Lula cede a Lira e abre flanco de insatisfação no Senado

O presidente Lula, Arthur Lira e líderes da Câmara em reunião no Palácio da Alvorada
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é apontado por congressistas como responsável por recentes decisões do governo Lula (PT) que, se por um lado, atenderam a demandas do centrão na Câmara, por outro, abriram um flanco de insatisfação no Senado.

São atribuídas ao chefe do centrão o recuo do governo no veto ao calendário de pagamento das emendas parlamentares e a articulação para barrar o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado de Lula, mas rival declarado de Lira, na relatoria da CPI da Braskem.

A nova relação Lula-Lira foi acertada entre ambos em reunião no Palácio da Alvorada, no último dia 9, ocasião em que o presidente da Câmara obteve canal direto de contato com Lula e a sinalização de uma relação diária com o Planalto mais azeitada, inclusive com a escolha do interlocutor.

Em vez de Alexandre Padilha, o responsável formal pela articulação política do governo, mas que caiu em desgraça com Lira, foi escalado o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A aproximação ocorreu após um duro discurso de Lira na retomada dos trabalhos legislativos, recheado de recados ao Palácio do Planalto, que em suas palavras deveria cumprir acordos firmados e aceitar que a gerência do Orçamento não é exclusividade do Executivo.

Na última quinta-feira (22), por exemplo, Lula recebeu Lira e vários outros deputados federais para um amistoso encontro no Palácio da Alvorada, com mesa de frios vinho e uísque. No dia seguinte, Lira afirmou que o presidente da República vai apoiar o candidato que ele definir para sucedê-lo no comando da Câmara, em fevereiro de 2025.

Integrantes do Senado afirmam que o tratamento não tem sido o mesmo por lá, apesar de o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter caminhado ao lado de Lula desde a eleição. Lira, por outro lado, era o principal sustentáculo legislativo de Jair Bolsonaro (PL) e apoiou o ex-presidente em sua tentativa de reeleição.

A ação do governo Lula para barrar Renan na relatoria da CPI, e por suposta exigência do principal adversário político do senador, pode ter efeito na base governista do Senado, afirmam congressistas.

Renan foi o grande articulador da CPI e tinha o apoio de Pacheco para relatar os trabalhos. Ele conseguiu colocar a comissão de pé mesmo com a articulação interna contrária do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), e do líder da bancada do PSD. Otto Alencar (BA).

Renan abandonou o colegiado, porém, após o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), aliado de Lula, ter indicado para a função o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

“Com encaminhamentos que ensaiam domesticar a CPI, não emprestarei meu nome para simulacros investigatórios”, disse Renan, afirmando ainda ter sido vetado “por mãos ocultas, mas visíveis” —em referência que foi entendida como sendo a Lira, contra quem trava uma turbulenta rivalidade em Alagoas.

Havia temor do grupo do presidente da Câmara de que na relatoria da CPI Renan agisse para desgastar politicamente o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), aliado de Lira. A CPI foi criada em meio ao risco de colapso da mina de sal-gema da Braskem em Maceió.

Omar Aziz justificou a escolha afirmando buscar “isenção” que não haveria em Renan por ele ser alagoano.

À Folha o presidente da CPI negou que tenha havido pedido de líderes do governo ou de Lula para que Renan fosse vetado. “Só conversei com o presidente Lula ontem [quinta-feira], por telefone, e esse assunto nem foi mencionado”, disse Aziz.

A reportagem não conseguiu falar com Renan. Lira não se manifestou.

Além da questão relativa ao senador de Alagoas e às emendas parlamentares —o governo havia vetado a proposta aprovada pelo Congresso de pagamento das emendas de 2024 até junho, mas agora anuncia que vai recuar—, um outro episódio recente é atribuído ao centrão da Câmara.

Trata-se da exoneração no dia 16 do assessor especial da secretaria executiva da Fazenda, José Manssur, responsável pela elaboração das regras que regulamentaram o setor de apostas esportivas no Brasil, conhecidas como “bets”. O centrão teria interesse nesse cargo.

Lula foi eleito tendo uma base de esquerda minoritária tanto na Câmara como no Senado, por isso foi obrigado a fechar acordos com partidos de centro e de direita.

Na Senado o caminho se mostrou menos difícil, justamente pelo apoio de Pacheco e de Renan, além do suporte do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que caminha para voltar a comandar o Senado em 2025.

Mesmo assim, a oposição bolsonarista é expressiva —há sete ex-ministros de Bolsonaro, além de seu ex-vice, Hamilton Mourão, e de seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ), reunindo quase sempre pouco mais de 30 das 81 cadeiras.

Na Câmara Lula decidiu ainda na transição apoiar a reeleição de Lira, mesmo o presidente da Casa tendo chefiado a tropa legislativa que tentou dar um segundo mandato a Bolsonaro.

A avaliação, na época, era a de que o PT não tinha força para fazer o presidente da Casa, situação que persiste. A esquerda controla apenas cerca de um quarto das 513 cadeiras. A oposição, outro quarto. Metade das vagas é controlada pelo centrão e outros partidos de centro e de direita, em especial PSD, MDB e União Brasil.

Devido a isso, a relação em 2023 de Lula com a cúpula da Câmara sempre foi mais tensa do que a relação com a cúpula do Senado, o que ameaça desandar agora, dizem congressistas.

Além do caso relativo a Renan, pegou mal no Senado a comparação feita por Lula da ação de Israel em Gaza à de Adolf Hitler com os judeus.

Alcolumbre é judeu e um dos principais aliados de Pacheco, que cobrou publicamente uma retratação por parte de Lula. O próprio líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que Lula passou do ponto.

O petista não só não se retratou como reafirmou nesta sexta-feira (23) entender que Israel promove um genocídio em Gaza e que suas palavras anteriores foram deturpadas pelo primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

Lula também sofre desgaste no Senado em relação ao projeto de reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Desde o fim do ano passado, parlamentares defendem que Pacheco devolva a medida provisória da reoneração sob o argumento de que o Congresso já deliberou sobre o tema ao derrubar o veto do presidente Lula e manter o benefício.

De acordo com parlamentares, esse é um assunto já pacificado no Senado e Lula só amplia a insatisfação ao protelar uma definição sobre o assunto.

Na última quarta-feira (21), o governo decidiu enviar um projeto de lei com urgência constitucional após reunião entre Pacheco, Padilha e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ranier Bragon, Folhapress

Lula evita falar sobre ato de Bolsonaro, e jornalista é vaiada após pergunta

O presidente Lula (PT) evitou comentar nesta segunda-feira (26) o ato promovido no dia anterior pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), que reuniu milhares de pessoas na avenida Paulista, em São Paulo.

O petista foi questionado diretamente sobre o assunto durante um evento no Palácio do Planalto, mas optou por não responder. A jornalista que realizou a pergunta acabou vaiada por militantes de movimentos sociais presentes.

Lula participou na manhã desta segunda-feira de uma entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, para a apresentação de um programa para dar uso social a imóveis abandonados da União, com a ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

Após a fala inicial do mandatário e da ministra, foi aberto espaço para perguntas. No entanto, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) informou que as perguntas seriam destinadas apenas para Esther Dweck e para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Uma jornalista aproveitou a presença de Lula ao lado dos ministros e então questionou sobre o ato promovido por Bolsonaro —após ter realizado perguntas para os ministros também. Ela foi vaiada por militantes que estavam presentes no evento.

Os ministros então responderam as respectivas perguntas e o questionamento endereçado a Lula acabou ignorado. Pouco depois, o presidente deixou o evento, antes de seu término.

Após a sua saída, outra jornalista perguntou aos ministros Rui Costa, Esther Dweck e Paulo Pimenta (Secom) se algum deles comentaria o ato bolsonarista. Novamente não houve resposta.

Neste domingo (25), Bolsonaro reuniu governadores, parlamentares e milhares de apoiadores em um ato na avenida Paulista. A manifestação de força acontece justamente no momento em que avançam as investigações contra Bolsonaro e seus aliados a respeito de uma trama golpista para mantê-lo no poder.

Acuado pelas investigações, Bolsonaro buscou maneirar um pouco no tom de sua fala. Não desferiu a sua tradicional agressividade contra o STF (Supremo Tribunal Federal), falou em pacificação, disse que as eleições presidenciais de 2022 eram “página virada da nossa história” e pediu anistia aos presos pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

O presidente também negou a existência de uma trama golpista.

“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, afirmou o ex-presidente diante de seus apoiadores.

Renato Machado, Folhapress

Rui Costa diz que governo busca solução para repor emendas, mas preservando programas sociais

O ministro da Casa Civil, Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira (26) que o governo federal está buscando uma solução para conseguir repor os R$ 5,6 bilhões das emendas parlamentares de bancada, que foram vetados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Costa, no entanto, afirma que essa alternativa está sendo estudada de forma a preservar os recursos de programas sociais, citando especificamente o Bolsa Família e o Vale Gás.

“Não tem prazo [para apresentar uma solução], estamos dialogando. Eu fui deputado federal, fui relator da Saúde, em 2011. Naquela época, quando parlamentar queria acrescer emenda, ele aumentava a estimativa de receita e colocava o que queria. Ele mudava o valor da receita e acrescentava o hospital dele. Não mudava o orçamento do Executivo”, afirmou o ministro.

“Só que hoje, com o arcabouço, essa prática não é possível. Colocar R$ 5 bi precisa de tirar de algum lugar, tirou do vale gás, bolsa família. Aquela escola não funcionará o ano inteiro, se o valor for mantido. Se a gente mantiver isso, quer dizer que em julho ou agosto esse órgão ou universidade irá parar. Por isso houve o veto, estamos dialogando e estamos buscando alternativas de atender as demandas solicitadas sem sacrificar eventualmente o funcionamento de órgãos tão essenciais ou de funções sociais tão importante, como o Vale Gás, o Bolsa Família”, completou.

No fim de janeiro, o presidente sancionou o Orçamento de 2024 com o veto de R$ 5,6 bilhões sobre as emendas de comissão. As emendas são o principal mecanismo pelo qual deputados e senadores destinam recursos para os seus redutos eleitorais.

O governo prometeu a parlamentares apresentar ainda em fevereiro um plano para reverter o corte no orçamento nas emendas de comissão. O objetivo do Palácio do Planalto é tentar evitar uma nova crise com o Congresso Nacional na volta dos trabalhos legislativos.

A medida, no entanto, já provocou uma reação da parte dos parlamentares, que indicaram que o veto de Lula pode ser derrubado. O corte atingiu principalmente os ministérios que são comandados por indicados pelo centrão.

Renato Machado

Deputado federal Ruy Carneiro é condenado a 20 anos de prisão

Ele foi condenado por pelos crimes de peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro
O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB) foi condenado a 20 anos de prisão pelos crimes de peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Ele também deve devolver R$ 750 mil aos cofres públicos.

A decisão foi proferida pelo juiz Adilson Fabrício Gomes Filho, na última quinta-feira (22), em segredo de Justiça, mas revelada pelo G1 neste domingo (25).

Além de Carneiro, outras três pessoas foram condenadas pelo mesmo processo, e podem recorrer em liberdade. Os delitos teriam sido cometidos quando o deputado foi secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer do estado da Paraíba.

Política Livre

‘Operação Mosquete’: PMs e agente penal são investigados por tráfico de armas

Sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA)
Quatros homens, entre eles dois policiais militares e um agente penal, foram alvos na manhã desta segunda-feira, dia 26, da ‘Operação Mosquete’, deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotorias de Justiça Militares, e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Força Correcional Especial Integrada (Force) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (Correg). Eles são investigados pelo crime de tráfico de armas de fogo.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Salvador, nas residências dos investigados, em estabelecimento comercial e nas sedes do 22º Batalhão da PM de Cajazeiras e da 23ª Companhia Independente (CIPM) de Tancredo neves. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar da Comarca de Salvador. Foram apreendidas miras de fuzis, munição e drogas. Os policiais são investigados de terem colocado à venda quatro fuzis modelo Colt por R$ 70 mil cada um, recolhidos pelos PMs em posse de integrantes de facção criminosa com atuação no bairro de Cajazeiras. A comercialização teria acontecido via grupo fechado de aplicativo de mensagem formado por policiais.

Segundo as investigações, ainda no interior da viatura utilizada na apreensão, os policiais militares postaram as imagens das armas, com anúncio de preço. Dois fuzis teriam sido comercializados e o restante entregue para reparo ao agente penal e seu pai, proprietário de uma loja de armas no bairro de Cidade Nova. O material apreendido durante a operação será submetido a conferência e análise da Force, Correg e Gaeco e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.

Milei compartilha mensagens que associam Lula ao Hamas e exaltam ato de Bolsonaro

O presidente da Argentina, Javier Milei, compartilhou neste domingo (25) mensagens no X (antigo Twitter) que exaltam o ato na avenida Paulista promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores e que associam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao grupo terrorista Hamas.

Uma das mensagens compartilhadas por Milei dizia “Lula es pro Hamas. Bolsonaro es pro Israel. Fin” [Lula é pró Hamas. Bolsonaro é pró Israel. Fim].

Outra afirmava que o ato de Bolsonaro foi uma mobilização do povo brasileiro “contra el autoritarismo de Lula y contra el acoso y persecución a la oposición” [contra o autoritarismo de Lula e o acossamento e perseguição da oposição].

Uma mensagem compartilhada por Milei também descrevia o discurso de Bolsonaro como “um discurso histórico” e em defesa da liberdade.

O presidente argentino também compartilhou mensagem que afirmava que no domingo se definia “el rumbo de la politica en Brasil y la resistencia contra la dictadura de Lula da Silva” [o rumo da política no Brasil e a resistência contra a ditadura de Lula da Silva”].

Uma última mensagem descrevia o ato como “massivo protesto anti-Lula” e mostrava vídeo em que Bolsonaro balançava uma bandeira de Israel, remetendo à crise diplomática gerada pela declaração em que Lula comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza à de Adolf Hitler contra os judeus.

Em agosto do ano passado, antes de vencer as eleições, Milei chegou a dizer que, caso fosse eleito, não manteria relações com o Brasil ou países liderados por “comunistas” e nem se reuniria com Lula após assumir a Casa Rosada. Por diversas vezes, ele também ameaçou um afastamento com outro parceiro estratégico da Argentina, a China.

Em dezembro, o discurso de Milei mudou e ele chegou a convidar para a sua posse o mandatário brasileiro, que acabou apenas enviando o seu chanceler, Mauro Vieira, quebrando uma tradição de quatro décadas. A última vez que presidente ou vice não foi a Buenos Aires ocorreu em 1983.

No começo de fevereiro, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou que conta com o Brasil para ajudar a Argentina a superar a grave crise econômica que o país enfrenta e que a única divergência entre os dois países é no futebol.

Guilherme Seto/Folhapress

Autor da lei, Ricardo Almeida comemora lançamento da Carteira de Identificação para pessoas com Fibromialgia

Vereador de Salvador, Ricardo Almeida (Podemos)
Marcada para ocorrer nesta segunda-feira (26), a Carteira de Identificação para pessoas com Fibromialgia será lançada pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Saúde, em evento na Escola de Saúde Pública de Salvador, no Comércio, com a presença da Associação de Pessoas com Fibromialgia de Salvador- AFIBS. Autor do projeto de indicação que institui o Programa Municipal de Cuidados para Pessoas com Fibromialgia (PCPF), onde está prevista o documento, o vereador Ricardo Almeida (Podemos) celebrou a notícia.

“Reconhecer o sofrimento das pessoas que sofrem com Fibromialgia é obrigação do Estado. E eu digo Estado nos seus três entes federativos: municípios, estados e União. E o que eu fiz, através do gabinete, foi dar visibilidade àqueles que sofriam as escondidas. Sofriam, às vezes, reclusos dentro de casa, se deprimindo, se angustiando, porque muitas vezes o fibromiálgico passa por situações constrangedoras de extremo preconceito e discriminação pelo desconhecimento das pessoas da doença”, comemorou o edil autor do projeto que se tornou a lei nº 9.708 /2023.

Ricardo salientou que, por ser uma doença silenciosa, que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica, mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. É acompanhada por sintomas típicos, como sono não reparador e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e alterações da concentração e de memória.

Ricardo também é autor do projeto que prevê a distribuição gratuita na rede municipal de medicamentos que um fibromialgico precisa fazer uso diariamente para amenizar suas dores. De acordo com o vereador, alguns desses medicamentos já estão sendo distribuídos após sua iniciativa.

“Quero agradecer ao prefeito Bruno Reis a sua sensibilidade e à secretária municipal de saúde Ana Paula Matos por terem validado, reconhecido a importância disso para a sociedade. Seguiremos sensíveis, nos importando com aquilo que o povo precisa. Essa é uma vitória de todos nós”, completou.

‘Para me defender’: Mulher é presa após matar marido a facadas e fugir em trator de fazenda

A esposa de Antonio Ediezio Senarega Lopes, de 49 anos, acabou presa depois de matar o marido a facadas neste domingo (25), em , a 194 quilômetros de , e fugir em um trator na companhia do filho.

Quando presa depois de se esconder em um matagal a 5 quilômetros do local do crime, ela confessou o assassinato e relatou que matou o marido para se defender de agressões. O filho do casal estava dormindo quando a autora com uma deu um golpe no peito de Antônio. 

O corpo foi encontrado na varanda pelos policiais com os braços abertos. Um encarregado da fazenda foi quem acionou a polícia para comunicar o crime. Após o assassinato, a mulher fugiu em um trator, mas abandonou o veículo em seguida e tentou se esconder em uma mata junto de seu filh. Os policiais seguiram os rastros e encontraram  mãe e filho escondidos.

O rapaz disse que estava dormindo quando sua mãe o acordou para dizer o que tinha feito e ele resolveu ajudá-la a fugir. Os dois foram levados para a delegacia.

 midiamax.uol.com.b

Planalto precisará agir para conter crise de Renan Calheiros com Otto e Wagner

Interlocutores do governo Lula dizem que parece insuperável o mal-estar entre o senador Renan

Os senadores Otto Alencar e Jaques Wagner
Calheiros (MDB) e seus colegas Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA). Renan não esconde sua irritação por ter sido preterido na escolha da relatoria da CPI da Braskem, que investigará o desastre ambiental causado pela empresa em Maceió. Nos bastidores, ele credita a “derrota” aos dois parlamentares baianos.

O desconforto preocupa a articulação política do Palácio do Planalto, uma vez que Renan é aliado de primeira ordem do presidente Lula e os outros dois são líderes. O alagoano garante aos mais próximos que não há risco de romper com o Planalto. Mas o diálogo dele com Otto, que comanda a bancada do PSD no Senado, e com Wagner, líder do governo na Casa, precisará ser azeitado.

Renan é o autor do pedido da CPI. É praxe o requerente ocupar a presidência ou relatoria do colegiado. O comando, porém, ficou com o senador Omar Aziz (PSD-AM), que rifou Renan e entregou a vaga de relator para o petista Rogério Carvalho (SE).

Durante a sessão do colegiado, Otto Alencar endossou a decisão de Aziz de dispensar Renan e dar a relatoria para Carvalho. Aliados do senador alagoano lembram que Alencar e Wagner são do Estado da Novonor, sócia majoritária da Braskem.

Aziz afirmou que não escolheria Renan por ele ser de Alagoas, para evitar eventuais suspeitas de contaminação política da relatoria por interesses locais. Na prática, o governo temia que Renan pudesse causar desgaste a seu rival político local, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Augusto Tenório/Estadão Conteúdo

Lula patina para recuperar influência na África, mas aposta em parceria política

Moradores de Adis Abeba costumam brincar que a arquitetura da sede da União Africana, uma grande torre que se destaca sobre um complexo mais baixo, representa a China mostrando o dedo do meio para a Europa, os antigos colonizadores da África.

A comparação não é de todo descabida, uma vez que o prédio construído no centro da capital da Etiópia foi financiado pelo regime chinês, ao custo de US$ 200 milhões. Uma das principais entradas do complexo é conhecida entre os frequentadores como “portão chinês”.

Foi no plenário desse edifício que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou para chefes de Estado da África para defender uma reaproximação do Brasil com os países da região.

Auxiliares do presidente desembarcaram em Adis Abeba com o objetivo de retomar a influência e o prestígio que o Brasil já desfrutou no continente –principalmente nos dois primeiros mandatos de Lula. Voltaram a Brasília com o diagnóstico de que a tarefa será muito mais complexa, tanto pela falta de recursos disponíveis como pela agressiva política chinesa que, com bilhões de dólares, deixou pouco espaço para novos atores.

Lula realizou uma visita de cinco dias ao continente africano, com compromissos oficiais no Egito e na Etiópia. Suas intenções com a África acabaram eclipsadas pela série de declarações do petista referentes à guerra Israel-Hamas. A última delas, comparando a ação israelense em Gaza com o Holocausto, resultou numa crise diplomática.

Mesmo a tentativa de reaproximação com os países africanos enfrentou alguns percalços durante a viagem, em particular com compromissos cancelados de última hora que irritaram o presidente. Lula chegou a reclamar a interlocutores da recepção no continente e cancelou a participação em um jantar cedido pelo primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, aos participantes da cúpula da União Africana.

Antes de seguir para a Etiópia, o encontro com o ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, resultou na assinatura de apenas dois atos: um na área de ciência, tecnologia e educação e um protocolo para facilitar exportação de carne brasileira.

A situação, apontam especialistas e interlocutores no governo, reflete o distanciamento brasileiro dos países da África nos últimos anos, a falta de uma estratégia clara para o continente e, claro, a forte atuação da China.

O gigante asiático conduz uma agenda africana por meio do Fórum de Cooperação China-África, com cooperação e investimentos bilionários em diferentes áreas, que incluem temas como infraestrutura e questões militares, e abrem espaço para estatais e multinacionais chinesas. A China inclusive detém o controle de alguns bancos africanos.

Por isso há o diagnóstico de que será difícil para o Brasil recuperar o espaço econômico que havia conquistado nos primeiros mandatos de Lula. Por outro lado, o tom do discurso de Lula poderia resultar numa aliança ao menos no nível político.

“Eu não vejo estratégia nenhuma”, afirma o professor Pio Penna Filho, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). “O governo não conseguiu colocar de pé uma política africana e isso num contexto em que houve distanciamento considerável da África nos últimos anos, que foi gradativo e escalonado, desde o governo Dilma.”

Ele acrescenta que o presidente encontrou o continente africano em uma situação totalmente diferente da que viu em seus primeiros mandatos. O próprio discurso de Lula, acrescenta Penna Filho, focado na cooperação para combater a fome e a pobreza, já não encontra a mesma recepção.

“Outros países também começaram a atuar mais ativamente na África. Você tem a China que não interrompeu a política africana em nenhum momento, você tem a Rússia também ativa em determinadas partes da África, [além da atuação de] Estados Unidos e União Europeia”, completa o professor. “Então o Brasil ficou perdido, ainda mais sem esses mecanismos do BNDES.”

Ele se refere ao mecanismo que permitia ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social financiar a exportação de serviços, que facilitou a atuação de construtoras brasileiras no exterior. Essa ferramenta foi uma das bases para a expansão de empresas nacionais na África, com obras de grande envergadura em Moçambique, por exemplo.

Auxiliares de Lula reconhecem nos bastidores que o Brasil não tem mais as mesmas condições que permitiram o avanço do país no continente africano, e culpam as últimas gestões por essa situação. Apontam ainda que a Petrobras mudou sua política de governança, que a Eletrobras foi privatizada e que as construtoras brasileiras perderam seu poder, em decorrência da Operação Lava Jato. Além disso, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro foram eliminados os mecanismos de crédito para a exportação de serviços do BNDES –que o governo Lula agora procura retomar.

Por outro lado, um assessor palaciano aponta que a “situação não está perdida” e que o governo vê possibilidade de recuperar parte do espaço por meio e cooperação e investimentos na área agrícola e de transição energética.

REAPROXIMAÇÃO POLÍTICA
Ana Elisa Saggioro Garcia, professora de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta que o governo brasileiro não busca uma competição com a China no continente africano nem com outros membros do Brics com atuação histórica na região.

Por outro lado, a viagem da comitiva presidencial, acrescenta, teve um objetivo mais político. Primeiro, para que essa aproximação política sirva como um passo inicial para uma nova relação econômica no futuro. “Então não é que não haja uma estratégia. Mas é diferente do momento anterior em que o Brasil emergia, e, pela sua condição econômica mais favorável naquela época, desenvolvia mecanismos de apoio à internacionalização das empresas brasileiras”, diz.

“Então o Brasil tem que circular agora numa esfera mais política para só então depois buscar algum espaço de mercado”, analisa Garcia. Ela cita ainda que a viagem a Egito e Etiópia também está inserida na disputa que o Brasil vem travando principalmente com a Índia para obter o papel de porta-voz do chamado Sul Global, o grupo não formal de países em desenvolvimento.

Assessores do Palácio do Planalto pontuam que o discurso de Lula na União Africana foi longamente aplaudido, reforçando a tese de que há um espaço para uma aliança mais política com o continente africano. O Brasil tem como uma das bandeiras de sua presidência temporária do G20 a reforma da governança global, em particular na área da economia.

E um dos pontos de crítica de Lula é justamente a questão da dívida africana. O presidente quer o perdão dessa dívida ou melhores condições de financiamento, para permitir que os valores das parcelas e juros possam ser usados para investimentos nos países do continente.

Renato Machado/Folhapress

Bolsonaro deve questionar delação de Cid no STF

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) deve questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Nela, o militar relata como o ex-presidente e integrantes de seu governo tentaram supostamente dar um golpe para permanecer no poder —o que eles negam.

Os advogados pretendem sustentar que a colaboração do ex-ajudante de ordens pode não ter sido voluntária, já que ele estava preso e sob intensa pressão.

Um dos fatos que endossariam a suspeita seria a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de proibir Cid de receber a visita da própria mulher, Gabriela, quando estava preso.

Gabriela era investigada no inquérito que apura a falsificação de cartões de vacina dela, de familiares e de Bolsonaro. Por isso não poderia manter contato com o marido, que também era foco das apurações.

A proibição foi determinada no dia 23 de agosto de 2023. Duas semanas depois, Cid fechou acordo de delação com a Polícia Federal, homologado no dia 9 de setembro por Alexandre de Moraes.

Interlocutores de Cid afirmam que o acordo foi espontâneo e que a decisão de delatar ocorreu antes de ele ser proibido de se encontrar com Gabriela.

Mônica Bergamo/Folhapress

Geddel Vieira Lima é vaiado durante eleição de condomínio em Camaçari

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) foi vaiado durante a eleição de síndico do condomínio Interlagos, na Costa de Camaçari, na noite do último sábado (24). O emedebista ficou impaciente na fila de espera para a votação, que acontecia de forma híbrida. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram Geddel irritado quando a mesa disse que a casa dele estava no nome de uma empresa.

O político reclamou e chegou a pedir para a esposa pegar o IPTU para comprovar a propriedade do imóvel. Após a confusão, os responsáveis pela eleição localizaram o nome do ex-ministro, que bradou. “Pensei que tivessem me desapropriado”. Em resposta, o ex-ministro recebeu vaias dos outros moradores que estavam no salão do clube do condomínio.

Veja o vídeo:

 Política Livre

Malafaia ataca STF, TSE e Moraes na Paulista e diz não ter medo de ser preso

Pastor Silas Malafaia
O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores de ato na Paulista em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fez críticas neste domingo (25) tanto ao STF como ao TSE em seu discurso durante o evento. O pastor criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes durante as eleições de 2022.

Ele também fez insinuações sobre um suposto papel do presidente Lula (PT) no ataque de 8 de janeiro, organizado por bolsonaristas em 2023.

A manifestação tem como objetivo que Bolsonaro se defenda de investigações que apontam a atuação do dele no planejamento de um golpe de Estado para se manter no poder. Malafaia foi o idealizador do evento e o responsável pelo aluguel dos dois trios elétricos utilizados no ato.

Antes do ato, Bolsonaro havia declarado desejar que o ato fosse pacífico e que não fossem levadas bandeiras e faixas contra qualquer pessoa.

“Não vim aqui atacar o Supremo Tribunal Federal porque quando você ataca uma instituição, você ataca a república e o estado de direito”, disse o pastor.

Malafaia, porém, disse que revelaria a “engenharia do mal” contra Bolsonaro.

Ele citou tensões envolvendo Alexandre de Moraes e Bolsonaro e supostas diferenças de tratamento com o então presidente.

“Todo mundo sabe como foi a eleição. Podiam chamar Bolsonaro de genocida, mas não podia chamar Lula de ex-presidiário”, disse.

Ele também citou casos de 8 de janeiro.

“Golpe tem arma. Tem bomba. Uma mulher com crucifixo católica que sentou na mesa do presidente do Senado, 17 anos de cadeia”, disse.

Ele afirmou que o sangue de um homem que morreu na prisão após ser preso pelo 8 de janeiro está na mão de Alexandre de Moraes.

Malafaia, depois, citou supostas diferenças de tratamento entre o MST e os manifestantes bolsonaristas.

Autor de frequentes discursos agressivos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o pastor havia prometido uma fala mais leve durante o evento.

Em seus vídeos, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo costuma dirigir diversas ofensas a Moraes, a quem se refere como “ditador de toga”. No mais recente deles, afirmou que o ministro do Supremo persegue Bolsonaro e deveria ser preso por atentar contra o Estado democrático de Direito.

Malafaia afirmou antes do evento que haveria controle rígido do uso do microfone, para que ele não se tornasse cansativo.

O ato seria aberto com uma oração feita pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e depois tinha previsão de discursos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Magno Malta (PL-ES), e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que almeja o apoio de Bolsonaro, optou por não discursar.

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados no início do mês.

A operação tem sido apontada como porta de saída por pastores que se aliaram ao ex-presidente até outro dia, mas não veem mais vantagem nessa relação.

Malafaia, porém, é um dos que continuou ao lado do ex-presidente após a derrota nas urnas e consecutivos reveses judiciais. À Folha de S.Paulo, ele chamou os colegas de “um bando de covardes e cagões históricos”.

Ana Luiza Albuquerque e Artur Rodrigues / Folhapress

Roma considera histórico ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista

“É um dia histórico!”, assim avaliou o presidente do PL Bahia, João Roma, este 25 de fevereiro, quando na Avenida Paulista, em São Paulo, centenas de milhares de brasileiras e brasileiros estiveram reunidos em defesa da democracia e da liberdade.

“O chamado do capitão Jair Bolsonaro foi atendido e o povo deixou suas casas no domingo para apoiá-lo de maneira pacífica e ordeira, com as cores do verde e amarelo”, assinalou Roma, que acompanhou toda a movimentação desde o final da manhã.

Para o ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, todo o poder emana do povo e o recado foi dado por quem o detém de verdade. “A manifestação deste domingo evidenciou que os desmandos por que passa o nosso país não têm a aprovação popular”.

Roma reencontrou o ex-presidente Jair Bolsonaro e confirmou com ele a sua vinda a Bahia em março. O evento também lhe proporcionou revê colegas de ministério, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A deputada federal Roberta Roma também estava em São Paulo, assim como os parlamentares do PL: Capitão Alden, Leandro de Jesus e Diego Castro.

Vereador Cláudio Nascimento está de volta à base governista

O vereador Cláudio Nascimento-PSD- está no caminho de volta à base governista municipal. Com isso a prefeita Maria das Graças passará a ter 9 dos 13 vereadores que formam o plenário da casa e Claudio Nascimento vê aumentar a possibilidade de sua reeleição.

O retorno ao grupo de Maria já vinha sendo articulado pelo vereador Orlando Santos -PP- que tem sido apontado como potencial pré-candidato na chapa majoritária situacionista que concorrerá à Prefeitura e deverá ser encabeçada pela Secretária de Saúde, Laryssa Dias.

Antes do dia 05 de abril, data em que se encerra o prazo para os vereadores que desejam mudar de partido, visando concorrer nas eleições deste ano, Cláudio Nascimento deverá estar filiado ao PT.

Cláudio Nascimento assegura que sempre foi um fiel aliado do grupo da situação, desde os tempos do ex-prefeito José Mendonça, e na condição de ex filiado nunca escondeu sua simpatia pelo Partido dos Trabalhadores.

Um único e breve afastamento aconteceu no processo que reconduziu o vereador Robson Moreira –PP- para a Presidência da Câmara. Na ocasião o governo apostava em outra candidatura.

Mesmo independente na câmara, Cláudio Nascimento nunca se mostrou contrário aos projetos da gestão em beneficio da comunidade. Nem teceu criticas radicais e desproporcionais. Se manteve coerente e equilibrado. Promoveu entendimentos, fez ponte de negociações.

Cláudio é um dos parlamentares de maior conhecimento da legislação e dono de excelente oratória. Sua postura na Mesa Diretora da Câmara, como primeiro secretário, tem sido norteada pela ética e bom senso.

O governo ganha de volta um aliado raiz que nunca poderia ter perdido, e com isso, Cláudio encontra mais densidade para concorrer ao terceiro mandato consecutivo de vereador, afinal, a maior parte do seu eleitorado é simpatizante da prefeita Maria das Graças.

A corrida eleitoral exige prudência e sapiência. Saber onde pisa ou navega, afinal “Como pode um Peixe vivo viver fora da água fria”…

Em se tratando de política não existe estática, ou seja, aquela coisa definitiva. Política é dinâmica, movimentação constante, como num jogo de xadrez ou futebol. Daí se explica as alianças e rupturas, reaproximações e outros procedimentos. É o dinamismo falando mais alto. (Giro/José Américo Castro)

Governo vai enviar vacinas contra dengue para mais 29 municípios

Novo lote completa lista de 521 cidades que receberão o imunizante
O Ministério da Saúde informou que vai enviar doses de vacinas contra dengue para mais 29 municípios nos próximos dias. O novo lote vai completar a lista de 521 municípios selecionados para receber as doses até a primeira quinzena de março. Até o momento, 492 cidades já receberam os imunizantes.

A vacinação contra a dengue começou neste mês e é destinada à aplicação em crianças de 10 e 11 anos. Até o fim deste ano, a vacinação com a Qdenga, nome comercial do imunizante, será ampliada para adolescentes de 12,13 e 14 anos que moram nos 521 municípios.

Os municípios foram escolhidos para receber os primeiros lotes das vacinas por estarem localizados em áreas de com alta incidência da dengue tipo 2 (Sorotipo 2), que provoca infecção mais grave da doença.

A restrição de regiões que vão receber a vacinação foi feita diante das dificuldades apresentadas para produção e oferta da vacina, elaborada pelo laboratório Takeda. A partir da entrega de mais carregamentos, a vacinação será ampliada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões.

A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Em dezembro do ano passado, a pasta anunciou a incorporação do insumo no SUS.

Pelo menos seis estados já declararam situação de emergência devido aos casos registrados de dengue na população. Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Acre, Goiás e o Distrito Federal estão na lista.

Agência Brasil

PF detém português que afirma vir ao Brasil para reportagem sobre ato de Bolsonaro

Ele foi liberado no início da tarde pela Polícia Federal.
O cidadão português Sérgio Tavares foi detido, neste domingo (25), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no momento de seu desembarque. Ele foi liberado no início da tarde pela Polícia Federal.

Tavares afirma que é jornalista e que veio ao Brasil para cobrir o evento de apoio a Jair Bolsonaro na avenida Paulista, nesta tarde. Seu passaporte chegou a ser retido pela Polícia Federal.

A reportagem apurou que a PF decidiu apreender o passaporte e investigar a situação porque, para fazer a cobertura do evento, de acordo com a lei, ele precisaria apresentar um visto de trabalho.

Tavares disse em mensagens enviadas a grupos de WhatsApp que a PF faz perguntas, mas que ele decidiu ficar em silêncio por orientação de seu advogado. Ele também divulgou um vídeo sobre a sua detenção no aeroporto.

“Estou sendo interrogado pela Polícia Federal sobre declarações minhas sobre urnas, fraude eleitoral, ditadura do judiciário e vacinas. Por orientação do advogado de defesa, mantenho-me em silêncio.”

Em nota neste domingo, a PF afirmou que, “em relação ao vídeo que circula em redes sociais de um cidadão português alegando que foi indevidamente impedido de entrar no Brasil, a Polícia Federal informa que tal alegação é falsa”.
“A PF está conduzindo o procedimento padrão para avaliar a situação do indivíduo, verificando se ele está no país a turismo ou a trabalho e por quanto tempo pretende permanecer no país, seguindo o protocolo regular de admissão de estrangeiros”, afirma a polícia.

“Tal indivíduo teria publicado em suas redes sociais que viria ao país para fazer a cobertura fotográfica de um evento. Todavia, para isso, é necessário um visto de trabalho, o que ele não apresentou”, seguiu a PF.

“Além disso, o estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, afirmando que o pais vive um “ditadura do Judiciário”, além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais. Vale ressaltar que as mesmas medidas são adotadas por padrão na grande maioria dos aeroportos internacionais”, completa a nota.

Mônica Bergamo / Folhapress

Apoiadores atendem Bolsonaro e chegam à Paulista sem faixas e cartazes contra o STF

O temor é que críticas à Justiça possam complicar ainda mais a situação de Bolsonaro
O ato chamado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25) na avenida Paulista tem características diferentes de anteriores, em que membros do STF (Supremo Tribunal Federal) e a corte costumavam ser os principais alvos de faixas e cartazes.

Os manifestantes, que comparecem ao ato chamado em meio às investigações da Polícia Federal que apuram suspeita de que Bolsonaro participou de uma tentativa de golpe de Estado, seguem por enquanto o desejo de seu líder de não manter os ataques diretos desta vez.

O temor é que críticas à Justiça possam complicar ainda mais a situação de Bolsonaro. A simples organização do ato, de qualquer forma, já é um ato de pressão direta ao STF, que tem autorizado prisões e buscas em torno da investigação de uma trama golpista.

Antes do evento, bolsonaristas já se preparavam para pedir que abaixassem os cartazes e fechassem as faixas. “Se alguém aparecer com cartaz ou faixa, nós vamos educadamente pedir para que recolham”, avisou o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), um dos participantes da manifestação.

Em eventos anteriores, além de criticar o STF e o Congresso, apoiadores de Bolsonaro também exibiram faixas e cartazes apoiando a ideia de um golpe de Estado no Brasil e enaltecendo a ditadura militar que ocorreu entre 1964 e 1985.

Saudosista da ditadura, Bolsonaro reiterou ao longo de anos sua tendência autoritária e seu desapreço pelo regime democrático. Ele negou a existência de ditadura no Brasil e se disse favorável a “um regime de exceção”, afirmando que “através do voto você não vai mudar nada nesse país”.

Em 2021, por exemplo, ele deu a entender que não poderia fazer tudo o que gostaria por causa dos pilares democráticos. “Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria este o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo eu represento a democracia no Brasil.”

Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados no início deste mês.

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

Ana Luiza Albuquerque e Artur Rodrigues / Folhapress 

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Roma diz que povo está unido em apoio a Bolsonaro

O presidente estadual do PL, João Roma, participa do ato em defesa da democracia e da liberdade na Avenida Paulista, em São Paulo. Desde o final da manhã, ele acompanha a chegada de milhares de brasileiros e brasileiras que deixaram suas casas neste domingo (25) para prestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ato está marcado para as 15 horas, mas centenas de milhares de pessoas já se encontram no local, numa demonstração de que é grande a insatisfação com os desmandos que vêm ocorrendo no Brasil. Ao lado do organizador do evento, o pastor Silas Malafaia, João Roma destacou que “todo o poder emana do povo, que está unido em apoio ao nosso capitão Jair Bolsonaro”.

Os deputados federais Capitão Alden (PL) e Roberta Roma (PL), mais os estaduais Leandro de Jesus (PL) e Diego Castro (PL), também estão presentes ao evento, que, segundo o pastor Silas Malafaia, será uma festa linda da democracia. “Nós vamos levantar um grande clamor em favor do Brasil”, afirmou o líder religioso.

Jorge Jesus prepara retorno ao campeonato e Neymar 'acelera' no Al Hilal

O craque brasileiro continua em recuperação para ser opção no Al Hilal. 
O Al Hilal divulgou imagens, este sábado, mostrando os últimos preparativos da equipe de Jorge Jesus para o duelo frente ao Al-Ettifaq, esta segunda-feira, no regresso ao campeonato da Arábia Saudita, sendo que Neymar esteve em foco.

O craque brasileiro continua se recuperando de lesão para poder integrar, definitivamente, as escolhas do treinador português, tendo ficado na academia com foco no tratamento.

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PM e filha morrem em confronto com criminosos na zona norte de SP

O crime ocorreu na Avenida Nossa Senhora do Loreto, na Vila Medeiros, por volta das 5h20, quando o cabo Anderson de Oliveira Valentin, de folga e em trajes civis, estacionou no local para fazer compras.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um policial militar e a filha dele de 19 anos foram mortos na madrugada deste sábado (24), na zona norte de São Paulo, durante troca de tiros com bandidos em frente a uma farmácia da rede Drogasil.

O crime ocorreu na Avenida Nossa Senhora do Loreto, na Vila Medeiros, por volta das 5h20, quando o cabo Anderson de Oliveira Valentin, de folga e em trajes civis, estacionou no local para fazer compras.

De acordo com a Secretaria da Segurança, o policial estava dentro do carro, junto com a filha, quando três criminosos armados tentaram assaltar o estabelecimento, que estava com a porta trancada.

O policial fez uma intervenção e iniciou um confronto com os ladrões. Tanto o PM quanto a filha, que estava no banco de trás, foram atingidos. Os dois foram socorridos, mas não resistiram. Os criminosos fugiram.

Segundo a polícia, a ocorrência está em andamento pelo 39º Distrito Policial (Vila Gustavo). "Demais detalhes serão fornecidos ao término do registro. O cabo Anderson integrava o efetivo do 7ª BM/PM (base na região de Higienópolis, centro-oeste)"

A RD-RaiaDrogasil afirmou, em nota, que "lamenta" o que ocorreu e se solidariza com os familiares das vítimas. A empresa diz também que está colaborando com as investigações policiais.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá reunir um número expressivo de apoiadores neste domingo (25.fev.2024), na av. Paulista, em São Paulo. Isso não quer dizer que haja grandes chances de que a manifestação virá a ajudá-lo. Os ganhos tendem a ser limitados. Os riscos são mais significativos....

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/analise/riscos-superam-beneficios-para-bolsonaro-na-paulista/)
© 2024 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá reunir um número expressivo de apoiadores neste domingo (25.fev.2024), na av. Paulista, em São Paulo. Isso não quer dizer que haja grandes chances de que a manifestação virá a ajudá-lo. Os ganhos tendem a ser limitados. Os riscos são mais significativos. receba alertas grátis do Poder360 E-mail quero receber por e-mail concordo com os . WhatsApp quero receber no WhatsApp Inscreva-se Telegram quero receber no Telegram Inscreva-se Antes de elencar o que está nos 2 lados da balança, é necessário citar o que está fora dela. Estes itens, d...

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá reunir um número expressivo de apoiadores neste domingo (25.fev.2024), na av. Paulista, em São Paulo. Isso não quer dizer que haja grandes chances de que a manifestação virá a ajudá-lo. Os ganhos tendem a ser limitados. Os riscos são mais significativos. receba alertas grátis do Poder360 E-mail quero receber por e-mail concordo com os . WhatsApp quero receber no WhatsApp Inscreva-se Telegram quero receber no Telegram Inscreva-se Antes de elencar o que está nos 2 lados da balança, é necessário citar o que está fora dela. Estes itens, d...

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Se Biden vencer, EUA vão perder a Terceira Guerra Mundial, diz Trump

Donald Trump disse neste sábado (24) que se ele ainda fosse o presidente dos Estados Unidos, não haveria guerras na Ucrânia e no Oriente Médio. Além disso, segundo ele, se Joe Biden for reeleito no pleito de novembro e continuar na Casa Branca, haverá uma Terceira Guerra Mundial, na qual Washington será derrotada.

“No meu governo, nós não tivemos guerras durante quatro anos. Eu pude evitar que guerras começassem e trouxe soldados de volta para casa”, declarou Trump durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), evento que reúne as maiores lideranças da direita do mundo, realizado em National Harbor, no estado de Maryland.

Espécie de meca da direita, a CPAC também contou neste ano com discursos de representantes da América Latina, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O tom antiguerra dominou o pronunciamento de Trump. Ele disse acreditar que, se ainda estivesse no poder, teria sido capaz de evitar a invasão da Ucrânia, que completou dois anos neste sábado, e que Israel não teria sofrido o ataque terrorista do Hamas no 7 de Outubro pois o Irã, principal financiador da facção, estaria “quebrado” devido às sanções econômicas que ele imporia.

Além disso, o empresário afirmou ter sido contra a decisão dos EUA de invadir o Iraque, em 2003, e se gabou de seu papel na campanha contra o Estado Islâmico, derrotado na Síria e no Iraque em 2017. O republicano também descreveu a retirada de tropas americanas do Afeganistão em 2021, já sob Biden, como o “momento mais vergonhoso das nossas vidas”, e disse que a China acabou ocupando o lugar dos EUA na região.

“Se Biden tiver mais quatro anos, nós vamos perder a Terceira Guerra Mundial”, afirmou o republicano, virtual rival de Biden nas eleições presidenciais de novembro.

Ele também voltou a usar um discurso duro contra imigrantes, comparando-os ao serial killer canibal Hannibal Lecter, personagem do livro e do filme homônimo “O Silêncio dos Inocentes”, e criou um cenário praticamente apocalíptico ao dizer que “gangues, o Hamas e os antifas vão dominar as ruas com a sua ideologia brutal”.

Como de praxe, Trump criticou os processos que enfrenta na Justiça e acusou o governo Biden de instrumentalizar o Departamento de Justiça e o FBI, a polícia federal americana, para perseguir seus opositores. Ele voltou a dizer que as eleições de 2020 foram roubadas —apesar de ser ele o acusado formalmente por deturpar o resultado das urnas— e disse que Biden é “uma ameaça à democracia”, trocando o sinal do principal alerta feito contra ele próprio.

Trump também caçoou do desempenho do democrata em discursos e entrevistas coletivas. “Joe não está apto. Andam dizendo que quem está no comando do país é [o ex-presidente] Barack Hussein Obama”, disse. “Como disse [o primeiro-ministro Viktor] Orbán, da Hungria: ‘Ponham Trump de volta no poder e ele consertará o mundo todo”, afirmou.

Após o discurso de Trump, foi a vez de Eduardo Bolsonaro subir ao palco. Ele leu um pronunciamento curto em inglês em que criticou as prisões de aliados como Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência, e Silvinei Vasques, ex-diretor Polícia Rodoviária Federal, acusados, respectivamente, de articulação golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e de tentativa de interferência no resultado das eleições brasileiras. Segundo ele, essas pessoas “foram presas por um golpe de Estado que nunca foi tentado”.

Ele afirmou que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), está sendo perseguido por um “sistema judicial totalitário”, e disse que a manifestação convocada pelo ex-presidente para este domingo (25) em São Paulo deve reunir 1 milhão de pessoas.

Bolsonaro chegou a discursar na CPAC do ano passado. Não se sabe se ele foi convidado para a edição deste ano, mas ele não poderia viajar para o exterior pois teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal durante operação deflagrada em 8 de fevereiro.
Em seguida, foi a vez de Milei discursar contra o socialismo, o estatismo e o keynesianismo, ecoando o tom de seu pronunciamento durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, em janeiro.

Em tom professoral, o presidente argentino discorreu em espanhol sobre teoria econômica para criticar as propostas de regulação da economia e defender que os “monopólios geram bem-estar, maiores salários e menores preços”.

Milei também pregou contra a “casta política”, contra os “meios de comunicação corruptos” e contra a “agenda assassina do aborto”. Afirmou ainda que a ideia de justiça social e as políticas de redistribuição de renda resultam, na prática, em perda de renda e aumento da pobreza.

Mimetizando Trump, Milei disse que vai “fazer a Argentina grandiosa novamente” e, sob aplausos da plateia, encerrou o discurso repetindo o slogan “viva la libertad, carajo!”

Outras figuras que compareceram à CPAC incluem o recém-reeleito presidente de El Salvador, Nayib Bukele, o líder do partido espanhol de ultradireita Vox, Santiago Abáscal, e a ex-primeira-ministra conservadora do Reino Unido Liz Truss.

Dani Avelar / Folhapress

Se Netanyahu espera desculpas de Lula, vai continuar esperando, diz Celso Amorim

Assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim
Assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, 81, diz que está um pouco pessimista quanto às chances de interlocução com o governo de Israel, sem que Tel Aviv, nas palavras dele, pare com a matança na Faixa de Gaza.

“Na situação atual não há como negociar”, afirma. Conselheiro do presidente Lula, o diplomata também classifica de genocídio a ofensiva israelense em Gaza e reclama de “uma estranha aliança” de Israel com a extrema direita brasileira.

Sobre a cobrança para que Lula peça desculpas a Israel por ter equiparado as ações em Gaza aos métodos de Hitler, Amorim é taxativo. “Vai ficar pedindo. Se é que ele está insistindo mesmo. Não sei se ele [Binyamin Netanyahu] faz isso por demagogia interna ou por qualquer outra razão, mas certamente se ele está esperando isso não vai receber. Não posso falar pelo presidente, mas eu não vejo nada, não vejo razão para o presidente se desculpar”.

Catia Seabra / Folhapress

Vitória x Atlético de Alagoinhas: veja prováveis escalações, horário e onde assistir

Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Podendo ficar muito próximo da classificação para as semifinais do Campeonato Baiano, algo que não acontece desde 2018, o Vitória recebe o Atlético de Alagoinhas, neste domingo (25), às 18h30, no Barradão, pela 8ª e penúltima rodada da 1ª fase do certame estadual. Atualmente no 4º lugar com 13 pontos, o Leão pode abrir três de vantagem para o Jequié, 5° lugar, que já jogou na rodada e tem quatro gols de saldo a menos. Dessa forma, vencendo o Carcará, somente uma derrota para o Itabuna somada a uma vitória do Jequié contra o Jacobina (tirando a diferença no saldo de gols), na última rodada, deixaria o Rubro-Negro fora das semifinais do Baianão. O Vitória ainda pode terminar a 8ª rodada na liderança, caso a partida entre Juazeirense (2° com 14) e Bahia (3° com 13), quecomeça às 16h, termine empatada. Vencendo, o Vitória chega aos mesmos 16 pontos do líder Barcelona de Ilhéus, ultrapassando o time do interior pelo melhor saldo de gols.

O jogo será o terceiro seguido do Vitória no Barradão. No último domingo, a equipe venceu o Bahia por 3 a 2. Na quarta-feira (21), pela Copa do Nordeste, empate por 1 a 1 com o Náutico. Se não perder para o Atlético de Alagoinhas, a equipe do técnico Léo Condé chegará ao 19º jogo seguido invicto em casa. A última derrota rubro-negra em seus domínios aconteceu no dia 11 de junho, contra o Criciúma, ainda pela 12ª rodada da Série B. De lá para cá, são 14 vitórias e quatro empates no Manoel Barradas.

Para a partida, Condé não poderá contar com o volante Dudu, que sofreu o terceiro cartão amarelo contra o Bahia e cumpre suspensão automática. Rodrigo Andrade deve ser o substituto. Machucados, os atacantes Iury Castilho e Everaldo ficam de fora. O goleiro Lucas Arcanjo, desfalque desde o jogo contra o Jequié, no dia 31 de janeiro, já treina com o grupo, mas ainda não está liberado para atuar. Arcanjo, que está sendo substituído por Muriel, foi diagnosticado com lesão parcial do ligamento colateral lateral do joelho no último dia 2 de fevereiro

A boa notícia pro Leão é o retorno do lateral-esquerdo Patric Calmon, o PK. Recuperado de lesão na coxa, PK foi titular nas primeiras partidas do Vitória na temporada e não atua desde o duelo contra o Altos, no último dia 4, na estreia rubro-negra na Copa do Nordeste. De volta, o jogador retomar a posição que está com Lucas Esteves.

Daniel Júnior e Luan, meias que entraram durante o 2° tempo do empate por 1 a 1 com o Náutico, estão à disposição. Segundo Léo Condé, a ideia é "foco total" na partida contra o Atlético de Alagoinhas, que pode praticamente garantir a volta do Vitória às semifinais do Baianão após seis anos. Por isso, ninguém será poupado, mas podem acontecer algumas mudanças em relação ao time que enfrentou o time pernambucano. O planejamento da comissão técnica é que Luan atue mais que os 15 minutos da sua estreia, conforme projetou Léo Condé após a partida contra o Náutico. 

Depois de enfrentar o Atlético de Alagoinhas, o Vitória volta a campo uma semana depois, no dia 3 de março, contra o Itabuna, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, pela última rodada da 1ª fase do Campeonato Baiano. 

A partir daí, o Leão terá uma semana livre de jogos até enfrentar o Itabaiana, no domingo (10), pela 5ª rodada da Copa do Nordeste. No torneio regional, o Leão está em 5º do Grupo A, fora da zona de classificação para as quartas de final. 

ComLucas  Arcanjo fora, Muriel segue sendo o titular no gol do Vitória Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
 ATLÉTICO DE ALAGOINHAS

Em situação complicada no Baianão, o Atlético de Alagoinhas, bicampeão estadual em 2021 e 2022, está na 8ª colocação, com sete pontos, apenas um a mais que o Itabuna, 9° lugar e que abre a zona de rebaixamento do Baianão. Tanto o Itabuna quanto o Bahia de Feira, 10° e último colocado com 5 pontos, já jogaram pela 8ª rodada. Em 2023, o Carcará já havia feito uma campanha de parte de baixo da tabela, terminando o certame no 8° lugar, apenas dois pontos acima do Z-2. 

O Carcará começou o Campeonato Baiano 2024 sob o comando do técnico Zé Carlos, porém, após uma vitória, um empate e três derrotas nas cinco primeiras rodadas, o treinador foi demitido e substituido por Thiago Santa Bárbara. Em dois jogos sob o comando do novo treinador, o Atlético de Alagoinhas perdeu para a Juazeirense e venceu o Bahia de Feira, na última rodada, por 2 a 1, na Arena Cajueiro, em jogo que aconteceu no dia 14 de fevereiro. Ou seja, o Carcará entrará em campo contra o Vitóri após 11 dias sem jogos.

Na luta para fugir do rebaixamento para a Série B do Baianão, o Atlético de Alagoinhas ainda enfrenta o Barcelona de Ilhéus, no dia 3 de março, em casa, no Carneirão, pela última rodada do Campeonato Baiano de 2024.

FICHA TÉCNICA
Vitória x Atlético de Alagoinhas

Campeonato Baiano - 8ª rodada

Local: Barradão

Data: 25/02/2024 (domingo)

Horário: 18h30 

Transmissão: TVE, na TVE aberta e no YouTube, e TV Vitória, no YouTube 

Árbitro: Eziquiel Sousa Costa 

Assistentes: Jucimar dos Santos Dias e Edevan de Oliveira Pereira

Vitória: Muriel; Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e Lucas Esteves/Patric Calmon; Rodrigo Andrade, Willian Oliveira e Matheusinho/Daniel Júnior; Osvaldo, Mateus Gonçalves e Alerrandro. Técnico: Léo Condé.

Atlético de Alagoinhas: Shrek; Andrezinho, Fellipe Ferreira, Joalison Bahia, Neto Amaral; Ítalo Tabata, Alex Gallo e Giancarlos; Ruan Teles, Leozinho e Matheus Barboza. Técnico: Thiago Santa Bárbara. 

 Por Hugo Araújo/Bahia noticias

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