Faustão realiza transplante de rim e segue em observação no hospital

Fausto Silva, 73, foi submetido a uma cirurgia de transplante de rim no Hospital Israelita Albert Einstein. Segundo boletim médico, a cirurgia aconteceu na manhã de segunda (26), sem intercorrências. Uma pessoa próxima à família diz ao F5 que ele está acordado e conversando.

O apresentador deu entrada no hospital no último domingo (25) para preparação do transplante em função do agravamento de uma doença renal crônica. Na sequência, foi realizada uma avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado.

Na última semana, Faustão deu uma festa com pizza para amigos próximos. O F5 apurou que ele revelou que faria o transplante e pediu discrição a todos os convidados.

Fausto Silva seguirá internado e em observação. Ele voltou a ser internado seis meses após receber, em 27 de agosto, um transplante de coração.

Um amigo de Faustão contou à reportagem que o apresentador estava fazendo diálise (tratamento para suprir o mau funcionamento dos rins) desde dezembro e que nas últimas semanas dizia “estar se sentindo cada vez melhor”.

Confira o boletim médico na íntegra

O paciente Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 25 de fevereiro para preparação para um transplante de rim, em função do agravamento de uma doença renal crônica, após o Einstein ter sido acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado.

A cirurgia aconteceu, sem intercorrências, na manhã de ontem (26). O paciente seguirá em
observação para acompanhamento da adaptação do órgão e controle clínico.

Dr. Marcelino Durão, nefrologista e coordenador médico de transplante renal do Hospital
Israelita Albert Einstein

Dr. Sérgio Ximenes, urologista e membro da equipe de transplante renal do Hospital Israelita
Albert Einstein

Dr. Fernando Bacal, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein

Dr. Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico de serviços hospitalares e prática médica do
Hospital Israelita Albert Einstein

Folhapress

Prefeitura de Ipiaú lança nova forma de pagamento do IPTU com PIX*

Agora é mais fácil e rápido quitar seu imposto predial e territorial urbano

A Prefeitura de Ipiaú está sempre inovando para facilitar a vida dos cidadãos, e agora, traz uma novidade para o pagamento do IPTU: o PIX. Com essa nova opção de pagamento, os contribuintes podem quitar seus impostos de forma rápida, segura e conveniente, sem precisar enfrentar filas ou se preocupar com boletos.

O número do PIX para o pagamento do IPTU é 13701651-0001-50. Basta acessar o aplicativo do seu banco, selecionar a opção de pagamento via PIX e inserir esse número, junto com o valor correspondente ao seu imposto. Em poucos segundos, seu pagamento estará confirmado, e você estará em dia com suas obrigações fiscais.

Além disso, para fornecer mais informações e auxílio aos contribuintes interessados em utilizar essa nova forma de pagamento, a Secretaria Municipal da Fazenda disponibiliza um canal exclusivo de atendimento pelo WhatsApp, no número (73) 3531-4185. Lá, você pode tirar dúvidas, obter orientações e até mesmo receber suporte técnico para realizar o pagamento do IPTU via PIX.

Essa iniciativa faz parte dos esforços da Prefeitura de Ipiaú em modernizar os serviços oferecidos aos cidadãos e tornar o pagamento de impostos mais prático e acessível a todos. O IPTU está de cara nova, e agora você pode quitar o seu com toda a comodidade que o PIX proporciona.

Não perca tempo e aproveite essa facilidade para regularizar sua situação fiscal. Contribua para o desenvolvimento de Ipiaú, a Cidade do Desenvolvimento, e mantenha a cidade funcionando com eficiência e qualidade de vida para todos os seus habitantes

 DIRCOM/PMI

Rússia vê guerra inevitável se Otan enviar forças para a Ucrânia

Vladmir Putin, presidente da Rússia
O Kremlin afirmou nesta terça (27) que uma guerra entre a Rússia e a Otan será inevitável se membros da aliança militar liderada pelos Estados Unidos decidirem enviar soldados para lutar pela Ucrânia, país invadido por Vladimir Putin há dois anos.

A ideia, que vem sendo ventilada há meses, fora colocada na mesa na véspera pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que disse durante encontro com líderes europeus que não podia descartar a possibilidade, ainda que não houvesse consenso entre os aliados ocidentais sobre ela.

“O mero fato de discutir a possibilidade de enviar alguns contingentes de países da Otan para a Ucrânia é um novo elemento muito importante. Neste caso, nós temos de falar não sobre a possibilidade, mas sobre a inevitabilidade [de uma guerra Rússia-Otan]”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A Ucrânia, claro, celebrou. “Isso demonstra a noção absoluta dos riscos colocados para a Europa por uma Rússia agressiva e militarista. A abertura da discussão deve ser vista como um desejo de evidenciar os riscos mais claramente”, afirmou o assessor presidencial Mikhailo Podoliak, sem avançar sinais.

Peskov nem precisou lembrar do óbvio: um conflito desses poderia escalar para uma guerra nuclear, talvez global e apocalíptica.

Macron estava testando a temperatura da água, por assim dizer, e ao mesmo tempo tentando dar uma palavra de apoio ao governo de Volodimir Zelenski, que passa por um momento crítico na guerra com a suspensão de novos envios de armas americanas.

Enredado na disputa eleitoral entre o presidente Joe Biden e o antecessor, Donald Trump, a Câmara dominada pela oposição tem barrado a liberação progressiva de R$ 300 bilhões em ajuda a Kiev. A União Europeia aprovou um pacote de R$ 267 bilhões, mas ele visa ajuda financeira para manter a economia ucraniana flutuando nos próximos anos.

Desde que o impasse se colocou, com o fracasso da contraofensiva de Zelenski no ano passado e a renovada iniciativa russa neste ano, Kiev tem assinado alguns acordos militares bilaterais com vizinhos europeus, visando algum tipo de assistência pontual.

A França não é grande doadora em termos de valores de armas, mas fornece os vitais mísseis de cruzeiro precisos Scalp-EG para Kiev. Com isso, ofusca na propaganda a Alemanha, segunda maior apoiadora militar após os EUA, mas cujo premiê, Olaf Scholz, voltou a se negar na segunda (26) a enviar mísseis de longo alcance Taurus, temendo uma escalada.

Na teoria, a proposta de envio em termos bilaterais de forças é possível, mas como a fundação da defesa mútua da Otan é a ideia de que o ataque a um membro significa que todos os outros correrão em seu auxílio, fica impossível para Moscou não fazer a leitura reversa óbvia: o ataque de um é o ataque de todos.

Daí que o Kremlin qualifica a guerra que iniciou de um conflito no qual o Ocidente entrou por procuração, mas não de fato, levando a movimentos cautelosos por parte de EUA e aliados o tempo todo. Tanques de guerra ocidentais demoraram um ano e meio para chegar, caças americanos F-16 estão prometidos desde 2023, e várias armas ainda são vistas como tabu.

O próprio Macron tentou pressionar esse calendário, dizendo a Zelenski que poderia enviar caças franceses Mirage-2000 usados para Kiev. Na prática, é bem mais difícil, já que pilotos ucranianos já estão sendo treinados para pilotar F-16, e isso leva tempo.

Mas enviar tropa é algo além. Tanto que o balão de ensaio de Macron foi rapidamente esvaziado nesta segunda por países na linha de frente do Leste Europeu, os membros da Otan Polônia, Hungria e República Tcheca. Por outro lado, também na véspera o premiê eslovaco, Robert Fico, havia dito que sabia de tais planos.

Fico foi eleito no fim do ano passado com uma plataforma contrária à guerra, e suspendeu o envio de novas ajudas a Kiev. A pequena Eslováquia tem um precioso arsenal de armas soviéticas, com grande comunalidade de operação com as Forças Armadas da Ucrânia —foi, com a Polônia, o primeiro país da Otan a enviar caças MiG-29 para os vizinhos.

Também na segunda, a Otan viu cair a última barreira para que a Suécia se torne seu 32º membro, com a aprovação do pedido pelo Parlamento da Hungria.

Após mais de 200 anos, o país nórdico deixou a neutralidade de lado devido ao risco percebido de agressão russa, mas na prática pouco muda de cara: Estocolmo sempre operou suas eficazes Forças Armadas lado a lado com a aliança em exercícios.

Politicamente, é uma derrota grande para Putin, que invadiu a Ucrânia primariamente para evitar a entrada de Kiev na Otan: as neutras Finlândia e Suécia aderiram ao grupo, criando o chamado “lago da Otan”: todas as margens do mar Báltico, com exceção de Kaliningrado e de um curto trecho do golfo da Finlândia em São Petersburgo, estão em países da aliança, facilitando enormemente bloqueios.

Igor Gielow/Folhapress

Líder de organização criminosa em Feira de Santana é preso na cidade de Natal

Com documento falso e morando em uma casa de luxo na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, o líder de uma organização criminosa com atuação em Feira de Santa foi capturado na manhã desta terça-feira (27).

A Operação Magma foi deflagrada pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) da Bahia e do RN, com apoio dos Grupos de Pronta Intervenção (GPIs) da Polícia Federal dos dois estados. Além dos mandados de prisão, as equipes cumpriram também um mandado de busca e apreensão.

O criminoso, envolvido com homicídios, lavagem de dinheiro, tráficos de drogas e armas, roubo, corrupção de menores e porte ilegal de arma de fogo possuía três mandados de prisão (dois pela prática de mortes violentas).

Nos últimos quatro meses, equipes da FICCO Bahia e RN desenvolveram ações de inteligência para localizar o traficante. Os homicídios em Feira de Santana, relacionados diretamente ao tráfico de drogas, eram determinados pelo criminoso.

“Combater o crime organizado é a nossa prioridade. Seguiremos atuando de forma integrada com a SSP da Bahia e com outras FICCOs, buscando sempre retirar de circulação traficantes envolvidos com assassinatos”, declarou o coordenador da FICCO Bahia, delegado da PF Eduardo Badaró.

O traficante foi autuado em flagrante por uso de documento falso e teve os três mandados cumpridos. Ele aguardará audiência de custódia em Natal.

Política Livre

Bancada do PSD abre discussão sobre candidatura própria à Presidência do Senado

O senador Rodrigo Pacheco
A bancada do PSD abriu na última semana discussões para avaliar se lançará um nome próprio para substituir Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na Presidência do Senado, em meio a articulações do próprio ocupante do cargo para emplacar o aliado Davi Alcolumbre (União-AP) no cargo.

Senadores se reuniram na última quarta-feira (21) para analisar a possibilidade e a ideia é que o debate continue ao longo do ano. Maior bancada do Senado, o PSD tem 15 senadores. Caso consiga atrair o PT, chegaria a 23, mais da metade do necessário para eleger o sucessor de Pacheco.

Além de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) é apontado como outro nome que pode concorrer à Presidência da Casa, além de Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado e que obteve 32 votos na disputa com Pacheco.

Fábio Zanini/Folhapress

Advogado é morto a tiros na frente da sede da OAB do Rio de Janeiro

Movimentação em frente à sede da OAB-RJ
Um advogado foi assassinado a tiros em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio, no final da tarde desta segunda-feira (26).

Rodrigo Marinho Crespo estava na calçada da avenida Marechal Câmara quando foi morto. Em frente ao local também funciona o escritório da qual a vítima que era sócia e, na mesma via, os prédios da Defensoria Pública e do Ministério Público.

Segundo a Polícia Militar, o advogado tinha várias marcas de tiro. O Corpo de Bombeiros também chegou a ser acionado, mas o advogado já estava morto.

A Polícia Civil informou que uma equipe da delegacia foi acionada e solicitou perícia para o local. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

Testemunhas relataram que um carro branco parou ao lado do advogado e fez os disparos. A vítima teria ainda sido chamada pelo nome antes de ser alvejada.

Em nota, a OAB-RJ lamentou a morte do advogado e disse que vai acompanhar a investigação do crime. O comunicado diz ainda que o presidente da entidade, Luciano Bandeira está em contato com o secretário de Segurança Pública do estado, Victor César dos Santos. A OAB expressou ainda profundas condolências aos familiares e amigos do advogado e pediu celeridade na apuração do crime.

Rodrigo Marinho Crespo era sócio-fundador do Marinho e Lima Advogados, com experiência em direito civil empresarial com ênfase em contratos e direito processual civil.

Aléxia Sousa/Folhapress

MEC demite servidores que acusaram secretária de assédio moral

Três servidores da Secretaria de Educação Continuada (Secadi) do Ministério da Educação foram demitidos na última quarta-feira (21) pela titular da área, Maria do Rosário Tripodi, em meio a denúncias contra ela por assédio moral junto ao Ministério Público do Trabalho.

Foram dispensados por Tripodi o diretor de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, Décio Guimarães, a coordenadora da área, Eniceia Mendes, e a chefe de projetos, Fernanda Cardoso.

Guimarães prestou depoimento ao MPT na terça (20), véspera de ter sido avisado da dispensa, enquanto Mendes e Cardoso falaram à investigação no próprio dia da demissão.

Em outubro do ano passado, Guimarães, que é cego, fez uma denúncia de assédio moral e capacitismo contra a secretária à Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.

O caso foi encaminhado para a Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, de Brasília e, na última quinta-feira (22), transformado em um inquérito civil. Também há procedimentos em curso na CGU (Controladoria-Geral da União) e no Ministério Público Federal.

A denúncia tramita em sigilo. O Painel apurou que são citados diversos episódios em que a secretária teria destratado os subordinados. Os três demitidos são professores concursados de instituições federais de ensino e estavam cedidos ao MEC.

As acusações incluem ofensas e questionamentos direcionados em tom ríspido à capacidade de trabalho dos servidores.

O fato de a exoneração ter ocorrido perto da ocorrência dos depoimentos e da data de abertura do inquérito é visto como uma possível retaliação por parte da secretária.

A procuradora Geny Helena Fernandes, que está cuidando do caso, diz que a investigação ainda está na fase inicial e que a acusada será ouvida. Não há prazo para conclusão, embora ela preveja um desfecho rápido.

“O que a gente busca é correção da situação, inclusive do ambiente geral de trabalho como um todo. Saber o que está sendo feito para evitar o assédio moral, com cursos, programa de prevenção, canal de comunicação interna e outras medidas”, afirma. Os indícios de retaliação serão levados em conta, acrescenta.

OUTRO LADO
Em nota, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) diz que jamais foi intimada ou notificada no inquérito apontado, nem tem conhecimento do seu conteúdo.

O órgão diz que “repudia veementemente a tentativa de imputar quaisquer condutas que são contrárias à própria natureza da secretaria, cuja agenda central é a equidade na garantia do direito à educação para pessoas com deficiência, indígenas, quilombolas, população do campo e outros grupos historicamente minorizados e marginalizados”.

“Os cargos comissionados são de livre nomeação e o desligamento dos profissionais mencionados atendem à decisão discricionária da Secadi, com o objetivo de ajustar a gestão e implementação da política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva”, afirma.

Fábio Zanini/Folhapress

PF descarta novo depoimento de Bolsonaro após fala sobre minuta

O ex-presidente Jair Bolsonaro
A Polícia Federal descarta por ora chamar Jair Bolsonaro (PL) para novo depoimento na investigação sobre uma trama para tentar dar um golpe de Estado, mesmo após o ex-presidente mencionar, no ato do último domingo (25), a existência de uma minuta golpista.

Investigadores dizem não haver razão neste momento para intimar novamente Bolsonaro para tratar do tema. Eles também destacam que não há qualquer previsão de nova oitiva do ex-presidente.

As oitivas nas investigações, normalmente, são solicitadas pela polícia antes de serem autorizadas pelo juiz que preside o inquérito —no caso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Para a Polícia Federal, Bolsonaro teve a oportunidade de esclarecer as suspeitas que pairam sobre ele e preferiu ficar em silêncio durante depoimento na semana passada. As provas que foram coletadas até agora, avaliam os investigadores, independem de qualquer declaração pública do ex-presidente.

Ainda assim, o teor do discurso do ex-mandatário durante manifestação na avenida Paulista deverá ser incluído na investigação a respeito de uma articulação para impedir a posse do presidente Lula (PT), como mostrou a Folha.

Investigadores avaliam que as falas de Bolsonaro na manifestação sugerem que ele tinha conhecimento da elaboração de minutas de decretos que previam tirar o petista do poder e reforçam a linha da apuração de que ele liderou a trama.

No discurso aos milhares de apoiadores que compareceram à manifestação, Bolsonaro negou ter articulado um golpe de Estado, mas sugeriu saber da existência de minutas de texto que buscavam anular a eleição de Lula.

“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de Estado de Defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, afirmou o ex-presidente.

Para investigadores, é possível inferir que Bolsonaro admitiu saber de conversas sobre a elaboração dessas minutas.

A PF considera que o ex-chefe do Executivo não só tinha conhecimento, mas inclusive promoveu alterações em um documento, ajudando a confeccioná-lo.

O advogado de Bolsonaro Paulo Cunha Bueno disse à Folha, nesta segunda-feira (26), que a fala do ex-presidente durante ato na avenida Paulista se referia a um texto recebido por ele em 2023, após ele ter deixado o governo.

Por isso, Bueno nega a hipótese da PF de que as declarações do ex-presidente reforçam a tese de que ele articulou para impedir a posse de Lula.

“Declaração do presidente foi em cima da minuta que ele só teve conhecimento em outubro de 2023. Não reforça em nada a investigação, porque foi a primeira minuta que ele viu. Não tinha visto antes”, disse.

Segundo o advogado, a minuta a que Bolsonaro se referiu na avenida Paulista faz parte de autos aos quais a defesa teve acesso em 18 de outubro do ano passado. Bueno afirma que o presidente pediu para que ele encaminhasse o texto por mensagem para que pudesse imprimir e ler o documento fisicamente.

Ele afirma que foi esse o documento encontrado pela PF, no início de fevereiro, na sala do ex-presidente na sede do PL em Brasília. A minuta previa declaração de estado de sítio e decretação de uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) após a derrota nas eleições.

Especialistas ouvidos pela Folha dizem que as autoridades podem optar ou não por chamá-lo para novo depoimento em virtude do tom das declarações. Os investigadores podem decidir que novos esclarecimentos sejam necessários, mas há também a hipótese de apenas juntar o teor do discurso aos autos.

Na avaliação da Polícia Federal, o discurso de Bolsonaro reforçou a linha de investigação de que houve uma trama de tentativa de golpe de Estado.

Neste domingo, além de tentar se defender das acusações da PF, Bolsonaro diminuiu o tom da agressividade contra o STF (Supremo Tribunal Federal), disse buscar a pacificação do país e pediu anistia aos presos pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

Embora não pretenda convocar Bolsonaro para novo interrogatório por ora, a PF avalia chamar o pastor Silas Malafaia para depor.

O líder religioso foi um dos poucos que discursaram neste domingo ao lado do ex-presidente.

Malafaia fez críticas tanto ao STF como ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sobretudo ao ministro Alexandre de Moraes

O pastor também fez insinuações sobre um suposto papel de Lula nos ataques aos três Poderes em 8 de janeiro de 2023, organizado por bolsonaristas.

“Alexandre de Moraes disse que a extrema direita tem que ser combatida na América Latina. Como ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem extrema direita nem extrema esquerda. Ele é guardião da Constituição”, disse Malafaia.

A manifestação foi convocada por Bolsonaro com o mote de se defender de acusações imputadas a ele. Malafaia foi o idealizador do evento e o responsável pelo aluguel dos dois trios elétricos utilizados no ato.

Julia Chaib/Folhapress

Combate à dengue: Governo do Estado mobiliza municípios

A Bahia enfrenta um aumento de casos de dengue, com um salto significativo para 16.771 casos prováveis até o dia 24 de fevereiro de 2024, marcando um aumento de quase 100% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 8.408 casos. Diante dessa situação, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, fez uma reunião na noite desta segunda-feira (26) com líderes municipais, incluindo secretários de saúde e coordenadores da vigilância dos 417 municípios do estado, numa iniciativa para fortalecer as ações de combate à dengue. O encontro contou com o apoio de mobilização do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), União dos Municípios da Bahia (UPB) e Conselho Estadual de Saúde (CES).

“O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios. Contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações da atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença”, afirma a secretária Roberta Santana.

A diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, pontuou que “foi uma oportunidade para discutir estratégias de combate ao vetor da dengue, mas também aprimorar o manejo clínico de pacientes afetados pela doença, abrangendo desde casos leves até os mais graves”, avalia Márcia.

Esta medida visa assegurar uma resposta eficiente e coordenada frente ao aumento do número de casos, especialmente em municípios que enfrentam situações epidêmicas, como Vitória da Conquista e Feira de Santana, destacando-se entre os 64 municípios em epidemia.

A resposta do governo estadual à dengue inclui a aquisição de novos carros de Ultra Baixo Volume (UBV), também conhecidos como fumacês, distribuição de aproximadamente 12 mil kits para os agentes de Combate às Endemias, intensificação dos mutirões de limpeza com o auxílio das forças de segurança e emergência, além da utilização de agentes com bombas costais em diversas cidades.

A crescente preocupação é evidenciada pela confirmação de quatro óbitos decorrentes da dengue, com vítimas em Ibiassucê, Jacaraci e Piripá, conforme análise da Câmara Técnica Estadual de Análise de Óbito.

A população é chamada a participar ativamente deste esforço coletivo, adotando medidas preventivas essenciais como a eliminação de água parada, o uso de repelente e a busca por assistência médica ao primeiro sinal de sintomas da doença. “A união de forças entre o Governo e a comunidade é destacada como um pilar fundamental para o controle e a redução dos impactos da dengue no estado, reforçando a importância da conscientização e colaboração de todos nesse combate”, destaca a presidente do Cosems-BA, Stela Souza.

Secom  - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Feira de Saúde em Ipiaú oferece serviços essenciais para toda a comunidade

 Evento promovido pela Prefeitura proporciona acesso facilitado a diversos cuidados médicos

A Prefeitura de Ipiaú está promovendo mais uma edição da Feira de Saúde, que acontecerá nos dias 28 e 29 de fevereiro, quarta e quinta-feira, no complexo municipal de Saúde Adilson Duarte. O evento visa oferecer serviços essenciais para o bem-estar e a saúde de toda a comunidade, contando com uma ampla gama de atendimentos e orientações médicas.

Durante os dois dias da feira, os participantes terão acesso a uma variedade de serviços médicos, incluindo raio X, preventivo, ultrassom, cardiologia, oftalmologia, endocrinologia, infectologia, nutrição, espirometria, mamografia e testes rápidos. Além disso, haverá orientação do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e combate à arbovirose, contribuindo para a prevenção e o controle de doenças.

É importante ressaltar que para ser atendido, basta apresentar documento com foto e cartão SUS. No entanto, para a realização de ultrassonografia e raio X, é necessária uma requisição médica. Já para a mamografia, a requisição é solicitada para mulheres com menos de 40 anos.

A Feira de Saúde representa uma oportunidade única para a população de Ipiaú cuidar da sua saúde e da saúde de seus familiares, de forma acessível e eficiente. O evento reforça o compromisso da Prefeitura em oferecer serviços de qualidade e promover o bem-estar de todos os munícipes.

Não perca essa chance de cuidar de você e de sua família. Compareça à Feira de Saúde nos dias 28 e 29 de fevereiro, das 8h às 16h, e aproveite todos os benefícios disponíveis. A Prefeitura de Ipiaú continua trabalhando pela cidade do desenvolvimento!

DECOM/PMI

Bolsonaro visita apoiadora que teria caído de árvore durante ato na Av. Paulista

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) visitou, nesta segunda-feira, 26, uma apoiadora que teria caído de uma árvore durante ato na Avenida Paulista no domingo, 25. Nas redes sociais, Bolsonaro publicou um vídeo que mostra ele conversando com a mulher acamada.

Na legenda, o ex-presidente informa que a visita foi realizada na Santa Casa de São Paulo. Segundo portal UOL, a mulher caiu da árvore e teve um dos pulmões perfurado quando participava da manifestação em apoio a Bolsonaro.

Em publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro mostra também o momento em que tira fotos com algumas pessoas que estavam no hospital.

O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo, 25, reuniu milhares de manifestantes na Avenida Paulista. As principais estimativas quanto ao público são divergentes: a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que 600 mil pessoas estiveram na via e, se considerados os presentes na região adjacente à Paulista, a projeção vai a 750 mil; já o Monitor do Debate Político no Meio Digital, projeto de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), calculou que cerca de 185 mil pessoas estavam na avenida durante o pico do protesto.

Procurada, a Santa Casa de São Paulo disse que informações sobre pacientes são fornecido apenas para familiares e/ou responsáveis. Até a publicação desta matéria, a SSP-SP não respondeu sobre o acidente e estado da mulher.

Rafaela Ferreira/Estadão

Conselho do MP define aumento de auxílio-moradia de até R$ 10 mil para procuradores

Sede do Conselho Nacional do Ministério Público
Uma resolução do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) regulamentou o aumento do auxílio-moradia para procuradores com valor saltando de R$ 4.377,73 para até R$ 10 mil. Isso porque, antes o valor era atualizado a cada ano e, agora, a nova regra determina que o benefício pode chegar a 25% do valor da remuneração de teto.

Os procuradores que recebem salários próximos do teto da profissão, o equivalente aos R$ 41,6 mil pagos ao procurador-geral, podem faturar mensalmente até R$ 10,4 mil. De acordo com sites que monitoram as folhas de pagamento do Poder Público, a média salarial de um procurador da República em início de carreira é de R$ 30 mil. Esse profissional iniciante poderá, portanto, receber R$ 7,5 mil por mês para custear sua moradia, sem interferir no salário líquido.

Atualmente, os procuradores não recebem de maneira fixa o benefício. Ele é concedido apenas para aqueles que, por necessidade profissional, precisam ser transferidos para fora dos domicílios atuais.

As mudanças no texto

Em dezembro, um ato assinado pela então procuradora-geral interina da República Elizeta Ramos permitiu o aumento do benefício. Ela mudou o artigo de uma portaria publicada em 2018, que autorizava revisões anuais do valor. A medida foi adotada um dia antes da sabatina e aprovação do novo procurador-geral, Paulo Gonet.

O texto muda o parágrafo único do artigo 4º da Resolução 194/2018, que previa ser de responsabilidade do presidente do CNMP, todos os anos, revisar o valor máximo do auxílio-moradia. Agora, o parágrafo único passa a vigorar com seguinte texto: “O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% do subsídio do Procurador-Geral da República.”

A regulamentação foi assinada por Paulo Gonet é de 5 de fevereiro último.

Heitor Mazzoco/Estadão

PT programa festa de aniversário e cobra até R$ 20 mil por ‘jantar especial’ com presença de Janja

Foto: Claudio Kbene/PR

O PT programa festa para comemorar os 44 anos do partido, em Brasília, e aposta na presença da primeira-dama, Janja da Silva, para vender todos os ingressos. Os convites custam entre R$ 350 e R$ 20 mil no pix.

No anúncio, a secretária nacional de Finanças e Planejamento do PT, Gleide Andrade, afirma que o encontro será “um belo momento de confraternização”. Ela afirmou ainda que Janja “tem ajudado muito a organização da programação cultural do jantar”. Sobre os valores, Gleide afirmou que “quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos”.

Os petistas esperam a presença do presidente Lula, o que ainda não foi confirmado. Não será a primeira vez que o PT realiza evento com finalidade de angariar fundos para a legenda. No ano passado, o partido realizou uma festa junina com convites que custaram até R$ 5 mil. Os participantes também esperavam Lula, que não foi por recomendação médica.

O jantar de confraternização dos 44 anos do PT será no dia 20 de março, às 20h, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), que fica no Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2, Conjunto 63, lote 50 – Asa Sul, em Brasília.

Heitor Mazzoco/Estadão

Consolidação de perda do PP para Bruno mostra baixo grau de interesse do governo em Geraldo Jr.

Até Mário Negromonte Jr. embarcou na canoa de Bruno Reis
O anúncio oficial do apoio do PP à candidatura à reeleição do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), previsto para esta noite, é talvez até aqui, neste momento inicial de articulações com vistas à pré-campanha, a primeira grande demonstração do baixo grau de interesse do governo baiano em alavancar o nome do seu candidato, Geraldo Jr. (MDB).

A bem da verdade, o apoio a Bruno foi puxado pelo ex-deputado Cacá Leão, figura próxima tanto ao prefeito quanto ao ex, ACM Neto (União Brasil), para quem defendeu, desde o primeiro momento, o apoio do PP para o governo da Bahia em 2022, mesmo quando o partido ainda permanecia na base do governo Rui Costa (PT), do qual seu pai, João Leão, hoje deputado federal, era vice.

A campanha estadual foi deflagrada, ocorreu um qui-pró-có na base governista até o lançamento do nome do governador Jerônimo Rodrigues para a sucessão, o PP rompeu com o governo, apoiou Neto e Cacá foi nomeado chefe da Casa Civil da Prefeitura. Forçados pelo rompimento, praticamente todas as lideranças do partido, inclusive os deputados, acompanharam Leão no apoio a Neto.

Com a derrota do ex-prefeito, no entanto, e montado o governo Jerônimo, os deputados acharam que era hora de voltar para a base estadual, apesar de o PP ter tido seu espaço cativo redividido, inclusive com o MDB, que, em movimento inverso, deixara Neto para apoiar Jerônimo, indicando Geraldo Jr. à sua vice. Mas os deputados sempre se queixaram de que nunca foram plenamente readmitidos no governo.

Apesar de entenderem que seria difícil trazer Cacá de volta para a base estadual, o que apontava para a manutenção de um partido com os pés nas duas canoas – do governo e da Prefeitura -, como muitos fazem, os parlamentares tinham a expectativa de que a campanha municipal, especialmente em Salvador, reabrisse as portas do governo para a sigla.

Como o executivo não se movimentou, até o deputado federal Mário Negromonte Jr., presidente estadual do PP, que não embarcou na campanha de 2022 de Neto com vontade, mantendo sempre uma linha de aproximação com o governo, resolveu se juntar a Cacá para consolidar o apoio a Bruno. Embora não se acredite que os deputados do PP assumam hoje um candidato em Salvador, se tivesse interesse em ajudar Geraldo Jr. o governo não deixaria a legenda escapar.

Com o PP, Bruno agrega à campanha mais tempo de TV, além de dinheiro do fundo eleitoral, fazendo, em termos partidários, um a zero no concorrente do governo ainda no pré-treino.

Política Livre

Bolsonaro conversou com Temer antes de discurso na Paulista e incorporou pedido de pacificação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa em ato na avenida Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou com o ex-presidente Michel Temer (MDB) na semana anterior à manifestação de domingo (25), na avenida Paulista.

Segundo relatos, o ex-mandatário buscou Temer para conversarem sobre o script do que Bolsonaro falaria no trio elétrico. O recado de Temer foi no sentido de pedir pacificação, o que Bolsonaro ouviu e incorporou na sua fala.

A informação foi revelada pela GloboNews e confirmada pela Folha.

Depois, Temer levou o recado a alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de que o ex-presidente não radicalizaria em seu discurso.

Esta não foi a primeira vez que Bolsonaro buscou Temer como conselheiro e interlocutor com a corte. Em setembro de 2021, depois de xingar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de canalha, exortar descumprimento de decisões judiciais, o então presidente percebeu que esticou a corda e recorreu a Temer para escrever uma carta recuando de ameaças golpistas.

Agora, de acordo com interlocutores, o emedebista disse a Bolsonaro que ele deveria adotar tom de pacificação e de defender o enfrentamento por meio do voto. Os dois pontos foram acatados.

“Eu busco, [governador Ronaldo] Caiado, é a pacificação. É passar uma borracha no passado”, disse Bolsonaro, num tom muito abaixo de outros atos na Paulista.

“Agora temos eleições municipais, vamos caprichar no voto, em especial, para vereadores e prefeitos também. E nos preparemos para 2026. O futuro a Deus pertence”, afirmou também.

Bolsonaro falou em “abuso de alguns” no seu discurso, o que não estava no roteiro discutido com Temer, mas tampouco foi visto como grave. De acordo com interlocutores do emedebista, ele aprovou a fala do ex-presidente.

Em 9 de setembro de 2021, dois dias após atacar o STF, Bolsonaro divulgou uma nota na qual recuou, disse que não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e atribuiu palavras “contudentes” anteriores ao “calor do momento”.

“Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, afirmou.

A mudança de tom do presidente após repetidos xingamentos a integrantes da corte desagradou grupos bolsonaristas, foi elogiada pelos presidentes do Senado e da Câmara, mas vista com ceticismo pelos magistrados.

Horas depois de divulgá-la, Bolsonaro usou sua live semanal para tentar se justificar a apoiadores, dizendo não haver “nada de mais” na nota, e voltou a questionar as urnas eletrônicas e a provocar o ministro do STF e então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso.

Antes da divulgação de nota, Bolsonaro conversou com Alexandre de Moraes, numa ligação intermediada por Temer. O emedebista indicou o magistrado para o STF.

Na véspera, ele também fora acionado pelo Planalto por conselhos para administrar os bloqueios de caminhoneiros.

Então, Temer pegou um avião da FAB de São Paulo para ir para Brasília conversa com Bolsonaro. Segundo quem acompanhou a conversa, o diálogo foi institucional e Bolsonaro adiantou o que divulgaria posteriormente na carta pública, escrita com a ajuda de Temer: que nunca teve a intenção de agredir, que foi afetado pelo calor do momento e que acredita na harmonia entre os Poderes. Não houve pedido de desculpas.

Marianna Holanda, Folhapress

Polícia Civil desarticula laboratório de drogas na Engomadeira

Equipamentos e insumos para fabricação e distribuição de entorpecentes foram apreendidos em duas residências na localidade da Lajinha. 

Duas casas utilizadas como laboratório e ponto de distribuição de drogas foram alvos de uma ação do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), na quinta-feira (22), na localidade da Lajinha, no bairro da Engomadeira.

Os policiais chegaram ao local depois de levantamentos investigativos decorrentes de denúncias. No local, foram apreendidos materiais utilizados para a produção e distribuição de entorpecentes. Não foi encontrado nenhum suspeito nos imóveis.

Foram apreendidos nos dois imóveis vizinhos, 19 balanças de diversos modelos, uma embalagem com substância em pó de cor branca, 12 pacotes plásticos contendo fermento, microtubos, dois liquidificadores, uma peneira e invólucros plásticos, uma máscara bala clava na cor preta, uma placa de cerâmica e uma capa de colete balístico.

O material apreendido foi encaminhado para a perícia, no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O Denarc segue com as investigações para identificar e prender os responsáveis pelos materiais e o tráfico de drogas. A população pode repassar informações de forma anônima no Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (SSP), ligando para 181.

Suspeito de homicídio em Jequié tem mandado cumprido

Um adolescente de 15 anos também foi apreendido e já teve o pedido de internação provisória deferido pela Justiça.
Policiais da Delegacia Territorial (DT) de Jequié localizaram, nesta segunda-feira (26), duas pessoas suspeitas de envolvimento no homicídio de Alexsander Guimarães Alves, ocorrido no último dia 21, na Avenida Exupério Miranda. Um dos envolvidos, um homem de 19 anos, teve o mandado de prisão preventiva cumprido no bairro Mandacaru.

Um adolescente, de 15 anos, também foi apreendido e já teve o pedido de internação provisória deferido pela Justiça. Alexsander foi morto a tiros dentro da sua residência e a motivação está relacionada a rivalidade entre grupos criminosos.

Imagem ilustrativa: Ascom-PC

Lula cede a Lira e abre flanco de insatisfação no Senado

O presidente Lula, Arthur Lira e líderes da Câmara em reunião no Palácio da Alvorada
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é apontado por congressistas como responsável por recentes decisões do governo Lula (PT) que, se por um lado, atenderam a demandas do centrão na Câmara, por outro, abriram um flanco de insatisfação no Senado.

São atribuídas ao chefe do centrão o recuo do governo no veto ao calendário de pagamento das emendas parlamentares e a articulação para barrar o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado de Lula, mas rival declarado de Lira, na relatoria da CPI da Braskem.

A nova relação Lula-Lira foi acertada entre ambos em reunião no Palácio da Alvorada, no último dia 9, ocasião em que o presidente da Câmara obteve canal direto de contato com Lula e a sinalização de uma relação diária com o Planalto mais azeitada, inclusive com a escolha do interlocutor.

Em vez de Alexandre Padilha, o responsável formal pela articulação política do governo, mas que caiu em desgraça com Lira, foi escalado o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A aproximação ocorreu após um duro discurso de Lira na retomada dos trabalhos legislativos, recheado de recados ao Palácio do Planalto, que em suas palavras deveria cumprir acordos firmados e aceitar que a gerência do Orçamento não é exclusividade do Executivo.

Na última quinta-feira (22), por exemplo, Lula recebeu Lira e vários outros deputados federais para um amistoso encontro no Palácio da Alvorada, com mesa de frios vinho e uísque. No dia seguinte, Lira afirmou que o presidente da República vai apoiar o candidato que ele definir para sucedê-lo no comando da Câmara, em fevereiro de 2025.

Integrantes do Senado afirmam que o tratamento não tem sido o mesmo por lá, apesar de o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter caminhado ao lado de Lula desde a eleição. Lira, por outro lado, era o principal sustentáculo legislativo de Jair Bolsonaro (PL) e apoiou o ex-presidente em sua tentativa de reeleição.

A ação do governo Lula para barrar Renan na relatoria da CPI, e por suposta exigência do principal adversário político do senador, pode ter efeito na base governista do Senado, afirmam congressistas.

Renan foi o grande articulador da CPI e tinha o apoio de Pacheco para relatar os trabalhos. Ele conseguiu colocar a comissão de pé mesmo com a articulação interna contrária do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), e do líder da bancada do PSD. Otto Alencar (BA).

Renan abandonou o colegiado, porém, após o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), aliado de Lula, ter indicado para a função o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

“Com encaminhamentos que ensaiam domesticar a CPI, não emprestarei meu nome para simulacros investigatórios”, disse Renan, afirmando ainda ter sido vetado “por mãos ocultas, mas visíveis” —em referência que foi entendida como sendo a Lira, contra quem trava uma turbulenta rivalidade em Alagoas.

Havia temor do grupo do presidente da Câmara de que na relatoria da CPI Renan agisse para desgastar politicamente o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), aliado de Lira. A CPI foi criada em meio ao risco de colapso da mina de sal-gema da Braskem em Maceió.

Omar Aziz justificou a escolha afirmando buscar “isenção” que não haveria em Renan por ele ser alagoano.

À Folha o presidente da CPI negou que tenha havido pedido de líderes do governo ou de Lula para que Renan fosse vetado. “Só conversei com o presidente Lula ontem [quinta-feira], por telefone, e esse assunto nem foi mencionado”, disse Aziz.

A reportagem não conseguiu falar com Renan. Lira não se manifestou.

Além da questão relativa ao senador de Alagoas e às emendas parlamentares —o governo havia vetado a proposta aprovada pelo Congresso de pagamento das emendas de 2024 até junho, mas agora anuncia que vai recuar—, um outro episódio recente é atribuído ao centrão da Câmara.

Trata-se da exoneração no dia 16 do assessor especial da secretaria executiva da Fazenda, José Manssur, responsável pela elaboração das regras que regulamentaram o setor de apostas esportivas no Brasil, conhecidas como “bets”. O centrão teria interesse nesse cargo.

Lula foi eleito tendo uma base de esquerda minoritária tanto na Câmara como no Senado, por isso foi obrigado a fechar acordos com partidos de centro e de direita.

Na Senado o caminho se mostrou menos difícil, justamente pelo apoio de Pacheco e de Renan, além do suporte do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que caminha para voltar a comandar o Senado em 2025.

Mesmo assim, a oposição bolsonarista é expressiva —há sete ex-ministros de Bolsonaro, além de seu ex-vice, Hamilton Mourão, e de seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ), reunindo quase sempre pouco mais de 30 das 81 cadeiras.

Na Câmara Lula decidiu ainda na transição apoiar a reeleição de Lira, mesmo o presidente da Casa tendo chefiado a tropa legislativa que tentou dar um segundo mandato a Bolsonaro.

A avaliação, na época, era a de que o PT não tinha força para fazer o presidente da Casa, situação que persiste. A esquerda controla apenas cerca de um quarto das 513 cadeiras. A oposição, outro quarto. Metade das vagas é controlada pelo centrão e outros partidos de centro e de direita, em especial PSD, MDB e União Brasil.

Devido a isso, a relação em 2023 de Lula com a cúpula da Câmara sempre foi mais tensa do que a relação com a cúpula do Senado, o que ameaça desandar agora, dizem congressistas.

Além do caso relativo a Renan, pegou mal no Senado a comparação feita por Lula da ação de Israel em Gaza à de Adolf Hitler com os judeus.

Alcolumbre é judeu e um dos principais aliados de Pacheco, que cobrou publicamente uma retratação por parte de Lula. O próprio líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), disse que Lula passou do ponto.

O petista não só não se retratou como reafirmou nesta sexta-feira (23) entender que Israel promove um genocídio em Gaza e que suas palavras anteriores foram deturpadas pelo primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

Lula também sofre desgaste no Senado em relação ao projeto de reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Desde o fim do ano passado, parlamentares defendem que Pacheco devolva a medida provisória da reoneração sob o argumento de que o Congresso já deliberou sobre o tema ao derrubar o veto do presidente Lula e manter o benefício.

De acordo com parlamentares, esse é um assunto já pacificado no Senado e Lula só amplia a insatisfação ao protelar uma definição sobre o assunto.

Na última quarta-feira (21), o governo decidiu enviar um projeto de lei com urgência constitucional após reunião entre Pacheco, Padilha e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ranier Bragon, Folhapress

Lula evita falar sobre ato de Bolsonaro, e jornalista é vaiada após pergunta

O presidente Lula (PT) evitou comentar nesta segunda-feira (26) o ato promovido no dia anterior pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), que reuniu milhares de pessoas na avenida Paulista, em São Paulo.

O petista foi questionado diretamente sobre o assunto durante um evento no Palácio do Planalto, mas optou por não responder. A jornalista que realizou a pergunta acabou vaiada por militantes de movimentos sociais presentes.

Lula participou na manhã desta segunda-feira de uma entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, para a apresentação de um programa para dar uso social a imóveis abandonados da União, com a ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

Após a fala inicial do mandatário e da ministra, foi aberto espaço para perguntas. No entanto, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) informou que as perguntas seriam destinadas apenas para Esther Dweck e para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Uma jornalista aproveitou a presença de Lula ao lado dos ministros e então questionou sobre o ato promovido por Bolsonaro —após ter realizado perguntas para os ministros também. Ela foi vaiada por militantes que estavam presentes no evento.

Os ministros então responderam as respectivas perguntas e o questionamento endereçado a Lula acabou ignorado. Pouco depois, o presidente deixou o evento, antes de seu término.

Após a sua saída, outra jornalista perguntou aos ministros Rui Costa, Esther Dweck e Paulo Pimenta (Secom) se algum deles comentaria o ato bolsonarista. Novamente não houve resposta.

Neste domingo (25), Bolsonaro reuniu governadores, parlamentares e milhares de apoiadores em um ato na avenida Paulista. A manifestação de força acontece justamente no momento em que avançam as investigações contra Bolsonaro e seus aliados a respeito de uma trama golpista para mantê-lo no poder.

Acuado pelas investigações, Bolsonaro buscou maneirar um pouco no tom de sua fala. Não desferiu a sua tradicional agressividade contra o STF (Supremo Tribunal Federal), falou em pacificação, disse que as eleições presidenciais de 2022 eram “página virada da nossa história” e pediu anistia aos presos pelo ataque golpista de 8 de janeiro de 2023.

O presidente também negou a existência de uma trama golpista.

“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência”, afirmou o ex-presidente diante de seus apoiadores.

Renato Machado, Folhapress

Rui Costa diz que governo busca solução para repor emendas, mas preservando programas sociais

O ministro da Casa Civil, Rui Costa
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira (26) que o governo federal está buscando uma solução para conseguir repor os R$ 5,6 bilhões das emendas parlamentares de bancada, que foram vetados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Costa, no entanto, afirma que essa alternativa está sendo estudada de forma a preservar os recursos de programas sociais, citando especificamente o Bolsa Família e o Vale Gás.

“Não tem prazo [para apresentar uma solução], estamos dialogando. Eu fui deputado federal, fui relator da Saúde, em 2011. Naquela época, quando parlamentar queria acrescer emenda, ele aumentava a estimativa de receita e colocava o que queria. Ele mudava o valor da receita e acrescentava o hospital dele. Não mudava o orçamento do Executivo”, afirmou o ministro.

“Só que hoje, com o arcabouço, essa prática não é possível. Colocar R$ 5 bi precisa de tirar de algum lugar, tirou do vale gás, bolsa família. Aquela escola não funcionará o ano inteiro, se o valor for mantido. Se a gente mantiver isso, quer dizer que em julho ou agosto esse órgão ou universidade irá parar. Por isso houve o veto, estamos dialogando e estamos buscando alternativas de atender as demandas solicitadas sem sacrificar eventualmente o funcionamento de órgãos tão essenciais ou de funções sociais tão importante, como o Vale Gás, o Bolsa Família”, completou.

No fim de janeiro, o presidente sancionou o Orçamento de 2024 com o veto de R$ 5,6 bilhões sobre as emendas de comissão. As emendas são o principal mecanismo pelo qual deputados e senadores destinam recursos para os seus redutos eleitorais.

O governo prometeu a parlamentares apresentar ainda em fevereiro um plano para reverter o corte no orçamento nas emendas de comissão. O objetivo do Palácio do Planalto é tentar evitar uma nova crise com o Congresso Nacional na volta dos trabalhos legislativos.

A medida, no entanto, já provocou uma reação da parte dos parlamentares, que indicaram que o veto de Lula pode ser derrubado. O corte atingiu principalmente os ministérios que são comandados por indicados pelo centrão.

Renato Machado

Deputado federal Ruy Carneiro é condenado a 20 anos de prisão

Ele foi condenado por pelos crimes de peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro
O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos-PB) foi condenado a 20 anos de prisão pelos crimes de peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Ele também deve devolver R$ 750 mil aos cofres públicos.

A decisão foi proferida pelo juiz Adilson Fabrício Gomes Filho, na última quinta-feira (22), em segredo de Justiça, mas revelada pelo G1 neste domingo (25).

Além de Carneiro, outras três pessoas foram condenadas pelo mesmo processo, e podem recorrer em liberdade. Os delitos teriam sido cometidos quando o deputado foi secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer do estado da Paraíba.

Política Livre

‘Operação Mosquete’: PMs e agente penal são investigados por tráfico de armas

Sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA)
Quatros homens, entre eles dois policiais militares e um agente penal, foram alvos na manhã desta segunda-feira, dia 26, da ‘Operação Mosquete’, deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Promotorias de Justiça Militares, e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Força Correcional Especial Integrada (Force) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (Correg). Eles são investigados pelo crime de tráfico de armas de fogo.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Salvador, nas residências dos investigados, em estabelecimento comercial e nas sedes do 22º Batalhão da PM de Cajazeiras e da 23ª Companhia Independente (CIPM) de Tancredo neves. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar da Comarca de Salvador. Foram apreendidas miras de fuzis, munição e drogas. Os policiais são investigados de terem colocado à venda quatro fuzis modelo Colt por R$ 70 mil cada um, recolhidos pelos PMs em posse de integrantes de facção criminosa com atuação no bairro de Cajazeiras. A comercialização teria acontecido via grupo fechado de aplicativo de mensagem formado por policiais.

Segundo as investigações, ainda no interior da viatura utilizada na apreensão, os policiais militares postaram as imagens das armas, com anúncio de preço. Dois fuzis teriam sido comercializados e o restante entregue para reparo ao agente penal e seu pai, proprietário de uma loja de armas no bairro de Cidade Nova. O material apreendido durante a operação será submetido a conferência e análise da Force, Correg e Gaeco e, posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.

Milei compartilha mensagens que associam Lula ao Hamas e exaltam ato de Bolsonaro

O presidente da Argentina, Javier Milei, compartilhou neste domingo (25) mensagens no X (antigo Twitter) que exaltam o ato na avenida Paulista promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores e que associam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao grupo terrorista Hamas.

Uma das mensagens compartilhadas por Milei dizia “Lula es pro Hamas. Bolsonaro es pro Israel. Fin” [Lula é pró Hamas. Bolsonaro é pró Israel. Fim].

Outra afirmava que o ato de Bolsonaro foi uma mobilização do povo brasileiro “contra el autoritarismo de Lula y contra el acoso y persecución a la oposición” [contra o autoritarismo de Lula e o acossamento e perseguição da oposição].

Uma mensagem compartilhada por Milei também descrevia o discurso de Bolsonaro como “um discurso histórico” e em defesa da liberdade.

O presidente argentino também compartilhou mensagem que afirmava que no domingo se definia “el rumbo de la politica en Brasil y la resistencia contra la dictadura de Lula da Silva” [o rumo da política no Brasil e a resistência contra a ditadura de Lula da Silva”].

Uma última mensagem descrevia o ato como “massivo protesto anti-Lula” e mostrava vídeo em que Bolsonaro balançava uma bandeira de Israel, remetendo à crise diplomática gerada pela declaração em que Lula comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza à de Adolf Hitler contra os judeus.

Em agosto do ano passado, antes de vencer as eleições, Milei chegou a dizer que, caso fosse eleito, não manteria relações com o Brasil ou países liderados por “comunistas” e nem se reuniria com Lula após assumir a Casa Rosada. Por diversas vezes, ele também ameaçou um afastamento com outro parceiro estratégico da Argentina, a China.

Em dezembro, o discurso de Milei mudou e ele chegou a convidar para a sua posse o mandatário brasileiro, que acabou apenas enviando o seu chanceler, Mauro Vieira, quebrando uma tradição de quatro décadas. A última vez que presidente ou vice não foi a Buenos Aires ocorreu em 1983.

No começo de fevereiro, o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou que conta com o Brasil para ajudar a Argentina a superar a grave crise econômica que o país enfrenta e que a única divergência entre os dois países é no futebol.

Guilherme Seto/Folhapress

Autor da lei, Ricardo Almeida comemora lançamento da Carteira de Identificação para pessoas com Fibromialgia

Vereador de Salvador, Ricardo Almeida (Podemos)
Marcada para ocorrer nesta segunda-feira (26), a Carteira de Identificação para pessoas com Fibromialgia será lançada pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Saúde, em evento na Escola de Saúde Pública de Salvador, no Comércio, com a presença da Associação de Pessoas com Fibromialgia de Salvador- AFIBS. Autor do projeto de indicação que institui o Programa Municipal de Cuidados para Pessoas com Fibromialgia (PCPF), onde está prevista o documento, o vereador Ricardo Almeida (Podemos) celebrou a notícia.

“Reconhecer o sofrimento das pessoas que sofrem com Fibromialgia é obrigação do Estado. E eu digo Estado nos seus três entes federativos: municípios, estados e União. E o que eu fiz, através do gabinete, foi dar visibilidade àqueles que sofriam as escondidas. Sofriam, às vezes, reclusos dentro de casa, se deprimindo, se angustiando, porque muitas vezes o fibromiálgico passa por situações constrangedoras de extremo preconceito e discriminação pelo desconhecimento das pessoas da doença”, comemorou o edil autor do projeto que se tornou a lei nº 9.708 /2023.

Ricardo salientou que, por ser uma doença silenciosa, que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica, mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. É acompanhada por sintomas típicos, como sono não reparador e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e alterações da concentração e de memória.

Ricardo também é autor do projeto que prevê a distribuição gratuita na rede municipal de medicamentos que um fibromialgico precisa fazer uso diariamente para amenizar suas dores. De acordo com o vereador, alguns desses medicamentos já estão sendo distribuídos após sua iniciativa.

“Quero agradecer ao prefeito Bruno Reis a sua sensibilidade e à secretária municipal de saúde Ana Paula Matos por terem validado, reconhecido a importância disso para a sociedade. Seguiremos sensíveis, nos importando com aquilo que o povo precisa. Essa é uma vitória de todos nós”, completou.

‘Para me defender’: Mulher é presa após matar marido a facadas e fugir em trator de fazenda

A esposa de Antonio Ediezio Senarega Lopes, de 49 anos, acabou presa depois de matar o marido a facadas neste domingo (25), em , a 194 quilômetros de , e fugir em um trator na companhia do filho.

Quando presa depois de se esconder em um matagal a 5 quilômetros do local do crime, ela confessou o assassinato e relatou que matou o marido para se defender de agressões. O filho do casal estava dormindo quando a autora com uma deu um golpe no peito de Antônio. 

O corpo foi encontrado na varanda pelos policiais com os braços abertos. Um encarregado da fazenda foi quem acionou a polícia para comunicar o crime. Após o assassinato, a mulher fugiu em um trator, mas abandonou o veículo em seguida e tentou se esconder em uma mata junto de seu filh. Os policiais seguiram os rastros e encontraram  mãe e filho escondidos.

O rapaz disse que estava dormindo quando sua mãe o acordou para dizer o que tinha feito e ele resolveu ajudá-la a fugir. Os dois foram levados para a delegacia.

 midiamax.uol.com.b

Planalto precisará agir para conter crise de Renan Calheiros com Otto e Wagner

Interlocutores do governo Lula dizem que parece insuperável o mal-estar entre o senador Renan

Os senadores Otto Alencar e Jaques Wagner
Calheiros (MDB) e seus colegas Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA). Renan não esconde sua irritação por ter sido preterido na escolha da relatoria da CPI da Braskem, que investigará o desastre ambiental causado pela empresa em Maceió. Nos bastidores, ele credita a “derrota” aos dois parlamentares baianos.

O desconforto preocupa a articulação política do Palácio do Planalto, uma vez que Renan é aliado de primeira ordem do presidente Lula e os outros dois são líderes. O alagoano garante aos mais próximos que não há risco de romper com o Planalto. Mas o diálogo dele com Otto, que comanda a bancada do PSD no Senado, e com Wagner, líder do governo na Casa, precisará ser azeitado.

Renan é o autor do pedido da CPI. É praxe o requerente ocupar a presidência ou relatoria do colegiado. O comando, porém, ficou com o senador Omar Aziz (PSD-AM), que rifou Renan e entregou a vaga de relator para o petista Rogério Carvalho (SE).

Durante a sessão do colegiado, Otto Alencar endossou a decisão de Aziz de dispensar Renan e dar a relatoria para Carvalho. Aliados do senador alagoano lembram que Alencar e Wagner são do Estado da Novonor, sócia majoritária da Braskem.

Aziz afirmou que não escolheria Renan por ele ser de Alagoas, para evitar eventuais suspeitas de contaminação política da relatoria por interesses locais. Na prática, o governo temia que Renan pudesse causar desgaste a seu rival político local, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Augusto Tenório/Estadão Conteúdo

Lula patina para recuperar influência na África, mas aposta em parceria política

Moradores de Adis Abeba costumam brincar que a arquitetura da sede da União Africana, uma grande torre que se destaca sobre um complexo mais baixo, representa a China mostrando o dedo do meio para a Europa, os antigos colonizadores da África.

A comparação não é de todo descabida, uma vez que o prédio construído no centro da capital da Etiópia foi financiado pelo regime chinês, ao custo de US$ 200 milhões. Uma das principais entradas do complexo é conhecida entre os frequentadores como “portão chinês”.

Foi no plenário desse edifício que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou para chefes de Estado da África para defender uma reaproximação do Brasil com os países da região.

Auxiliares do presidente desembarcaram em Adis Abeba com o objetivo de retomar a influência e o prestígio que o Brasil já desfrutou no continente –principalmente nos dois primeiros mandatos de Lula. Voltaram a Brasília com o diagnóstico de que a tarefa será muito mais complexa, tanto pela falta de recursos disponíveis como pela agressiva política chinesa que, com bilhões de dólares, deixou pouco espaço para novos atores.

Lula realizou uma visita de cinco dias ao continente africano, com compromissos oficiais no Egito e na Etiópia. Suas intenções com a África acabaram eclipsadas pela série de declarações do petista referentes à guerra Israel-Hamas. A última delas, comparando a ação israelense em Gaza com o Holocausto, resultou numa crise diplomática.

Mesmo a tentativa de reaproximação com os países africanos enfrentou alguns percalços durante a viagem, em particular com compromissos cancelados de última hora que irritaram o presidente. Lula chegou a reclamar a interlocutores da recepção no continente e cancelou a participação em um jantar cedido pelo primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, aos participantes da cúpula da União Africana.

Antes de seguir para a Etiópia, o encontro com o ditador egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, resultou na assinatura de apenas dois atos: um na área de ciência, tecnologia e educação e um protocolo para facilitar exportação de carne brasileira.

A situação, apontam especialistas e interlocutores no governo, reflete o distanciamento brasileiro dos países da África nos últimos anos, a falta de uma estratégia clara para o continente e, claro, a forte atuação da China.

O gigante asiático conduz uma agenda africana por meio do Fórum de Cooperação China-África, com cooperação e investimentos bilionários em diferentes áreas, que incluem temas como infraestrutura e questões militares, e abrem espaço para estatais e multinacionais chinesas. A China inclusive detém o controle de alguns bancos africanos.

Por isso há o diagnóstico de que será difícil para o Brasil recuperar o espaço econômico que havia conquistado nos primeiros mandatos de Lula. Por outro lado, o tom do discurso de Lula poderia resultar numa aliança ao menos no nível político.

“Eu não vejo estratégia nenhuma”, afirma o professor Pio Penna Filho, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). “O governo não conseguiu colocar de pé uma política africana e isso num contexto em que houve distanciamento considerável da África nos últimos anos, que foi gradativo e escalonado, desde o governo Dilma.”

Ele acrescenta que o presidente encontrou o continente africano em uma situação totalmente diferente da que viu em seus primeiros mandatos. O próprio discurso de Lula, acrescenta Penna Filho, focado na cooperação para combater a fome e a pobreza, já não encontra a mesma recepção.

“Outros países também começaram a atuar mais ativamente na África. Você tem a China que não interrompeu a política africana em nenhum momento, você tem a Rússia também ativa em determinadas partes da África, [além da atuação de] Estados Unidos e União Europeia”, completa o professor. “Então o Brasil ficou perdido, ainda mais sem esses mecanismos do BNDES.”

Ele se refere ao mecanismo que permitia ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social financiar a exportação de serviços, que facilitou a atuação de construtoras brasileiras no exterior. Essa ferramenta foi uma das bases para a expansão de empresas nacionais na África, com obras de grande envergadura em Moçambique, por exemplo.

Auxiliares de Lula reconhecem nos bastidores que o Brasil não tem mais as mesmas condições que permitiram o avanço do país no continente africano, e culpam as últimas gestões por essa situação. Apontam ainda que a Petrobras mudou sua política de governança, que a Eletrobras foi privatizada e que as construtoras brasileiras perderam seu poder, em decorrência da Operação Lava Jato. Além disso, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro foram eliminados os mecanismos de crédito para a exportação de serviços do BNDES –que o governo Lula agora procura retomar.

Por outro lado, um assessor palaciano aponta que a “situação não está perdida” e que o governo vê possibilidade de recuperar parte do espaço por meio e cooperação e investimentos na área agrícola e de transição energética.

REAPROXIMAÇÃO POLÍTICA
Ana Elisa Saggioro Garcia, professora de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta que o governo brasileiro não busca uma competição com a China no continente africano nem com outros membros do Brics com atuação histórica na região.

Por outro lado, a viagem da comitiva presidencial, acrescenta, teve um objetivo mais político. Primeiro, para que essa aproximação política sirva como um passo inicial para uma nova relação econômica no futuro. “Então não é que não haja uma estratégia. Mas é diferente do momento anterior em que o Brasil emergia, e, pela sua condição econômica mais favorável naquela época, desenvolvia mecanismos de apoio à internacionalização das empresas brasileiras”, diz.

“Então o Brasil tem que circular agora numa esfera mais política para só então depois buscar algum espaço de mercado”, analisa Garcia. Ela cita ainda que a viagem a Egito e Etiópia também está inserida na disputa que o Brasil vem travando principalmente com a Índia para obter o papel de porta-voz do chamado Sul Global, o grupo não formal de países em desenvolvimento.

Assessores do Palácio do Planalto pontuam que o discurso de Lula na União Africana foi longamente aplaudido, reforçando a tese de que há um espaço para uma aliança mais política com o continente africano. O Brasil tem como uma das bandeiras de sua presidência temporária do G20 a reforma da governança global, em particular na área da economia.

E um dos pontos de crítica de Lula é justamente a questão da dívida africana. O presidente quer o perdão dessa dívida ou melhores condições de financiamento, para permitir que os valores das parcelas e juros possam ser usados para investimentos nos países do continente.

Renato Machado/Folhapress

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