Integrantes de organização criminosa são presos por tráfico de drogas
Drogas foram apreendidas pela Polícia Militar – Foto: Reprodução/PM |
Policiais militares de Sorriso-MT prenderam três homens e uma mulher e apreenderam dois adolescentes por associação para tráfico de drogas, no começo da noite da última quinta-feira (26). Na ação, a PM fechou dois pontos de venda de entorpecentes e apreendeu tabletes e porções de substâncias análogas a maconha, pasta base, cocaína e comprimidos de ecstasy.
A equipe do 12º BPM recebeu denúncias anônimas sobre dois pontos de venda de entorpecentes no bairro Jardim Primavera. Segundo as informações, os locais eram controlados por membros de uma organização criminosa e possuíam grande movimentação de usuários de drogas.
Em monitoramento ao local, os militares encontraram um suspeito na frente de uma residência. O homem tentou fugiu mas foi detido pelos policiais. Com ele os policiais encontraram uma sacola contendo porções de maconha.
Questionado se havia mais drogas em sua casa, o suspeito levou os policiais para o interior do imóvel e entregou um tablete inteiro e mais porções de maconha, que estavam escondidos na pia da cozinha.
Na sequência, os militares se deslocaram ao segundo endereço denunciado e viram a movimentação de suspeitos em frente a casa, enquanto um veículo Corsa preto fugia do local com alguns ocupantes.
Os militares se dividiram para abordagem aos dois grupos. Na residência, foram localizados dois suspeitos homens e, com eles, mais tabletes de maconha, porções de pasta base de cocaína e um pacote contendo 26 comprimidos de ecstasy. Além disso, também foram apreendidos cadernos de anotações e outros materiais utilizados para o tráfico.
Já no veículo Corsa, uma mulher e os dois suspeitos adolescentes foram detidos. Dentro do carro, os militares localizaram uma bolsa com mais porções maconha e pedras de pasta base. Questionados, a mulher confessou que todos os detidos eram membros de uma organização criminosa e que fariam a distribuição das drogas para outros pontos na cidade.
Diante da situação, todos os suspeitos foram conduzidos à Delegacia para registro da ocorrência e demais providências que o caso requer.
AgoraMT
Suspeitos de integrar facção criminosa são presos com grande quantidade de armas, munições e drogas
Polícia Militar apreendeu armas, munições e drogas – Foto: Reprodução/PM |
Na ação, foram apreendidos uma carabina, uma pistola, uma espingarda, 266 munições de diversos calibres, carregadores e R$1.100 em espécie.
Além disso, foram localizados na casa sete quilos de maconha, quase um quilo de cocaína, 700 porções de skank e materiais para embalagem e comercialização dos entorpecentes.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, durante trabalho integrado entre as unidades especializadas da Polícia Militar, em buscas de suspeitos integrantes de facção criminosa envolvidos em crimes de homicídio, roubo e tráfico de drogas, as equipes chegaram até uma residência, na qual estaria escondida uma caminhoneta que daria apoio aos crimes.
Assim que chegaram em uma residência localizada na Rua das Seringueiras, os policiais identificaram o carro com as mesmas características apontada nas denúncias e realizaram abordagem ao motorista, que correu para os fundos do imóvel.
Durante buscas na casa, os policiais conseguiram prender o condutor do veículo e localizaram outros dois suspeitos no interior da casa, que não resistiram à prisão.
Os suspeitos afirmaram não serem autor dos crimes na região, mas confessaram que apenas dariam apoio nas fugas.
O trio e todo material apreendido foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência e demais providências que o caso requer.
AgoraMT
‘Doa a quem doer, mas PT terá candidatura em Salvador para disputar Prefeitura’, dispara Suíca
Foto: Divulgação |
“Conversamos ontem com nosso povo e viemos trazer a mesma notícia de sempre: vamos ter candidato em 2024 doa a quem doer. Quem elege é o povo e não são setores descontentes que vão avacalhar o processo de construção social coletiva que o PT vem fazendo em seus governos. Temos que unir forças da militância e de nossos dirigentes para que tenhamos uma chapa majoritária forte e que chegue para disputar de igual. Sempre torci por uma candidatura negra, mas sou daqueles que seguem o partido e sua militância”, descreveu Suíca ao lado do senador Jaques Wagner (PT).
O vereador de Salvador ainda ampliou os debates no interior do estado. Mesmo concorrendo à reeleição na capital, Suíca defendeu que o PT tenha chapas fortes em todos os municípios importantes para a consolidação do projeto estadual. “Estamos de olho em 2026, obviamente, por isso o PT tem que sair cada vez mais forte e unido. É de dentro para fora e não ao inverso. Vamos buscar atuar para levar mais informações, formações e mais serviços ao povo que mais precisa. É isso que o PT sabe fazer e é isso que o Mandato da Gente sabe fazer”, completou o edil.
Com o apoio da Prefeitura de Ipiaú, município sedia 1º encontro de mulheres empreendedoras
Fotos: Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú |
Na última sexta-feira, 27 de outubro, o município de Ipiaú foi palco do 1º Encontro de Mulheres Empreendedoras, intitulado "Elas Podem Day." O evento exclusivo para mulheres teve como principal objetivo promover o empoderamento feminino e incentivar o empreendedorismo entre as mulheres da comunidade.
Fotos: Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú |
O encontro, que ocorreu durante todo o dia na câmara de vereadores, foi marcado por uma palestra enriquecedora sobre o universo do empreendedorismo, ministrada pela CEO do Club de Empreendedoras da Bahia, Patrícia Salles. Promovido pela Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e também pela Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ipiaú (ACEI), o evento reuniu mulheres determinadas a desenvolver seus projetos e negócios, além de compartilhar experiências e realizar networking.
Fotos: Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú |
Entre os temas abordados neste encontro estavam o autoconhecimento, autoconfiança, liderança, marca pessoal, comunicação e empreendedorismo, assuntos fundamentais para o sucesso das mulheres empreendedoras.
Fotos: Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú |
Este foi um uma excelente oportunidade para as participantes se conectarem, se inspirarem e darem os primeiros passos em direção ao sucesso em seus empreendimentos. O evento também contou com o apoio do Clube de Empreendedoras de Vitória da Conquista, da Câmara de Vereadores de Ipiaú, da Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Bahia, bem como do Beija-flor Hotel e da Churrascaria O Visgueirão.
Fotos: Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú |
O programa ELA PODE, que é totalmente gratuito e exclusivo para mulheres, também esteve presente no evento. Ele tem como objetivo apoiar as mulheres na conquista de empregos ou no desenvolvimento de seus próprios negócios. O curso é realizado em todo o Brasil pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, em parceria com as Multiplicadoras do programa.
Em véspera de plenária do PT, PCdoB Salvador reforça pré-candidatura de Olivia em 2024
Foto: Divulgação |
Em um ato político marcado pela participação de dirigentes, filiados e filiadas, de parlamentares e militantes das causas sociais, além de representantes do PT, PSB e outros partidos, o PCdoB de Salvador reafirmou o nome da deputada estadual Olivia Santana como pré-candidata à prefeitura de Salvador.
A atividade abriu a Conferência Municipal do partido, na noite desta sexta-feira (27), no teatro da Faculdade Visconde de Cairú, nos Barris, e segue até este sábado (28), quando os delegados e delegadas eleitos nas pré-conferências vão eleger os novos dirigentes que estarão à frente da sigla no próximo biênio.
Em seu discurso de abertura, a atual presidenta do Comitê Municipal, Aladilce Souza, fez um balanço da sua gestão, que enfrentou uma pandemia e a ultradireita no poder, e falou do desafio que foi derrotar Bolsonaro nas urnas em 2022 e dar continuidade ao governo democrático na Bahia. “O povo brasileiro e o PCdoB foram à luta e de lá para cá nossa atitude é de sustentação do governo Lula. Nós derrotamos Bolsonaro, mas o Bolsonarismo está aí, atuando no Congresso e se expressando através do ódio, do conservadorismo e das teses mais absurdas e retrógradas. Aqui na Bahia elegemos um governo democrático pela quinta vez. Um feito que conseguimos com outras forças democráticas e que vamos levar adiante com a contribuição direta de nossa secretária Ângela Guimarães e do secretário Davidson Magalhães”.
A ex-vereadora lembrou ainda que o desafio agora é romper o ciclo de pobreza, sustentado pelas gestões carlistas em Salvador, e que Olivia é a candidata que atualmente reúne as melhores condições. “Essa cidade querida, a primeira capital do país, é muito pobre e vem sendo comandada há anos pelas mesmas elites, pelas mesmas famílias. O PCdoB possui atuação em diversos espaços sociais e precisamos encarar o desafio de vencer as eleições na cidade. E Olívia tem toda legitimidade, qualificação, experiência e trajetória política para representar a Federação e a base do governo’.
O vice-presidente do PCdoB na Bahia, Geraldo Galindo, destacou a atuação do partido na cidade e a capacidade política da deputada. “O PCdoB está presente em todas as lutas do povo de Salvador. E com esta trajetória chegou a uma situação de capacidade que precisa e deve se apresentar cada vez mais para disputar a grande política. E Salvador precisa de uma prefeita que seja a cara da cidade, que é a nossa companheira Olivia Santana”.
Hélio Ferreira, vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários, abordou a situação do transporte público e chamou a atenção para o debate político. “O transporte público está à beira do caos e a população está revoltada. A cidade está lotada de carros que vão congestionando as ruas e as pessoas acabam perdendo muito tempo para se deslocar. E tempo é laser, é dinheiro, é cultura, é tudo. É importante que a militância faça o debate sobre qual cidade queremos para, no futuro, corrigir esses problemas e dar à Salvador uma prefeita que a cidade merece”.
A deputada federal Alice Portugal falou do cenário favorável. “Temos um nome absolutamente preparado, moldado, articulado com a cidade e que está pronta para ser prefeita. Não há porquê nutrir fórmulas diferentes se temos o melhor a oferecer à cidade. Essa conferência joga um papel muito importante para que a gente possa afirmar essa expectativa. Sempre tivemos espírito democrático e peito aberto para o processo de construção coletiva porque é nele que temos a possibilidade de construir a vitória.”
A deputada Olivia Santana lembrou do projeto político do partido e falou da importância de uma candidatura unificada que aglutine as forças da esquerda. “A nossa relação com a esquerda é de cooperação em torno de um projeto de transformação social e é isso que nos move, nos movimenta. E, portanto, temos o direito de pautar o debate sobre a sucessão na capital baiana e apresentar nomes com critérios legítimos. O PCdoB defende que seja uma candidatura unitária que unifique todo o campo de esquerda e precisamos trabalhar para que isso aconteça”.
Ela destacou ainda sua trajetória na gestão pública. “Nós estamos preparadíssimos para qualquer debate sobre a cidade. Fui vereadora por 10 anos, secretária três vezes e acabamos de sair de uma eleição em que tivemos mais de 56 mil votos só em Salvador, sendo a mais bem votada na cidade”.
A Conferência Municipal é resultado de dois meses de intensos debates com a base comunista soteropolitana, quando foram realizadas cerca de 30 pré-conferências, em diversos territórios e frentes de atuação do partido, com a participação de aproximadamente 800 militantes.
O vereador e presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, falou do processo de construção do evento. “Esta conferência é o resultado de cada organismo de base que se reuniu para fortalecer a democracia e consolidar um projeto de partido para fazer transformações no sentido radical da palavra”.
Participaram ainda a Secretária da Setre, Ângela Guimarães; Ademário Costa, dirigente do PT Salvador, Zulu Araújo, dirigente do PSB; Rosa Souza, presidenta da CTB Bahia; Natan Ferreira, presidente da UJS Bahia; Luiz Pataxó, presidente da UNE Bahia; Mariana Duarte, presidente da Unegro Bahia; Cássia Maciel, pró-reitora da UFBA; entre outros.
Fabya Reis contraria Geraldo e diz que ‘evento do PT é 100% Robinson’
Foto: Alexandre Galvão/Política Livre |
Cotada como vice em uma eventual pré-candidatura encabeçada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) à Prefeitura de Salvador, a secretária de Desenvolvimento Social, Fabya Reis (PT), afirmou, na manhã deste sábado (28), em conversa com a imprensa durante plenária municipal do seu partido, que o evento de hoje é “100% Robinson Almeida”, deputado estadual e pré-candidato pelo PT.
“O PT tem um protagonismo na política, hoje recebendo toda nossa militância, uma manhã com muitas expectativas. Vamos receber o senador, o nosso pré-candidato Robinson Almeida. É um evento 100% Robinson, não tenho dúvidas disso. Aqui consolidando a pré-candidatura do PT”, declarou.
Ela previu que “em breve” o conselho político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) deve se reunir, juntamente com todos os partidos que compõem a sua base para definição de um nome do grupo para tentar impedir a reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil).
“O indicativo eu acredito que seja em breve. Todos os partidos da base estão discutindo as suas estratégias. O governador deve fazer uma convocação para que a gente tenha uma definição. Acho que a informação surgiu, não tenho a confirmação de quem plantou, isso não está consolidado. O conselho ainda irá sentar para essa definição”, afirmou.
Mateus Soares e Alexandre Galvão / Política Livre
Treze pessoas ligadas ao tráfico de drogas e homícidios são capturadas durante Operação Ancorar
A quadrilha, com atuação no Sul do estado, foi desarticulada no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia.
Ascom PCBA |
Treze homens envolvidos com o trafico de drogas e mais de 20 homicídios ocorridos nos municípios de Itabuna, Ilhéus, Teixeira de Freitas, Barro Preto, no sul e extremo sul do estado, tiveram mandados de prisão cumpridos nesta sexta-feira (27), no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia, durante as ações da Operação Ancorar, deflagrada pelos Departamentos Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), de Inteligência Policial (DIP) e de Polícia do Interior (Depin).
Dentre os presos, dois são lideranças do tráfico de drogas e comandavam a organização criminosa da Bahia, na cidade de Santana da Parnaíba, em São Paulo, e no Rio de Janeiro. Na Bahia, os mandados foram cumpridos na região de Itabuna, Ilhéus e no presídio feminino em Salvador. Quarenta e três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos, drogas apreendidas, documentos e anotações de movimentações financeiras.
“Além da liderança, o braço financeiro do grupo foi desarticulado. Os presos dos outros estados serão recambiados para a Bahia”, explicou o diretor do Denarc, delegado José Bezerra Alves.
Texto e imagem: Ascom PCBA
Justiça decreta prisão do marido de cantora gospel Sara Mariano; homem confessou feminicídio
Foto: Reprodução/Redes sociais / Suposta traição foi a motivação para o crime |
A Justiça decretou a prisão temporária do esposo de Sara Mariano, Ederlan Santos Mariano, na noite da última sexta-feira (27). Segundo informações do Mais Região, parceiro do Bahia Notícias, o homem teria confessado a participação na morte da vítima.
O corpo da cantora gospel foi encontrado carbonizado, na sexta, nas margens da BA-093, em Dias d’Ávila, e foi reconhecido pelo próprio marido de Sara, que esteve o esteve presente no local no momento da busca. A pastora estava desaparecida desde a terça (24), quando saiu de casa no bairro de Valéria, em Salvador, para seguir rumo a um suposto evento religioso na cidade.
O Mais Região obteve detalhes da investigação da Polícia Civil, onde as circunstâncias apontaram Ederlan como o mandante do crime.
Segundo investigações, o principal indício contra o acusado, foi um pedido realizado, um dia após o desaparecimento de Sara, na quarta (25). O suspeito foi até uma assistência técnica de celulares no bairro onde reside e pediu para que o aparelho celular que pertencia à cantora fosse formatado. O proprietário do estabelecimento contou à Polícia que Ederlan estava nervoso e apreensivo no momento que chegou à loja. O homem disse que não tinha conhecimento do desaparecimento de Sara.
Um segundo depoimento prestado na sexta, reforçou mais ainda as suspeitas contra Ederlan, já que ele havia negado à Polícia a existência de traição por parte da cantora.
Além disso, após ter conhecimento do desaparecimento de Sara, um homem revelou à polícia que teve uma relação extraconjugal com Sara há cerca de quatro meses e que o caso teria sido descoberto pelo esposo, após ter acesso às conversas da pastora com o suposto amante. O homem contou que a conheceu há seis meses quando trabalhava como Uber em Salvador, que passou a fazer várias viagens para Sara e que através desse contato eles acabaram se envolvendo.
A polícia também teve acesso a um áudio de Sara enviado pelo Whastapp onde ela relata que Ederlan estava tentando comprar uma arma. Na gravação, a cantora disse que ameaçou terminar o casamento caso ele aparecesse com alguma arma em casa.
Após os indícios apresentados, Ederlan acabou confessando ao delegado Euvaldo Costa, titular da 25ª Delegacia de Dias d’Ávila.
O acusado foi encaminhado para Salvador onde fará exame corpo delito, em seguida retornará para a 25ª, onde ficará custodiado.
Por: Bahia noticias.
Exército israelense anuncia ataque a 150 alvos subterrâneos na Faixa de Gaza
Foto: Aris Messinis/AFP |
O exército israelense “bombardeou 150 alvos subterrâneos” no norte da Faixa de Gaza durante a noite, anunciou um comunicado militar divulgado neste sábado (28).
“Durante a noite, as aeronaves de combate das Forças Armadas de Israel (exército israelense) bombardearam 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis utilizados por terroristas, locais de combate subterrâneo e outras infraestruturas”, afirmou o comunicado. “Vários terroristas do Hamas foram mortos”, acrescentou.
Israel também alegou ter matado um líder do Hamas que estava encarregado de “paramotores, drones, equipamentos de detecção e defesa antiaérea”.
“Asem Abou Rakaba participou na organização do ataque às comunidades fronteiriças da Faixa de Gaza em 7 de outubro”, afirmou o comunicado.
“Ele liderou os terroristas que se infiltraram em Israel com paramotores e era responsável pelos ataques com drones contra as postagens de vigilância das Forças de Defesa de Israel (exército israelense)”, acrescentou o comunicado do exército israelense, divulgado no sábado após uma noite intensa de bombardeios no enclave palestino.
Os bombardeios continuavam no sábado na Faixa de Gaza, alvo de ataques israelenses sem precedentes três semanas após o ataque do Hamas em 7 de outubro.
A Faixa de Gaza está isolada do resto do mundo desde sexta-feira, com as telecomunicações e a internet interrompidas.
Folha de São Paulo
Israel entra em Gaza pelo 2º dia seguido e expande ofensiva terrestre
Militares de Israel entraram na Faixa de Gaza pelo segundo dia consecutivo, nesta sexta-feira (27), numa incursão que voltou a ser descrita como pontual e, ao mesmo tempo, sugere um preparativo para uma invasão de larga escala. Segundo o Exército, as ofensivas ainda vão aumentar.
A ação na madrugada desta sexta ocorreu nos arredores do bairro de Shejaiya, na cidade de Gaza, região norte da faixa homônima, com a participação de militares da infantaria e de forças blindadas, segundo o jornal Times of Israel. Drones e helicópteros da Força Aérea israelense forneceram apoio aéreo.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que os militares destruíram locais usados pela facção Hamas, incluindo plataformas de lançamento de mísseis guiados antitanque e centros de comando. Vários integrantes do grupo terrorista foram atingidos na incursão, acrescentou Tel Aviv.
A ofensiva ocorreu um dia após o que seria a maior incursão ao território palestino desde o começo da guerra, segundo a rádio do Exército. Na quinta (26), tanques e escavadeiras de Israel romperam barreiras e avançaram também no norte de Gaza. Um vídeo divulgado pelas Forças Armadas de Israel mostra os blindados disparando e explosões em prédios residenciais. Assim como nesta sexta, a ação foi descrita como limitada, e as forças israelenses deixaram o território horas depois.
As autoridades divulgaram poucos detalhes das incursões, mas o porta-voz militar Daniel Hagari admitiu que as forças de Israel intensificaram os ataques contra Gaza nos últimos dias. Ele disse também que as operações terrestres vão expandir. “A Força Aérea está atingindo alvos subterrâneos de forma muito significativa”, afirmou, acrescentando que não há relatos de soldados israelenses feridos nas duas ações.
Hagari acusou o Hamas de construir um centro de comando militar num túnel embaixo do hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza. A base seria usada pelos terroristas como uma espécie de escudo contra os ataques israelenses.
“O Hamas transformou hospitais em centros de comando e de controle, além de esconderijos para os terroristas e seus comandantes”, disse. O militar afirmou que o Exército e a agência de segurança israelense, a Shin Bet, têm evidências que mostram como a facção utiliza de forma rotineira infraestruturas humanitárias em Gaza para suas atividades terroristas.
O militar ainda divulgou um áudio em que dois homens não identificados, que seriam moradores de Gaza, conversam sobre os centros de comando. “Agora eles [israelenses] têm os mapas de todos os túneis. Quando eles explodem uma universidade, uma mesquita ou uma escola […] há sedes [do Hamas] abaixo”, afirma um deles, em árabe, na suposta gravação. “A sede da liderança [do Hamas] está sob o complexo do [hospital] Al-Shifa”.
Ezzat El-Reshiq, membro do departamento político do Hamas, rejeitou as acusações em um canal do aplicativo Telegram. Segundo ele, Israel “espalha mentiras” sobre o grupo como “um prelúdio para cometer massacres” contra o povo palestino.
Além da incursão na parte norte, bombardeios também foram registrados no sul do território palestino, onde Israel disse ter matado mais um comandante do Hamas. Madhat Mubasher, chefe do Batalhão Oeste de Khan Yunis, teria sido atingido em um dos ataques aéreos —informação que não havia sido confirmada pelo Hamas até a tarde de sexta.
Segundo as IDF, mencionada pelo The Times of Israel, Mubasher participou de “ataques com franco-atiradores e foi responsável por explosivos [usados] contra as forças e cidades israelenses”.
Desde que a guerra começou, Tel Aviv anunciou ter matado várias lideranças do Hamas. Nesta quinta, quatro chefes do batalhão Darj Tafah, do grupo terrorista, teriam sido mortos também em bombardeios.
O aumento das ofensivas ocorre em meio ao temor de uma expansão do conflito no Oriente Médio e após a invasão de larga escala, prometida por Israel, ser objeto de debates e especulações após um suposto atraso. Publicação do jornal The Wall Street Journal afirmou na quarta (25) que a Casa Branca pediu a Israel que adiasse a ofensiva para reforçar as defesas das bases americanas na região.
O oficial do Hamas Abu Hamid, que está em viagem em Moscou, disse à imprensa russa que a libertação de reféns detidos em Gaza só ocorrerá se for estabelecido um cessar-fogo. O grupo palestino afirmava ter 250 pessoas em seu poder, enquanto Tel Aviv agora contabiliza 229 vítimas sequestradas.
Mas, ao menos por ora, não há sinais de apaziguamento. Ao menos quatro pessoas ficaram feridas após um foguete atingir um prédio residencial em Tel Aviv. Segundo o Times of Israel, uma das vítimas, de 20 anos, sofreu lesões moderadas.
O ataque fez parte de uma série de foguetes lançados contra Tel Aviv, cuja autoria foi reivindicada pelas Brigadas Al-Qasam, braço militar do Hamas. Segundo a polícia, o artefato atingiu um apartamento no último andar.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que o foguete atinge o prédio. As imagens não puderam ser verificadas de forma independente. O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, compareceu ao local atingido e disse que apenas escolas com abrigo antiaéreo vão abrir na cidade.
Após 20 dias de bombardeios diários na Faixa de Gaza, a ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou nesta que Israel pode estar cometendo crimes de guerra contra civis no território palestino.
“Estamos preocupados que crimes de guerra estejam ocorrendo. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra”, afirmou em Genebra a porta-voz para Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani.
A organização já havia informado que investiga possíveis crimes desde que o conflito entre Israel e Hamas começou, em 7 de outubro. Investigadores disseram estar coletando provas de eventuais irregularidades de ambos os lados da guerra, e afirmaram estar comprometidos com a responsabilização dos envolvidos, tanto dos diretamente ligados a agressões quanto daqueles em posições de comando.
Os ataques terroristas feitos por integrantes do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas em solo israelense. A retaliação de Tel Aviv, por sua vez, matou 7.326 pessoas, incluindo 3.038 crianças, até a tarde desta sexta, segundo o Ministério da Saúde em Gaza.
Quase três semanas após o início do conflito, os números não param de aumentar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que recebeu informações sobre aproximadamente 1.000 corpos soterrados nos escombros em Gaza. O número não consta no total de baixas. A informação foi divulgada pelo porta-voz Richard Peeperkor, que não especificou a fonte da estimativa.
Palestinos dizem que os ataques de Israel em Gaza atingem civis, enquanto os israelenses dizem ter como alvos infraestruturas e integrantes do Hamas. A agência de refugiados palestinos da ONU (UNRWA) disse que 53 funcionários das Nações Unidas foram mortos no território.
Também nesta sexta, a empresa de telefonia palestina Jawal disparou mensagens dizendo que seus serviços de comunicação e de internet seriam interrompidos na Faixa de Gaza. A falta de conexão coloca em risco todo o contato dos palestinos com o mundo externo.
Folhapress
Assembleia-Geral da ONU aprova resolução exigindo cessar-fogo
Foto: Reuters |
O placar foi de 120 votos favoráveis, 14 contrários e 45 abstenções. Para ser aprovada pela Assembleia-Geral, que abrange os 193 membros da ONU, uma resolução precisa do apoio de dois terços dos Estados presentes e votantes —um total de 179 nesta sexta.
O Brasil votou favoravelmente.
O documento não cita o Hamas, mas uma emenda apresentada pelo Canadá, e com apoio de 36 Estados, como europeus e americanos, pediu a inclusão de um trecho em que o grupo terrorista é condenado pelos ataques de 7 de outubro e o sequestro de reféns. O adendo também pedia sua soltura imediata a incondicional.
A emenda, no entanto, foi rejeitada ao não ober dois terços de apoio: teve 88 votos favoráveis, incluindo do Brasil, 55 contrários e 23 abstenções.
Antes da votação, os representantes da Jordânia e Paquistão, de um lado, e Canadá, de outro, trocaram ataques. Enquanto o canadense criticou a ausência da menção ao Hamas, justificando a emenda apresentada, o paquistanês afirmou que a resolução tampouco condena Israel —questionando a parcialidade de Ottawa ao enfatizar a ausência do terrorista do documento.
O texto final aprovado exige ainda o respeito ao direito internacional, enfatizando a proteção de civis e objetos civis, e o suprimento de bens e serviços básicos, como água e combustível, à Faixa de Gaza.
Chamando Israel de “Poder Ocupante”, a resolução exige que Tel Aviv revogue a ordem de evacuação do norte de Gaza e “rejeita firmemente qualquer tentativa de transferência forçada da população civil palestina”.
A convocação da Assembleia-Geral acontece diante da paralisia do Conselho de Segurança, instância máxima das Nações Unidas, formado por 15 membros, sendo 10 eleitos e 5 permanentes —estes com poder de veto. Responsável pela garantia da paz e segurança internacional, o grupo fracassou até o momento em dar uma resposta à escalada de violência no Oriente Médio.
Quatro resoluções foram postas para votação, duas pelos russos, que não obtiveram o mínimo de votos necessários, uma pelo Brasil, que teria sido aprovada não fosse o veto dos Estados Unidos, e outra por Washington, que também teria passado, embora com menos votos do que a brasileira, mas foi vetada por Rússia e China.
“Nós ainda acreditamos que nossa primeira proposta de resolução poderia ter sido o melhor resultado possível para o conselho quando nós a apresentamos”, afirmou nesta sexta o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese, durante a sessão da Assembleia-Geral.
O diplomata não pediu um cessar-fogo imediato, como outros países que apoiaram a resolução fizeram. “Uma cessação das hostilidades é urgentemente necessária, para que condições para um cessar-fogo completo, durável e respeitado sejam criadas”, afirmou.
A representante americana, Linda Thomas-Greenfield, fez duras críticas à resolução votada pela assembleia nesta sexta, sobretudo pela falta de menções ao Hamas e aos reféns. Ela ainda usou o púlpito para atacar os russos, que, segundo ela, apresentaram textos unilaterais e de má-fé no Conselho de Segurança. “Resoluções parciais são documentos puramente retóricos que buscam nos dividir em um momento em que devemos nos unir”, afirmou.
A diplomata ainda ressaltou que o país apoia pausas humanitárias —algo que inicialmente Washington objetava, mas teve que ceder após pressão de demais membros do conselho. Ela não defendeu o cessar-fogo exigido pelo texto aprovado nesta sexta.
“Diante do cerco, dos assassinatos e do fracasso da comunidade internacional em pedir um cessar-fogo para permitir a entrada de ajuda humanitária, nós expressamos nosso descontentamento com a parcialidade e a seletividade ao lidar com essa crise, e lamentamos a hesitação de apoiar o direito do povo palestino de viver uma vida digna”, afirmou o representante da Arábia Saudita em um duro discurso.
O representante da União Europeia, Olof Skoog, por sua vez, criticou o uso de vetos pelos membros permanentes e o fracasso do conselho em cumprir sua missão. Ele ainda fez um apelo contra a desinformação e conteúdos ilegais espalhados nas redes sociais sobre o conflito, apontando que as plataformas digitais têm uma responsabilidade legal em combater esse problema.
Diferentemente da assembleia, uma resolução aprovada pelo conselho tem caráter mandatório, ou seja, quem descumpri-la pode ser punido. O Brasil trabalha agora em uma quinta proposta, em conjunto com os demais membros não permanentes, na tentativa de driblar um veto de EUA, Rússia e China —França e Reino Unido também têm poder para derrubar resoluções, mas não fazem uso dele desde 1989.
A resolução foi aprovada como um produto da décima sessão de emergência, iniciada em 1997 a pedido do Qatar e convocada de modo intermitente em momentos de agravamento do conflito entre Israel e Palestina desde então.
VEJA A ÍNTEGRA DO TEXTO APROVADO:
A Assembleia Geral,
Guiada pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas,
Recordando suas resoluções relevantes sobre a questão da Palestina,
Reafirmando a obrigação de respeitar e garantir o respeito ao direito humanitário internacional em todas as circunstâncias, de acordo com o artigo 1 das Convenções de Genebra de 12 de agosto de 1949,
Recordando as resoluções relevantes do Conselho de Segurança, incluindo as resoluções 242 (1967), 338 (1973), 446 (1979), 452 (1979), 465 (1980), 476 (1980), 478 (1980), 904 (1994), 1397 (2002), 1515 (2003), 1850 (2008), 1860 (2009) e 2334 (2016),
Recordando também as resoluções do Conselho de Segurança sobre a proteção de civis em conflitos armados, incluindo crianças em conflitos armados,
Expressando grave preocupação com a mais recente escalada de violência desde o ataque de 7 de outubro e a grave deterioração da situação na região, especialmente na Faixa de Gaza e no restante do Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, e em Israel,
Condenando todos os atos de violência contra civis palestinos e israelenses, incluindo todos os atos de terror e ataques indiscriminados, bem como todos os atos de provocação, incitamento e destruição,
Recordando a necessidade de respeitar os princípios de distinção, necessidade, proporcionalidade e precaução na condução das hostilidades,
Enfatizando que os civis devem ser protegidos, de acordo com o direito humanitário internacional e o direito internacional dos direitos humanos, e lamentando, a esse respeito, as pesadas baixas civis e a destruição generalizada;
Enfatizando a necessidade de buscar responsabilidade, e destacando a importância de garantir investigações independentes e transparentes de acordo com padrões internacionais,
Expressando grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e suas vastas consequências para a população civil, composta principalmente por crianças, e enfatizando a necessidade de acesso humanitário completo, imediato, seguro, sem obstáculos e contínuo,
Expressando forte apoio aos esforços do Secretário-Geral das Nações Unidas e a seus apelos para acesso imediato e irrestrito de ajuda humanitária para atender às necessidades básicas da população civil palestina na Faixa de Gaza, sublinhando a mensagem do Secretário-Geral de que alimentos, água, medicamentos e combustível precisam ser fornecidos em escala, e expressando seu apreço pelo papel crítico desempenhado pelo Egito a esse respeito,
Expressando forte apoio também a todos os esforços regionais e internacionais destinados a alcançar uma cessação imediata das hostilidades, garantir a proteção de civis e fornecer ajuda humanitária,
Recordando que uma solução duradoura para o conflito israelo-palestino só pode ser alcançada por meios pacíficos, com base nas resoluções relevantes das Nações Unidas e de acordo com o direito internacional,Exige um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado, levando a uma cessação das hostilidades;
Exige que todas as partes cumpram imediatamente e integralmente suas obrigações de acordo com o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional e o direito internacional dos direitos humanos, especialmente no que diz respeito à proteção de civis e objetos civis, bem como à proteção de pessoal humanitário, pessoas fora de combate e instalações e ativos humanitários, e para permitir e facilitar o acesso humanitário para o fornecimento de suprimentos e serviços essenciais a todos os civis necessitados na Faixa de Gaza;
Exige também o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem obstáculos de bens e serviços essenciais para civis em toda a Faixa de Gaza, incluindo, mas não se limitando a, água, alimentos, suprimentos médicos, combustível e eletricidade, enfatizando o imperativo, de acordo com o direito humanitário internacional, de garantir que civis não sejam privados de objetos indispensáveis à sua sobrevivência;
Exige acesso humanitário imediato, completo, sustentado, seguro e sem obstáculos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo e outras agências humanitárias das Nações Unidas e seus parceiros implementadores, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e todas as outras organizações humanitárias, respeitando os princípios humanitários e prestando assistência urgente a civis na Faixa de Gaza, encoraja o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para facilitar a entrega de ajuda humanitária a civis, e saúda os esforços nesse sentido;
Exige também a revogação da ordem de Israel, o Poder Ocupante, para que civis palestinos e pessoal das Nações Unidas, bem como trabalhadores humanitários e médicos, evacuem todas as áreas ao norte do Wadi Gaza na Faixa de Gaza e se desloquem para o sul da Faixa de Gaza, recorda e reitera que os civis são protegidos pelo direito humanitário internacional e devem receber assistência humanitária onde quer que estejam, e reitera a necessidade de tomar medidas adequadas para garantir a segurança e o bem-estar de civis e sua proteção, em particular de crianças, e permitir seu livre movimento;
Rejeita firmemente qualquer tentativa de transferência forçada da população civil palestina;
Exige a libertação imediata e incondicional de todos os civis que estão sendo ilegalmente mantidos em cativeiro, exigindo sua segurança, bem-estar e tratamento humano em conformidade com o direito internacional;
Exige respeito e proteção, de acordo com o direito humanitário internacional, de todas as instalações civis e humanitárias, incluindo hospitais e outras instalações médicas, bem como seus meios de transporte e equipamentos, escolas, locais de culto e instalações das Nações Unidas, bem como todo o pessoal humanitário e médico, jornalistas, profissionais de mídia e pessoal associado em conflitos armados na região;
Destaca o impacto particularmente grave que o conflito armado tem sobre mulheres e crianças, incluindo refugiados e pessoas deslocadas, bem como outros civis que possam ter vulnerabilidades específicas, incluindo pessoas com deficiência e idosos;
Ressalta também a necessidade de estabelecer urgentemente um mecanismo para garantir a proteção da população civil palestina, de acordo com o direito internacional e as resoluções relevantes das Nações Unidas;
Enfatiza a importância de prevenir a desestabilização e a escalada da violência na região e, nesse sentido, apela a todas as partes a exercer o máximo de contenção e a todos aqueles que têm influência sobre elas a trabalhar para esse objetivo;
Reafirma que uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestino só pode ser alcançada por meios pacíficos, com base nas resoluções relevantes das Nações Unidas e de acordo com o direito internacional, com base na solução de dois Estados;
Decide adiar temporariamente a décima sessão especial de emergência e autorizar o Presidente da Assembleia-Geral na sua sessão mais recente a retomar a reunião mediante solicitação dos Estados-membros.
Fernanda Perrin/FolhapressMUNDO
Enquanto Israel faz uma nova incursão terrestre em Gaza, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou nesta sexta (27) uma resolução exigindo um cessar-fogo humanitário imediato. O documento foi capitaneado pela Jordânia, em conjunto com os países árabes e islâmicos, e apoiado por 47 Estados-membros, incluindo a Palestina. O texto, no entanto, tem caráter apenas recomendatório, não mandatório.
O placar foi de 120 votos favoráveis, 14 contrários e 45 abstenções. Para ser aprovada pela Assembleia-Geral, que abrange os 193 membros da ONU, uma resolução precisa do apoio de dois terços dos Estados presentes e votantes —um total de 179 nesta sexta.
O Brasil votou favoravelmente.
O documento não cita o Hamas, mas uma emenda apresentada pelo Canadá, e com apoio de 36 Estados, como europeus e americanos, pediu a inclusão de um trecho em que o grupo terrorista é condenado pelos ataques de 7 de outubro e o sequestro de reféns. O adendo também pedia sua soltura imediata a incondicional.
A emenda, no entanto, foi rejeitada ao não ober dois terços de apoio: teve 88 votos favoráveis, incluindo do Brasil, 55 contrários e 23 abstenções.
Antes da votação, os representantes da Jordânia e Paquistão, de um lado, e Canadá, de outro, trocaram ataques. Enquanto o canadense criticou a ausência da menção ao Hamas, justificando a emenda apresentada, o paquistanês afirmou que a resolução tampouco condena Israel —questionando a parcialidade de Ottawa ao enfatizar a ausência do terrorista do documento.
O texto final aprovado exige ainda o respeito ao direito internacional, enfatizando a proteção de civis e objetos civis, e o suprimento de bens e serviços básicos, como água e combustível, à Faixa de Gaza.
Chamando Israel de “Poder Ocupante”, a resolução exige que Tel Aviv revogue a ordem de evacuação do norte de Gaza e “rejeita firmemente qualquer tentativa de transferência forçada da população civil palestina”.
A convocação da Assembleia-Geral acontece diante da paralisia do Conselho de Segurança, instância máxima das Nações Unidas, formado por 15 membros, sendo 10 eleitos e 5 permanentes —estes com poder de veto. Responsável pela garantia da paz e segurança internacional, o grupo fracassou até o momento em dar uma resposta à escalada de violência no Oriente Médio.
Quatro resoluções foram postas para votação, duas pelos russos, que não obtiveram o mínimo de votos necessários, uma pelo Brasil, que teria sido aprovada não fosse o veto dos Estados Unidos, e outra por Washington, que também teria passado, embora com menos votos do que a brasileira, mas foi vetada por Rússia e China.
“Nós ainda acreditamos que nossa primeira proposta de resolução poderia ter sido o melhor resultado possível para o conselho quando nós a apresentamos”, afirmou nesta sexta o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio Danese, durante a sessão da Assembleia-Geral.
O diplomata não pediu um cessar-fogo imediato, como outros países que apoiaram a resolução fizeram. “Uma cessação das hostilidades é urgentemente necessária, para que condições para um cessar-fogo completo, durável e respeitado sejam criadas”, afirmou.
A representante americana, Linda Thomas-Greenfield, fez duras críticas à resolução votada pela assembleia nesta sexta, sobretudo pela falta de menções ao Hamas e aos reféns. Ela ainda usou o púlpito para atacar os russos, que, segundo ela, apresentaram textos unilaterais e de má-fé no Conselho de Segurança. “Resoluções parciais são documentos puramente retóricos que buscam nos dividir em um momento em que devemos nos unir”, afirmou.
A diplomata ainda ressaltou que o país apoia pausas humanitárias —algo que inicialmente Washington objetava, mas teve que ceder após pressão de demais membros do conselho. Ela não defendeu o cessar-fogo exigido pelo texto aprovado nesta sexta.
“Diante do cerco, dos assassinatos e do fracasso da comunidade internacional em pedir um cessar-fogo para permitir a entrada de ajuda humanitária, nós expressamos nosso descontentamento com a parcialidade e a seletividade ao lidar com essa crise, e lamentamos a hesitação de apoiar o direito do povo palestino de viver uma vida digna”, afirmou o representante da Arábia Saudita em um duro discurso.
O representante da União Europeia, Olof Skoog, por sua vez, criticou o uso de vetos pelos membros permanentes e o fracasso do conselho em cumprir sua missão. Ele ainda fez um apelo contra a desinformação e conteúdos ilegais espalhados nas redes sociais sobre o conflito, apontando que as plataformas digitais têm uma responsabilidade legal em combater esse problema.
Diferentemente da assembleia, uma resolução aprovada pelo conselho tem caráter mandatório, ou seja, quem descumpri-la pode ser punido. O Brasil trabalha agora em uma quinta proposta, em conjunto com os demais membros não permanentes, na tentativa de driblar um veto de EUA, Rússia e China —França e Reino Unido também têm poder para derrubar resoluções, mas não fazem uso dele desde 1989.
A resolução foi aprovada como um produto da décima sessão de emergência, iniciada em 1997 a pedido do Qatar e convocada de modo intermitente em momentos de agravamento do conflito entre Israel e Palestina desde então.
VEJA A ÍNTEGRA DO TEXTO APROVADO:
A Assembleia Geral,
Guiada pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas,
Recordando suas resoluções relevantes sobre a questão da Palestina,
Reafirmando a obrigação de respeitar e garantir o respeito ao direito humanitário internacional em todas as circunstâncias, de acordo com o artigo 1 das Convenções de Genebra de 12 de agosto de 1949,
Recordando as resoluções relevantes do Conselho de Segurança, incluindo as resoluções 242 (1967), 338 (1973), 446 (1979), 452 (1979), 465 (1980), 476 (1980), 478 (1980), 904 (1994), 1397 (2002), 1515 (2003), 1850 (2008), 1860 (2009) e 2334 (2016),
Recordando também as resoluções do Conselho de Segurança sobre a proteção de civis em conflitos armados, incluindo crianças em conflitos armados,
Expressando grave preocupação com a mais recente escalada de violência desde o ataque de 7 de outubro e a grave deterioração da situação na região, especialmente na Faixa de Gaza e no restante do Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, e em Israel,
Condenando todos os atos de violência contra civis palestinos e israelenses, incluindo todos os atos de terror e ataques indiscriminados, bem como todos os atos de provocação, incitamento e destruição,
Recordando a necessidade de respeitar os princípios de distinção, necessidade, proporcionalidade e precaução na condução das hostilidades,
Enfatizando que os civis devem ser protegidos, de acordo com o direito humanitário internacional e o direito internacional dos direitos humanos, e lamentando, a esse respeito, as pesadas baixas civis e a destruição generalizada;
Enfatizando a necessidade de buscar responsabilidade, e destacando a importância de garantir investigações independentes e transparentes de acordo com padrões internacionais,
Expressando grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e suas vastas consequências para a população civil, composta principalmente por crianças, e enfatizando a necessidade de acesso humanitário completo, imediato, seguro, sem obstáculos e contínuo,
Expressando forte apoio aos esforços do Secretário-Geral das Nações Unidas e a seus apelos para acesso imediato e irrestrito de ajuda humanitária para atender às necessidades básicas da população civil palestina na Faixa de Gaza, sublinhando a mensagem do Secretário-Geral de que alimentos, água, medicamentos e combustível precisam ser fornecidos em escala, e expressando seu apreço pelo papel crítico desempenhado pelo Egito a esse respeito,
Expressando forte apoio também a todos os esforços regionais e internacionais destinados a alcançar uma cessação imediata das hostilidades, garantir a proteção de civis e fornecer ajuda humanitária,
Recordando que uma solução duradoura para o conflito israelo-palestino só pode ser alcançada por meios pacíficos, com base nas resoluções relevantes das Nações Unidas e de acordo com o direito internacional,Exige um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado, levando a uma cessação das hostilidades;
Exige que todas as partes cumpram imediatamente e integralmente suas obrigações de acordo com o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional e o direito internacional dos direitos humanos, especialmente no que diz respeito à proteção de civis e objetos civis, bem como à proteção de pessoal humanitário, pessoas fora de combate e instalações e ativos humanitários, e para permitir e facilitar o acesso humanitário para o fornecimento de suprimentos e serviços essenciais a todos os civis necessitados na Faixa de Gaza;
Exige também o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem obstáculos de bens e serviços essenciais para civis em toda a Faixa de Gaza, incluindo, mas não se limitando a, água, alimentos, suprimentos médicos, combustível e eletricidade, enfatizando o imperativo, de acordo com o direito humanitário internacional, de garantir que civis não sejam privados de objetos indispensáveis à sua sobrevivência;
Exige acesso humanitário imediato, completo, sustentado, seguro e sem obstáculos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo e outras agências humanitárias das Nações Unidas e seus parceiros implementadores, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e todas as outras organizações humanitárias, respeitando os princípios humanitários e prestando assistência urgente a civis na Faixa de Gaza, encoraja o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para facilitar a entrega de ajuda humanitária a civis, e saúda os esforços nesse sentido;
Exige também a revogação da ordem de Israel, o Poder Ocupante, para que civis palestinos e pessoal das Nações Unidas, bem como trabalhadores humanitários e médicos, evacuem todas as áreas ao norte do Wadi Gaza na Faixa de Gaza e se desloquem para o sul da Faixa de Gaza, recorda e reitera que os civis são protegidos pelo direito humanitário internacional e devem receber assistência humanitária onde quer que estejam, e reitera a necessidade de tomar medidas adequadas para garantir a segurança e o bem-estar de civis e sua proteção, em particular de crianças, e permitir seu livre movimento;
Rejeita firmemente qualquer tentativa de transferência forçada da população civil palestina;
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- Exige respeito e proteção, de acordo com o direito humanitário internacional, de todas as instalações civis e humanitárias, incluindo hospitais e outras instalações médicas, bem como seus meios de transporte e equipamentos, escolas, locais de culto e instalações das Nações Unidas, bem como todo o pessoal humanitário e médico, jornalistas, profissionais de mídia e pessoal associado em conflitos armados na região;
- Destaca o impacto particularmente grave que o conflito armado tem sobre mulheres e crianças, incluindo refugiados e pessoas deslocadas, bem como outros civis que possam ter vulnerabilidades específicas, incluindo pessoas com deficiência e idosos;
- Ressalta também a necessidade de estabelecer urgentemente um mecanismo para garantir a proteção da população civil palestina, de acordo com o direito internacional e as resoluções relevantes das Nações Unidas;
- Enfatiza a importância de prevenir a desestabilização e a escalada da violência na região e, nesse sentido, apela a todas as partes a exercer o máximo de contenção e a todos aqueles que têm influência sobre elas a trabalhar para esse objetivo;
- Reafirma que uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestino só pode ser alcançada por meios pacíficos, com base nas resoluções relevantes das Nações Unidas e de acordo com o direito internacional, com base na solução de dois Estados;
- Decide adiar temporariamente a décima sessão especial de emergência e autorizar o Presidente da Assembleia-Geral na sua sessão mais recente a retomar a reunião mediante solicitação dos Estados-membros.
- Fernanda Perrin/Folhapress
PCdoB se reúne em meio a discussão sobre eleição em Salvador e muda presidência
Foto: Divulgação/Arquivo |
O PCdoB inicia nesta sexta-feira (27) uma conferência que acontece de dois em dois anos. O evento, realizado em Salvador, vai definir a nova direção municipal da legenda.
A ex-vereadora Aladilce Souza deixará o comando do partido em Salvador e dará lugar a Jurandir Júnior.
Para Aladilce, que se despede do cargo, além de debater a organização interna, o encontro servirá para discutir a eleição do ano que vem. O partido tenta emplacar a candidatura da deputada estadual Olivia Santana na capital.
“A gente faz um balanço da ação partidária e avaliação da conjuntura política. Os próximos desafios e a próxima eleição também”, afirmou.
O partido mantém o discurso de ter uma candidatura dentro da federação PT-PCdoB-PV. Neste sábado (28), será a vez do PT realizar um congresso, que deve aumentar ainda mais a temperatura de uma legenda oriunda do partido – ou da federação, na pior das hipóteses. Emparedando, assim, a pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB).
Alexandre Galvão
Meta fiscal não precisa ser zero e 2024 será difícil, diz Lula em encontro com jornalistas
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (27), que a meta fiscal do ano que vem não precisa ser zero. A declaração contraria o que era uma das principais bandeiras do ministro Fernando Haddad (Fazenda), que vinha enfrentando ceticismo crescente —inclusive dentro do governo— acerca da eliminação do déficit das contas públicas em 2024.
Lula disse que esse resultado dificilmente será atingido porque, inclusive, não quer realizar cortes em investimentos e obras no ano que vem. Para o presidente, um déficit correspondente a 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) não seria nada.
“Deixa eu dizer para vocês uma coisa. Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. A gente não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias nesse país”, disse o presidente.
Lula então acrescentou que o mercado sabe que a meta fiscal de déficit zero não será atingida, mas que os investidores são gananciosos.
“Então eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que eles sabem que não vai ser cumprida. Então eu sei, conversando com o Haddad, sei da vontade do Haddad, sei da minha disposição e quero dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque eu não quero fazer cortes em investimentos de obras”, afirmou.
“Se o Brasil tiver um déficit de 0,5% [em relação ao PIB, o Produto Interno Bruto], o que é? De 0,25%, o que é? Nada, absolutamente nada. Então vamos tomar a decisão correta e vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil”, completou.
O mandatário respondeu às perguntas durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, após fazer apresentação inicial aos presentes. O encontrou aconteceu na semana em que o presidente retomou seus despachos de maneira presencial no palácio, após um período de recuperação das cirurgias a que foi submetido no fim de setembro.
Zerar o déficit primário (aquele que desconsidera a conta com juros) já em 2024 foi uma premissa usada por Haddad em toda a discussão do novo arcabouço fiscal, substituto do antigo teto de gastos, e se tornou uma das principais bandeiras após o anúncio do objetivo em março.
A promessa foi consolidada no momento em que o governo enviou o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024 ao Congresso Nacional, em abril, com uma meta central de déficit zero e uma banda de 0,25 ponto percentual do PIB para cima ou para baixo.
Na prática, a medida elevou a pressão do governo para aumentar as receitas. Na proposta de Orçamento enviada ao Congresso, a equipe econômica conta com um incremento de R$ 168,5 bilhões na arrecadação decorrente, em grande parte, de novas medidas.
A promessa era vista com descrença não só pelo mercado, mas também por ministros, técnicos do próprio governo e congressistas. Haddad, no entanto, seguia irredutível na intenção de perseguir o objetivo.
Um dos alertas, segundo os relatos, veio da própria ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). Em reunião com a presença de Haddad e dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão), Tebet chegou a enfatizar os obstáculos de se conseguir a aprovação de tantas medidas para ampliar a arrecadação.
Na ocasião, Tebet chegou a argumentar que uma meta de déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) seria mais crível já que o próprio mercado vinha projetando um resultado negativo de 0,75% do PIB para o ano que vem. Ou seja, considerando a margem de tolerância de 0,25 ponto percentual criada pelo novo arcabouço, o governo estaria cumprindo seu objetivo para o ano que vem caso a ideia de Tebet tivesse prevalecido.
O ministro da Fazenda vinha ponderando que, como a peça orçamentária só é votada no fim do ano, o governo tem tempo para administrar eventual alteração nos próximos meses, caso ela se mostre de fato necessária.
Economistas passaram a avaliar que Haddad precisaria impor, já no começo do ano, um freio bilionário nos gastos para evitar o descumprimento da meta no primeiro ano de vigência do novo arcabouço.
A regra prevê que a trava pode chegar a 25% das despesas discricionárias, parte não obrigatória dos gastos que inclui custeio e investimentos. Como a proposta orçamentária de 2024 prevê R$ 211,9 bilhões para as discricionárias, o contingenciamento poderia chegar a R$ 53 bilhões.
Lula também afirmou, durante o evento, que prevê um ano de 2024 com dificuldades para a economia, por conta do contexto internacional. Mas disse que o governo federal fará uma análise da situação, para que possam ser tomadas medidas para evitar danos maiores.
“E obviamente que nós sabemos que o ano que vem se apresenta como um ano difícil por conta da queda de investimento da China, a queda do crescimento da China, aumento da taxa de juros americano”, afirmou. O mandatário disse que, por causa do cenário, pediu internamente um “check-up” sobre a atividade econômica.
“É por isso que inventaram o check-up, que é para evitar que a doença se prolifere. Então, temos consciência do que está acontecendo na economia mundial e temos que atuar agora para evitar que aconteça o que pode acontecer. É como a gente faz o ‘checkupzinho’ a cada um ano, dois anos, para evitar uma doença que já não tenha mais cura”.
O presidente também afirmou que o Brasil apresenta atualmente boas condições jurídicas e estabilidade para atrair investimentos internacionais, sendo o que chamou de “berçário dos investimentos”.
O presidente falou sobre a atração de investimentos em particular para a área de economia verde, com a negociação de créditos de carbono e outras medidas sustentáveis.
“Esse país se apresenta como novo berçário dos investimentos, e queremos competir com quem quer que seja porque nessa área [verde] acho que o Brasil é imbatível”, afirmou.
“Nós queremos construir parcerias produtivas para que as pessoas não venham com seus fundos aqui apenas explorar a taxa de juros alta. Que ele [investidor] venha para cá para investir em coisas produtivas que gerem um produto, que gerem um emprego, que gerem um salário, que gerem um dinamismo de crescimento na nossa economia brasileira, que é o que nós estamos precisando”.
Marianna Holanda/Mateus Vargas/Renato Machado/Folhapress
Carro de embaixada do Brasil na Bulgária é apreendido com 55 kg de cocaína
Foto: Roque de Sá/Agência Senado |
Um carro pertencente à embaixada do Brasil em Sofia, capital da Bulgária, foi apreendido nesta sexta-feira (27) depois que autoridades locais encontraram 55 kg de cocaína em seu interior.
A informação, publicada pelo portal búlgaro 24 Chasa, foi confirmada pelo Itamaraty. Em nota, o órgão diz que o veículo foi furtado por um funcionário local da embaixada e que o crime não contou com a participação de quaisquer representantes diplomáticos brasileiros.
O comunicado afirma ainda que o funcionário em questão foi demitido por justa causa. “O Ministério das Relações Exteriores, por meio das embaixadas do Brasil em Sofia e em Ancara, está em contato com autoridades locais, colabora com as investigações e espera que o crime seja apurado prontamente”, diz ele.
O carro, com placa característica de veículos de representação diplomática ou consular, foi apreendido em um posto alfandegário em Kapikule, na fronteira entre a Bulgária e a Turquia. Segundo o 24 Chasa, ao inspecioná-lo, oficiais da alfândega encontraram 52 pacotes de cocaína escondidos em diferentes locais.
Ainda de acordo com o portal búlgaro, o motorista do carro e o passageiro que viajava com ele foram acusados de tráfico de drogas e presos por ordem de um tribunal em Edirne, cidade no noroeste turco. Seus nomes não foram divulgados.
Folhapress
‘PT de Salvador não vai recuar. Quem decide é a militância’, diz Ademário Costa sobre candidatura própria em Salvador
Foto: Divulgação/Arquivo |
Essa foi a declaração do secretário geral do PT de Salvador, Ademário Costa, ao convidar a militância do partido para participar neste sábado (28), às 9h, na Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB, da Plenária Municipal do PT de Salvador. O objetivo do encontro é debater as eleições municipais de 2024, com destaque para a confirmação da candidatura única do PT para Salvador.
Para Ademário, o momento será importante para reafirmar a legitimidade da candidatura própria do PT e única da base petista do governador Jerônimo. “Não é viável para a base que outro nome que não seja do PT seja apresentado para a Prefeitura de Salvador. A militância já deixou isso claro. É ela que decide. E o PT não vai recuar. O PT representa a força social, sindical, da juventude, do movimento negro, cultural, das mulheres, de toda militância de base, e é simbólico para todas as lutas de Salvador”, afirmou.
O dirigente também afirmou que a plenária pretende ratificar a representatividade e viabilidade da pré-candidatura do deputado estadual (PT) Robinson Almeida. “A candidatura de Robinson representa o projeto do PT e da esquerda para Salvador, o projeto do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula. É a que tem maior capilaridade da base do governador. Que representa a federação com maior força política, institucional, social e eleitoral. E, principalmente, é a candidatura que representa a militância do partido”, explicou Ademário.
Segundo Ademário, o projeto do PT para Salvador em 2024 é resultado de ampla discussão e construção da direção do partido desde 2019. “O PT de Salvador está trabalhando há mais de 4 anos em um programa de cidade democrático e popular que transforme a realidade do povo de Salvador, que inverta prioridades e faça do governo municipal um instrumento para favorecer as pessoas que mais precisam. Não iremos abrir disso”, explicou o dirigente.
Tanto a candidatura própria como o nome do deputado estadual Robinson Almeida como pré-candidato já foram aprovados pelo diretório municipal do PT de Salvador em agosto deste ano. E, em outubro, a federação “Brasil da Esperança”, formada por PT, PCdoB e PV, reafirmou a ideia de apresentar uma candidatura de esquerda, apresentando como pré-candidatos os deputados estaduais Robinson Almeida (PT) e Olívia Santana (PCdoB).
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