Lula não entra em Portugal e ‘vai para uma cadeia’ se insistir, diz líder da ultradireita

Na reta final da campanha para as eleições do próximo domingo (10) em Portugal, o líder do partido de ultradireita Chega afirmou que, se for escolhido primeiro-ministro, proibirá a entrada do presidente Luíz Inácio Lula da Silva no país para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, movimento que pôs fim à ditadura lusitana, em 25 de abril.

O deputado André Ventura, cuja candidatura tem apoio público do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ameaçou ainda prender Lula em caso de insistência na visita.

“Se o Chega vencer as eleições legislativas, a 25 de abril de 2024 [50 anos da Revolução dos Cravos] o senhor presidente do Brasil, Lula da Silva, não vai entrar em Portugal”, afirmou, recebendo aplausos dos presentes em um comício nesta quarta (6).

“Eu garanto-vos que, se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto. E, se insistir, vai para uma cadeia”, declarou Ventura, que ainda provocou o petista ao dizer que “isso não será uma grande novidade para ele”. Lula ficou preso por 580 dias na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, até 8 de novembro de 2019.

“Neste país ainda mandamos nós e neste país ainda escolhemos nós quem vem e quem não vem. Corruptos já temos cá muitos, não precisamos que venham mais de fora”, afirmou.

O líder da ultradireita também disse querer limitar a entrada do primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, que está em visita no Brasil e se encontrou com Lula. “[Sánchez] Só entrará quando necessário, porque também não queremos que entre muitas vezes.”

Em 2023, durante uma visita oficial de Lula a Portugal, o Chega organizou um protesto em frente ao Parlamento luso contra a presença dele no local, precisamente durante uma sessão comemorativa do 25 de abril.

No momento do discurso de Lula aos deputados portugueses, Ventura e os outros parlamentares de sua bancada começaram a bater nas mesas e a fazer barulho para atrapalhar a fala do presidente brasileiro.

Ainda que não haja informações sobre uma eventual visita de Lula a Portugal para os 50 anos do fim da ditadura, a diplomacia lusa habitualmente convida os chefes de Estado e de governo dos países lusófonos para as principais celebrações do país.

Apesar do tom de convicção do discurso, as pesquisas de intenção de voto indicam que André Ventura tem poucas chances de se tornar primeiro-ministro nas eleições de domingo (10).

A maior parte das sondagens mostra um cenário de empate técnico entre o Partido Socialista, atualmente no poder, e a Aliança Democrática (AD), coalização formada pelas legendas da direita tradicional lusa, liderados pelo PSD (Partido Social Democrata). O Chega aparece em terceiro lugar, girando em torno de 12% das preferências.

O Chega, contudo, deve sair fortalecido do pleito, convocado de forma antecipada após a queda do premiê António Costa, que pediu demissão em meio a uma investigação de corrupção que atingiu o núcleo do governo socialista. A sigla populista deve ampliar o número de deputados no Parlamento, consolidando ainda mais a posição de terceira força política na Casa.

Se for confirmado nas urnas, o crescimento da bancada do Chega também pode complicar a formação do próximo governo. O líder do PSD (direita tradicional), Luís Montenegro, afirmou que, se for eleito, não pretende incluir o Chega nas negociações para o Executivo. Uma votação expressiva nas urnas, porém, tem potencial de dificultar essa decisão.

Giuliana Miranda/Folhapress

STF e maconha: é possível distinguir usuário de traficante? brasil

O julgamento sobre descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não tem decisão final. O placar no momento está 5 a 3 a favor da descriminalização e o ministro Dias Toffoli pediu vistas. Até esta quarta-feira, 6, o colegiado formou maioria para fixar uma quantidade da droga que diferencie consumo pessoal do tráfico – não há consenso, porém, sobre o número de gramas. Em reação, o Congresso pretende votar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que torna crime o porte e a posse, independentemente do volume.

Juristas ouvidos pelo Estadão dizem que a definição da quantidade tem potencial de dar mais objetividade às análises dos magistrados, mas apontam limitações, como considerar as circunstâncias em que a droga foi encontrada. Já entidades médicas reforçaram nesta semana oposição à medida, sob o argumento de riscos sociais e à saúde da medida.

A legislação atual sobre o tema é de 2006. Ela possui artigos distintos para usuários e traficantes, mas não oferece um parâmetro objetivo para que essa diferença seja estabelecida pela Justiça. A partir da implementação da legislação, a população carcerária brasileira sofreu uma elevação substancial e progressiva.

No Supremo, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes citam em seus votos que a quantidade limite para diferenciar consumo próprio e tráfico deve ser de 60 gramas ou a posse de seis plantas fêmeas.

Já os ministros Kassio Nunes Marques e Cristiano Zanin, que votaram contra a descriminalização, estipulam uma porção de 25 gramas ou seis plantas fêmeas como limiar para distinguir os dois tipos de situação.

Outro integrante da Corte, André Mendonça defende quantidade ainda menor para a diferenciação: 10 gramas. O ministro Edson Fachin, por sua vez, entende que essa decisão não deve ser tomada pelo Judiciário, mas sim pelo Legislativo.

“Temos já uma maioria de votos pela fixação de uma quantidade diferenciadora, apenas com alguma divergência de qual será a quantidade”, disse o presidente do STF, Luís Roberto Barroso nessa quarta.

“Considero que esse é o aspecto mais importante do nosso julgamento, fixar uma quantidade que valha indistintamente para pobres e ricos relativamente a ser ou não traficante”, completou o ministro.

Para Maurício Dieter, professor de Criminologia da Faculdade de Direito da USP, o marco objetivo deve ser considerado avanço. “Assim como a idade (18 anos) é uma regra objetiva que cria segurança jurídica nessa passagem, a adoção de critérios objetivos para drogas também é importante”, afirma.

“Se não tiver um critério objetivo, permite enorme discricionariedade, tanto do ponto de vista da ação policial, quanto da interpretação do Ministério Público, como da decisão judicial”, afirma. “E essa discricionariedade, por falta de elementos objetivos, vai ser transformar em arbitrariedade.”

Segundo Rafael Paiva, especialista em Direito e Processo Penal, a falta de critérios objetivos leva juízes a decidirem as penas com base só nas circunstâncias. “É analisado o modo de acondicionamento da droga; onde foi apreendida e se havia dinheiro com a droga”, cita. “Quanto mais circunstâncias, mais característico de tráfico.”

Para ele, embora definir a quantidade ajude a dar mais objetividade, o critério nem sempre traduz a situação de porte de modo fidedigno. “Posso encontrar 10 quilos de maconha na casa de praia de alguém, que é usuário, mas não vende, não distribui. Por outro lado, ter traficantes que vendem pequenas porções de drogas durante todo o dia”, diz. “Pode ser interessante na medida em que traz objetividade, mas complicado ser só isso. Tem de vir acompanhado de outras interpretações.”

O delegado Dario Elias Nassif, diretor da Confederação Nacional de Carreiras e Atividades Típicas de Estado, também acredita que fixar a quantidade é positivo, mas entende que o critério pode limitar as decisões “em solo policial, pois não abrangeria outros aspectos hoje analisados pela Polícia Judiciária”.

“Por exemplo, se a pessoa portar pouca quantidade de maconha, mas tiver, em tese, uma lista de entrega, um delivery de drogas, a autoridade policial ficará circunscrita ao limite com a fixação da quantidade”, diz. “Se fixada em 10 gramas a quantidade e a pessoa fizer diversas viagens para entrega, estará traficando, mas a defesa alegará que o limite impede de ser preso”, completa.

Conforme o estudo do Ipea divulgado em junho do ano passado, a mediana da quantidade de maconha apreendida com cada processado por traficar cannabis no País é de 85 gramas. Isso significa que, em ao menos metade dos casos, o carregamento encontrado com o réu foi menor ou igual a essa marca. “Há predominância de pequenas quantidades”, disse na oportunidade a pesquisadora do Ipea Milena Soares, uma das coordenadoras da pesquisa.

Em 58,7% dos processos envolvendo maconha, a quantidade apreendida é menor que 150 gramas, conforme a pesquisa. Os Estados com as menores medianas são Amazonas (20 g), Roraima (23 g), Espírito Santo (23 g) e Piauí (26 g). Em São Paulo, foi de 54 g, também abaixo da média nacional.

Senado quer votar PEC e manda recado ao Supremo

Desde que a pauta do porte de maconha voltou à pauta do STF, parlamentares têm articulado uma reação. A bancada evangélica também havia reivindicado o adiamento da discussão pelo Supremo, mas não conseguiu.

Desde setembro na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, a (PEC) que criminaliza o porte de qualquer quantidade de drogas voltou ao debate e pode ser votada pelos senadores nas próximas semanas, a pedido dos senadores.

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse que a PEC apenas quer garantir que a “Lei Antidrogas, tal como concebida, possa fazer prever crimes, sejam crimes graves, de tráfico de drogas, seja um crime de menor potencial ofensivo, como é o porte para uso”.

Ainda segundo o parlamentar, a decisão da Corte “sobre um caso concreto que eventualmente não declare inconstitucional e que não descriminalize, obviamente será muito bem enxergada por nós como um indicativo de respeito ao Parlamento”.

Entidades médicas se opõe à descriminalização
Em nota nesta semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) reforçaram a posição contrária à descriminalização do porte de drogas. Para as entidades, a medida pode resultar no “aumento do consumo, no comprometimento da saúde (individual e coletiva) e no fortalecimento do narcotráfico”.

O poder público, dizem as entidades, deveria investir em estratégias efetivas de combate ao tráfico e melhorar a assistência médica e psicossocial aos usuários. CFM e ABP também argumentam que “não há experiência histórica ou evidência científica que mostre melhoria com a descriminalização de drogas ilícitas”.

Presidente do Instituto Igarapé, a cientista política Ilona Szabó rebate esse argumento e diz que países que já descriminalizaram o porte de drogas para consumo pessoal não tiveram aumento da criminalidade.

“Portugal, por exemplo, que já descriminaliza todas as drogas para uso desde 2001, se tornou referência tanto na redução da violência e tratamento para dependentes químicos como pela diminuição significativa do consumo de drogas como a cocaína e a heroína”, disse ela, em entrevista ao Estadão em 2023.

“O país também conseguiu reduzir sua população carcerária por motivos relacionados às drogas, retirando a pauta da esfera criminal e a deslocando para o campo da saúde pública”, acrescentou ela.

Como votou cada ministro sobre o tema?
Em 2015, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, votou no sentido de descriminalizar o porte de qualquer tipo de droga para consumo próprio. Posteriormente, após o voto de Edson Fachin, ele reajustou o entendimento para restringir a medida ao porte de maconha e pela fixação de parâmetros diferenciando o tráfico de consumo próprio.

Atual vice-presidente da Corte, o ministro Edson Fachin afirmou que a regra é inconstitucional exclusivamente em relação à maconha. Ele entende que os parâmetros para diferenciar traficantes de usuários devem ser fixados pelo Congresso.

O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, se manifestou pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Ele propôs como parâmetro a posse de 25 gramas da substância ou a plantação de até seis plantas fêmeas da espécie. Para o ministro, a proposta é que o colegiado também discuta a fixação de parâmetros, com o objetivo de diferenciar porte e produção para consumo próprio do tráfico de entorpecentes.

O ministro Alexandre de Moraes, em seu voto, propôs que as pessoas flagradas com até 60 gramas de maconha ou que tenham seis plantas fêmeas sejam presumidamente usuárias. Ele explicou que chegou a esses números a partir de um estudo sobre o volume médio de apreensão de drogas no Estado de São Paulo (SP), entre 2006 e 2017. Gilmar mendes incorporou no voto dele os parâmetros sugeridos por Moraes.

A ministra, agora aposentada, Rosa Weber, deu parecer favorável à liberação do porte de maconha e afirmou que a criminalização da conduta é desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada. Segundo a ministra, a mera tipificação como crime do porte para consumo pessoal potencializa o estigma que recai sobre o usuário e acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção econômica e social de usuários e dependentes.

O ministro Cristiano Zanin abriu a divergência no julgamento. Para ele, a alteração do artigo 28 da Lei de Drogas, em 2006, pelo Legislativo, foi para despenalizar e não para descriminalizar o porte de drogas. Com isso, não seria possível, pela via judicial, alterar essa opção do legislador.

André Mendonça ressaltou os “malefícios” do uso da maconha, frisando as “consequências notáveis para a saúde e a sociedade”. Após ler uma série de estudos em tal conclusão, o ministro afirmou: “Isso faz a maconha, isso faz fumar maconha. É o primeiro passo, se é pra dar o primeiro passo, para precipício”. Na avaliação do magistrado, a descriminalização do porte da maconha para uso pessoal é uma tarefa do Poder Legislativo.

O ministro Kassio Nunes Marques também votou contra a descriminalização do porte da maconha para uso pessoal, o que fez o placar do julgamento ir a 5 votos a 3. Segundo ele, o recurso que pede a declaração de inconstitucionalidade do artigo da lei de drogas que versa sobre o tema envolve uma “reorientação radical da jurisprudência” do STF.
Outros países regulamentam consumo.

O Monitor de Políticas de Drogas nas Américas, do Instituto Igarapé, aponta que quatro países nas Américas regulam a cannabis para fins recreativos: Canadá, Dominica, Uruguai e Estados Unidos, onde mais de 20 Estado legalizaram esse consumo, com quantidades que variam conforme o marco regulatório local.

No Uruguai, a compra de até 40 gramas por mês de maconha, em farmácias especializadas, foi legalizada em 2013. /COLABORARAM PEPITA ORTEGA E RAFAELA FERREIRA

Caio Possati/Estadão Conteúdo


Câmara de Ipiaú divulga pauta da Sessão Ordinária de hoje.

A Câmara Municipal de  Ipiaú divulgou a pauta da Sessão Ordinária desta quinta-feira, 7 de março, com inicio previsto para às 20 horas, sob a presidência do vereador Robson Moreira. Esta será a 4ª Sessão Ordinária que a Câmara realiza neste ano de 2024. Os trabalhos legislativos são abertos ao publico e também são transmitidos ao vivo pelas emissoras Radio Livre e Nova FM, assim como pelo site Giro em Ipiaú.

Na Ordem do Dia serão discutidos e votados dois projetos de lei do Poder Legislativo: o PL N.º 01/2024 que altera dispositivos das leis municipais 2.555 e 2.556, de 28 de dezembro de 2023, e o PL 02/2024 que autoriza a concessão da revisão a ser aplica, na mesma época e mesmo índice sobre a remuneração dos servidores públicos e subsídios dos agentes políticos no exercício de 2024,no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal.

A Tribuna Livre será ocupada pelo cidadão José Paulo Correia Santos e pelo  Secretário Municipal de  Infraestrutura (SEINFRA), Railan de Souza Dias, em atendimento a um convite da Câmara para prestar esclarecimentos a respeito dos procedimentos que a pasta vem adotando quanto a possibilidade de minimizar os alagamentos que se verificam em diversos pontos da cidade durante os períodos de fortes chuvas.

José Américo Castro/ASCOM-Câmara Municipal de Ipiaú

Assessor de Binho Galinha é preso em operação da Polícia Federal

O assessor do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, que é alvo da “Operação El Patron” da Polícia Federal, foi preso na quarta-feira (6) em Feira de Santana, situada a 100 km de Salvador. A informação é do G1.

Conforme informações da Polícia Federal, o indivíduo, cuja identidade não foi divulgada, estava em fuga desde o início de dezembro de 2023. As investigações indicaram que ele desempenhava o papel de operador financeiro na organização, suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro relacionada ao jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada na região de Feira de Santana.

A PF acrescentou que o detido supostamente trabalhou para encobrir as atividades criminosas do grupo. Ele passou a ser alvo de investigação devido à estreita ligação com o deputado Binho Galinha, ocupando um cargo de confiança no gabinete parlamentar.

Binho Galinha afirma que assessor preso não trabalha mais com ele

O deputado estadual Binho Galinha disse, na manhã desta quinta-feira (07), que Bruno Borges França, preso pela Polícia Federal em Feira de Santana nesta quarta-feira (06), não trabalha mais em seu gabinete desde o final de dezembro. Em nota, o parlamentar afirmou que Bruno tinha um mandado de prisão preventiva em aberto.

“Logo que foi deflagrada a operação, o mesmo foi desligado da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). O deputado estadual Binho Galinha informa ainda que nunca deixou de ir ao seu local de trabalho, o Poder Legislativo da Bahia, tendo cumprido com suas obrigações dentro e fora da Casa. E mais: ‘Sempre estive à disposição da Justiça, na qual eu confio, e tenho certeza de que tudo será esclarecido'”, acrescenta o texto.

Segundo a Polícia Federal, o ex-assessor estava foragido desde o início de dezembro de 2023. As investigações indicaram que ele desempenhava o papel de operador financeiro na organização supostamente chefiada pelo parlamentar, suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro relacionada ao jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada na região de Feira de Santana.

Política Livre

Brasil registra mais de 10 mil casos de feminicídio em 9 anos, aponta levantamento

Estudo divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que pelo menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no país de março de 2015 (quando a lei sobre o tema foi criada) a dezembro de 2023 —o levantamento leva em conta apenas os casos que foram oficialmente registrados dessa forma pela polícia.

Esse número, segundo a entidade, seria maior não fosse a subnotificação de casos nos primeiros anos de vigência da legislação.

A lei do feminicídio, sancionada em março de 2015, qualifica o crime quando ele é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, quando envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Os dados utilizados no levantamento têm como fontes os boletins de ocorrência registrados pelas Polícias Civis dos estados e do Distrito Federal.

Segundo o Fórum, no ano de 2023 o total de 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, maior número já registrado desde a tipificação da lei. Isso representa uma taxa de 1,4 mulher morta para cada grupo de 100 mil habitantes. No ano anterior, tinham sido 1.440 casos, com a mesma taxa de 1,4 mortes para cada 100 mil habitantes.

Analisando o levantamento por região, o Centro-Oeste se destaca por apresentar a taxa mais elevada de feminicídios nos dois últimos anos, chegando a 2 mortes por 100 mil habitantes, 43% superior à média nacional. A segunda região mais violenta para as mulheres foi o Norte, com taxa de 1,6, seguido do Sul, com 1,5. As regiões Sudeste e Nordeste registraram taxas de 1,2 e 1,4 por 100 mil.

O Sudeste, porém, apresentou o maior crescimento no toral de feminicídios no ano passado, com variação de 5,5%, passando de 510 vítimas em 2022 para 538 em 2023. A única região que apresentou redução na taxa foi a Sul, com queda de 8,2% (de 1,6 para 1,5).

Quando se verifica os dados por unidade federativa, 15 delas apresentaram taxa de feminicídio acima da média nacional. O estado com a maior taxa no ano passado foi Mato Grosso, com 2,5 mulheres mortas por 100 mil habitantes. Apesar disso, o estado teve redução de 2,1% na taxa de vitimização por feminicídio.

Empatados em segundo lugar, os estados mais violentos para mulheres foram Acre, Rondônia e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil. Enquanto Acre e Tocantins tiveram crescimento de, respectivamente, 11,1% e 28,6%, Rondônia conseguiu reduzir em 20,8% a taxa.

Na terceira posição aparece o Distrito Federal, cuja taxa foi de 2,3 por 100 mil mulheres, variação de 78,9% entre 2022 e 2023, passando de 19 vítimas em 2022 para 34 vítimas no ano passado.

As menores taxas de feminicídio foram registradas nos estados do Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil). Apesar do resultado positivo no Ceará, o Fórum faz uma ressalva: desde a tipificação da lei, a Polícia Civil cearense tem reconhecido um número muito baixo de feminicídios quando comparado ao total de mulheres assassinadas, sinal de que há subnotificação.

“Em 2022, por exemplo, de um total de 264 mulheres assassinadas, apenas 28 casos receberam a tipificação de feminicídio, 10,6% do total. Para se ter uma ideia, no mesmo ano, a média nacional quando comparado o percentual de feminicídios em relação ao total de homicídios de mulheres foi de 36,7%, mais do que o triplo do que o verificado no caso cearense”, destaca o relatório.

No caso de São Paulo, embora a taxa seja relativamente baixa quando comparada ao cenário nacional, entre 2022 e 2023 houve uma variação de 13,3%, saltando de 195 vítimas em 2022 para 221 no último ano.

Na análise do relatório, o Fórum afirma que, apesar de o enfrentamento à violência contra a mulher ter sido um tema importante na campanha eleitoral de 2022, nem todos os governadores têm dado a atenção necessária ao tema.

“Um exemplo é o governo de Tarcísio de Freitas, que congelou os investimentos voltados ao enfrentamento à violência contra as mulheres no ano passado, mesmo diante do crescimento e recorde dos feminicídios e estupros no estado. O governo também não implementou o recurso destinado a novas delegacias da mulher, tendo executado apenas 3% do total de R$ 24 milhões previsto na Lei Orçamentária Anual”, destaca a análise.

Folhapress

Gisele Bündchen não contém as lágrimas ao falar sobre divórcio

Gisele Bündchen e Tom Brady anunciaram o divórcio em outubro de 2022 após 13 anos de casamento

Em entrevista à apresentadora Robin Roberts, a supermodelo brasileira Gisele Bündchen não conteve as lágrimas ao ser questionada sobre o divórcio do jogador de futebol americano Tom Brady.

No vídeo promocional da conversa, Robin pergunta: "Como você está?". Gisele, visivelmente emocionada, pede um momento para se recompor antes de responder.

Questionada sobre como está lidando com a guarda compartilhada dos filhos Benjamin, de 14 anos, e Vivian, de 11, Gisele responde: "Há dias mais fáceis que outros, e só consigo controlar o que faço."

Recentemente, surgiram rumores de que Gisele estaria vivendo um romance com seu instrutor de jiu-jitsu, Joaquim Valente.

A entrevista completa com Gisele Bündchen vai ao ar em breve.

Gisele Bündchen e Tom Brady anunciaram o divórcio em outubro de 2022 após 13 anos de casamento. O casal tem dois filhos juntos: Benjamin, de 14 anos, e Vivian, de 11.

 

Recorde-se que as mais recentes notícias dão conta de que Gisele estaria a viver um romance com o seu instrutor de jiu-jitsu, Joaquim Valente

 por Notícias ao Minuto Brasil

Corpo de menina desaparecida é encontrado: 'Morreu de tanto apanhar'

A mãe e o padrasto confessaram o crime
O corpo de Isabelle de Freitas, uma menina de 3 anos que estava desaparecida desde segunda-feira (4) em Indaial, Vale do Itajaí, Santa Catarina, foi encontrado nesta quarta-feira (6), conforme anunciado pelo delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, em uma rede social.
"Um dia triste demais. Menina que estava desaparecida em Indaial foi morta pela mãe e pelo padrasto. Morreu de tanto apanhar e o corpo foi encontra pela PC. Casal confessou o crime. Nestas oportunidades que reflito se escolhi a profissão certa. São muitas desgraças para absorver", escreveu o delegado.

Durante as investigações realizadas ao longo da tarde, tanto a mãe quanto o padrasto confessaram o crime, indicando que a criança faleceu em decorrência de agressões.

A Polícia Científica informou que o corpo foi localizado em uma área de mata, mas não foram divulgados outros detalhes sobre o caso.

O desaparecimento da menina havia sido divulgado pela família, incluindo a mãe, por meio das redes sociais.
Inicialmente, o padrasto relatou que saiu para trabalhar por volta das 14h de segunda-feira, deixando a menina em casa com a mãe. Cerca de 40 minutos depois, recebeu uma mensagem da esposa informando que a criança havia desaparecido enquanto ela estendia roupas no quintal. O padrasto então acionou a Polícia Militar, que realizou buscas na pequena área de vegetação com a ajuda de bombeiros, mas a criança não foi encontrada na ocasião.

Menina de 4 anos morre após ser esquecida dentro de carro em Alagoinhas

Após a tragédia, o pai, em estado de choque, se apresentou espontaneamente à delegacia de Alagoinhas

Uma tragédia abalou a cidade de Alagoinhas na tarde desta quarta-feira (6). Uma menina de apenas 4 anos faleceu após ser esquecida dentro de um carro pelo próprio pai.

De acordo com a Revista Recôncavo, o fato aconteceu por volta das 13h30, quando o pai saiu com a menina. Às 15h, a mãe da criança, preocupada com a demora e com os sintomas gripais que a filha apresentava nos últimos dias, ligou para a escola para saber notícias. Foi nesse momento que a falta da menina foi notada.

Ainda não há detalhes sobre as condições em que a criança foi encontrada, mas o óbito foi confirmado pelo SAMU. O corpo da menina foi levado para o IML do município.

Após a tragédia, o pai, em estado de choque, se apresentou espontaneamente à delegacia de Alagoinhas. Ele relatou que só percebeu ter esquecido a filha no carro quando a esposa ligou. Desesperado, ele foi até o veículo, mas encontrou a criança sem vida.

A Polícia Civil autuou o pai por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele foi liberado após prestar depoimento.

O colégio onde a menina estudava emitiu uma nota de pesar, lamentando a precoce partida da pequena e manifestando solidariedade à família. As aulas de quinta-feira (7) foram suspensas em homenagem à menina.

 por Notícias ao Minuto Brasil

Embasa anuncia suspensão no abastecimento d’água nesta quinta-feira em Ipiaú

A Embasa informa à população de Ipiaú e do distrito do Japomirim, que em virtude de uma manutenção programada no quadro de comando das bombas de captação de água do Rio das Contas, haverá uma interrupção no fornecimento de água nesta quinta-feira, dia 7 de março, a partir das 09:00. De acordo com a Embasa, a manutenção é essencial para garantir a continuidade e a eficiência do abastecimento de água e tem uma duração estimada de 5 horas, com previsão de conclusão às 14:00 do mesmo dia.

“Após a finalização dos trabalhos, o abastecimento de água será gradativamente restabelecido, com a previsão de normalização completa do serviço em até 48 horas”, destaca a nota da Embasa que recomenda aos moradores que façam o uso racional da água disponível durante este período, evitando desperdícios. Para mais informações e esclarecimentos, a empresa está à disposição por meio de seus canais de atendimento ao cliente.

É importante destacar que diversas áreas da cidade já se encontram sem fornecimento de água desde a manhã desta quarta-feira, devido aos preparativos para a intervenção.

Valmir Assunção cobra Lula sobre reforma agrária e diz que ações do MST podem voltar

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) fez nesta quarta-feira (6) críticas ao governo Lula (PT) pela demora no avanço das políticas de reforma agrária no país e afirmou que, sem uma solução para a questão, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) pode voltar a fazer ocupações de terra.

As declarações foram feitas durante discurso na tribuna da Câmara.

Segundo o parlamentar, que é ligado ao movimento, nos dois anos de governo Michel Temer (MDB) e quatro de Jair Bolsonaro (PL), houve “muita perseguição à luta pela reforma agrária, criminalização dos movimentos sociais, destruição do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)”.

Assunção ressalta, então, que Lula criou o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e está adequando o Incra para ampliar a ação de reforma agrária. No entanto, diz estar preocupado com o fato de mais de um ano ter passado após a invasão de três fazendas da Suzano Celulose, no extremo sul da Bahia e nada ter sido feito.

“O orçamento do Incra é o menor de todos os orçamentos dos governos do PT. Essa é uma preocupação. Nos assentamentos falta água, falta estrada, não há desapropriação”, afirma. “Mesmo sabendo que muitos superintendentes, como o superintendente da Bahia, ou como o presidente do Incra, têm trabalhado muito, é preciso que o Presidente Lula preste muita atenção aos quilombolas e à reforma agrária.”

Ele afirmou que sua preocupação “é que os movimentos sociais voltem a fazer ocupações de terra.”

“E fazendo as ocupações de terra, não vai caber nem a esta Casa nem ao governo criticá-lo, porque já se passou mais de um ano na expectativa e na espera da reforma agrária, dos assentamentos, dos investimentos. E ainda não temos nada.”

“É preciso que o governo do presidente Lula dê a devida atenção à resolução da questão da reforma agrária, que é fundamental para as pessoas que estão debaixo da lona preta, a fim de desapropriar terras e liberar crédito.”

Danielle Brant/Folhapress

Lira age e contém rebelião do governo na Câmara após indicação de Nikolas Ferreira para Comissão de Educação

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu conter a rebelião governista e as comissões da Casa serão instauradas nesta quarta-feira, 6. Os líderes da base do governo Lula não aceitavam que Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido provocações como quando usou peruca em plenário para ironizar a população trans, comandasse a Comissão de Educação.

Em reunião tensa com os líderes, Lira não escondeu sua irritação com o andamento das conversas – o governo orientou a base a cancelar as indicações às comissões – e avisou que, se as comissões não retomassem os trabalhos nesta quarta, só iria instaurá-las em junho. O presidente da Câmara lembrou que a indicação dos presidentes dos órgãos cabe ao líder de cada partido.

A ameaça de Lira surtiu efeito. Os governistas temiam que a pauta na Câmara ficasse travada porque as comissões não poderiam discutir projetos de interesse do Planalto. Ao final do encontro, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), afirmou que aceitaria Nikolas na comissão de Educação.

As comissões pararam de funcionar em dezembro, por causa do recesso do Legislativo, e deveriam recomeçar agora com novos presidentes. As sessões para instauração foram marcadas para 15h e 16h desta quarta, mas diante do impasse ficaram sem quórum até os líderes entrarem em acordo.

Outros partidos também defendiam adiar a reabertura dos colegiados, A avaliação na Casa é que é preciso mais tempo para as legendas negociarem bilateralmente eventuais trocas. O União Brasil e o PL, por exemplo, fizeram um acordo: o primeiro fica com a Comissão de Relações Exteriores e o segundo com a Comissão de Segurança Pública.

Augusto Tenório/Estadão

Bolsonarista Caroline de Toni é eleita presidente da CCJ, e Nikolas Ferreira fica com Educação

A deputada federal bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC) foi eleita presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (6), num revés para o governo Lula (PT). Foram 49 votos favoráveis e 9 brancos.

A CCJ é a principal comissão da Casa, uma vez que todos os projetos tramitam por ali. Em seu segundo mandato, Caroline é da ala mais bolsonarista do PL e ao longo de 2023 fez diversas intervenções contra o governo petista.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, também indicou o nome do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para comandar a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele foi eleito com 22 votos favoráveis e 15 em branco —e sob protestos de parlamentares da esquerda.

Nikolas é um dos nomes mais ativos da oposição ao governo Lula (PT) na Casa. Ele foi o deputado federal mais votado em todo o país nas eleições de 2022, com 1,49 milhão de votos.

Além da Comissão da Educação e da CCJ, o PL também vai presidir os colegiados de Esporte, de Segurança Pública e de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Para essa última, foi eleito para ocupar o cargo de presidente o deputado Pastor Eurico (PL-PE).

Em 2023, o colegiado, formado majoritariamente por parlamentares da oposição ao governo, aprovou projetos como o que proíbe a possibilidade de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo no Brasil —Pastor Eurico foi o relator dessa matéria.

No começo da sessão da CCJ, o deputado Rui Falcão (PT-SP), que presidiu o colegiado em 2023, agradeceu a colaboração dos colegas e disse que ela foi fundamental para que o ano tivesse sido “muito profícuo, com bons debates e boa convivência, sem que houvesse qualquer tipo de perturbação, de provocações”.

“Fui eleito presidente representando o PT, nunca escondi minhas convicções, milito há muitos anos nesse partido, tenho compromissos com a luta do nosso partido, com o nosso programa. Mas em nenhum momento, ao longo dos trabalhos da comissão, procurei favorecer ideias ou manifestações deixando de ser um árbitro aqui na presidência da comissão”, afirmou.

Após ser eleita, Caroline afirmou que encara com muita responsabilidade a posição que assume e que fará uma “gestão com transparência, equilíbrio e ouvindo todas as bancadas”.

“Os parâmetros da nossa atuação serão estabelecidos em duas normas muito específicas: na Constituição Federal e no regimento interno da Câmara. Por isso, não teremos surpresas nem inovações, temos esse espírito conservador de poder cumprir essas normas”, disse a deputada.

A escolha de Nikolas para a Educação gerou insatisfação entre líderes da base governista, que avaliaram ser uma afronta ao Executivo o nome do parlamentar para presidir uma comissão considerada estratégica para o governo.

Na tarde desta quarta-feira, líderes partidários se reuniram com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para pedir o adiamento da instalação dos colegiados. O pedido, no entanto, foi negado.

Parlamentares se queixaram da falta de tempo para realizar as negociações sobre composição dos órgãos e presidências. Já líderes da base queriam mais tempo para tentar reverter a indicação de Nikolas.

Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), diz que houve um acordo com o PL para que o PT pudesse indicar o primeiro vice-presidente do colegiado da Educação. Em troca, o partido de Bolsonaro indicará o primeiro vice-presidente da Comissão da Saúde, que será presidida pelo PT.

“Os partidos têm as prerrogativas para indicar os nomes que quiserem, nós fizemos várias ponderações sobre algumas indicações. E ao final o PL não abre mão e nós vamos pacificar. Eles vão indicar o vice da Comissão de Saúde e o PT vai indicar o vice da Comissão de Educação para atenuar essas tensões todas. Mas tem um compromisso do líder [do PL] Altineu [Côrtes] de não criar nenhuma dificuldade nas políticas que o ministro Camilo Santana está desenvolvendo”, disse Guimarães.

“Evidentemente, quem vai presidir uma comissão da importância dessa não pode fazer qualquer loucura. Nós vamos atuar para trabalhar e não ter nenhum sobressalto e muito menos perseguição às políticas educacionais que o governo está realizando”, continuou o deputado.

Guimarães afirmou ainda que a prioridade do Executivo era ter o comando da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. O colegiado tem o poder de convocar todos os ministros de Estado para prestar esclarecimentos e foi usado em 2023 pela oposição para desgastar o Executivo.

“Essa foi a prioridade do governo. Para quem é governo, não ter essa comissão cria uma enorme dificuldade”, continuou Guimarães.

A federação PT-PC do B-PV terá o comando de seis comissões: Saúde, Fiscalização Financeira e Controle, Cultura, Direitos Humanos, Amazônia e Povos Originários e Mulheres.

Na sessão da comissão de Educação, uma série de parlamentares governistas criticou a escolha de Nikolas para presidir o colegiado. A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), por exemplo, disse que esta quarta é um dia de vergonha para a história do colegiado.

“Esperava que essa polarização ridícula que estamos vendo, que essa apequenação do debate da educação tinha ficado no passado. A gente vai ter uma pessoa que tem postura de moleque, já destratou inúmeras deputadas deste plenário, que não tem postura, não sabe dialogar, não tem tamanho para ser deputado federal, quem dirá para ser presidente da comissão de Educação”, disse.

Após a votação, um discurso em vídeo de Nikolas foi exibido no plenário —ele não participou fisicamente devido ao nascimento de sua filha nesta semana. Nele, o deputado diz que a pauta debatida na comissão será “bastante conceitual”.

“A gente vai realizar diversas audiências e subcomissões, além de, obviamente, fiscalizar a Educação do atual governo. Deixar aqui bem claro que nós vamos fazer uma comissão bastante plural, no sentido de debate de ideias, de posicionamentos (…) vamos garantir um debate saudável para que a gente tenha um trabalho produtivo”, disse.

Líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) diz que Nikolas tem “total legitimidade” para presidir o colegiado, que “historicamente é presidido e dominado pela esquerda”.

“Acreditamos que é um nome apropriado, que tem a visão de educação que nós acreditamos, uma visão que a escola e os ambientes escolares devem ser lugares de transmissão de conhecimento e não para imposições ideológicas de visões políticas de professores”, diz Jordy à reportagem.

No ano passado, a comissão foi presidida por Moses Rodrigues (União Brasil-CE).

O PL indicou o deputado Antonio Carlos Rodrigues (SP) para presidir a comissão de Esporte e Alberto Fraga (DF) para a de Segurança Pública.

Victoria Azevedo/Folhapress

Governo Lula vai contratar agências para cuidar de redes sociais; conta pode ser de R$ 197 milhões

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, Paulo Pimenta
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência vai contratar empresas para cuidar da atuação digital do governo Lula. O edital da licitação estima o custo de R$ 197 milhões para a contratação de quatro agências. Nesta quarta-feira, 6, a Secom começou a analisar as propostas das empresas que disputam o certame.

Elas terão que moderar e gerenciar os conteúdos publicados nas redes sociais dos Ministérios e das pastas que integram a Presidência. As vencedoras ganharão cerca de R$ 49 milhões cada por contratos com duração de um ano, que podem ser prorrogados.

Uma das demandas do governo é que as empresas utilizem “técnicas de machine learning e A.I (inteligência artificial) para realizar a análise de sentimento de notícias de interesse do Governo Federal”. Outro requisito para seleção é realizar pesquisas “de alta intensidade” nas redes sociais sobre temas relacionados ao governo. Essas ações mapeiam, por exemplo, a recepção das ações do presidente Lula e de seus ministros no ambiente digital.

Em dezembro do ano passado, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, anunciou que iria contratar serviços para impulsionar as redes sociais do governo e construir uma “política digital”. O ambiente digital continua como um território de prevalência do campo bolsonarista, sobretudo em aplicativos de trocas de mensagem como Telegram e WhatsApp.

“Não existe na Secom um contrato de publicidade e de produção de conteúdo digital. Qualquer empresa, governo estadual ou prefeitura tem”, disse Pimenta em entrevista ao jornal O Globo. “Hoje, nós não fazemos impulsionamento institucional, não temos uma política nesse sentido. Só existe uma política publicitária. Não tem na área digital”, completou.

A licitação ocorre no formato concorrência. O governo adotou como critério de escolha a “melhor técnica” em vez do melhor preço. As empresas interessadas em ganhar os contratos milionários tiveram de apresentar até a última terça-feira, 5, propostas técnicas e de preços que comprovem a capacidade de executar tarefas como mapeamento de presença digital dos Ministérios e podcasts.

A modalidade de julgamento escolhida pelo governo Lula impede que as concorrentes sejam desclassificadas por causa do preço elevado que eventualmente cobrem pelos serviços. Isso significa que o custo da contratação pode até mesmo ultrapassar os R$ 197 milhões, caso as empresas comprovem ter capacidade técnica e expertise para entregar as demandas.

A pasta justificou no edital que a contratação “tem como objetivo o atendimento ao princípio da publicidade e ao direito à informação, por meio de ações de comunicação digital que visam difundir ideias e princípios, posicionar instituições e programas, disseminar iniciativas e políticas públicas, informar e orientar o público em geral”.

A Secom cobra que das empresas a criação, a implementação e o desenvolvimento “de formas inovadoras de comunicação digital, destinadas a expandir os efeitos de mensagens e conteúdo do governo”. Como mostrou o Estadão, uma das principais apostas do governo Lula para ampliar a presença do petista nas redes sociais, o podcast semanal “Conversa com o presidente”, fracassou em índices de audiência e não atingiu o impacto das lives semanais realizadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os contratos na área de comunicação e propaganda firmados pela Secom são historicamente elevados e figuram na casa dos três dígitos de milhão. A pasta possui atualmente acordos com quatros agências de publicidade que coordenam as campanhas midiáticas do primeiro escalão do governo. Cada uma dessas empresas ganhou pelo menos R$ 450 milhões na contratação inicial de um ano ocorrida em 2022.

O Estadão revelou que uma dessas empresas contratadas pela Secom ainda no governo Bolsonaro e que teve contratos renovados pela gestão Lula é investigada pela Controladoria-Geral da União (CGU) por fraude em licitação realizada durante a administração do ex-presidente Michel Temer (MDB). A Agência Nacional de Comunicação possui atualmente mais de R$ 920 milhões em contratos com o governo federal mesmo sob a mira da área de fiscalização. O sócio presidente da empresa já chegou a ser condenado por corrupção em campanhas publicitárias que teriam sido superfaturadas em Rondônia.

Weslley Galzo/Estadão

Mendonça segue Zanin e vota contra descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

Foto: Fellipe Sampaio/STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) retomou nesta quarta-feira (6) o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, com voto do ministro André Mendonça, que se posicionou de forma contrária à possibilidade.

Já há cinco votos de ministros favoráveis a essa descriminalização, mas restrita ao porte de maconha: o do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e dos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber (já aposentada) e Gilmar Mendes.

Antes de Mendonça, só Cristiano Zanin havia se manifestado contra a descriminalização.

“Adianto que vou seguir essa mesma linha do ministro Cristiano Zanin, de não descriminalizar”, disse Mendonça no início do seu voto.

Segundo o ministro, que é evangélico, conhecido por ser conservador, e foi indicado ao Supremo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), “há uma imagem falsa na sociedade de que maconha não faz mal”.

Ao afirmar isso, Mendonça foi questionado por Barroso: “Que não faz mal? Acho que há um certo consenso médico de que algum tipo de dano causa”.

“Talvez menos do que o cigarro, mas algum tipo de dano causa”, acrescentou o presidente do Supremo.

“O que eu vou trazer no meu voto é justamente que [a maconha] causa danos, danos sérios, e maiores do que o cigarro”, respondeu Mendonça.

Mendonça, ao ler o seu voto, citou estudos que dizem que 9% das pessoas que experimentam maconha desenvolvem dependência e que a substância aumenta o risco de “transtornos psiquiátricos graves como esquizofrenia, outras psicoses, bipolaridades, depressão, ansiedade, transtornos de personalidade e distúrbios na esfera sexual e reprodutiva”.

“Não perceber essa lesividade reforça a crença sobre o baixo risco da maconha, e pode minimizar os seus efeitos nocivos. Fumar maconha, transformar maconha em alimento ou cosméticos como se fosse um produto qualquer vai além do usuário e pode atingir a família e a sociedade”, afirmou Mendonça.

Ele se manifestou por uma quantidade provisória de 10 gramas de maconha para diferenciar usuários de traficantes, embora não retire a criminalização do uso. Também deu um prazo de 180 dias para o Congresso regulamentar o tema.

Antes da retomada do julgamento, os ministros discutiram sobre o que está em análise na corte. Barroso leu um discurso no qual condenou o uso de drogas e afirmou que o tribunal não iria legalizar a substância.

Mendonça e Alexandre de Moraes, porém, frisaram que o que estava em discussão é, de fato, a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal —Barroso concordou, mas afirmou que o termo pode causar confusão na população.

Moraes apontou que, caso o tribunal decida descriminalizar o porte, a polícia não poderá invadir a casa de uma pessoa e prendê-la em flagrante por estar consumindo maconha.

O julgamento começou em 2015 e foi interrompido em três ocasiões.

Gilmar, relator do processo, defendeu inicialmente que a medida fosse estendida para todas as drogas, e argumentou que a criminalização compromete medidas de prevenção e redução de danos, além de gerar punição desproporcional.

No ano passado, no entanto, ele ajustou o seu voto e restringiu apenas à maconha, já que era a tendência a ser formada pela maioria dos seus colegas.

Em agosto passado, o primeiro a divergir foi o ministro Cristiano Zanin. Para ele, a conduta não deve ser descriminalizada, mas o usuário que estiver com até 25 gramas de maconha não poderá ser preso.

O voto surpreendeu setores da esquerda, já que o ministro foi o primeiro indicado pelo presidente Lula (PT) ao Supremo em seu terceiro mandato.

Depois de Mendonça, deverá votar Kassio Nunes Marques. Ele também foi indicado à corte por Bolsonaro.

Ainda ficam faltando os votos de Dias Toffoli, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Flávio Dino não vota neste caso, porque sua antecessora na corte, Rosa Weber, já se manifestou.

O retorno do tema a julgamento acirrou ânimos no Congresso, que voltou a discutir a possibilidade de a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado votar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para criminalizar o porte e a posse de drogas, independentemente da quantidade e da substância.

O QUE ESTÁ EM JOGO NO JULGAMENTO

A ação no STF pede que seja declarado inconstitucional o artigo 28 da lei 11.343/2006, a Lei de Drogas, que considera crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes para consumo pessoal e prevê penas como prestação de serviços à comunidade.

A lei, no entanto, não definiu qual quantidade de droga caracterizaria o uso individual, abrindo brechas para que usuários sejam enquadrados como traficantes. Assim, o debate no STF tem relação sobre quais critérios objetivos podem ser usados para distinguir usuários de traficantes.

No caso que serve como referência para o julgamento, a corte avalia recurso apresentado pela defesa do mecânico Francisco Benedito de Souza.

Ele cumpria pena por porte de arma de fogo no Centro de Detenção Provisória de Diadema, em São Paulo, mas sofreu nova condenação depois que foram encontrados 3 gramas de maconha na cela dele.

No julgamento, os ministros também deverão discutir qual o critério objetivo da quantidade de maconha que deve distinguir o tráfico do porte.

A pena prevista para tráfico de drogas no Brasil varia de 5 a 20 anos de prisão; o crime de porte de drogas para uso pessoal, por sua vez, prevê penas mais brandas, como prestação de serviços à comunidade.

COMO CADA MINISTRO VOTOU

A favor da descriminalização, fixa quantia de 60 gramas ou seis plantas fêmeas para diferenciar usuário e traficante

– Gilmar Mendes
– Alexandre de Moraes
– Luís Roberto Barroso
– Rosa Weber (aposentada)

A favor da descriminalização, mas o Congresso deve definir a quantia que diferencia usuário e traficante

– Edson Fachin

Contra a descriminalização, fixa quantia de 25 gramas para diferenciar usuário e traficante

– Cristiano Zanin

Contra a descriminalização, fixa quantia provisória de 10 gramas para diferenciar usuário e traficante e dá 180 dias para o Congresso regulamentar a situação

– André Mendonça

José Marques/Folhapress

Pesquisa da DPE-BA aponta que 59,9% da população carcerária do estado não concluiu o ensino fundamental

Foto: Divulgação

Um mapeamento inédito realizado pela Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) revela o perfil socioeconômico da população carcerária do estado. O levantamento entrevistou 2.977 internos em 12 unidades prisionais e coletou informações sobre gênero, raça, escolaridade e demandas que extrapolam os limites das áreas criminal e de execução penal. Os dados são uma amostra parcial da pesquisa, que acontece em paralelo ao projeto Liberdade na Estrada.

De acordo com o levantamento, a população carcerária é majoritariamente formada por homens (93,6%), negros (86,9%) que sequer concluíram o ensino fundamental (59,9%). Para a coordenadora da Especializada Criminal e de Execução Penal, Larissa Guanaes, os dados apurados pelo estudo vão possibilitar conhecer o público atendido pela instituição e colaborar com a construção política junto ao Estado.

“Ao final de dois anos, teremos aplicado esse questionário em todas as unidades prisionais do estado da Bahia com os(as) internos(as) atendidos(as) pela Defensoria. Com isso, conseguimos acessar outras partes da vida dessas pessoas. É um ganho institucional muito grande para gente pensar em projetos e atuações futuramente”, explica a defensora pública.

Internamente, a realização da pesquisa reforçou a importância de uma atuação articulada com as demais áreas da Defensoria. A aplicação do questionário possibilitou a identificação de pessoas que precisavam registrar os filhos, com processo de divorcio, entre outras demandas. Família (48,8%), Direitos Humanos (26,4%) e Cível (26%) foram as mais apontadas pelos internos que tinham necessidades de atuação da DPE/BA.

Outro dado que chamou a atenção da Especializada Criminal foi o número elevado de pessoas que não desenvolvem atividades nas unidades prisionais (64,9%). Ao longo dos anos, a DPE/BA tem investido em atuações dentro dos conjuntos penais que possibilitem a formação dos internos e a reinserção no mercado, como o Informática Livre e o curso de Justiça Restaurativa.

“Essas ações impactam diretamente no direito de remição de pena daqueles que já estão cumprindo pena, pois três dias de trabalho diminuem um dia de pena. O número elevado de pessoas com tempo ocioso nos sinaliza para a necessidade de fortalecermos o diálogo com a Secretaria de Administração Penitenciária e as demais pautas ligadas à temática, como a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial para ampliarmos a oferta de atividades para os internos”, avalia a defensora Larissa.

A pesquisa operacionalizada pela Especializada Criminal durante o projeto Liberdade na Estrada foi desenvolvida em parceria com o Núcleo de Pesquisas Estratégicas da DPE-BA. A aplicação dos questionários em todas as unidades prisionais do estado deve ser finalizada até o final do ano.

Assembleia do ES revoga prisão de deputado detido por ordem de Moraes, e STF será avisado

O deputado estadual Capitão Assumção, do PL
O parecer contra a prisão foi recomendado pela comissão especial e, posteriormente, aprovado no plenário. Os deputados acataram ao entendimento do deputado Lucas Scaramussa (Podemos), presidente do colegiado especial. Ele argumentou que há prerrogativas que impedem a prisão de parlamentar sem que haja flagrante de crime inafiançável, e criticou o fato da ordem de prisão ter sido emitida há mais de um ano. Além disso, a PGR (Procuradoria-Geral da República) se posicionou contra à prisão do Capitão Assumção.

A decisão da Assembleia será enviada ao STF. O presidente da Casa, Marcelo Santos (Podemos), que se absteve na votação, disse que enviará ainda nesta quarta o resultado da votação.

O STF tem o entendimento de que as regras da Constituição sobre imunidade dos deputados federais são aplicáveis aos deputados estaduais.

A Constituição diz que os membros do Congresso não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, e que, nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, “para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.

O deputado foi preso no dia 28 de fevereiro pela Polícia Federal. Também foi multado em R$ 20 mil por descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. A ordem de prisão atendeu a um pedido apresentado pelo Ministério Público do Espírito Santo.

Assumção violou pelo menos duas medidas cautelares impostas pelo STF, disse o Ministério Público. Ele continuou usando as redes sociais, embora estivesse proibido de acessar os perfis. O deputado também publicou imagens dos atos golpistas de 8 de janeiro, logo após à invasão da praça dos Três Poderes, e escreveu: “Supremo é o povo.”

O PL-ES repudiou veementemente a prisão do deputado. “O deputado já enfrentou recentemente busca e apreensão; ele foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica por supostamente ter cometido ‘crime de opinião’. Será que esse crime se refere à sua oposição à vacinação ou à sua crítica ao ativismo judicial?”, dizia a nota enviada pelo partido após a prisão.

O UOL entrou em contato com a defesa do Assumção e aguarda retorno.

Na sessão, o advogado dele, Fernando Dilen, disse: “Não existem novas postagens ou vídeos do deputado criticando o STF, o sistema eleitoral ou nenhum dos fatos objetos do inquérito, mas atos típicos de fiscalização de seu mandato materializados nas postagens e vídeos nas suas redes”.

Folhapress

Família Acolhedora: TJ-BA participa da implementação do Programa na Comarca de Conceição de Coité

O desembargador Salomão Resedá, titular da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), marcou presença na solenidade de lançamento e apresentação do Programa Família Acolhedora no Município de Conceição do Coité. A iniciativa foi promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. 

O evento aconteceu no dia 27 de fevereiro, na Câmara de Vereadores de Conceição de Coité, e teve a presença de vários segmentos sociais e religiosos. Convidado pela Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Vanusa Silva de Oliveira, o Desembargador Salomão Resedá apontou que a participação maciça dos segmentos é muito importante, pois “não basta simplesmente estabelecer a família acolhedora, é essencial convocar a sociedade para se engajar no Programa. Esses segmentos desempenham um papel vital para o êxito deste serviço”.

Conceição do Coité é o primeiro município na região do Sisal, sertão da Bahia, que conta com o Programa Família Acolhedora. Com o lançamento, agora existe um imóvel com função exclusiva para o funcionamento do Programa, localizado na Rua Carlos Gomes, n. 84, Praça da Bíblia, coordenado por uma comissão formada por psicólogos e assistentes sociais.

“Eu, um coiteense, sinto-me orgulhoso porque, a partir de agora, nós temos certeza de que a sociedade de Conceição de Coité vai responder a essa convocação para acolher suas crianças e seus adolescentes que se encontrem em situação de vulnerabilidade”, apontou o desembargador Salomão Resedá.   

A Recomendação Conjunta n. 2, de 17 de janeiro de 2024, dispõe sobre a integração de esforços para o fortalecimento do serviço, a fim de oferecer apoio e acolhimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Além disso, o Programa funciona como modelo temporário, a fim de facilitar o retorno da criança aos parentes biológicos ou, em casos específicos, encaminhá-la para uma família substituta. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estima-se que, no Brasil, há aproximadamente 32 mil crianças sob acolhimento. Entretanto, apenas cerca de 1600 delas desfrutam do ambiente do Programa Família Acolhedora.  

Cabe destacar que a CIJ realiza diversas campanhas para a implementação das Famílias Acolhedoras nos municípios baianos, efetivando o que determina o Artigo 34, § 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cujo teor indica o incentivo ao acolhimento da criança ou do adolescente órfão ou abandonado. 

“SNI do PT” busca identificar ‘traidores’ em votação para TCM; veja quem já foi identificado

Na comemoração de que o deputado Paulo Rangel (PT) foi alvo ontem à noite, depois de ter ganho a eleição na Assembleia Legislativa para a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), não faltaram especulações sobre a autoria dos três votos que migraram para o adversário Marcelo Nilo (Republicano) na reta final do pleito.

Pelo menos um deles teria partido de um petista, Euclides Fernandes, amigo de longa data do ex-presidente da Assembleia, de acordo com levantamento do que os próprios petistas passaram a chamar, jocosamente, de “SNI do PT”. Buscar a identidade dos demais ‘traidores’ seria papel do “aparelho”.

Política Livre

Prefeita Maria desembarca em Brasília para buscar mais recursos e obras para Ipiaú

Na manhã desta quarta-feira (06), a Prefeita Maria das Graças, juntamente com a secretária de saúde Laryssa Dias, a procuradora do município Isabele Araújo, a presidente municipal do PP, Flávia Mendonça e demais membros da comitiva desembarcaram em Brasília, rumo ao Palácio do Planalto para solicitar apoio e recursos para implantação e fortalecimento de diversos projetos no âmbito habitacional, infraestrutura e de desenvolvimento para o município de Ipiaú.

Entre os dias 06 e 07,  a comitiva ipiauense tem agendas com ministros de estado, em diversos ministérios.

“Estamos em Brasília para buscar mais apoio e formalizar novos pedidos ao Governo Federal para contribuir com a continuidade do desenvolvimento que trouxemos para Ipiaú nos últimos anos. O nosso objetivo é levar mais obras de infraestrutura para nossa cidade e promover novos programas que possam garantir mais moradia, como o Minha Casa, Minha Vida, também programas de acesso a informação com ampliação de internet e rede de telecomunicações, além do ensino técnico e superior, emprego, e ampliação nos programas da saúde e educação à família Ipiauense”, cita a Prefeita Maria.



Ascom

Marcos Pereira tenta retomar contato com Bolsonaro em busca de apoio pela sucessão de Lira

O deputado Marcos Pereira, presidente do Republicanos, está buscando reestabelecer o diálogo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, como parte de sua estratégia para se posicionar como sucessor de Arthur Lira, do PP, na presidência da Câmara. Nos últimos meses, Pereira entrou em contato com intermediários de Bolsonaro e expressou o desejo de um encontro, buscando superar desentendimentos passados. Há indícios positivos de que o ex-presidente estaria receptivo à possibilidade de se reunir. A reportagem é do jornal “O Globo”.

O contato foi estabelecido após uma reunião com Lira em fevereiro, na qual o presidente da Câmara destacou para Pereira a importância de obter apoio da bancada bolsonarista. Isso seria uma espécie de “condição” para que Pereira se torne o candidato único do Centrão nas eleições de 2025. A visão de Lira é consolidar um acordo no qual o líder do Republicanos ou Elmar Nascimento, do União Brasil na Câmara e até agora considerado o candidato mais provável à sucessão, unam forças em torno de uma candidatura única.

Lula comparar Gaza aos atos de Hitler fez avaliação entre evangélicos despencar, diz diretor da Quaest

A repercussão das declarações de Lula (PT) sobre o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza “impactou o público evangélico de maneira especial”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria.

A queda da avaliação positiva de Lula entre esse público despencou, superando a oscilação verificada em todos os outros segmentos da população, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro e divulgada nesta quarta (6).

Na sondagem anterior, feita em dezembro, 56% dos evangélicos já diziam desaprovar o trabalho que o presidente está fazendo no governo.

No fim de fevereiro, quando a nova rodada foi realizada, o percentual saltou para 62% de desaprovação, contra 35% que dizem aprovar o trabalho de Lula.

Entre os católicos, a situação do presidente é bem mais confortável: a avaliação negativa oscilou de 37% para 39%, dentro da margem de erro.

Já a aprovação a Lula é muito superior, chegando a 58%.

O movimento dos evangélicos fez a aprovação de Lula, no cômputo geral, cair de 54% para 51%, e a desaprovação subir de 43% para 46%.

“Há dois elementos atuando para que isso ocorra. Um deles é inflação de alimentos, que subiu no começo do ano. Ela impactou todos os segmentos da sociedade. Já o segundo elemento, as declarações de Lula, causaram reação especialmente entre os evangélicos. Por isso a queda entre eles foi maior”, analisa Nunes.

Lula segue com ampla vantagem entre os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. Mesmo entre eles, no entanto, houve oscilação para baixo: a aprovação caiu de 64% para 61%, e a reprovação subiu de 33% para 36%.

No segmento que ganha entre dois e cinco salários, a avaliação negativa de Lula saltou de 46% para 52%, ultrapassando a positiva, que caiu de 52% para 45%.

Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, a reprovação a Lula segue alta, oscilando de 55% para 54%. Mas a positiva subiu, de 41% para 44%.

Na semana passada, a coluna já tinha revelado que 60% dos entrevistados pela Quaest diziam que o petista exagerou ao comparar o que acontece em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra Mundial. Apenas 28% diziam que ele não exagerou.

O percentual chega a 69% entre os evangélicos, e é menor (57%) entre os católicos.

A imagem de Israel, no entanto, também despencou entre os brasileiros desde o início da guerra.

No fim de outubro de 2023, pouco depois do ataque terrorista do Hamas ao país, 52% diziam ter opinião favorável em relação a Israel. Quatro meses de guerra depois, o percentual caiu para 39%. E opiniões desfavoráveis saltaram de 27% para 41%.

Já a imagem da Palestina, favorável para 43% dos brasileiros em outubro, oscilou positivamente, para 45%.

Mônica Bergamo/Folhapress

Polícia Militar prende Suspeitos de tráfico de drogas são detidos em Dário Meira

A Guarnição de RP em ronda pela área do Centro, ao passar pela Rua Samuel Philadelpho, avistou dois indivíduos que se encontravam sentados próximo ao meio fio, que evadiram ao perceberem a presença da viatura, sendo alcançados pelos policiais.

Ao realizar uma abordagem nos suspeitos e buscas na residência, encontrou a pessoa de (L) dentro de um dos  cômodos, os suspeitos  escondidos no beco da residência vizinha, enquanto que (T. S. C.) fugiu pelos fundos, não sendo alcançado.

Em seguida, ao realizar buscas na residência, foi  encontrado no beco da residência, uma Pochete preta com 20 trouxinhas de substância análoga a maconha, 09 pedras de substância análoga a Haxixe, 07 pedrinhas embaladas separadamente de substância análoga a cocaína, 01 Triturador de maconha, R$ 152,00 em espécie e sacos para acondicionar drogas.

Enquanto que em um dos cômodos da residência, foram encontrados numa bolsa tipo porta moeda, 17 Trouxinhas de substância análoga a maconha, 08 pedras de substância análoga a Haxixe e sacos para acondicionar drogas.

Dentro do cômodo onde se encontrava (L.), foram encontrados dois celulares Smartphone (01 Nokia e 01 Redmi).

Todo o material apreendido, juntamente com os suspeitos, foram apresentados no Plantão Central de Jequié e registrado ocorrência sob o número 158755/2024.

Suspeitos
01-W. B. dos S. data de nascimento, 15/09/2009. 02- L. J. da S. nascimento, 18/12/1997; 03-L. N. S. nascimento 25/05/1993; 04-T. S. C. nascimento, 02/05/2008

Material apreendido

  • 37 Trouxinhas de substância análoga a maconha
  • 17 pedras de substância análoga a Haxixe
  • 01 Triturador de maconha
  • 07 pedrinhas embaladas separadamente  de substância análoga à cocaina
  • 01 Celular Smartphone Redmi de cor lilás
  • 01 Celular Smartphone Nokia Roxo Mod.TA1274
  • R$ 152,00 em espécie
  • 01 Pochete de cor preta
  • 01 Bolsa tipo porta moedas
  • Sacos para acondicionar drogas

Fonte: PMBA,uma Força a serviço do cidadão

Comissões permanentes serão instaladas nesta quarta-feira à tarde

 Nas reuniões de instalação, serão eleitos presidentes e vice-presidentes das comissões

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou para esta quarta-feira (6) à tarde a instalação das comissões permanentes da Câmara dos Deputados. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) leu a convocação ao final da sessão desta terça-feira.

Nas últimas semanas as presidências estavam sendo negociadas pelos líderes partidários, mas o líder do governo, deputado José Guimarães, disse que ainda não estão definidas quais comissões ficarão com cada partido. A declaração ocorreu após reunião no início da noite desta terça-feira.

Pelo critério da proporcionalidade partidária, o partido com o maior bancada tem a preferência na escolha da primeira comissão e, assim, sucessivamente.

"Temos problema na Comissão de Saúde, na de Relações Exteriores e Defesa Nacional e na de Segurança. São todas comissões muito relevantes e o esforço do presidente Lira é buscar o entendimento. Todos os partidos colocaram na mesa seus pleitos. Acho que nós avançamos 60% hoje no acordo", informou Guimarães, acrescentando que o PT pode ter que abrir mão da Comissão de Saúde para pedir a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

Serão dois momentos para a instalação das comissões e a eleição de presidentes e vice-presidentes.

Às 15 horas serão 16 comissões:

- Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
- Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação
- Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
- Comissão de Defesa do Consumidor
- Comissão de Desenvolvimento Econômico
- Comissão de Desenvolvimento Urbano
- Comissão de Educação
- Comissão de Finanças e Tributação
- Comissão de Fiscalização Financeira e Controle
- Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional
- Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
- Comissão de Minas e Energia
- Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
- Comissão de Saúde
- Comissão de Trabalho
- Comissão de Viação e Transportes

Às 16 horas, 14 comissões:

- Comissão de Administração e Serviço Público
- Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais
- Comissão de Comunicação
- Comissão de Cultura
- Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher
- Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
- Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência
- Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial
- Comissão do Esporte
- Comissão de Indústria, Comércio e Serviços
- Comissão de Legislação Participativa
- Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família
- Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado
- Comissão de Turismo

Reportagem - Tiago Miranda
Edição - Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias


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