Dinâmica Papo com Prosa compartilha conhecimentos com profissionais

A edição inaugural contou a participação da psicóloga Jéssica Bacelar

Aconteceu na última sexta-feira (06), a primeira edição do Café com Prosa na Maré, com a participação da psicóloga Jéssica Bacelar, que abordou o tema Relacionamento Intrapessoal e Interpessoal no contexto do Trabalho.

Segundo o CEO da Maré Comunicação, Marcel Hohlenwerger, uma vez no mês serão convidados profissionais de diferentes áreas para levar novas experiências para os colaboradores da Agência.

“Entendemos que compartilhar conhecimentos, dialogar sobre os desafios da vida humana e despertar para esse intercâmbio de ideias num encontro presencial faz a diferença no dia a dia da empresa”, salientou Marcel.

Marcel explica que,  durante o Café com Prosa,  a equipe da Maré  foi levada a refletir sobre o relacionamento no ambiente de trabalho como algo que não depende apenas dos fatores atreladas à organização, mas também vinculados ao sujeito, como estrutura de personalidade, crenças, valores e julgamentos pessoais.

A terapeuta pontuou  sobre a importância do autoconhecimento. “Antes mesmo de pensar em como lidar com os outros, nós precisamos pensar em como lidar com nós mesmos”  alertou Bacelar.

Segundo ela, o relacionamento intrapessoal ajuda a moldar a atitude e o desempenho individual, enquanto o relacionamento interpessoal promove a colaboração, a construção de equipes fortes e um ambiente de trabalho harmonioso. “Ambos são vitais para o sucesso profissional e a realização no trabalho”,  destaca.

Ainda de acordo com Jéssica, o Café com Prosa foi de extrema relevância, principalmente para reforçar o quanto é importante falar de saúde mental e que o relacionamento intrapessoal pode contribuir com o crescimento profissional.

Avaliação de Marcel e sua equipe é que a prosa descontraída com a psicóloga sensibilizou a todos sobre as relações profissionais de modo geral, contribuindo assim para um melhor ambiente de trabalho.

Assessoria Agência Maré / Fábio Rodella

Ipiaú: Prefeita Maria busca parceria com CERB para serviços de manutenção e criação de poços artesianos

A prefeita de Ipiaú, Maria das Graças, esteve em uma reunião na última segunda-feira (09), com o presidente da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB), Sandro Futuca, juntamente com o deputado estadual Niltinho. O objetivo da reunião foi solicitar o apoio da CERB para a instalação de poços artesianos já perfurados em diversas regiões de Ipiaú, visando beneficiar aproximadamente 250 famílias.

 As áreas contempladas pelo projeto incluem Fazenda Surpresa II, Água Vermelha, Centro de Abastecimento, Fazenda Santo Antônio, Boris e Água Branquinha, que, quando devidamente equipadas, proporcionarão uma melhoria significativa na qualidade de vida dessas comunidades. A prefeita expressou sua confiança na colaboração da CERB: "Temos certeza de que teremos esse apoio, como sempre tivemos, para esta e outras obras destinadas ao desenvolvimento de Ipiaú."

Além da instalação de novos poços artesianos, a gestora também aproveitou a oportunidade para solicitar a limpeza dos poços artesianos nas regiões do Cajueiro e Horta Comunitária, contribuindo assim para a preservação e melhor uso dos recursos hídricos locais.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Primeiro voo da FAB com repatriados decola de Israel de volta ao Brasil

O primeiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) usado para repatriar cidadãos brasileiros em Israel decolou de Tel Aviv às 14h12 (de Brasília) desta terça-feira (10). A previsão é que a aeronave com 211 passageiros chegue em Brasília às 4h desta quarta (11).

A Força Aérea Brasileira informou que 900 brasileiros devem ser repatriados até sábado. A operação poderá ser repetida na próxima semana, caso haja necessidade.

O governo brasileiro também estuda formas de retirar cidadãos brasileiros de territórios palestinos, em particular através do Egito, Jordânia e Líbano. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, há 25 brasileiros na Faixa de Gaza que entraram em contato com o Itamaraty solicitando a repatriação.

O conflito começou com ataques do grupo terrorista Hamas sobre o território israelense a partir da Faixa de Gaza no último sábado (7). Os ataques dispararam uma violenta resposta dos israelenses. Já são mais de mil mortos dos dois lados, até o momento.

Folhapress

Família confirma morte de brasileira que estava desaparecida após ataques do Hamas

A estudante brasileira Bruna Valeanu, 24, que estava entre os desaparecidos após os ataques terroristas do grupo palestino Hamas em Israel, está morta. A informação foi publicada no Facebook por sua irmã, Florica, nesta terça-feira (10).

“A minha neném virou uma estrelinha no universo. Te amo para sempre”, escreveu ela em seu perfil. A embaixada do Brasil em Israel afirmou que está verificando a informação. Na segunda-feira (9), o Itamaraty confirmou a morte de Ranani Glazer no mesmo episódio.

Ela retornou a ligação quando despertou com as sirenes de alerta para buscar abrigo em um bunker, e ouviu da filha que estava tudo bem. “Talvez para não preocupar nossa mãe, que certamente ficaria muito nervosa”, disse Nathalia.

Bruna chegou a entrar em contato com amigos e colegas de trabalho e relatou estar em uma região de mata, com tiroteios e muitos feridos ao redor. Um amigo que esteve na festa disse que eles se esconderam em um kibutz, espécie de comunidade agrícola local. Em determinado momento, ele escapou e conseguiu fugir. Bruna ficou, assim como um de seus colegas de trabalho.

Mais de 260 morreram na rave. Não está claro se os dois brasileiros já estão contabilizados nessa cifra, nem se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.

Participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foi seguido de barulhos de tiros. “Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções”, disse uma testemunha a uma emissora de Israel. “Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares.”

Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram jipes de terroristas armados.

O local do festival, que contava com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas vieram no amanhecer de sábado.

A ofensiva do grupo terrorista é o pior ataque sofrido por Israel em 50 anos. Por ar, terra e mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros. O conflito já matou até o momento cerca de 1.500 pessoas.

Folhapress

Dino falta à convocação de comissão da Câmara, e presidente do colegiado deverá pedir impeachment

O ministro da Justiça, Flávio Dino, se ausentou da audiência feita pela Comissão de Segurança Pública, que pediu a sua convocação nesta terça-feira, 10. A lei do impeachment assegura que ministro que não comparecer a alguma convocação da Câmara ou do Senado sem justifica pode ser alvo de impeachment por crime de responsabilidade. O presidente do colegiado, Sanderson (PL-RS), disse que fará um pedido pela cassação. “Nós tomaremos as medidas embasadas na Constituição”, afirmou.

Sanderson alega que recebeu a justificativa do ministro apenas às 9h23. Dino disse que a ausência ocorreu devido a “providências administrativas inadiáveis” realizadas com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Sanderson sorriu ao ler a motivação. A audiência desta terça-feira começou a pouco menos de meia hora depois da chegada do ofício da pasta, às 9h47.

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) falou que já tinha deixado um pedido de impeachment pronto para Dino caso ele se ausentasse. “Faço seis convocações para o ministro e ele c…”, afirmou. “São convocações oficiais sob pena de crime de responsabilidade e impeachment. Já esttá protocolado porque eu não sou trouxa. Eu sabia que ele não vinha.”

A convocação atendia a 19 pedidos de deputados que integram a comissão que tratavam de nove temas. São estes: as imagens do 8 de janeiro, regulamentação de armas, invasão de terras, interferência na Polícia Federal, a acusação de fake news a colecionadores, atiradores e caçadores (CACs), corte de verba no Orçamento de 2024 para o combate à criminalidade, ataque aos membros do colegiado, controle de conteúdos danosos no YouTube, o caso das prisões por adulteração na carteira de vacina e criminalização dos games.

Parlamentares dizem que Dino desrespeitou a Câmara ao ausentar-se. O deputado Abilio Brunini (PL-MT) afirmou que ligou para o ministério da Justiça e que o ministro está na Esplanada. “O ministro está lá, está no gabinete do ministério da Justiça, atendendo gente. Nenhuma reunião o impediria ele de vir aqui”, disse. Ele sugeriu que a comissão adote medidas contra o ministro.

Sanderson falou que o governo age, na pauta de Segurança Pública, com omissão “de forma leviana e covarde”. “A prova material dessa covardia é o ministro da Justiça, convocado”, afirmou. “Ele descumpre a lei, a Constituição. Em uma República democrática, ninguém está acima da lei.”

Seria a segunda ida de Dino à comissão. Na primeira, em abril, Dino interrompeu o depoimento após a sessão virar palco de confronto entre membros do governo e da oposição. Depois de ser chamado de “fujão”, o ministro disse que poderia retornar para lá, desde que fosse sem tumulto. “Para cá voltarei quantas vezes for necessário, agora desde que tenha debate, e não esse tumulto”, disse.

Em março, na primeira visita do ministro à Câmara, a audiência foi também marcada por insultos e ofensas entre membros da oposição e do governo. Houve a troca de farpas, acusações e ironias — algumas delas partiram do próprio Dino.

Levy Teles/Estadão Conteúdo

Como acessar o Desenrola Brasil? Veja perguntas e respostas sobre o programa para negociar dívidas

A nova etapa do Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do Governo Federal, começou na segunda-feira, 9. Nesta fase, foi lançada uma plataforma que vai beneficiar pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico.

Segundo o governo, em todas as etapas do programa são oferecidos R$ 126 bilhões em descontos para cerca de 32 milhões de brasileiros. Abaixo, veja perguntas e respostas sobre a última fase do Desenrola Brasil:

Como acessar a plataforma do Desenrola Brasil?
A plataforma pode ser acessada por este link: http://gov.br/desenrola.

Para entrar, é preciso que o beneficiado esteja cadastrado no site do governo (www.gov.br) com certificação ouro ou prata.

Quem pode ter as dívidas negociadas pelo programa?
Esta etapa é voltada para pessoas que ganham até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no CadÚnico.

Quais dívidas podem ser renegociadas?
Podem ser negociadas dívidas bancárias e não bancárias (como conta de luz, água, varejo, entre outras) com o valor total da somatória de todas as dívidas de até R$ 5 mil para pagamento à vista ou parcelado em até 60 meses, ou dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil para pagamento à vista.

A negativação do cliente deve ter ocorrido entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022 para que seja elegível ao programa.

Não serão financiadas dívidas de FIES, crédito rural, financiamento imobiliário, créditos com garantia real, operações com funding ou risco de terceiros.

Até quando posso renegociar minhas dívidas no Desenrola?
Essa etapa do programa vai até 31 de dezembro deste ano.

Quais são as condições de pagamento?
Dívidas com valor total atualizado de até R$ 5 mil poderão ser renegociadas à vista ou parceladas em até 60 meses, com parcela mínima de R$ 50 e juros de até 1,99% ao mês. Esse valor terá a prioridade da garantia do governo, por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO).

Dívidas que antes dos descontos tinham valor entre R$ 5 mil e R$ 20 mil poderão ser pagas à vista pela plataforma, com o desconto oferecido pelo credor.

Nos casos de parcelamento, o pagamento pode ser feito por meio de débito em conta corrente, boleto bancário ou Pix. Já os pagamentos à vista podem ser realizados por boleto e Pix, com vencimento no dia seguinte da emissão.

Como funciona o parcelamento da dívida?
Ofertas com opção de parcelamento, que usam garantia do FGO, estão organizadas em uma fila, que segue a ordem dos maiores descontos. O beneficiário tem 20 dias para aceitar a oferta. Após esse prazo, o parcelamento com alocação do FGO deixará de ser oferecido para que mais beneficiários possam acessar a modalidade. A opção de pagamento à vista continuará disponível.

Quando será feita a baixa da negativação?
Após a confirmação do pagamento, as dívidas negociadas serão baixadas em até 15 dias úteis.

Estadão Conteúdo

Ipiaú: Cadastro desatualizado por 5 Anos no CadÚnico pode levar ao cancelamento de benefícios sociais; consulte a lista agora!

A Prefeitura Municipal de Ipiaú, por meio da Secretaria da Assistência Social, faz um importante alerta aos cidadãos que estão cadastrados no Cadastro Único (CadÚnico) e que não realizaram a atualização de seus dados nos últimos 5 anos. Esta ação é essencial para evitar o cancelamento de benefícios sociais, incluindo o Bolsa Família, concedidos pelo governo federal.
O CadÚnico é uma ferramenta fundamental para a identificação e seleção de famílias em situação de vulnerabilidade, permitindo o acesso a diversos programas sociais, como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros. Manter as informações atualizadas é uma responsabilidade importante para garantir que as famílias continuem a receber esses benefícios.

A fim de evitar o cancelamento de benefícios e garantir que as famílias continuem recebendo o suporte necessário, a Prefeitura de Ipiaú solicita que todas as pessoas que se enquadram nessa situação realizem a atualização de seus cadastros até o dia 30 de novembro de 2023, no prédio da Secretaria da Assistência Social, localizado na Rua Jaldo Reis, 10, Centro, Ipiaú. É importante levar consigo os documentos pessoais, comprovante de endereço e qualquer documentação que comprove a atual situação da família. A lista de pessoas cadastradas no CadÚnico de Ipiaú que precisam realizar a atualização está disponível por meio deste link.https://docs.google.com/document/d/1-E9-5JLNcwp9bYFdP0g2-T7Ics9x0n0Q/edit?usp=sharing&ouid=110611291752192080989&rtpof=true&sd=true

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Governo confirma morte de brasileiro em Israel

O governo federal confirmou a morte de Ranani Glazer, 23, um dos brasileiros que estavam na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel neste fim de semana.

Dois brasileiros seguem desaparecidos.

A informação já tinha sido confirmada pela tia do jovem à Folha na noite de segunda-feira (9). Questionado, o Itamaraty, no entanto, não tinha respondido à reportagem nem confirmado o óbito.

Glazer estava com outros dois brasileiros —a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman— em uma festa a 5 km da Faixa de Gaza no sábado (7) quando ela foi invadida por militantes da facção terrorista palestina. Homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra eles.

Segundo relato de Zimerman a Guilherme Botacini, da Folha, os três fugiram e se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Ao deixarem o lugar em que se esconderam, porém, ele e Rafaela já não sabiam o paradeiro de Glazer.

“Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia”, afirmou Zimerman. “Estava com a Rafaela. Mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito. Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor enorme para ela.”

Mais de 260 morreram na rave. Não está claro se o brasileiro já está contabilizado nessa cifra, nem se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.

Participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foram seguidos de barulhos de tiros. “Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções”, disse uma testemunha a uma emissora de Israel. “Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares.”

Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram com jipes de terroristas armados.

O local do festival, que contava com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas cruzaram no amanhecer de sábado.

A ofensiva do grupo terrorista é o pior sofrido por Israel em 50 anos. Por ar, terra e mar, com foguetes e combatentes armados, a facção adentrou o território israelense e realizou sequestros e massacres, como os registrados na rave onde estavam os brasileiros.

O conflito já tinha matado até a segunda cerca de 1.500 pessoas —ao menos 800 do lado de Israel e 687 palestinos.

Mônica Bergamo/Folhapress

Carla Zambelli e Lindbergh trocam ofensas e precisam ser apartados por colegas

Os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP) trocaram acusações e precisaram ser separados por colegas enquanto se ofendiam no plenário da Câmara nesta segunda-feira, 9. A briga começou após parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamarem a organização terrorista palestina, Hamas, responsável por ataques a civis israelenses neste fim de semana, de terrorista.

Lindbergh questiona se quem participou dos ataques golpistas no 8 de janeiro era terrorista e se quem tentou bombardear o aeroporto de Brasília também não seria. Após ser interrompido por Zambelli, que o perguntou sobre o Hamas, o petista chama a própria congressista de “terrorista”.

“Essa deputada que está me interrompendo aqui, andando com revólver em punho, perseguir uma pessoa na véspera da eleição, isso é terrorismo. A senhora é terrorista”, diz Lindbergh.

Zambelli retruca dizendo que Lindbergh “não honrava o que tinha no meio das pernas”, porque Lindbergh se retirava do plenário após fazer as falas. “Vem aqui, pô, fica aqui na frente”, provoca então o petista. Zambelli devolve a afronta também o associando ao terrorismo.

“Eu te perguntei se o Hamas era terrorista e vossa excelência não foi homem o suficiente para dizer que Hamas é terrorista. Sabe por quê? Porque vossa excelência e o terrorismo andam assim, ó”, afirma.

A deputada então lembrou do apelido de Lindbergh, identificado pelo codinome “lindinho” por delatores da Odebrecht na planilha de repasses de caixa 2 à candidatura do deputado pela empresa.

“A lista da Odebrecht, lindinho, vocês, a lista da Odebrecht e o terrorismo andam de mãos dadas”, afirma. “Sinceramente, eu não estou preocupada se algum sem-vergonha, vagabundo aponta o dedo para mim para falar da minha forma de ser, principalmente os machões que têm lista na Odebrecht, chamados de lindinho”.

Ainda no plenário, ela concluiu a fala dizendo para Lindbergh lavar a boca com sabão. “Lave a sua boca com sabão, lindinho, antes de falar da minha família e da forma como eu protejo minha família. Estou sendo atacada por pessoas como você que contam mentira sem falar porque a gente pensa as coisas”, diz.

Lindbergh pediu um direito de resposta. A presidente tentou acalmar os ânimos, mas Carla Zambelli e Lindbergh logo começaram a falar e trocar insultos cara a cara. Parlamentares então apartaram a briga. “Seu machista nojento”, grita Carla Zambelli, enquanto deputados isolaram os dois.

Levy Teles/Estadão

Exército israelense encontra 1.500 corpos de integrantes do Hamas em Israel e na Faixa de Gaza

Nesta terça-feira, 10, o exército israelense anunciou que cerca de 1.500 corpos de integrantes do Hamas foram localizados em Israel e nas proximidades da Faixa de Gaza, como resultado das operações em curso de retaliação ao ataque terrorista feito no sábado, dia 7. O porta-voz militar, Richard Hecht, relatou que as forças de segurança conseguiram “restaurar mais ou menos o controle da fronteira” com Gaza.

Hecht também mencionou que, desde a noite anterior, não houve relatos de novas entradas na região, embora tenha alertado que ainda existe a possibilidade de infiltrações continuarem a ocorrer. Ele afirmou que as autoridades militares estão “quase concluindo” a evacuação de todas as comunidades próximas à fronteira.

Os militares israelenses estão montando uma barreira de tanques, aeronaves e embarcações para impedir a entrada ou saída de Gaza, disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz, em uma postagem no X nesta terça-feira.

O braço armado do grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lançou uma grande ofensiva no sábado, resultando em mais de 900 mortes em Israel, incluindo centenas de civis.

Em resposta, Israel continua realizando ataques sistemáticos e destrutivos na Faixa de Gaza, causando a morte de pelo menos 687 pessoas, incluindo civis e crianças./AFP.
Estadão Conteúdo

Eunício chama colega emedebista de ‘bichinha nojenta, baitola’

O deputado federal Eunício Oliveira (MDB-CE), ex-presidente do Congresso (2017-2019), admitiu nesta segunda-feira, 10, ter gravado um áudio com ofensas homofóbicas dirigidas ao ex-deputado estadual Leonardo Araújo (MDB-CE).

“Me processa bichinha, eu quero contar seus podres todos, porque eu conheço todos. Ladrão é você, seu viado. Vai, processa, para eu mostrar que tu é baitola, viado e ladrão. Ladrão é você, seu viado escroto. Bichinha nojenta”, diz o áudio, enviado em uma conversa privada.

Os dois são correligionários há uma década no MDB, mas se desentenderam na eleição de 2022, quando Leonardo Araújo teve as contas de campanha reprovadas pela Justiça Eleitoral. Eunício é presidente do MDB no Ceará e se recusou a chancelar a prestação de contas. A assinatura pendente pesou para o Tribunal Regional Eleitoral rejeitar o balanço contábil.

O ex-deputado, que hoje ocupa o cargo de assessor especial de assuntos federativos no governo Elmano de Freitas (PT), está decidido a deixar o partido. O Estadão apurou que ele deve alegar que sofreu perseguição interna para tentar evitar punição por infidelidade partidária.

Já pessoas próximas de Eunício afirmam que Leonardo Araújo tenta usar o entrevero para se projetar politicamente.

Em nota, o deputado afirmou que gravou a mensagem em um ‘momento de profunda irritação’, após ‘chantagens, agressões, calúnias e acusações infundadas’.

O núcleo de diversidade do MDB do Ceará saiu em defesa de Eunício. “É de conhecimento público e notório que o deputado Eunício Oliveira sempre foi um apoiador e defensor das minorias políticas e da população LGBTQIAP+”, diz a manifestação.

COM A PALAVRA, EUNÍCIO OLIVEIRA

“Infelizmente, em um momento de profunda irritação, que teve origem após seguidas investidas com chantagens, agressões, calúnias e acusações infundadas, feitas pelo ex-deputado Leonardo Araújo, o deputado emitiu palavras que não fazem parte dos seus conceitos pessoais, morais e políticos. O áudio propositalmente editado tem o intuito de atingir o deputado, caracterizando uma vingança pessoal e baixa. Sempre a favor dos direitos individuais e da diversidade, o parlamentar reitera seu compromisso de apoiar, proteger e lutar por direitos e dignidade de todos os cidadãos.”

COM A PALAVRA, LEANDRO ARAÚJO

A reportagem do Estadão entrou em contato com a assessoria e o gabinete do ex-deputado. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, O MDB DIVERSIDADE CEARÁ

“O MDB Diversidade do Ceará se solidariza com o deputado Eunício Oliveira pelos ataques sofridos. De forma inadequada, o senhor Leonardo Araújo expos trechos de conversas particulares descontextualizadas e com informações manipuladas.

Ressalta-se que é de conhecimento público e notório que o Deputado Eunício Oliveira sempre foi um apoiador e defensor das minorias políticas e da população LGBTQIAP+. Isso é comprovado por suas inúmeras aparições públicas incentivando lideranças e candidaturas LGBTQIAP+, bem como pela criação deste Núcleo MDB Diversidade no Ceará”.

Thays Filizola, presidente MDB Diversidade Ceará, Sabrina Veras, vice-presidente Nacional do MDB Diversidade Nacional, e Janaina Renée, presidente Nacional do MDB Diversidade

Por Rayssa Motta/Fausto Macedo/Folhapress

Presidente do Grupo Brasil-Israel cobra governo Lula por ‘omissão’ sobre Hamas

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, senador Carlos Viana (Podemos-MG), vai propor a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para que expliquem “por que o governo Lula optou por não condenar abertamente o Hamas” pelos ataques realizados no último sábado, 7. O parlamentar acusa o Itamaraty de ter sido omisso em relação ao grupo radical.

“(A convocação é) para que eles deixem bem claro qual é a posição da diplomacia brasileira em relação ao conflito, porque a nota divulgada pelo Itamaraty, ao nosso ver, não condena os atos terroristas. Não cita o Hamas e não dá clareza da gravidade da situação que foi atacar idosos e crianças. Ao nosso ver, o Ministério das Relações Exteriores foi omisso”, disse Viana à reportagem.

O senador é aliado ex-presidente Jair Bolsonaro. O conflito armado na Faixa de Gaza e em Israel reviveu nas redes sociais o tiroteio entre bolsonaristas e aliados de Lula. Os dois lados trocaram acusações sobre suposto apoio às ações do Hamas ou das forças militares de israelenses.

A nota divulgada pelo Itamaraty diz que “o Brasil condena os ataques contra civis” e destaca que os dois lados do conflito “devem se abster da violência contra civis e cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário”.

“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, destacou o Itamaraty.

A ideia de convocar Vieira e Amorim tem como objetivo principal pressionar a diplomacia brasileira a condenar o Hamas em vez de seguir pela via de solidariedade às vítimas israelense e palestinas. O assessor especial da Presidência chegou a se manifestar contra a ação dos radicais, mas assinalou que o ataque foi fruto de anos de tratamento discriminatório praticado pelo Estado de Israel.

Caso aprovada, a oitiva dos dois auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na área internacional será conduzida na Comissão de Relações Exteriores do Senado. O Grupo Parlamentar Brasil-Israel não tem competência para colher depoimentos, pois funciona apenas como um fórum de fortalecimento das relações bilaterais entre os dois Países.

O Grupo tinha uma viagem marcada para Israel na próxima terça-feira, 10, mas foi orientado pela Embaixada do País a remarcá-la para março do ano que vem. Os parlamentares brasileiros passariam nove dias em cidades israelenses.

Weslley Galzo/Estadão

Israel autoriza resgate de brasileiros; 1º voo deve chegar a Brasília na quarta-feira (11)

O governo de Israel autorizou, nesta segunda-feira (9), que o Brasil resgate cidadãos brasileiros que estão no país em meio ao maior conflito na região em cerca de 50 anos. O primeiro voo de Tel Aviv deve chegar em Brasília às 1h de quarta-feira (11), e o último, às 23h de sábado (14).

“A primeira aeronave destacada para repatriação encontra-se em Roma. O segundo avião tem decolagem, de Brasília, prevista para a tarde de hoje [segunda-feira]”, diz nota do Itamaraty.

O conflito começou com ataques do grupo terrorista Hamas sobre o território israelense a partir da Faixa de Gaza no último sábado (7), que dispararam resposta dos israelenses. Já são mais de mil mortos dos dois lados, até o momento.

O Itamaraty informou que, até esta manhã, 1.700 brasileiros já haviam solicitado repatriação, sendo a maioria de turistas, hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém. Eles estão entrando em contato com a embaixada brasileira em Tel Aviv por meio de um formulário online.

De acordo com uma programação prévia divulgada pela FAB (Força Aérea Brasileira), serão cinco voos de repatriação, quatro deles com capacidade para 210 pessoas e um, menor, para 60 passageiros. Restarão ainda, portanto, 800 brasileiros em território israelense, que podem tanto ser resgatados em ocasiões vindouras ou tentar voltar por voo comercial.

“Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar”, disse o Ministério de Relações Exteriores.

As ações do governo no conflito foram discutida nesta manhã em videoconferência de ministros com o presidente Lula (PT), que está em recuperação após cirurgias realizadas no último dia 29. Esta foi, aliás, a primeira agenda oficial do mandatário.

Marianna Holanda e Renato Machado, Folhapress

Na Bahia, vice-presidente Alckmin repudia ataque terrorista contra Israel: ‘Nossa total solidariedade’

Em coletiva de imprensa após o lançamento da pedra fundamental da fábrica da BYD em Camaçari, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que esteve presente no evento, repudiou o atentado terrorista que cidades de Israel sofreram nos últimos dias do grupo Hamas.

Alckmin salientou que o presidente Lula (PT) é um defensor da busca da paz e do entendimento. O vice ainda ressaltou que o governo federal já enviou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para Israel no intuito de resgatar brasileiros.

“Nossa total solidariedade. É inadmissível a ação terrorista. O presidente tem destacado a busca da paz, do entendimento. O governo brasileiro já mobilizou uma frota de aviões da FAB para trazer os brasileiros que queiram ou precisem voltar ao Brasil”, disse.

Política Livre

Hamas ameaça matar civis sequestrados caso Israel siga com ataques a Gaza

As Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, ameaçaram executar civis de Israel sequestrados pela facção caso Tel Aviv prossiga com bombardeios contra edifícios residenciais na Faixa de Gaza sem avisar previamente ao grupo.

Abu Obaida, porta-voz das brigadas, disse nesta segunda (9) que a facção tem agido “de acordo com as leis islâmicas” e mantido seus prisioneiros “sãos e salvos”, mas que mudará o plano se ataques aéreos israelenses prosseguirem nas próximas horas.

“A partir de agora, qualquer ataque ao nosso povo, sem aviso prévio, resultará na execução de reféns civis, que será transmitida em vídeo”, disse ele.

Ainda é incerto o número de civis e oficiais militares sequestrados desde o início da investida do Hamas, no último sábado (7). Autoridades de Israel, porém, afirmam ser mais de cem pessoas.

Ao jornal The Times of Israel, no entanto, uma alta fonte do governo de Binyamin Netanyahu afirmou que a decisão de Tel Aviv, por ora, é prosseguir com os ataques na Faixa de Gaza, a despeito do risco de consequências para os israelenses mantidos em cativeiro.

A mesma fonte, não identificada, afirmou que Tel Aviv obteve informações precisas sobre a localização dos sequestrados, de modo que não atacará esses pontos.

Até aqui, a guerra iniciada na região do Oriente Médio já deixou ao menos 1.360 pessoas mortas e mais de 5.000 feridas. Israel confirmou ao menos 800 mortos, enquanto autoridades de Gaza disseram que o número de mortos entre os palestinos é de pelo menos 560.

Folhapress

Rui Costa: ‘O Brasil, nas palavras do Lula, pode ser a nova Arábia Saudita da energia’

O ministro Rui Costa (PT) declarou, em discurso na manhã desta segunda-feira (9), durante a solenidade que marca o lançamento da pedra fundamental das fábricas da BYD em Camaçari, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estimou que o Brasil se torne “a nova Arábia Saudita da energia”. “Esse é um momento importante. Isso aqui tem tudo a ver com o que o presidente Lula colocou como prioridade. A transição energética, ecológica, o Brasil faz um volume expressivo de investimentos para alavancar a energia limpa”, disse o petista.

“Possamos apostar todas as nossas fichas que o Brasil, nas palavras do Lula, pode ser a nova Arábia Saudita da energia. Lá eles têm o petróleo, nós possuímos as melhores condições para geração de energia solar e eólica. Só em linhas de transmissões, o governo federal já licitou uma linha, está licitando a segunda em dezembro e a terceira em março, num total de R$ 50 bilhões de reais para realizar e alavancar o crescimento da geração de energia”, acrescentou o ex-governador baiano.

Sobre a BYD, ele informou que a sua chegada serviu “para tirar todos da zona de conforto”. “Todos estão anunciando investimentos no Brasil. O presidente Lula, com sua mensagem de paz para o mundo, cravou algo que sintetiza a sua gestão. Eu gosto e quero finalizar com essa afirmação, tenho orgulho de ter estado na sala do presidente quando foi apresentado opções para ser a frase símbolo do governo, e ele escolheu duas opções: união e reconstrução. Então nós estamos unidos”, completou.

Mateus Soares e Alexandre Galvão

‘Não tenho dúvida que Rui governará o Brasil’, diz Coronel em solenidade da BYD

Fala do senador baiano foi feita durante seu discurso na manhã desta segunda-feira

O senador Angelo Coronel (PSD) declarou, em discurso na manhã desta segunda-feira (9), durante a solenidade que marca o lançamento da pedra fundamental das fábricas da BYD em Camaçari, que o ministro Rui Costa (PT) “governará o Brasil”.

“Quero cumprimentar a pessoa que deu o ponta pé inicial, que foi o ministro Rui Costa. Presidente [Geraldo] Alckmin, a Bahia tem vários talentos e muitos esperando serem exportados para governar o Brasil. No dia que houver a lacuna, não tenho dúvida que Rui governará o Brasil”, disse Coronel.

“Saudação ao governador Jerônimo. Simples, humilde e vem conquistando os baianos. Quando deu o ponta pé inicial, Jerônimo foi à China, brigou no bom sentido e a BYD é realidade no Brasil e na Bahia”, acrescentou, em referência ao governador baiano.

“O sonho que foi sonhado em Camaçari, onde hotéis, bares e postos funcionaram, eles ficaram desgostosos. A fé do baiano é forte e veio a BYD. Quero parabenizar o empenho de Caetano, filho de Camaçari, o prefeito local, e dizer que todos são sócios da BYD”, continuou.

E completou: “Todos têm o sentimento de que a BYD veio para ficar”.

Mateus Soares e Alexandre Galvão

Planalto omite informações sobre saúde de Lula para evitar imagem de fragilidade

As informações relacionadas à saúde do presidente Lula (PT) vêm sendo tratadas com cuidado especial por seus aliados e equipe, de forma a evitar que se estabeleça uma imagem negativa e de fragilidade do mandatário, de 77 anos.

Ao longo dos primeiros nove meses de governo, houve casos de omissão de informações ou a busca de amenizar as notícias, diante de algum diagnóstico ou procedimento médico.

Mais recentemente, a informação de que os médicos iriam aproveitar a anestesia da operação no quadril para um procedimento simples nas pálpebras só foi confirmada após Lula já ter deixado a mesa de cirurgia.

A Presidência da República informou que sempre agiu com transparência e que todas as informações relevantes sobre a saúde do mandatário são divulgadas. E acrescenta que notas informativas sobre as condições de saúde “são sempre checadas com os médicos envolvidos nos procedimentos”.

O próprio Lula externou a sua preocupação em não transmitir uma ideia de fragilidade há duas semanas.

Durante uma de suas transmissões ao vivo, o Conversa com o Presidente, o petista afirmou que vinha sentindo dores na região do quadril desde o período eleitoral. No entanto, optou por não realizar a cirurgia logo no início do mandato para não parecer “velho”.

“A verdade é que estou com essa dor desde agosto do ano passado. Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas”, afirmou o presidente.

“Depois, eu queria operar logo depois das eleições. Bem, eu disse, se eu operar agora, vocês vão dizer ‘o Lula está velho, ganhou as eleições e já está internado’.”

Lula ainda acrescentou que sua equipe não iria registrar imagens dele de muleta e andador após a cirurgia. Em uma manifestação capacitista, relacionou beleza com o uso dos equipamentos.

“Então significa que vocês não vão me ver de andador, de muleta, vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado”, completou.

Lula realizou em 29 de setembro uma cirurgia para tratar um problema na região do quadril. Trata-se de uma artroplastia total de quadril, procedimento no qual uma prótese foi instalada no corpo do presidente.

A equipe médica então decidiu aproveitar os efeitos da anestesia para realizar um procedimento nas pálpebras do presidente. Foi feita uma pequena intervenção, na qual é retirada um pouco de pele, que fica caindo sobre os olhos.

Médicos partiram de São Paulo para Brasília para realizar o procedimento cirúrgico, que já vinha sendo discutido há meses. Sua equipe chegou a realizar uma rodada de informações sobre o procedimento e, ao ser questionado se haveria “algo a mais”, negou.

O Palácio do Planalto alega que a decisão do procedimento só foi tomada às vésperas da cirurgia e que mesmo assim não era certo que ele aconteceria, pois dependia do encaminhamento da intervenção maior, no quadril.

“Não estava certo que o procedimento seria feito, por se tratar de uma cirurgia para uma questão menor, de um desconforto nas pálpebras. A cirurgia de pálpebra só seria feita se tudo corresse bem, como ocorreu, com a cirurgia principal, a ortopédica, e depois de uma esterilização e troca de equipe no centro cirúrgico. E isso foi informado pelos médicos logo depois da cirurgia, em coletiva de imprensa transmitida ao vivo”, informou a Presidência.

“Detalhamos todos os procedimentos e situação de saúde. Um procedimento menor e pontual, que talvez não fosse feito, que poderia ser adiado e que não tem correlação com condição de saúde, foi informado imediatamente após ter sido feito. Ou seja, foi detalhado com transparência”, completou.

O pós-operatório imediato do presidente superou as expectativas divulgadas inicialmente. Primeiro, Lula acabou seguindo para um leito hospitalar comum, não precisando passar a noite na UTI, como era esperado.

A alta hospitalar do presidente também aconteceu com dois dias de antecedência, no domingo (1º). Lula deixou o hospital longe das câmeras, pela saída de trás do edifício.

Integrantes do governo fizeram questão de ressaltar a recuperação do presidente. O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), por exemplo, disse que Lula “é um touro”, em entrevista à BandNews na última semana.

Em um episódio anterior, às vésperas da viagem frustrada de Lula à China, em março, aliados do petista buscaram minimizar a ida do presidente a um hospital de Brasília. O presidente foi diagnosticado com pneumonia e por isso o embarque foi adiado por cerca de 36 horas.

Ministros afirmaram que o diagnóstico era decorrência do excesso de agendas e garantiram que o embarque para o país asiático iria certamente acontecer.

“O presidente está bem. Foi um início de pneumonia que está sendo tratada. Ele exagera [na quantidade de compromissos], né? Porque não é brincadeira. Eu estou cansado e tenho menos idade que ele […] Tem que ter um pouco de cuidado porque baixa a imunidade”, afirmou Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) afirmou que Lula nem precisaria passar por uma reavaliação médica. No dia seguinte, no entanto, a viagem foi cancelada por recomendação médica.

O Palácio do Planalto disse, em comunicado divulgado na época, que “após reavaliação no dia de hoje [sábado] e, apesar da melhora clínica, o serviço médico da Presidência da República recomenda o adiamento da viagem para China até que se encerre o ciclo de transmissão viral”.

Um auxiliar de Lula aponta que se tratou de um grande ruído, com ministros correndo para dar notícias boas, evitar eventuais dúvidas sobre a saúde, sem ter todas as informações da equipe de saúde. E isso acabou gerando desgaste, dando a impressão de que houve informação falsa sobre seu real estado de saúde.

Questionada por que nem todos os procedimentos, dos mais simples aos mais complexos, são informados por notas ou boletins, a Presidência responde que “notas não são a única maneira de se informar a imprensa”.

“No caso da cirurgia, os jornalistas foram sendo informados em atendimentos, em uma entrevista coletiva com médicos e por boletins médicos. Notas informativas sobre condições de saúde sempre são checadas com os médicos envolvidos nos procedimentos.”

Renato Machado e Marianna Holanda/Folhapress

PF apreende droga em fundos falsos de malas em SP

Os suspeitos responderão junto à Justiça Federal pelos crimes dos quais foram acusados.
Guarulhos/SP – A Polícia Federal, no Aeroporto Internacional de São Paulo, apreendeu entre a sexta-feira (6/10) e madrugada de hoje (9/10), em ações distintas com a colaboração do IBAMA, droga e ovos de animais silvestres com passageiros de voos internacionais.

Na sexta-feira (6), a PF apreendeu com um homem, nacional da África do Sul, mais de três quilos de cocaína que estavam ocultos num fundo falso de sua bagagem de mão. Em outra ação realizada neste mesmo dia, uma brasileira, que pretendia embarcar em voo para Angola, foi flagrada com mais de treze quilos de roupas engomadas com cocaína. Ambos foram presos em flagrante.

No sábado (7), agentes do IBAMA, detiveram um passageiro que pretendia embarcar em voo para Hong Kong, em razão de transportar 60 ovos de animais da fauna silvestre nacional sem devida autorização legal dos órgãos competentes. O suspeito foi conduzido à delegacia da PF e, em seu desfavor, foi instaurado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e lavrado pelo IBAMA, um auto de infração, com aplicação de multa no valor de 300 mil reais.

Neste mesmo dia, em ação realizada por policiais federais que fiscalizavam passageiros que pretendiam embarcar para Portugal, duas brasileiras foram presas com mais de cinco quilos de cocaína cada. A droga estava oculta em fundos falsos, encontrados nas malas das passageiras.

Já na madrugada de hoje (9), outra brasileira foi presa com droga também oculta em fundos falsos. A suspeita pretendia embarcar em voo para os Emirados Árabes Unidos.

Os suspeitos responderão junto à Justiça Federal pelos crimes dos quais foram acusados.

Comunicação Social/Delegacia Especial no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos

Superintendência da Polícia Federal em São Paulo

Polícia Federal reprime crimes de discriminação e de apologia ao nazismo

Sorocaba/SP – A Polícia Federal cumpriu na manhã desta segunda-feira, 09/10, um mandado de busca e apreensão em residência no município de Piedade/SP, para combate a crimes relacionados à discriminação de raça ou cor e de apologia ao nazismo.

A investigação teve início a partir de provas obtidas em investigação realizada pela Polícia Federal de São José do Rio Preto, que identificou um grupo de pessoas que compartilhavam, através da internet, mensagens de apologia ao nazismo, bem como publicavam comentários de cunho discriminatório contra judeus, católicos, nordestinos, negros e homossexuais.

O suspeito, residente em Piedade/SP, um jovem de 22 anos, publicou no Facebook imagens enaltecendo Hitler e participava de grupo de bate papo do Whatsapp batizado de “Truppen des Aufständische” (tropas insurgentes, em alemão), cuja descrição era "Proibido muié, só o Emanuel. Proibido viado. Proibido crente. Proibido gordo, somente o Alan. Proibido Nordestino. Proibido preto. Proibido esquerdista e liberal. Proibido Judeu".

Na residência do investigado a polícia apreendeu dois aparelhos celulares e um notebook. Os materiais passarão por perícia e análise pela Polícia Federal, visando o aprofundamento das investigações.

Durante as buscas também foram encontrados diversos livros relativos ao nazismo e a crimes de homicídio em massa.

O investigado poderá responder por crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, cujas penas podem chegar a 05 anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Sorocab

Em operação, PM apreende mais de 1500 porções de drogas no Município de Nazaré

Na manhã deste domingo (8) policiais militares do 14º BPM apreenderam drogas na Rua Joeirana, no Município de Nazaré.

Realizando o patrulhamento ostensivo, com vistas a coibir crimes, as guarnições foram acionadas para averiguar informação da localização de um veículo com restrição de roubo com a placa adulterada e que transportava vasta quantidade de entorpecentes. Diante da informação, os militares foram ao local indicado e avistaram o veículo com as mesmas características, e o condutor ao perceber a presença dos pms, abandonou o veículo e conseguiu fugir.

Durante as buscas foram localizados 666 pinos, 300 pedras e 1,074kg de cocaína, 480 pinos e 0,620 kg de crack, 230 porções e 2,118kg de maconha, 0,87 kg de haxixe, um carregador de pistola calibre .380, um rádio comunicador, quatro aparelhos celulares, quatro balanças de precisão, quatro cadernos de anotações, uma calça de uso exclusivo das forças armadas, uma carteira com documentos e dinheiro.

O veículo roubado e o material apreendido foram apresentados à Delegacia que atende a região, onde a ocorrência foi registrada.

Texto: DCS PM

Secretário calcula início da construção da ponte Salvador-Itaparica em 60 dias

O secretário estadual de Infraestrutura (Seinfra), Sérgio Brito (PSD), previu, na manhã desta segunda-feira (9), indagado por este Política Livre, que o início da ponte Salvador-Itaparica será em 60 dias.

“A questão da ponte especificamente nós já estamos começando nesses 60 dias pretendemos começar a dragagem e a sondagem. São valores altos. São R$ 120 milhões para a dragagem. R$ 160 milhões para a sondagem. Então a ponte na realidade já estamos começando em 60 dias, porque dragagem e sondagem é o início da ponte”, disse o secretário.
A fala do secretário Sérgio Brito foi feita durante a solenidade que marca o lançamento da pedra fundamental das fábricas da BYD em Camaçari, com as presenças do governador Jerônimo Rodrigues, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do CEO Global da BYD, Wang Chuanfu, e da CEO BYD Américas, Stella Li.

Mateus Soares e Alexandre Galvão

Assembleia irá realizar audiência nesta terça para discutir direitos humanos na PM-BA

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) irá realizar uma audiência pública nesta terça-feira (10), às 9h, com o intuito de abordar questões relacionadas à Segurança Pública no estado. O deputado Diego Castro, do PL, é o autor do requerimento que visa debater as condições de trabalho e a estrutura da Polícia Militar da Bahia (PM-BA).

O parlamentar baiano enfatizou a importância da discussão, destacando “a evidente falta de Segurança Pública como um dos principais desafios enfrentados pela sociedade baiana”. Ele ressaltou que, entre vários fatores que contribuem para essa situação, “é crucial mencionar as condições enfrentadas pela Polícia Militar baiana”.

Diego Castro também destacou “o papel desempenhado pela PM-BA como uma força pública estadual que busca zelar pela honestidade e correção de propósitos, com o objetivo de proteger os cidadãos, a sociedade e os bens públicos e privados, além de coibir atividades criminosas e infrações administrativas”.

Em sua justificativa, Diego, que faz parte da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na ALBA, argumentou que “uma política de segurança eficaz deve incluir a valorização dos policiais, incluindo uma remuneração adequada e condições de trabalho dignas, bem como um enquadramento institucional adequado”.

Para a audiência, foram convidadas personalidades que comporão, além de Diego Castro, a mesa, incluindo Antônio Jorge Ferreira Melo, coronel da reserva da PM-BA, professor e coordenador do Curso de Direito do Centro Universitário Estácio da Bahia; o major Fabio Brito, presidente da Associação Milícia de Bravos; o capitão Igor Carvalho Rocha, presidente da Associação de Oficiais Força Invicta; a cabo Alaice Gomes, presidente da Associação de Praças da Polícia e Bombeiro Militar da Bahia (APPMBA); o soldado Paulo dos Anjos, presidente da Associação dos Profissionais da Segurança Pública do Estado (APSEG) de Feira de Santana; o soldado Alexandre Tchaca; o advogado Dinoermeson Nascimento, vice-presidente da Comissão Especial de Direito Militar da OAB-BA; entre outros nomes ligados à segurança, como o deputado federal Capitão Alden (PL).

Israel realiza mais de 500 ataques aéreos a Gaza e atinge campo de refugiados; número de vítimas é incerto

Os confrontos entre o Exército de Israel e os guerrilheiros do Hamas persistem nesta segunda-feira (09). Autoridades israelenses alegam ter recuperado todas as áreas anteriormente ocupadas por extremistas palestinos, enquanto o número de vítimas no conflito se aproxima de 1.200. Durante a noite, Israel conduziu mais de 500 ataques aéreos e de artilharia contra Gaza, com pelo menos um deles atingindo uma área civil no norte do território.

Vídeos gravados em Jabalia mostraram corpos espalhados pelo chão após o bombardeio, embora o total de vítimas ainda não seja conhecido. Conforme relatado pelo jornal The Washington Post, as Forças Armadas de Israel planejam uma incursão terrestre em larga escala em Gaza nas próximas 48 horas.

Na manhã de segunda-feira, Yoav Gallant, Ministro da Defesa de Israel, anunciou um “cerco completo e total” à Faixa de Gaza.

Casamento sob bênção de Malafaia uniu Bolsonaro de vez a evangélicos e projetou Michelle

O noivo e o pastor esperavam numa antessala da Mansão Rosa, espaço de festas no Rio cercado pela Floresta da Tijuca. Estavam de papo furado até que o homem de terno cinza chumbo, um deputado do PP que navegava nas raias do baixo clero, falou sobre onde se via dali a cinco anos.

“Ele se virou e disse assim: ‘Vou ser o presidente do Brasil, porque senão ninguém vai segurar esta esquerda'”, conta Silas Malafaia, à frente da igreja frequentada na época pela terceira mulher que Jair Bolsonaro (PL) desposaria.

Hoje, o pastor admite que perguntou se o interlocutor estava ficando maluco. “Eu mesmo não acreditei que seria possível.”

Entre militares, um ou outro nome do Judiciário e gente de direita em geral, o católico Jair e a evangélica Michelle se casaram uma década atrás sob a bênção do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Nos anos que viriam, Bolsonaro consumaria seus votos presidenciais, numa vitória folgada sobre Fernando Haddad (PT) em 2018, estreitaria seus laços com evangélicos, a fatia religiosa que mais cresce no Brasil, e veria sua mulher ganhar um capital político a princípio impensável para uma ex-assessora parlamentar que se manteve discreta durante a maior parte da carreira do marido.

A data do casório não foi escolhida a esmo: 21 de março de 2013, aniversário de 58 anos de Jair e véspera do dia em que Michelle completaria 31 anos.

Ela selecionou orquídeas brancas para a lapela dele e usou um vestido de renda francesa com aplique floral –criação de Marie Lafayette, também por trás das vestes matrimoniais das mulheres de Eduardo e Flávio Bolsonaro, além do longo da primeira-dama na posse de Bolsonaro, no 1º de janeiro de 2019.

Michelle apareceu em uma reportagem de capa da Festejar Noivas RJ sobre “o sim do casal Bolsonaro”, com declarações da dupla.

Ela lembrou à revista que os dois já eram casados no civil, o que aconteceu em 2007, três anos antes de nascer a filha que têm juntos. Laura veio após Bolsonaro reverter uma vasectomia a pedido da esposa e, em 2017, ganhou do pai o rótulo de “fraquejada”, por ser menina após uma leva de quatro filhos homens.

“Esperamos o momento certo para receber a bênção de Deus”, afirmou Michelle. Jair também se declarou: a ex-funcionária, disse, “estava a 10 metros de mim e não enxergava, pois vivia um momento em que tudo parecia não dar certo”.

Até ele resolver “novamente buscar a felicidade” e reviver um sentimento de “esperança e alegria” que o fez “voltar aos tempos de cadete da Academia Militar das Agulhas Negras”.

Foi uma festa com muito refrigerante e quase nada de álcool, rememora o ex-assessor Waldir Ferraz, apelido Jacaré, amigo do noivo desde 1988, ano em que Bolsonaro venceu seu primeiro pleito, para vereador do Rio pelo Partido Democrata Cristão.

O desembargador Egas Moniz estava na lista de convidados, que não teve nomes de quilate político. Dois presentes só recordam da presença do primogênito de Bolsonaro, o hoje senador Flávio. É famosa, nos bastidores do poder, a antipatia recíproca entre Michelle e o vereador Carlos, o filho 02 do marido.

Bolsonaro celebrou a amizade quando, em 2022, morreu Moniz, que foi tenente do Exército. Aproximaram-se nos anos 1980, após o juiz preconizar que o capitão recém-transferido à reserva das Forças Armadas um dia seria presidente. Também lhe cedeu uma máquina de xerox que tirava sete cópias por minuto, para ajudar na campanha à Câmara Municipal carioca, contou o político no ano passado.

Diz Malafaia que Bolsonaro precisou ser enquadrado para se casar no religioso. Michelle havia um tempo ia à sua igreja, mas não podia ser membro oficial por morar com um homem com quem não era unida aos olhos de Deus. O arranjo feria as regras internas.

“Você vive com ela, ela tem uma filha sua, e não se decide se quer casar com ela”, reproduz a bronca que deu no parlamentar. “E ele: ‘Você faz meu casamento então?'”

Silas e Jair se aliaram nos anos 2000, quando a Câmara discutia o PL 122, um projeto de lei que criminalizava a homofobia. Os dois, claro, do mesmo lado, contra o que viam como “ativismo gay”.

Malafaia se ressentiu por Bolsonaro “não o defender como deveria” quando, em 2017, ele foi indiciado sob suspeita de lavagem de dinheiro. O religioso chegou a vociferar contra a “direita radical” que “prega que quer fechar o Congresso”, o que de fato Bolsonaro fez em 1999.

Em desagravo ao marido, Michelle trocou a Vitória em Cristo por uma igreja batista. As desavenças foram superadas e, na corrida eleitoral do ano seguinte, o pastor se tornou o canal mais ativo entre as igrejas evangélicas e o deputado que, cinco anos antes, confidenciou-lhe que cobiçava o Palácio do Planalto.

Pois foi feita a sua vontade.

Naquele março, Jair e Michelle trocaram alianças ao som de “Jesus, Alegria dos Homens”, de Bach, numa cerimônia colorida por laranja, amarelo e o mesmo rosa do vestido que ela usou na posse presidencial e na publicidade de uma linha de produtos de beleza que pôs no mercado em 2023.

Por muitos anos, também em tons pastéis eram as ambições políticas dela.

Ela discursou em Libras no dia em que Bolsonaro assumiu o Planalto, defendendo a inclusão, e se fantasiou de Branca de Neve para divulgar um programa que pilotou durante o governo passado, o Pátria Voluntária, extinto por Lula.
Seu engajamento seguia a praxe esperada para primeiras-damas, historicamente associadas a atividades assistenciais, sem maior protagonismo durante o mandato do marido.

Bissextas, suas declarações públicas reforçavam o papel de “bela, recatada e do lar” primeiro atribuído à sua antecessora Marcela Temer, casada com Michel Temer (MDB).

Apareceu mais no ano eleitoral de 2022, quando outorgou às mulheres a missão de ser “mãe, esposa e ajudadora” do homem. Também disse que o marido “é imbrochável, incomível e imorrível” no programa do bolsonarista Sikêra Jr.
Foi também na segunda tentativa de Bolsonaro de conquistar a Presidência, esta perdida para Lula, que a oratória de Michelle surpreendeu o mundo político. A retórica, de forte apelo cristão, emergiu na convenção do PL. Discursou então: “Sejam fortes, queridos. Sejam fortes e corajosos. Não negociem com o mal. Esta luta não é contra homens e mulheres, é contra potestades e principados”.

Em março, antes de Bolsonaro voltar da temporada na Flórida pós-fracasso nas urnas, Michelle virou presidente do PL Mulher. As apostas para que ela concorra em 2026 crescem no bolão de Brasília. Ao Senado, sugerem os cautelosos. Por que não a presidente ou vice?, perguntam os mais ambiciosos. O ex-presidente está inelegível por ordem do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O casal atravessou junto na alegria do triunfo eleitoral de 2018, e agora na tristeza do escândalo que o levou às garras da Justiça. Jair e Michelle são investigados por supostos desvios de presentes que ele ganhou enquanto presidente, incluindo joias milionárias dadas pela Arábia Saudita.

Em evento do PL Mulher, a ex-primeira-dama ironizou que, de tanto ser questionada, lançaria uma linha chamada “Mijoias”. Dias depois, os dois decidiram silenciar sobre o caso diante da Polícia Federal.

Anna Virginia Balloussier / Folhapress

Hamas fez mais de 100 reféns durante incursão, diz Israel

Mais de cem pessoas foram feitas reféns pelo movimento palestino do Hamas, informou neste domingo (8) o governo israelense, depois de um ataque da facção extremista contra Israel deflagrado no dia anterior.

Israel publicou o número de pessoas que foram capturadas numa infografia em sua conta do Facebook, e um funcionário que prefere não ser identificado confirmou os dados à agência AFP. Já o Hamas disse que divulgaria um comunicado ainda neste domingo informando quantos civis e militares capturou.

Ainda neste domingo, o chefe do grupo palestino Jihad Islâmico, Ziad al-Nakhala, afirmou que sua facção mantém em cativeiro mais de 30 dos israelenses que foram sequestrados na Faixa de Gaza desde sábado.

Os reféns não serão repatriados “até que todos os nossos prisioneiros sejam libertados”, acrescentou al-Nakhala, referindo-se aos milhares de palestinos que estão em prisões israelenses.

Os ataques do Hamas, grupo militante que controla a Faixa de Gaza, em Israel no sábado foram um dos dias mais violentos e mortais na região em décadas. A facção lançou uma série de mísseis que atingiram grandes cidades israelenses e enviou combatentes pela fronteira para o sul de Israel, onde tomaram bases e capturaram reféns.

A captura de tantos israelenses, alguns filmados sendo puxados através de postos de segurança ou conduzidos, sangrando, para Gaza, acrescenta outra camada de complicação para o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, cujo governo é o mais à direita da história de Israel, depois de episódios anteriores em que reféns foram trocados por prisioneiros.

Neste domingo, o Hamas lançou mais foguetes contra Israel, disparando sirenes de ataque aéreo no sul do país, e os militares israelenses disseram que combinariam a retirada de pessoas das áreas de fronteira com a busca por mais homens armados da facção.

Em menos de dois dias, o conflito já matou mais de 900 pessoas. Em Israel, ao menos 600 pessoas foram mortas e outras 2.048 ficaram feridas, segundo a imprensa local. Já na Faixa de Gaza, pelo menos 313 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram, e outras 2.000 ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Mais sete pessoas perderam a vida na Cisjordânia.

Folhapress

Cerca de mil brasileiros em Israel já pediram para voltar ao Brasil

Foram identificados 3 brasileiros desaparecidos e 1 ferido no conflito
A Embaixada brasileira em Tel Aviv já colheu os dados de cerca de 1 mil brasileiros hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém interessados em voltar ao Brasil. Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a maioria é de turistas que estão em Israel.

Os interessados preencheram um formulário online disponível no site da embaixada. Segundo o órgão, o preenchimento do formulário não assegura direito à repatriação e a inclusão na lista de passageiros será informada posteriormente.

O Itamaraty diz que segue acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras na região. A estimativa é que 14 mil brasileiros vivem em Israel e 6 mil na Palestina, a grande maioria fora da área afetada pelos ataques.

O governo brasileiro reservou seis aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para a repatriação. Ainda neste domingo (8) um avião irá decolar com destino a Roma, na Itália, para trazer os brasileiros que tentam sair da Palestina ou de Israel devido ao conflito iniciado neste fim de semana.

Até o momento, foram identificados três brasileiros desaparecidos e um ferido após o conflito. Todos são binacionais e participavam de um festival de música no distrito sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. O brasileiro ferido recebeu alta do hospital hoje e se encontra bem.

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv publicou, em seu site, um formulário para inscrição de interessados nos eventuais voos de repatriação e transmitirá instruções para deslocamento ao aeroporto de Ben-Gurion à medida que se confirmarem os voos.

O governo brasileiro montou no Itamaraty estrutura para o acompanhamento da situação dos brasileiros na região. Os plantões consulares da Embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e do Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510), com Whatsapp, permanecem em funcionamento para atender nacionais em situação de emergência.

O plantão consular geral do Itamaraty também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.

Agência Brasil

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