Bolsonaro deve questionar delação de Cid no STF
Os advogados pretendem sustentar que a colaboração do ex-ajudante de ordens pode não ter sido voluntária, já que ele estava preso e sob intensa pressão.
Um dos fatos que endossariam a suspeita seria a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de proibir Cid de receber a visita da própria mulher, Gabriela, quando estava preso.
Gabriela era investigada no inquérito que apura a falsificação de cartões de vacina dela, de familiares e de Bolsonaro. Por isso não poderia manter contato com o marido, que também era foco das apurações.
A proibição foi determinada no dia 23 de agosto de 2023. Duas semanas depois, Cid fechou acordo de delação com a Polícia Federal, homologado no dia 9 de setembro por Alexandre de Moraes.
Interlocutores de Cid afirmam que o acordo foi espontâneo e que a decisão de delatar ocorreu antes de ele ser proibido de se encontrar com Gabriela.
Geddel Vieira Lima é vaiado durante eleição de condomínio em Camaçari
O político reclamou e chegou a pedir para a esposa pegar o IPTU para comprovar a propriedade do imóvel. Após a confusão, os responsáveis pela eleição localizaram o nome do ex-ministro, que bradou. “Pensei que tivessem me desapropriado”. Em resposta, o ex-ministro recebeu vaias dos outros moradores que estavam no salão do clube do condomínio.
Veja o vídeo:
Política LivreMalafaia ataca STF, TSE e Moraes na Paulista e diz não ter medo de ser preso
Pastor Silas Malafaia |
Ele também fez insinuações sobre um suposto papel do presidente Lula (PT) no ataque de 8 de janeiro, organizado por bolsonaristas em 2023.
A manifestação tem como objetivo que Bolsonaro se defenda de investigações que apontam a atuação do dele no planejamento de um golpe de Estado para se manter no poder. Malafaia foi o idealizador do evento e o responsável pelo aluguel dos dois trios elétricos utilizados no ato.
Antes do ato, Bolsonaro havia declarado desejar que o ato fosse pacífico e que não fossem levadas bandeiras e faixas contra qualquer pessoa.
“Não vim aqui atacar o Supremo Tribunal Federal porque quando você ataca uma instituição, você ataca a república e o estado de direito”, disse o pastor.
Malafaia, porém, disse que revelaria a “engenharia do mal” contra Bolsonaro.
Ele citou tensões envolvendo Alexandre de Moraes e Bolsonaro e supostas diferenças de tratamento com o então presidente.
“Todo mundo sabe como foi a eleição. Podiam chamar Bolsonaro de genocida, mas não podia chamar Lula de ex-presidiário”, disse.
Ele também citou casos de 8 de janeiro.
“Golpe tem arma. Tem bomba. Uma mulher com crucifixo católica que sentou na mesa do presidente do Senado, 17 anos de cadeia”, disse.
Ele afirmou que o sangue de um homem que morreu na prisão após ser preso pelo 8 de janeiro está na mão de Alexandre de Moraes.
Malafaia, depois, citou supostas diferenças de tratamento entre o MST e os manifestantes bolsonaristas.
Autor de frequentes discursos agressivos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o pastor havia prometido uma fala mais leve durante o evento.
Em seus vídeos, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo costuma dirigir diversas ofensas a Moraes, a quem se refere como “ditador de toga”. No mais recente deles, afirmou que o ministro do Supremo persegue Bolsonaro e deveria ser preso por atentar contra o Estado democrático de Direito.
Malafaia afirmou antes do evento que haveria controle rígido do uso do microfone, para que ele não se tornasse cansativo.
O ato seria aberto com uma oração feita pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e depois tinha previsão de discursos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Magno Malta (PL-ES), e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que almeja o apoio de Bolsonaro, optou por não discursar.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados no início do mês.
A operação tem sido apontada como porta de saída por pastores que se aliaram ao ex-presidente até outro dia, mas não veem mais vantagem nessa relação.
Malafaia, porém, é um dos que continuou ao lado do ex-presidente após a derrota nas urnas e consecutivos reveses judiciais. À Folha de S.Paulo, ele chamou os colegas de “um bando de covardes e cagões históricos”.
Roma considera histórico ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista
“O chamado do capitão Jair Bolsonaro foi atendido e o povo deixou suas casas no domingo para apoiá-lo de maneira pacífica e ordeira, com as cores do verde e amarelo”, assinalou Roma, que acompanhou toda a movimentação desde o final da manhã.
Para o ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, todo o poder emana do povo e o recado foi dado por quem o detém de verdade. “A manifestação deste domingo evidenciou que os desmandos por que passa o nosso país não têm a aprovação popular”.
Roma reencontrou o ex-presidente Jair Bolsonaro e confirmou com ele a sua vinda a Bahia em março. O evento também lhe proporcionou revê colegas de ministério, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A deputada federal Roberta Roma também estava em São Paulo, assim como os parlamentares do PL: Capitão Alden, Leandro de Jesus e Diego Castro.
Vereador Cláudio Nascimento está de volta à base governista
O retorno ao grupo de Maria já vinha sendo articulado pelo vereador Orlando Santos -PP- que tem sido apontado como potencial pré-candidato na chapa majoritária situacionista que concorrerá à Prefeitura e deverá ser encabeçada pela Secretária de Saúde, Laryssa Dias.
Antes do dia 05 de abril, data em que se encerra o prazo para os vereadores que desejam mudar de partido, visando concorrer nas eleições deste ano, Cláudio Nascimento deverá estar filiado ao PT.
Cláudio Nascimento assegura que sempre foi um fiel aliado do grupo da situação, desde os tempos do ex-prefeito José Mendonça, e na condição de ex filiado nunca escondeu sua simpatia pelo Partido dos Trabalhadores.Um único e breve afastamento aconteceu no processo que reconduziu o vereador Robson Moreira –PP- para a Presidência da Câmara. Na ocasião o governo apostava em outra candidatura.
Mesmo independente na câmara, Cláudio Nascimento nunca se mostrou contrário aos projetos da gestão em beneficio da comunidade. Nem teceu criticas radicais e desproporcionais. Se manteve coerente e equilibrado. Promoveu entendimentos, fez ponte de negociações.
Cláudio é um dos parlamentares de maior conhecimento da legislação e dono de excelente oratória. Sua postura na Mesa Diretora da Câmara, como primeiro secretário, tem sido norteada pela ética e bom senso.
O governo ganha de volta um aliado raiz que nunca poderia ter perdido, e com isso, Cláudio encontra mais densidade para concorrer ao terceiro mandato consecutivo de vereador, afinal, a maior parte do seu eleitorado é simpatizante da prefeita Maria das Graças.
A corrida eleitoral exige prudência e sapiência. Saber onde pisa ou navega, afinal “Como pode um Peixe vivo viver fora da água fria”…
Em se tratando de política não existe estática, ou seja, aquela coisa definitiva. Política é dinâmica, movimentação constante, como num jogo de xadrez ou futebol. Daí se explica as alianças e rupturas, reaproximações e outros procedimentos. É o dinamismo falando mais alto. (Giro/José Américo Castro)
Governo vai enviar vacinas contra dengue para mais 29 municípios
Novo lote completa lista de 521 cidades que receberão o imunizante |
A vacinação contra a dengue começou neste mês e é destinada à aplicação em crianças de 10 e 11 anos. Até o fim deste ano, a vacinação com a Qdenga, nome comercial do imunizante, será ampliada para adolescentes de 12,13 e 14 anos que moram nos 521 municípios.
Os municípios foram escolhidos para receber os primeiros lotes das vacinas por estarem localizados em áreas de com alta incidência da dengue tipo 2 (Sorotipo 2), que provoca infecção mais grave da doença.
A restrição de regiões que vão receber a vacinação foi feita diante das dificuldades apresentadas para produção e oferta da vacina, elaborada pelo laboratório Takeda. A partir da entrega de mais carregamentos, a vacinação será ampliada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões.
A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Em dezembro do ano passado, a pasta anunciou a incorporação do insumo no SUS.
Pelo menos seis estados já declararam situação de emergência devido aos casos registrados de dengue na população. Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Acre, Goiás e o Distrito Federal estão na lista.
PF detém português que afirma vir ao Brasil para reportagem sobre ato de Bolsonaro
Ele foi liberado no início da tarde pela Polícia Federal. |
Tavares afirma que é jornalista e que veio ao Brasil para cobrir o evento de apoio a Jair Bolsonaro na avenida Paulista, nesta tarde. Seu passaporte chegou a ser retido pela Polícia Federal.
A reportagem apurou que a PF decidiu apreender o passaporte e investigar a situação porque, para fazer a cobertura do evento, de acordo com a lei, ele precisaria apresentar um visto de trabalho.
Tavares disse em mensagens enviadas a grupos de WhatsApp que a PF faz perguntas, mas que ele decidiu ficar em silêncio por orientação de seu advogado. Ele também divulgou um vídeo sobre a sua detenção no aeroporto.
“Estou sendo interrogado pela Polícia Federal sobre declarações minhas sobre urnas, fraude eleitoral, ditadura do judiciário e vacinas. Por orientação do advogado de defesa, mantenho-me em silêncio.”
Em nota neste domingo, a PF afirmou que, “em relação ao vídeo que
circula em redes sociais de um cidadão português alegando que foi
indevidamente impedido de entrar no Brasil, a Polícia Federal informa
que tal alegação é falsa”.
“A PF está conduzindo o procedimento padrão para avaliar a situação do
indivíduo, verificando se ele está no país a turismo ou a trabalho e por
quanto tempo pretende permanecer no país, seguindo o protocolo regular
de admissão de estrangeiros”, afirma a polícia.
“Tal indivíduo teria publicado em suas redes sociais que viria ao país para fazer a cobertura fotográfica de um evento. Todavia, para isso, é necessário um visto de trabalho, o que ele não apresentou”, seguiu a PF.
“Além disso, o estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, afirmando que o pais vive um “ditadura do Judiciário”, além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais. Vale ressaltar que as mesmas medidas são adotadas por padrão na grande maioria dos aeroportos internacionais”, completa a nota.
Mônica Bergamo / FolhapressApoiadores atendem Bolsonaro e chegam à Paulista sem faixas e cartazes contra o STF
O temor é que críticas à Justiça possam complicar ainda mais a situação de Bolsonaro |
Os manifestantes, que comparecem ao ato chamado em meio às investigações da Polícia Federal que apuram suspeita de que Bolsonaro participou de uma tentativa de golpe de Estado, seguem por enquanto o desejo de seu líder de não manter os ataques diretos desta vez.
O temor é que críticas à Justiça possam complicar ainda mais a situação de Bolsonaro. A simples organização do ato, de qualquer forma, já é um ato de pressão direta ao STF, que tem autorizado prisões e buscas em torno da investigação de uma trama golpista.
Antes do evento, bolsonaristas já se preparavam para pedir que abaixassem os cartazes e fechassem as faixas. “Se alguém aparecer com cartaz ou faixa, nós vamos educadamente pedir para que recolham”, avisou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), um dos participantes da manifestação.
Em eventos anteriores, além de criticar o STF e o Congresso, apoiadores de Bolsonaro também exibiram faixas e cartazes apoiando a ideia de um golpe de Estado no Brasil e enaltecendo a ditadura militar que ocorreu entre 1964 e 1985.
Saudosista da ditadura, Bolsonaro reiterou ao longo de anos sua tendência autoritária e seu desapreço pelo regime democrático. Ele negou a existência de ditadura no Brasil e se disse favorável a “um regime de exceção”, afirmando que “através do voto você não vai mudar nada nesse país”.
Em 2021, por exemplo, ele deu a entender que não poderia fazer tudo o que gostaria por causa dos pilares democráticos. “Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria este o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo eu represento a democracia no Brasil.”
Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados no início deste mês.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
Roma diz que povo está unido em apoio a Bolsonaro
O ato está marcado para as 15 horas, mas centenas de milhares de pessoas já se encontram no local, numa demonstração de que é grande a insatisfação com os desmandos que vêm ocorrendo no Brasil. Ao lado do organizador do evento, o pastor Silas Malafaia, João Roma destacou que “todo o poder emana do povo, que está unido em apoio ao nosso capitão Jair Bolsonaro”.
Os deputados federais Capitão Alden (PL) e Roberta Roma (PL), mais os estaduais Leandro de Jesus (PL) e Diego Castro (PL), também estão presentes ao evento, que, segundo o pastor Silas Malafaia, será uma festa linda da democracia. “Nós vamos levantar um grande clamor em favor do Brasil”, afirmou o líder religioso.
Jorge Jesus prepara retorno ao campeonato e Neymar 'acelera' no Al Hilal
O craque brasileiro continua se recuperando de lesão para poder integrar, definitivamente, as escolhas do treinador português, tendo ficado na academia com foco no tratamento.
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PM e filha morrem em confronto com criminosos na zona norte de SP
O crime ocorreu na Avenida Nossa Senhora do Loreto, na Vila Medeiros, por volta das 5h20, quando o cabo Anderson de Oliveira Valentin, de folga e em trajes civis, estacionou no local para fazer compras.
O crime ocorreu na Avenida Nossa Senhora do Loreto, na Vila Medeiros, por volta das 5h20, quando o cabo Anderson de Oliveira Valentin, de folga e em trajes civis, estacionou no local para fazer compras.
De acordo com a Secretaria da Segurança, o policial estava dentro do carro, junto com a filha, quando três criminosos armados tentaram assaltar o estabelecimento, que estava com a porta trancada.
O policial fez uma intervenção e iniciou um confronto com os ladrões. Tanto o PM quanto a filha, que estava no banco de trás, foram atingidos. Os dois foram socorridos, mas não resistiram. Os criminosos fugiram.
Segundo a polícia, a ocorrência está em andamento pelo 39º Distrito Policial (Vila Gustavo). "Demais detalhes serão fornecidos ao término do registro. O cabo Anderson integrava o efetivo do 7ª BM/PM (base na região de Higienópolis, centro-oeste)"
A RD-RaiaDrogasil afirmou, em nota, que "lamenta" o que ocorreu e se solidariza com os familiares das vítimas. A empresa diz também que está colaborando com as investigações policiais.
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Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/analise/riscos-superam-beneficios-para-bolsonaro-na-paulista/)
© 2024 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.
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Se Biden vencer, EUA vão perder a Terceira Guerra Mundial, diz Trump
“No meu governo, nós não tivemos guerras durante quatro anos. Eu pude evitar que guerras começassem e trouxe soldados de volta para casa”, declarou Trump durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), evento que reúne as maiores lideranças da direita do mundo, realizado em National Harbor, no estado de Maryland.
Espécie de meca da direita, a CPAC também contou neste ano com discursos de representantes da América Latina, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O tom antiguerra dominou o pronunciamento de Trump. Ele disse acreditar que, se ainda estivesse no poder, teria sido capaz de evitar a invasão da Ucrânia, que completou dois anos neste sábado, e que Israel não teria sofrido o ataque terrorista do Hamas no 7 de Outubro pois o Irã, principal financiador da facção, estaria “quebrado” devido às sanções econômicas que ele imporia.
Além disso, o empresário afirmou ter sido contra a decisão dos EUA de invadir o Iraque, em 2003, e se gabou de seu papel na campanha contra o Estado Islâmico, derrotado na Síria e no Iraque em 2017. O republicano também descreveu a retirada de tropas americanas do Afeganistão em 2021, já sob Biden, como o “momento mais vergonhoso das nossas vidas”, e disse que a China acabou ocupando o lugar dos EUA na região.
“Se Biden tiver mais quatro anos, nós vamos perder a Terceira Guerra Mundial”, afirmou o republicano, virtual rival de Biden nas eleições presidenciais de novembro.
Ele também voltou a usar um discurso duro contra imigrantes, comparando-os ao serial killer canibal Hannibal Lecter, personagem do livro e do filme homônimo “O Silêncio dos Inocentes”, e criou um cenário praticamente apocalíptico ao dizer que “gangues, o Hamas e os antifas vão dominar as ruas com a sua ideologia brutal”.
Como de praxe, Trump criticou os processos que enfrenta na Justiça e acusou o governo Biden de instrumentalizar o Departamento de Justiça e o FBI, a polícia federal americana, para perseguir seus opositores. Ele voltou a dizer que as eleições de 2020 foram roubadas apesar de ser ele o acusado formalmente por deturpar o resultado das urnas e disse que Biden é “uma ameaça à democracia”, trocando o sinal do principal alerta feito contra ele próprio.
Trump também caçoou do desempenho do democrata em discursos e entrevistas coletivas. “Joe não está apto. Andam dizendo que quem está no comando do país é [o ex-presidente] Barack Hussein Obama”, disse. “Como disse [o primeiro-ministro Viktor] Orbán, da Hungria: Ponham Trump de volta no poder e ele consertará o mundo todo”, afirmou.
Após o discurso de Trump, foi a vez de Eduardo Bolsonaro subir ao palco. Ele leu um pronunciamento curto em inglês em que criticou as prisões de aliados como Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência, e Silvinei Vasques, ex-diretor Polícia Rodoviária Federal, acusados, respectivamente, de articulação golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e de tentativa de interferência no resultado das eleições brasileiras. Segundo ele, essas pessoas “foram presas por um golpe de Estado que nunca foi tentado”.
Ele afirmou que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), está sendo perseguido por um “sistema judicial totalitário”, e disse que a manifestação convocada pelo ex-presidente para este domingo (25) em São Paulo deve reunir 1 milhão de pessoas.
Bolsonaro chegou a discursar na CPAC do ano passado. Não se sabe se
ele foi convidado para a edição deste ano, mas ele não poderia viajar
para o exterior pois teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal
durante operação deflagrada em 8 de fevereiro.
Em seguida, foi a vez de Milei discursar contra o socialismo, o
estatismo e o keynesianismo, ecoando o tom de seu pronunciamento durante
o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, em janeiro.
Em tom professoral, o presidente argentino discorreu em espanhol sobre teoria econômica para criticar as propostas de regulação da economia e defender que os “monopólios geram bem-estar, maiores salários e menores preços”.
Milei também pregou contra a “casta política”, contra os “meios de comunicação corruptos” e contra a “agenda assassina do aborto”. Afirmou ainda que a ideia de justiça social e as políticas de redistribuição de renda resultam, na prática, em perda de renda e aumento da pobreza.
Mimetizando Trump, Milei disse que vai “fazer a Argentina grandiosa novamente” e, sob aplausos da plateia, encerrou o discurso repetindo o slogan “viva la libertad, carajo!”
Outras figuras que compareceram à CPAC incluem o recém-reeleito presidente de El Salvador, Nayib Bukele, o líder do partido espanhol de ultradireita Vox, Santiago Abáscal, e a ex-primeira-ministra conservadora do Reino Unido Liz Truss.
Se Netanyahu espera desculpas de Lula, vai continuar esperando, diz Celso Amorim
Assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim |
“Na situação atual não há como negociar”, afirma. Conselheiro do presidente Lula, o diplomata também classifica de genocídio a ofensiva israelense em Gaza e reclama de “uma estranha aliança” de Israel com a extrema direita brasileira.
Sobre a cobrança para que Lula peça desculpas a Israel por ter equiparado as ações em Gaza aos métodos de Hitler, Amorim é taxativo. “Vai ficar pedindo. Se é que ele está insistindo mesmo. Não sei se ele [Binyamin Netanyahu] faz isso por demagogia interna ou por qualquer outra razão, mas certamente se ele está esperando isso não vai receber. Não posso falar pelo presidente, mas eu não vejo nada, não vejo razão para o presidente se desculpar”.
Vitória x Atlético de Alagoinhas: veja prováveis escalações, horário e onde assistir
Foto: Victor Ferreira/EC Vitória |
O jogo será o terceiro seguido do Vitória no Barradão. No último domingo, a equipe venceu o Bahia por 3 a 2. Na quarta-feira (21), pela Copa do Nordeste, empate por 1 a 1 com o Náutico. Se não perder para o Atlético de Alagoinhas, a equipe do técnico Léo Condé chegará ao 19º jogo seguido invicto em casa. A última derrota rubro-negra em seus domínios aconteceu no dia 11 de junho, contra o Criciúma, ainda pela 12ª rodada da Série B. De lá para cá, são 14 vitórias e quatro empates no Manoel Barradas.
Para a partida, Condé não poderá contar com o volante Dudu, que sofreu o terceiro cartão amarelo contra o Bahia e cumpre suspensão automática. Rodrigo Andrade deve ser o substituto. Machucados, os atacantes Iury Castilho e Everaldo ficam de fora. O goleiro Lucas Arcanjo, desfalque desde o jogo contra o Jequié, no dia 31 de janeiro, já treina com o grupo, mas ainda não está liberado para atuar. Arcanjo, que está sendo substituído por Muriel, foi diagnosticado com lesão parcial do ligamento colateral lateral do joelho no último dia 2 de fevereiro.
A boa notícia pro Leão é o retorno do lateral-esquerdo Patric Calmon, o PK. Recuperado de lesão na coxa, PK foi titular nas primeiras partidas do Vitória na temporada e não atua desde o duelo contra o Altos, no último dia 4, na estreia rubro-negra na Copa do Nordeste. De volta, o jogador retomar a posição que está com Lucas Esteves.
Daniel Júnior e Luan, meias que entraram durante o 2° tempo do empate por 1 a 1 com o Náutico, estão à disposição. Segundo Léo Condé, a ideia é "foco total" na partida contra o Atlético de Alagoinhas, que pode praticamente garantir a volta do Vitória às semifinais do Baianão após seis anos. Por isso, ninguém será poupado, mas podem acontecer algumas mudanças em relação ao time que enfrentou o time pernambucano. O planejamento da comissão técnica é que Luan atue mais que os 15 minutos da sua estreia, conforme projetou Léo Condé após a partida contra o Náutico.
Depois de enfrentar o Atlético de Alagoinhas, o Vitória volta a campo uma semana depois, no dia 3 de março, contra o Itabuna, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, pela última rodada da 1ª fase do Campeonato Baiano.
A partir daí, o Leão terá uma semana livre de jogos até enfrentar o Itabaiana, no domingo (10), pela 5ª rodada da Copa do Nordeste. No torneio regional, o Leão está em 5º do Grupo A, fora da zona de classificação para as quartas de final.
ComLucas Arcanjo fora, Muriel segue sendo o titular no gol do Vitória | Foto: Victor Ferreira/EC Vitória |
Em situação complicada no Baianão, o Atlético de Alagoinhas, bicampeão estadual em 2021 e 2022, está na 8ª colocação, com sete pontos, apenas um a mais que o Itabuna, 9° lugar e que abre a zona de rebaixamento do Baianão. Tanto o Itabuna quanto o Bahia de Feira, 10° e último colocado com 5 pontos, já jogaram pela 8ª rodada. Em 2023, o Carcará já havia feito uma campanha de parte de baixo da tabela, terminando o certame no 8° lugar, apenas dois pontos acima do Z-2.
O Carcará começou o Campeonato Baiano 2024 sob o comando do técnico Zé Carlos, porém, após uma vitória, um empate e três derrotas nas cinco primeiras rodadas, o treinador foi demitido e substituido por Thiago Santa Bárbara. Em dois jogos sob o comando do novo treinador, o Atlético de Alagoinhas perdeu para a Juazeirense e venceu o Bahia de Feira, na última rodada, por 2 a 1, na Arena Cajueiro, em jogo que aconteceu no dia 14 de fevereiro. Ou seja, o Carcará entrará em campo contra o Vitóri após 11 dias sem jogos.
Na luta para fugir do rebaixamento para a Série B do Baianão, o Atlético de Alagoinhas ainda enfrenta o Barcelona de Ilhéus, no dia 3 de março, em casa, no Carneirão, pela última rodada do Campeonato Baiano de 2024.
FICHA TÉCNICA
Vitória x Atlético de Alagoinhas
Campeonato Baiano - 8ª rodada
Local: Barradão
Data: 25/02/2024 (domingo)
Horário: 18h30
Transmissão: TVE, na TVE aberta e no YouTube, e TV Vitória, no YouTube
Árbitro: Eziquiel Sousa Costa
Assistentes: Jucimar dos Santos Dias e Edevan de Oliveira Pereira
Vitória: Muriel; Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e Lucas Esteves/Patric Calmon; Rodrigo Andrade, Willian Oliveira e Matheusinho/Daniel Júnior; Osvaldo, Mateus Gonçalves e Alerrandro. Técnico: Léo Condé.
Atlético de Alagoinhas: Shrek; Andrezinho, Fellipe Ferreira, Joalison Bahia, Neto Amaral; Ítalo Tabata, Alex Gallo e Giancarlos; Ruan Teles, Leozinho e Matheus Barboza. Técnico: Thiago Santa Bárbara.
Por Hugo Araújo/Bahia noticias
Trump vence primária na Carolina do Sul e consolida liderança republicana
A vitória no estado poderia ser apenas mais um indício das baixas chances que Nikki Haley, a única rival do partido ainda na disputa contra o ex-presidente, leve a indicação da legenda ao fim das primárias.
A republicana, no entanto, foi duas vezes governadora da Carolina do Sul, e era ali que ela esperava por uma improvável reversão das pesquisas de opinião para alavancar sua pré-candidatura contra o favorito o prognóstico era de ampla vitória trumpista, algo em torno de 63% contra 33%, segundo o site americano FiveThirtyEight.
Neste sábado, o resultado projetado pela imprensa registra 61,9% para Trump e 37,4% para Haley, confirmando a força do empresário dentro do partido.
Trump lidera as pesquisas desde o início da corrida partidária a despeito das ações a que responde na Justiça, que têm comprometido parte considerável de sua verba de campanha, menor que a de Biden e com potencial para diminuir conforme andam os processos.
Haley chegou às primárias em seu estado com algum contingente eleitoral para tentar absorver diante da hegemonia que Trump vem construindo no Partido Republicano. Isso porque a Carolina do Sul não tem registro formal de vinculação partidária, o que significa que uma pessoa que se identifica como democrata pode votar nas primárias republicanas, a não ser que já tenha dado seu voto na primária democrata, ocorrida no início do mês e com vitória total de Biden.
A ex-governadora, no entanto, não buscou explicitamente esses votos e preferiu apostar suas fichas em se contrapor a Trump. Um de seus lemas de campanha, “Make America Normal Again” (faça a América normal novamente) parodia o slogan transformado em movimento do ex-presidente para tentar colar a imagem de caos no adversário.
Se pode até funcionar com alguns democratas indecisos e independentes, por outro lado, não tem mexido a agulha do lado republicano. Nas primárias de Nevada no início de fevereiro, divergências entre a seção do Partido Republicano no estado e uma lei estadual resultaram em duas votações separadas: o caucus, organizado pelo partido e sem Haley na cédula, e a primária, sem Trump o caucus definiria a pré-eleição em Nevada.
Haley, porém, teve um desempenho pífio, ficando atrás da opção “nenhum candidato” na votação que participou. O ex-presidente havia visitado o estado na semana anterior e pedido aos eleitores que ignorassem a primária e votassem apenas no pleito em que ele estaria na cédula.
No seu estado, o cenário também não era alentador antes das primárias. A base republicana na Carolina do Sul criticou Haley por ter abandonado seus apoiadores depois que deixou de ser governadora, no início de 2017, e assumiu como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas durante a Presidência do agora rival.
Um episódio descrito pelo site americano Politico ilustra a crítica. Em dezembro, um funcionário da campanha de Haley teria enviado email para a seção estadual do partido perguntando sobre eventos eleitorais locais para enviar representantes. A prova do desconhecimento sobre a agenda eleitoral no próprio estado teria surpreendido e desagradado a legenda.
“Nós não a abandonamos, ela que nos deixou”, afirmou Allen Olson, que foi líder estadual do Tea Party, movimento conservador dentro do Partido Republicano que se opôs principalmente a políticas econômicas do governo Barack Obama.
Apesar do cenário, Haley manteve até aqui uma base relativamente sólida de doadores de campanha alguns deles bilionários como os poderosos irmãos Koch que tem crescido a despeito dos resultados nas primárias iniciais e das projeções mostrando Trump com ampla margem à frente.
Em giro pela Carolina do Sul antes da votação no estado, a ex-governadora insistiu a eleitores que não iria se submeter à liderança do ex-presidente. “Muitos dos políticos que agora abraçam publicamente Trump, privadamente o temem. Eles sabem o desastre que ele foi e continuará sendo para nosso partido. Eles apenas têm medo de dizer isso em voz alta”, disse a apoiadores em Greenville.
Ela seguiu: “Eu não tenho medo de dizer as verdades difíceis em voz alta. Não sinto necessidade de beijar a mão de ninguém. E não tenho medo da retaliação de Trump. Meu próprio futuro político não me preocupa.”
Bolsonaro chega acuado a ato e busca demonstrar força política contra investigações
Os preparativos do ato deste domingo, no entanto, são marcados pelo medo, uma vez que o ex-presidente e aliados estão acuados pelas apurações da Polícia Federal.
Não foram poucos os conselheiros que orientaram Bolsonaro a ter cautela nas palavras. Além do mais, há no entorno dele quem tema que algo fuja do controle durante a manifestação ou mesmo que haja baixa adesão do público o que aumentaria a percepção de isolamento do ex-mandatário.
Aliados apontam que eventuais gritos de ordem de cunho golpista poderiam trazer ainda mais prejuízos a processos jurídicos que miram Bolsonaro.
O conselho de aliados a Bolsonaro é que ele evite em seu discurso ofensas a membros do Judiciário (o que já foi uma constante durante seu período na Presidência), sobretudo ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Alguns chegaram a alertá-lo de que declarações com margem de serem interpretadas como crimes poderiam até mesmo resultar na prisão do ex-presidente. De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro demonstrou estar alinhado a essas orientações.
Nesse sentido, o ex-presidente estará acompanhado na Paulista pelos advogados Fabio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno.
Bolsonaro disse à Folha querer um “retrato” da situação e que haverá um impacto político.
“Convidei pessoal para comparecer [no ato] para termos um retrato e eu poder me defender. Não existe nenhum problema mais a ser tratado lá”, disse, antes de prestar depoimento à PF no caso que investiga uma trama golpista para reverter a derrota eleitoral para Lula (PT). Bolsonaro ficou em silêncio na oitiva.
Questionado se o ato poderia impactar na investigação, ele disse: “Tem a questão técnica e a questão política. Politicamente, sempre tem impacto, técnico é outra história”.
A mesma metáfora foi usada para a manifestação de 7 de setembro de 2021, quando ele, também na avenida Paulista e em discurso em Brasília, chamou Moraes de canalha, afirmou que não cumpriria decisão judicial e que só sairia da Presidência preso, morto ou com vitória.
“Dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”, disse a uma multidão inflamada. Em outro trecho daquele discurso, Bolsonaro afirmou: “Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro”.
Nenhuma das alternativas aconteceu e Bolsonaro deixou o Palácio do
Planalto no final de 2022. Horas antes da posse, ele viajou aos Estados
Unidos e não cumpriu com o rito democrático de passar a faixa
presidencial a seu sucessor.
Agora Bolsonaro pede uma manifestação pacífica e sem faixas. O principal
temor é o de que ele seja responsabilizado por palavras ou mensagens
golpistas de manifestantes ou de quem estiver no carro de som. Afinal,
foi o próprio ex-presidente que chamou seus apoiadores ao ato.
Para tentar blindar o ex-presidente, os organizadores garantiram que haverá apenas um microfone e que a lista de oradores será controlada.
Serão seis torres de som e dois trios elétricos. Um terá capacidade para cerca de cem pessoas e levará parlamentares e outros aliados. O outro será o de Bolsonaro e terá capacidade um pouco menor, de no máximo 70 pessoas.
O ato será inaugurado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que fará uma oração. Em seguida, falarão os parlamentares Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Rogério Marinho (PL-RN), além de governadores que porventura queiram se manifestar.
Estão confirmados no ato os governadores Jorginho Mello (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás) e Tarcísio de Freitas (São Paulo) todos aliados que disputam o espólio eleitoral de Bolsonaro.
Por último, devem discursar o pastor Silas Malafaia, que organizou o evento, e o próprio Bolsonaro.
“Falei para o presidente: se prenderem o senhor e o senhor não se comunicar com esse povo, como vai querer que esse povo saia em sua defesa? O senhor tem que explicar, se defender, tem que fazer isso através do povo. Aí ele aceitou [fazer o ato]”, disse Malafaia.
“Não vou chamar [Alexandre de Moraes] de ditador, nem pedir sua prisão, mas vou mostrar [fatos] e desafiar quem estiver ouvindo a contraditar. Fatos, não estou acusando, nem atacando instituição”, prosseguiu.
Malafaia contou ainda que o ato não tem como objetivo defender Israel, mas que fará uma fala dura contra a declaração recente em que Lula comparou a ofensiva na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista.
Apesar de não ser o foco da manifestação, o petista deve ser alvo da maioria dos discursos. Segundo aliados, a estratégia de mirar em Lula também pode ser uma forma de desviar o foco da manifestação de possíveis ataques ao Judiciário.
Malafaia reforça que não serão permitidos cartazes e faixas, para evitar qualquer frase mais “maldosa”, como pedidos de fechamento do STF. O pastor afirma que qualquer faixa nesse sentido será obra de “infiltrado da esquerda”.
O líder evangélico evita qualquer estimativa de público, apesar do entusiasmo de outros bolsonaristas com o ato.
Em caso de baixa adesão, bolsonaristas já têm uma vacina. Devem
argumentar que existe um temor generalizado entre simpatizantes de
Bolsonaro em se expressar, diante dos processos em andamento.
Além de aliados que não pretendem comparecer por receio de se indispor ainda mais com o Judiciário, outros faltarão por impedimento legal. Um dos casos é o do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também investigado pela PF na apuração sobre tentativa de golpe.
Apesar de a maioria dos parlamentares e dirigentes do PL estar confirmada para o ato, o partido não fez nenhuma convocação para a manifestação.
Em missão na Espanha, Jerônimo busca novos investimentos em tecnologia, telecomunicações e energia renovável
Em Barcelona, onde inicia a missão, Jerônimo visita o Hospital Clínico da cidade. O hospital universitário é uma instituição de referência internacional, especializado no desenvolvimento de linhas terapêuticas e tratamentos inovadores de combate ao câncer. Além do governador, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Ângelo Almeida, e o superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da SDE, Paulo Guimarães, participam desta e de outras agendas.
A delegação baiana também marcará presença no Mobile World Congress (MWC), um dos eventos mais importantes e influentes da indústria de tecnologia móvel e telecomunicações. O congresso acontece anualmente e reúne líderes, empresas, inovadores e entusiastas do setor para discutir e apresentar as últimas tendências e avanços no mundo móvel.
Além de visitar o estande brasileiro no MWC, em agendas paralelas ao congresso, a comitiva baiana se reúne com lideranças de diferentes empresas do ramo de tecnologias móveis e conectividade. Uma delegação baiana do Cimatec, formada por Walter Pinheiro, Relações Corporativas e Governamentais; e José Luis Gonçalves de Almeida, gerente executivo e coordenador de programas, também acompanhará os encontros.
Ainda em Barcelona, Jerônimo Rodrigues conhecerá uma estação de abastecimento, com hidrogênio verde, de veículos do transporte metropolitano da cidade, e visitará o centro de referência em tecnologia de hidrogênio verde (CER-H2) da Universidade Politécnica da Catalunha, visando parcerias tecnológicas e científicas.
A pauta relacionada à geração de energia limpa se repetirá na segunda cidade a ser visitada pelo governador. Em Puertollano, a comitiva baiana se reunirá com uma empresa espanhola líder na fabricação e comercialização de fertilizantes, onde também irão conhecer a planta de hidrogênio verde do grupo.
Polícia Civil prende homem com centenas de porções de cocaína
A ação ocorreu em um imóvel na localidade da Gomeia, na sexta-feira (23). O suspeito, que já era investigado por envolvimento com um grupo criminoso voltado para a prática de tráfico de entorpecentes, foi autuado pelo mesmo crime e por posse ilegal de arma de fogo.
O homem passou por exame de corpo de delito e permanece custodiado à disposição da Justiça, aguardando pela audiência de custódia. O material apreendido foi encaminhado para a perícia, no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
PF investiga tentativa de invasão do Palácio da Alvorada
O carro teria desrespeitado o bloqueio, mas sem conseguir se aproximar, de fato, do palácio, cuja portaria fica a cerca de 400 metros de distância do edifício. Em seguida, o indivíduo fugiu do local no próprio automóvel usado na tentativa de invasão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja Silva estavam na residência no momento da ocorrência, mas em segurança. Sem dar detalhes sobre o ocorrido, a PF informou, em nota, que aguarda informações do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República, responsável pelos bloqueios e abordagens nas imediações dos prédios e residências oficiais do presidente e vice. “Estão em curso medidas para localizar o veículo, bem como o responsável pela tentativa”, disse a corporação.
A reportagem procurou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), que confirmou o incidente, sem detalhes. Já o GSI, responsável pela segurança presidencial, foi procurado, mas não respondeu até o momento.
Prefeita Maria conquista cestas básicas e água potável para famílias atingidas pelas chuvas em Ipia
A Prefeita Maria, em uma iniciativa de solidariedade e apoio às famílias afetadas pelas recentes chuvas em Ipiaú, obteve êxito em sua jornada em Salvador esta semana. Em sua busca por soluções e assistência, a prefeita conseguiu angariar insumos significativos junto ao Governo do Estado da Bahia.
Com um esforço incansável, Maria garantiu a entrega de 500 unidades de cestas básicas e mais de 1 mil fardos de água potável, recursos essenciais para suprir as necessidades imediatas das comunidades impactadas. Estes recursos já estão em processo de distribuição, onde iniciou hoje, coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Social de Ipiaú.
A atitude proativa da prefeita foi reconhecida e agradecida pelo governador Jerônimo Rodrigues, e também pelo coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira. Este gesto solidário demonstra a união de esforços entre diferentes esferas de governo e a comunidade em momentos de crise.
O trabalho humanitário continuará com dedicação e empenho, visando fornecer o suporte necessário para as famílias mais vulneráveis neste momento desafiador. Além da distribuição de alimentos e água potável, o apoio incluirá medidas de acolhimento familiar, abrigos emergenciais e outras formas de assistência para garantir o bem-estar dessas famílias.
Fala de Lula sobre Holocausto transborda diplomacia e vira espinho político doméstico
Em uma semana, Lula viu o tema ser arrastado para o debate político em Brasília: as declarações viraram munição para um pedido de impeachment da oposição, foram usadas por bolsonaristas para tentar impulsionar uma manifestação em defesa do ex-presidente em São Paulo e ainda renderam uma cobrança pública de retratação por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Era previsto que a guerra Israel-Hamas e o número crescente de vítimas em Gaza figurassem entre os temas centrais da viagem de Lula ao Egito e à Etiópia neste mês. Também era esperado que o presidente falasse em tom de condenação aos atos de Tel Aviv; primeiro porque não seriam falas inéditas, mas também porque Lula discursaria na sede da Liga Árabe e se encontraria com o ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.
No entanto, a declaração controversa de Lula continua tendo impacto sobre várias camadas do governo quase uma semana depois. Ela veio nos últimos minutos dos compromissos oficiais de Lula na África, no domingo (18), em resposta à última pergunta da entrevista coletiva que o petista concedeu em Adis Abeba, capital da Etiópia, pouco antes de ele embarcar de volta para o Brasil.
“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula na ocasião.
A declaração deu o pretexto para o governo de Binyamin Netanyahu lançar uma série de críticas e ataques contra o brasileiro. O discurso de Lula já vinha sendo crítico a Israel –depois de condenar os ataques do Hamas, por exemplo, o presidente classificou de “insana” a resposta militar de Tel Aviv–, mas para Bibi, como é conhecido o premiê israelense, a comparação com o Holocausto “cruzou a linha vermelha”.
Lula foi então declarado “persona non grata” por Israel –na prática,
um rótulo que cria uma série de embaraços diplomáticos, embora nenhuma
sanção política ou jurídica. O brasileiro também tornou-se alvo de uma
série de declarações e publicações nas redes sociais de Netanyahu e de
seu chanceler, Israel Katz. Ele ainda viu o embaixador do Brasil em Tel
Aviv, Frederico Meyer, ser chamado para dar explicações no Yad Vashem, o
mais importante memorial sobre o Holocausto, num ato encarado pelo
governo brasileiro como armado para constranger o diplomata.
A resposta de Brasília foi diplomática –o governo convocou o embaixador
de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, para dar explicações e depois
chamou Meyer para voltar ao país–, mas manteve-se ainda na manga a
possibilidade de expulsar Zonshine, um gesto diplomático drástico que
sinalizaria uma ruptura mais grave.
Somou-se à crise o fato de ela se desenrolar enquanto ocorria no Rio de Janeiro a cúpula de chanceleres do G20 –a primeira sob a presidência rotativa do Brasil. Isso abriu brecha para que a polêmica fala de Lula fosse rebatida por autoridades de diferentes países. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, por exemplo, expressou pessoalmente ao brasileiro sua discordância da comparação.
Na política doméstica, a comparação também causou dores de cabeça para Lula e sua equipe. A oposição protocolou um pedido de impeachment, que deve permanecer na gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas que ajudou a arranhar a imagem do governo.
A fala ainda provocou ruído com os evangélicos em um ano importante para o governo devido às eleições municipais. Na corrida pela prefeitura de São Paulo, o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), defendeu Israel. Aliado de Lula, o pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) apressou-se em tentar se distanciar da polêmica: disse em entrevista à BandNews que não era comentarista das falas de Lula e que não estava se candidatando para prefeito de Tel Aviv.
A questão também foi usada por Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores para tentar inflar a manifestação convocada para a Avenida Paulista neste domingo (25). O ato acontece no momento em que o ex-mandatário vê fechar o cerco da Polícia Federal, na investigação que apura uma articulação golpista para impedir a posse de Lula.
Numa das manifestações mais contundentes sobre a fala do Holocausto, o senador Rodrigo Pacheco pediu uma retratação por parte de Lula. A fala, que muitos apontam ter sido influenciada pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é judeu, chamou a atenção por ser uma repreensão pública à manifestação do presidente da República –de quem Pacheco é aliado.
A temperatura da crise parecia diminuir, mas o próprio Lula voltou a tocar no assunto durante um evento no Rio de Janeiro na sexta-feira (23), embora não tenha repetido a comparação com o Holocausto. “São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, completou.
“Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio”, reiterou o presidente.
Governo Lula turbina crédito a estados e municípios e libera R$ 43 bi no 1º ano da gestão
O total liberado foi provavelmente maior porque o registro do BC não
inclui operações com organismos multilaterais, que foram autorizadas em
até US$ 3,26 bilhões –de acordo com outra base de dados, mantida pelo
Tesouro Nacional.
Ainda assim, as contratações junto a instituições nacionais representam
um crescimento de 142% em relação a 2022. Para este ano, o espaço será
ainda maior, de até R$ 74,2 bilhões.
Trata-se de uma guinada na política de crédito para estados e municípios, alimentada principalmente por bancos públicos federais.
Técnicos e economistas temem que o boom de empréstimos vire uma bomba-relógio, reeditando a flexibilização ocorrida entre 2012 e 2014, no governo Dilma Rousseff (PT) –considerada o embrião da crise que, nos anos seguintes, levou ao parcelamento de salários e ao calote nas dívidas com a União.
Com mais acesso a crédito, governadores e prefeitos já pisaram no acelerador em 2023. Com as despesas turbinadas pelos empréstimos, o superávit primário dos estados caiu de R$ 39 bilhões em 2022 para R$ 27,5 bilhões no ano passado.
Já os governos municipais saíram de um superávit de R$ 25,9 bilhões para um déficit de R$ 9,8 bilhões no mesmo período. A piora dramática no resultado alimenta os crescentes pedidos de socorro feitos por prefeitos em ano de eleições municipais.
A ampliação dos empréstimos atende a um pedido de Lula, que já na campanha eleitoral prometia facilitar o acesso de estados e municípios a recursos para ampliar investimentos e contribuir na sustentação da atividade econômica. Mas a decisão também aproveita uma brecha criada na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em 15 de dezembro de 2022, o governo passado decidiu retirar do limite fixado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) as operações contratadas por entes que aderiram a planos de ajuste acompanhados pelo Tesouro Nacional. Isso inclui estados que renegociaram suas dívidas com a União em 1997 e aqueles que ingressaram em programas de socorro mais recentes, como o RRF (Regime de Recuperação Fiscal).
A decisão criou uma esteira paralela de empréstimos, que só neste ano pode ficar em R$ 48,2 bilhões. O limite formal do CMN para 2024 dá ainda um limite extra de R$ 26 bilhões.
Galeria Veja fotos do lançamento do Novo PAC Compareceram ao evento o presidente Lula, ministros do governo e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1773970999480717-veja-fotos-do-lancamento-do-novo-pac *** O Tesouro confirmou à Folha que o espaço total neste ano é a soma dos dois valores (ou seja, R$ 74,2 bilhões), embora “não seja possível precisar o valor global que será contratado”.
Na justificativa da mudança, o então Ministério da Economia alegou que todos os planos de ajuste já preveem limites individuais de crédito, e a exclusão das operações do limite global “não prejudica a supervisão macroeconômica do endividamento público subnacional”.
Além disso, como as novas exceções reduziriam a competição dentro do limite do CMN, ele foi reduzido a R$ 10 bilhões.
O governo Lula assumiu e não só manteve as exceções mas também aprovou sucessivos aumentos no limite oficial, que chegou a R$ 33 bilhões no ano passado.
Técnicos mais antigos veem a expansão das operações com preocupação. A expressão usada nos bastidores é “liberou geral”. Por outro lado, eles enxergam um esgarçamento da linha de defesa dos servidores do Tesouro para proteger os cofres do governo diante das pressões políticas de toda sorte.
Há ainda um incômodo com o retrocesso na transparência das informações, que turva a visão dos analistas econômicos sobre o quadro real das finanças. As exceções são, na verdade, o maior volume de operações, e mesmo assim alguns especialistas em política fiscal se mostraram surpresos com a existência dessa esteira paralela quando questionados pela reportagem.
Parte das operações fora do limite nem sequer passa pelo sistema do Tesouro que fica acessível ao público geral. Se forem contratadas junto a organismos multilaterais, tampouco serão registradas pelo BC.
Em 2023, R$ 1,1 bilhão em operações internas e US$ 739 milhões em contratos externos tramitaram fora do sistema público do Tesouro, segundo dados informados pelo órgão após pedido da reportagem.
O crédito para estados e municípios é um elemento relevante para compreender o quadro fiscal e econômico do país. Quando não são desvirtuados para bancar despesas correntes (como aumentos salariais), esses empréstimos puxam os investimentos a curto prazo, impulsionando o PIB (Produto Interno Bruto).
O problema é que o empréstimo abre espaço para ampliar despesas. E, quando esse fôlego acaba, há risco de desequilíbrio e dificuldade para bancar obrigações com servidores e credores.
O economista Ítalo Franca, do Santander, calcula que os investimentos de estados e municípios aumentaram para 2,05% do PIB em 2023, ante 1,75% do PIB em 2022.
“Os municípios estão em uma situação mais preocupante. Teve uma deterioração rápida, o resultado acabou sendo o maior déficit da série histórica. É um sinal amarelo”, diz. “Para a frente vai ter que ter alguma medida de ajuste, e esse limite diminuir”, avalia.
A economista Vilma Pinto, diretora da IFI (Instituição Fiscal Independente, órgão do Senado que monitora as contas públicas), alerta que os governos regionais estão assumindo dívidas substanciais diante de um cenário em que a reforma tributária pode alterar sua capacidade de arrecadação no futuro, de forma positiva ou negativa.
“É um risco pensar em aumento de endividamento no contexto de mudança no sistema tributário”, diz. Para ela, o cenário atual lembra o início da crise fiscal dos estados na década passada.
No governo Dilma, a maior concentração de empréstimos irrigou justamente estados que já estavam em péssimas condições financeiras, entre eles o Rio de Janeiro. Uma portaria permitia ao ministro da Fazenda da época, Guido Mantega, autorizar as concessões para entes com as piores notas em caráter de exceção –que, como agora, virou regra.
Anos depois, o Tesouro precisou honrar as garantias nos empréstimos.
Desde 2016, a União desembolsou R$ 64,4 bilhões para cobrir valores não
pagos por estados e municípios –dos quais só R$ 5,6 bilhões foram
recuperados.
“O maior risco é termos uma piora. Podemos até observar uma melhora de
curto prazo, porque a operação de crédito naturalmente vai gerar mais
investimento e refletir no aumento de receitas. A minha preocupação é
mais com o médio prazo”, afirma a economista.
Diante desse histórico, a diretora da IFI avalia que o alerta é necessário para que a situação não se repita agora. “Ampliar o volume de empréstimos pode ter esses efeitos”, afirma.
A Folha questionou o Ministério da Fazenda sobre os efeitos dos empréstimos no PIB e os riscos fiscais envolvidos na expansão, mas não houve resposta até a publicação deste texto.
O diretor institucional do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados), André Horta, diz ver dois motivos para a expansão dos financiamentos aos estados. O primeiro é o represamento na concessão de garantias da União para essas operações, que ele credita a um “conjunto de dificuldades federativas” experimentadas durante o governo Bolsonaro.
O segundo motivo, mais objetivo, foi a melhora das notas de crédito atribuídas pelo Tesouro aos governos estaduais, que abriu caminho para as contratações.
“O Tesouro se sente mais confortável em conceder garantias para
empréstimos nessas circunstâncias. O que vem a ser muito bom para
economia dos estados, uma vez que estimula investimentos em
infraestrutura, saúde e educação”, diz.
A reportagem também procurou a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), mas não houve resposta.
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