‘Nunca ficamos tanto tempo sem saber a origem de um apagão’, diz ex-diretor-geral do ONS

Luiz Eduardo Barata Ferreira, ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico

O engenheiro Luiz Eduardo Barata considera “surpreendente” e “inacreditável” que o dia tenha terminado sem que o Brasil saiba onde e como começou o apagão dessa terça-feira (15).

“Posso afirmar com certeza que, pelo seu nível tecnológico, ele já devia saber quais foram as linhas com problemas”, diz.

Barata é um dos profissionais mais experientes ainda na ativa no setor de energia elétrica. Foi secretário-executivo do MME (Ministério de Minas e Energia) e diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Segundo ele, os órgãos reguladores conseguem identificar a origem de um problema imediatamente após a sua ocorrência.

O ministro afirmou que houve mais de uma falha, mas não soube dizer o que houve. É normal essa falta de definição por tanto tempo?

Para um apagão desse tamanho, não pode ter ocorrido o que chamamos de contingência simples —a saída de uma única linha. Um distúrbio dessa magnitude costuma ocorrer quando há simultaneidade de eventos. Quais foram ainda não disseram, e isso é inacreditável.

Por quê?

Nunca ficamos tanto tempo sem saber. Passadas dez horas do distúrbio, não ouvimos do ONS, que é o responsável pela operação, exatamente o que ocorreu. Eu posso afirmar, com certeza que, pelo seu nível tecnológico, ele já devia saber quais foram as linhas com problemas. Infelizmente, a partir da entrevista do ministro [Alexandre Silveira], não se conseguiu precisar o que aconteceu. Concordamos que a situação energética do país é excepcional e não há qualquer tipo de risco no abastecimento. Mas os registradores mostram onde ocorre esse tipo de evento.

O que são registradores?

Os registradores são aparelhos no sistema que identificam o que houve. Eu saí do ONS há três anos. Ele estava muito bem aparelhado. É surpreendente que não se tenha o local do distúrbio até essa hora [a entrevista foi às 19h15]. Em todos os grandes distúrbios, imediatamente após o evento a gente sabe onde começou e o que aconteceu. Depois, óbvio, você vai ver o que aconteceu a mais, mas a causa você sabe imediatamente. Digo isso sem medo da errar. A preocupação do ministro foi falar da privatização da Eletrobras e não temos informações básicas até agora.

O fato de a Eletrobras estar privatizada compromete a análise técnica do sistema?

Não. De jeito nenhum. Vou dar um exemplo. Eu era responsável pela Operação no ONS no apagão de 2009. Levamos mais de dez horas para recompor o sistema. Passei a madrugada acordado. Mas na mesma hora que aconteceu, a gente sabia que o problema era em três linhas de Itaipu. Não consigo explicar o que estamos vendo hoje. Só posso dizer que estou triste.

Alexa Salomão/Folhapress

General Mauro Cid reclama de filho preso, se afasta de Bolsonaro e tensão sobe no caso das joias

O general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, se afastou de Jair Bolsonaro (PL) depois que o filho foi para a prisão. O clima entre ele e o grupo próximo do ex-presidente, formado em sua maior parte por militares, é de tensão.

O general —que sofreu operação de busca e apreensão na semana passada por ajudar a vender nos EUA joias que Bolsonaro recebeu de presente de autoridades estrangeiras— sempre foi amigo próximo e fiel ao ex-presidente.

Há algumas semanas, porém, ele começou a reclamar com interlocutores do fato de o filho estar preso desde maio, enquanto Bolsonaro e outros auxiliares do ex-presidente seguem levando uma vida normal.

Na visão do general, o peso dos erros da equipe está caindo quase que exclusivamente nos ombros do tenente-coronel Cid, investigado por falsificar cartões de vacina e por viabilizar a venda das joias de Bolsonaro nos EUA.

A tensão foi aumentando na medida em que a permanência do filho atrás das grades se prolonga. O general Mauro Cid acreditava que ele seria solto poucas horas depois de ser detido.

A prisão, no entanto, já dura três meses. E a situação só piora. Não apenas o tenente permanece preso como o general foi envolvido no escândalo sob a suspeita de ajudar na venda das joias e de guardar US$ 25 mil em cash para entregar posteriormente a Bolsonaro.

Apoiadores do ex-presidente creditam a frustração e a tensão do general ao fato de ele não ter nenhuma noção de política e de, portanto, não entender os rumos que as coisas tomaram.

Há uma aposta também de que, depois de ter o nome estampado nas manchetes na condição de investigado, o general Mauro Cid passe a entender que é melhor ficar próximo de Bolsonaro do que entrar no jogo de cada um por si e Deus por todos.

Mônica Bergamo/Folhapress

Pesquisa mostra dificuldade de brasileiros para entender legislação

Estudo capta impressões com relação a liberdade de expressão
Com o objetivo de captar as principais posições sobre liberdade de expressão, incluindo assuntos como os limites previstos na lei, experiências com autocensura, tolerância e regulação das mídias sociais, o Instituto Silvis fez pesquisa ouvindo tanto a perspectiva tanto da população em geral quanto de parlamentares do Congresso Nacional. O levantamento mostrou um desalinhamento entre as percepções dos dois grupos.

Enquanto para 35% da população “defender publicamente que o STF está prejudicando a democracia” é proibido, 37,1% dizem que isso não é proibido (19% responderam que depende e 8,9% não sabem). Entre os congressistas ouvidos, 54,3% acham que não é proibido, 15,2% que é proibido, 22,9% que depende e 7,7% não souberam ou não responderam.

A afirmação “protestar pedindo intervenção militar” é considerada proibida para 42,6% da população em geral, enquanto 38,1% dizem que não é proibido (15,1% responderam que depende e 4,2% não sabem). Já a pesquisa com os congressistas mostrou que 21% acham que não é proibido, 67,6% que é proibido, 5,7% que depende e 5,7% não souberam ou não responderam.

Para 36,3% da população consultada “questionar o sistema eleitoral atual, baseado no voto em urnas eletrônicas” é proibido, com 49% achando que não é proibido (12% responderam que depende e 2,7% não sabem). No Congresso Nacional, 61% acham que não é proibido, 19% que é proibido, 13,3% que depende e 6,7% não souberam ou não responderam.

O estudo tem como objetivo captar as principais posições da população em geral e do Congresso Nacional sobre temas como os limites previstos na lei, experiências com autocensura, tolerância e regulação das mídias sociais. A pesquisa contou com 1.128 entrevistados da população em geral, considerando sexo, idade, escolaridade e região do país. Já entre os parlamentares do Congresso, foram 105 entrevistados, com 93 deputados federais e 12 senadores participantes. As entrevistas foram realizadas entre maio e junho de 2023, por telefone e presencialmente.

Regulação das redes sociais

Em relação à regulação das redes sociais, 41,7% dos ouvidos entre a população em geral acreditam que tanto as empresas de mídias sociais quanto o Estado deveriam regular conteúdos, 17,1% entendem que somente as empresas deveriam regular conteúdos, 10,4% afirmam que o Estado deveria regular conteúdos e 30,8% sustentam que não deveria haver regulação de conteúdos nas mídias sociais.

Já entre os congressistas escutados, 29,5% acreditam que tanto as empresas de mídias sociais quanto o Estado deveriam regular conteúdos, 21% afirmam que somente as empresas deveriam regular conteúdos, 2,9% entendem que o Estado deveria regular conteúdos, 29,5% acham que não deveria haver regulação de conteúdos nas mídias sociais e 17,1% não souberam ou não responderam.

Liberdade de expressão

A pauta de liberdade de expressão é considerada tanto pela população quanto pelos congressistas como sendo de alta prioridade para a democracia. Entre os congressistas, a nota média foi de 4,4, numa escala de 1 a 5, em que 5 é o valor máximo de prioridade. Para a população, a nota média foi de 7,2, numa escala de 0 a 10, em que 10 é o valor máximo de prioridade.

Outro resultado foi que 55,5% dos entrevistados nunca ou raramente deixaram de expressar suas opiniões em família, e 61,2% nunca ou raramente deixaram de postar algo em mídias sociais por medo de como os outros poderiam reagir.

“Esperamos que os achados dessa pesquisa possam trazer resultados frutíferos para o fortalecimento do valor da liberdade de expressão em nosso país. Para isso, parece necessário enfrentar o desalinhamento conceitual encontrado entre a população e os congressistas com muito diálogo e participação ativa da sociedade civil dos mais diversos espectros”, avalia o diretor-executivo e co-fundador do Instituto Sivis Henrique Zétola.

Agência Brasil

Dia nacional traz alerta sobre furtos na rede nacional de dutos

Transpetro promove ações em 12 estados e no DF

A subsidiária da Petrobras Transpetro promove nesta quarta-feira (16) mobilização em 13 estados e no Distrito Federal visando a conscientização da população sobre a importância da preservação das faixas por onde passam dutos de combustíveis em todo país.

O Dia da Segurança na Faixa de Dutos, promovido anualmente pela empresa, é conhecido como Dia do 168, em alusão ao telefone gratuito criado pela companhia nessa data, há seis anos, para alertar sobre a necessidade de manter a integridade dos dutos.

O telefone 168 é o canal oficial para denúncias e contato direto da população com a Transpetro.

As ações ocorrerão nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe e no Distrito Federal. Em parceria com órgãos públicos, prefeituras e instituições privadas, serão ofertados serviços que incluem desde a emissão de documentos até exames laboratoriais, além de serviços jurídicos e de beleza. Segundo o presidente da Transpetro, Sergio Bacci, os serviços são oferecidos “no sentido de ajudar as comunidades no entorno das nossas faixas de dutos”.

Derivações

Bacci comemorou a queda do número de derivações clandestinas, nome dado aos furtos de combustível nos dutos. “Caiu vertiginosamente”, afirmou. “Há quatro anos, nós tivemos, durante o ano, 251 derivações clandestinas. Este ano (2023), até o dia 31 de junho, tivemos 14 só. A gente quer manter esse número. Se conseguirmos chegar ao final do ano abaixo de 30 derivações será uma grande vitória para nós”. Em 2022, foram 58 furtos.

O presidente da subsidiária ressaltou, entretanto, que uma única derivação que causa um acidente traz consequências muito graves, como incêndios, explosões, vazamentos, poluição, contaminação de áreas. “A gente precisa ficar o tempo todo atento para evitar que tenha derivação. Esse tipo de acidente, se a gente não tiver muito cuidado, pode causar problemas de graves proporções”. Equipes da Transpetro operam nas faixas de dutos, acompanhando diariamente as condições dos dutos, verificando se não há ninguém andando nas faixas de dutos com propósito de efetuar alguma derivação. “Esse é um compromisso diário nosso para preservar os nossos ativos”.

O furto de combustível de dutos pode, inclusive, provocar ferimentos em pessoas e, até, óbitos. Em 23 de maio de 2019, a menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos, morreu no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense. Ela teve 80% do corpo queimado no vazamento de gasolina de um duto da Transpetro no Parque Amapá, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Ao dar entrada no hospital, na madrugada de 26 de abril, seu estado de saúde era gravíssimo, conforme o boletim médico. A menina havia caído em uma poça de gasolina e broncoaspirado o produto, tendo sequelas internas e externas. A polícia investigou, à época, a possibilidade de roubo de combustível do duto por criminosos.

Fiscalização

A Transpetro possui 8,5 mil quilômetros de faixas de dutos. As equipes da Transpetro trabalham diariamente na fiscalização dos dutos, disse o presidente. “Tem gente de Norte a Sul do Brasil que, às vezes, percorre a pé essas faixas de duto”. Atualmente, a companhia vem utilizando a tecnologia de drones para fazer também essa verificação.

Reafirmou a importância da conscientização das pessoas, bem como a utilização do telefone 168 para enviar dúvidas e sugestões ou comunicar qualquer movimentação suspeita nas faixas e em terrenos próximos, como atividades noturnas, cheiro forte de combustível e presença de carros e pessoas com mangueiras e outros equipamentos. O anonimato é garantido. O telefone funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.

Grafite

Durante a ação, a Transpetro vai realizar uma nova etapa do projeto 168 em Cores, que consiste na pintura de grafite em muros de localidades vizinhas aos dutos operados pela empresa. São 12 artistas que vão atuar em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia e no Distrito Federal, produzindo desenhos alusivos ao tema de segurança em dutos, com o objetivo de aumentar a confiança na segurança dos dutos; sensibilizar moradores nos cuidados com o local; criar empatia com a marca e aumentar a reputação da empresa; além de promover a comunidade por meio de trabalhos artísticos.

Agência Brasil

Supremo Tribunal Federal mantém condenação a jornal por fala de entrevistado

O STF (Supremo Tribunal Federal) chegou a um impasse para definir uma tese em um caso relacionado com a liberdade de expressão e de imprensa.

Os ministros julgam se e em quais casos um veículo de comunicação pode ser condenado a pagar danos morais quando um entrevistado imputa, de forma falsa, a prática de um ato ilícito a alguém. O tema decorre de uma ação de repercussão geral, que pode incidir sobre casos semelhantes.

No caso concreto que provocou a discussão —um pedido de indenização contra o jornal Diário de Pernambuco por uma entrevista publicada em 1995—, o STF manteve por 9 votos a 2 uma condenação do STJ (Superior Tribunal e Justiça) contra o veículo.

O julgamento começou em 2020, em plenário virtual, e foi paralisado duas vezes por pedidos de vista (mais tempo para análise).

Apesar de ter condenado o jornal, o Supremo não conseguiu firmar uma tese que se aplique aos outros casos, em razão de divergências entre os ministros.

A previsão agora é de que haja um novo julgamento, sem data prevista, para que os integrantes da corte entrem em consenso ou cheguem a uma maioria a respeito de uma tese relacionada ao tema.

O processo que chegou ao Supremo trata da disputa do ex-deputado Ricardo Zarattini Filho, que já morreu, contra o jornal Diário de Pernambuco.

O deputado foi à Justiça contra o jornal devido a uma entrevista na qual o delegado Wandenkolk Wanderley, também já falecido, dizia que Zarattini tinha participado do atentado a bomba no Aeroporto dos Guararapes, de Recife, em 1966.

A defesa de Zarattini sustentou que a informação não é verdadeira, que ele não foi indiciado ou acusado pela sua prática e que não foi concedido espaço para que ele exercesse seu direito de resposta.

O ex-deputado foi derrotado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas ganhou o processo no STJ, com indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.

O jornal recorreu ao Supremo. A defesa do Diário de Pernambuco afirmou que a decisão do STJ contraria a liberdade de imprensa e que a condenação se deu pela mera publicação da entrevista, sem qualquer juízo de valor.

Ressaltou a relevância do caso sob os pontos de vista jurídico e social e que fica em jogo a atuação dos veículos de comunicação, dado o risco de limitar o exercício constitucional da liberdade de imprensa.

No julgamento que se encerrou em agosto, nove ministros mantiveram a condenação do jornal.

Um dos ministros que votaram pela condenação, Alexandre de Moraes, destacou que os fatos citados ocorreram em 1966 e que a entrevista foi publicada em 1995.

Segundo ele, “no espaço de tempo transcorrido entre os dois eventos, não foi produzida prova cabal da inocência do ofendido”, mas “os documentos e publicações tornados públicos, inclusive por outros jornais, indicavam não ter ele participação no indigitado crime”. “No curso do processo, o jornal demandado também não comprovou a autoria do fato”, disse.

Ele afirmou que, embora o evento seja de interesse histórico, era imprescindível que fossem tomadas cautelas para evitar macular os direitos de personalidade de Zarattini.

O ministro, no entanto, não conseguiu formar uma maioria ao propor uma tese que valesse para outros casos. Com ele, votaram outros 4 dos 11 ministros: Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski (agora já aposentado), Luiz Fux e Gilmar Mendes.

Moraes disse que, embora não permita censura prévia à imprensa, admite-se a possibilidade posterior de análise e responsabilização “por informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas e em relação a eventuais danos materiais e morais”.

“Os direitos à honra, intimidade, vida privada e à própria imagem formam a proteção constitucional à dignidade da pessoa humana, salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas”, disse Moraes.

Em seu voto, ele justificou que “a conduta dos meios de comunicação configura abuso do poder de informação quando atua sem as devidas cautelas para a verificação da veracidade das informações veiculadas”.

“Principalmente nos dias de hoje em que nos deparamos com o fenômeno das ‘fake news’, ou quando não oferecem àqueles que possam ser atingidos em sua honra ou imagem pelas notícias divulgadas oportunidade para apresentar outra versão dos fatos”, acrescentou.

“Nesses casos, portanto, a responsabilização dos veículos de imprensa, com a aplicação de penalidades a posteriori, não configura, de modo algum, censura”.

Outros ministros votaram de forma diferente de Alexandre de Moraes. Luís Roberto Barroso também manteve a condenação do jornal, mas propôs outra tese.

Para ele, “na hipótese de publicação de entrevista em que o entrevistado imputa falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada civilmente” se à época da divulgação havia indícios concretos da falsidade da imputação e se o “veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos e na divulgação da existência de tais indícios”.

Ele foi seguido pela ministra Cármen Lúcia e pelo ministro Kassio Nunes Marques.

Já Edson Fachin manteve a condenação do jornal, mas sugeriu uma terceira tese. Para ele, seria somente devida indenização por dano moral a empresa jornalística quando, “sem aplicar protocolos de busca pela verdade objetiva e sem propiciar oportunidade ao direito de resposta, reproduz unilateralmente acusação contra ex-dissidente político, imputando-lhe crime praticado durante regime de exceção”.

Marco Aurélio, também já aposentado, e Rosa Weber, se manifestaram contra a condenação do jornal. Os dois sustentaram a tese de que “empresa jornalística não responde civilmente quando, sem emitir opinião, veicule entrevista na qual atribuído, pelo entrevistado, ato ilícito a determinada pessoa”.

José Marques/Folhapress

Com projeto enviado à Assembleia, governo propõe estender parte do repasse dos precatórios a todos profissionais da educação básica

Foto: Flávio Sande/Política Livre/Arquivo

O governo baiano planeja estender parte do pagamento da parcela 2023 dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) a todos os profissionais de magistério da educação básica. A medida está prevista no projeto de lei que o Executivo encaminhou na segunda-feira (14) à Assembleia Legislativa da Bahia, com o objetivo de disciplinar a distribuição dos cerca de R$ 1,36 bilhão da segunda parcela dos precatórios judiciais que estão sendo pagos ao Estado pela União, como forma de complemento às verbas do Fundef não repassadas, entre 1998 e 2006.

Caso a legislação seja aprovada, o número de beneficiados com os precatórios chegará a 118.382 pessoas, 31.093 a mais do que no ano passado. O projeto de lei prevê que 20% dos recursos deste ano, – ou o equivalente a cerca de R$ 277,4 milhões – sejam destinados à criação de um abono extraordinário a ser distribuído, de forma igualitária, por carga horária, a todos os 82.907 professores e coordenadores pedagógicos do Estado, incluindo servidores ativos, aposentados e profissionais contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), independente destes trabalhadores terem atuado ou não durante o período de erro no repasse das verbas do Fundef. A proposta é de que o pagamento do abono seja feito por meio de uma parcela única, calculada de forma proporcional à carga horária cumprida pelo servidor.

Em paralelo, o projeto de lei encaminhado à Assembleia garante também o destino de mais de R$ 832 milhões – ou seja, 60% do montante ressarcido ao Estado este ano – para pagamento de todos os professores e coordenadores pedagógicos que atuaram na educação básica de janeiro de 1998 a dezembro de 2006. Neste caso, o projeto propõe que o cálculo do abono seja feito de modo proporcional à jornada de trabalho e ao período de efetivo exercício dentro deste intervalo de tempo. A previsão é beneficiar 87.289 pessoas, incluindo profissionais que já se desligaram do Estado e também herdeiros de servidores falecidos. Vale ressaltar ainda que, dentro deste total, os mais de 51 mil servidores que estavam em exercício na época dos repasses incompletos e permanecem no Estado – seja como ativos ou inativos – deverão, com a aprovação do projeto, receber os dois abonos.

Valorização – No ano passado – quando ocorreu o primeiro repasse da União ao Estado – a Bahia destinou cerca de R$ 1,4 bilhão em recursos dos precatórios Fundef a mais de 87 mil beneficiários. De acordo com o governo doestado, a proposta atual – de ampliar o número de trabalhadores beneficiados com os repasses – é mais uma medida de valorização dos profissionais de Educação. Ainda segundo o governo estadual, este ano, 32.770 professores e coordenadores que integram as carreiras do magistério da educação básica e magistério indígena foram contemplados com um reajuste de 14,82%, decorrente da aplicação do Piso Nacional da Educação.

Conforme o governo, a regulamentação da Gratificação de Estímulo ao Aperfeiçoamento Profissional por Meritocracia (GEAPME) proporcionou a 1.539 profissionais da Educação ganhos de 10% a 25% sobre o vencimento básico, com impacto mensal aproximado de R$ 2.898.462,04 para os cofres públicos. Vale ressaltar ainda a concessão este ano de 1.252 progressões funcionais, que proporcionaram ganhos de 10% a professores e coordenadores pedagógicos, além da previsão de pagamento até o final deste ano de R$ 129 milhões a professores e coordenadores, como resultado de conversões das concessões de licenças-prêmios em pecúnia.

Papo CDL Ipiaú traz o profissional mais requisitado do Brasil pra falar sobre Marketing Digital

E a terceira edição do Papo CDL vem com novidades. Trata-se da presença confirmada de Rapha Falcão para o dia (24), a partir das 19 horas, no auditório da CDL de Ipiaú.

O profissional mais requisitado do Brasil vai dialogar  sobre o MARKETING DIGITAL 360 e as técnicas que potencializam negócios.

Nos dias atuais, a integração entre os ambientes digital e físico é fundamental para alavancar as vendas do comércio. “Com a pandemia o processo de transformação digital dos negócios foi acelerado. O que ia acontecer daqui a 2, 3 anos está acontecendo hoje. Por isso é importante você estar presente na internet. Afinal, quem não está no digital está deixando dinheiro na mesa”, declarou  Rapha Falcão que é consultor, mestre em marketing digital e mentor convidado do Reality “O Plano é Esse” do Grupo Globo;  

INSCRIÇÕES GRATUITAS, porém limitadas. Corre e não perde a oportunidade. Inscreva-se: https://www.sympla.com.br/evento/papo-cdl-marketing-digital-360/2101959

O quê: Papo CDL: Marketing 360

Quando: 24 de agosto às 19h

Onde: Auditório da CDL de Ipiaú – Av Contorno,334, Ipiaú-Ba.

Convidado: Rapha Falcão.

CDL IPIAÚ / Fábio Rodella

Resolução reconhece terreiros como locais de acolhimento e “curas” complementares ao SUS

Foto: Eric Ty Odé
O Conselho Nacional de Saúde aprovou uma resolução que apresenta 59 propostas para saúde pública no Brasil. Uma das propostas é o termo de número 46 que reconhece os terreiros, barracões e templos religiosos de matriz africana como pontos cruciais de acolhimento à saúde e cura complementares do Sistema único de Saúde (SUS). A portaria, publicada no último dia 20, considerou esses templos como “promotores de saúde e cura”.

O texto da resolução 715 aponta que os terreiros de candomblé e de umbanda auxiliam no combate ao racismo e à violação de direitos, além de ajudar na preservação da saúde pública. Os locais foram descritos como “a primeira porta de entrada para os que mais precisavam e de espaço de cura para o desequilíbrio mental, psíquico, social e alimentar”.

“Reconhecer as manifestações da cultura popular dos povos tradicionais de matriz africana e as Unidades Territoriais Tradicionais de Matriz Africana (terreiros, terreiras, barracões, casas de religião, etc.) como equipamentos promotores de saúde e cura complementares do SUS, no processo de promoção da saúde e 1ª porta de entrada para os que mais precisavam e de espaço de cura para o desequilíbrio mental, psíquico, social, alimentar e com isso respeitar as complexidades inerentes às culturas e povos tradicionais de matriz africana, na busca da preservação, instrumentos esses previstos na política de saúde pública, combate ao racismo, à violação de direitos, à discriminação religiosa, dentre outras”, diz o documento.

A mesma resolução apresenta ainda outros debates, como a legalização do aborto e da maconha, apresentados no ponto 49. Também, no ponto 44, destaca a importância de atualizar a Política Nacional de Saúde Integral LGBTIA+ e estabelecer diretrizes específicas de atendimento para essa comunidade.

CPI do MST: ex-integrante do movimento sem-terra diz ter sido expulsa de casa e acusa Valmir Assunção

Vanuza dos Santos de Souza, ex-integrante do MST

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouviu na terça-feira, 8, três assentados sobre a atuação dos líderes do movimento. Uma das depoentes foi a ex-participante do Acampamento São João, Vanuza dos Santos de Souza, que acusou o MST de expulsá-la da própria casa no assentamento por não concordar com orientações e direcionamentos defendidos pelas lideranças sem-terra. Ela citou pressão política em eleições. “Ou você vota, ou você perde a terra.”

Segundo Vanuza, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) foi responsável por conceder a ela, há 16 anos, o lote no acampamento, para que pudesse construir a casa, posteriormente destruída. Ela acusou o parlamentar petista de ser o mandante da ação.

Durante o depoimento, Vanuza afirmou ter “vergonha” de estar na condição de depoente e que as declarações dela não tinham o objetivo “difamar o movimento”. “Eu tive coragem de estar aqui não para difamar o movimento, e sim pela minha honra e pela minha honestidade. Eu só queria ser dona de mim. Eu só queria ter o direito de ir e voltar. Eu só queria ter o direito de dizer ‘eu não aceito essa decisão do MST’ porque vai de encontro com princípios de direitos humanos e constitucionais”, disse.

Vanuza afirmou que a casa dela no assentamento, no sul da Bahia, foi destruída e ela e os filhos, espancados. Em um vídeo, a ex-participante do Acampamento São João mostrou a situação da residência após a suposta ação dos líderes do movimento: móveis, janelas e telhados quebrados e panelas e roupas espalhadas pelo chão.

Ela relatou que sofria pressão política no assentamento durante períodos eleitorais. “No assentamento ou você vota, ou você perde a terra. Eu fui para rua durante anos e anos para fazer campanha para Valmir Assunção”, afirmou. “Os líderes do assentamento diziam que o nosso maior líder era Valmir Assunção.”

No Twitter, Assunção negou as acusações, chamou a CPI do MST de “teatro de horrores” e afirmou que o colegiado é “um palanque bolsonarista que não ajuda em nada a reforma agrária”. Nas redes sociais, ele se identifica como “militante do MST”.

A ex-integrante do MST também rebateu comentários de que ela teria se alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Por sorte ou azar do Bolsonaro, eu nunca votei nele. Ele nunca teve meu voto”, disse.

Na sessão de terça, também prestaram depoimento Benevaldo da Silva Gomes, ex-participante do acampamento Egídio Bruneto; e Elivaldo da Silva Costa, presidente do Projeto de Assentamento Rosa do Prado. A reunião foi marcada por discussões entre os parlamentares.

Estadão

PF combate fraude bancária eletrônica

                                  Crimes eram praticados através do Internet Banking
Goiânia/GO – A Polícia Federal cumpriu hoje (15/8) três mandados de busca e apreensão, com o objetivo de combater o crime de fraude bancária eletrônica.

A investigação foi iniciada no ano de 2023, a partir de consultas realizadas Base Nacional de Fraudes Bancárias Eletrônicas – BNFBE.

As fraudes foram praticadas através do internet banking, sendo que no período de junho de 2021 a maio de 2022 foram fraudadas 54 contas bancárias da Caixa Econômica Federal, gerando um prejuízo no valor de R$30.000,00.

Os beneficiários das fraudes serão inquiridos e o material de informática apreendido será encaminhado à perícia.

Os investigados responderão pelo crime de furto qualificado, previsto no artigo 155, §4º-B do Código Penal, cuja pena máxima pode chegar a 8 (oito) anos de reclusão e multa.

Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás
Fone: (62) 3240-9607 / (62) 99216-6260

Homem suspeito de confrontar equipes da PM é preso com arma

Policiais da Cipe/Central localizaram a arma com o suspeito, após abordagem de rotina.

Equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Central capturaram um homem com uma pistola 9 milímetros, 12 munições e dois carregadores, após abordarem o suspeito, na localidade da 1ª Travessa de Laudelino Braga, em Jequié, na segunda-feira (14).

O major Mário Augusto Baeta, comandante da Cipe/Central, contou que o homem é suspeito de integrar grupo que entrou em confronto com a polícia recentemente.

“No domingo nós tivemos uma ocorrência que criminosos atiraram contra nossas equipes e houve a necessidade do revide. Seguimos nas buscas pelos foragidos e acreditamos que ele seja um dos envolvidos na agressão contra os PMs”, finalizou.

O homem foi encaminhado à Delegacia Territorial (DT) de Jequié, onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e aguarda a audiência de custódia. Além dessa prisão, o capturado já tinha passagem pela polícia por roubo.

Petrobras anuncia aumento de R$ 0,41 no preço da gasolina e de R$ 0,78 no diesel

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (15) reajuste nos preços da gasolina e do diesel. São os primeiros aumentos desde a implantação da nova política comercial da companhia, que abandonou o conceito de paridade de importação, em maio.

O preço da gasolina nas refinarias da estatal vai subir R$ 0,41 por litro, para R$ 2,93. Já o diesel terá alta de R$ 0,78 por litro, para R$ 3,80.

A estatal justificou os aumentos dizendo que os preços do petróleo se consolidaram em outro patamar e que a empresa está “no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.

A empresa vinha sendo questionada pelo mercado pelo represamento de preços em um cenário de alta das cotações internacionais do petróleo. As elevadas defasagens no mercado interno já vinham levantando também alertas de risco de desabastecimento de diesel.

O cenário gera preocupação no setor, já que o consumo do combustível cresce no segundo semestre, com a maior demanda pelo transporte da safra agrícola.

Na abertura do mercado desta segunda (14), o preço do diesel nas refinarias da Petrobras estava, em média, R$ 1,18 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na média nacional, a defasagem era de R$ 1,01 por litro.

No caso da gasolina, a diferença era de R$ 0,90 por litro nas refinarias da Petrobras e de R$ 0,79 por litro na média nacional.

As restrições de oferta de diesel e o repasse da elevação das cotações internacionais por importadores privados já vinham pressionando o preço do combustível nos postos. Na semana passada, o preço médio do diesel S-10 subiu R$ 0,08 por litro, para R$ 5,08.
Nicola Pamplona/Folhapress

Governo federal se manifesta sobre apagão nacional e operador informa causas; confira

O ministro Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a criação de uma sala de situação por conta da ocorrência na rede de energia elétrica que interrompeu o fornecimento em pelo menos três regiões do País. A informação é do jornal “O Estado de S.Paulo”.

Em nota, a pasta informou que a equipe do ministério está trabalhando para que a carga seja “plenamente restaurada o mais breve possível”. Foi determinada também a apuração das causas do incidente.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional interrompeu o fornecimento de 16 mil megawatts (MW) de carga em Estados do Norte e Nordeste do Brasil, afetando também Estados do Sudeste.

“A interrupção ocorreu devido a abertura, às 8h31, da interligação Norte/Sudeste. As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas. A recomposição já foi iniciada em todas as regiões e até às 9h16, 6 mil MW já foram recompostos”, informou o ONS em nota.

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Moradores de quase todos os estados do país relataram falta de energia, nesta terça-feira (15). Os apagões aconteceram em cidades do interior e nas capitais. Apenas Roraima teria ficado ileso –o estado não é integrado ao Sistema Interligado Nacional.

Em Salvador, por exemplo, a rede metroviária da cidade parou de funcionar. Vídeos publicados no X, antigo Twitter, mostram passageiros caminhando sobre os trilhos para sair dos trens. “Estou no metrô e, como o sistema de mobilidade daqui funciona que é uma beleza, nem tem ônibus daqui para terminar o percurso porque para chegar onde tem, só de metrô”, escreveu uma usuária por volta das 9h.

A Neoenergia, principal distribuidora de energia de Salvador, informou que “uma ocorrência de grande porte no Sistema Interligado Nacional afetou o suprimento de energia em diversos estados brasileiros” e disse que as causas deveriam ser explicadas pelo Operador Nacional do Sistema.

São Paulo também registrou problemas no metrô. Os trens da linha 4-amarela, operada pela ViaQuatro, precisaram reduzir a velocidade e aumentar o tempo de parada entre as estações. O mesmo acontece com a Linha 15-prata do monotrilho.

Em Belo Horizonte, também há falta de energia em algumas partes da cidade. Os primeiros relatos foram feitos por volta das 8h30, e motoristas apontam semáforos apagados em importantes vias da capital mineira. A Cemig, distribuidora de energia na cidade, informa que parte do sistema elétrico que atende os clientes de Minas Gerais foi afetada, mas que a energia já foi restabelecida.

No Twitter, um usuário brincou: “41 centavos de subida na gasolina e blackout. Se seu dia tá complicado, imagina o do ministro de Minas e Energia”. Nesta terça-feira, (15) a Petrobras anunciou que o preço da gasolina nas refinarias da estatal vai subir para R$ 2,93; já o diesel terá alta de R$ 0,78 por litro, para R$ 3,80. Esses são os primeiros aumentos desde a implantação da nova política comercial da companhia, que abandonou o conceito de paridade de importação em maio.

Em Recife, enquanto algumas pessoas dizem ter presenciado piques de luz, outras reclamam da falta de energia por mais de uma hora. A observação de um morador explica bem a situação: “Metade do meu bairro tem energia, a outra metade não”, escreveu no Twitter.

Pedro Lovisi / Folha de São Paulo

Apagão atinge todo país e governo deve se manifestar ainda pela manhã

Apagão atinge todo o Brasil nesta terça-feira

O ONS (Operador Nacional do Sistema) informou um problema no sistema nacional que levou a interrupção no fornecimento de 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil. Estados do Sudeste também foram afetados.

A interrupção ocorreu devido a abertura, às 8h31, da interligação Norte / Sudeste. As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas. A recomposição já foi iniciada em todas as regiões.

Atualizado às 9h34.

Folhapress

Valdemar grava vídeo de apoio a Bolsonaro em meio a silêncio de aliados

Valdemar da Costa Neto, presidente do PL

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, divulgou vídeo, nesta segunda-feira (14), de apoio ao ex-presidende Jair Bolsonaro (PL), em que o chama de “maior líder que o Brasi já conheceu” e em que diz que ele pode contar com o partido.

A manifestação pública de apoio ocorre em um momento em que investigações sobre Bolsonaro avançam, sem que haja uma movimentação de aliados em sua defesa.

Publicado em seu perfil pessoal e em canal da sigla, na mensagem de cerca de dois minutos, Valdemar enumera o que vê como feitos da gestão de Bolsonaro e também diz que o aliado seguirá sendo tratado como presidente de honra do PL.

“Temos, vamos sempre tratá-lo como presidente de honra do nosso partido. Sempre estaremos do seu lado. Muita gente não compreende que o Bolsonaro é um líder que veio para ficar”, afirmou.

Ele acrescenta: “Por ele ser uma pessoa séria, autêntica, talvez seja incompreendido. O Bolsonaro é o maior líder que o Brasil já conheceu”.

“Bolsonaro, conte com seu partido, conte com nossos eleitores da direita que estão se aproximando cada vez mais do nosso partido”, diz o presidente do PL. “E queremos que você com isso continue sendo sempre a pessoa que você foi, honesto competente e trabalhador”, finaliza Valdemar.

A mais recente operação que apura suposto desvio de joias e presentes dados por autoridades de outros países a Bolsonaro aumentou a pressão no Congresso Nacional, gerou apreensão de aliados e silêncio de seus apoiadores.

Na última sexta-feira (11), a Polícia Federal fez buscas contra pessoas próximas a Bolsonaro e apontou o ex-presidente como suspeito de um esquema para vender os bens no exterior e receber os valores em dinheiro vivo.

A PF pediu, inclusive, a quebra de seus sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro, bem como os da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, decisão que caberá ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que ele colocou sua movimentação bancária à disposição das autoridades e que ele “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos”.

No fim de semana, ele evitou se pronunciar em redes sociais sobre as suspeitas no caso das joias.

Em uma entrevista ao canal bolsonarista Te Atualizei divulgada neste domingo, mas gravada no dia 1º, Bolsonaro reconheceu a possibilidade de ex-auxiliares serem culpados, mas disse que as prisões deles visam atingi-lo e forçar delação.

Folhapress

CPI do MST vai propor indiciar líderes dos sem-terra e apontará ligação do PT e PSOL com invasões

O relatório final da CPI do MST vai propor o indiciamento de cinco lideranças envolvidas com invasão de áreas de terras no País, segundo apurou o Estadão. O texto do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) também pretende mirar políticos do PT e do PSOL, legendas que tradicionalmente têm ligação com o movimento dos sem-terra.

Em uma tentativa de vincular o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o grupo, Salles deve mencionar no documento membros dos dois partidos que teriam recebido apoio financeiro e político do movimento. Uma escalada de invasões de terra em abril provocou a abertura da CPI. Segundo o Estadão apurou, dez nomes de políticos serão citados no relatório final.

O plano é apresentar o relatório final e submetê-lo à votação já nesta terça terça-feira, 15, após o depoimento do líder do MST, João Pedro Stédile, um dos mais esperados pelos integrantes do colegiado.

Como revelou o Estadão, o comando da CPI ameaça antecipar o fim dos trabalhos em resposta a atuação do governo Lula para esvaziar as investigações. Na semana passada, o governo recorreu ao Centrão para ter maioria no colegiado que antes era composto majoritariamente por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Como reação a esse movimento do Planalto, Salles, que foi ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, promete apresentar um relatório duro, expondo, segundo ele, a destinação de recursos públicos ao movimento. Será mais um ato político. Como o relatório final precisa ser votado e a CPI hj tem maioria governista as chances de que o texto de Salles seja derrotado são enormes.

Em algumas sessões da CPI, Salles já deu pistas do que poderia apresentar no relatório ao falar da ligação ideológica entre o governo e os movimentos. Durante uma sessão, ele questionou o fato do líder sem-terra José Rainha, da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), ter pedido votos para a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) durante a campanha em 2022. O partido da parlamentar integra a base do governo Lula.

O episódio rendeu a primeira ameaça de prisão no colegiado. Rainha incialmente negou que tenha feito campanha política. Salles insistiu no questionamento. Ele disse que a fala poderia configurar falso testemunho e exibiu um vídeo em que o líder dos sem-terra agradeceu os votos dados à parlamentar. Após a apresentação, Rainha voltou atrás e confirmou o apoio.

O PT tem três integrantes da comissão ligados ao MST: Marcon (RS), João Daniel (SE) e Valmir Assunção. Em depoimento à CPI na última quarta-feira, 9, Vanuza dos Santos de Souza disse que Valmir foi o responsável por ser o mandante da remoção dela da própria casa em um assentamento na Bahia, e alegou, como motivo, pressão política. “Ou você vota, ou você perde a terra”, relatou ela sobre o que teria ouvido.

CPI fez diligências em assentamentos
Na sexta-feira, 11, a CPI fez diligências em assentamentos na região rural de Atalaia (AL). Da oposição, acompanharam o trabalho Ricardo Salles, o presidente da comissão, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Delegado Fábio Costa (União-AL). Do governo, foram João Daniel, Valmir Assunção e Paulão (AL).

Em abril, integrantes do MST invadiram a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Maceió para exigir a exoneração do superintendente do órgão, César Lira, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A ação – que motivou a criação da CPI – fez parte do “Abril Vermelho”, jornada nacional do movimento, mobilizou mais de mil militantes organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), incluindo outros grupos, como a Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento Terra Livre (MTL), entre outros.

Um dos braços da investigação da oposição em Alagoas teria detectado repasses de R$ 5,9 milhões do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado ao longo dos últimos sete anos a uma única empresa, que realizou suporte logístico com transporte e estrutura ao MST.

De acordo com um dos documentos, o Incra pediu ausência de licitação para transportar integrantes do MST para “resolver ou evitar conflitos envolvendo os movimentos sociais, tais como invasões, manifestações, etc.”. “Os integrantes de movimentos sociais do Estado, quando se encontram em uma situação onde não são atendidos seus interesses, costumam realizar protestos e invasões para pressionar os representantes do governo”, diz o documento.

Ao longo do período, o órgão teria custeado o aluguel de tendas, montagem e desmontagem de infraestrutura e o transporte de produtos e alimentações de feiras, assim como o transporte de integrantes para encontros da militância.

O MST e os parlamentares do governo na CPI, articulam, paralelamente, atos em defesa do movimento. Deputadas do PSOL e do PT participaram de um nesta quinta-feira, 10, em Brasília, e agora realizarão outro no sábado, em São Paulo, no armazém do campo, que contará com a presença de artistas e intelectuais.

Levy Teles/Estadão Conteúdo

Rui Costa nega conflito com Lira e evita comentar fala de Haddad sobre ‘moderar’ poder da Câmara

O ministro Rui Costa (Casa Civil)

Enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu deixar clara sua insatisfação com a Câmara dos Deputados em entrevista divulgada nesta segunda-feira, 14, o seu colega de governo Rui Costa, chefe da Casa Civil, evitou estender o conflito.

Em entrevista à GloboNews, Costa se esquivou das perguntas envolvendo as falas de Haddad, e garantiu que a relação com a Câmara está melhorando. Ele disse que se reuniu na manhã desta segunda-feira com Arthur Lira para discutir temas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em seu disparo contra o Legislativo, Haddad afirmou que a Câmara está com um poder muito grande “e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”. O ministro da Fazenda chegou a dizer que atualmente o Brasil vive um parlamentarismo sem primeiro-ministro.

“A gente saiu do presidencialismo de coalizão e hoje vive uma coisa estranhíssima, que é um parlamentarismo sem primeiro-ministro. Não tem primeiro-ministro, ninguém vai cair, quem vai pagar o pato político é o Executivo”, disse Haddad em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo. O programa foi gravado na sexta-feira, 11, e divulgada nesta segunda-feira.

Na entrevista, o ministro da Fazenda defendeu a construção de uma “moderação” ao poder da Câmara e ressaltou que, apesar da boa relação com Lira, têm pontos de divergência. “A gente só aparece sorrindo, mas às vezes temos debates acalorados”, afirmou.

Questionado sobre o tema, Costa respondeu não ter visto a entrevista e disse não saber o que teria motivado Haddad a mirar contra o Legislativo. “Hoje, pela manhã, inclusive, eu estava com o presidente da Câmara conversando sobre o PAC”, disse. “Eu diria que estamos cada vez mais aprimorando esse diálogo”, complementou.

Desde o início do governo Lula, o governo tem mostrado dificuldades em avançar suas pautas sem o apoio do Centrão, comando por Lira. Esse cenário aumentou o apetite do grupo por cargos, levando a uma reforma ministerial, que está na mesa de Lula, que deverá decidir em breve, segundo Costa, que pastas devem ser dadas para representantes das siglas de centro, para que o governo possa garantir governabilidade.

Matheus de Souza/Estadão

Lula passa Dia dos Pais com Janja e longe dos filhos

Foto postada do presidente Lula com a família no domingo (13) é antiga
O presidente Lula passou o Dia dos Pais ao lado da mulher, Janja, e longe de seus cinco filhos e nove netos e da bisneta.

Um dos filhos dele, o caçula Luis Claudio Lula da Silva, postou no Instagram uma imagem antiga em que Lula aparece com os quatro filhos homens em uma varanda, e também com o neto, Thiago.

A fotografia, com a legenda “Feliz dia dos pais!”, se espalhou em redes sociais como se tivesse sido tirada neste domingo (13). Mas ela é antiga.

Marcos, Fábio Luís, Sandro e Luis Claudio estavam em São Paulo. Cada um passou a data com suas mulheres e respectivos filhos. Já a filha mais velha, Lurian, estava em Sergipe, onde vive.

Com raras exceções, como na época em que estava preso ou em viagem, Lula costumava passar o Dia dos Pais com os filhos.

Os almoços eram organizados por dona Marisa, segunda mulher do presidente e mãe de seus quatro filhos homens.

De acordo com pessoas que conviveram com a família de Lula quando Marisa ainda era viva, era dela a iniciativa de chamar todas as “crianças” para se reunirem com os pais. Fazia isso sempre, e não apenas em datas especiais.

Com a morte dela, em 2017, e depois da prisão de Lula, em 2018, a tradição foi quebrada.

Lula, com agenda lotada, tem dificuldade de reunir a família toda em torno dele com frequência. Alguns filhos já o visitaram isoladamente em Brasília.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, por sua vez, mantém uma relação cordial com os filhos do presidente, mas distante. E não tomou para ela a tarefa de organizar encontros familiares.

Antigos amigos de Lula creditam também à falta de interesse da primeira-dama o convívio menos intenso do presidente com sua família. Ela seria a única pessoa, por esta análise, que poderia driblar as dificuldades concretas para que os encontros fossem mais frequentes.

Em sua primeira entrevista para a televisão depois da eleição de Lula, a primeira-dama falou sobre a relação dela com os filhos do presidente.

Janja disse que “de vez em quando” todos se reuniam para almoçar na casa dela e de Lula, em SP. E que a “aproximação” era “tranquila, sem traumas”.

E pontuou: “Mas todos estão crescidos, e, né, a gente também quer tocar a nossa vida”.

Em meados do ano, Lula e Janja decidiram entregar a casa que tinham alugado em São Paulo, o que deve dificultar ainda mais as reuniões familiares, já que, para isso acontecer, toda a família precisará se deslocar de avião para Brasília.

Mônica Bergamo/Folhapress

Inês Maria, mãe de Aécio e filha de Tancredo Neves, morre aos 84 anos em Belo Horizonte

Inês Maria Neves é mãe de Aécio Neves, deputado federal e ex-governador de Minas Gerais

Morreu na manhã desta segunda-feira, 14, em Belo Horizonte, a mãe do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e filha do ex-presidente Tancredo Neves, Inês Maria Neves Faria. Ela tinha 84 anos e morreu em casa, por causas não divulgadas pela família. O velório acontece na tarde desta segunda, na Funeral House, na capital mineira.

Além de Aécio, Inês deixa mais dois filhos: Andrea e Angela. Além disso, tinha sete netos. Ela era viúva do ex-banqueiro e ex-deputado federal Gilberto Faria (MG).

Em nota, o deputado Aécio Neves se manifestou sobre o falecimento. “Hoje perdi minha mãe. A dor, como sabem aqueles que já passaram por isso, é dilacerante. Minhas únicas palavras nessa hora, em meu nome e de meus filhos, são de gratidão. Imensa gratidão por seu amor, por sua dedicação e por seus exemplos. Descanse em paz, minha mãe amada!”, afirmou.

Estadão

Em contraponto a movimentos de esquerda, Foro Brasil/Bahia é criado com a presença de Padre Kelmon

Reunião aconteceu no último sábado
Dando seguimento à tentativa de se contrapor ao Foro de São Paulo, organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, criada em 1990, lideranças conservadoras resolveram instalar na Bahia a representação estadual do Foro do Brasil, em evento realizada no último sábado (12), no auditório da Câmara Municipal de Salvador.

Na oportunidade, cerca de 100 pessoas compareceram ao evento que contou com a presença do presidente nacional do Foro do Brasil, o padre Kelmon, ex-candidato à presidência da República em 2022. De acordo com Kelmon, que enfatizou a importância da apresentação de bons nomes ligados ao movimento para disputar as eleições para prefeito e vereador em 2024, “o Foro do Brasil é um método de articulação política e união dos conservadores a fim de promover a conscientização política da população”, e que “irá trabalhar arduamente para a implantação dos 27 diretórios, até julho do próximo ano”.

Além do Padre Kelmon também estiveram presentes o cônsul do Sri Lanka, José Augusto, padre Gregório, o ex-deputado capitão Tadeu, o vereador Isnard Araújo (PL), a presidente do Foro do Brasil/Europa, Jácia de São Pedro, o pastor Gamonal, que é presidente adjunto do Foro do Brasil, o presidente do instituto Pátria Livre, Sargento Mota, e a presidente do Instituto Pátria Amada, Rocheane Maria.

O diretório estadual do Foro do Brasil na Bahia será presidido pelo médico Marcus Costa. Já a vice-presidência do movimento no estado ficará a cargo do cabo da reserva Márcio, com a secretaria sendo comandada pelo estudante de direito Lorran, e a Tesouraria pelo professor Diego Mota.

Lançado oficialmente no dia 29 de junho, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Foro do Brasil tem a sua missão inscrita no Estatuto de “representar os valores da cultura judaico-cristã, o estado mínimo, direitos individuais, livre expressão de propriedade, o direito ao porte de armas para a defesa pessoal e da propriedade, o livre mercado e economia liberal”.

Política Livre

Volei e Futvolei de Ipiaú tiveram boas participações em competições intermunicipais

A meninas do Garra chegara à semifinal em Itabuna
Ipiaú vive um momento de renascimento nas suas diversas modalidades esportivas. Com incentivo da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo e Eventos, o futebol, o voleibol, o futevôlei, a capoeira e o atletismo, retomam o prestigio nas competições intermunicipais, demostrando assim uma tendência de crescimento e revelação de novos atletas.

No último final de semana nossas representações fizeram bonito em Coaraci, Itabuna e Itacaré. Pelo Campeonato Intermunicipal de Futebol, a Seleção de Ipiaú foi a Coaraci e manteve sua invencibilidade na competição e a liderança no grupo ao empatar com a seleção local pelo placar de 0 X 0.
Kel é referencia no futvoloi baiano
No Circuito Baiano de Futevôlei, etapa de Itacaré, com a participação de mais de 200 atletas de vários municípios baianos, a dupla ipiauense Keel e Diego, avançou até as oitavas de final, competindo com 32 duplas na categoria masculina. A campeã foi a dupla Wel e Billa, de Ilhéus, que disputou a final contra Kauan e Cattai, também de Ilhéus.

VOLEI

No 1º Torneio de Voleibol da ADV, em Itabuna, o time garra, representante feminino de Ipiaú, chegou até as semifinais, após vencerem a equipe anfitriã da ADV, de Itabuna, por 2x1, com parciais de 25x18 e 25x19 e o elenco das Valquírias (Valença), também por 2x1, com parciais de 25x5 e 25x13. A partida da semifinal foi contra o time do Super Volei, de Itabuna.

Treinada por Vando Amaral a Equipe Garra conta com as seguintes jogadoras: Wriely, Bruna Moura, Luana Thariely, Thays Ribeiro, Luana Magalhães, Jane Alves, Yasmin Shaun, Camile, Geanne, Crislane, Isis Leal, Elisangela, Rafaela e Patrícia.

José Américo Castro (Dircom-Prefeitura de Ipiaú)

Destaques