conhecimento ao prestar auxílio ao russo e se outras pessoas a contataram a mando ou indicação do suposto espião. A reportagem procurou Rafaella, mas não obteve retorno.

A facilidade em conseguir registro de identidade no Brasil e, depois, a boa receptividade do passaporte brasileiro no mundo são apontados como possíveis motivos da escolha do país para formar os agentes.

Como mostrou a Folha, no caso do suposto espião identificado pelos gregos, o nome da mãe utilizado por ele é de uma mulher morta em 2002 cuja família nega que ela tenha tido filhos enquanto esteve viva. Ainda assim, um documento do 4º Registro Civil de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro diz que ela deu à luz ao brasileiro Gehard Wittich em 1986, aos 19 anos.

Ainda em 2022, a área de inteligência da PF passou a estruturar um pente-fino para atuar de maneira preventiva em relação ao uso dos documentos nacionais por espiões, da Rússia e também de outros países. Com base no que se sabe do modus operandi russo, alguns aspectos foram elencados para tentar mapear outros casos.

O primeiro deles é o uso de chamados documentos tardios, como o CPF. A suspeita veio com o caso de José Giammaria, preso na Noruega em outubro de 2022 e identificado como o russo Mikhail Mikushin.

Com um CPF tirado com 22 anos de idade, ele obteve o passaporte brasileiro utilizado para supostas missões em outros países. Antes de ser preso na Noruega, passou por universidades do Canadá estudando sobre temas relacionados à segurança no Ártico.

Mapeando a emissão tardia dos documentos, a PF pensa em mitigar as dificuldades existentes na apuração da existência de espiões no Brasil.

Outro caminho para apurar é o cruzamento das fotos usadas para emissão de passaporte com aquelas de documentos utilizados para entrar no país. Assim, um cidadão estrangeiro que entrar no país e, depois, juntar documentos falsos poderia ser identificado pela comparação das imagens do original com o falsificado no sistema da PF.

A partir do monitoramento desses indícios de falsificação de documento o objetivo é conseguir coibir o uso do país para formação de espiões e desmobilizar os países que se valem desses métodos.

O levantamento dessas informações também serve para subsidiar apurações sobre como se dá o financiamento desses espiões.

No caso do russo atualmente preso no Brasil, a apuração já indica para integrantes do governo russo como origem do dinheiro utilizado para manter os espiões no Brasil enquanto produzem suas identidade falsas.

Assim como levou à identificação da suposta agente cartorária, as imagens dos visitantes de Tcherkasov na carceragem da PF também apontam para ao menos dois integrantes do governo russ.

Os investigadores conseguiram as imagens do banco onde depósitos em dinheiro eram efetuados em nome do suposto espião e cruzaram com as da identificação durante as visitas.

Elas mostram um integrante do corpo consular russo chamado Aleksei Matveev e outro homem que a PF suspeita ser Ivan Tchetverikov, descrito como um caucasiano que se apresenta como cônsul no Rio.

Fabio Serapião/Folhapress

Senadores defendem que Lula adie indicação de Zanin ao STF, mas aliados resistem

Senadores passaram a defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adie a escolha do substituto de Ricardo Lewandowski ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas a tese enfrenta resistência tanto de uma ala da própria corte como de uma parte do governo.

Segundo relataram ministros de Lula, parlamentares ponderam em conversas que fazer um pacote de indicações em outubro —quando Rosa Weber se aposenta e abre uma segunda vaga— pode facilitar a aprovação dos nomes no Congresso.

A ideia defendida por congressistas é que o mandatário indique de uma vez nomes para as duas cadeiras que serão abertas no Supremo, além da chefia da Procuradoria-Geral da República e de outras três vagas ao Superior Tribunal de Justiça.

O presidente terá direito a indicar ao menos dois nomes para a suprema corte. A primeira vaga foi aberta com a aposentadoria de Lewandowski. Os ministros do Supremo são obrigados a se aposentar aos 75 anos de idade. O magistrado completará essa idade em 11 de maio, mas decidiu antecipar a saída do tribunal. Já Rosa completará 75 anos em 2 de outubro.

Uma terceira vaga ainda pode aparecer, se o ministro Luís Roberto Barroso resolver antecipar sua aposentadoria, como já foi ventilado pelo próprio em conversas de bastidores. Isso ocorreria em 2025, após Barroso presidir o tribunal.

Ao fazer um combo, o presidente garantiria a aprovação dos nomes no Senado e arrefeceria pressões para que ele escolha um perfil específico para a segunda vaga do STF.

Lula tem recebido pedidos para que selecione uma mulher, de preferência negra, para a segunda vaga que será aberta com a aposentadoria de Rosa. Parlamentares ainda preferem nomes considerados palatáveis à classe política.

A ideia de um pacote de indicações é defendida por parlamentares, inclusive o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de acordo com integrantes do governo. O próprio senador entrou na bolsa de apostas para o Supremo.

Lula não deu até agora nenhum indicativo de que seguirá os conselhos. Mais que isso, ministros próximos do presidente, inclusive da área jurídica, rechaçam a ideia, assim como integrantes do STF. Interlocutores disseram que o ministro Gilmar Mendes, por exemplo, não é simpático ao plano.

A avaliação de aliados do presidente no governo é que adiar a decisão sobre a vaga aberta do STF pode deixá-lo refém dos políticos, que usariam esse tempo para intensificar a pressão pela escolha de um nome da preferência deles.

Além disso, não haveria garantias de que, daqui a seis meses, o ambiente político esteja mais favorável ao governo do que nos dias atuais.

Contra a proposta, aliados do presidente afirmam ainda que o adiamento poderia ser recebido por ministros do STF como uma descortesia. Integrantes do Supremo apontam que a demora em indicar o escolhido pode atrapalhar julgamentos.

A justificativa usada por integrantes do Congresso para defender que Lula adie a decisão é que o favorito ao posto, o advogado Cristiano Zanin, pode enfrentar dificuldades para ter seu nome aprovado pelo Senado. Isso porque há uma bancada aliada de Jair Bolsonaro (PL) e lavajatista no Senado, como o próprio ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), que devem se opor à designação do advogado pessoal de Lula, além de políticos que preferem outros nomes.

O placar da eleição de Pacheco é usado como um elemento para sustentar que a vida do governo no Senado não está tão fácil. Ele foi eleito por 49 a 32 contra o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), mas isso não significa que o governo terá sempre essa votação.

Para a indicação de Lula ser aprovada, são necessários 41 votos dos 81 senadores. Antes, o escolhido ao STF deve ser submetido a sabatina e aprovação da Comissão de Constituição e Justiça.

Segundo aliados, o presidente ainda não demonstrou ter tomado a decisão final sobre quem irá indicar ao STF, embora apostem na indicação de seu advogado.

Os dois principais cotados atualmente são Zanin e Manoel Carlos de Almeida. Lula não dá sinais claros sobre sua opção, mas pergunta a aliados a respeito do perfil de ambos, indicando que eles estão no páreo.

Pessoas próximas ao presidente avaliam que ele não deixará o seu advogado pessoal na mão. Só há dúvidas se Zanin seria o indicado já para a vaga de Lewandowski ou de Rosa.

Interlocutores do presidente que apoiam o nome de Manoel Carlos argumentam que ele tem um perfil à esquerda para a tomada de decisões.

Mas, segundo aliados, Lula costuma apontar restrições ao nome de Manoel Carlos, entre elas sua idade —43 anos. Ainda de acordo com esses interlocutores, o presidente não quer repetir a experiência com o ministro Dias Toffoli

Zanin defendeu Lula nos processos da Operação Lava Jato, inclusive no que resultou na prisão do petista por 580 dias em Curitiba. As ações foram posteriormente anuladas pelo STF.

Em março, ao ser questionado sobre a possibilidade de indicar seu advogado ao Supremo, Lula disse que “todo mundo compreenderia” se ele fizesse isso e chamou Zanin de amigo e companheiro.

Como mostrou a Folha, a escolha para o Supremo de nomes próximos ao do presidente é comum. Mas geralmente os vínculos do selecionado são por ter exercido funções prévias no governo— e não diretamente na defesa do presidente da República.

Levantamento feito pela Folha com base nos currículos dos ministros indicados desde 1985 mostra que, dos 28 escolhidos no período, 9 exerciam alguma função no Executivo federal quando foram escolhidos, o que representa um em cada três indicados.

André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro, Alexandre de Moraes, por Michel Temer, e Dias Toffoli, por Lula, são os exemplos mais recentes de ministros que integraram os governos dos presidentes que os indicaram.

A indicação de Zanin ao STF, no entanto, tem ainda como entraves a possibilidade de haver conflitos de interesse na corte em razão de julgamentos da Lava Jato.

Manoel Carlos, o outro principal cotado, foi secretário-geral do STF e é próximo de Lewandowski. A aposta entre aliados de Lula é que ele levará em consideração a opinião do ministro que se aposenta.

Isso é porque ele foi o único magistrado entre os indicados pelo PT que foi fiel ao partido em todos os momentos, inclusive em situações de pressão como o mensalão.

Além dos dois, ainda são apontados como nomes no páreo o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, e o ministro do STJ, Luis Felipe Salomão.

Julia Chaib e Catia Seabra/Folhapress

Governo alterou dado de última hora para cortar artificialmente gasto com INSS

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alterou um dado no Orçamento de 2023 para reduzir artificialmente a previsão de gastos com INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e evitar, de última hora, uma pressão maior sobre as despesas logo no início do novo mandato.

Documento obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação mostra que a SPE (Secretaria de Política Econômica), vinculada ao Ministério da Fazenda, reduziu o valor do salário mínimo na grade de parâmetros dias após ter elaborado uma primeira versão com um piso maior, de R$ 1.320 —valor prometido por Lula a partir de 1º de maio.

A revisão da grade para manter o salário mínimo no patamar atual (R$ 1.302) permitiu uma redução de R$ 7,7 bilhões na despesa com benefícios previdenciários em relação ao previsto no Orçamento, o que diminuiu o déficit projetado para o ano e afastou o risco de precisar bloquear outros gastos.

A manobra foi alvo de um alerta da Diretoria do RGPS (Regime Geral de Previdência Social), vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por calcular os gastos com aposentadorias e pensões do INSS.

Em nota informativa assinada na tarde de 21 de março —véspera da divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas, documento exigido por lei e que aponta se há necessidade de bloqueio de recursos no ano—, os técnicos do RGPS apresentaram os novos números sob o salário mínimo de R$ 1.302.

Apesar disso, eles grifaram no texto que era “necessário e relevante” observar que os dados ficariam inconsistentes com a trajetória de gastos para os anos seguintes, projetada a partir do piso de R$ 1.320 —conforme orientação dada 11 dias antes pela SPE, em 10 de março.

Segundo relataram os técnicos, a revisão das despesas do INSS atendeu a um email enviado pela Cofis-SOF (Coordenação de Assuntos Fiscais da Secretaria de Orçamento Federal, vinculada ao Ministério do Planejamento) às 10h30 daquele mesmo 21 de março, “de forma a considerar um salário mínimo de R$ 1.302,00 por todo o ano”.

“É necessário e relevante observar que os dados referentes ao período 2024 a 2027 apresentados na Nota Técnica mencionada não estão consistentes com os dados de 2023 aqui enviados, uma vez que a série da despesa previdenciária é encadeada e as projeções foram elaboradas com base na Grade de Parâmetros da SPE/MF de 10/03/2023 que apresenta, para 2023, um valor de salário mínimo de R$ 1.320,00”, diz a nota.

A grade de parâmetros foi divulgada oficialmente em 17 de março, mas a SPE anunciou apenas suas estimativas para o crescimento do PIB e para a inflação, sem o valor do salário mínimo. Por isso, a mudança na véspera do relatório não era conhecida até o momento.

Segundo técnicos experientes ouvidos sob reserva, esse tipo de solicitação é bastante incomum na rotina orçamentária, uma vez que as áreas demandam certa antecedência para conseguir produzir as projeções e os documentos necessários.

Procurado, o Ministério da Fazenda disse que a Comissão Técnica de Gestão Orçamentária e Financeira (CTGOF) e a JEO (Junta de Execução Orçamentária) entenderam que o novo valor do salário mínimo não deveria ser incluído na grade de parâmetros antes da edição da MP (medida provisória) que oficialize o aumento adicional.

A CTGOF é o colegiado formado por técnicos da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil para subsidiar as discussões da JEO, que, por sua vez, tem poder de decisão e é formada pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão).

A reunião da JEO para discutir a revisão do Orçamento foi feita na manhã de 21 de março, mesmo dia em que os dados foram alterados. Haddad foi representado no encontro pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

A Fazenda ainda negou que a mudança na grade tenha tido como finalidade evitar um bloqueio de despesas. “A alteração ocorreu por motivos puramente técnicos, refletindo posicionamento da JEO, e visou apenas seguir o protocolo padrão”, diz a nota.

O Ministério do Planejamento e Orçamento informou que o relatório bimestral foi elaborado “com base em diretrizes fixadas pela Junta de Execução Orçamentária”. Segundo o órgão, o relatório considerou a despesa previdenciária projetada “com base na grade de parâmetros elaborada pela SPE/MF de 21/03/2023, cujo valor do salário do salário mínimo previsto para 2023 é de R$ 1.302,00, conforme diretrizes definidas pela referida junta para elaboração do relatório”.

O Ministério da Previdência Social (MPS) confirmou, via assessoria de imprensa, que a “principal razão” para a diminuição do gasto previsto com benefícios veio da diferença no valor do salário mínimo. Segundo a pasta, a diferença nas despesas da Previdência será alterada “a partir da eventual aprovação de um novo valor para o salário mínimo”.

Em março, a Folha mostrou que técnicos e autoridades ouvidos na véspera da reunião da JEO afirmaram, na ocasião, que a estimativa de déficit do governo para o ano estava na casa dos R$ 120 bilhões. No dia seguinte, o número caiu para os R$ 107,6 bilhões anunciados —equivalente a 1% do PIB (Produto Interno Bruto), como vinha sendo prometido por Haddad.

Além do expediente inusual de mudança na grade de parâmetros da SPE, há uma preocupação com a consequente subestimação dos gastos do INSS. Um especialista em contas públicas que preferiu não ser identificado estima que a despesa com Previdência deve ser R$ 13 bilhões maior que os R$ 825,2 bilhões calculados pelo governo para o ano.

O valor, porém, pode acabar ficando menor porque a fila de espera por benefícios voltou a crescer sob a gestão Lula. Em dezembro de 2022, havia 1,1 milhão de pedidos à espera de análise no INSS, número que subiu a 1,23 milhão em janeiro deste ano. Quanto mais represada a fila, menor é a pressão sobre os gastos do governo.

Questionado sobre esses pontos, o MPS deu informações contraditórias. Primeiro, sobre o corte na despesa, disse que “o quadro está compatível com a realidade” e que usou, para a estimativa de 2023, “uma taxa de crescimento da despesa menor”, uma vez que a quantidade de benefícios e o valor mensal apresentam “taxa de crescimento decrescente”.

Em uma pergunta sobre a fila, porém, o ministério disse que “a taxa de crescimento considerada contempla uma aceleração da concessão de benefícios”.

O economista Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper e colunista da Folha, avalia que a manobra no Orçamento para reduzir a despesa com a Previdência transmite uma ideia de “baixa credibilidade” do novo governo.

“Basicamente o que eles fizeram foi uma conta de chegada. Estão torturando os números para dizer que vão chegar a um déficit de 1% do PIB. Mas é uma sinalização muito ruim, torturar os números já no primeiro relatório”, diz.

“Eles estão confiando que a receita vai bombar e que vão conseguir colocar de volta as despesas subestimadas e que o déficit não vai crescer. Agora, isso é crível e se perpetua de 2024 para frente?”, diz Mendes.

Ele lembra que o próprio governo já decidiu pisar no freio em desestatizações e concessões, e deve recolher menos dividendos da Petrobras. Todas essas medidas têm potencial para reduzir as fontes de arrecadação do governo.

Além disso, há outras despesas represadas, como a indenização aos estados pelo corte nas alíquotas do ICMS sobre combustíveis, o auxílio financeiro a estados e municípios para bancar o novo piso da enfermagem e o custo com a chamada revisão da vida toda.

Aprovada pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) por 6 votos a 5 em dezembro de 2022, a revisão da vida toda é uma correção na qual os segurados podem incluir no cálculo de aposentadorias, auxílios e pensões os valores de contribuições feitas antes de 1994, beneficiando quem tinha pagamentos maiores antes do início do Plano Real.

Em março de 2022, o INSS estimou que o julgamento favorável aos beneficiários poderia gerar uma fatura de R$ 120 bilhões em pagamentos retroativos, sem contar outras repercussões sobre o Orçamento da Previdência.

O MPS confirmou que esse custo ainda não está contabilizado no Orçamento e disse que a discussão ainda está no “campo jurídico”.

Idiana Tomazelli/Folhapress

Homem é preso pela Polícia Militar em Dário Meira após cometer roubo e agredir proprietário do estabelecimento.


Por volta das 13h20min desta segunda-feira (10/04/23), a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira foi solicitada diretamente por populares, que informaram que um idoso, proprietário de um bar no Mercado Municipal, tinha sido roubado e sofridos diversas agressões por um indivíduo de pré-nome Rigner, que em seguida tomou destino ignorado.

Segundo relato da vítima, ele estava no seu bar quando o autor chegou pedindo um cigarro , e quando a vítima foi pegar o produto, o autor furtou o celular da vítima, marca LG de cor azul, que se encontrava em cima da geladeira. O autor ficou exaltado e desferiu um soco no olho esquerdo da vítima e em seguida o derrubou e desferiu socos no seu tórax , ocasionando ferimentos.

Os policiais militares saíram em diligência, no intuito de capturar o criminoso. Ao passar pelo bairro Jerusalém, os policiais militares avistaram o autor, o qual foi alcançado e no momento da abordagem foram encontrados um celular de marca LG K11 de cor azul, 1 garrafa de Whisky White Horse e um relógio analógico Orimet.

Os envolvidos, juntamente com o material recuperado, foram apresentados na Delegacia Territorial de Itagibá, onde foram adotados os procedimentos de polícia judiciária.

Autor: R. S. S. (Masculino), nascido em 15/02/2000, Endereço: Rua Jesse Gomes, Centro, Dário Meira-BA. Vitima: J. R. de S. (Masculino), nascido em 26/07/1944
Material recuperado: (01) um celular de marca LG K11 Plus de cor Azul, 1 litro de Whisky de marca White Horse, (01) um relógio analógico de marca Orimet prateado

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Após vídeo viralizar, Dalai-lama se desculpa por pedir a garoto para ‘chupar sua língua’

O dalai-lama, líder espiritual tibetano, pediu desculpas a uma criança nesta segunda (10) após pedir-lhe para chupar sua língua algumas semanas atrás numa audiência. O vídeo viralizou nas redes sociais.

“Sua Santidade deseja se desculpar ao menino e à sua família, assim como a seus muitos amigos ao redor do mundo, por qualquer dor que suas palavras possam ter causado”, postou sua conta oficial no Twitter.

“Está circulando um vídeo que mostra uma reunião recente em que um menino perguntou a Sua Santidade o dalai-lama se ele poderia lhe dar um abraço”, disse um comunicado na conta do líder, que tem 19 milhões de seguidores no Twitter. “Sua Santidade costuma brincar com pessoas que conhece de maneira inocente, mesmo em público e diante das câmeras. Ele lamenta esse incidente.”

Em um vídeo que se tornou viral, o dalai-lama, 87, aparentemente beija o menino na boca antes de perguntá-lo: “Você pode chupar minha língua?”. Ele então mostra a língua, arrancando risadas dos presentes. O vídeo foi gravado em 28 de fevereiro, durante audiência em McLeod Ganj, subúrbio de Dharamsala, no norte da Índia, onde o líder espiritual vive exilado.

Alguns internautas chamaram a atitude de “nojenta” e “absolutamente doentia”.

Em 2019, ele teve de se desculpar por ter dito que, se uma mulher fosse lhe suceder, teria de ser “atraente”. Os comentários, em entrevista à emissora britânica BBC, causaram polêmica e provocaram um outro pedido de desculpas: “Sua Santidade genuinamente não quis ofender”.

Representante do movimento pela autonomia do Tibete, o dalai-lama fugiu para a Índia em 1959 após um levante fracassado contra o domínio chinês. Ele trabalhou por décadas para conseguir apoio global para a autonomia linguística e cultural em sua pátria, e é considerado por Pequim um separatista perigoso.

O Tibete havia conquistado autonomia em 1912, em meio ao turbulento período do fim do império Qing e da proclamação da República na China, até ser retomado novamente em 1951. Em julho de 2021, o atual líder do regime chinês, Xi Jinping, desembarcou no Tibete, na primeira visita de um chefe de Estado do país em 31 anos, para reafirmar a autoridade sobre a região.

Conhecida como “topo do mundo” pelas altitudes extremas, a região abriga a nascente dos principais rios da Ásia ou seus afluentes mais importantes: Indo, Ganges, Brahmaputra, Irrawaddy, Salween e Mekong. Segundo pesquisadores, eles abastecem 46% da população na China, na Índia e no Sudeste Asiático. O discurso oficial se fia no progresso tibetano nas últimas sete décadas.

A presença internacional de que dalai-lama desfrutava quando recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1989 diminuiu —em parte devido à sua idade, mas também em razão da crescente influência econômica e política da China. O debate pela independência da região está adormecido pelo menos desde 2008, quando ativistas aproveitaram as Olimpíadas de Pequim para organizar protestos em massa.

Folhapress

MST invade Incra em Alagoas e cobra demissão de primo de Lira

Um grupo de cerca de 1.500 trabalhadores sem-terra invadiram a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), no centro de Maceió, em Alagoas, na manhã desta segunda-feira (10).

Os manifestantes cobram a exoneração do superintendente local do órgão, César Lira. Ele é primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).

César Lira foi nomeado em 2017, ainda na gestão Michel Temer (MDB) por indicação do deputado federal Marx Beltrão (PP-AL). Permaneceu no cargo durante o governo Jair Bolsonaro (PL) com o apadrinhamento de Arthur Lira e segue no posto neste início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao todo, participam da ocupação sete entidades de luta pela terra, incluindo o MST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra), a Frente Nacional de Luta e a Comissão Pastoral da Terra.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que todas as nomeações para as superintendências regionais do Incra e escritórios estaduais do ministério estão sendo tratadas na Casa Civil e na Secretaria de Relações Institucionais.

“O MDA e o Incra têm trabalhado pela retomada do programa de reforma agrária no Brasil, paralisado nos últimos anos, e está aberto ao diálogo com toda a sociedade. Nesse sentido, o ministério se reunirá com lideranças dos movimentos sociais do campo de Alagoas para receber a pauta de reivindicações.”

As organizações à frente da ocupação afirmaram em nota que, desde janeiro, cobram a exoneração de César Lira, classificado pelos sem-terra como um ‘bolsonarista raiz’. Foram enviados ofícios ao deputado federal Paulão (PT-AL) e ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

“É inaceitável a continuidade de uma gestão bolsonarista. Por que o governo Lula mantém por tanto tempo (mais de cem dias de governo) um superintendente inimigo da reforma agrária e com um histórico de violência junto a lideranças e comunidades?”, questionam as entidades.

Os manifestantes defendem a nomeação do servidor público José Ubiratan Resende Santana como o novo superintendente do Incra em Alagoas.

Em janeiro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário indicou que exoneraria superintendentes regionais do órgão indicados por Bolsonaro, atendendo a uma demanda apresentada por movimentos populares do campo, que cobravam uma ação enérgica da pasta em relação aos dirigentes.

Aliado de Bolsonaro na eleição de 2022, Lira foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro sem oposição do PT, o que permitiu ao deputado bater o recorde de votos em sua recondução, com o apoio de 464 dos 513 deputados.

Além de apadrinhar César Lira no Incra de Alagoas, o presidente da Câmara também mantém outro primo, Joãozinho Pereira, no comando da superintendência local da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

O governo Lula avalia manter, com o aval do presidente da Câmara, o engenheiro Marcelo Moreira no comando nacional da Codevasf. A estatal mudou de vocação na gestão Bolsonaro e passou a escoar verbas de emendas parlamentares em obras de pavimentação de estradas e na compra de maquinários, como tratores.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Após investigação, delegado é condenado a 29 anos de prisão

Um delegado da Polícia Civil da Bahia, principal investigado pela ‘Operação Casmurro’, deflagrada pela Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e pelo Ministério Público da Bahia (MP), em 2021, foi condenado a 29 anos de prisão após ser acusado de integrar uma organização criminosa, responsável pelos crimes de tráfico de drogas, obstrução da Justiça, associação ao tráfico, concussão e peculato.

A sentença foi estabelecida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), nesta segunda-feira (10).

No documento, expedido pelo Juízo de Direito da Vara Crime, Júri, Execuções Penais, Infância e Juventude da Comarca de Seabra, outros três investigadores da 13ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Seabra, comparsas do delegado, também foram apenados com 11 e 14 anos, após as investigações apontarem as suas participações.

Com a decisão judicial, os servidores – exceto um dos investigadores da PC que foi penalizado com 11 anos de prisão – deverão cumprir, inicialmente, a pena em regime fechado.

Relembre o caso

A suspeita de envolvimento do delegado e dos investigadores com os casos foi levantada no ano de 2020, após investigações apontarem o nome dos envolvidos em um esquema de propina com um empresário da região, durante a descoberta de um plantio de maconha no Povoado de Baixio da Aguada, zona rural de Seabra.

Em abril de 2021, a Força Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsão Mediante Sequestro da Corregedoria da SSP cumpriu, junto com o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), três mandados de prisão temporária, expedidos pelo Juízo Criminal de Seabra-BA, além de sete de busca e apreensão, contra os suspeitos.

Na época, veículos, armas de fogo, munições e uma quantidade de maconha pronta para o consumo foram apreendidos.

Dois meses depois, em junho de 2021, outros cinco mandados de busca e apreensão, um de prisão temporária e o afastamento cautelar das atividades policiais do delegado foram cumpridos na segunda fase da ação. Novas armas de fogo, munições, celulares e documentos referentes a aquisição de bens móveis e imóveis foram apreendidos.

Mais de 100 policiais civis e militares, além de integrantes do MP participaram das operações que culminaram na sentença final da Justiça da Bahia.
Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues

Homem é flagrado com drogas em casa


Investigadores da Delegacia Territorial (DT) de Santo Antônio de Jesus apreenderam, nesta segunda-feira (10), 33 comprimidos de ecstasy, dois tabletes de maconha prensada e mais 14 porções da droga, duas balanças e uma ‘bucha’ de cocaína.O material foi encontrado na casa de um homem, no bairro Juerana, onde os policiais diligenciaram após receberem denúncias de tráfico de drogas. A equipe foi recebida pela mãe do suspeito, que acompanhou a revista no imóvel e indicou o local onde ele estava.

Autuado em flagrante por tráfico de entorpecentes, o homem foi submetido ao exame de lesão corporal e está à disposição da Justiça, aguardando pela audiência de custódia. O material apreendido foi encaminhado à perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Fonte: Ascom/ Ian Peterson

Campos sexo e nome social em carteira de identidade devem ter mudanças

O governo prepara mudanças nos campos nome social e sexo da Carteira de Identidade Nacional (CIN), documento padronizado que pretende substituir outras formas de identificação do cidadão, como o famoso RG, que é emitido por secretarias estaduais.

Por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (10), a Câmara Executiva Federal de Identificação do Cidadão criou um grupo de trabalho composto por representantes de cinco ministérios, além de Receita Federal e do Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação. O objetivo é propor alterações nas atuais regras, que foram estabelecidas em fevereiro de 2022, no governo de Jair Bolsonaro.

Em novembro, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), emitiu uma nota técnica com críticas ao decreto que estabeleceu as regras atuais. O texto prevê, por exemplo, a inclusão do nome de registro ao lado do campo nome social.

Para o PFDC, a previsão para a inclusão do nome de registro na CIN “não apenas configura flagrante violação do direito à autoidentificação da pessoa trans, como invalida a sua própria necessidade de uso, além de abrir perigoso precedente para a exposição vexatória de um nome que não representa a pessoa que se deseja identificar”.

O órgão também afirmou que “a exigência de inclusão do sexo biológico, além de não conter qualquer necessidade administrativa ou burocrática que a justifique, estimula violações dos direitos humanos das pessoas que apresentam um sexo registral diferente da sua identidade e expressão de gênero”.

Uma minuta para alterar as disposições sobre os campos sexo e nome social na Carteira de Identidade Nacional deverá ser apresentada em, no máximo, 60 dias, conforme o decreto publicado nesta segunda-feira (10).

Agência Brasil

Rondesp Leste captura suspeitos com pistola e simulacro

Suspeitos de tráfico de drogas, dois homens foram presos em flagrante por equipes da Rondesp Leste, na manhã do Sábado de Aleluia (8), em Feira de Santana. Na ação, uma arma de fogo e um simulacro também foram apreendidos.

Equipes patrulhavam na localidade da 1ª Travessa Pato Raso, no bairro da Queimadinha, quando perceberam o nervosismo da dupla com a aproximação dos PMs.

“Eles tentaram correr da nossa abordagem, mas rapidamente foram interceptados. Fizemos a busca pessoal e encontramos com eles, além de uma pistola calibre 380 e uma arma de brinquedo, 11 munições, 31 pedras de crack, cinco trouxinhas de maconha, dois pinos de cocaína, uma balança, R$ 30 e um celular”, detalhou o comandante da unidade, major Fernando Cardoso.

Os suspeitos foram conduzidos, juntamente com o material apreendido, para a Central de Flagrantes de Feira de Santana, para a adoção de medidas de Polícia Judiciária.
Fonte: Ascom / Rafael Rodrigues

Suspeitos de envolvimento em furtos no Corredor da Vitória são presos

Suspeitos de participação em furtos no Corredor da Vitória, em Salvador, foram autuados em flagrante no último sábado (9), em Francisco Sá (MG), pela Polícia Civil de Minas Gerais. A captura foi realizada com base em informações repassadas pela Polícia Civil da Bahia, notadamente o Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), com apoio do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Com base nestas informações, um veículo com parte da organização criminosa foi interceptado pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Militar de Minas Gerais. As providências de polícia judiciária foram formalizadas na 3ª Delegacia de Polícia Civil, em Montes Claros (MG). Uma das vítimas já reconheceu parte dos itens encontrados com o grupo.

Os suspeitos estavam sendo monitorados desde que a ocorrência foi registrada na 14ª Delegacia Territorial (DT/Barra). Os presos ficarão a disposição do Poder Judiciário.

Fonte: Ascom/PC

Produção de veículos sobe 20% em março na comparação anual

A produção de veículos subiu 20% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2022, registrando um total de 221,8 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 10, pela Anfavea, a associação das montadoras, e mostra que frente a fevereiro, um mês mais curto, a produção avançou 37,3%.

Após os resultados frustrantes do início do ano, algumas montadoras começaram a segurar a produção no mês passado para evitar acúmulo excessivo de estoques em meio ao impacto dos juros mais altos na demanda. Apesar disso, o volume manteve-se superior ao do ano passado, quando a maior irregularidade no fornecimento de componentes eletrônicos limitou a produção do setor.

Na comparação com os níveis de antes da pandemia, contudo, a produção do primeiro trimestre ficou em torno de 50 mil veículos abaixo, conforme a Anfavea. Na conta da associação, oito fábricas pararam em algum momento e outras duas cancelaram turnos de trabalho desde o inicio do ano em razão do esfriamento da demanda, combinado, em alguns casos, à falta de peças alegada por parte dos fabricantes.

No primeiro trimestre, 536 mil veículos foram fabricados no Brasil, com alta de 8% em relação ao número apurado nos três primeiros meses do ano passado.

As vendas, de 199 mil veículos no mês passado, subiram 35,5% na comparação com março de 2022, mês de maior limitação de oferta em função da falta de componentes eletrônicos. Diante de fevereiro, que teve cinco dias úteis a menos, as vendas tiveram alta de 53,1%. Com isso, o trimestre terminou com 471,8 mil veículos comercializados, 16,3% a mais do que no mesmo período do ano passado.

O balanço da Anfavea mostra ainda alta de 14,8% das exportações, no comparativo de março com igual mês do ano passado. Os embarques, de 44,7 mil veículos no mês passado, subiram 29,3% contra fevereiro, permitindo leve aumento de 3,9% no acumulado do primeiro trimestre, quando 112,2 mil veículos foram exportados.

Segundo o levantamento da Anfavea, 308 vagas de trabalho foram fechadas em março nas montadoras, que agora empregam 101,6 mil pessoas.

Eduardo Laguna/Agência Estado

CPI do 8 de janeiro no DF tem relator da PM e jogo de forças que favorece Ibaneis

Aberta para investigar a invasão às sedes dos três Poderes, a CPI (comissão parlamentar de inquérito) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal tem um policial militar na relatoria, um petista histórico na presidência e esforços da base para livrar o governador Ibaneis Rocha (MDB).

Com pouco mais de um mês de investigações, deputados distritais se apoiam em diferentes teses para explicar o que ocorreu em 8 de janeiro —e muitos se dividem entre jogar a culpa no Exército e no governo federal ou pinçar responsáveis no governo local, como o ex-secretário e ex-ministro Anderson Torres, que está preso.

Ex-líder do governo Ibaneis e PM da reserva, o deputado distrital Hermeto (MDB), relator da CPI, não esconde a preocupação com a imagem da corporação.

Já o nome do governador —afastado pela Justiça por mais de dois meses— mal aparece durante as sessões, e o relator admite que a CPI não pensa em convidá-lo para prestar sua versão dos fatos.

“Todo mundo achou que eu ia puxar sardinha para a PM. Eu só vou dizer a verdade: eles [policiais que estavam na Esplanada] não têm culpa, foram levados ao matadouro. O erro claro foi de quem planejou aquilo ali”, afirma Hermeto.

O deputado do MDB diz que será imparcial em seu relatório e promete questionar no documento o “baixo efetivo” da PM do DF e a necessidade de novos concursos.

Assim como Ibaneis, Hermeto afirma que o episódio foi resultado de um apagão generalizado, não só do governo do DF. O distrital também tem batido na tecla de que os policiais estavam exaustos —sobretudo por causa da tensão entre a derrota de Jair Bolsonaro (PL) e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu confessei, nesta semana, que não estou nem dormindo direito. Fico preocupado com esse relatório. Muito preocupado em fazer justiça. Porque o que estamos vendo aqui, com os depoimentos anteriores, é que todo mundo está jogando a culpa na Polícia Militar”, disse o relator durante sessão de março.

Hermeto deixou a PM ainda como subtenente para tentar a política. Começou como administrador regional (cargo semelhante ao de prefeito no DF, mas sem eleição) até se tornar deputado distrital pela primeira vez em 2018, após duas derrotas.

O movimento se deu num período em que praças da PM tentavam espaço no Legislativo para quebrar a hegemonia que os oficiais de alta patente detinham no Distrito Federal.

Com esse cenário, Hermeto se tornou adversário político do coronel Jorge Naime, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do DF e ex-comandante de operações da PM local.

Naime era um dos responsáveis pela segurança do Distrito Federal em 8 de janeiro, mas estava de férias. Por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ele está preso por suposta negligência.

Em seu depoimento à CPI, Naime levou uma comitiva de policiais a tiracolo e sentou à principal mesa do plenário da Câmara Legislativa usando farda. Logo no início, enviou recados a Hermeto e, sem citar o nome do relator, sugeriu que a “interferência política” estava prejudicando a Polícia Militar.

Ao justificar sua folga, o coronel preso disse ainda que estava com os filhos no dia, e que o relator da CPI deveria saber “bem o que é uma ex-esposa, quando não se acerta na vida” —referência clara, segundo deputados, à acusação que a ex-esposa de Hermeto fez contra ele em 2019 por suposta agressão.

“Eu sei muito bem”, respondeu o relator a Naime após a provocação. Hermeto disse à Folha que foi acusado de muitas coisas que não cometeu e que acabou inocentado em tudo.

O deputado também afirmou que não interfere politicamente na PM, mas dá dicas ao governador Ibaneis Rocha.

“Quando ele fala de interferência política, eu digo como sugestão [política]. Eu fiquei 30 anos na polícia, é claro que o governo vai perguntar alguma coisa para mim em relação à Polícia Militar. É normal. Eu não quis polemizar naquele dia porque o cara estava preso, revoltado”, afirma.

Diante do jogo de forças na Câmara Legislativa que fez com que a CPI tivesse cinco dos sete membros aliados ao governo Ibaneis, a oposição precisou brigar para emplacar na presidência o deputado distrital Chico Vigilante (PT), um dos principais nomes do PT no Distrito Federal.

Foi Vigilante quem, em nome do governo Lula, tentou convencer Ibaneis a não levar de volta para a Secretaria de Segurança Pública do DF o ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres.

Integrante da CPI, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL) afirma que é preciso entender se houve uma conspiração entre autoridades dos governos federal e distrital para dar um golpe de Estado —com braços dentro do Exército e das forças de segurança do DF.

O parlamentar diz que a maioria dos membros da CPI quer punição para os culpados, inclusive no âmbito do Distrito Federal. Félix defende a apuração ampla dos fatos e diz que o governador deve ser investigado, mas rebate a acusação de colegas bolsonaristas contra o governo Lula.

“O máximo que o governo federal pode ter cometido é omissão. A responsabilidade da segurança pública é do DF, basicamente. Para mim, essa tentativa de jogar para o governo federal é uma narrativa para escamotear a realidade e aliviar para os bolsonaristas”, diz.

“É óbvio que um governo empossado não ia tentar dar um golpe. A gente sabe quem estimulou. Não dá para tentar jogar para o governo federal, com oito dias sentado na cadeira. Isso é discurso para criar uma cortina de fumaça na investigação.”

Com as disputas políticas dentro da PM e a tentativa do relator de preservar a categoria, os depoimentos têm apontado a artilharia contra o Exército, que cancelou operações para desmontar o acampamento e posicionou tanques de guerra contra policiais para evitar a prisão dos vândalos na noite do dia 8.

Nos próximos dias, a comissão pretende ouvir comerciantes que teriam financiado a estrutura em frente ao quartel-general, além do ex-comandante militar do Planalto, general Gustavo Dutra, e do general Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no governo Bolsonaro e aliado do ex-presidente.

“É muito importante chegar nos financiadores. Não teria acontecido o que aconteceu em Brasília se não tivesse alguém financiando com alimentos, carro de som, trios elétricos que foram contratados. Dinheiro que foi distribuído lá”, afirma Chico Vigilante.

“Esse golpe foi planejado. E tem integrantes do alto comando da Polícia Militar do Distrito Federal envolvidos. A base não estava envolvida porque a base segue ordens. Como naquele dia só tinha 200 policiais na rua?”, questiona o petista.

Cézar Feitoza e Thaísa Oliveira/Folhapress


Presidente do PL sente mal-estar e é internado em Brasília

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sentiu um mal-estar neste domingo, 9, e foi internado no Hospital Sírio Libanês, em Brasília. Ele passará por um cateterismo nesta segunda-feira, 10, porque teve dor no peito quando estava numa viagem pelo Nordeste.

Segundo a assessoria do PL, Costa Neto está bem e foi internado por precaução. Ex-deputado, o presidente do PL aposta agora numa estratégia que prevê viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle pelo País, com o objetivo de reforçar o partido. Os dois são filiados ao PL, que tem planos de eleger 1.000 prefeitos em 2024.

Bolsonaro retornou recentemente de Orlando, nos Estados Unidos, onde permaneceu três meses, e hoje é presidente de honra do PL. Michelle, por sua vez, comanda o PL Mulher.

Costa Neto quer que Bolsonaro seja novamente candidato ao Palácio do Planalto, em 2026. Mas, se o ex-presidente ficar inelegível – uma vez que é alvo de processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF) –, Costa Neto defende a candidatura de Michelle. Bolsonaro não aprova ideia e já disse que ela “não tem vivência política”.

Agência Estado

Homem é preso pela Polícia Militar em Ipiaú por agredir companheira adolescente (Lei Maria da Penha)

Por volta das 12h deste domingo (09/04/23), após denúncia via 190, a guarnição da 55ª CIPM/ROTAM deslocou até a Rua Walter Hollenweger, Centro de Ipiaú para verificar uma situação de violência doméstica.

No local, foi mantido contato com a vítima, uma adolescente de 17 anos de idade, mas, o agressor havia fugido do local. Em seguida, a guarnição da PM acionou o Conselho Tutelar do município por figurar como vítima adolescente.

Os policiais militares acompanharam a vítima até a rua Carlos Gomes, Centro de Ipiaú, onde reside uma amiga que poderia lhe dar acolhida naquele momento . No entanto, ao chegar no novo local, o agressor foi localizado na porta da residência.

Um preposto do Conselho Tutelar se fez presente no local, e em seguida, os envolvidos foram conduzidos até a delegacia territorial de Jequié, para os procedimentos de polícia judiciária.

Autor: U. dos S. O. ( Masculino), Idade: 24 anos Vitima: Â. V. N. dos S. ( Feminino), Idade: 17 anos.

PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Homem é preso pela Policia Militar em Ipiaú por agredir adolescente



Por volta das 16h deste domingo (09/04/23), a guarnição da 55ª CIPM/ROTAM, estava na Delegacia de Ipiaú, tentando apresentar uma situação de Maria da Penha, quando chegou uma adolescente acompanhada dos pais, que alegaram que a menor havia sido agredida por um homem, num assentamento na zona rural de Ipiaú.

Logo em seguida, o agressor passou em frente a delegacia gesticulando para a família. Os pais e a vítima o reconheceram e informaram aos policiais militares. 

A guarnição abordou o agressor, que informou que tinha desferido golpes contra a adolescente após ela ter dado um tapa no rosto dele. 

Os envolvidos foram conduzidos à delegacia territorial de Jequié, para os procedimentos de polícia judiciária.

Autor: M. S. da S. ( Masculino), Idade: 30 anos. End: Rua Thais soledade, Bairro Vila Esperança, Ipiaú-BA 

 Vitima: L. O. A. ( Feminino), Idade: 17 anos. End: Fazenda Dois Amigos, Zona Rural, Ipiaú-BA 

Fonte: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a a serviço do cidadão.

Motocicleta roubada é recuperada pela Policia Militar em Ipiau com numeraçãode chassi e motor suprimidas

Por voltas das 20h40min deste domingo (09/04/23), a guarnição da 55ª CIPM/PETO, em ronda pelo bairro Ubirajara Costa, se deparou com dois homens em uma moto Honda/Pop, de cor preta, com características semelhantes a uma motocicleta que foi roubada no último dia 04/04, próximo ao distrito Palmeirinha, município de Aiquara.

Foi dada a voz de parada, a qual os motociclistas ignoraram, em virtude disso, iniciou-se o acompanhamento. Ao chegar nas imediações da quadra 17, os suspeitos abandonaram o veículo e adentraram no matagal.

Foram feito rondas nas proximidades a fim de localizar os suspeitos, mas, sem êxito.

Foi verificado nos sistema que o veículo estava com uma placa adulterada de número "JQF 9183" pertencente a outra motocicleta Honda/Bros 150.

O veículo foi conduzido e apresentado no plantão central, na delegacia territorial de ipiaú.

Veiculo recuperado: Motocicleta Honda/Pop 110, de cor preta, placa JQF-9193, com números do chassi e do motor suprimidos.

Fonte: Ascom/55ª CIPM /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

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