Curaçá recebe Centro Educacional em tempo integral, com investimento de R$ 23,8 milhões do governo do Estado
Com recursos que ultrapassam R$ 23,8 milhões investidos em obras para as áreas de educação, segurança pública e agricultura familiar, o governador Jerônimo Rodrigues visitou o município de Curaçá, na manhã deste sábado (16), para realizar inaugurações de quatro importantes equipamentos. Ele inaugurou o Centro Territorial de Educação Profissional em Tempo Integral Maria Almeida Araújo, a nova sede da Delegacia Territorial e deu por entregue obras realizadas em duas unidades de beneficiamento, uma de leite de cabra e outra de frutas e mandioca.
A obra do Centro Territorial de Educação Profissional em Tempo Integral Maria de Almeida Araújo é resultado de parceria entre a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), representando um investimento de mais de R$ 21,7 milhões. A nova unidade de ensino da rede estadual conta com 14 salas de aula, biblioteca, três laboratórios para atividades de Biologia/Química, Física/Matemática e Informática, sala de dança, teatro com capacidade para 200 espectadores, e restaurante estudantil, com 200 lugares. O equipamento ainda dispõe de vestiários, quadra poliesportiva coberta, campo de futebol society com pista de atletismo, além de horta escolar.
Jerônimo destacou o potencial de transformação que a escola inaugurada possibilita a crianças e jovens de Curaçá. “Essa entrega de hoje tem uma marca muito forte do que nós estamos vivendo e tratando diariamente. Entregamos uma escola de tempo integral, educação profissional. Um espaço de aprendizagem, mas, ao mesmo tempo, de acolhimento. É ali que os nossos estudantes são recebidos, bem tratados e educados”, salientou o governador.Hevylly Rannyelly tem 16 anos e é aluna do 1° ano do Centro Territorial de Educação Profissional, em Curaçá, destaca a emoção que a entrega da nova escola trouxe. “Pode ajudar com o desenvolvimento e incentivar mais a evoluir. Hoje, sinto mais animação do que antigamente. De estudar mais, de querer um futuro”. Ainda para a educação de crianças e jovens de Curaçá, o governador também entregou um ônibus escolar, uma iniciativa que melhora a mobilidade dos estudantes e promove a igualdade de oportunidades educacionais, com recursos de R$ 237 mil.
Durante a visita do governador, foi inaugurada ainda a Delegacia Territorial, parte de um amplo projeto de modernização das estruturas físicas da Secretaria de Segurança Pública, em toda a Bahia. Essa iniciativa fortalece a presença policial na região, garantindo maior segurança à população de Curaçá e municípios vizinhos. Esta nova estrutura, resultado de um investimento de R$ 1,3 milhão, engloba a construção do prédio, aquisição de mobiliário e de equipamentos de informática.
“Essa é a 45ª unidade desse programa revolucionário. São mais de 200 unidades entre construção e reforma, um investimento de quase R$ 200 milhões. Nessa unidade, investimos para fazer um local acolhedor, digno para os nossos policiais civis e com atendimento individualizado. Isso traduz o respeito e o reconhecimento do Governo com a Polícia Civil, e nós vamos continuar trabalhando firme para proteger, cuidar e servir a população baiana”, afirmou a Delegada-Geral Heloísa Brito.
A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), coordenou a obra de reforma e ampliação da Unidade de Beneficiamento de Frutas e Mandioca, juntamente com a requalificação da Unidade de Beneficiamento de Leite de Cabra na comunidade de Poço de Fora. O investimento total para os dois equipamentos foi de R$ 600 mil e colabora para a promoção da produção agrícola sustentável e impulsiona a geração de renda para os agricultores da região.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Existência da PRF precisa ser repensada, diz Gilmar após morte de menina no RJ; leia repercussão
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) |
O ministro do SFT (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes comentou a morte neste sábado (16) da menina Heloisa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada em uma ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), e afirmou que a existência da corporação deve ser repensada.
O magistrado também mencionou a morte de Genivaldo Santos asfixiado em uma viatura da PRF e a atuação da corporação durante o segundo turno das eleições do ano passado, quando montou blitze em locais em que o presidente Lula (PT) tinha feito mais votos no primeiro turno —na época, o chefe da corporação era Silvinei Vasques, indicado do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gilmar afirmou que, em casos de “violações estruturais”, é necessário pensar em “medidas também estruturais”.
“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses —e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais —, merece ter a sua existência repensada”, escreveu na rede social X, antigo Twitter.
Heloísa foi baleada na nuca e no ombro durante uma ação da PRF no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
A criança estava na unidade de tratamento intensivo do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, para onde foi levada depois de ter sido ferida. Quando foi atingida pelos disparos, ela estava com a família indo para casa, em Petrópolis, na região serrana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou rede social para se manifestar sobre a morte da criança. No texto, disse que a pequena Heloisa foi atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população. “Algo que não pode acontecer”.
“A dor de perder uma filha é tão grande que não tem nome para essa perda. Não há o que console. Meus sentimentos e solidariedade aos pais e demais familiares”, escreveu Lula.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), publicou a nota de pesar divulgada pela PRF e lamentou o ocorrido.
“Quanto à apuração de responsabilidade administrativa, reitero que o processo administrativo foi instaurado no mesmo dia da ocorrência. Minha decisão só pode ser emitida ao final do processo, como a lei determina”, disse.
O ministro, que chefia a pasta responsável pela PRF, também mencionou que já está em curso um inquérito da Polícia Federal para apurar o caso e que o resultado da apuração será enviado ao MPF (Ministério Público Federal) e à Justiça.
Dino é o responsável pela nomeação do chefe da corporação, atualmente comandada por Antônio Fernando Oliveira. Inicialmente, ainda no governo de transição no final de 2022, o socialista havia escolhido Edmar Camata para o cargo.
Logo após a indicação, no entanto, vieram à tona comentários públicos de Camata em apoio à Lava Jato e à prisão de Lula.
Dino então recuou e decidiu escolher um nome mais alinhado ao PT. Antes de assumir a chefia da PRF, Oliveira fazia publicações nas redes sociais em apoio a Lula e contra Bolsonaro.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, também usou as redes sociais para lamentar a morte de Heloísa. “É preciso apurar com rigor as causas e as responsabilidades dessa tragédia. Determinei à Procuradoria-Geral da União que acompanhe imediatamente o caso para avaliar eventual responsabilização na seara cível”, escreveu.
A primeira-dama, Janja, também aderiu àqueles que pedem justiça pela morte de Heloísa, e criticou a ação das forças de segurança. “Basta de ver nossas crianças morrerem. Quem deveria proteger, mata”, escreveu, nas redes sociais.
Segundo relatos de parentes e testemunhas, uma viatura da PRF passou a seguir o carro em que a menina estava e os agentes abriram fogo após o pai da criança, William Silva, dar sinal de parada.
No carro, além de Heloisa, estavam seus pais, uma irmã de oito anos e uma tia. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pela Corregedoria-Geral da PRF.
Segundo a equipe médica que atendia a menina, a menina tinha vários orifícios de entrada por perfuração de arma de fogo. Ao menos dois tiros a atingiram: um deles no ombro e outro na nuca, que se fragmentou. O número exato de disparos só vai ser informado após perícia.
POLÍTICOS DE RJ COBRAM SEGURANÇA; LEIA REPERCUSSÃO
Nas redes sociais, políticos e organizações do Rio de Janeiro expressaram solidariedade aos familiares de Heloisa e também cobraram punição dos envolvidos na morte da criança.
A deputada estadual Renata Souza (Psol-RJ) afirmou que o caso é “inaceitável”, “revoltante” e “dilacerante”. “Mais uma família dilacerada, mais um futuro exterminado. Muita dor!”, escreveu a parlamentar.
“A Lei Ágatha, de minha autoria, que garante a prioridade na investigação em assassinato de crianças e adolescentes, precisa ser cumprida”, disse.
A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) questionou ações realizadas na área de segurança do Rio. “Que horror é esse que vivemos no RJ em que crianças são arrancadas desse modo? Que tipo de segurança é essa?”, publicou.
Ao se manifestar sobre a morte de Heloisa, a ONG Rio de Paz disse que “ninguém aguenta mais isso”. “Todo mês é uma criança morta em ação policial. Que lugar é esse onde isso virou rotina e ninguém faz nada?”, questionou.
De acordo com a organização, o estado do Rio registra 102 mortes de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos desde 2007 por armas de fogo —a maioria por bala perdida. Só neste ano já são 11 casos, segundo a Rio de Paz.
A Prefeitura de Duque de Caxias manifestou solidariedade aos familiares e amigos de Heloisa na nota em que confirmou a morte da menina.
“Em nome da Prefeitura de Duque de Caxias e de todos os colaboradores da Secretaria Municipal de Saúde, lamentamos profundamente e nos solidarizamos aos familiares e amigos da pequena Heloísa”, afirmou.
Matheus Teixeira/Folhapress
Lula muda hábitos em viagens, cancela compromissos e até seus passos são contados
Às vésperas de uma cirurgia no quadril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou os hábitos de sua rotina fora do País. Nas últimas viagens ao exterior, Lula reduziu os deslocamentos, esquivou-se de compromissos externos indispensáveis e passou a receber visitantes em seu hotel. O presidente reclamou de dores nas pernas e até os passos dele passaram a ser contados pela equipe de preparação da viagem, composta principalmente por diplomatas locais, equipe avançada e pelo cerimonial do Palácio do Planalto.
Os cuidados passaram a ser tomados porque o presidente ainda não reduziu o ritmo de viagens internacionais, o que deverá fazer somente depois da cirurgia no quadril, marcada para o dia 29 de setembro. Lula vai passar por uma artroplastia. Ele sofre com artrose na cabeça do fêmur, o que gera dores – o desgaste da cartilagem faz com que haja atrito direto entre ossos e inflamação local. Durante a cirurgia, o presidente vai receber uma prótese de silicone. O presidente passou por ao menos duas infiltrações no quadril, um procedimento operatório invasivo para redução de dores, com injeção local de medicação.
Lula viajou a Havana, Cuba, para uma reunião do G-77 com a China, que reúne países em desenvolvimento, além de uma conversa com o ditador cubano Miguel Díaz-Canel, com quem deve tratar da renegociação da dívida da ilha com o Brasil. Em seguida, Lula vai a Nova York, para a Assembleia Geral das Nações Unidas, além de agendas de governo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O petista adiou uma passagem pelo México, onde teria um prometido encontro formal com o aliado Andrés Manuel López Obrador, AMLO, presidente do país.
Serão as últimas viagens de Lula antes da cirurgia. Logo após, Lula passará por tratamento fisioterápico e deverá evitar viagens ao exterior por cerca de dois meses. Ele não tem nenhuma viagem agendada em outubro e só deverá voltar a sair do País no fim de novembro e início de dezembro, para a Cúpula do Clima (COP-28), nos Emirados Árabes.
Depois, ele irá a Berlim, na Alemanha, para um encontro bilateral com diversos ministros de lado a lado. Ainda não está certo se Lula irá à posse do próximo presidente da Argentina, também em dezembro, por causa do favoritismo do opositor Javier Milei. No início de janeiro, o presidente deve comparecer a um encontro da União Africana – a sede fica em Adis-Abeba, na Etiópia.
Contagem de passos na Índia
A equipe do governo brasileiro adotou cuidados durante a passagem de Lula por Nova Délhi, encerrada na segunda-feira, dia 11, depois de receber simbolicamente a presidência temporária do G-20. Na chegada ao Bharat Mandapam, sede da cúpula de líderes, Lula foi caminhando por um longo tapete vermelho até o primeiro-ministro Narendra Modi, o anfitrião indiano. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, foi a única a acompanhar o marido durante todo o trajeto. Eles deram cerca de 120 passos.
A preparação dessa chegada ao G-20 e a visita, para um tributo, ao Raj Gath, onde estão as cinzas de Mahatma Gandhi, causaram preocupação na equipe diplomática, justamente por serem momentos em que Lula precisaria caminhar mais e até descer escadas.
Já no hotel Taj Palace, onde a comitiva brasileira instalou-se por recomendação dos indianos, os diplomatas escolheram um quarto que o presidente pudesse acessar sem ter de subir as escadas do hall de entrada. Lula só fez isso uma vez, a pedido de populares que queriam tirar fotos. Nos demais momentos, ele desceu do carro na entrada do hotel e logo dirigiu-se a um elevador mais reservado, que o deixava já no andar de sua suíte, a poucos metros da porta.
Lula concentrou reuniões no próprio hotel, a exemplo do que ocorreu em viagens recentes à Europa e à África. Nessas visitas ao exterior, ele parecia andar com certa dificuldade. Por padrão, o presidente sempre viaja acompanhado de médicos da Presidência da República, e uma ambulância faz parte do comboio para deslocamentos em terra.
Assim como fizera durante a Cúpula do Brics, em Johannesburgo, onde faltou ao banquete de chefes de Estado e de governo com apresentação cultural da organização sul-africana, Lula pulou em Nova Délhi o jantar de gala oferecido por Modi e pela presidente Droupadi Murmu aos líderes globais.
Ao fim de uma entrevista coletiva, Lula chegou a dizer que gostaria de ter levado a primeira-dama para conhecer o icônico Taj Mahal, em Agra, mas que desta vez não conseguiu. Janja foi sozinha com sua equipe ao templo hinduísta Swaminarayan Akshardham.
Cerimônia adaptada em Angola
Durante a viagem à África, Lula passou por momentos de desconforto e queixou-se de dores, confidenciaram auxiliares do presidente. Em Angola, por exemplo, até as cerimônias foram adaptadas para minimizar o desgaste do petista. Os primeiros compromissos de Lula foram no Palácio Presidencial, em Luanda, onde discursou três vezes. Lula passou parte das três cerimônias iniciais sentado, também depois de se deslocar perante a tropa das Forças Armadas e de visitar o mausoléu do ex-presidente António Agostinho Neto.
Segundo a Presidência de Angola, o cerimonial típico do país foi adaptado para as necessidades de Lula. Ele e o presidente João Lourenço assistiram sentados à cerimônia de assinatura de atos entre ministros. Se o protocolo padrão fosse mantido, os presidentes permaneceriam de pé e fariam um breve pronunciamento. Em seguida, responderiam, cada um, a duas perguntas da imprensa brasileira e duas da imprensa angolana. A fase dos questionamentos de jornalistas, porém, acabou cortada da programação, a pedido do governo brasileiro, segundo os angolanos, para reduzir o tempo que Lula permaneceria de pé.
Naquele dia, Lula faria mais dois discursos de pé – um na Assembleia Nacional e outro no encerramento de um fórum empresarial, no qual ignorou os cuidados e falou por 43 minutos. Antes, ele permaneceu no hotel e até pulou uma reunião que teria com empresários, que conversaram com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) sobre o retorno da linha de crédito que financiava empresas brasileiras com atuação em Angola.
Felipe Frazão/Estadão
Em Cuba, Lula diz que embargo dos EUA é ‘ilegal’ e cobra ricos por financiamento do clima
O presidente Lula (PT) disse, neste sábado (17), em Havana, que o embargo econômico americano contra Cuba é “ilegal” e condenou a inclusão da ilha caribenha na lista dos Estados Unidos de nações patrocinadoras do terrorismo.
“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, afirmou Lula.
A declaração foi feita durante discurso na cúpula do G77 + China, em Havana. Trata-se de uma coalizão de países em desenvolvimento. O chefe do Executivo, que foi o primeiro líder a discursar no encontro, passará cerca de 24 horas na capital cubana. Ele parte para Nova York no final deste sábado.
O G77 é considerado pela diplomacia brasileira um espaço para coordenar posições sobre a reforma no sistema internacional de governança política e econômica.
O governo Lula afirma que as sanções são uma forma de sufocamento do regime cubano. Em fevereiro, antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, Lula disse que o bloqueio não faz sentido e prometeu abordar o tema com o americano.
No mesmo discurso, Lula ressaltou outra bandeira da diplomacia brasileira: a de que as discussões sobre enfrentamento às mudanças climáticas, inclusive temas de financiamento, precisam levar em conta o princípio de que existem responsabilidades diferentes entre países ricos e em desenvolvimento.
“Vamos promover a industrialização sustentável, investindo em energias renováveis, na socio-bio-economia e na agricultura de baixo carbono”, declarou.
“Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global. O princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas permanece válido. É por isso que o financiamento climático tem de ser assegurado a todos os países em desenvolvimento, segundo suas necessidades e prioridades”.
Ainda neste sábado, o mandatário terá ainda uma reunião bilateral com o diretor-geral da FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura) e com o líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel. Após o segundo encontro, viaja para os Estados Unidos, onde participará da Assembleia-Geral da ONU.
Lula está acompanhado da primeira-dama, Janja, e dos ministros Nísia Trindade (Saúde), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação). Celso Amorim, assessor especial da Presidência, também integra a comitiva.
A ministra Nísia assinou na cúpula, com seu homólogo cubano, José Ángel Portal Miranda, um protocolo de cooperação com foco no fortalecimento do complexo industrial da saúde no Brasil. A intenção é a produção de medicamentos e vacinas para doenças crônicas para atender o PNI (Programa Nacional de Imunização) e as necessidades de Cuba.
Marianna Holanda/Folhapress
PT realiza plenária com militância em Ipiaú
O Partido dos Trabalhadores em Ipiaú promove Plenária da Militância neste sábado (16), a partir da 16h na Camara de Vereadores de Ipiaú.
Uma plenária de organização partidária é uma reunião realizada por um partido político para discutir questões internas, tomar decisões estratégicas e organizar suas atividades. Geralmente, essas plenárias envolvem membros do partido, líderes e representantes de diferentes níveis, e podem abordar temas como plataforma política, estratégias eleitorais, filiação de novos membros e outros assuntos relacionados à gestão partidária. Elas desempenham um papel fundamental na estruturação e no funcionamento dos partidos políticos.
A plenária do PT de Ipiaú tem como tema Organização Partidária e o Cenário das Eleições Municipais de 2024.
Fábio Rodella
Chamado de presidente e poeta, Temer é anunciado em congresso do MBL
O ex-presidente Michel Temer (MDB) será um dos participantes do 8º Congresso Nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), que acontecerá no dia 4 de novembro, em São Paulo.
No cartaz de divulgação, o emedebista é anunciado como “Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Secretário de Segurança Pública de São Paulo e poeta”. Em 2013, o então vice-presidente estreou na poesia com o livro “Anônima Intimidade”.
A programação do evento conta com palestras como “A imprensa na mira: o jornalismo na nova era do PT”, “Ceticismo e visão trágica de mundo” e “O que pensa a direita brasileira?”, além de um campeonato de debates com a participação dos deputados estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) e federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).
Os ingressos disponibilizados até o momento custam R$ 250 (padrão) e R$ 800 (área vip e open bar).
Fábio Zanini/Folhapress
Lula deve usar andador após cirurgia; ministros temem comando de Janja sobre agenda
O presidente Lula deve despachar do Palácio da Alvorada por cerca de um mês depois da cirurgia que fará no quadril, no próximo dia 29. A previsão deve mudar a rotina do presidente –e já causa tensão entre ministros e auxiliares.
A agenda, neste período, deve ficar submetida também à primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, já que, embora seja um palácio, o Alvorada é a residência do casal.
Há o temor de que a agenda de Lula, já lotada, fique ainda mais restrita, em especial para ministros e auxiliares que não gozam da total simpatia da primeira-dama.
A previsão é de que Lula já comece a despachar no começo da semana seguinte à cirurgia. Por cerca de 15 dias, ele terá que se locomover com a ajuda de um andador.
A empresa Itaipu Binacional disponibilizou à Presidência um carrinho de golfe para que o presidente possa se locomover em deslocamentos maiores no Alvorada.
Mônica Bergamo/Folhapress
Fuzil é encontrado em Itabuna por equipes do 15º Batalhão de Polícia Militar
A arma foi localizada enterrada em área de mata, durante incursões nos bairros Daniel Gomes e São Pedro.
Um Fuzil calibre 7.62 foi localizado, no final da manhã desta sexta-feira (15), durante a Operação Força Total, nos bairros Daniel Gomes e São Pedro, em Itabuna. O flagrante foi realizado por policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Itabuna).
Este foi o terceiro fuzil apreendido na Bahia, nesta sexta. No ano, 47 fuzis já foram retirados das ruas das cidades baianas.
Segundo o coronel Robson Farias, comandante do 15º BPM, as equipes estavam empregadas na Operação Força Total, que reforçou o policiamento em todo o estado. Segundo ele, o armamento foi enterrado para tentar dificultar a atividade policial. “É uma arma de grande poder de fogo”, explicou o oficial.
Também foram apreendidos um revólver calibre 38, estojos, munições para o fuzil, porções de Cocaína, pedras de crack e maconha.
Texto: Marcia Santana
Quadrilha é capturada com 437 quilos de cocaína durante ação integrada
A droga estava escondida em carga de frutas para exportação. A ação envolveu equipes da Cipe Caatinga, da Polícia Federal e da Polícia Militar de Pernambuco/2º BIESP.
Foto: Divulgação SSP |
Uma operação conjunta para coibir o tráfico de drogas no oeste do estado resultou na apreensão de 437 quilos de cocaína e na prisão de sete criminosos na cidade de Juazeiro, na noite de quinta-feira (14). A ação envolveu equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Caatinga, da Polícia Federal e da Polícia Militar de Pernambuco/2º BIESP.Foto: Divulgação SSP
Após levantamento de informações, os policiais das três forças conseguiram localizar um galpão e flagrar o momento em que 7 homens estavam escondendo 437 kg de cocaína em uma carga de frutas, que seria exportada para outros países. O veículo e a droga foram apresentados na Polícia Federal em Juazeiro.
Texto: DCS PM
Bahia avança na elaboração do Plano Estratégico Ferroviário
Foto: Divulgação/Seplan |
Após a primeira etapa, que focou no mapeamento e nas oportunidades de requalificação da infraestrutura ferroviária, a partir da demanda por transporte de carga projetada para os próximos 30 anos e analisada por uma matriz origem-destino, o Governo da Bahia avança na elaboração do seu Plano Estratégico Ferroviário, através da parceria estabelecida pela Seplan (Secretaria Estadual do Planejamento) e a SEI (Superintendência de Estudos Econômicos) com a Fundação Dom Cabral. O objetivo principal do contrato assinado, nesta sexta-feira (15), durante a realização de mais uma edição do projeto Pensar a Bahia, no auditório da Seplan, é aprofundar os estudos, visando a formação de plataformas de integração logística multimodal, além de avaliar a competitividade e a capacidade dos complexos portuários de Ilhéus e da Região Metropolitana de Salvador.
De acordo com o diretor-geral da SEI, José Acácio, há um entendimento comum no governo do Estado de que a Bahia precisa ocupar seu lugar natural de destaque na logística nacional. “Considerando que a etapa anterior identifica a demanda existente e a necessária e urgente atenção à questão logística no estado da Bahia, a nova etapa que iniciamos hoje com a Fundação Dom Cabral vai avançar nos estudos de viabilidade financeira e no detalhamento das soluções, com os nós logísticos nas principais cidades da Bahia, as possibilidades de investimentos em centros logísticos e as condições e potencialidades dos portos da Bahia”.
Durante a apresentação do estágio atual do Plano Ferroviário da Bahia, elaborado por iniciativa da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), e os desdobramentos previstos pela Fundação Dom Cabral, que contou com a participação do coordenador do núcleo especializado em Logística, Supply Chain e Infraestrutura, Paulo Resende, e a equipe técnica formada por Bernardo Figueiredo e Ramon Victor, foram debatidas as contribuições da logística de transporte como fator de desenvolvimento regional, as ações necessárias para evitar o isolamento e agregar valor às cargas que passam pela Bahia.
“Logística integrada significa ferrovia, rodovia e porto. Esse é o tripé a ser trabalhado. A nossa proposta na nova etapa do Plano Ferroviário é que nós tenhamos uma análise da competividade portuária e dos acessos com uma ênfase nas ferrovias. Nós temos o sonho da Bahia ser o estado logístico do Brasil e tem tudo para ser. A localização é a primeira questão. Então nós vamos fazer um estudo de aproximação, que terá, possivelmente, a ferrovia através das chamadas shortlines, que é o reaproveitamento de trechos pequenos de até 200 km, sem depender de concessões. A dependência das concessões é para grandes trechos e redes ferroviárias. O estado pode ter pelo marco regulatório atual, autorização para uma shortline, inclusive para as empresas que querem ter vagão, locomotiva e ter o direito de passagem na ferrovia. Então é possível ter um gestor que alugue a ferrovia ou até que tenha carga própria. Uma empresa pode decidir ter uma frota de caminhão e pranchas ferroviárias para que você tenha uma integração multimodal”, ressalta o coordenador da FDC, Paulo Resende.
O secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou que o tema da logística de transporte é prioritário e vem sendo acompanhado de perto pelo governador Jerônimo Rodrigues, que tem trabalhado para fortalecer a parceria com o governo federal. “A gente entende que essa segunda etapa do projeto é de grande importância para o desenvolvimento do Estado, geração de renda e oportunidade de investimento. Esse tema entrou na ordem do dia e está na agenda do governador. Eu estive em Brasília recentemente com o ministro Rui Costa e Marcus Cavalcanti, Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República, e posso assegurar que também estão tratando do assunto com muito afinco”.
A edição do Pensar a Bahia direcionada para a questão da logística de transporte contou, ainda, com as presenças do secretário estadual da Ciência e Tecnologia, André Joazeiro, do coordenador executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social, Jonas Paulo, do superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Barreto, e do assessor especial, Antônio Valença, do diretor de estudos da SEI, Edgar Porto, do ex-senador, Waldeck Ornelas, além de diversos gestores, técnicos, especialistas e representantes de entidades empresariais, entre elas, a FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia).
Lula chega a Cuba e deve criticar embargo dos EUA contra a ilha
Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/PR |
O presidente Lula (PT) deve utilizar seu discurso na cúpula do G77 + China, neste sábado (16) em Cuba, para condenar o embargo econômico dos Estados Unidos contra a ilha.
A fala do petista na cúpula de países em desenvolvimento deve ser o principal gesto de reaproximação com o regime cubano desde o fim da administração Jair Bolsonaro (PL). A decisão do ex-presidente de determinar que o governo votasse na ONU a favor das sanções americanas foi o maior símbolo do congelamento das relações entre Cuba e Brasil.
A oposição ao embargo é posicionamento histórico da diplomacia brasileira e, antes de Bolsonaro, foi seguida por presidentes de diferentes colorações ideológicas por quase 30 anos. O principal objetivo é reiterar que Brasília não concorda com a aplicação de sanções unilaterais.
Esse posicionamento, no entanto, foi rompido em 2019. Sob a agenda ultraconservadora do ex-chanceler Ernesto Araújo, o Brasil votou naquele ano contra a resolução da ONU que condena o embargo americano a Cuba. Na ocasião, apenas Israel e EUA votaram da mesma maneira que o Brasil. Após a saída de Ernesto, o governo Bolsonaro se absteve nas duas votações subsequentes sobre o tema. A resolução anual deve ser novamente pautada na ONU até o final deste ano.
O embargo a Cuba é um emaranhado de legislações que vem desde a década de 1960 como retaliação à Revolução Cubana. Entre outras medidas, os americanos proíbem importações de produtos de origem cubana e aplicam sanções a subsidiárias americanas no exterior que façam negócios com Cuba.
O governo Lula afirma que as sanções são uma forma de sufocamento do regime cubano. Em fevereiro, antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, Lula disse que o bloqueio não faz sentido e prometeu abordar o tema com o americano.
O pronunciamento do petista neste sábado em Havana deve funcionar ainda como uma espécie de prévia de sua fala na abertura da Assembleia-Geral da ONU, na próxima terça-feira (19), em que ele também deve abordar o bloqueio contra Cuba.
Lula também deve reforçar em Cuba outra demanda histórica de Brasília: a reforma no Conselho de Segurança da ONU. Esse tema ganhou ainda mais centralidade na agenda internacional de Lula após a cúpula do Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no mês passado, quando o Brasil aceitou a ampliação do bloco em troca de um compromisso mais firme de Pequim em apoio à reforma do conselho.
O Conselho de Segurança da ONU tem cinco assentos permanentes com poder de veto, ocupados por Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França. Outras dez vagas, que não têm poder de veto, são rotativas e alocadas por região. O Brasil pleiteia uma ampliação do conselho que lhe dê uma cadeira permanente no colegiado.
Em outra frente, a diplomacia brasileira pretende explorar no encontro do G77 a reforma de organismos financeiros internacionais. A avaliação é a de que, especialmente após a pandemia de Covid-19, os países em desenvolvimento ficaram mais endividados e numa situação econômica delicada. Para Brasília, compromissos assumidos pelo mundo em desenvolvimento, como as metas de preservação ambiental, precisam sempre levar em consideração esse contexto.
Além de ser o primeiro a discursar no G77, Lula terá duas reuniões bilaterais em Havana: uma com o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o chinês Qu Dongyu, e outra com o dirigente cubano, Miguel Díaz-Canel —os dois líderes se encontraram também em Paris, em junho.
Lula desembarcou em Cuba no final da tarde desta sexta-feira (15), acompanhado dos ministros Nísia Trindade (Saúde), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação). Celso Amorim, assessor especial da Presidência, também integra a comitiva.
A delegação enxuta reflete a baixa expectativa por anúncios durante a visita. Um dos poucos esperados deve ocorrer na área da saúde. A ministra Nísia deve assinar, com seu homólogo José Ángel Portal Miranda, um protocolo de cooperação com foco no fortalecimento do complexo industrial da saúde no Brasil. A intenção é a produção de medicamentos e vacinas para doenças crônicas para atender o PNI (Programa Nacional de Imunização) e as necessidades de Cuba.
O ápice da colaboração entre Cuba e Brasil na área da saúde ocorreu com o lançamento do programa Mais Médicos, no governo Dilma Rousseff (PT), que no início previa o envio de médicos cubanos para atender localidades brasileiras desassistidas.
Em 2015, na gestão Dilma, cerca de 60% dos mais de 18 mil médicos participantes do programa eram cubanos. O Mais Médicos virou munição da oposição contra a ex-presidente, uma vez que, no início do programa, parte do dinheiro pago pelo Brasil ao regime não era repassado aos profissionais cubanos —muitos chegaram a alegar falta de igualdade de condições em relação aos médicos de outras nacionalidades.
A maioria dos cubanos deixou o Brasil após a eleição de Bolsonaro, em meio a ameaças de expulsão feitas pelo ex-presidente. O atual Mais Médicos permite a participação de pessoas de qualquer nacionalidade, mas não há acordo específico de cooperação com Cuba como no passado. Hoje, há cerca de 700 cubanos atuando no programa. Segundo integrantes do governo, não há qualquer sinalização de um novo acordo de cooperação nos moldes antigos com Havana.
Marianna Holanda/Raquel Lopes/Nathalia Garcia/Folhapress
Governo do Estado intensifica força-tarefa para identificar origem de óleo nas praias
Foto: Divulgação/Sema |
O Governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), intensificou, nesta sexta-feira (15), os esforços para identificar a origem da contaminação do óleo que voltou a aparecer nas praias de Salvador e de outras cidades baianas.
Participam também das ações a Marinha do Brasil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria da Saúde, prefeituras de Cairu, Valença, Jaguaripe, Salvador e Vera Cruz.
Durante a manhã, uma equipe formada pelo secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins, e pelos diretores Eduardo Topázio (Fiscalização) e Antônio Martins Rocha (Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental), realizou um sobrevoo nas praias dos municípios atingidos para avaliar a real dimensão das manchas de óleo.
Segundo o titular da pasta ambiental, as praias que foram detectadas manchas de óleo estão localizadas em cinco municípios do Estado: Salvador, Cairu, Jaguaripe, Vera Cruz e Valença. “A extensão do dano é difícil mensurar, mas, à priori, são manchas na zona costeira, nas praias, e apenas uma mancha próxima da primeira praia de Morro de São Paulo. Fora isso, as demais manchas são encontradas na parte de praia. Já quanto às ações da secretaria, criamos um gabinete de crise, com as participações da Casa Civil, da Defesa Civil, Meio Ambiente da Sema, do Inema, IBAMA, Marinha do Brasil e Secretaria da Saúde. Todos unidos para identificar e trabalhar da melhor forma. Já fizemos uma coleta do material na praia de Caixa prego e na Praia do Garcês, encaminhamos para análise também, e amanhã, sábado [16], vou fazer uma nova ação em campo, uma fiscalização nas praias em Cairu para apurar mais detalhadamente essas ocorrências”, explicou Eduardo Sodré Martins.
Ele esclareceu ainda que a ação também tem como objetivo mostrar a retomada da parceria entre os governos federal, estadual e municipais na tentativa de acionar e minimizar os maiores danos possíveis. “A gente acredita, não tem informações detalhadas, de que a origem não seja do mesmo material de 2019, mas a gente está vendo resíduos de várias estruturas, densidades e condições físico-químicas diferentes, então vamos trabalhar isso da melhor forma”, assegurou o secretário.
Durante à tarde, a mesma equipe participou de uma reunião com o vice-almirante Antonio Carlos Cambra, comandante do 2º Distrito Naval, onde foi apresentado um panorama da área costeira da região.
Segundo o comandante, a Marinha do Brasil está acompanhando, desde o início, o incidente de aparecimento de óleo em praias do litoral da Bahia. “O comando do 2º Distrito Naval, juntamente com a Capitania dos Portos da Bahia, mobilizou meios e pessoal, desde o dia 10 de setembro, para a coleta de amostras e levantamento de dados. Hoje, fizemos uma reunião muito proveitosa com o Secretário do Meio Ambiente do Estado da Bahia para apresentarmos as ações da Marinha, planejarmos os próximos passos e reforçar o trabalho conjunto”, disse.
Durante a reunião, ficou definida uma inspeção capitaneada pela Marinha, juntamente com técnicos da Sema, para coleta de material e analisar se os fragmentos são provenientes de um novo vazamento ou descarte de óleo no mar ou, ainda, resquício do grande derramamento de óleo que atingiu a costa nordestina no ano de 2019.
Diesel sobe a R$ 6,20 por litro nos postos, em sétima alta semanal seguida
O preço do diesel subiu pela sétima semana seguida nos postos brasileiros, com o barril do petróleo negociado aos valores mais altos do ano e sob pressão da retomada parcial da cobrança de impostos federais. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o diesel S-10 foi vendido, em média, a R$ 6,20 por litro nesta semana.
É uma ligeira alta de R$ 0,02 por litro em relação ao verificado na semana anterior. Desde o início do ciclo de alta, na última semana de julho, o produto acumula aumento de R$ 1,22 por litro, segundo a pesquisa semanal da agência.
Os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira (15) para o maior nível deste ano, uma vez que as expectativas de oferta mais restrita superaram as preocupações com o crescimento econômico mais fraco e o aumento dos estoques do produto dos Estados Unidos. O petróleo Brent fechou o dia a US$ 93,93 (R$ 457,28), o maior valor desde novembro de 2022.
Segundo a ANP, os preços médios da gasolina e do etanol hidratado ficaram praticamente estáveis na semana no país, em R$ 5,84 e R$ 3,64 por litro, respectivamente.
As cotações internacionais do diesel seguem em alta, com impactos tanto da escalada do preço do petróleo quanto dos baixos estoques no mundo às vésperas da temporada de compras para atender ao aumento do consumo durante o inverno no hemisfério Norte.
A Petrobras não tem margem para reduzir o preço nas refinarias e, assim, compensar ao menos parcialmente a pressão dos impostos sobre o preço final do produto, como fez em ocasiões anteriores.
A alíquota de PIS/Cofins passou de zero a R$ 0,11 por litro no dia 5. Em outubro, o governo subirá essa cota para R$ 0,13. Houve também retomada da cobrança sobre o biodiesel, que representa 12% da mistura vendida nos postos.
A federação que representa a revenda de combustíveis calculou o impacto do primeiro aumento de impostos em R$ 0,10 por litro. Desde que a alta passou a valer em setembro, o valor semanal do combustível subiu R$ 0,15. Em outubro, o efeito estimado é de mais R$ 0,01 por litro.
Segundo a ANP, o preço médio do diesel S-10 ultrapassou os R$ 6 por litro nesta semana em todos os estados brasileiros. O Acre teve o preço médio mais alto do país: R$ 7,04 por litro. Em São Paulo, o valor médio era de R$ 6,16.
O litro de diesel S-10 mais caro foi encontrado pela agência na capital paulista, a R$ 8,49 por litro. O mais barato, em Americana (SP), a R$ 4,79 por litro.
Na comparação com valores registrados no ano passado, o preço do diesel apresenta baixa de R$ 0,93. Esse combustível abastece os caminhões usados no transporte rodoviário de cargas e, por isso, seu custo tem reflexos em outros produtos de consumo.
Na segunda-feira (11), o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,74 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
É o maior valor desde a véspera do último reajuste da estatal. Especialistas acreditam que o cenário de aperto se manterá até o fim do ano, já que na semana passada Arábia Saudita e Rússia estenderam os cortes de produção de petróleo.
Pedro S. Teixeira/Folhapress
Datafolha: Congresso é aprovado só por 16% dos brasileiros
Para 48%, trabalho de deputados e senadores é regular, e 33% os consideram ruins ou péssimos |
Na primeira avaliação dos eleitores da nova legislatura do Congresso Nacional, o trabalho de deputados e senadores foi considerado ótimo ou bom por apenas 16% dos ouvidos em nova pesquisa do Datafolha. Desaprovam como ruim ou péssimo os parlamentares 33%, e 48% os consideram regulares.
A opinião foi colhida em 2.016 entrevistas feitas em 139 municípios do país nos dias 12 e 13 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Não souberam responder 4% dos ouvidos.
O ano parlamentar até aqui tem sido marcado de forma dupla. Por um lado, houve um avanço inicial da pauta econômica do governo Lula (PT), que coincide no arcabouço fiscal apresentado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) com as linhas gerais defendidas no Congresso.
Mas houve muitos embates e derrotas do governo em votações, atribuídas no Palácio do Planalto à vontade de parlamentares do majoritário centrão de terem mais espaço no governo. Lula por fim aquiesceu e cedeu neste mês dois ministérios para partidos do grupo, mesmo que, como no caso explícito do Republicanos, não haja declaração de apoio ao Executivo ou garantia de votos.
Diversas CPIs foram implantadas, como a sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, mas até aqui sem impacto relevante. Pautas alinhadas ao conservadorismo das duas Casas, como a questão do marco temporal de terras indígenas, são objeto de contestações.
Coincidentemente, a avaliação atual bate em linhas gerais com aquela do Congresso na legislatura passada, a essa altura do mandato dos parlamentares. Em agosto de 2019, o Datafolha aferiu os mesmos 16% de aprovação (além de 35% de reprovação e 45% de regular), e a Câmara dos Deputados havia aprovado recentemente a reforma previdenciária.
Mas o tensionamento proposto pelo governo de Jair Bolsonaro, que se vendia como impermeável ao toma lá dá cá desde a campanha eleitoral de 2018, crescia. Ele deixou até a política partidária formal em novembro de 2019, desfiliando-se do PSL. A aprovação do Congresso viria a atingir seu pior nível (45% de ruim/péssimo) no mês seguinte.
Na legislatura passada, o regime de atrito proposto por Bolsonaro teve altos e baixos, e um novo pico em que a reprovação superava os outros índices ocorreu em setembro de 2021, em um dos pontos mais agudos da campanha golpista do presidente contra as instituições.
O centrão ora em namoro com Lula já havia entrado em seu governo, e o mandatário acabou concorrendo à reeleição pelo PL.
Mas em setembro daquele ano a tensão política teve um pico, com o quase estouro da corda no feriado da Independência, em que Bolsonaro comandou manifestações em que as audiências pediam o fechamento do Congresso e do Supremo.
Passada a eleição, o clima amainou e a reprovação despencou para 26%, em dezembro passado, com iguais 48% de regular e 20%, de aprovação.
Agora, com o tempo passado fora do governo pelo ex-presidente, a maior reprovação ao trabalho congressual vem justamente dos que se declaram bolsonaristas: 42% consideram ruim ou péssima a atuação parlamentar. O número é quase o dobro dessa avaliação entre os petistas, de 22% de reprovação.
Igor Gielow, Folhapress
Prefeitura de Ipiaú segue com o projeto "Horta nas Escolas" no Colégio Municipal Edvaldo Santiago
A Prefeitura de Ipiaú continua investindo na educação dos estudantes municipais por meio do projeto "Horta nas Escolas". Nesta quinta-feira, 15, o Colégio Municipal Edvaldo Santiago celebrou a primeira colheita, marcando o sucesso da iniciativa que visa promover conhecimento técnico, sustentabilidade e viabilidade econômica aos estudantes.
A ação envolveu ativamente os alunos, que participaram de todas as etapas do processo, desde o plantio até a colheita, proporcionando-lhes uma compreensão prática sobre a produção de alimentos. Além disso, a experiência prática se encaixa perfeitamente no programa de empreendedorismo nas escolas, permitindo que os estudantes aprendam sobre a gestão de recursos e a comercialização dos produtos cultivados.
O projeto "Horta nas Escolas" é uma iniciativa da Prefeitura de Ipiaú, projetada e executada pela Secretaria de Educação, que tem como objetivo não apenas fornecer uma educação teórica, mas também preparar os alunos para desafios do mundo real. A integração da sustentabilidade e da viabilidade econômica no programa demonstra o compromisso da gestão com o desenvolvimento de jovens empreendedores e cidadãos conscientes.
“Esta ação não apenas enriquece o currículo educacional, mas também fortalece a conexão entre os estudantes e o ambiente ao seu redor. Com o ‘Horta nas Escolas', a Prefeitura de Ipiaú reafirma seu compromisso com a educação de qualidade e o desenvolvimento sustentável, proporcionando aos jovens a oportunidade de crescerem como cidadãos informados e responsáveis”, afirma a Secretária de Educação, Erlândia Souza.
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
Conselheiros do SINAPRO-BA entregam homenagem a Nelson Cadena na ALBA
Marcel Hohlenwerger e Vera Rocha ao Nelson Cadena. |
Nesta Quinta (14/09), os conselheiros do SINAPRO-BA, Marcel Hohlenwerger e Vera Rocha representando a entidade, entregaram troféu de homenagem ao publicitário e escritor colombiano Nelson Cadena, que recebeu o título de cidadão baiano na Assembleia Legislativa da Bahia - ALBA.
Marcel da Maré Comunicação e Vera da Rocha Comunicação, empresários do ramo da publicidade expressaram a sua satisfação em homenagear um dos principais expoentes da publicidade, jornalismo, pesquisa e cultura da Bahia.
“Nelson é um querido da comunicação e muito contribui para a memória e os avanços da área” disse Vera.
“Só temos a agradecer a Nelson pela sua contribuição e parabenizar o seu legado que fortalece a identidade cultural da Bahia”, finaliza Marcel.
ASCOM MARÉ
Um agente da Polícia Federal e quatro bandidos são mortos em operação contra facção criminosa em Valéria
Operação foi iniciada esta manhã no bairro periférico de Valéria |
Um policial federal e quatro homens morreram em um confronto durante uma operação na manhã desta sexta-feira (15), na região de Valéria, em Salvador. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), outros dois agentes (um da Polícia Federal e outro da Civil) ficaram feridos.
O policial Lucas Monteiro Caribe chegou a ser socorrido com os outros dois agentes – um da Polícia Civil e outro também federal – para o Hospital Geraldo Estado (HGE), na capital baiana, mas chegou à unidade sem vida. Não há detalhes sobre o estado de saúde dos outros policiais.
De acordo com a SSP-BA, os quatro homens que morreram são suspeitos de fazer parte do grupo criminoso que trocou tiros com os policiais. Dois morreram no momento do tiroteio, e os outros, horas depois, em uma região de matagal, entre os bairros de Valéria e Rio Sena, durante a fuga.
Desde agosto, a Polícia Federal participa de operações na Bahia como parte de um acordo de cooperação entre o governo estadual e federal para reprimir a criminalidade no estado.
Um grupo criminoso está escondido em uma região de mata fechada, do bairro periférico da capital baiana, de acordo com a secretaria da segurança da Bahia.
Valéria fica em um ponto considerado estratégico para o tráfico de drogas e é palco de constantes confrontos entre facções criminosas de atuação local e nacional. Ele fica em uma região que margeia duas rodovias, a BR-324 e a BA-528, conhecida como Estrada do Derba, onde ocorre a operação desta sexta. Além disso, a localidade está em um dos limites de Salvador, próximo ao município de Simões Filho, e tem uma extensa área de matagal.
A “Operação Fauda” é feita pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Os suspeitos morreram no local da troca de tiros.
A FICCO foi lançada em agosto deste ano, pela SSP-BA e Polícia Federal, para intensificar, em caráter especial, o enfrentamento às organizações e associações criminosas. A integração entre os governos estadual e federal será feita de forma pontual, caso eles entendam que exista a necessidade.
De acordo com o órgão de segurança pública, a ação é contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos, com atuação no bairro de Valéria.
Equipes das Polícias Federal, Militar e Civil cumprem ordens judiciais na capital baiana, à procura de foragidos, armas, munições e entorpecentes. Cerca de 100 policiais de unidades ordinárias e especializadas das forças federal e estadual participam da operação integrada.
Por causa da ação, um intenso engarrafamento foi formado nas regiões da Estrada do Derba, Estrada Velha de Paripe e na Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Suburbana.
Segundo a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), os ônibus do transporte público da capital baiana tiveram o itinerário desviado. Os veículos que seguem no sentido BR-324 passam a trafegar pela Avenida Suburbana.
Já os que seguem sentido Base Naval, estão retornando para a BR-324 antes do local da operação policial e de lá continuam o itinerário.
Helicópteros do Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar realizam varreduras na região de Valéria e do subúrbio ferroviário à procura dos suspeitos. Do alto, os militares avaliam possíveis rotas de fuga e repassam informações para as equipes que estão no chão.
Atualizada às 11h27.
G1 BA e TV Bahia
Lula ficou com presentes de luxo: relógios Cartier e Piaget, além de colar de ouro branco
Lula ficou com presentes de luxo |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com relógios de luxo e um colar de ouro branco que ganhou de presente em seu primeiro mandato. Os itens foram incorporados ao acervo pessoal do petista quando ele deixou o cargo.
Em 2016, a lista de presentes dados a Lula foi alvo de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) e de uma ação da Lava Jato. Na época, a Corte determinou que o então ex-presidente devolvesse a maior parte do que levou consigo. No total, Lula restituiu 453 itens avaliados em R$ 2,258 milhões, entre esculturas, quadros, tapetes, vasos e louças. Já no âmbito da Lava Jato foram devolvidos 21 bens considerados valiosos. O Estadão identificou, no entanto, que alguns objetos de luxo permaneceram no acervo pessoal de Lula e não foram destinados à União.
Em nota, a Presidência da República afirmou que não há irregularidades e que o presidente não vendeu nenhum dos presidentes que recebeu.
Segundo registros do acervo privado do petista e declarações públicas, permaneceram com Lula pelo menos dois relógios de luxo. Um deles, um Piaget avaliado em R$ 80 mil, sequer consta na lista de presentes oficiais. O petista já explicou que o relógio da marca suíça ficou perdido por um tempo e que o encontrou depois em uma gaveta. Ele passou a usá-lo e, inclusive, posou para fotos com o modelo em 2022.
O outro relógio se trata de um Cartier Santos Dumont, feito de ouro branco 18 quilates e prata 750, e com uma coroa arrematada com uma pedra safira azul. É um dos modelos mais clássicos da marca francesa. O Estadão localizou o mesmo modelo de relógio à venda no site Jewellery Discovery por 9.650 libras esterlinas (£), o equivalente a R$ 59,9 mil na cotação atual. Responsável pelo patrimônio do petista, o Instituto Lula informou que o Cartier também está sendo usado pelo presidente da República.
Tanto o Cartier quanto o Piaget foram presentes do governo da França em 2005.
O acervo privado do petista traz ainda um relógio suíço folheado em prata. O mostrador do item tem uma imagem do coronel Muammar Kadafi, antigo ditador da Líbia. Não há detalhes sobre a marca nem o modelo do relógio. O presente foi entregue em janeiro de 2003 pelo então ministro das Relações Exteriores da Líbia, Abdelrahman Shalqam.
Além desses três relógios, Lula ficou com um colar de ouro branco entregue em abril de 2004 pela Citic Group Corporation, uma empresa de investimento estatal da China. A joia traz detalhes em ouro amarelo e possui um pingente no formato de uma gravata.
Auditoria
Quando julgou o processo de Lula em 2016, o TCU estabeleceu que presentes considerados de caráter personalíssimo poderiam ficar com o ex-presidente. A regra passou a servir de base para os próximos mandatários.
A Corte de Contas entende, no entanto, que objetos de grande valor devem ser restituídos ao Estado brasileiro. É justamente esse argumento que vem sendo usado pelo TCU para cobrar do ex-presidente Jair Bolsonaro que devolva os presentes valiosos que recebeu enquanto estava no exercício do cargo e tentou vender.
Bolsonaro, Michelle e Mauro Cid são alvos da Polícia Federal no âmbito da Operação Lucas 12:2, que apura a venda de joias desviadas da Presidência da República. Segundo a PF, teriam sido comercializados anéis, abotoaduras e esculturas de luxo, um barco e uma palmeira dourados, além de um relógio da marca suíça Patek Philippe pelo grupo. Estima-se que o esquema tenha rendido R$ 1 milhão. A apuração surgiu a partir de reportagem do Estadão, que revelou a entrada ilegal de joias sauditas no Aeroporto de Guarulhos pela comitiva do ex-ministro de Minas e Energia almirante Bento Albuquerque.
No caso de Lula, o TCU constatou que até aquele momento havia interpretação equivocada da Presidência da República sobre a legislação que dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República.
O tribunal fixou, então, o seguinte entendimento: “Não só os documentos bibliográficos e museológicos, recebidos em eventos formalmente denominados de ‘cerimônias de troca de presentes’, devem ser excluídos do rol de acervos documentais privados dos presidentes da República, mas, também, todos os presentes, da mesma natureza, recebidos nas audiências da referida autoridade com outros chefes de estado ou de governo, independentemente do nome dado ao evento pelos cerimoniais e o local que aconteceram”.
A exceção, segundo o TCU, refere-se aos itens de natureza personalíssima (medalhas personalizadas e grã-colar) ou de consumo direto pelo presidente da República (bonés, camisetas, gravata, chinelo, perfumes, entre outros).
Durante o seu voto, o ministro Walton Alencar, relator do processo, ainda alertou para o valor dos bens. “Imagine-se, a propósito, a situação de um chefe de governo presentear o presidente da República do Brasil com uma grande esmeralda de valor inestimável, ou um quadro valioso. Não é razoável pretender que, a partir do título da cerimônia, os presentes, valiosos ou não, possam incorporar-se ao patrimônio privado do presidente da República, uma vez que ele os recebe nesta pública qualidade”, disse.
O processo foi arquivado e considerado concluído após a devolução dos presentes. O TCU não localizou oito presentes de Lula, no valor de R$ 11,7 mil, mas o valor se mostrou irrelevante. Cinco dos seis ministros presentes na sessão do TCU em 2016 que determinou a devolução de parte dos bens de Lula permanecem no tribunal.
Ministros de Bolsonaro
Em março deste ano, o TCU notificou a Secretaria-Geral da Presidência da República sobre a necessidade de ex-ministros de Bolsonaro devolverem relógios de luxo recebidos durante uma viagem oficial a Doha, no Catar, em 2019.
Relator do processo, o ministro Antonio Anastasia afirmou que o recebimento de presentes caros extrapola os “princípios da razoabilidade e da moralidade” pública, previstos na Constituição.
Os relógios recebidos pelos ex-ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Osmar Terra (Cidadania), segundo a representação feita ao TCU, tinham valor de até R$ 53 mil. As autoridades foram presenteadas com marcas Hublot e Cartier.
Presidência diz que não irregularidades
Procurada para se manifestar, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que os itens do acervo dos mandatos anteriores foram analisados pelo TCU e pela Operação Lava Jato em 2016. A Pasta explicou que houve uma mudança de entendimento e o que foi determinado a devolução, foi devolvido.
“O que ficou sob responsabilidade da guarda do presidente Lula está no seu acervo, guardado. Nada foi vendido nem se tentou vender nada”, esclareceu. “Nesse sentido, respondendo o pedido do jornal de se manifestar sobre a reportagem, parece uma tentativa de confundir alhos com bugalhos para dar combustível a narrativas políticas equivocadas sobre situações distintas com objetivo de gerar desinformação, nascida talvez do inconformismo e preconceito do jornal com a origem social do presidente, por isso o foco nesses objetos, que de resto seguem as mesmas regras de todos os outros”, diz a nota.
A Pasta voltou a afirmar que todo o acervo dos mandatos anteriores de Lula foi investigado e nenhuma irregularidade foi encontrada. “O atual presidente não vendeu em nenhum momento objetos do seu acervo de mandatos encerrados faz mais de 12 anos.”
Tácio Lorran/Estadão Conteúdo
Estados e municípios vivem montanha-russa nas contas públicas e têm histórico de socorro
Se prefeitos e governadores conseguirem abocanhar um socorro do governo federal, não será a primeira vez – e, provavelmente, nem a última. Ao longo das décadas, Estados e municípios receberam inúmeras ajudas financeiras numa tentativa de melhorar o quadro das contas públicas.
Desde 1980, diversas medidas de socorro foram encabeçadas pela União – como em 2017, quando foi criado o Regime de Recuperação Fiscal, que, dentre outras medidas, permitiu a suspensão do pagamento da dívida dos Estados -, mas essas ações também já foram comandadas pelo Congresso e até mesmo pelo Poder Judiciário.
“Historicamente, a gente tem um modelo de federalismo que induz Estados e municípios a terem baixa responsabilidade fiscal e jogarem os custos para a União”, diz Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper. “E o que a gente está vendo, hoje, é mais uma repetição desse ciclo que já vem acontecendo desde os anos 80. Um programa atrás do outro.”
O socorro aos Estados e municípios volta sempre para a pauta econômica em Brasília, conforme os resultados fiscais vão piorando. E, no último ano, a situação das finanças estaduais mudou drasticamente.
Em 2022, a decisão do Congresso de limitar a cobrança de ICMS em itens considerados essenciais, como combustíveis, telecomunicações e energia, afetou em cheio a capacidade arrecadatória do principal tributo dos Estados – que tem uma porcentagem repassada aos municípios.
Apoiada pelo governo Jair Bolsonaro, a medida teve como principal objetivo reduzir os preços dos combustíveis na bomba, em meio à tentativa de reeleição.
“Foi uma coisa imposta, e a autonomia federativa ficou até um pouco frágil”, afirma Renata dos Santos, secretária de Fazenda de Alagoas. “A nossa fonte de receita própria foi golpeada.”
A perda de arrecadação com o ICMS marcou uma inflexão significativa, porque os governadores, até então, contabilizavam um aumento de caixa considerável com as transferências realizadas pela União no auge da pandemia e pela alta dos preços das commodities no cenário internacional. Ao mesmo tempo, eles ficaram proibidos de conceder aumento aos servidores públicos (em 2020 e 2021), o que ajudou a melhorar as contas.
Mas a inversão foi rápida – tanto pelo lado da receita como do gasto. Mesmo afetados pelo desempenho arrecadatório do ICMS, os Estados concederam reajustes aos servidores públicos, que estavam com o salário congelado há dois anos. O grande problema é que esses aumentos se transformam numa despesa fixa. Ou seja, não é possível voltar atrás quando a arrecadação perde força – como é o caso agora.
Pedro Schneider, economista do Itaú, resume essa inversão de cenário: “Antes, a receita estava em alta, e a despesa travada. Simplesmente trocou. Passou a ter receita em queda e despesa em alta”.
Ele destaca que, em momentos de bonança, o aumento de receita costuma ser integralmente consumido por novas despesas. “Isso gera pressões e dificuldades fiscais quando a arrecadação cai. É a história do Brasil desde sempre”, diz.
No quesito gastos, governadores e prefeitos ponderam que também foram afetados por uma série decisões tomadas pela União e pelo Congresso Nacional – as quais não vieram acompanhadas de compensações. Dentre elas, a criação e o reajuste dos pisos da enfermagem e da educação, além da alta real (acima da inflação) do salário mínimo.
Montanha-russa dos números
Um levantamento realizado pela equipe de pesquisa macro do Bahia Asset Management dá a dimensão dessa montanha-russa que se tornaram os orçamentos estaduais. Em 2020, o caixa dos governadores somava R$ 60 bilhões, valor que subiu para quase R$ 160 bilhões em 2021 e alcançou R$ 180 bilhões em 2022. Neste ano, a previsão é que recue para R$ 140 bilhões.
Ao mesmo tempo, o gasto com o salário dos servidores subiu de R$ 332 bilhões para R$ 369 bilhões entre 2022 e o projetado para 2023 – uma alta de 11,14%.
“Quando você olha os dados da Pnad e do Caged, a taxa de crescimento (da quantidade de servidores públicos) é de 8% desde 2022 e de 5% neste ano”, afirma Luiz Maciel, economista-chefe Macro Brasil do Bahia Asset Management. “Além do aumento de salário, está havendo um crescimento na quantidade. Isso vai criando uma bomba, porque esse é um gasto que não se corta.”
Luiz Guilherme Gerbelli, Adriana Fernandes e Bianca Lima/Estadão Conteúdo
PT promove Plenárias Municipais em mais de 30 cidades baianas neste final de semana
O Partido dos Trabalhadores da Bahia promove Plenárias Municipais em 33 cidades do estado neste final de semana, com as atividades em Boninal, Eunápolis, Iraquara, Ipiaú, Tucano, Macajuba, Botuporã, Piraí do Norte, Rio do Pires, Itacaré, Itapicuru, Lajedinho, Sobradinho, Ibiassucê, Valente, Abaré, Caetité, Dias D´Avila, Glória e Caturama neste sábado, 16, e, Planalto, Iramaia, Apuarema, Cairu, Cansanção, Coribe, Jitaúna, Nova Viçosa, Riachão do Jacuípe, Senhor do Bonfim, Gongogi, Itororó e São Francisco do Conde no domingo, 18. As plenárias seguem até 29 de outubro em mais de 350 municípios, incluindo o PEDEX em 153 cidades. Desde agosto, já foram realizadas mais de 60.
O objetivo é fortalecer o partido para consolidar a agenda dos Comitês Populares de Luta dando sustentação ao projeto de reconstrução do país, intensificar a agenda de formação política da Nova Primavera e se organizar para as eleições do próximo ano. “Já ir pensando as estratégias para eleições municipais, a preparação do nosso desafio de enfrentar uma eleição que será, tenho certeza, muito melhor do que foi 2016 e 2020. 2024 será um ano de crescimento do PT na Bahia e no Brasil”, destacou o presidente do PT Bahia, Éden Valadares.
O dirigente reforçou a importância da construção de candidaturas competitivas para o PT fortalecer o processo de reconstrução do Brasil e aprofundar o projeto mudancista na Bahia. “O Diretório Nacional do PT, o Diretório Estadual, os diretórios municipais, as comissões organizadoras e as comissões provisórias estão desafiadas, primeiro, a gente montar boas chapas de vereadores e vereadoras, chapas representativas com a comunidade LGBTQIA+, com agricultores, agricultoras, jovens, negros e negras, enfim, com a diversidade da sociedade baiana representada nas nossas chapas e também com muita força e vitalidade de disputa”, disse Éden, ao acrescentar: “E claro também a gente pensar a construção das nossas pré-candidaturas a prefeito, a prefeita, a vice-prefeito e a vice-prefeita”.
As mais de 60 Plenárias Municipais realizadas até o último final de semana, nos dias 9 e 10, contaram com grande participação de dirigentes, lideranças políticas locais e regionais, deputados federais e estaduais do PT e de filiados e filiadas, destacou o secretário de Organização do PT Bahia, Osmar Galdino (Jojó). “Estamos com a tarefa de intensificar ainda mais essa mobilização para que possamos nos preparar para as eleições de 2024, com um PT mais organizado, mais mobilizado e mais forte”, disse Jojó.
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