Pacheco cobra retratação de Lula por comparar guerra em Gaza com Holocausto
Foto: Roque de Sá/Agência Senado |
“Ainda que a reação feita pelo governo de Israel venha a ser considerada desproporcional, excessiva, violenta, indiscriminada, não há como estabelecer um comparativo com a perseguição sofrida pelo povo judeu no nazismo”, disse Pacheco.
“Estamos certos de que essa fala equivocada não representa o verdadeiro propósito do presidente Lula, que é um líder global conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações, motivo pelo qual entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina”.
A declaração de Pacheco ocorreu no plenário do Senado, durante a sessão desta terça. O senador afirmou que a ação de Israel deve ser analisada pelas “instâncias próprias, da comunidade internacional, como a Corte Internacional de Justiça da ONU”.
“Não podemos compactuar com as afirmações que compararam a ação militar que está ocorrendo na região neste momento com o Holocausto, o genocídio contra o povo judeu perpetrado pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial”.
Após a fala de Pacheco, o senador Omar Aziz (PSD-AM) saiu em defesa de Lula e pediu para que Pacheco tipificasse o que está acontecendo na Faixa de Gaza, com a morte de 30 mil inocentes. O senador afirmou que Pacheco entrou em um assunto sobre o qual a Casa “tem se mantido calada”.
“Vossa excelência poderia me tipificar o que está acontecendo lá, com a morte de 10 mil crianças e mulheres, e até agora, quantos terroristas do Hamas —porque são terroristas— foram mortos ou presos pelo Estado de Israel?”, questionou Aziz.
“Não tem que se comparar, realmente, com o Holocausto, é impossível. O presidente Lula nunca abraçou deputada nazista neta de ministro. E a direita quietinha”, completou o senador, que é filho de palestino.
Em 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fora da agenda, se encontrou com uma das líderes da ultradireita alemã, a deputada Beatrix von Storch, neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças na Alemanha nazista.
Após ser instada por Aziz, Pacheco afirmou que não quis repreender Lula.
“Não há de minha parte nenhum tom de polemização tampouco de reprimenda ao presidente da República. É apenas uma conclamação na busca de pacificação e de reconhecimento na parte em que há comparação de qualquer acontecimento desta natureza com o holocausto do povo judeu. É algo absolutamente indevido e impróprio e que mereceria um pedido de retratação e de desculpas”.
PT diz que ato de Bolsonaro em SP pode virar novo 8/1 e aciona Ministério Público
Estragos no prédio do Congresso Nacional, invadido no dia 8 por vândalos bolsonaristas |
Nesse sentido, o PT solicitou que a Promotoria adote medidas para prevenir e investigar eventuais crimes contra o Estado democrático de Direito, de financiamento irregular do ato e de propaganda eleitoral antecipada.
“Não se nega o direito de livre manifestação de pensamento e a possibilidade de realização de manifestações públicas. Tais direitos, todavia, não podem afrontar o Estado Democrático de Direito”, diz a representação, assinada pelo deputado federal Kiko Celeguim, presidente do diretório.
O protesto na avenida Paulista faz parte de reação de Bolsonaro e seus aliados à investigação da Polícia Federal que mira suposta tentativa de golpe para mantê-lo na Presidência. A trama antidemocrática teria sido discutida antes e depois das eleições de 2022.
A peça do PT também pede que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a Polícia Militar sejam chamados a esclarecer quais protocolos serão adotados e qual o efetivo que será empregado “para garantir que os atos convocados não se desvirtuem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática.”
Nesta terça-feira (20), a bancada de deputados estaduais do PT de São Paulo se reuniu e definiu que vai explorar politicamente a presença de Tarcísio e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), no ato.
Brasil pede que Corte de Haia declare ilegal ocupação de Israel dos territórios palestinos brasil
Presidente Lula (PT) comparou a ofensiva na Faixa de Gaza ao Holocausto |
“A ocupação de Israel dos territórios palestinos que persiste desde 1967 em violação ao direito internacional e a várias resoluções da Assembleia-Geral da ONU e do Conselho de Segurança não pode ser aceita, muito menos normalizada”, afirmou a diplomata Maria Clara Paula de Tusco, representante do Brasil no tribunal. Ela defendeu que a corte declare a ocupação israelense ilegal.
Segundo Tusco, a ocupação de Israel dos territórios palestinos desrespeita as leis internacionais e o direito à autodeterminação do povo palestino. Ela mencionou a resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, de 1967, que enfatizou a inadmissibilidade da aquisição de território pela força e que orientou Israel a se retirar dos territórios que ocupou na Guerra dos Seis Dias, naquele mesmo ano. Após o conflito, Tel Aviv passou a ocupar a Faixa de Gaza, a parte oriental de Jerusalém e a Cisjordânia.
“A ocupação persiste até hoje e foi agravada pela construção de um muro, de colonatos ilegais e pela anexação de Jerusalém Oriental”, afirmou Tusco.
O Brasil discursou no segundo dia de audiências na Corte de Haia para analisar as consequências da ocupação dos territórios palestinos. Mais cedo, representantes da África do Sul acusaram o governo de Israel de aplicar um tipo de apartheid “mais extremo” do que o imposto no país africano até 1994.
Segundo a delegação brasileira, o estabelecimento de dois sistemas jurídicos, um para os colonos israelenses e outro para os palestinos na Cisjordânia ocupada, representa uma forma de discriminação.
Em relação ao conflito que devasta a Faixa de Gaza, Tusco afirmou que Israel faz operações militares “desproporcionais e indiscriminadas” em resposta aos ataques terroristas do 7 de Outubro. “A mera gestão do conflito não pode ser considerada uma opção, e uma solução de dois Estados, com um Estado palestino economicamente viável convivendo ao lado de Israel, é a única maneira de proporcionar paz e segurança”, disse ela ao reiterar o posicionamento histórico da diplomacia brasileira.
A corte, a máxima instância de justiça da ONU, promove até a próxima segunda-feira (26) uma série de audiências sobre as consequências legais da ocupação israelense dos territórios palestinos desde 1967. Além da Faixa de Gaza, hoje palco da guerra de Israel contra o Hamas, o escopo das análises inclui também a Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
As audiências foram convocadas após um pedido da Assembleia-Geral da ONU, e as opiniões que serão consolidadas não são vinculativas, de modo que espera-se que Tel Aviv as rejeite. Representantes de mais de 50 países, incluindo de potências globais como Estados Unidos e Rússia também devem discursar.
Antes, na segunda (19), representantes palestinos já haviam acusado Israel de impor um apartheid e também pediram ao tribunal que declarasse a ocupação israelense ilegal. Segundo o chanceler da Autoridade Nacional Palestina, que governa parcialmente a Cisjordânia ocupada, o parecer consultivo da corte poderia contribuir para uma solução de dois Estados e, assim, estabelecer uma paz duradoura.
Israel não está participando das audiências, mas enviou uma declaração por escrito, pontuando que um parecer consultivo seria prejudicial para a obtenção de um acordo negociado com os palestinos.
Com a recente crise diplomática aberta pelo presidente Lula ao comparar as ações de Israel em Gaza ao Holocausto nazista, havia expectativa sobre o discurso brasileiro.
Lula afirmou no domingo (18) que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Hitler. “Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o petista.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou o líder brasileiro “persona non grata”. Nesta segunda, o chanceler israelense voltou a cobrar de Lula um pedido de desculpas.
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Foto: Maicon Alves
PF fez para desmoralizar, diz advogado que teve conversa exposta em caso Moraes
Ralph Tórtima Filha diz que apuração tem atos de excesso e abusos |
“Não foi um ato simples, eu acredito que foi um ato pensado, um ato intencional, com o objetivo de constranger, com o objetivo de dar uma determinação de força ou, de alguma forma, de tentar desmoralizar o trabalho da defesa”, afirmou o criminalista à Folha.
Nesta segunda-feira (19), em atendimento a um pedido de Tórtima e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o relator do inquérito, ministro Dias Toffoli (STF), determinou a retirados dos autos de transcrições e prints de conversas entre o advogado e o empresário Roberto Mantovani Filho, investigado juntamente com familiares pela abordagem a Moraes.
“Jamais poderia imaginar que uma conversa pessoal entre advogado e seu cliente pudesse ser devassada dentro de uma investigação feita pela PF, principalmente quando conduzida por um delegado bastante experiente, que deve conhecer os limites legais”, acrescentou Tórtima.
Os diálogos entre o advogado e Mantovani constaram de relatório enviado ao STF na semana passada pelo delegado Hiroshi Sakaki, com a conclusão da apuração. O policial entendeu que Mantovani cometeu injúria real contra o filho de Moraes, que acompanhava o pai na viagem à Europa.
Procurada pela reportagem, a PF afirmou que não se manifestaria sobre o caso.
Tórtima disse que a conversa entre advogados e seus assistidos é de “muita confiança, quase que sagrada”, e que merece todo respeito, toda a proteção. “Ele [o sigilo profissional] somente não se sobrepõe na eventualidade da prática de um crime, coisa que jamais se verificou nesse caso.”
“O que o delegado fez é comparado a se colocar uma escuta num confessionário. Inaceitável a todos os títulos.”
O criminalista afirmou que aguarda os desdobramentos do caso após providências requeridas pela OAB junto ao STF e à PGR (Procuradoria-Geral da República), e não descarta também acionar órgãos como a Corregedoria da PF caso que não houve evolução no sentido de uma apuração sobre a conduta do delegado
“A Lei de Abuso de Autoridade prevê que a utilização da quebra de sigilo em investigação é punível. Ou seja, merece apuração o ato desse delegado, ao devassar comunicação que ele sabia protegida por sigilo”, afirmou Tórtima.
CONCLUSÃO POLICIAL
Quanto à investigação em si, o defensor de Mantovani disse acreditar que a análise das imagens, seja por parte da defesa ou do Ministério Público, levariam a uma conclusão diversa, um dos pontos que vem sendo explorado por Tórtima nos autos nos últimos meses.
“As autoridades italianas, ao fazerem a análise dessas mesmas imagens, concluíram que quem primeiro tocou em alguém foi o filho do ministro Alexandre [de Moraes], na nuca do meu cliente [Mantovani], que, em ato de reação, levantou o braço, momento em que sua mão tocou nos óculos dele [filho do ministro]. Logo, não há que se falar em injúria real”, afirmou.
“Essas imagens muito estranhamente não foram encaminhadas para perícia, como seria obrigatório, e houve uma análise extremamente tendenciosa delas, feita por um policial subordinado ao Dr. Hiroshi [Sakaki].”
Para o advogado, a seleção ocorreu dentro daquilo que atenderia o interesse de Moraes e familiares, desprezando momentos que julga relevantes do ocorrido em Roma.
Tórtima também fala em supostos excessos e abusos cometidos “sob determinação do presidente da investigação, que é o dr. Hiroshi”.
“Alguns conhecidos que tenho na PF me disseram ser ele bastante próximo do ministro Alexandre de Moraes, o que pode colocar em dúvida boa parte do trabalho realizado. Talvez por isso tantos excessos no curso dessa investigação”, afirmou.
Em outro ponto a ser explorado com a conclusão policial, a defesa diz que o crime atribuído a seu cliente que não poderia ser apurado no Brasil.
“Para que o crime pudesse ser apurado em território nacional, a pena máxima prevista teria que ser igual ou superior a dois anos e não há qualquer conduta com esse apenamento. Então, só por isso, não poderiam ter sido apurados em território nacional”, disse.
Lei protege sigilo de conversa de advogado exposta pela PF em caso de Moraes
Eles veem na quebra do sigilo um risco à garantia de ampla defesa.
O assunto voltou a ser debatido no meio jurídico com posicionamento recente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que apresentou petição à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal) neste domingo (18) questionando a exposição de conversas em inquérito sobre hostilidade contra o ministro Alexandre de Moraes.
O inquérito investiga confusão entre um grupo de turistas brasileiros e o ministro, em julho passado no Aeroporto Internacional de Roma.
A Polícia Federal chegou à conclusão em relatório publicado na última semana que o empresário Roberto Mantovani Filho, um dos alvos da investigação, cometeu na ocasião injúria real contra o filho de Moraes.
Entretanto as investigações foram encerradas, e Mantovani não foi indiciado, uma vez que existe uma instrução normativa que veda o indiciamento para crimes de menor potencial ofensivo, como a injúria real, caracterizada pelo “emprego de violência ou vias de fato” para ofender a dignidade ou o decoro de alguém.
Nos autos, foi juntada uma análise do conteúdo encontrado em celulares apreendidos na investigação, o que incluía, por exemplo, orientações da defesa ao empresário.
De acordo com Jordan Tomazelli, mestre em direito processual pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), o Estatuto da Advocacia prevê como prerrogativa do advogado o sigilo de sua comunicação profissional.
Se, ao quebrar o sigilo do investigado, a autoridade identificar conversa entre ele e seu advogado, deve-se resguardar essa comunicação. A exceção a essa prerrogativa, afirma Tomazelli, ocorre quando o próprio advogado se torna suspeito de cometer ato ilegal.
O Estatuto da Advocacia assegura como direito do advogado “a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”.
Preservar a comunicação entre cliente e advogado é central para resguardar o direito à ampla defesa, afirma Juliana Cesario Alvim, professora de direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Central European University.
“O sigilo da advocacia é um dos elementos que vai compor a garantia de um julgamento imparcial. É um tijolo que ajuda a construir o edifício da ampla defesa”, afirma. “Se se imagina que a comunicação entre cliente e advogado vai ser exposta, isso pode limitar as possibilidades de defesa e a própria atuação do advogado ou advogada.”
A especialista exemplifica a questão citando decisão de Moraes com relação a investigação envolvendo o rombo das Lojas Americanas. “O ministro autorizou medida de busca e apreensão dos emails de gestores e administradores do grupo, mas excluiu expressamente da decisão as informações protegidas pelo sigilo profissional dos advogados”, diz.
Segundo Ana Beatriz Presgrave, professora de direito da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), não há razão para a divulgação de informações entre advogado e cliente no caso de hostilidade a Moraes.
“Observa-se, na conversa, estratégias de defesa que não têm nada a ver com a investigação, como pedido para não falar com a imprensa”, afirma Presgrave, que já foi membro do conselho da OAB entre 2019 e 2021.
O inquérito, que é público, trazia documentos, imagens e transcrições de diálogos entre Mantovani e seu advogado, Ralph Tórtima Filho. A defesa de Mantovani pediu a retirada das conversas do processo, citando violação do sigilo profissional.
Com interpretação similar, a OAB acionou PGR e STF contra a exposição da comunicação, classificando o episódio como “ofensa grave às prerrogativas da classe”. A entidade pede, além da retirada das conversas dos autos, a punição criminal do delegado responsável pelo caso, Hiroshi de Araújo Sakaki.
A Folha procurou a PF para comentar o caso, mas ainda não obteve resposta.
Segundo Presgrave, a inviolabilidade à prerrogativa já foi tema de súmula do Conselho Federal da OAB e objeto de uma alteração legislativa no Estatuto da Advocacia, Lei 8.096, que estabelece ser crime “violar direito ou prerrogativa de advogado”, com pena de detenção de dois a quatro anos e multa.
“Não se pode misturar advogado com investigado. Uma coisa é o exercício profissional daquele advogado e outra coisa é o que o investigado possa ter feito. Confundir isso é o mesmo que condenar um médico que salvou a vida de um apenado”, afirma.
Dificuldades para encontrar fugitivos de Mossoró incluem cavernas, cobras e chuvas
Presos fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte
Segundo agentes que atuam na área operacional, as buscas continuam em um raio de 15 km, com o empenho integrado de todas as forças de segurança federais e estaduais. Nas áreas de rodovia que dão acesso a divisas, há barreiras em pontos mais distantes.
Os policiais afirmar usar fiscalização, inteligência e equipamentos. Helicópteros também estão sobrevoando a região.
A avaliação é que a equipe está bem alinhada, diferentemente do que ocorreu nos dois primeiros dias. A zona rural de Mossoró não tem sinal de celular, e nem todos os rádios comunicadores estavam na mesma frequência, por serem de forças diferentes. Após esses percalços iniciais houve também uma organização para que cada força ficasse responsável por uma área.
Novos policiais têm chegado quase todos os dias à região. Já são cerca de 500 envolvidos, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A Polícia Militar de Pernambuco, por meio da Ciosac (Companhia de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga), por exemplo, começou a operar no domingo (18). Nesta segunda (19), o ministro autorizou o emprego de mais 100 homens da Força Nacional nas buscas.
Marcos Nascimento, professor do Departamento de Geologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), destaca que a região de Mossoró conta com mais de 300 cavernas e grutas mapeadas. Os tamanhos desses espaços variam —podem acomodar apenas uma pessoa e até serem aptas a ampla exploração.
Isso ocorre porque a região é rica em calcário, uma rocha propensa a alterações que facilita a formação de cavernas, grutas e depressões, oferecendo locais ideais para esconderijo.
Segundo Diego de Medeiros Bento, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas, essas formações inclusive ajudam no acúmulo de água, que podem servir para consumo. Além disso, a região é cheia de propriedades rurais com fruticultura irrigada, como melão, melancia e banana.
“A maior parte dessas cavernas não são conhecidas da população local. Quando começamos a mapear a área, por volta de 2005, só três cavernas eram conhecidas. Hoje são mais de 300 mapeadas”, diz.
Nascimento acrescenta que a topografia da área é caracterizada por um terreno relativamente plano e argiloso, conhecido como solo massapê. E com a presença de árvores de médio e grande porte, assim como cactos de diferentes espécies, acaba sendo uma área com muitos espinhos e galhos.
A região também abriga animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas. As condições difíceis se somam às chuvas constantes na região, que também têm atrapalhado as buscas.
Os bandidos fugiram do sistema prisional na madrugada de quarta-feira (14) e teriam furtado roupas e alimentos no dia seguinte, na comunidade Rancho da Caça. Eles foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, o Deisinho. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho.
Os dois detentos foram vistos pela primeira vez após a fuga na noite de quinta-feira (15). Eles fizeram uma família refém na sexta (16), tendo levado dois celulares e carregadores.
De acordo com relatos dos reféns aos investigadores, eles fizeram muitas ligações por WhatsApp, sendo algumas para a cidade do Rio de Janeiro. O interlocutor tinha sotaque e teria dito que estava no Rio.
Os fugitivos se alimentaram na casa invadida e partiram cerca de quatro horas depois, levando com mantimentos. Não houve violência.
Para fugir, eles usaram uma barra de ferro, retirada da estrutura da própria cela, para escavar o buraco da luminária pelo qual conseguiram escapar, afirmam integrantes da cúpula das investigações. Os detentos teriam conseguido a barra de ferro, de cerca de 50 centímetros, descascando parte da cela que já estava comprometida, devido a infiltração e falta de manutenção.
Reunião de chanceleres do G20 terá em pauta guerras e governança global
No foco dessa primeira reunião estão as guerras Israel-Hamas e Rússia-Ucrânia, além da reforma dos organismos internacionais, como ONU, OMC (Organização Mundial do Comércio) e bancos multilaterais.
O G20, abreviação para Grupo dos Vinte, reúne 19 países e dois blocos econômicos que, juntos, representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população do planeta. É a primeira vez que o Brasil ocupa a presidência do fórum.
Neste encontro, os chanceleres do G20 vão se reunir na primeira reunião ministerial da Trilha Sherpa. Isso significa que membros do alto escalão da política externa de cada país vão participar de reuniões para discutir negociações e os pontos que vão formar a agenda oficial da cúpula.
É uma reunião só de debates, não tem caráter decisório nem vai produzir algum texto conclusivo para a cúpula. No entanto, é o que vai direcionar a pauta das conversas.
A Trilha Sherpa, cujo nome faz referência a uma etnia nepalesa que guia alpinistas ao cume do Monte Everest, é quem aponta a direção das discussões e acordos até o encontro mais importante do G20: a cúpula dos chefes de Estado e de governo, marcada para novembro.
Atualmente, fazem parte do grupo África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Europeia e União Africana —esta última se tornou membro do G20 em 2023.
GUERRAS E GOVERNANÇA GLOBAL EM FOCO
A reunião dos chanceleres será conduzida pelo ministro das Relações
Exteriores brasileiro, Mauro Vieira. No encontro, os temas abordados
serão as crises e tensões globais e a necessidade de uma reforma na
governança global.
As três prioridades da presidência brasileira no G20 também devem ser incluídas nas conversas: além da reforma da governança internacional, há o combate à fome, pobreza e desigualdade e as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental).
Ao menos 12 chanceleres já estão confirmados no encontro. Entre eles, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.
Antes do encontro do G20, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos irá à Brasília para uma reunião com o presidente Lula (PT). Eles devem discutir a parceria entre os dois países pelos direitos dos trabalhadores, a cooperação na transição para a energia limpa e as comemorações do bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e EUA.
Já o chanceler russo deve ter uma reunião bilateral com Mauro Vieira durante o encontro no Rio. Antes, Lavrov passa por Cuba, nesta segunda (19), e pela Venezuela, na terça (20), para se reunir com os líderes dos dois países —respectivamente, Miguel Díaz-Canel e o ditador Nicolás Maduro.
Blinken e Lavrov vão participar do encontro do G20 em um momento em que as relações entre EUA e Rússia estão bastante tensionadas. Além da guerra na Ucrânia, na qual o país americano tomou partido do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, as tensões se elevaram na semana passada por conta da morte do líder opositor russo Alexei Navalni.
Lula, que se coloca como uma voz moderadora nas discussões de política externa, evitou atribuir qualquer acusação ao presidente russo, Vladimir Putin, pela morte de Navalni. Na mesma ocasião, o presidente brasileiro também se esquivou de comentar as denúncias recentes à Venezuela, como as prisões de opositores a Maduro e a expulsão de agentes da ONU. Esse assunto deve ser abordado durante a reunião do G20.
ATRITOS COM ISRAEL
O encontro dos chanceleres acontece também na esteira das declarações de
Lula a respeito da guerra em Gaza. Ele comparou os ataques de Israel ao
território palestino ao Holocausto nazista. A fala gerou reação do
governo de Binyamin Netanyahu, que declarou o líder brasileiro persona
non grata.
A guerra em Gaza, iniciada em outubro passado após um ataque terrorista do Hamas a Israel, está no centro do debate da reforma da governança global. Há críticas do governo Lula sobre a baixa influência e a falta de efetividade do Conselho de Segurança da ONU na mediação de conflitos internacionais.
O pedido de um cessar-fogo humanitário entre as forças israelenses e o Hamas foi vetado nas resoluções do colegiado reiteradamente desde o início do conflito. Uma das propostas foi feita pelo Brasil, mas foi rejeitada pelos Estados Unidos. Como Washington é membro permanente do conselho, ela tem direito a veto mesmo que haja adesão dos demais países.
Israel não é membro do G20, mas tem dentro do grupo grandes aliados como EUA, França, Reino Unido e Alemanha —destes, só Berlim não tem poder de veto no Conselho de Segurança.
Embora o Grupo dos Vinte não tenha poder decisório oficial, ele tem capacidade de pautar o debate entre os países. É justamente para isso que as nações e blocos econômicos se encontram anualmente. A ideia é que, a partir dessas reuniões, possam surgir acordos multilaterais e iniciativas econômicas, políticas e sociais.
O grupo se define como o principal fórum de cooperação econômica internacional, com “papel importante na formação e no fortalecimento da arquitetura e da governança global em todas as principais questões econômicas internacionais”.
Há, porém, quatro países que já confirmaram que não vão mandar seus chanceleres para o encontro. São eles China, Índia, Itália e Austrália. Os dois primeiros são as ausências mais sentidas pelo Brasil, já que são integrantes importantes do Brics e parceiros estratégicos para o país.
A Índia justificou a ausência do chanceler Subrahmanyam Jaishankar por ele ter outros compromissos internos no país. Já o ministro chinês, Wang Yi, esteve em janeiro no Brasil para se reunir com o governo Lula.
Fora os países do G20, também vão participar nações convidadas pelo Brasil, como Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Singapura.
OUTRAS REUNIÕES DO G20
Além da Trilha Sherpa, dentro do G20 há também a Trilha de Finanças, que
debate os assuntos macroeconômicos estratégicos para os países do
grupo. Ela é comandada pelos ministros das Finanças/Fazenda/Economia e
pelos presidentes dos Bancos Centrais dos países do grupo.
A primeira reunião ministerial da Trilha de Finanças está marcada para os dias 26 e 27 de fevereiro, em São Paulo. Em paralelo às reuniões ministeriais, também são feitos encontros de grupos de trabalhos e equipes técnicas.
Bivar descarta represália, mas critica ‘insensatez’ de filiados que comparecerão ao ato de Bolsonaro
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE) |
Bivar afirmou que o União Brasil é “a favor da democracia” e que, por isso, não “parece sensato apoiar qualquer ato em defesa de alguém que sabidamente atentava contra o Regime Democrático de Direito”. Sobre represálias, o deputado afirma apenas que cada um responderá sobre o “discernimento do que é certo ou errado através da manifestação das urnas”.
Os deputados da legenda que confirmaram presença no ato organizado por Bolsonaro são Alfredo Gaspar (AL), Coronel Assis (MT), Coronel Ulysses (AC), Nicoletti (RR) e Rodrigo Valadares (SE).
Bivar presidia o antigo PSL, que em 2018 elegeu Jair Bolsonaro como presidente da República, mas eles romperam em 2019. A legenda se fundiu com o DEM para formar o União Brasil em 2022.
“Independente de resultados de urnas, o importante é estarmos em paz com nossos ideais. Não sou fisiologista e jamais serei, em me aviltar para amealhar meia dúzia de votos. Sou um radical democrata”, completou Bivar.
Bolsonaro convoca manifestação
A manifestação foi convocada pelo próprio ex-presidente, após a Polícia Federal deflagrar, na semana anterior ao carnaval, uma megaoperação para apurar uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro e diversos aliados foram os alvos dos agentes.
O ex-presidente teve seu passaporte apreendido e está impedido de deixar o país. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi alvo de busca e apreensão e acabou preso por posse ilegal de arma de fogo, mas já foi solto. Dois ex-assessores de Bolsonaro também foram presos: Filipe Martins (assuntos internacionais) e o coronel Marcelo Câmara. Os generais da reserva e ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (GSI) foram alvos de busca e apreensão.
O PL busca maneiras de reagir por entender que a operação afeta diretamente os planos do partido para as eleições municipais deste ano. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro e Valdemar Costa Neto não podem se falar, o que dificultará a articulação do partido para o pleito.
Mauro Vieira convoca embaixador de Israel e fala de desconforto do governo em meio a crise
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) |
Trata-se de um ato diplomático que demonstra insatisfação do governo com Israel. Além disso, o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, embarca para o Brasil nesta terça (20). Ele foi chamado para consultas também pelo chanceler, conforme antecipou a coluna Mônica Bergamo.
Segundo relatos de interlocutores, a conversa foi breve e direta. O ministro demonstrou a surpresa e o desconforto do Brasil pelo tratamento dado pelo governo de Binyamin Netanyahu a Meyer em Israel.
O brasileiro, por sua vez, também foi chamado pela chancelaria israelense, o que é considerado um alerta diplomático, mas comum. O encontro, contudo, ocorreu no Museu do Holocausto e o chanceler israelense, Israel Katz, chamou Lula de “persona non grata”, em hebraico, durante coletiva de imprensa ao lado de Meyer. O gesto foi descrito por diplomatas como um “show” e uma forma de humilhá-lo.
“Diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel, o ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça hoje [segunda] ao Palácio Itamaraty, no Rio. E chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil amanhã [terça]”, disse o Itamaraty, em nota, antes do encontro.
A manifestação ocorre em resposta à escalada da crise diplomática com Israel, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar a ofensiva militar de Israel em Gaza ao Holocausto.
O episódio foi tema de discussão no em reunião no Palácio da Alvorada nesta manhã, com os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.
A definição de Lula é de que não haveria qualquer forma de retratação pela sua fala, e que a resposta do governo será diplomática, vocalizada por Vieira. A avaliação é que foi uma tentativa de escalar a crise, como forma de reação às críticas não só do governo brasileiro, mas da comunidade internacional à ofensiva contra palestinos.
“A meu ver, não há de que se desculpar. O que está ocorrendo é uma barbaridade”, disse Amorim. “O chanceler [Mauro Vieira] anunciará as providências que decidir tomar. (…) Sempre tivemos grande estima pelo povo judeu, que nos deu Einstein, Freud e tantos outros, além de extraordinária contribuição à cultura brasileira”, completou, reforçando o que a primeira-dama, Janja, disse mais cedo, que Lula se referia ao “governo genocida” ao fazer suas críticas, não ao povo judeu.
Eleição do Conselho Municipal de Politicas Publicas Culturais de Ipiaú: Participe e Faça a Diferença!
última eleição do conselho cultural em 2021 |
Caio Braga secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Ipiaú. |
Este ano, a eleição busca promover maior participação na composição do Conselho, garantindo que diferentes vozes e perspectivas sejam representadas. Sendo que 50% são representações diversas da sociedade civil e fazedores de cultura. É uma oportunidade para os cidadãos engajados com a cultura local se envolverem ativamente no processo de tomada de decisões e contribuírem para o enriquecimento do cenário cultural de Ipiaú.
A participação na eleição é aberta a todos os interessados, desde artistas e produtores culturais até membros da comunidade em geral que se preocupam com o futuro da cultura em Ipiaú. Cada voto é uma forma de expressar apoio às iniciativas culturais locais e contribuir para o fortalecimento da identidade cultural da cidade.
A eleição dos Conselheiros Municipais de Cultura de Ipiaú é uma oportunidade para os cidadãos se envolverem ativamente na construção do futuro cultural da cidade. Compareça neste sábado, dia 24 de fevereiro, às 14h na Câmara de Vereadores, e faça parte deste importante momento para a cultura de Ipiaú. Sua participação é fundamental para garantir que nossa cultura continue a florescer e se desenvolver.
Danny Muniz/ Decom- Prefeitura de Ipiaú
Brasil ultrapassa 650 mil casos de dengue
Foto: Agência Brasil/Arquivo |
De acordo com os dados, foram 94 mortes em decorrência da doença e 438 óbitos estão em investigação.
As mulheres respondem pela maioria das infecções (55%), enquanto os homens registram 45%. A faixa etária dos 30 aos 39 segue na liderança de casos de dengue, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e pelo grupo de 50 a 59 anos.
O Distrito Federal registra, atualmente, o maior coeficiente de incidência (2.405,6 casos por 100 mi habitantes), seguido por Minas Gerais (936,1), Acre (622,4), Paraná (512,6) e Goiás (487,6). Em número de casos absolutos, Minas Gerais aparece em primeiro lugar com 192.258 registros. Em seguida estão São Paulo (90.408), Distrito Federal (67.768), Paraná (58.660) e Rio de Janeiro (41.435).
Vacinação
A vacinação contra a dengue começou em pelo menos seis dos dez estados selecionados pelo Ministério da Saúde para receberem o lote inicial de 712 mil doses. A distribuição das vacinas contra a dengue para 315 municípios iniciou no dia 8 de fevereiro.
Segundo levantamento da Agência Brasil, a vacinação foi iniciada no Distrito Federal e em Goiás, duas das regiões com maiores índices de contaminação, e também nas capitais Campo Grande (MS), Salvador (BA), São Luís (MA) e Rio Branco (AC). Em Natal (RN) e João Pessoa (PB), a previsão de início da vacinação é nesta segunda-feira (19).
No estado de São Paulo, o município de Itaquaquecetuba, pertencente à região metropolitana de São Paulo e à do Alto Tietê, iniciou nesta segunda-feira (19) a vacinação.
O estado do Amazonas ainda não informou quando irá começar a imunização.
Agência Brasil
Alckmin: ‘País ficou caro antes de ficar rico e não há bala de prata para reduzir custo Brasil’ economia
Poto: Cadu Gomes/Vice-presidência da República |
“O Brasil ficou caro antes de ficar rico. É um País caro, e é caro para exportar, tem dificuldade para exportar, a não ser produto primário. Tem que reduzir o custo Brasil, melhorar a produtividade e competitividade. Não tem bala de prata. É fazer a lição todo dia: reforma trabalhista, tributária, previdenciária, administrativa”, elencou Alckmin durante participação na reunião de conselhos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Ao apontar a sustentabilidade das contas públicas como caminho para o Brasil derrubar os juros, o vice-presidente e ministro defendeu que soluções antigas, como taxas subsidiadas a algumas empresas do setor pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), não podem mais ser adotadas.
“A questão do custo de capital é central, seu pai tinha razão”, disse Alckmin ao presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar, vice dos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que, no exercício do cargo, foi um grande crítico dos juros altos cobrados no Brasil.
Alckmin frisou que, com os juros altos, empresas endividadas podem quebrar, enquanto as demais, que precisam de crédito, enfrentam dificuldades e mostram maior cautela para assumir financiamentos. O vice-presidente não ignorou, no entanto, a importância de o País combater a inflação, que, pontuou, “não é neutra socialmente”. “Castiga os mais pobres”, disse Alckmin.
Crédito tributários
Alckmin defendeu durante a reunião na Fiesp a ampliação do programa Reintegra, que prevê a devolução de créditos tributários a empresas exportadoras.
Ele propôs um “Reintegra de transição”, ampliando a restituição de impostos pagos por empresas exportadoras até que elas comecem a ter os efeitos da reforma tributária, que acaba com o acúmulo de créditos tributários não compensados antes das exportações.
Reconhecendo as limitações orçamentárias do País, assim como a meta do governo de zerar o déficit das contas públicas primárias, Alckmin sugeriu que essa transição do Reintegra comece pelas empresas menores. “Como o dinheiro é curto, o Reintegra de transição pode começar pelos pequenos”, disse.
“Um tema que podemos avançar é tentar melhorar o Reintegra, que está em 0,1%, e, se conseguir um dinheirinho, fazer um Reintegra de transição até a chegada da reforma tributária”.
Na Fiesp, o ministro lembrou que o recorde nas exportações do Brasil foi muito baseado em commodities, sendo que existem indústrias, citando a Embraer, que não sobrevivem sem exportar. Assim, frisando a importância de o País desenvolver uma cultura exportadora, Alckmin citou medidas lançadas pelo governo para desburocratizar, simplificar e facilitar o comércio exterior. Nessa linha, pediu apoio dos empresários da indústria paulista à proposta de revisão da Tarifa Externa Comum (TEC), que hoje tem 34 alíquotas diferentes.
Ao defender a ampliação dos acordos comerciais pelo Mercosul, Alckmin disse haver um empenho em concretizar um acordo com a União Europeia. “Se não faz acordo, você anda para trás porque seu vizinho faz e ganha preferência”.
Mais uma vez, o ministro da Indústria avaliou que houve uma melhora nas condições de negócios e perspectivas, dado o câmbio em patamar considerado por ele como competitivo, a queda dos juros, embora que com taxas ainda elevadas, e a aprovação da reforma tributária.
Homem que venderia cavalos por R$ 21,6 mil para produção de mortadela é preso em Aral Moreira
Animais seriam levados para assentamento para abate e posteriormente, produção de mortadela no Paraguai
Após investigações da Iagro (Agência Estadual de defesa Sanitária Animal e Vegetal) e fiscalização realizada no último dia 4, quando o motorista de um caminhão boiadeiro foi interceptado em barreira, em conjunto com a PM (Polícia Militar), as equipes passaram a monitorar a rodovia.
Por volta das 4h30 de domingo, foram apreendidos 27 cavalos, sendo 13 fêmeas e 14 machos em um caminhão no distrito de São Luiz, em frente a uma escola. O condutor do veículo disse à polícia que carregou os animais em Potirendaba (SP), próximo a Rio Preto, onde os equinos foram adquiridos por R$ 300, totalizando R$ 8. 1 mil.
À polícia, ele também alegou que comprava e revendia os animais por R$ 21,6 mil realizando em média quatro viagens por mês. Os cavalos, pangarés refugos de fazendas, estariam a caminho de um assentamento. O receptador os encaminhava para produção de mortadela e outros embutidos no Paraguai.
Os alimentos produzidos com a carne dos cavalos não contém rótulos indicando a composição de carne equina, segundo a Polícia Civil. Anteriormente, 28 animais foram apreendidos.
Os animais estavam extremamente debilitados, com machucados de sela nas ancas, algumas em processo de cicatrização e eram transportados em gaiola metálica sem o piso emborrachado, segundo análise dos médicos veterinários da Iagro.
As práticas de manejo no transporte eram contrárias ao recomendado pelo Ministério da Agricultura, o que caracteriza indícios de maus-tratos para com os animais.
A prisão do homem e apreensão dos animais, com intuito de coibir a comercialização de produtos de origem clandestina, foi registrada na 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil), de Ponta Porã).
Por: MidiamaxPF intima Bolsonaro a depor em investigação sobre trama golpista
Bolsonaro é alvo de investigação da PF que apura a tentativa de um golpe de estado para mantê-lo no poder, mesmo com a eleição do presidente Lula (PT).
Investigadores deflagraram no último dia 8 de fevereiro a operação Tempus Veritatis para apurar o caso.
Na ocasião, agentes prenderam ex-assessores do ex-presidente cumpriram mandados de busca e apreensão contra ex-ministros.
Bolsonaro foi obrigado a entregar seu passaporte.
Lula chama embaixador de Israel de volta ao Brasil
A embaixada brasileira agora ficará temporariamente liderada por um encarregado de negócios.
A medida é tomada quando um país quer explicitar contrariedade com os atos de outra nação. É um sinal de agravamento da crise, mas não é, ainda, um rompimento de relações diplomáticas.
No caso, ela é uma resposta ao fato de Israel ter convocado o diplomata para uma reprimenda ao Brasil depois que o petista comparou o que ocorre na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Lula considerou que o embaixador Frederico Meyer foi humilhado, e que, por representar o país, o desprezo com que Israel o tratou foi dirigido a todo o Brasil.
As declarações de Lula abriram uma crise diplomática com o governo israelense. Nesta segunda (19), o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou o líder brasileiro “persona non grata”.
Mais além, a pasta fez uma reprimenda ao embaixador Frederico Meyer no Memorial do Holocausto, o Yad Vashem. O gesto foi classificado por um diplomata brasileiro como “show”. Normalmente, advertências a embaixadores são feitas nas sedes das chancelarias.
Lula agora retribuí na mesma moeda ao convocar Frederico para voltar ao Brasil. Mais cedo, uma mensagem da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, defendendo o presidente deixou claro que Lula não pretende recuar de suas falas, nem pedir desculpas a Israel, como o governo de Netanyahu exige.
A convocação de Frederico para ir ao Memorial do Holocausto foi um recado claro e simbólico. Criado em 1953, o espaço em Jerusalém reúne vários museus, centros de pesquisa e educação sobre o Holocausto nazista, que matou 6 milhões de judeus.
No local, o chanceler Israel Katz deu declarações à imprensa e também mostrou ao diplomata brasileiro a lista com nomes de seus próprios familiares vítimas do regime de Adolf Hitler.
Lula afirmou no domingo (18) que as ações militares de Israel na Faixa de Gaza configuram um genocídio e ainda fez um paralelo com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler. “Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o petista.
O premiê Netanyahu já havia dito que Lula “cruzara uma linha vermelha” com suas declarações, e alguns deputados federais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram o tema politicamente e chegaram a aventar um pedido de impeachment do petista.
Como mostrou a Folha, a reação de Israel repercutiu mal dentro do Palácio do Planalto. Integrantes do governo consideram que Tel Aviv quer aumentar a dimensão da crise.
Além disso, também há a percepção de que Israel busca com isso tirar a credibilidade internacional do Brasil, considerando que Lula vem sendo um personagem verbalmente crítico às ações israelenses.
A crise diplomática foi tema de discussão no em reunião no Palácio da Alvorada nesta manhã, com os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.
As declarações também suscitaram respostas da comunidade judaica brasileira.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) disse que o governo Lula “abandona a tradição de equilíbrio e a busca de diálogo da política externa brasileira”. A Federação Israelita do Estado de São Paulo também lamentou a fala do presidente.
Ex-detento morre ao resistir a intervenção policial em Dário Meira
Material apreendido |
Quando patrulhava na cidade as guarnições se depararam com um homem que ao ser dada a voz de abordagem o sacou uma arma e efetuou disparos contra as guarnições indo em direção a beira de um rio. Ao deslocar para a beira do rio o homem dispensou uma sacola.
O indivíduo fez outros disparos sendo feito revide diretamente com a CIPE Central e a guarnição do PETO deu apoio ao cerco.
As guarnições que estavam mais próximas revidaram a injusta agressão com disparos de arma de fogo. Após cessar os disparos e ao fazer a varredura o homem estava caído ao solo com a arma de fogo.
De imediato as guarnições pegaram o homem e conduziu ao pronto socorro do Hospital Geral de Ipiaú onde evoluiu para óbito.
No local foi encontrada a sacola contendo drogas.
O resistente foi identificado como Bruno Batista dos Santos.
RG 2226129162 BA Residente à Rua Lidio Monteiro Nova Jerusalém, Dario Meira - Dário Meira
Material apreendido:
- 1- Revolver Smith & Wesson Cal. 45 N°:207759
- 2- Munições Intactas
- 4- Munições deflagradas
- 8- Buchas de maconha
- 2- Cocadas de maconha
- 5- Pedras de Crack
- 20- Cocaína troxinhas
- 1kg- Cocaína
- 1- Pote de sementes
Fonte: ASCOM/55ª CIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão
PF prende sete passageiros com drogas e documento falso em SP
As ações contaram com o apoio da Receita Federal e da Força Aérea Brasileira
Na última sexta-feira (16/2), um brasileiro tentou embarcar para a França, levando cápsulas com cocaína dentro do aparelho digestivo e nos solados de dois tênis. Na ocasião, o indivíduo foi identificado pelos policiais federais e conduzido a um hospital público, onde expeliu a droga. O volume total do entorpecente apreendido com o homem somou quase dois quilos.
Ainda na sexta, cerca de 12 kg de cocaína foram apreendidos com uma brasileira, que possuía bilhetes de viagem para a Suíça e Inglaterra. A droga foi encontrada em fundos falsos forjados em sua mala. Já com um homem, nacional da Nigéria, que ingressou no país beneficiado pela Lei do Refúgio, os policiais federais encontraram sob suas vestes, numa espécie de bermuda para ciclista, pacotes com 3 kg de cocaína.
Já na manhã do sábado (17/2), servidores da Receita Federal apreenderam 30 kg de metanfetamina com dois homens, nacionais do México, que desembarcaram de voo no aeroporto de São Paulo. Os suspeitos foram conduzidos à delegacia da Polícia Federal, ocasião em que foram presos.
Em outras duas ações realizadas no domingo (18/2), oficiais da Força Aérea Brasileira, que atuam no âmbito da GLO, apresentaram na delegacia da PF, uma brasileira que havia introduzido droga, na forma de cápsulas, nos orifícios corporais. Em outra atividade realizada no mesmo dia, policiais federais detiveram dois brasileiros que admitiram ter engolido cápsulas com cocaína. Os três indivíduos, em razão do risco de morte, foram conduzidos ao hospital público. Todos tinham como destino final de sua viagem a França.
Por fim, na madrugada desta segunda-feira (19/2), uma mulher tentou realizar os procedimentos migratórios com a finalidade de embarcar em voo para Portugal, apresentando passaporte falso. Na ocasião ela foi detida por policiais federais e poderá responder pelos crimes de falsificação, uso de documento falso e, ainda, desobediência, em razão de não ter acatado as determinações que lhe foram dadas pela autoridade policial.
Os suspeitos serão apresentados à Justiça Federal.
FICCO/PE deflagra a Operação Manguezais contra tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
A ação ocorreu entre dias 30/1 e 18/2 e foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 29 prisões
Recife/PE. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Pernambuco (FICCO/PE) deflagrou a Operação Manguezais, entre os dias 30/1 e 18/2, destinada a reprimir a atuação de uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes conexos.Ao longo da operação, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 29 prisões. Todos os detidos já foram encaminhados aos sistemas prisionais. Além disso, foram apreendidos durante as diligências quatro veículos de luxo, 10 aparelhos celulares, um revólver calibre .38, uma réplica de fuzil e R$ 112.000em espécie, com a realização de uma prisão em flagrante.
A investigação foi iniciada no final de 2022, tendo como foco um grupo chefiado por um presidiário, que já respondia a outros processos criminais e que estava atuando com o tráfico de drogas na região de Rio Formoso, Tamandaré e outras cidades do litoral sul de Pernambuco.
Com o avanço das investigações, chegou-se ao conhecimento das ramificações da organização criminosa, que possuía tentáculos nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso. Além disso, havia uma setorização das atividades criminosas, com alas dos grupos atuando diretamente no tráfico, lavagem de dinheiro e na intimidação e guerra pelo domínio de áreas onde estabeleceram pontos de vendas de entorpecentes.
A FICCO/PE é composta pela Polícia Federal (PF), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, por meio das polícias Civil e Militar, a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco, por meio da Polícia Penal, e a Polícia Rodoviária Federal, para atuar de forma conjunta na repressão à criminalidade violenta, conjugando esforços e a expertise de cada órgão, trabalhando em ambiente comum com compartilhamento de informações e recursos materiais e humanos.
Comunicação Social da Polícia Federal em Recife/PECONFIRA AS OFERTAS DA SEMANA DO ATACADISTA CESTA BÁSICA E MERCADO DI MAINHA: JABÁ JBS POR APENAS 23, 90
Farinha de Trigo Brandini Kg´R$ 4,19, Leite Condensado italac 395 ML R$ 4,69, Molho de Tomate Quero R$ 1,49 O MERCADO DI MAINHA tem uma super oferta: JABÁ JBS R$ 23,90 Kilo
Açúcar Vale Bahia R$ 3,89 kg; Margarina Deline 250g 2,79, Wafer Bauducco 1,39; JABÁ JBS R$ JBS 23,90. O MERCADO DI MAINHA TEM..
Poca zoi Petyan 750gramas R$ 4,99, Papel Toalha Malu 3,49, Sabonete Maran 0,99 Só no Mercado Cesta Básica e atacadista di mainha tem A SUPER OFERTA: JABÁ JBS POR 23,90
RUA OLAVO BILAC 71, PERTINHO DA PRAÇA SALVADOR DA MATA, IPIAÚ´BA CONTATO (73) 988221158. ATACADO E VAREJO
Homem é esfaqueado por companheira no Bairro Santa Rita
A autora da facada, a companheira de Fabrício, até a publicação desta matéria não tinha sido localizada pela Polícia Militar. Conforme moradores da localidade o casal teria tido uma discussão, de motivo não informado, e em consequência disso, a mulher teria esfaqueado o companheiro. O estado de saúde dele é estável. (Giro Ipiaú)
PCC e CV se infiltram no poder local baiano para capturar contratos milionários das prefeituras
A partir desta segunda-feira, 19, o Estadão publica uma série de reportagens com dados sobre atuação do crime organizado no Poder Público. Documentos inéditos de investigações mostram o pagamento milionário de uma prefeitura, por meio de contratos aditivos, para empresas de transporte ligadas ao crime. Ao mesmo tempo, um vereador teve a empresa apontada como elo para pagamento mensal a integrantes de organização criminosa. O envolvimento do crime, no entanto, tem consequências. Um ex-político, por exemplo, terá de arcar com o pagamento de multa por condenação pelo envolvimento com pessoas ligadas ao PCC. No Nordeste, a ação do Comando Vermelho culminou até com assassinato de um parlamentar, como apontam investigações na região. Há ainda detalhes de influência dos clãs milicianos no Rio de Janeiro de olho nas próximas eleições.
“Se o PCC conseguir eleger um deputado terá apenas um entre 513 parlamentares. É muito mais interessante para seus integrantes ter acesso às Câmaras Municipais, onde são discutidos os contratos da coleta de lixo e as regras do transporte público e do uso e ocupação do solo”, afirmou o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial e Repressão do Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.
Trata-se de um movimento silencioso, um passo fundamental na transformação de uma facção criminosa em uma organização mafiosa, o passo que parecia faltar para que uma gangue nascida no interior de um presídio se transforme em uma ameaça à segurança nacional. O Estadão ouviu alguns dos mais importantes responsáveis pelo combate ao crime organizado e revela, nesta série de reportagens, um diagnóstico do desafio para a Segurança Pública imposto pelos bandidos no País.
“O PCC, pelo que vem sendo informado, está querendo se infiltrar na administração pública e na vida política, elegendo representantes insuspeitos”, alerta o desembargador aposentado e ex-secretário nacional antidrogas, Walter Maierovitch. Esse é um processo que começou há 20 anos, quando Antonio José Muller Junior, o Granada, viu nos perueiros de São Paulo uma oportunidade de negócios. Ele está preso e seu advogado, Eliseu Minichilo, não foi encontrado.
Granada foi condenado a 30 anos de prisão, na Operação Ethos, que investigou a Sintonia dos Gravatas, o departamento jurídico do PCC, e sua infiltração no Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana. Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefão do PCC, também foi condenado no mesmo processo.
Ameaças a políticos e a infiltração mafiosa
O crescimento das organizações criminosas põe em risco não apenas os
moradores de comunidades afetadas pelo tráfico, mas até mesmo os chefes
de Poderes, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e políticos como Sergio Moro (União-PR),
que tiveram seus passos vigiados a mando da cúpula do PCC. Por enquanto,
os mafiosos brasileiros preferiram conviver com o Estado por meio da
corrupção, em vez de desafiá-lo abertamente por meio do “chumbo”.
Quem explica a razão disso é Maierovitch. “Toda máfia, ou pré-máfia, é parasitária. O grande erro de Totó Riina (Salvatore Riina, chefão da Máfia da Sicília), segundo os colaboradores da Justiça, foi enfrentar o Estado, declarando-lhe guerra. Com a declaração de guerra e os ‘cadáveres de excelência’, como juízes, procuradores e policiais, a administração pública passou a cortar a ‘infiltração mafiosa’, sempre feita por interpostos empresários. A fonte secou”, afirmou.
Além de se infiltrarem no transporte público em São Paulo e em outras cidades do Estado, integrantes do PCC também teriam capturado contratos da área da saúde, da coleta de lixo e buscaram influenciar o uso e ocupação do solo em áreas de preservação ambiental. Para tanto, apoiaram ou financiaram candidatos nas eleições de 2016 e de 2020 em cidades como Arujá, Embu, Praia Grande, Santos e Campinas, conforme denúncias investigadas pela polícia. Em uma delas, o prefeito eleito nomeou um homem ligado à facção como secretário de governo. Em outra, os bandidos se apossaram da coleta de lixo.
Em Arujá, na Grande São Paulo, o esquema era liderado, segundo as investigações, por um dos maiores traficantes do PCC: Anderson Lacerda Pereira, o Gordo, que se espelhava no colombiano Pablo Escobar. E, assim, fraudava licitações, empregava protegidos, ameaçava concorrentes e desviava medicamentos comprados pelo município para misturar à cocaína traficada pela organização. A Operação Soldi Sporchi (dinheiro sujo, em italiano) levou à cadeia o vice-prefeito da cidade, Márcio José de Oliveira, então no PRB (atual Republicanos).
No Ceará e na Bahia, bandidos do CV e milicianos montaram organizações para eleger vereadores e influenciar a política em municípios por meio de contratos milionários com o poder público, a exemplo do que já faziam no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. “Sabemos que esse é o próximo passo dessas organizações: a infiltração no poder público em busca de oportunidades de negócios para lavar o dinheiro do crime”, afirmou o delegado Rogério Sampaoli, superintendente da PF em São Paulo.
No Brasil, o crime organizado está presente no cotidiano de 48 milhões de pessoas, segundo estimou a pesquisa Latinobarômetro, de 2020. No Estado de São Paulo, integrantes da Sintonia Final do PCC, o órgão máximo da direção do grupo, estão entre os acionistas de empresas beneficiadas por repasses milionários do poder público, conforme mostram documentos e contratos analisados pela reportagem. Os bandidos estabeleceram ligações, segundo os investigadores, com políticos de quase todos os partidos, da esquerda de centro e à direita.
Enquanto no Rio a Justiça eleitoral procura barrar as candidaturas ligadas ou financiadas pelas organizações criminosas, em São Paulo, o PCC começou a impor vetos à presença de cabos eleitorais de políticos adversários em comunidades dominadas pela facção na eleição de 2020 em cidades como Campinas e Praia Grande. Para os investigadores, esse é um processo que pode se ampliar nas periferias em 2024.
Mananciais e devastação ambiental
O secretário municipal de Mudanças Climáticas de São Paulo, Gilberto
Natalini, alerta sobre relação da presença do PCC e a criação de
loteamentos clandestinos na última década em áreas de mananciais e de
Mata Atlântica. “Eles invadiram 160 áreas em 2020, cortaram 2 milhões de
árvores e pretendiam vender 49 mil lotes. Se conseguissem, iam ganhar
R$ 1,9 bilhão”, afirmou. Atualmente sem partido, Natalini foi vereador
em São Paulo por cinco legislaturas. Disse não pretender mais se
candidatar.
Recentemente, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei do Zoneamento), flexibilizando as regras de proteção ambiental na cidade sob o argumento de facilitar a regularização fundiária de famílias de baixa renda, permitindo uma maior urbanização de áreas sensíveis, como em distritos do entorno das represas que abastecem a cidade e da Serra da Cantareira. Para Natalini, a medida pode acabar “ajudando” os criminosos.
“Testemunhei evolução do crime organizado. Quando ia para a periferia na década de 1970, não tinha crime organizado. Era só briga de bêbado e de marido e mulher. Hoje, o PCC domina os bairros e está transformando o crime em negócio. Eles se diversificaram, estão no ramo imobiliário, se meteram nas padarias, farmácias, postos de gasolina e também na saúde, onde criaram organizações sociais que fizeram contratos com prefeituras no litoral e na Grande São Paulo, apropriando-se da estrutura do SUS”, disse Natalini. Enfim, é este o cenário que faz as eleições de 2024 serem tão importantes para o crime organizado.
Claudio Nascimento disse que comissão aprovará projetos de reajustes salariais.
As duas matérias serão apreciadas e votadas em regime de urgência na Sessão Ordinária da próxima quinta-feira, 22. Após a aprovação em plenário as leis decorrentes dos projetos em tramitação entrarão em vigor na data de suas publicações, com efeitos retroativos a partir do dia 1º deste mês de fevereiro de 2024.
PARECER
Na condição de Presidente da Comissão de Finanças da Câmara, Claudio Nascimento disse que emitirá “parecer favorável” aos projetos em pauta, mas assegurou que no decorrer desta semana a comissão fará uma leitura minuciosa da proposta do Poder Executivo, analisará o orçamento do município, conversará com lideranças sindicais de ambas as categorias e estando tudo de acordo encaminhará o parecer para que seja votado pelos demais vereadores.
Claudio lembrou que na atual e anterior legislatura a Câmara Municipal nunca deixou de votar e aprovar nada. “absolutamente nada” que fosse importante para o município. Concluindo o vereador disse: “Essa casa sempre tratou com muita seriedade todas as matérias importantes para os servidores e para o município de Ipiaú de forma geral.
( José Américo Castro/ASCOM- Câmara Municipal de Ipiaú).
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