Braga Netto e Marcelo Câmara têm salários suspensos no PL por Valdemar Costa Neto
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL |
Braga Netto, Marcelo Câmara, Valdemar e Bolsonaro foram convocados, ao lado de outros investigados, para prestar depoimento nesta quinta-feira, 22, na sede da PF, em Brasília. Dos quatro, apenas o dirigente partidário respondeu às perguntas dos investigadores, os outros ficaram em silêncio.
Valdemar suspendeu os pagamentos desde que foi proibido de se comunicar com os outros investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A informação foi obtida pelo G1 e confirmada pelo Estadão.
A prestação de contas do PL em 2023 mostra que Braga Netto ganhava um salário de R$ 28 mil da legenda. O general foi ministro da Defesa e da Casa Civil de Bolsonaro, além de companheiro de chapa do então presidente na campanha à reeleição em 2022.
Já Marcelo Câmara, um dos aliados mais próximos ao ex-presidente, que integrou a equipe de ajudância de ordens da Presidência, recebia R$ 18 mil por mês.
No ano passado, a legenda pagou três parcelas de R$ 24 mil e outras nove de R$ 28 mil de salário a Braga Netto, com a rubrica especificada por “serviços técnico-profissionais”. Além disso, também houve uma despesa de R$ 23 mil relativa a aluguel, cujo beneficiário foi o ex-ministro. No total, Braga Netto recebeu R$ 386.183,55 do PL em 2023.
Aliados de Bolsonaro prestaram depoimento à PF
Vinte e cinco investigados na Operação Tempus Veritatis foram convocados
para prestar esclarecimentos à PF nesta semana, incluindo o
ex-presidente Jair Bolsonaro. A maior parte das oitivas foi realizada em
Brasília, na sede da corporação.
Em postura que já havia sido antecipada pela defesa, Bolsonaro se valeu do chamado “direito ao silêncio” durante a oitiva. A defesa do ex-mandatário alega não ter obtido acesso aos autos do inquérito. Também não responderam às perguntas dos investigadores o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto e Marcelo Câmara.
Já Valdemar Costa Neto, que teve a prisão preventiva decretada na Tempus Veritatis, respondeu aos questionamentos da PF. O depoimento do dirigente partidário durou cerca de quatro horas.
Alvo de um mandado de busca e apreensão na operação, Valdemar foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Além disso, foi encontrada uma pepita de ouro não registrada na casa do dirigente partidário, configurando suspeita de “usurpação mineral”, crime inafiançável.
Dois dias depois da audiência de custódia, a liberdade provisória do presidente do PL foi concedida por recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Valdemar segue no comando da legenda.
Dengue na Bahia: 38 cidades decretam epidemia da doença
Ação de combate à Dengue em Piripá |
Atualmente, 38 municípios se encontram em epidemia. São eles: Anagé, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barro Alto, Belo Campo, Bonito, Brejões, Canarana, Caturama, Condeúba, Encruzilhada, Feira da Mata, Ibiassucê, Ibicoara, Ibipitanga, Ibitiara, Igaporã, Ipiaú, Iramaia, Irecê, Iuiú, Jaborandi, Jacaraci, Lajedão, Macaúbas, Manoel Vitorino, Matina, Morro do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Novo Horizonte, Piripá, Presidente Jânio Quadros, Quixabeira, Serrolândia, Tanque Novo, Uruçuca e Vitória da Conquista.
Outras 19 localidades são consideradas “áreas de alerta”.
Marcelo Werner comenta sobre fuga de liderança do tráfico no Carnaval
“Quando o fato ocorreu, declaramos que não descansaríamos até capturar o fugitivo, e assim foi feito; as equipes continuaram atuando sem interrupção”, disse, em entrevista à Rádio Metropole, nessa quinta-feira (22).
Entenda
Jeferson Santos Conceição, mais conhecido como Gel Burro, foi identificado pelo sistema de reconhecimento facial e preso no circuito Barra-Ondina, em cumprimento de um mandado de prisão por homicídio. No mesmo dia, porém, ele conseguiu escapar, mas foi novamente preso no dia 15 de fevereiro.
Filho de Lula leva ao pai e ministros temas que vão de rodovia a casas de aposta
Luis Claudio Lula da Silva, filho do presidente Lula |
Como mostrou a Folha, Luís Cláudio se aliou a um empresário sul-coreano que atua na Zona Franca de Manaus e a um prefeito da União Brasil para erguer o clube de futebol Parintins, que disputa o Campeonato Amazonense e tenta vaga na Série D do Brasileiro.
Luís Cláudio, por exemplo, levou ao pai uma defesa pela pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. Nos próximos meses, o filho de Lula pretende percorrer a rodovia, filmar as condições da estrada e mostrar os vídeos ao chefe do Executivo.
“A BR-319 é imprescindível para a região. Na seca do ano passado, houve um isolamento grande”, disse à Folha o filho de Lula, reverberando o discurso de políticos e empresários que fazem lobby pela rodovia.
Esse lobby ganhou força a partir da seca extrema em 2023, ano em que houve recordes de baixa dos rios, com impacto direto na navegação, a principal forma de transporte no Amazonas.
Desde que assumiu a direção de futebol do RPE Parintins, Luis Claudio se divide entre Amazonas e São Paulo.
“Eu conheço 80% dos ministros de antes [da eleição]. Tenho intimidade com [Fernando] Haddad [ministro da Fazenda], com [Alexandre] Padilha [ministro das Relações Institucionais], de tomar café”, diz o caçula de Lula.
Um dos assuntos já tratados, segundo ele, é sobre casas de apostas no futebol, com a existência de um mercado ilegal e paralelo que vem prejudicando o esporte, segundo Luis Claudio. “Converso abertamente com Haddad sobre isso. Regulamentação e cobrança por investigação devem existir, pois há brechas para corrupção com as apostas.”
A discussão sobre a BR-319 passa principalmente pelo chamado trecho do meio, entre os quilômetros 250 e 655,7 –uma extensão de 405,7 quilômetros.
Em julho de 2022, três meses antes da derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula, o então presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Eduardo Bim, emitiu licença prévia para pavimentação do trecho. Bim estava no cargo por indicação do hoje deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ministro do Meio Ambiente sob Bolsonaro.
Documentos do processo de licenciamento ambiental mostram que a obra pode provocar mais grilagem de terras públicas no curso da rodovia, ampliar o desmatamento ilegal e impulsionar a exploração criminosa de madeira.
Uma vistoria feita pelo Ibama em setembro passado constatou o avanço de devastação, queimadas e ocupação de terras públicas ao longo da BR-319, com o arco de desmatamento rumo às porções central e norte do Amazonas, duas das mais preservadas da amazônia. Além disso, há 225 áreas degradadas na rodovia, antes mesmo de intervenções para pavimentação.
Manaus e região viveram ondas sucessivas de fumaça na seca extrema de 2023, em razão do desmatamento e das queimadas. Mesmo assim, políticos e empresários usaram a seca como pretexto para ampliar o lobby pela pavimentação da rodovia. O governo Lula criou um grupo para tentar acelerar o processo de licenciamento.
“Meu pai fica cercado por ministros, nem sempre ele sabe a realidade”, diz Luis Claudio. “Eu converso com ele sobre as dificuldades logísticas aqui, sobre o isolamento.”
Segundo o filho de Lula, a seca levou a escassez de alimentos e de itens como cimento em Rio Preto da Eva (AM), cidade onde está sediado o RPE Parintins, a 85 km de Manaus.
“A BR-319 é a única conexão com o restante do país. É uma obra difícil, mas tem de sair”, afirma Luis Claudio. “Meu pai quer saber mais, quer ouvir.”
Sobre o mercado de apostas no futebol, cujo funcionamento foi autorizado por uma lei de 2018, o diretor do RPE Parintins diz que existem três ou quatro “casas grandes de confiança” e que há uma infinidade de apostas clandestinas, com grupos virtuais, bicheiros e outros operadores, levando a manipulação de resultados.
“Como não tem como inibir, tem de regulamentar”, afirma Luis Claudio, que diz que toparia patrocínio de casa de apostas ao time que dirige. O governo Lula espera incrementar receita com a regulamentação do setor.
O dirigente faz críticas mais genéricas ao futebol brasileiro: está sucateado, parte devido à maneira de atuação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “Meu pai precisa olhar para o futebol com mais carinho.”
As conversas que mantém com integrantes do governo do pai não podem ser compreendidas como tráfico de influência, afirma Luis Claudio. “Seria se eu levasse alguma vantagem. Nunca vão ver o Luis Claudio pedir um favor.”
Ele diz ser mais recebido no mundo do futebol por ser filho de Lula, e que isso já foi o inverso, com portas fechadas no auge das ofensivas da Operação Lava Jato. O ressentimento persiste, em razão da morte da mãe, Marisa Letícia, em 2017, atribuída por ele ao que teria sido uma perseguição contra a família.
“Ser filho [de Lula] abre as portas, é claro. Mas já fechou também. O que eu preciso ter é um produto decente para entregar”, afirma o diretor do RPE Parintins, que já trabalhou como auxiliar em times como Palmeiras, São Paulo e Corinthians, além de ter estruturado uma liga de futebol americano no Brasil.
Governo atualiza número de municípios afetados pelas chuvas e monitora ocorrências nas rodovias baianas
Reoneração seguirá em vigor na MP para ajudar governo a reduzir bloqueio no Orçamento
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou em entrevista à GloboNews que o Executivo vai enviar um projeto de lei em regime de urgência para conduzir as negociações e chegou a dizer que a parte referente à desoneração da folha “vai ser tratada exclusivamente no PL, vai ser suprimida da MP”.
A declaração gerou no Congresso Nacional, nas empresas beneficiadas e em parte do próprio governo a expectativa de envio de uma nova MP revogando o trecho que prevê a reoneração da folha a partir de 1º de abril. A frustração tende a gerar ruído com os parlamentares.
Integrantes da equipe econômica ouvidos reservadamente pela Folha afirmam que uma MP revogadora comprometeria os cálculos para a avaliação bimestral do Orçamento, gerando um risco ampliado de contingenciamento de despesas por causa da frustração na arrecadação.
Embora a própria MP diga que a reoneração só vale a partir de 1º de abril, o texto publicado tem força de lei e permite ao governo incorporar, desde já, os ganhos fiscais da iniciativa.
O principal deles é não precisar reconhecer perdas de R$ 12 bilhões com a desoneração da folha das empresas e de R$ 4 bilhões com o corte das alíquotas dos municípios.
Revogar agora o trecho da MP, portanto, significaria retomar as desonerações aprovadas pelo Congresso e absorver o impacto integral nas estimativas do Orçamento.
Por isso, integrantes do governo consideram crucial que a reoneração seja mantida no texto da MP pelo menos até 22 de março, sem prejuízo da condução das discussões de mérito no âmbito do projeto de lei. Desde sua edição, a medida é considerada a “âncora fiscal” do primeiro relatório.
Uma autoridade afirma sob reserva que “não pode ter um vácuo”, sob pena de afetar os cálculos do primeiro relatório bimestral.
Segundo técnicos, o próprio projeto de lei tratará da revogação do trecho da MP que prevê a reoneração a partir de 1º de abril. Nesse formato, porém, a medida só teria validade legal após a aprovação e sanção do texto —que, no cenário ideal, se desenrolaria nessa janela entre 22 de março e 1º de abril.
A Folha procurou o Ministério da Fazenda para obter esclarecimentos do que Haddad quis dizer com a expressão “suprimida da MP” e se isso significava uma nova medida para revogar o trecho.
Na primeira resposta, a assessoria de imprensa encaminhou o áudio da declaração do ministro à GloboNews. Após a insistência da reportagem para saber se haverá uma MP revogadora, não houve resposta do ministério.
O ministro Rui Costa (Casa Civil) disse à Folha que o governo está dialogando com o Congresso sobre o tema e citou apenas o projeto de lei como solução para o impasse.
“O ministro Haddad teve uma reunião ontem [quarta, 21] sobre a MP 1.202, que vai ser desdobrada em projeto de lei”, afirmou após a posse de Flávio Dino como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
A estratégia do governo é evitar o impacto da desoneração agora e “trabalhar com mais calma” na segunda revisão do Orçamento, que ocorrerá em maio de 2024.
Até lá, o Executivo espera ter uma “visão mais realista” das receitas e despesas. A data é para quando o mercado espera a flexibilização da meta de déficit zero, cujo cumprimento exigiria um contingenciamento bilionário —e indesejado pela ala política do governo.
Mas a manutenção da reoneração na MP, ainda que o governo tenha sinalizado abertura para as negociações, deve gerar desgaste com os parlamentares.
Autor do projeto que prorroga a desoneração, o senador Efraim Filho (União Brasil-PB), líder do partido na Casa, disse que o governo “tem de revogar o trecho da MP de toda forma”, independentemente do envio do projeto.
“A decisão política já foi tomada. Ao governo falta apenas formalizar a nova MP”, disse Efraim Filho. “O governo já admitiu que não recupera a desoneração, especialmente em 2024”, afirmou.
Empresários dos setores alcançados pela desoneração também tinham a expectativa de revogação do trecho da MP e devem intensificar as conversas com o Legislativo na tentativa de restabelecer o benefício.
A desoneração da folha foi criada em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.
A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha.
Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, entre outros.
A prorrogação do benefício até o fim de 2027 foi aprovada pelo Congresso no ano passado, mas o texto foi integralmente vetado por Lula. Em dezembro, o Legislativo decidiu derrubar o veto presidencial, restabelecendo o benefício setorial.
Em reação, o ministro da Fazenda enviou uma MP ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha de pagamentos e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto.
Bolsonaristas falam em ‘guerra civil’ e se preparam para ato com pacto de não-agressão
Manifestação Bolsonarista na Avenida Paulista |
O levantamento feito pela empresa de tecnologia Palver buscou capturar o que estava sendo dito após a operação da Polícia Federal de 8 de fevereiro que mirou Bolsonaro e aliados acerca de trama golpista engendrada em sua gestão. Além disso, analisou também como reverberou a convocação do ex-presidente, feita no dia 12, para ato na avenida Paulista.
Mensagens citando Bolsonaro e falando em “guerra civil” ou “revolução” teve certo aumento após a ordem de apreensão de passaporte contra o ex-presidente. Este tipo de conteúdo mais inflamado, porém, não cita a manifestação de 25 de fevereiro e já vinha aparecendo anteriormente nos grupos.
Uma mensagem diz, por exemplo, que “estão inventando uma prisão a qualquer custo para Bolsonaro” e fala que “vai ter guerra civil”. O texto, que é longo, diz ainda que “ninguém sairá de dentro do Congresso até que todos sejam presos” e que “ninguém nos deterá”. Ao final, demanda “providências contra esses abusos de autoridades do STF” e diz que “isso não vai continuar assim”.
“Guerra civil à vista”, diz outro conteúdo compartilhado, acompanhado de uma teoria da conspiração: “PT mandou o TSE cassar os mandatos e tornar inelegíveis todos os deputados do PL. É imprescindível fazer este vídeo chegar a cada brasileiro”.
Um outro caso traz o rosto de Bolsonaro junto do aviso: “Estamos atentos, não encostem nele!”. Na sequência, diz que se o ex-presidente for preso todos devem sair às ruas. “Vamos parar o país. Revolução civil em todo o Brasil. Encostem no Bolsonaro e é isso que terão”, diz o conteúdo.
Um outro vídeo traz áudios supostamente de pessoas ligadas ao Exército falando também em guerra civil e junto dos termos de que o Brasil estaria em alerta e de que faltariam poucos dias.
Todos estes exemplos estavam marcados como encaminhados com frequência no WhatsApp, segundo a Palver. Essas mensagens não citam o ato do dia 25 de fevereiro, mas seguem sendo encaminhadas nos grupos.
Há ainda outras mensagens dizendo que houve fraude em 2022, além de textos aventando novas teorias da conspiração das instituições contra Bolsonaro e incutindo ainda a ideia de que as Forças Armadas podem vir a agir nestes casos.
Os novos indícios, que vieram à tona com a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF), não são destaque nas conversas tampouco alteraram a narrativa de que Bolsonaro estaria sendo perseguido.
As minutas de golpe, por exemplo, foram pouco mencionadas, o que ficou restrito a poucas ocorrências de um vídeo do advogado de Bolsonaro justificando o documento encontrado na sede do PL e a um texto de Ives Gandra dizendo que um dos arquivos encontrados no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente, era de 2017.
Nos segmentos bolsonaristas, a principal crítica segue sendo a órgãos de Justiça, como o Supremo e ao atual governo.
O vídeo divulgado por Bolsonaro convocando para um ato na avenida Paulista, por sua vez, repercutiu positivamente nos grupos de WhatsApp, segundo a Palver.
No gráfico, aparecem algumas ocorrências pontuais anteriores ao dia 12, isso se deve ao fato de a busca capturar termos gerais —além disso, foram consideradas apenas mensagens em português.
Ao analisar a quantidade de mensagens destacando a fala do ex-presidente para que não houvesse cartazes ou para que o ato fosse pacífico e se evitasse xingamento a opositores, as menções são menos relevantes.
No vídeo, Bolsonaro pediu a apoiadores que não levem faixas e cartazes contra ninguém e fala em ato de apoio ao que chama de “Estado democrático de Direito”. “Nesse evento eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses”, afirmou.
Os textos em geral recomendam que as pessoas vistam verde e amarelo, há também recomendação para que levem seus familiares e fazer lives e fotos. “A nação brasileira precisa colocar a cara do lado de fora e deixar claro que já não tolera mais nenhuma espécie de ditadura.”
Há também mensagens sobre ônibus partindo para a capital paulista, como uma que diz que o ônibus sairá do Leme no Rio de Janeiro no domingo de manhã por R$ 200 —adicionando que não será permitida a entrada com faixas e cartazes bem como com objetos como facas e armas.
Segundo Maria Cruz, analista da Palver, será preciso avaliar o quanto as convocações encaminhadas nos grupos resultarão em aderência aos atos, considerando o fato do chamamento do Bolsonaro.
Ela ressalta que em mobilizações mais recentes a aderência teria sido abaixo do que os grupos esperavam, resultando em discussões sobre possíveis falhas.
Uma mensagem que foi bastante encaminhada divulga uma concentração em Manaus no domingo. O perfil do movimento conservador da cidade porém já divulgou que o ato foi cancelado, dado a instrução de Bolsonaro para que tudo fosse centralizado em São Paulo.
Nos grupos aparecem ainda fake news como a de que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o presidente argentino, Javier Milei compareceriam aos atos.
O PT, partidos do campo governista e movimentos ligados ao presidente Lula decidiram preparar um manifesto em reação ao ato —o grupo quer denunciar o golpismo do ex-presidente e reiterar o apoio à democracia.
Fux será o próximo a deixar o STF; veja quando os demais ministros vão se aposentar
O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal) |
Atualmente, Fux é o ministro mais velho do Supremo. Ele tem 70 anos e fará 75 em abril de 2028.
Na composição atual do STF, a próxima a se aposentar compulsoriamente depois de Fux será a ministra Cármen Lúcia, que sairá do Supremo em abril de 2029.
O ministro mais novo do STF, em idade, é Cristiano Zanin, com 48 anos. Ele assumiu o cargo no ano passado, sendo o primeiro a ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato. Com aposentadoria compulsória, o ministro garante quase 27 anos de permanência na Corte.
Pela idade, os próximos ministros a se aposentarem serão:
- Luiz Fux, com 70 anos, em abril de 2028
- Cármen Lúcia, com 69 anos, em abril de 2029
- Gilmar Mendes, com 68 anos, em dezembro de 2030;
- Edson Fachin, com 66 anos, em fevereiro de 2033;
- Luís Roberto Barroso, com 65 anos, em março de 2033
- Dias Toffoli, com 56 anos, em novembro de 2042;
- Flávio Dino, com 55 anos, em abril de 2043
- Alexandre de Moraes, com 55 anos, em dezembro de 2043;
- Nunes Marques, com 51 anos, em maio de 2047;
- André Mendonça, com 51 anos, em dezembro de 2047
- Cristiano Zanin, com 48 anos, em novembro de 2050.
Filipe Martins contradiz Mauro Cid e afirma à PF que não entregou ‘minuta do golpe’ a Bolsonaro
Filipe Martins foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada no último dia 8, que investiga uma suposta organização criminosa que planejou um golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-assessor foi um dos quatro aliados do ex-presidente presos preventivamente por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O ministro do STF argumentou, na autorização da prisão de Martins, que o ex-assessor teria entregue para Bolsonaro uma “minuta golpista” que previa a prisão de autoridades e a convocação de novo eleição presidencial. A PF teve conhecimento do documento a partir da delação premiada de Cid.
Segundo a corporação, Bolsonaro teria solicitado ainda que Martins fizesse alterações na “minuta”, o que teria sido cumprido pelo ex-assessor. Na delação premiada, Cid disse que o ex-presidente teria levado a “minuta” para comandantes das Forças Armadas em uma reunião secreta. Durante o encontro, que ocorreu em novembro de 2022, os líderes militares, com exceção do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teriam repreendido a ideia de ruptura democrática.
No depoimento prestado nesta quinta, Martins confrontou a versão dada por Cid na delação e afirmou que não redigiu ou entregou uma minuta para Bolsonaro. O ex-assessor da Presidência disse também que não participou de reuniões com temas golpistas.
Em nota, os advogados João Vinícius Manssur, William Iliadis Janssen e Ricardo Scheffer, responsáveis pela defesa de Filipe Martins, disseram que o ex-assessor foi “claro e objetivo” durante o depoimento.
O ex-assessor disse não ter tido acesso aos autos da Tempus Veritatis. A reclamação também foi feita por outros alvos interrogados nesta quinta, como o próprio ex-presidente Bolsonaro.
Martins contestou a informação dos investigadores de que teria ido para o exterior após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi preso em Ponta Grossa (PR).
Leia na íntegra a nota da defesa de Filipe Martins
“O depoimento do Sr. Filipe Martins, como era de se esperar, foi claro e objetivo. Filipe está tranquilo, mas inconformado com a sua prisão, que julga precipitada e ilegal. Aguardamos agora a decisão referente ao requerimento de revogação da prisão preventiva, pontuando que essa só deve persistir em casos excepcionalíssimos, quando a liberdade em si for um risco, o que demonstrado não ser o caso de Filipe, sob pena de a medida se transmutar em um cumprimento antecipado de uma eventual e absolutamente incerta pena, que naturalmente só poderá ser determinada após o trânsito em julgado, e não antes, em respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência. Temos confiança que uma análise sóbria e técnica levará à sua colocação em liberdade”.
Senador filho de palestino afirma que há oportunismo em crítica a Lula sobre Holocausto
O senador Omar Aziz (PSD-AM) |
Antes que o líder do governo, Jaques Wagner (PT), pudesse responder à cobrança de Pacheco na sessão de terça-feira (20), Aziz pediu a palavra, rebateu o presidente da Casa e questionou qual tipificação poderia ser dada às 30 mil pessoas mortas em Gaza, segundo números do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
“Foi realmente uma surpresa para mim o presidente [Pacheco] —pelo equilíbrio que ele tem, pela ponderação que tem, sempre teve,— trazer aquilo à tona e dizer que o presidente Lula tinha que pedir desculpas”, afirma o senador.
“Até porque ele tem uma relação muito próxima com o presidente. Podia ter ligado: ‘Presidente, vamos separar o joio do trigo. Judeu é uma coisa, esse governo sionista é outra’. Podia ter feito isso. Um amigo faz isso com outro amigo”.
A fala de Aziz chamou atenção no plenário do Senado e repercutiu nas redes sociais. Filho de pai palestino e mãe brasileira, o senador usa as palavras “chacina, genocídio e massacre” para descrever a situação na Faixa de Gaza.
“Você vai dizer que o Hamas não fez um ato terrorista? Fez sim. Condenar tem que condenar. Agora, você não pode jogar bomba em cima de crianças, mulheres, inocentes, para matar um, dois terroristas. Porque até hoje eles não disseram quantos terroristas mataram. Ah, mata 30 mil pessoas e se pegar 10 terroristas está bom”.
À agência de notícias Reuters um alto oficial do Hamas baseado no Qatar forneceu nesta semana um número usualmente não tornado público: disse que ao menos 6.000 membros da facção morreram em quatro meses de guerra.
O senador também diz ver oportunismo político da direita nas críticas feitas a Lula após a declaração controversa e afirma que não houve “esse histerismo todo” quando Jair Bolsonaro (PL) recebeu uma líder da ultradireita alemã neta de um ministro nazista. O parlamentar se refere ao encontro do então presidente com Beatrix von Storch em 2021. A política é neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças na Alemanha nazista.
“Bolsonaro disse que o Holocausto poderia ser perdoado, mas não esquecido. Como é que é isso? Me explica. E ninguém fez essa histeria toda. Vai perdoar o Holocausto? Pergunte se algum judeu perdoa o Holocausto”, argumenta. “A minha fala é muito clara em relação a isso. Todo respeito ao povo judeu, que sofreu. Mas não dá para respeitar um governo sionista de direita que, para se manter no poder, quer exterminar uma população toda de Gaza”.
Aziz afirma que “não dá” para Lula pedir desculpas ao governo de Binyamin Netanyahu, e condena a declaração da ministra da Igualdade Social e Empoderamento Feminino de Israel, May Golan. Na segunda (19), Golan afirmou que está “pessoalmente orgulhosa das ruínas em Gaza”.
“Você vai pedir desculpas para esse governo? Não dá”, afirma Aziz.
O senador conta que seu pai, Muhammad Abdel Aziz, chegou ao Brasil sozinho, em 1957, aos 17 anos de idade. Da Bahia, onde havia desembarcado, ele seguiu para o interior de São Paulo e conheceu Delfina Aziz, brasileira filha de italianos.
“Ele sabia que no Brasil tinha oportunidade para trabalhar, e foi trabalhar como mascate. Ele andava com duas malas de fazenda em fazenda. E meu avô era dono de um cafezal no interior de São Paulo, em Garça. Foi lá que meu pai conheceu minha mãe”, conta.
“Meu pai chegou ao Brasil em 1957 com passaporte turco. Em 1948, com a instalação do Estado de Israel, não se tirava mais passaporte palestino. Tinha que se tirar na Turquia para poder viajar”.
Aziz afirma que não viu problema na iniciativa do Senado de projetar a bandeira de Israel na parte de fora do Congresso após o ataque do Hamas em outubro. O pedido foi feito pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), ex-presidente da Casa, judeu e um dos mais influentes parlamentares.
“Eles tinham razão naquele momento. A solidariedade é àquelas pessoas que foram brutalmente assassinadas por um grupo terrorista. Teria que projetar também a bandeira da Palestina, que tem inocentes sendo mortos. Não fizeram isso. Mas faz parte. A gente vem sofrendo com isso há muitos anos”, diz.
“Vi meu pai sofrer muito. Até porque nós perdemos muitos parentes nessa guerra que vem desde a década de 1950. Eu vi meu pai muitas vezes sofrer, mas nunca vi meu pai dizer que tinha que exterminar alguém. Ele sempre procurou dizer: a melhor coisa é o entendimento, é a paz ali. Foi isso que eu aprendi com ele”.
Justiça manda transferir autor da facada em Bolsonaro para tratamento em MG
Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado a faca contra Jair Bolsonaro em 2018 |
A decisão atendeu a pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que representa Adélio.
Pela decisão, a Justiça de Minas Gerais deverá providenciar tratamento ambulatorial ou internação em leito hospitalar, com medidas de segurança necessárias à integridade de Adélio, que foi diagnosticado como tendo transtorno mental.
O prazo para efetuar a decisão é de 60 dias.
A defesa sustentou que ele não poderia continuar recolhido no estabelecimento federal, ainda que a penitenciária tenha estrutura capaz de prestar atendimento médico equivalente a uma Unidade Básica de Saúde.
A DPU usou em sua argumentação a Lei Antimanicomial, que veda internação de pessoas com transtornos mentais em estabelecimento penais sem estrutura de atendimento adequada.
A norma foi reforçada por uma resolução de 2023 do Conselho Nacional de Justiça.
Brasil encerra encontro de chanceleres com G20 sob contestação da Rússia
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira |
Vieira fez um breve relato sobre as discussões travadas entre quarta (21) e quinta-feira (22) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro; os jornalistas presentes não puderam fazer perguntas. Segundo o chanceler, os países-membros e convidados “externaram suas posições sobre o papel do G20 em relação às tensões em curso”.
A fala do brasileiro expôs a falta de consenso até sobre o papel do grupo de debater as guerras em curso, em especial na Faixa de Gaza e na Ucrânia —este último completa dois anos no próximo sábado (24).
Essa posição foi externalizada pelo chanceler da Rússia, Serguei Lavrov. “Não creio que no G20 encontraremos soluções para os desafios e ameaças à segurança global”, afirmou, segundo o discurso divulgado por Moscou. Antes do encontro, Lavrov já havia criticado o que chamou de “politização do G20” por abordar a Guerra da Ucrânia.
“A delegação russa pretende chamar atenção dos parceiros para a inaceitável politização do G20, que está planejado para se concentrar estritamente nos desafios socioeconômicos. A inclusão de questões não essenciais, incluindo a questão ucraniana, na agenda do G20 por instigação do Ocidente é destrutiva”, afirmou o chefe da diplomacia de Vladimir Putin.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, fez duras críticas à Rússia durante seu discurso nesta quinta. O francês afirmou que o grupo precisa evitar a desunião, apesar de “certos membros estarem agindo contra o G20” —uma referência pouco velada a Moscou.
Na abertura do encontro, Vieira havia buscado elevar o G20 como um espaço mais livre para o debate entre as lideranças mundiais sobre as tensões globais. “Esse grupo é, possivelmente, o fórum mais importante onde países com visões opostas ainda conseguem sentar à mesa e ter conversas produtivas sem necessariamente carregar o peso de posições arraigadas e rígidas que têm impedido avanços em outros foros, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou ele na quarta-feira.
Como em outros encontros multilaterais, Lavrov foi o principal alvo de críticas presenciais durante os debates. De acordo com Vieira, “vários países reiteraram a condenação à Guerra da Ucrânia, como tem acontecido desde 2022”. Não houve nenhuma outra menção ao conflito no Leste Europeu no discurso do chanceler brasileiro.
O relato do ministro se concentrou nos debates em relação à guerra Israel-Hamas. Como esperado, Vieira não fez nenhum comentário sobre a crise diplomática entre Brasília e Tel Aviv, cujo gatilho foi a fala do presidente Lula comparando a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto nazista;
O chanceler citou, porém, a preocupação de vários membros do G20 com a possibilidade de alastramento do conflito para países vizinhos. Também relatou manifestações pela libertação de reféns em poder do grupo terrorista e críticas ao deslocamento forçado de palestinos para o sul da Faixa de Gaza —Tel Aviv planeja uma nova operação na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, onde está abrigada a maior parte dos deslocados internos do conflito, o que pode aumentar o número de civis mortos.
Segundo Vieira, há uma “virtual unanimidade” no G20 em favor da solução de dois Estados como caminho para a paz entre israelenses e palestinos.
O ministro também disse que houve concordância em relação às prioridades estabelecidas pelo Brasil durante a presidência temporária do grupo: combate à fome, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. Em relação ao último tema, Vieira disse que todos concordaram que as instituições multilaterais “precisam de reforma para se adaptarem aos desafios do mundo atual”. Ele disse também ter havido consenso quanto à necessidade de reforma da ONU, principalmente do Conselho de Segurança. O desafio, porém, é a diferença entre as propostas.
Ao final do encontro, diplomatas que participaram das conversas e que foram ouvidos pela Folha apontam que o encontro desta semana serviu mais como um pontapé inicial para debater as reformas dos organismos internacionais do que algo que trará já um resultado concreto a curto prazo.
O G20 é o grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. A reunião dos chanceleres foi a primeira ministerial sob a presidência do Brasil, que termina em novembro deste ano. O governo brasileiro também usa o fórum para instar que países do chamado Sul Global se fortaleçam.
Cinco mortos e quatro feridos em acidente de ônibus na Bahia
O acidente aconteceu no Km 70 da rodovia e envolveu um único veículo. Equipes do 4º Batalhão de Bombeiros Militares e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas para o local.
Quatro pessoas ficaram feridas e foram resgatadas pelos bombeiros. Elas foram levadas para unidades de saúde da região pelo SAMU.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar a perícia no local do acidente e identificar as vítimas. Duas retroescavadeiras foram utilizadas para remover o ônibus da pista.
As causas do acidente ainda não foram esclarecidas. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) investiga o caso.
por Notícias ao Minuto Brasil
Com investimento de mais de R$ 161 milhões, novo Hospital Regional de Alagoinhas será construído pelo Governo do Estado
Com um investimento de mais de R$ 161 milhões, o equipamento terá 180 leitos, sendo 30 de unidade de terapia intensiva (UTI), distribuídos em especialidades como clínica geral, saúde mental, neurologia, cardiologia e oncologia. Haverá atendimento adulto e pediátrico.
“É um hospital com serviços mais complexos, que a gente sabe que acumulam na vida da gente. Então, isso coincide justamente com o interesse da região e com a política nossa de enfrentar o tema da regulação, para que as pessoas possam, em curto tempo, dentro da necessidade delas, poder fazer seus exames, fazer seu tratamento, tomar sua medicação”, afirmou o governador.
De acordo com a secretária da Saúde, Roberta Santana, o hospital atenderá tanto demandas espontâneas quanto referenciadas pela Central de Regulação de Urgências do Samu Regional de Alagoinhas e de Ribeira do Pombal, além da Central Estadual de Regulação (CER). “A criação deste hospital é crucial para evitar que a população da região precise se deslocar em busca de atendimento, garantindo acesso facilitado e eficiente aos serviços de saúde necessários”, destacou.
Feira de Saúde
Durante a visita a Alagoinhas, o governador também visitou a feira Saúde Mais Perto, promovida pela Secretaria de Saúde (Sesab) em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA). O evento, que acontece até sexta-feira (23), está sendo realizado no Estádio Municipal Antônio de Figueiredo Carneiro (Carneirão), das 8h às 17h.
No local, a população tem acesso a consultas de oftalmologia com rastreio, limpeza de lentes e cirurgia de catarata, cirurgia de hérnia, vesícula e histerectomia, dentista com tratamento completo, exames de laboratório, ultrassom, eletrocardiograma, preventivo, avaliação nutricional, imunização e testagem rápida, além de serviços do SAC Móvel (emissão de primeira e segunda via de RG e certificado de antecedentes criminais).
“A gente vê uma feira dessa acontecer aqui, em Alagoinhas, para a região inteira. Ultrapassaremos 10 mil atendimentos, com certeza. As pessoas sabem que podem confiar, que é a saúde mais perto. Essa parceria acontece para isso, para a gente poder dar conta”, comemorou Jerônimo.
Outras ações
A visita do governador também contemplou a autorização de novos investimentos em infraestrutura viária, como a pavimentação nos trechos de entroncamentos com a BR-110, nas comunidades de Portões e Estrada do Caminhoneiro. Além disso, foi autorizado o projeto para pavimentação em rodovia de acesso, no trecho entre Miguel Velho e Jorro, a modernização do sistema de iluminação pública na avenida Murilo Cavalcanti e a complementação da Área externa do Estádio Municipal.
Entre outras ações realizadas em Alagoinhas, destacam-se a inauguração do Galpão de Frutas no Mercado Municipal e a entrega de 200 barracas para serem utilizadas no espaço e na feira municipal da cidade.
Confira aqui a galeria de fotos desta matéria.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
PP fará evento de apoio à reeleição de Bruno Reis na próxima segunda (26)
Apesar de o PP seguir dividido na Bahia, pois uma parte da sigla caminha ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), em Salvador o apoio a Bruno Reis era esperado. A legenda tem seis vereadores na capital. Os seis ingressaram antes das eleições de 2022 a pedido do prefeito, e disputaram as eleições proporcionais, o que foi importante para o desempenho eleitoral do PP, que elegeu na ocasião seis deputados estaduais e quatro federais.
Os seis deputados estaduais do PP estão na base de Jerônimo, inclusive Niltinho, o mais votado do grupo na capital. Dos federais, João Leão e Cláudio Cajado vinham defendendo abertamente o apoio a Bruno Reis. Mário Negromonte Júnior, por ser presidente, vinha aguardando uma posição oficial, embora tenha até admitido dialogar com o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato a prefeito. Já Neto Carletto, que deve migrar para o Avante até o pleito de 2026, está com Jerônimo.
Bolsonaro fica em silêncio na PF em depoimento sobre trama golpista
A estratégia de se manter calado havia sido antecipada pela defesa de Bolsonaro. Os advogados alegam que não tiveram acesso a todos os documentos obtidos pela investigação —como os depoimentos prestados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid no âmbito da delação premiada.
A defesa do ex-presidente pediu três vezes ao STF (Supremo Tribunal Federal) para adiar a data da oitiva de Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, negou os três pedidos.
Na primeira decisão sobre o pedido de adiamento, Moraes disse que a Constituição Federal “consagra o direito ao silêncio e o privilégio contra a autoincriminação”.
“Mas não o ‘direito de recusa prévia e genérica à observância de determinações legais’ ao investigado ou réu, ou seja, não lhes é permitido recusar prévia e genericamente a participar de atos procedimentais ou processuais futuros, que poderão ser estabelecidos legalmente dentro do devido processo legal.”
Bolsonaro chegou à sede da PF em Brasília por volta das 14h20. O depoimento estava previsto para começar às 14h30. Com a decisão de Bolsonaro de se manter em silêncio, o depoimento foi encerrado pouco depois. Ex-ministros, ex-assessores, militares e aliados também foram intimados a prestar esclarecimentos à PF no mesmo horário. No total, serão 23 pessoas. Só em Brasília, 13.
A Polícia Federal investiga as tratativas por um golpe de Estado desde que encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em janeiro de 2023, uma minuta de decreto para Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O objetivo seria reverter o resultado da eleição, segundo os investigadores.
Com a delação de Mauro Cid e as provas obtidas em outras operações, a PF chegou à conclusão de que Bolsonaro teve acesso a versões da minuta golpista (não exatamente a mesma que estava com Torres).
De acordo com as investigações, ele chegou a pedir modificações no texto e apresentar a proposta aos chefes militares, para sondar um possível apoio das Forças Armadas à empreitada.
A primeira versão do texto teria sido apresentada a Bolsonaro pelo seu assessor de assuntos internacionais, Filipe Martins, e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva numa reunião no Palácio da Alvorada em 19 de novembro de 2022.
Segundo a PF, o jurista Amauri Feres Saad também teria participado das discussões sobre a minuta golpista que foi apresentada a Bolsonaro, participando de reuniões posteriores.
O texto destacava uma série de supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo —os chamados “considerandos”, que, na visão dos investigados, daria base jurídica para o golpe de Estado.
Na sequência, a minuta previa a prisão dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Em relatório da investigação, a PF diz que Filipe Martins e Amauri Saad fizeram ajustes na minuta do decreto e apresentaram a nova versão do texto ao ex-presidente Bolsonaro em 7 de dezembro de 2022.
“Após os ajustes, Jair Bolsonaro teria convocado os Comandantes das Forças Militares no Palácio da Alvorada para apresentar o documento e pressionar as Forças Armadas”, diz trecho do relatório.
O tenente-coronel Mauro Cid disse, na delação, que o comandante da Marinha à época, almirante Almir Garnier, teria concordado com o golpe de Estado, “colocando suas tropas à disposição do presidente”, segundo a PF.
Dois dias depois da reunião, Cid enviou um áudio para o comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmando que Bolsonaro teria feito novas alterações no texto e que gostaria de conversar com o chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Theophilo.
“É hoje o que que ele fez hoje de manhã? Ele enxugou o decreto né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais, é, resumido, né? E o que ele comentou de falar com o General Theophilo? Na verdade, ele quer conversar”, disse Cid.
“Porque se não for, se a força não incendiar, é o status quo mantém aí como o que estava previsto, que estava sendo feito, que estava sendo levado nas reuniões em consideração, tá?”, prosseguiu no áudio.
Na decisão que autorizou a operação da Polícia Federal no último dia 8, Moraes disse que as mensagens e provas “sinalizam que o então presidente Jair Messias Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”.
Na visão da Polícia Federal, a discussão de planos golpistas por Bolsonaro e aliados não foi um fato isolado. Ela decorre de uma estratégia anterior do ex-presidente de colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral, lançando dúvidas sobre o funcionamento das urnas eletrônicas.
Nesse contexto, os investigadores incluíram como prova um vídeo da reunião ministerial convocada por Bolsonaro em 5 de julho de 2022. A gravação foi encontrada no computador de Mauro Cid, apreendido pela PF. Na reunião, Bolsonaro pediu que os ministros estivessem alinhados nas críticas ao processo eleitoral.
“Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar ele vai falar pra mim porque que ele não quer falar. Se apresenta onde eu estou errado eu topo. Agora, se não tiver argumento pra me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Tá no lugar errado”, disse Bolsonaro no início da apresentação.
“Eu vou entrar em campo usando o meu exército, meus 23 ministros (…) Nós não podemos esperar chegar 23, olhar para trás e falar: o que que nós não fizemos para o Brasil chegar à situação de hoje em dia?”, prosseguiu.
Bolsonaro ainda disse que “os caras estão preparando tudo pro Lula ganhar no primeiro turno, na fraude” e perguntou aos ministros quem acreditava nos ministros do STF Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
De acordo com a Polícia Federal, a atuação de Bolsonaro incentivou o núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, que era composto por assessores e militares, cujo objetivo era a produzir e divulgar notícias falsas sobre o processo eleitoral para “estimular seguidos a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado”.
‘Total confiança que Cacá vai fortalecer o PP em Salvador’, diz Mario Negromonte Jr
“O partido está feliz e confiante que Cacá vai desempenhar um importante papel na presidência do PP da capital, por toda experiência que ele possui. Ele vai fortalecer muito o partido em Salvador”, disse o presidente Mario Junior.
Organizadores de ato na Paulista pedirão a manifestantes que recolham cartazes
A principal preocupação é com críticas ao Supremo Tribunal Federal em geral e ao ministro Alexandre de Moraes em particular.
Caso mesmo assim bolsonaristas levem esses materiais, a ordem será pedir que abaixem os cartazes e fechem as faixas.
“Se alguém aparecer com cartaz ou faixa, nós vamos educadamente pedir para que recolham”, diz o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), um dos organizadores da manifestação.
Generais depõem à PF nesta quinta de forma simultânea, e Exército prepara cela
Os generais Augusto Heleno, Braga Netto,Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier |
Quatro deles vão falar simultaneamente à PF na sede da corporação em Brasília nesta quinta, às 14h30.
São eles os generais Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Braga Netto (candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), além do almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha).
O general Estevam Theophilo, que chefiou o Comando de Operações Terrestres do Exército até 2023, deve depor na sexta em Fortaleza (CE). Os cincos oficiais-generais alcançaram o topo da carreira e já estão na reserva. O ex-presidente Bolsonaro também irá à PF nesta quinta-feira, mas deve permanecer em silêncio.
Diante do avanço das investigações, o Comando Militar do Planalto fez ajustes em uma cela em seu prédio para se prevenir diante de possíveis prisões de oficiais de alta patente. A informação foi revelada pela revista Veja.
Generais ouvidos pela Folha afirmaram que o preparo da cela foi feito porque generais não poderiam ficar presos no Batalhão de Polícia do Exército ou no 32º Grupo de Artilharia de Campanha, organizações que não são comandadas por generais.
Um general ser custodiado por coronel ou tenente-coronel, na visão do Exército, pode gerar situações em que a hierarquia e disciplina são colocadas em xeque. Para evitar este imbróglio, as celas para eventuais prisões de militares de alta patente foram designadas para o Comando Militar do Planalto, chefiado por general.
Generais ressaltam, porém, que não há informações sobre eventuais prisões de militares de alta patente diante da proximidade dos depoimentos dos alvos da investigação da Polícia Federal. Segundo essas fontes, trata-se de ação preventiva do Exército.
O general Paulo Sérgio Nogueira é investigado pela Polícia Federal pela ação conduzida pelo Ministério da Defesa para colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
Ele foi incluído por investigadores em núcleo que teria se articulado para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação. O general ainda participou da reunião em que o ex-presidente Bolsonaro apresentou a minuta de decreto golpista para os chefes militares, em 7 de novembro de 2022.
O general Augusto Heleno foi chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e, durante o governo Bolsonaro, emitiu notas com ameaças de ruptura democrática e se tornou um dos militares mais alinhados ao ex-presidente.
Durante reunião ministerial em julho de 2022, Heleno sugeriu que o governo Bolsonaro deveria “virar a mesa” antes das eleições, porque depois “não teria VAR” para rever o resultado eleitoral.
Braga Netto foi um dos principais alvos da operação da Polícia Federal. Mensagens de WhatsApp obtidas pelos investigadores mostraram o general articulando ataques nas redes contra os comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior.
O general Tomás Paiva também foi alvo de mensagens depreciativas de Braga Netto. A Polícia Federal afirma que as ações do militar da reserva serviram para pressionar os chefes militares a apoiarem o golpe de Estado em discussão no Palácio do Planalto.
O general Estevam Theophilo era apontado nos bastidores do Exército como um dos mais bolsonaristas entre os integrantes do Alto Comando no fim do governo Bolsonaro.
A Polícia Federal concluiu a partir de mensagens do tenente-coronel Mauro Cid que Theophilo se reuniu com Bolsonaro e teria concordado em executar as medidas que culminariam na consumação do golpe de Estado.
Como a Folha mostrou, a PF suspeita que Theophilo possa ter usado a estrutura do Comando de Operações Terrestres para preparar um plano operacional para cumprir as eventuais ordens golpistas de Bolsonaro, como intervenção no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e prisão de ministros.
O ex-comandante da Marinha Almir Garnier é apontado pelo tenente-coronel Mauro Cid, em delação premiada, como o chefe militar que teria apoiado os planos antidemocráticos apresentados por Bolsonaro —colocando-se à disposição para empregar a Marinha para cumprir ordens golpistas.
Dois suspeitos de crimes morrem em ação da Polícia Militar em Ibirataia
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