Meta de zerar déficit pode levar governo Lula a bloquear R$ 53 bi no início de 2024

Foto: Agência Brasil/Arquivo

Ainda sem garantias de que o governo vai conseguir receitas suficientes para zerar o déficit em 2024, economistas avaliam que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) precisará impor, já no começo do ano, um freio bilionário nos gastos para evitar o descumprimento da meta no primeiro ano de vigência do novo arcabouço fiscal.

A regra prevê que a trava pode chegar a 25% das despesas discricionárias, parte não obrigatória dos gastos que inclui custeio e investimentos. Como a proposta orçamentária de 2024 prevê R$ 211,9 bilhões para as discricionárias, o contingenciamento pode chegar a R$ 53 bilhões.

O valor exato do aperto só será conhecido no início do ano, quando houver dados mais concretos sobre a evolução da arrecadação e o avanço ou não das medidas enviadas ao Congresso Nacional.

Mas as incertezas que cercam o Orçamento já superam esse valor, o que, na avaliação dos técnicos, é um indício de que o governo começará o ano com a trava.

Em um eventual contingenciamento, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará rever cerca de R$ 60 bilhões entre despesas não incluídas no Orçamento, receitas incertas não contabilizadas e medidas que geram perda de arrecadação —isso sem contar eventuais frustrações no pacote de R$ 168,5 bilhões em receitas extras enviado pelo Ministério da Fazenda ao Legislativo.

Embora o descumprimento da meta não gere punição aos gestores, o Executivo precisa demonstrar que agiu para evitar esse desfecho ao longo do ano. Por isso, o mais provável, segundo técnicos, é que o ano comece com um contingenciamento perto dos valores máximos.

A economista Vilma da Conceição Pinto, diretora da IFI (Instituição Fiscal Independente), ligada ao Senado, diz que o nível de bloqueio tende a ficar no teto permitido pelo novo arcabouço fiscal.

“Nosso cenário de restrição de receita leva ao teto do contingenciamento e, se nos primeiros dois meses do ano que vem, o Executivo não confirmar as suas projeções, vai ter de seguir por aí”, afirma.

A IFI destacou em seu último relatório que o valor máximo da trava ainda é inferior ao montante previsto para investimentos públicos. O regime fiscal fixou um patamar mínimo de 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) para essa finalidade, o equivalente a R$ 68,5 bilhões. A previsão efetiva de recursos está em R$ 69,7 bilhões para o ano que vem.

Embora o piso valha para o envio da proposta orçamentária —ou seja, não é necessário cumpri-lo na execução—, é improvável que o governo consiga concentrar os bloqueios nos investimentos, que são uma das vitrines políticas da atual gestão. Sendo assim, a entidade avalia que existe também o risco de descumprimento da meta fiscal.

A incerteza nas receitas também coloca o contingenciamento no radar do economista Manoel Pires, coordenador do Núcleo de Política Econômica e do Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

“Tem muita receita ainda incerta incluída no Orçamento. Vão ter de fazer o contingenciamento”, afirma Pires, que evita projetar valores exatos.

“A conta vai depender muito do que eles tiverem aprovado no Congresso e o potencial de arrecadação disso, e de como a recuperação de preços das commodities vai afetar a arrecadação. Mas, considerando isso à parte, não é difícil imaginar cenários que poderiam chegar [a um valor de bloqueio] entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões”, avalia.

Pires lembra, no entanto, que uma restrição orçamentária mais forte e prolongada é sempre difícil de sustentar.

Nesses casos, há resistência até dentro do governo. Aliados também se opõem ao corte de verbas por causa do impacto político, ainda mais em ano de eleições municipais —nas quais o próprio PT busca reconquistar o terreno e o alcance perdidos em pleitos anteriores. Seria muito difícil sustentar um bloqueio tão severo durante todo o ano.

O contingenciamento também não interessa ao Congresso, que vem sinalizando preferir um déficit reduzido em 2024 e uma busca pelo reequilíbrio em ritmo mais gradual.

Antevendo dificuldades para aprovar todas as receitas necessárias, o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da proposta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), insiste na revisão da meta.

“O ministro Haddad tem o compromisso com a meta zero, a gente vê a boa vontade dele. Mas temos queda de arrecadação e aumento das despesas. Fica cada vez mais difícil, na minha compreensão, que ele vá alcançar essa meta. Foi por isso que atendi ao pedido da ministra Simone Tebet [Planejamento] e adiei a votação da LDO para novembro”, afirma Forte.

“Temos aí espaço para uma repactuação da meta e apresentar um Orçamento mais seguro. Eu advogo isso. Eu tenho os dois pés no chão —às vezes, fico até imobilizado com isso.”

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse à Folha que, hoje, o contingenciamento não faz parte do cenário do governo, mas reconheceu que uma definição mais concreta vai depender da evolução das medidas de arrecadação.

“É óbvio que, caso alguma medida não seja aprovada ou seja aprovada diferente, com impacto menor, pode ter uma necessidade de adoção de outras medidas em substituição àquelas, para poder ter equilíbrio. Ou você tem um cenário mais desafiador do ponto de vista da gestão orçamentária ao longo do exercício”, afirmou Ceron.

“Mas, neste momento, a gente trabalha com o cenário que está posto: ter as medidas aprovadas. A gente tem, na nossa opinião, condições de tocar gestão orçamentária sem grandes sobressaltos, ainda que tenha alguma frustração pontual”, disse o secretário.

Entre as medidas que geram incerteza entre economistas está o corte de R$ 12,5 bilhões nos gastos com a Previdência, sob a justificativa de que o governo economizará esse valor a partir de um processo de revisão de benefícios. Especialistas e técnicos do próprio Executivo, porém, são céticos quanto a isso e tratam o caso como uma subestimação da despesa.

O governo ainda incluiu R$ 34,5 bilhões em receitas extras com ajustes de contratos de ferrovias, cujo processo de conciliação está em curso no TCU (Tribunal de Contas da União).

O Executivo alega que as condições de realização dos leilões na gestão Jair Bolsonaro (PL) foram indevidamente favoráveis às empresas e precisam ser revistas.

A repactuação acarretaria um pagamento bilionário das concessionárias à União, o que gera forte resistência das companhias. Por isso, o pagamento nesse montante é considerado improvável.

O governo ainda deixou de fora da proposta o impacto de uma eventual prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia.

A medida já teve aval do Senado, mas sofreu alterações na Câmara dos Deputados e, por isso, precisa passar por nova votação dos senadores. O custo para o governo federal é calculado em R$ 9,4 bilhões.

Há ainda o risco de o Congresso aprovar um corte de alíquotas nas contribuições pagas pelas prefeituras ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que geraria uma renúncia adicional entre R$ 7,2 bilhões e R$ 9 bilhões. No entanto, o governo deve vetar essa medida, caso ela seja aprovada.

Outro risco que hoje está fora do Orçamento é a ampliação do fundo eleitoral.

O governo reservou até agora R$ 939 milhões para financiar as campanhas municipais, mas já há pressão no Congresso para injetar ao menos outros R$ 4 bilhões para essa finalidade, de forma a igualar os R$ 4,9 bilhões reservados em 2022.

O próprio Tesouro Nacional já fez alertas para a necessidade de contingenciamento em 2024 para cumprir a meta fiscal. Mesmo com um esforço adicional pelo lado das receitas, o governo ainda teria de segurar R$ 56,5 bilhões em despesas, segundo estimativas dos técnicos divulgadas no Relatório de Projeções Fiscais, em julho.

Além disso, o governo prometeu a retomada de investimentos, relançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e espera poder contar com as verbas para tocar os programas estratégicos.

Sob o temor de verem esses objetivos frustrados em nome da política fiscal de Haddad, membros do governo têm defendido desde já uma mudança na meta para 2024.

O ministro da Fazenda, porém, resiste a essa mudança e ganhou o apoio público do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Para o BC, é importante o governo se esforçar para perseguir o alvo da política fiscal em 2024, mesmo que o mercado não acredite no alcance da meta.

Campos Neto ressaltou que eventual abandono desse objetivo indicaria que o compromisso com as contas públicas “não é sério” e poderia desorganizar o mercado.

Alexa Salomão e Tomazelli, Folhapress

Nenhuma aposta acerta Mega-Sena e prêmio acumulado vai a R$ 34 milhões

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2644 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite deste sábado (14), no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Os números sorteados foram 04 – 17 – 22 – 28 – 30 e 49.

Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, na próxima terça-feira (17), está estimado em R$ 34 milhões.

A quina teve 89 apostas ganhadoras, e cada uma vai receber R$ 37.626,65. Já a quadra registrou 7.255 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 659,40.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Agência Brasil

Netanyahu promete ‘destruir monstros sanguinários’ do Hamas; Israel esvazia últimas cidades do sul

Foto: Abir Sultan/Agência Lusa/Arquivo

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu “desmantelar” o Hamas, que ele descreveu como “monstros sanguinários” na primeira reunião do gabinete do novo governo de emergência nacional de Israel, em Tel Aviv.

Falando antes da sessão, que começou com um momento de silêncio pelas vítimas israelenses da violência, e enquanto Israel se prepara para uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, ele disse:

“Estamos trabalhando 24 horas por dia, como uma equipe e uma frente unida. A unidade entre nós transmite uma mensagem clara à nação, ao inimigo e ao mundo. Vamos desmantelar e destruir os monstros sanguinários do Hamas”, afirmou.

“Vi nossos incríveis soldados que agora estão na linha de frente. Eles sabem que toda a nação está apoiando-os. Eles entendem o escopo da missão. Estão prontos para agir a qualquer momento a fim de derrotar os monstros sanguinários que se levantaram contra nós para nos destruir”, completou Netanyahu.

Mais de 1.300 israelenses foram mortos depois que o Hamas lançou um ataque terrorista no sul de Israel em 7 de outubro, que incluiu um ataque a civis em um festival de música e um ataque ao kibutz Kfar Aza, que foi descrito como um “massacre” pelo comandante da IDF cujas tropas chegaram até lá.

Os ataques aéreos retaliatórios de Israel na Faixa de Gaza já mataram mais de 2.300 palestinos, e uma ordem militar israelense para que as pessoas evacuassem do norte de Gaza para o sul foi descrita pelo órgão de direitos humanos da ONU como “um crime contra a humanidade”.

O conflito entre Israel e Hamas chega a seu nono dia neste domingo, 15, sob a expectativa de uma invasão terrestre de Tel Aviv na Faixa de Gaza, território palestino regido pelo grupo terrorista onde vivem mais de 2,3 milhões de pessoas, agora sob cerco total.

“Soldados e batalhões das IDF (Forças de Defesa de Israel) estão implantados em todo o país e estão aumentando a prontidão operacional para as próximas etapas da guerra, com ênfase em operações por terra significativas”, disse o exército em um comunicado, acrescentando que isso incluiria não só os ataques terrestres como também os aéreos e marítimos e cobriria um “campo de combate expandido”.

Enquanto o novo prazo que o Exército israelense havia dado para palestinos deixarem o norte de Gaza se esgotava, a região sul de Israel terminava de ser esvaziada em uma operação apoiada pelo governo.

ESTADÃO

/INTERNACIONAL

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Netanyahu promete ‘destruir monstros sanguinários’ do Hamas; Israel esvazia últimas cidades do sul
Em primeira reunião do governo de união nacional, premiê israelense disse que invasão pretende acabar com a alta hierarquia política e militar do Hamas, o grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza
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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, prometeu “desmantelar” o Hamas, que ele descreveu como “monstros sanguinários” na primeira reunião do gabinete do novo governo de emergência nacional de Israel, em Tel Aviv.

Falando antes da sessão, que começou com um momento de silêncio pelas vítimas israelenses da violência, e enquanto Israel se prepara para uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, ele disse:

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Netanyahu conversa com soldado em kibbutz de Be’eri e Kfar Aza, no sábado: promessa de esmagar grupo terrorista Hamas Foto: Avi Ohayon/EFE/
“Vi nossos incríveis soldados que agora estão na linha de frente. Eles sabem que toda a nação está apoiando-os. Eles entendem o escopo da missão. Estão prontos para agir a qualquer momento a fim de derrotar os monstros sanguinários que se levantaram contra nós para nos destruir”, completou Netanyahu.

Mais de 1.300 israelenses foram mortos depois que o Hamas lançou um ataque terrorista no sul de Israel em 7 de outubro, que incluiu um ataque a civis em um festival de música e um ataque ao kibutz Kfar Aza, que foi descrito como um “massacre” pelo comandante da IDF cujas tropas chegaram até lá.

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Enquanto o novo prazo que o Exército israelense havia dado para palestinos deixarem o norte de Gaza se esgotava, a região sul de Israel terminava de ser esvaziada em uma operação apoiada pelo governo.

Tanques israelenses esperam o aval do exército para iniciarem a incursão terrestre na Faixa de Gaza Foto: Sergey Ponomarev/ NYT
A cidade israelense de Sderot, por exemplo, a menos de 4 km de Gaza, está retirando seus últimos moradores. Cerca de dois terços dos 30 mil habitantes já foram deslocados, e a maioria dos cidadãos restantes devem deixar a região neste domingo, de acordo com afirmações do vice-prefeito, Elad Kalimi, ao jornal Times of Israel.

No começo da tarde, alertas de foguetes soaram em diversas dessas cidades na fronteira e foram seguidos de explosões. Um foguete atingiu uma casa na cidade de Ashkelon, mas não deixou vítimas. A expectativa é de que algumas pessoas permaneçam nessas cidades por opção ou por dificuldades para fazer o deslocamento. Quem deixa a região está ficando em hotéis em Tel Aviv, Jerusalém e Eilat com apoio estatal.

“Vivemos uma noite de horror. Israel nos puniu por não querer sair de nossa casa. Existe brutalidade pior do que essa?” disse à agência de notícias Reuters, por telefone, um pai de três filhos que se recusou a dar seu nome por medo de represálias. “Prefiro morrer a sair, mas não posso ver minha esposa e filhos morrerem diante dos meus olhos.” Ele se abrigou em um hospital.

Na sexta-feira, Israel deu 24 horas para quem estivesse no norte de Gaza, onde vivem cerca de 1,1 milhão de pessoas, se deslocasse para o sul — operação impossível de ser realizada com segurança, de acordo com as Nações Unidas, e que seria uma sentença de morte a pacientes vulneráveis nos hospitais, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). No mesmo dia do ultimato, um bombardeio na via Salah-al-Din, usada para a locomoção de civis, matou 70 pessoas, incluindo crianças e mulheres.

O Hamas, por sua vez, pede para que a população não saia sob a justificativa de que Israel tem o objetivo de “semear confusão entre os cidadãos e prejudicar a coesão interna”. Tel Aviv acusa o grupo terrorista de impedir que os civis se locomovam.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino disse ter recebido uma ordem de Israel para esvaziar um centro de saúde até as 16h locais deste domingo, mas se recusou a fazê-lo por ter o dever humanitário de continuar prestando serviços aos doentes e feridos.

Manter o funcionamento dos hospitais, porém, é um desafio cada vez maior com o bloqueio de Israel, que impede a chegada de água, alimentos e combustível à empobrecida região.

A operação é parte do conflito que explodiu no sábado passado (7), quando o Hamas promoveu o mais grave ataque da história de Israel. Naquele dia, cerca de mil combatentes palestinos invadiram, por ar e terra, ao menos 14 localidades no sul do país, mataram centenas de civis e soldados e sequestraram pelo menos 126 pessoas. Até agora, cerca de 1.400 foram mortos em Israel.

Avichai Brodetz, um agricultor do kibutz Kfar Aza, onde houve um massacre, montou um acampamento do lado de fora do quartel-general do Exército israelense para chamar a atenção para a situação dos reféns —dentre eles, sua esposa e seus três filhos. “A primeira coisa que precisa acontecer é a libertação de mulheres e crianças”, disse ele a repórteres.

Como resposta à ofensiva do Hamas, Tel Aviv empreendeu o bombardeio mais intenso em décadas em Gaza, um dos territórios mais densos do mundo. A Força Aérea de Israel disse ter lançado 6.000 bombas no território palestino na primeira semana de guerra. Em média, 1 explosão a cada 2 minutos.

A ofensiva israelense matou até a manhã deste domingo pelo menos 2.450 pessoas, de acordo com autoridades de Gaza — estima-se que um quarto das vítimas sejam crianças.

Bombardeios israelenses atingiram alvos civis, como hospitais, campos de refugiados, prédios residenciais, veículos de imprensa e universidades. Ao menos sete jornalistas morreram. Israel, porém, diz que seus alvos são bases do Hamas e que se esforça para evitar danos a civis.

Segundo o grupo, os ataques aéreos da noite de sábado (14) mataram nove reféns, incluindo quatro estrangeiros. O Hamas havia dito que mataria um sequestrado para cada prédio que Israel atingisse sem aviso prévio, ameaça que parece não ter se concretizado.

A mais de 180 km dali, outro conflito se desenrola e aumenta os temores de que a guerra se espalhe. A fronteira norte de Israel com o Líbano tem sido palco dos mais graves confrontos na região desde 2006. Neste domingo, um ataque do Hizbullah matou uma pessoa e feriu três na cidade israelense de Shtula, fazendo Tel Aviv isolar a sua fronteira com o país vizinho e iniciar um bombardeio a posições da milícia.

A troca de fogo já havia ocorrido nesta semana como forma de os dois lados mostrarem prontidão em tempos de guerra. O Hizbullah é um dos aliados regionais do Hamas, e ambos os grupos são bancados pelo regime teocrático do Irã.

O conselheiro de segurança do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, Tzachi Hanegbi, disse que Israel está tentando não ser arrastado para uma guerra de duas frentes. “Esperamos que o Hizbullah não seja responsável pela destruição do Líbano” disse ele.

Washington também está determinado a garantir que o Irã e grupos aliados do regime. A Casa Branca disse que o presidente americano, Joe Biden, reiterou seu aviso no sábado contra qualquer um que busque expandir o conflito.

Também não está claro se o Hezbollah, a maior milícia libanesa apoiada pelo Irã, que é aliada do grupo terrorista Hamas e possui uma vasta gama de mísseis guiados de precisão e forças terrestres, poderá responder a uma invasão de Gaza abrindo uma segunda frente com Israel ao longo da fronteira com o Líbano.

Os militares de Israel ainda não anunciaram formalmente que irão invadir Gaza, embora tenham confirmado que equipes de reconhecimento entraram brevemente no enclave palestino na sexta-feira, 13.

Estadão

Senadores endossam nova proposta de Pacheco para limitar atuação do STF

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado/Arquivo
Senadores se manifestaram a favor da proposta defendida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para limitar a autoria de ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Em evento em Paris neste sábado, 14, Pacheco disse que a intenção é evitar que o Supremo tenha “ponto de contato constante com a sociedade em função das decisões que seja instado a fazer”, e, dessa maneira, reservar o tribunal “às decisões mais relevantes de índole constitucional”.

Ainda não está claro quais tipos de ações seriam afetadas e quem seria limitado a acionar o STF. A proposta, no entanto, se une a uma série de outros projetos que já tramitam no Congresso para reduzir os poderes da Suprema Corte. Os parlamentares discutem também mudanças nas decisões monocráticas (individuais), o estabelecimento de um mandado fixo para os ministros e a derrubada de decisões do STF pelo Congresso.

“A limitação da autoria de ações no STF é algo que pode ser discutido dentro de um contexto mais amplo. E a única coisa que torna isso oportuno, essa particularidade oportuna, é dentro da necessidade de se reduzir o tensionamento direto com o Supremo”, afirmou o senador Esperidião Amin (PP-SC).

Amin é relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, que estabelece que decisões monocráticas do STF não podem suspender “a eficácia de lei ou ato normativo” de abrangência nacional nem atos do presidente da República e dos presidentes do Senado, da Câmara e do Congresso. O texto foi aprovado no último dia 4 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e aguarda decisão de Pacheco para ser votado no plenário.

O senador nega a possibilidade, contudo, de apensar à PEC 8/2021 a ideia de Pacheco sobre limitar a autoria de ações. “É preciso aprovar caso a caso”, disse, ao criticar o inquérito das fake news, aberto “de ofício” pelo próprio STF, ou seja, sem ser provocado por instituições como a Polícia Federal ou o Ministério Público.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor da PEC que limita o mandato de ministros da Suprema Corte, também indicou apoio à proposta defendida neste sábado por Pacheco.

“Embora combata esse STF, acho que esse tema deva ter uma discussão ampla. Penso que, quando o Rodrigo diz isso, está pensando também nas nossas PECs, a minha que limita o mandato de ministros, e a do Oriovisto (Guimarães) que acaba com decisões monocráticas graciosas”, afirmou. “Rodrigo tem total apoio.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou, no início deste ano, que pretende discutir mudanças na Constituição para determinar um período de mandato para ministros do STF. “Em 2018, no programa de governo do (Fernando) Haddad, estava a discussão de um mandado para o ministro da Suprema Corte. Eu não sei se na época era um mandato de 15 anos em que você poderia entrar e ficar 15 anos ou você poderia entrar a partir de uma idade e terminar aos 75. Eu acho que é um assunto que vamos discutir proximamente”, disse.

O programa de governo de Haddad falava na época em “debater com o Poder Judiciário a necessária instituição de tempo de mandatos para os membros do STF e das Cortes Superiores de Justiça”. O texto, disponível no site do partido, não menciona a duração desse mandato.

Líderes do governo no Congresso também indicam apoio às propostas, mas avaliam não ser o momento ideal para discuti-las.

No evento em Paris, Rodrigo Pacheco afirmou que os Poderes e seus membros precisam “ousar mudar” para melhorar a “crise de credibilidade das instituições públicas e políticas”. O presidente do Senado disse também que nenhuma instituição pode se apresentar como detentora do “monopólio dos acertos”.

Para se contrapor ao senador, o ministro Gilmar Mendes resgatou o papel da Corte durante o período do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Se a política voltou a ter autonomia, eu queria que fizessem justiça, foi graças ao Supremo Tribunal Federal. Se hoje nós temos a eleição do presidente Lula, isso se deve a uma decisão do Supremo Tribunal Federal. É preciso reconhecer isso”, afirmou.

Na sexta-feira, 13, no mesmo evento, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo, falou do protagonismo da Corte na política brasileira. Para o magistrado, a resposta para isso também está na Carta Magna. “O Brasil tem uma Constituição abrangente, que não só organiza o Estado, os Poderes e os direitos fundamentais”, afirmou. 

Dois homens morrem em confronto com a polícia no Engenho Velho de Brotas

Foto: Divulgação
Policiais Militares da CIPT/Atlântico em apoio à 26ª CIPM realizavam patrulhamento, na manhã deste sábado (14), quando avistaram homens armados na Comunidade Viver Melhor, no Engenho Velho de Brotas.
Ao notarem a presença dos oficiais, os suspeitos efetuaram disparos contra os policiais, que logo revidaram. Dois homens ficaram feridos e foram socorridos para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiram e vieram a óbito.

Com os criminosos foram apreendidos dois revólveres cal .38, quatro munições intactas e sete estojos deflagrados, 31 embalagens plásticas contendo maconha, 105 pedras de crack, seis pinos, tipo eppendorf, contendo cocaína.

Todo o material apreendido foi apresentado na DHPP, onde a ocorrência foi registrada.
Por: Bahia noticias

Mulher encontra marido morto dentro de casa em Caetité

Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste
Uma mulher, identificada como Carla Dias Ferreira, encontrou o seu marido, Alex Chagas Silva, sem sinais vitais, neste sábado (14), por volta das 20h15, na Fazenda Cachoeirinha, zona rural de Caetité, na região sudoeste da Bahia.

Segundo informou a 94ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) ao site Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, Carla, que reside em Guanambi, informou que a vítima tinha ido para casa e que ao entrar em contato por cerca de dois dias, o mesmo não atendia.

Com isso, ela e seu irmão Carlos Dias Ferreira, resolveram ir na residência e, ao chegar no local manteve contato com seu funcionário, que adentrou a casa e encontrou Alex desacordado.

O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) confirmou a morte de Silva. A Polícia Militar isolou o local até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O corpo de Chagas foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Guanambi para ser necropsiado. A causa da morte ainda é desconhecida.

Exército mantém quase 500 militares aquartelados após sumiço de 21 metralhadoras na Grande SP

Foto: Pixabay /Militares estão sendo ouvidos na investigação, informou o Comando Militar do Sudeste

O Comando Militar do Sudeste informou neste sábado, 14, que mantém cerca de 480 militares aquartelados para a investigação do sumiço de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo em Barueri, na Grande São Paulo. “Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação”, diz a nota.

A ausência do armamento, 13 metralhadoras calibre .50 e 8 calibre 7,62 mm, foi notada durante uma inspeção no local na terça-feira, 10. “Os armamentos são inservíveis e estavam no Arsenal que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo de desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada”, informou o Exército.

Metralhadoras calibre .50 são equipamentos de alto interesse de grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que é conhecido por “alugar” armas de alto calibre para assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias. Em 2016, o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi realizado com uso desse armamento pesado.

Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960. “O FAL utiliza a munição 7,62x51mm NATO, que concede ao armamento uma alta precisão no engajamento dos alvos e grande letalidade”, descreve um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio. A análise acrescenta que a partir de 2017 teve início uma substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.

Estadão

EUA enviam 2º porta-aviões a Israel para alertar Irã, que se reúne com o Hamas

Foto: Reprodução

O balé de sinalizações nada sutis dos atores em torno da guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas teve desenvolvimentos importantes neste sábado (14).

Os Estados Unidos vão reforçar sua presença militar com um segundo porta-aviões no Mediterrâneo Oriental para apoiar a ofensiva israelense em Gaza e tentar dissuadir o Irã e seus aliados regionais a intervir no conflito. Já Teerã enviou seu chanceler para debater a crise pela primeira vez com líderes do Hamas e de outra organização terrorista, a Jihad Islâmica.

Por fim, a Síria acusou Israel de atacar novamente seu aeroporto na cidade de Aleppo, no norte do país.

O anúncio americano veio no começo da noite, após a rede de TV ABC adiantar que o USS Dwight Eisenhower e seu grupo de ataque deixarão a base de Norfolk (EUA) rumo à costa israelense. É uma esquadra com um cruzador, dois destróieres, todos capazes de missões de bombardeio com mísseis e interceptação, além de navios de apoio.

É um poder de fogo enorme, ainda por cima quando somado ao do USS Gerald Ford, maior navio de guerra do mundo, que já chegou à área com escolta semelhante.

O novo grupo deverá demorar mais de três semanas, contudo, para chegar até a área de Haifa (norte de Israel). O movimento anterior foi criticado pela Rússia e pela Turquia, que o chamaram de escalatório. O presidente Vladimir Putin chegou a questionar se Washington “queria bombardear o Líbano ou o quê” com a presença do porta-aviões de propulsão nuclear.

Além disso, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, afirmou que a Força Aérea deslocou para suas bases no Oriente Médio esquadrões de caça F-15, especializado em ataques de longa distância, F-16 e A-10, um modelo empregado para atacar tropas e blindados.

Tudo isso sinaliza um apoio maciço a Israel no caso de as coisas saírem de controle, como nas escaramuças quase diárias com o Hizbullah, milícia libanesa apoiada por Teerã que é aliada do Hamas.

Já os iranianos apostaram nos gestos políticos. O Hamas divulgou neste sábado que o seu líder político, Ismail Hanyeh, encontrou-se no Qatar com o chanceler do Irã, Amir Abdollahian. Foi a primeira reunião pública entre uma alta autoridade do país que ajuda a financiar o grupo terrorista que atacou Israel e um de seus dirigentes.

Antes, Abdollahian havia se reunido em Beirute com o secretário-geral de outra organização que combate o Estado judeu, a Jihad Islâmica. O Irã chama a reunião de entes que rejeitam a existência de Israel e os acordos crescentes entre o Estado judeu e países árabes da região, como os Emirados, de “Eixo da Resistência”.

Em comum, todos têm ligação com a Rússia de Putin, adversária dos EUA na Guerra da Ucrânia e no embate maior que o Kremlin defende ter com o Ocidente. No grupo também está a Síria, que voltou ao noticiário neste sábado com uma troca de fogo com Israel na região das colinas de Golã, áreas sírias ocupadas por Tel Aviv desde 1967.

Dois dias depois de um ataque atribuído a Israel contra os aeroportos de Damasco e de Aleppo, o principal ponto do norte do país, Damasco acusou novamente Tel Aviv de alvejar o segundo aeródromo. As Forças de Defesa de Israel não comentaram o caso, que mais uma vez demonstra os riscos de uma escalada regional da crise.

A hipótese central, na provável hipótese do ataque ter sido israelense, é uma advertência contra o envolvimento da Síria no conflito —os aeroportos são pontos de entrada de armamentos do Irã, aliado de todos os adversários de Israel na região, que podem ser direcionados ao Hizbullah, por exemplo.

Igor Gielow, Folhapress

Irã ameaça intervir na guerra caso Israel mantenha operação militar de entrada na Faixa de Gaza

Alerta foi enviado por meio da Organização das Nações Unidas enquanto Israel tem apertado o cerco militar na região, uma semana após o ataque orquestrado pelo grupo terrorista que deflagou a guerra na região
O Irã enviou uma mensagem de alerta a Israel por meio da ONU (Organização das Nações Unidas) para se posicionar sobre a operação militar que os israelenses preparam contra o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza. “Teremos de intervir na guerra se a operação das Forças de Defesa de Israel em Gaza continuar”, afirma a mensagem entregue neste sábado, 14, ao conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi. Alerta foi emitido enquanto Israel tem apertado o cerco militar na região, uma semana após o ataque orquestrado pelo grupo terrorista que deflagou a guerra na região. De acordo com o comunicado do Exército israelense, o país prepara uma ampla ofensiva por “terra, mar e ar”, com o intuito de chegar “ao coração de Gaza”. A incursão terrestre teve seu início ainda enquanto os palestinos cumpriam o ultimato dado por Israel, para que 1,1 milhão de pessoas deixassem a porção norte da região em 24 horas – o prazo acabou às 18h (horário de Brasília) desta sexta-feira, 13, e foi estendido até a manhã deste sábado, 14. Ação foi pequena, tendo como objetivo a busca pelos reféns do Hamas, mas significativa para o contexto da guerra que já deixou ao menos 3,5 mil mortos entre israelenses e palestinos.
Fonte: Jovem Pan

PF apreende mais de 6,5 toneladas de maconha em Joinville/SC

A apreensão foi realizada em conjunto com a PRF.
Joinville/SC. A Polícia Federal, em operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, prendeu em flagrante um homem e apreendeu aproximadamente 6,5 toneladas de maconha na nesta sexta-feira (13/10) na cidade de Joinville/SC.

Após levantamentos de inteligência e troca de informações com a PRF, o motorista de um caminhão foi abordado na BR-101 transportando a grande quantidade de maconha.

O homem e o veículo foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Joinville, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante e a droga apreendida.

O crime de tráfico de drogas tem penas de reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de multa.
Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina/SC

Lula fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina e defende ajuda humanitária a Gaza

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/Arquivo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na tarde deste sábado, 14, na iminência de um ataque por terra protagonizado por Israel à Faixa de Gaza. No telefone, Lula defendeu o envio de ajuda humanitária à região.

Segundo a agência de notícias palestina Wafa, Lula “afirmou a solidariedade dele e do povo brasileiro com os palestinos em sua busca pela restauração de seus legítimos direitos à liberdade e à independência, enfatizando a necessidade de levar ajuda médica e de socorro à Faixa de Gaza, apelando à paz e segurança na região”. O Palácio do Planalto confirma que Lula conversou com Abbas nesta tarde.

Ainda segundo a agência de notícias palestina, Abbas agradeceu Lula pelas “posições de apoio à causa palestina e ao direito do povo palestino de concretizar o seu Estado independente no seu solo nacional” e “destacou a necessidade de abrir corredores seguros para a entrada de materiais essenciais, e também trabalhar na saída de cidadãos estrangeiros, incluindo famílias brasileiras residentes em Gaza”.

Atualmente, o Brasil negocia com Israel, Egito e com a Autoridade Palestina a saída de brasileiros, através da fronteira com o Egito, que desejam embarcar em uma aeronave brasileira de repatriação.

Estadão

Após atrito com Congresso, STF deve se desgastar com governo por FGTS

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
Depois de ser alvo de uma ofensiva do Congresso nas últimas semanas, o STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para se desgastar com o Executivo por causa da retomada do julgamento sobre a revisão da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), marcada para o dia 18.

A ADI (ação direta de inconstitucionalidade) apresentada pelo Solidariedade questiona a atual correção do saldo das contas do fundo —TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano. O partido afirma que a fórmula prejudica o patrimônio do trabalhador por não repor perdas inflacionárias.

Presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, defende que os recursos dos trabalhadores no fundo tenham pelo menos a remuneração da poupança.

A caderneta é remunerada em 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial) se a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano. Se o juro básico for menor que esse patamar, rende 70% da Selic mais a TR. Para depósitos até 3 de maio de 2012, a remuneração é de 0,5% ao mês mais TR.

Em apresentação de agosto que acompanha memorial da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a ação, a Caixa Econômica Federal argumenta que, caso o FGTS passe a remunerar as contas vinculadas pela poupança, “haverá a inversão da lógica da gestão do Fundo, que passará a privilegiar a rentabilidade ao invés da promoção da aplicação nas áreas prioritárias de desenvolvimento da infraestrutura, do saneamento básico e da moradia de interesse social.”

Segundo estimativas do Ministério das Cidades validadas pela Caixa, se o FGTS deixar de cumprir esse papel, o custo para os cofres públicos seria de aproximadamente R$ 17 bilhões ao ano.

A pasta afirma que o fundo perderia “capacidade de financiar o público de menor renda, maioria dos cotistas, deixando-o sem alternativa de crédito para a aquisição da moradia própria.”

Nos bastidores, Barroso argumenta que, para minimizar o impacto sobre a política habitacional, o governo poderia estudar novas fontes de financiamento ao setor sem precisar prejudicar recursos do trabalhador.
Danielle Brant, Folhapress

Jerônimo lidera reunião da base aliada, que avança para candidatura em Salvador

Foto: Divulgação /Encontro aconteceu neste sábado

Demonstrando forte articulação com a base de apoio, o governador Jerônimo Rodrigues reuniu líderes de partidos, deputados estaduais, federais e vereadores de Salvador neste sábado (14), na capital baiana. O encontro faz parte do processo de afunilamento das discussões em torno do nome que representará o grupo nas eleições municipais do próximo ano.

À frente da articulação, Jerônimo já afirmou em outros momentos a importância da coesão do grupo e consolida cada vez mais a ideia de que o conjunto de partidos da base saia unido para disputar a prefeitura de Salvador.

Doze deputados, nove vereadores, presidentes e lideranças partidárias marcaram presença no encontro. Além do PT, partido do governador, MDB, Avante, PSB, PSD, PV, PCdoB, Podemos, Rede, PP e Cidadania estiveram representados ou tiveram integrantes na reunião. Depois de Salvador, a articulação mobilizando toda a base deve se repetir nas maiores cidades do estado.

Prefeita convoca torcida a comparecer em massa ao Pedro Caetano para incentivar Seleção de Ipiaú.

Fotos- Janaina Castro /Decom-Prefeitura de Ipiaú).
A torcida de Ipiaú promete comparecer em massa ao Estádio Pedro Caetano , na tarde deste domingo, 15para incentivar a Seleção de Futebol local a obter um bom resultado contra o time de Cachoeira pelo Campeonato Intermunicipal.  

Junto aos inúmeros  torcedores que estarão  empurrando a  equipe ipiauense rumo à vitoria  serão notadas as presenças de  muitos membros da gestão municipal.

 A prefeita Maria das Graças torce pelo sucesso do time e convoca os desportistas a marcarem presença nesse grande espetáculo futebolístico. Ela é puro otimismo pela continuidade da nossa seleção na competição.

Fotos- Janaina Castro /Decom-Prefeitura de Ipiaú).
O secretário  Caio Braga também se mostra otimista  e adianta que o mesmo sentimento reina entre os demais membros da  sua pasta, assim como de toda a turma da Prefeitura. A Secretária de Saúde, Laryssa Dias, nunca deixa de comparecer e torcer.

 “A classificação para a próxima fase do campeonato  é possível e depende  muito de nós, torcedores. Eu acredito! Vamos  vencer  e continuar na campanha rumo ao tetra”, assegurou Caio Braga.

Através da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, a Prefeitura de Ipiaú vem dando todo o apoio necessário para que a Seleção de Ipiaú triunfe neste Intermunicipal e resgate  a sua condição e um dos melhores elencos do futebol baiano.

Para se manter na competição a  Seleção de Ipiaú precisa derrotar Cachoeira por uma diferença de  três gols, já que no jogo de ida perdeu por 2 X 0. Uma vitoria pelo mesmo placar levará a decisão para a cobrança de pênaltis.

(José Américo Castro/Decom-Prefeitura de Ipiaú).

Ipiaú: inicia-se os primeiros serviços na estrada da Fazenda do Povo para a pavimentação asfáltica

Fotos: Maicon Alves/Decom Prefeitura Ipiaú 
Um projeto de grande magnitude está prestes a transformar a vida dos moradores em Ipiaú, inclusive para os da Fazenda do Povo e região, com a pavimentação asfáltica de 10 quilômetros de estrada. A iniciativa, fruto de uma parceria entre o Governo da Bahia e Prefeitura de Ipiaú, já está em pleno andamento.
Fotos: Maicon Alves/Decom Prefeitura Ipiaú 

A primeira etapa desse empreendimento abrangente é a realização de limpeza e serviços preliminares ao longo do trajeto. Esses passos iniciais são fundamentais para garantir uma pavimentação asfáltica de alta qualidade que irá beneficiar a população de Ipiaú.
Fotos: Maicon Alves/Decom Prefeitura Ipiaú 
A prefeita Maria das Graças ressalta a parceria entre o Governo da Bahia e a Prefeitura de Ipiaú como um exemplo do compromisso contínuo em melhorar a infraestrutura da região. “Os benefícios desse projeto vão além do simples asfaltamento da estrada, pois impactará positivamente a vida dos residentes locais, melhorando o acesso a serviços essenciais e impulsionando o desenvolvimento econômico”, afirma a gestora. 

Michel Querino / Decom Prefeitura Ipiaú 

Israel inicia incursão terrestre em Gaza enquanto palestinos fogem para o norte cumprindo ultimato

Primeira movimentação israelense foi para buscar os reféns capturados pelo Hamas durante o ataque do dia 7 de outubro
Foto: MOHAMMED ABED / AFP
A Faixa de Gaza teve uma sexta-feira movimentada, para além dos bombardeios que se fazem presentes na região desde o dia 7 de outubro, quando grupo Hamas atacou Israel, o que resultou em uma retaliação do governo de Benjamin Netanyahu. Este foi o mais letal da História do país e o mais bem-sucedido da organização. Enquanto os palestinos cumpriam o ultimato dado por Israel, de deixar a região em 24 horas – o prazo acabou às 18h (horário de Brasília) – os israelenses começaram a realizar a incursão terrestre que eles prometiam desde o começo da semana. Ação foi pequena, tendo como objetivo a busca pelos reféns do Hamas, mas significativa para o contexto da guerra, que chegou ao seu sétimo dia nesta sexta-feira, 13. Estima-se que os milicianos tenham sequestrado cerca de 150 pessoas. Essa operação tem sido prepara há tempos e gera alarde na comunidade internacional, já que, caso ocorra, deve provocar um derramamento de sangue ainda maior do que os mais de 3.200 mortos que a guerra já deixou, sendo 1300 do lado de Israel, e 1.900 na Faixa de Gaza, sendo 614 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que desde 2007 governa este paupérrimo e conturbado território 362 km².

Em meio a essas movimentações, em um raro ato, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento televisionado onde disse que este é apenas o começo de algo muito maior e prometeu extinguir o Hamas. “Nossos inimigos apenas começaram a pagar o preço. Não posso divulgar o que vem em seguida, mas vou dizer-lhes que isto é só o começo”, declarou Netanyahu em discurso à nação. “Estamos lutando pelo nosso lar como leões”, acrescentou, enfatizando que o país conta com a ajuda militar dos Estados Unidos. Netanyahu prometeu destruir o Hamas, mas adiantou que vai levar tempo, porém, garantiu que “terminaremos esta guerra mais fortes”. Enquanto Israel prepara seu ataque, milhares de palestinos fugiam do norte da Faixa de Gaza, depois que o governo israelense deu um prazo para que se retirassem desta região ante a iminência de uma possível invasão do enclave, em mais uma escalada do conflito, que ameaça se tornar, segundo a ONU, uma “catástrofe humanitária”.
De acordo com a ordem israelense, cerca de 1,1 milhão de habitantes do norte de Gaza (quase metade da população do enclave) deveriam deixar “de imediato” suas casas, “para sua própria segurança e proteção”. As bombas israelenses destroem Gaza ininterruptamente desde a incursão lançada a partir deste enclave pelo movimento islamita palestino Hamas. “Vamos lutar como leões pelo nosso lar. Não vamos perdoar e não esqueceremos nunca a barbárie dos nossos inimigos e não deixaremos que ninguém no mundo se esqueça dos horrores infligidos ao povo judeu”, disse o premiê ultraconservador, que antes desta escalada bélica enfrentava um forte movimento opositor da sociedade civil israelense.

O Hamas rechaçou “a ameaça dos líderes israelense e seus apelos para os palestinos deixarem suas casas e fugirem para o sul ou para o Egito”. No entanto, a ordem de evacuação levou milhares de moradores do norte de Gaza a fugir de carro ou a pé rumo ao sul, mas sem esperanças de sair do enclave pelo lado israelense, nem pela única passagem com o Egito, reticente em ter que administrar uma crise de refugiados. Além disso, a população de Gaza está ficando sem água, alimentação e energia elétrica, devido ao “cerco total” imposto por Israel. Ainda assim, muitos moradores do enclave se negam a partir. O exílio é uma questão dolorosa em Gaza, onde mais de 80% de seus habitantes são refugiados ou descendentes de refugiados, que abandonaram seus povoados e cidades ou foram expulsos deles quando o Estado de Israel foi criado, em 1948. O presidente palestino, Mahmud Abbas, comparou o deslocamento maciço de palestinos a uma segunda Nakba (“catástrofe” em árabe), como os palestinos denominam o exílio de 760 mil pessoas durante a guerra de 1948. Seu primeiro-ministro, Mohammed Shtayyeh, acusou Israel de levar adiante um “genocídio”

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para Israel “evitar uma catástrofe humanitária” e pediu um “acesso humanitário imediato a Gaza, para poder levar combustível, alimentos e água a todos que precisarem”. O presidente americano, Joe Biden, reiterou seu compromisso de dar a Israel “o que precisar para se defender e responder a estes ataques”, mas se distanciou da ira vingativa de Netanyahu. “Não podemos perder de vista o fato de que a esmagadora maioria dos palestinos não teve nada a ver com o Hamas e os ataques atrozes do Hamas e que também está sofrendo como resultado disso”, disse Biden em um discurso na Filadélfia. Anteriormente, seu secretário de Estado, Antony Blinken, havia pedido para Israel adotar “todas as precauções possíveis” para evitar a morte de civis. O ataque sangrento do Hamas contra Israel não justifica a “destruição ilimitada” do enclave palestino, advertiu, por sua vez, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Nesta sexta, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) realizou uma reunião para discutir as questões humanitárias em Gaza e os problemas ocasionado pelo conflito entre Israel e Hamas. Mas, o encontro, que foi presidido pelo Brasil, que está na presidência no mês de outubro, não chegou a um acordo. Contudo, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, em entrevista aos jornalistas ao fim da reunião, disse que o país continuará trabalhando para conseguir chegar a soluções para a região e enfatizou que o objetivo principal é “prevenir mais derramamento de sangue e garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas. Questões humanitárias são urgentes, assim como criação de corredor para retirada de civis” e reforçou a posição brasileira sobre a necessidade de um cessar-fogo, ele também voltou a defender o apoio do país para a criação de dois Estados com fronteira acordadas, e garantiu que o país vai continuar acompanhando a situação da região e mantendo diálogo.
Fonte: Jovem Pan/Noticias

Influenciadora Karol Eller morre aos 36 anos

© Reprodução- Fecebook- Karol Eller
A influenciadora e assessora parlamentar Karol Eller, apoiadora do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), morreu na quinta-feira, 12, em São Paulo, aos 36 anos. A informação foi confirmada por políticos da direita e por uma publicação feita horas depois nas próprias redes sociais da influenciadora.

Karol Eller esteve em Brasília durante o 8 de Janeiro, quando fez transmissão dos atos golpistas pela internet.

Ela negava taxativamente envolvimento ou apoio às ações vandalismo. Era conhecida pela militância em favor de Jair Bolsonaro. Também tinha relação próxima com os filhos do ex-presidente.

A presença nos atos rendeu a ela a perda do cargo que tinha em escritório da agência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro. Posteriormente, em março de 2023, foi admitida como assessora especial do deputado estadual paulista Paulo Mansur (PL).

Abertamente homossexual, Karol costumava ser citada por políticos à direita para negar acusações de homofobia.

Em julho, ela se filiou ao PL em evento na Alesp que contou com a participação de Bolsonaro.

A influenciadora tinha planos para as eleições municipais de 2024. O partido a tratava como "destacada liderança jovem em defesa da política de direita e do governo Bolsonaro".

No mês passado, a jovem se converteu à fé cristã e divulgou uma nota afirmando ter renunciado à "prática homossexual, aos vícios e aos desejos da carne para viver Cristo". O anúncio foi feito após um retiro religioso.

A morte gerou consternação entre lideranças políticas bolsonaristas. "Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!", escreveu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma foto em preto e branco com a influenciadora. "Com muito pesar mesmo acabei de receber a notícia do falecimento da Karol Eller. Que Deus em sua infinita bondade conforte familiares e amigos, vai fazer falta por aqui!", disse.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos primeiros a confirmar a morte. "Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares", afirmou Ferreira.

Ataque em quiosque

Em dezembro de 2019, Karol foi agredida em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. A influencer estava acompanhada da namorada e teria sido vítima de um ataque homofóbico. O agressor a atacou com socos e pontapés, deixando a jovem com o rosto desfigurado.

Como mostrou o Estadão, inicialmente, a Polícia Civil investigava o caso como homofobia, entretanto o rumo da apuração virou quando a delegada do caso, Adriana Belém, concluiu que foi a youtuber que iniciou as agressões após ouvir os envolvidos no caso.

Antes de confirmada a morte, o perfil de Karol Eller no Instagram publicou mensagens com afirmações como "perdi a guerra" e "lutei pela pátria".

Obras na BA-612 entre Candiba e Guanambi são inauguradas, beneficiando quase 100 mil baianos

Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
Ainda na região de Guanambi, nesta sexta-feira (13), o governador Jerônimo Rodrigues cumpriu agenda de compromissos na cidade de Candiba, onde inaugurou o trecho de 16 quilômetros da BA-612, entre Candiba e o distrito de Mutãs (Guanambi), que passou por obras de recuperação no valor de R$ 19.322.981,39, beneficiando 98 mil habitantes dos dois municípios, ajudando a escoar agricultura, minério e pecuária. As obras foram executadas pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), autorizada a celebrar convênio com a prefeitura para realizar a pavimentação entre o centro da cidade e a BA-612.
Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
“Eu autorizei aqui a prefeitura a fazer um convênio com a Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia) para a gente repassar o dinheiro e licitar essa obra. Eles pediram que pudéssemos fazer a pavimentação do acesso da cidade e eu pedi ao prefeito para fazer isso através da prefeitura, e teve consenso”, explicou o governador sobre o trecho autorizado, que possui cerca de um quilômetro e investimento previsto em torno de R$ 1 milhão.
Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
Superintendente de infraestrutura de transportes da Seinfra, Saulo Pontes destacou que a recuperação da rodovia facilita o escoamento da produção agrícola, principalmente, do milho, mas também forma um anel, uma rota, para essa atividade. “Com a inauguração de hoje em Pindaí e com essa em Candiba, o governo chega a 146 ações de melhorias e ampliação da infraestrutura rodoviária do Estado”, acrescentou.

O governador aproveitou a passagem pela cidade para visitar as obras de construção da escola estadual de tempo integral, que tem previsão de conclusão para 2024. Já no Parque de Exposições José Vaqueiro, o governador deu por entregue as obras do Sistema de Abastecimento de Água no Povoado de Dourados, que beneficia 170 habitantes, com um investimento de R$ 505.214,55, além da requalificação de uma cozinha comunitária no loteamento Jardim Paraíso e de uma unidade de beneficiamento de mandioca, na Comunidade Lagoa do Morro.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, destacou a importância de investir na agricultura familiar. “Eu visitei as duas unidades. Fizemos um investimento de R$ 1,4 milhão. A gente se sente orgulhoso de poder contribuir com a agricultura familiar do município de Candiba. Teremos novidade na quantidade de títulos que serão entregues ano que vem. Isso nos anima muito, porque a gente sabe a felicidade que é para o homem do campo receber o título definitivo de sua área”, afirmou o titular da SDR.

Houve ainda a entrega de seis títulos de terra do Projeto Bahia Mais Forte Terra Legal, executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O agricultor Osvaldino Pereira comemorou a oficialização da posse. “Estou muito feliz, porque agora tenho a segurança de que a terra é minha e ninguém vai tirar. Agora, vou ter alguma coisa para deixar para os meus netos”, ressaltou.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Fufuca é único ministro de Lula a chamar Hamas expressamente de terrorista nas redes sociais

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil /O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA)

O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais. O próprio presidente e alguns outros ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias.

O Brasil tem adotado uma linguagem cautelosa para se referir ao conflito com o argumento de que tenta atuar como mediador entre os dois lados e também repatriar cidadãos brasileiros que estão tanto em Israel como na Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas. O governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

“Expresso minha total solidariedade ao povo israelense, que enfrenta ataques brutais prospectado [sic] pelo grupo terrorista Hamas. Vamos orar pelas vítimas, e orar para que Deus conforte o coração de todos os familiares e amigos por suas perdas”, escreveu o ministro na rede social X (antigo Twitter) no último sábado, 7, horas após o início do ataque.

A declaração de Fufuca é diversa da posição adotada pelo Itamaraty. O Brasil só considera terroristas entidades e pessoas que estão incluídas na lista do Conselho de Segurança da ONU, o que não é o caso do Hamas, responsável pelos ataques em território israelense. “A prática brasileira, consistente com a Carta da ONU, habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos e na proteção de cidadãos brasileiros em zonas de conflito”, disse o Itamaraty em nota divulgada na quinta-feira, 12.

Em publicação nas redes sociais na noite do mesmo dia, Lula disse ter reafirmado “a condenação brasileira aos ataques terroristas” em conversa com o presidente de Israel, Isaac Herzog. Ao mesmo tempo, pediu que não falte água, luz e remédios em hospitais. “Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança”, escreveu o presidente, sem citar o Hamas em nenhum momento. Na mesma linha, Simone Tebet (MDB) falou em “ataques terroristas” e Alexandre Padilha (PT) declarou que o Brasil repudia o terrorismo “em todas as suas formas”.

Quem destoou do discurso oficial, assim como Fufuca, foi a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB). No seu caso, porém, ela reproduziu nas redes sociais uma carta de seu partido, que considera que o Hamas contra-atacou Israel. O documento lamenta as mortes de vítimas israelenses e palestinas, mas atribui maior responsabilidade pelo conflito ao Estado israelense devido à ocupação de território palestino por meio de “assentamentos ilegais”.

“Esta guerra já está em curso há muitos anos e há três décadas os palestinos fizeram concessões importantes, nos chamados Acordos de Oslo, nunca cumpridos por Israel, que garantiam negociações pacíficas como caminho para o estabelecimento de um Estado Palestino independente, com fronteiras internacionalmente reconhecidas”, diz trecho da carta do PCdoB republicada pela ministra.

Ministros destacam operação de repatriação

A estratégia das lideranças do governo nas redes sociais, nos últimos dias, passa por destacar o esquema de repatriação de brasileiros em áreas de conflito e atribuir o rótulo de “estadista” ao presidente Lula. Dois ministros do governo, Camilo Santana (PT) e Paulo Teixeira (PT), publicaram a mesma mensagem no Instagram nesta sexta-feira, 13, contendo dados da operação.

“Decolou há pouco, de Tel Aviv, em Israel, o quarto voo da Operação Voltando em Paz. Embarcaram no avião 207 repatriados brasileiros e quatro pets. Ao todo, a operação coordenada pelo governo federal já repatriou mais de 700 cidadãos e cidadãs”, escreveram.

“Esses devem ser os dois grandes objetivos do Brasil: promover a paz e trazer de volta com segurança as famílias de brasileiros e brasileiras que estão lá. Nós não devemos nos distanciar desse foco”, resumiu Paulo Pimenta (PT), da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em um vídeo publicado em seu perfil do Instagram também nesta sexta.

Pedro Augusto Figueiredo/Samuel Lima/Natália Santos/Estadão

Em reunião do Conselho de Segurança, Vieira chama ataques de ‘terrorismo’

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, referiu-se duas vezes aos “ataques terroristas” realizados em Israel no último sábado (7), durante a reunião fechada do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York (EUA).

Uma delas foi quando mencionou os três brasileiros mortos pelos massacres do Hamas. O Brasil exerce a presidência rotativa do órgão.

O chanceler, no entanto, não usou o termo para chamar a organização palestina de “terrorista”. O Itamaraty diz que se abstém do uso da expressão com relação ao Hamas pelo fato de a entidade não ser considerada terrorista pela ONU.

A reunião terminou sem uma resolução do Conselho de Segurança. O Brasil defendeu que fossem aprovados corredores humanitários na faixa de Gaza. Haverá novas reuniões na semana que vem.

Fábio Zanini/Folhapress

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