Dez cidades líderes em eleitorado feminino não têm nenhuma mulher prefeita

Dez homens comandam as prefeituras das dez cidades com maior eleitorado feminino do Brasil. O dado evidencia o tamanho da sub-representação das mulheres na política.

Com base em dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o eleitorado feminino cresce continuamente no país ao menos desde 1996. É maioria em 2 de cada 3 municípios. Na média nacional, elas são 52,6% das pessoas aptas a votar.

A cidade com maior proporção de mulheres aptas a votar é Maceió, seguida de perto por Niterói (RJ), com 55,48% e 55,46% de eleitoras, respectivamente. Em seguida vêm Aracaju, João Pessoa, Recife, Caruaru (PE), Olinda (PE), Santos (SP), Arapiraca (AL) e Salvador.

Atualmente, todas têm homens à frente da prefeitura. Caruaru chegou a ter uma mulher eleita em 2020, Raquel Lyra (PSDB), mas a tucana deixou o cargo para se candidatar a governadora do estado e conseguiu. Em seu lugar, ficou o vice, Rodrigo Pinheiro.

Quando se olha para as Câmaras Municipais dessas dez cidades, o quadro não é muito diferente. A proporção de vereadoras nelas é de 13% na média. Vai do máximo de 18% no Recife ao mínimo de 3,7% de João Pessoa.

A capital paraibana tem só 1 vereadora em um total de 27. Niterói (RJ) também tem apenas 1 representante feminina, em um total de 23 (4,3%).

A concentração masculina não é coincidência. Todas as dez cidades com maior eleitorado feminino em números absolutos (e não proporcionais) também têm homens no comando de suas prefeituras.

O maior eleitorado feminino, para especialistas, não significa necessariamente uma disposição maior em votar em mulheres. Além disso, fatores estruturais também pesam nesse resultado —como a quantidade menor de candidaturas de mulheres e com menos apoios e verbas nos partidos.

No país como um todo, as mulheres eram só 12% dos prefeitos eleitos em 2020, e 16% dos vereadores.

É um problema, diz a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, professora da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). “Quanto mais segmentos populacionais estiverem representados, mais robusta é uma democracia”, afirma.

Revisão da literatura acadêmica publicada pelas economistas Mariana Lopes da Fonseca e Zohal Hessami reuniu evidências de que a representação política feminina melhora a oferta de serviços públicos de educação e de saúde nos países em desenvolvimento e também nos desenvolvidos induz políticas específicas como as de cuidado infantil, além de reduzir corrupção.

No caso da saúde e educação, entre as razões para isso estão a preferência das mulheres por políticas distributivas e a maior preocupação em média com o bem-estar das crianças, documentadas em outros trabalhos, e o fato de elas serem as principais responsáveis por atividades de cuidado.

“As mulheres suportam de forma desproporcional os custos de um sistema de saúde pública fraco e, portanto, também beneficiam de forma desproporcional com a sua melhoria”, diz Fonseca, professora na Universidade de St. Gallen, na Suíça.

Ela enfatiza ainda o efeito encorajador para novas gerações de meninas também entrarem na política.

Os estudos analisados pela dupla elencam algumas explicações para a sub-representação das mulheres no setor.

Uma delas seria a menor disposição delas para a competição, devido a fatores culturais. Outra, a visão tendenciosa de parte do eleitorado em relação às mulheres. E uma terceira, o viés contrário a elas por líderes partidários.

Para a cientista política Graziella Testa, os partidos, fechados a pessoas fora do círculo de poder, ainda são um importante empecilho para uma maior equidade de gênero na política.

“Normalmente, mulheres fazem um cálculo estratégico de que não adianta desprender tempo e atenção na política, porque não há acesso”, diz.

Em sua visão, é necessário que as legendas invistam na formação de mulheres. “É sempre importante levar em conta que essa é a função dos partidos. O fundo partidário é substancial também porque relegou a função de educação política a eles”, afirma.

Embora alguns estudos apontem tendência de mulheres apoiarem mais a esquerda, acadêmicos têm visto a possibilidade de reversão ao menos em parte dessa tendência em meio à ascensão da direita.

Para a professora da UFSCar, o discurso de Michelle Bolsonaro na avenida Paulista no último dia 25, no ato com Jair Bolsonaro, pode ter sido um chamado importante para mobilizar candidaturas da direita conservadora, nos dois gêneros.

“Por um bom tempo fomos negligentes ao ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal ocupou o espaço. Chegou o momento da libertação”, disse a ex-primeira-dama.

“Antes a questão da representatividade vinha da esquerda, agora vem da direita”, afirma. Em outras palavras, a defesa por parte da esquerda de que o mundo político refletisse a diversidade de gênero e raça da população pode ter encontrado uma espécie paralela com a defesa de instituições que reflitam o predomínio cristão.

DIVERSIDADE IDEOLÓGICA

Nas dez cidades com maior eleitorado feminino do Brasil, há entre a minoria de vereadoras eleitas integrantes de legendas de esquerda, direita e centro.

Vereadora em Santos, onde já foi prefeita, Telma de Souza (PT) lembra que sua entrada na política tem a particularidade do exemplo de casa: seu pai e sua mãe eram políticos.

“Em Santos, as mulheres faziam pedagogia, e os homens direito, e depois todos se casavam entre si. Eu fiz as duas faculdades”, diz.

Para ela, a presença da mulher na política é importante tanto para o fortalecimento da democracia como por trazer à arena experiências que os homens não têm.

Em outra ponta do espectro ideológico está Eliza Virgínia (PP). Única vereadora de João Pessoa, ela se define como militante pela vida e antifeminista.

Recentemente, ganhou o noticiário ao se tornar alvo de um inquérito do Ministério Público por ter parabenizado um guarda civil que agrediu uma mulher trans.

A vereadora declara ser contra a igualdade de gênero, mas reconhece a existência do machismo e dos vários tipos de violência que acometem as mulheres.

Ao centro, por sua vez, a vereadora de Maceió Olívia Tenório (MDB) aponta diversos projetos debatidos na Câmara Municipal da cidade por iniciativa das mulheres na Casa —elas são 4 de 25 representantes do Legislativo local.

Entre eles, está a discussão de projetos sobre pobreza menstrual e uma lei de auxílio aluguel para mulheres que sofreram algum tipo de violência.

Elas também conseguiram a implementação de licença-maternidade para as parlamentares e colocaram em prática uma mudança que previa que ao menos 30% da Mesa Diretora precisa ser composta por mulheres.

Angela Pinho/Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

Petrobras despenca e perde R$ 55 bi em valor de mercado após decisão de Lula sobre dividendos

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
As ações da Petrobras registram queda de mais de 10% nesta sexta-feira (8), após a estatal ter divulgado queda no lucro de 2023 e decidido não pagar dividendos extraordinários, frustrando o mercado. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras caíram 10,57%, enquanto os ordinários (com direito a voto) recuaram 10,46%.

Com isso, a petroleira amargou perda de R$ 55,7 bilhões no pregão desta sexta. No pior momento, as preferenciais recuaram 13,1%, e as ordinárias caíram 14%, representando uma perda de R$ 72,7 bilhões.

No exterior, os ADRs (recibos de ações brasileiras negociadas nos EUA) da Petrobras caíam 11,50% no início da noite.

A companhia anunciou na noite de quinta-feira (7) que encerrou 2023 com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, numa queda de 33,8% em relação aos R$ 188,3 bilhões registrados em 2022. Apesar da diminuição, o número veio em linha com o esperado pelo mercado e seguiu o observado nos resultados de outras petroleiras globais.

O que pesou, no entanto, foi o anúncio de distribuição de dividendos. A estatal frustrou o mercado ao comunicar que o conselho de administração recomendou remuneração de R$ 14,2 bilhões aos acionistas, sem dividendos extraordinários.

No fim da tarde, a agência Reuters noticiou que a decisão do conselho partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que o governo use para investimentos o dinheiro que seria destinado à remuneração extra aos acionistas. As ações da Petrobras voltaram a acentuar queda após a notícia.

O diretor financeiro da companhia, Sergio Caetano, afirmou, no entanto, que os dividendos extraordinários retidos não serão redirecionados para investimentos e reforçou que a finalidade da decisão é assegurar recursos para o pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio, suas recomendações e recompras de ações.

Analistas do Itaú BBA destacam que investidores já esperavam maior cautela da companhia no pagamento de dividendos, mas a projeção era que a Petrobras pagasse cerca de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários.

“O consenso era que os dividendos extraordinários ficassem entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões (R$ 14,9 bilhões e R$ 24,9 bilhões), e a decepção do mercado deve aumentar preocupações entre investidores sobre o futuro da alocação de capital da empresa”, diz o BBA.

Após o anúncio da petroleira, o Bradesco BBI rebaixou sua recomendação sobre a Petrobras para “neutra”. Para o banco, o retorno de dividendos da Petrobras deixou de ser atrativo em relação aos seus pares globais e que o anúncio traz incertezas sobre a política de dividendos da companhia, que, na visão dos analistas, costumava ser bastante clara.

O Santander também rebaixou para “neutra” a recomendação para papéis da petroleira, afirmando que a companhia continua forte, mas que, sem dividendos extraordinários, não há catalisadores para uma possível alta dos papéis.

“Acreditamos que fundamentos sólidos prevalecerão novamente no futuro, especialmente se a Petrobras prosseguir uma estratégia de transição energética lenta. No entanto, mais clareza sobre a estratégia de curto prazo é necessária para uma visão mais otimista sobre a ação”, afirma o banco.

Na mesma linha, o Bank of America também cortou para “neutra” a recomendação para o papel, afirmando que a valorização das ações deve ser conduzida justamente pelos retorno de dinheiro aos acionistas. Com diminuição de dividendos e o aumento da percepção de risco da Petrobras, a recomendação de compra perdeu espaço.

Já analistas do BTG Pactual afirmam que a decisão do conselho de administração de reter uma parcela dos lucros da companhia não pagar dividendos extraordinários devem aumentar a percepção de risco sobre a Petrobras.

“A distribuição de dividendos extraordinários seria um excelente sinal, indicando não apenas que o crescimento da Petrobras em setores mais verdes poderia ser conduzido de acordo com o plano estratégico da empresa, mas também reforçando que seus interesses estão alinhados com os das minorias”, diz o BTG.

O banco mantém, no entanto, a recomendação de compra para as ações da companhia, citando seu potencial de geração de caixa e os preços do petróleo, que estão em alto patamar.

“Apesar de ainda acreditarmos que o pragmatismo pode prevalecer, nossa fé sem dúvida está abalada. As mensagens transmitidas pela equipe de gestão e pelo governo serão cruciais para garantir uma tese sólida de investimento.”

COM PETROBRAS EM FOCO, BOLSA CAI E DÓLAR SOBE

O tombo da Petrobras, que é uma das empresas de maior peso da Bolsa brasileira, arrastou o mercado local. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,98%, aos 127.070 pontos, e renovou sua mínima intradiária do ano.

As ações da petroleira registraram a maior queda do dia, mas recuos da Vale e do Banco do Brasil também pesaram.

No câmbio, o dólar avançou 0,98% e fechou cotado a R$ . No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas fortes, ficou praticamente estável.

Marcelo Azevedo/Folhapress

TSE define critérios para caracterizar fraudes à cota de gênero em nova resolução para eleições 2024

As novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estarão em vigor durante as eleições de 2024 estabelecem critérios para caracterizar fraude na cota de gênero. As instruções que vão servir como diretrizes para partidos políticos, candidatos e para o próprio Judiciário nas eleições municipais de 2024 foram aprovadas em fevereiro deste ano.

A medida tomada neste ano estabelece uma nova resolução sobre ilícitos eleitorais. Nela, é conceituado que a fraude à cota de gênero é a negligência do partido político ou da federação na apresentação e no pedido de registro de candidaturas femininas, “revelada por fatores como a inviabilidade jurídica patente da candidatura, a inércia em sanar pendência documental, a revelia e a ausência de substituição de candidata indeferida”.

Com isso, será considerado laranja a candidatura feminina com prestação de contas idêntica a uma outra, ou que não promova atos de campanha em benefício próprio. Tais situações configuram fraude mesmo se ocorrerem sem a intenção de fraudar a lei, segundo as regras aprovadas.

Outro parâmetro estabelecido pelo TSE diz que incorre automaticamente em fraude a candidata a vereadora com votação zerada ou pífia, sem importar o motivo alegado para baixa votação.

Como punição, o TSE implica que a fraude à cota de gênero acarreta a cassação do diploma de todas as candidatas eleitas e de todos os candidatos eleitos, a invalidação da lista de candidaturas do partido ou da federação que dela tenha se valido e a anulação dos votos nominais e de legenda, com as consequências previstas no caput do art. 224 do Código Eleitoral.

Atualmente, a Lei das Eleições obriga que partidos e federações destinem a mulheres pelo menos 30% das candidaturas lançadas à Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, assembleias legislativas e câmaras de vereadores.

Em um caso recente de julgamento por candidaturas laranjas, o TSE comprovou que partidos de 14 municípios de seis Estados brasileiros cometeram fraude à cota de gênero nas eleições de 2020. Candidaturas femininas fictícias foram encontradas no Maranhão, Espírito Santo, Pará, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. O julgamento que analisou fraudes às cotas foi encerrado na última quinta-feira, 29, em sessão virtual realizada desde o dia 23.

Rafaela Ferreira/Estadão

Prévia do PL Mulher reúne 250 lideranças femininas em Salvador

A deputada federal Roberta Roma (PL) e a a presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro
“Somos mulheres comuns que resolveram sair da inércia pra mudar a realidade do nosso País. Sabemos que o 8 de Março é só mais um dia no calendário. Nosso dia é todos os dias porque todos os dias temos que cumprir missões”. Foi essa mensagem de protagonismo da mulher na política que a presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, trouxe para a reunião prévia desta sexta-feira (8) que reuniu lideranças femininas no Centro de Convenções de Salvador. Neste sábado (9), no mesmo local será realizado, às 10 horas, o Encontro PL Mulher, que será aberto ao grande público.

A atividade desta sexta reuniu 250 lideranças de 36 municípios baianos e contou com a participação das deputadas federais Roberta Roma, Amália Barros (MT), da secretária nacional do PL Mulher, Joice Carvalho, e da presidente do PL Mulher Salvador, Josi Flora.

“Queremos fazer uma política feminina e não feminista. Não queremos competir com os homens. Nós amamos os homens, amamos que eles paguem as contas, que abram as portas para nós. Queremos contribuir com os homens. Não queremos destruir a figura masculina”, defendeu Michelle Bolsonaro.

Deputada federal mais votada na Bahia e presidente estadual do PL Mulher, Roberta Roma destacou a importância da realização do encontro “com mulheres fortes e aguerridas. Nossa sempre primeira-dama Michelle Bolsonaro está aqui para estimular a participação feminina na política. Mostrar nossa fibra, nossa coragem e nossas potencialidades”.

Programa Pátria Voluntária

Michelle Bolsonaro fez uma apresentação de dados do Programa Pátria Voluntária, que ela teve a oportunidade de coordenar durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e que possuía um banco de dados com mais de 600 mil voluntários de todo o País.

“A área social pelo Brasil está parada. Quantas instituições estão paradas? Quantos projetos estão parados?”, lamentou.

Ela explicou a importância da participação feminina na construção das políticas públicas: “O homem pode até construir uma política pública, por exemplo, sobre endometriose, que ele só conhece na teoria. A gente sabe o que uma mulher com endometriose sofre”, explicou.

Lei Amália Barros

Presidente do PL do Mato Grosso e vice-presidente do PL Mulher, a deputada federal Amália Barros contou sua trajetória na política até a aprovação da lei que leva o seu nome, graças a sua luta para viabilizar o reconhecimento legal das pessoas com visão monocular na qualidade pessoa com deficiência sensorial do tipo visual.

“O autor da lei é um senador petista, Rogério Carvalho do estado de Sergipe, mas o PT votou contra o projeto porque a lei seria positiva para o governo Bolsonaro. O meu líder na política me ensinou que não importa o autor do projeto, se ele é bom para o Brasil tem que ser aprovado”, afirmou.

Formação Política

Secretária nacional do PL Mulher, Joice Carvalho falou da disponibilidade de cursos de capacitação no site do PL Mulher e explicou os objetivos do partido.

“Tem quase um ano que a gente reformulou o PL Mulher. Semana por semana, a gente dá esse impulso nos Estados para esse projeto alavancar de maneira mais rápida. Nós temos uma causa: encorajar as mulheres a entrar na política, ser o maior movimento feminino partidário do Brasil, mas não por projeto de poder, e sim pela defesa dos nossos valores”.

Coragem para participar

Pré-candidata a vereadora em Salvador, Josi Flora falou da coragem que precisou ter para superar o medo das ameaças e das retaliações.

“É muito difícil ser uma mulher de direita na Bahia. Mas quero agradecer a todas as pessoas que não abriram as portas para mim. Sem saber, elas me fizeram mais forte para conseguir chegar até aqui. E precisamos de mais Michelles, de mais Amálias, de mais Robertas. Precisamos sair da zona de conforto e passar à frente da política”, defendeu.

Aliado de Lula, Jonga vai ao encontro de Bolsonaro

Contrariando as expectativas, o deputado federal Jonga Bacelar (PL) foi dar um abraço no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a passagem, nesta sexta-feira (8), do “capitão” em Salvador. Os dois se encontraram na Cantina Montanari, que fica no bairro da Boca do Rio.

Embora seja do PL, e tenha sido líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, Jonga é considerado atualmente um parlamentar da base aliada do presidente Lula (PT). Ele tem, inclusive, cargos no governo federal. Como revelou com exclusividade este Política Livre, coube ao parlamentar indicar, em 2023, o chefe da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) na Bahia.

Jonga, um membro clássico do Centrão, também costuma votar a favor do governo em pautas da Câmara e não assinou o pedido de impeachment protocolado pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) contra Lula por conta das declarações do presidente comparando as mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto.

Também estiveram com Bolsonaro na Cantina Montanari outras lideranças do PL baiano, a exemplo da deputada federal Roberta Roma, do deputado estadual Leandro de Jesus e do presidente da sigla no Estado, João Roma. Mais cedo, o ex-presidente participou de um ato político na Igreja Batista do Caminho das Árvores, comandada pelo bispo Átila Brandão. Jonga não foi a este evento, marcado também por filiações de pré-candidatos ao PL.

Ainda na Boca do Rio, só que no Centro de Convenções, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro comandou hoje uma prévia do evento do PL Mulher que acontece neste sábado (9), a partir das 10h.

Política Livre

Pesquisa Ipec: Avaliação positiva do governo Lula cai para 33%, pior número da série

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Pesquisa divulgada pelo Ipec nesta sexta-feira (8) mostra piora nos índices de aprovação do governo Lula (PT) após um ano e dois meses de mandato.

Conforme os resultados do levantamento, consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisar anterior, de dezembro passado. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.

Não sabem ou não souberam responder 3%. A sondagem foi realizada dos dias 1° a 5 de março, ouvindo presencialmente 2.000 eleitores em 130 municípios pelo país. A margem de erro estimada é de dois pontos para mais ou para menos.

O dado também é o pior da série de levantamentos do Ipec, iniciada em março do ano passado. À época, o governo marcou sua maior avaliação positiva, 41%. Depois, houve oscilações até dezembro, marcando estabilidade, e a atual queda.

Já a avaliação negativa é a maior desde o início das pesquisas no mandato, quando 24% viam a gestão como ruim ou péssima.

Segundo o instituto de pesquisas, a queda nos que consideram o governo ótimo ou bom foi puxada, dentre outros, pelos que declararam ter votado no mandatário em 2022 (de 69% para 61%), os que vivem no Nordeste (de 52% para 43%) e os que possuem renda de até um salário mínimo (de 69% para 61%).

Outros grupos em que a avaliação positiva registrou queda foram aqueles que se autodeclaram pretos e pardos (de 43% para 35%), as mulheres (de 40% para 33%), os que moram no Sudeste (de 37% para 30%), e aqueles que têm ensino médio (de 33% para 26%).

O Ipec também perguntou se os entrevistados aprovam ou reprovam a maneira de governar do presidente. Afirmam aprovar a forma de Lula de governar 49% dos ouvidos, enquanto 45% reprovam. No levantamento de dezembro, o placar estava em 51% a 43%.

Aqui também se registra o pior índice da série histórica do Ipec. Em março de 2023, 57% aprovavam a forma de governar de Lula, enquanto 35% reprovavam. Não souberam ou não quiseram responder, 6%.

Ainda, o instituto questionou o grau de confiança dos entrevistados no petista. Afirmam não confiar no chefe do Executivo 51%, enquanto 45% dizem confiar. Não souberam ou não quiseram responder à pergunta 4%. Em dezembro, 48% diziam confiar no presidente, e 50% diziam não confiar.

Matheus Tupina/Folhapress

Bolsonaro critica “20 anos do PT” na Bahia e culpa gestão de esquerda por saída de nordestinos da região

Foto: Divulgação/PL
Durante evento na Igreja Batista Caminho das Árvores (IBCA), na tarde desta sexta-feira (8), em Salvador, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas às gestões do PT na Bahia nos últimos anos. Para o ex-chefe do Executivo federal, os governos petistas foram os responsáveis pela “alta saída” de nordestinos dos seus estados de origem.

“São 20 anos de PT aqui na Bahia, e está bom? Se estivesse não tinha gente saindo para São Paulo. O que queremos é proteger a nossa liberdade, mais do que a nossa vida. Peço que votem em candidatos da direita para que possamos ocupar espaços que a esquerda tomou. Essa eleição é muito importante. Me perdoem os deputados, mas eleição de vereador é mais importante neste momento”, disse Bolsonaro.

Evitando críticas às instituições, bem como citar o nome do presidente Lula (PT), Bolsonaro interrompeu a sua fala em alguns momentos para que o público presente entoasse cânticos contra Lula e o PT.

Bolsonaro esteve ao lado do ex-ministro João Roma, do deputado federal Capitão Alden e dos estaduais Leandro de Jesus e Diego Castro.

Nomes como João Henrique, Soldado Prisco, César Leite, Netinho e a ex-candidata ao Senado Federal Raissa Soares também marcaram presença.

Durante o evento, Bolsonaro recebeu oração dos pastores da IBCA, bispo Átila Brandão e Átila Brandão Júnior. No momento também foram ditas palavras de apoio a Israel.

Flávio Sande/Política Livre

Pode ir na ONU, no raio que o parta, não tô nem aí, diz Tarcísio sobre denúncias de abuso da PM no litoral de SP

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta sexta (8) que não está “nem aí” para as denúncias de abusos cometidos durante a Operação Verão da Polícia Militar, no litoral de São Paulo.

“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, disse o governador.

Tarcísio será denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) pela escalada da violência policial na Baixada Santista. A Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns disseram que apresentariam a queixa nesta sexta-feira durante reunião do colegiado em Genebra, na Suíça.

Além disso, o Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial), do Ministério Público de São Paulo, disse nesta quinta (7) que abriu uma notícia fato para investigar denúncias de que os mortos na operação estão sendo levados como vivos para hospitais.

Os relatos foram feitos por funcionários da Saúde de Santos. O Gaesp afirma que vai colher os prontuários médicos e identificar os socorristas para investigar como o transporte dos corpos ocorreu.

O governador negou ter recebido as denúncias de irregularidades e defendeu o trabalho dos policiais.

“A nossa polícia é extremamente profissional. É uma pena que toda hora as pessoas querem colocar a polícia na posição de criminosa. Não é isso, esses caras estão defendendo a gente, a nossa sociedade. Estão vestindo a farda para ir enfrentar criminoso”, disse Tarcísio.

Até o dia 1º de março, a Operação Verão deixou 39 mortos na Baixada Santista. A operação teve início após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, em 2 de fevereiro. Ao menos um outro PM em serviço também morreu durante a operação, na periferia de Santos.

No início de março, a Polícia Militar havia se comprometido a suspender a operação, que já é a segunda ação mais letal da história de São Paulo, atrás apenas do massacre do Carandiru, quando 111 homens foram mortos durante a invasão da Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992.

O número de mortes da Operação verão também já é superior ao de 40 dias de Operação Escudo, realizada na mesma região entre 28 de julho e 5 de setembro, quando 28 pessoas foram mortas. A ação foi deflagrada após o assassinato do também soldado da Rota Patrick Bastos Reis, 30. Assim como Cosmo, Reis estava em serviço ao ser atingido.

Isabela Palhares, Folhapress

Avante chega a 370 municípios baianos sob a expectativa de abrigar Rui ao Senado e Carletto, na sua suplência

Presidente do Avante, Ronaldo Carletto
Nem no próprio PT há mais dúvidas de que o ministro Rui Costa (Casa Civil) pode se filiar ao Avante a fim de reduzir as resistências das forças aliadas ao plano de concorrer, em 2026, ao Senado ao lado do senador Jaques Wagner (PT), que vai disputar a reeleição, na chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

É o que pode explicar a rapidez com que o partido cresce na Bahia sob a presidência do ex-deputado federal Ronaldo Carletto. Assumido pelo ex-parlamentar em maio do ano passado, o Avante bateu a marca de presença em 370 municípios na Bahia, um feito para qualquer partido sem maior expressão no Estado.

Para as demais agremiações governistas, que assistem à inflada do Avante entre a inveja e a desconfiança, a meta de seu presidente é se viabilizar como suplente de Rui na expectativa de que, uma vez eleito, o ex-governador volte a assumir um ministério, e ele ganhe o mandato praticamente “de grátis”.

Política Livre

Prefeitura de Itagibá realiza entrega de Kits de trabalho para os Agentes de Combate às Endemias

A Prefeitura de Itagibá deu um passo importante na luta contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti ao repassar 14 kits de trabalho completos para a Equipe de Agentes de Combate às Endemias (ACEs). Esses kits foram enviados pela Secretaria de Saúde do Estado (SESAB) e visam aprimorar as ações de combate ao mosquito vetor da Dengue, Zika e Chikungunya.
Graças às ações dedicadas dos ACEs, ao apoio da Gestão Municipal e à colaboração da população, Itagibá alcançou um Índice de Infestação predial de 0,79% ao final do 1º ciclo de 2024, considerado de baixo risco pelo Ministério da Saúde. Esse resultado demonstra o sucesso das iniciativas implementadas para conter a proliferação do Aedes aegypti. No entanto, mesmo diante desse cenário favorável, é essencial manter a vigilância e os cuidados com os locais propensos à criação de focos do mosquito.

Bandidos armados sequestram 287 estudantes em escola na Nigéria

Homens armados atacaram uma escola na região noroeste da Nigéria, capturando pelo menos 287 estudantes, no segundo rapto em massa no país da África Ocidental em menos de uma semana.

O sequestro é mais um na série de crimes que assola a Nigéria, país mais populoso da África. A zona mais letal é o nordeste do país, onde os jihadistas ligados ao Estado Islâmico atacam o exército e as aldeias. O noroeste também está repleto de gangues que rotineiramente sequestram para pedir resgate. Um conflito de décadas entre pastores, em sua maioria muçulmanos, e fazendeiros, em sua maioria cristãos, continua no centro do país, onde na véspera de Natal homens armados mataram pelo menos 160 pessoas. A violência separatista ainda é latente no sudeste do país.

Em sua posse, em maio passado, o presidente Bola Tinubu declarou que a segurança era sua “prioridade máxima”. No entanto, mais de 3.600 pessoas foram sequestradas em 2023, o maior número de todos os tempos, de acordo com o ACLED, um monitor global de conflitos. Os sequestros aumentaram acentuadamente depois que Tinubu assumiu o cargo. E quase 9.000 nigerianos foram mortos em conflitos no ano passado.

As autoridades haviam dito anteriormente que mais de 100 estudantes foram feitos reféns no ataque. Mas Sani Abdullahi, o diretor da escola, disse ao governador de Kaduna, Uba Sani, quando visitou a cidade ontem, que o número total de desaparecidos após a contagem era de 287.

“Vamos garantir que todas as crianças voltem. Estamos trabalhando com as agências de segurança”, disse o governador aos moradores.

Os raptos de estudantes de escolas no norte da Nigéria são comuns e tornaram-se uma fonte de preocupação desde 2014, quando terroristas islâmicos raptaram mais de 200 estudantes na aldeia de Chibok, no Estado de Borno. Nos últimos anos, os raptos concentraram-se nas regiões noroeste e central, onde dezenas de grupos armados têm frequentemente como alvo aldeões e viajantes em busca de enormes resgates.

Há uma década os grupos criminosos, conhecidos como “bandidos”, realizam roubos de gado e executam sequestros para pedir resgates. Mas, com a economia em crise no país por causa da pandemia do coronavírus, o banditismo se tornou uma indústria em crescimento. As vítimas agora não são apenas ricos, poderosos ou famosos, mas também os pobres — e cada vez mais, crianças em idade escolar que são presas em massa.

A volta dos sequestros em massa de estudantes trouxe à memória o rapto de Chibok, em 2014, quando o grupo terrorista islâmico Boko Haram sequestrou 276 estudantes, causando indignação mundial. Mais de 100 meninas continuam desaparecidas e ninguém sabe quantas sobreviveram ao sequestro.

Mas os dois fenômenos são diferentes: os chamados “bandidos” atuam por dinheiro e não por razões ideológicas, apesar dos vínculos de alguns criminosos com os grupos jihadistas. E, por causa da crise econômica no país, o banditismo atrai cada vez mais jovens desempregados em regiões onde mais de 80% dos habitantes vivem na extrema pobreza. Alguns grupos têm centenas de integrantes e outros apenas algumas dezenas.

O governo tende a se esbanjar em sistemas de armas sofisticados que não conseguem resolver a raiz do problema, que é a pobreza, a educação precária e a raiva pelas atrocidades cometidas pelo exército. O último orçamento inclui fundos para seis helicópteros de ataque turcos t-129, além dos 12 dispendiosos helicópteros Bell comprados no ano passado dos Estados Unidos por US$ 1 bilhão, sem mencionar 12 aeronaves de ataque Super Tucano. A compra de drones de ataque se tornou tão popular que o exército tem sua própria frota ao lado da força aérea.

Mas os drones não são bons para proteger as escolas contra sequestros, e o armamento pesado pode causar desastres. Recentemente, um drone matou pelo menos 85 civis em um festival no estado de Kaduna – não é o primeiro erro desse tipo. O exército prometeu “ajustar” suas operações, mas é necessária uma mudança mais radical. A polícia, bem equipada, mas capaz de usar melhor a inteligência humana, deve liderar a segurança doméstica, e não o exército, que foi implantado em todos os 36 estados da Nigéria.

Outro grande problema é a corrupção nos gastos com segurança. “A defesa é uma parte realmente importante do orçamento, na qual você pode retirar grandes quantidades de dinheiro sem que as pessoas percebam”, diz Matthew Page, da Chatham House, um think-tank em Londres. Grande parte do orçamento, segundo ele, ainda é para recompensar aqueles que pagaram para que Tinubu fosse eleito. Às vezes, o exército não recebe sua alocação orçamentária.

Isso é agravado por um sistema conhecido como “votos de segurança”, por meio do qual partes dos gastos com defesa são consideradas sensíveis demais para exigir supervisão pública. Essa prática, que representa talvez US$ 700 milhões por ano, aumentou drasticamente durante o governo do último presidente e pode aumentar ainda mais durante o governo Tinubu.

O orçamento de defesa quase triplicou desde 2019. Mas, graças à inflação, às compras supérfluas e à corrupção, os nigerianos não parecem estar mais seguros. O general Christopher Musa, chefe da equipe de defesa, parece entender as raízes da insegurança. “O esforço militar por si só é incapaz de restaurar a paz duradoura”, diz ele, acrescentando que o exército ajudou a construir centenas de escolas sob seu comando no nordeste do país.

No entanto, muitos políticos parecem mais dispostos a gastar consigo mesmos, em vez de criar as condições para a paz ou preencher o buraco fiscal do país. Mesmo que o Sr. Tinubu resista à tentação de restabelecer o subsídio da gasolina que ele removeu em grande parte no ano passado, somente o serviço da dívida em 2024 poderá consumir 61% da receita.

Em novembro, a assembleia nacional aprovou novos veículos utilitários esportivos para todos os 460 legisladores, a um custo relatado de mais de US$ 150.000 por carro. Em dois meses, o governo orçou US$ 31 milhões para melhorar as acomodações do presidente e do vice-presidente – em um país com cerca de 220 milhões de habitantes, onde mais de 80 milhões vivem com menos de US$ 2,15 por dia e muitos temem ser sequestrados.

A violência no país provocou desde 2011 as mortes de mais de 8 mil pessoas e o deslocamento de mais 200 mil, segundo um relatório do International Crisis Group (ICG) publicado em maio de 2020.

Os governadores têm sido duramente criticados por não protegerem seus cidadãos — e, quando os reféns são libertados, o governo tira proveito da publicidade. Nesta terça, as autoridades reuniram as estudantes em um auditório e entregaram roupas limpas e hijabs (véu que cobre o cabelo e peito) de cor azul. Depois, na presença de jornalistas e fotógrafos, elas se perfilaram para cantar o hino nacional nigeriano.

Depois de cada libertação, autoridades negam que tenham pagado resgate, mas especialistas em segurança temem que esse pagamento estimule os sequestros em regiões inseguras, minadas pela extrema pobreza. Funcionários corruptos também já foram acusados de roubar parte do dinheiro, de acordo com analistas nigerianos e relatos da imprensa.

“Se o governo não levar isso a sério, não vejo o fim disso — disse ao New York Times Babuor Habib, especialista em educação e segurança de Maiduguri, no estado de Borno. “Os sequestradores encontraram agora uma maneira muito criativa e fácil de conseguir milhões de nairas [a moeda nigeriana]”.

Na semana passada, o presidente Muhammadu Buhari culpou os governos estaduais e locais pelo aumento dos ataques, dizendo que eles precisam melhorar a segurança nas escolas. Segundo ele, a política de “recompensar bandidos com dinheiro e veículos” também pode levar a “consequências desastrosas”.

Após a libertação das estudantes, Buhari expressou “imensa alegria”, e celebrou “o retorno das alunas traumatizadas”. Em comunicado, ele prometeu acabar com o conflito que afeta o Norte do país.

Novo alvo
As escolas que funcionam em regime de internato são comuns no Noroeste da Nigéria e muitas vezes estão localizados fora das cidades e aldeias, onde muitas vezes não há segurança. Por isso, outra consequência preocupante dos sequestros é o aumento da deserção escolar, especialmente das meninas, nesta região, a menos escolarizada da Nigéria.

O ataque de ontem ocorreu dias depois de mais de 200 pessoas, a maioria mulheres e crianças, terem sido raptadas por extremistas no nordeste da Nigéria.

Mulheres, crianças e estudantes são frequentemente alvo de raptos em massa na região norte, atingida pelo conflito, e muitas vítimas só são libertadas após pagarem grandes resgates.

Crise
Os observadores dizem que ambos os ataques são um lembrete do agravamento da crise de segurança na Nigéria, que resultou na morte de várias centenas de pessoas em 2023, de acordo com uma análise da agência Associated Press.

Bola Tinubu foi eleito presidente da Nigéria no ano passado após prometer acabar com a violência. “Mas ainda não houve nenhuma melhoria tangível na situação de segurança”, disse Oluwole Ojewale, investigador da África Ocidental e Central do Instituto de Estudos de Segurança, centrado em África.

A Anistia Internacional apelou às autoridades nigerianas para resgatarem os estudantes com segurança e responsabilizarem os responsáveis.

“Não sabemos o que fazer, estamos todos esperando para ver o que Deus pode fazer. Eles são meus únicos filhos que tenho na Terra”, disse Fatima Usman, mãe de dois alunos que estavam entre os sequestrados, à Reuters por telefone.

Outro pai, Hassan Abdullahi, disse que vigilantes locais tentaram repelir os homens armados, mas foram dominados. “Dezessete dos estudantes sequestrados são meus filhos. Me sinto muito triste porque o governo nos negligenciou completamente nesta área”, disse Abdullahi.

Os sequestros por homens armados se tornaram comuns no norte da Nigéria, perturbando a vida cotidiana e impedindo milhares de crianças de frequentar a escola.

O último grande rapto relatado envolvendo crianças em idade escolar em Kaduna ocorreu em julho de 2021, quando homens armados levaram mais de 150 estudantes em uma operação. Os estudantes foram reunidos meses depois com suas famílias, após pagarem resgates. /AP, AFP e NYT.

Estadão Conteúdo

Bolsonaro é recebido por multidão no aeroporto de Salvador salvador

Bolsonaro é recebido por multidão no aeroporto de Salvador
O ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lado do presidente do PL Bahia, João Roma, desembarcou em Salvador e foi recepcionado por uma multidão de apoiadores e simpatizantes, que o aguardavam no aeroporto.

Para João Roma, a calorosa manifestação demonstra o apreço e o carinho de baianas e baianos por Bolsonaro. “Engana-se quem pensa que o povo da Bahia está satisfeito com o que está acontecendo no Brasil atualmente”.


Vereadora Andréia Novaes ressalta a força e empoderamento da mulher em Ipiaú

O transcurso do Dia Internacional da Mulher, nesta sexta- feira, 8 de Março, foi lembrado  na Sessão Ordinária que a Câmara Municipal de Ipiaú realizou na noite de ontem, quinta-feira,7. Alguns vereadores citaram a importância da data , ressaltaram a presença feminina em importantes órgãos públicos e privados da cidade, inclusive em cargos de liderança, a exemplo da prefeita Maria das Graças e grande parte do seu secretariado, mas o destaque dos pronunciamentos ficou por conta da vereadora Andréia Novaes-PP-, única mulher no plenário da casa.

Discursando na  Tribuna Livre, Andréia disse que a conquista das mulheres se deu com muita luta e perseverança. Falou da força e empoderamento que tem caracterizado a mulher na atualidade, repudiou o feminicídio e criticou o preconceito.

“Já fomos impedidas de trabalhar, de votar, de sermos independentes. Julgam-nos pela forma como vestimos e matam-nos por sermos o que queremos ser ou por não aceitar nossas decisões. Que o Dia 8 de Março sirva não apenas para homenagear, mas para também refletir e educar aqueles  que ainda nos enxergam como sexo frágil”. Observou a vereadora.

 Em seguida Andréia arrematou: “Força é a palavra que define muito bem  nós mulheres”. Ela concluiu sua fala citando Provérbios 31 10 que diz das características da mulher virtuosa cujo “valor muito excede ao de rubis”.

OUTRAS VEREADORAS

A história das mulheres no Poder Legislativo ipiauense foi inaugurada na eleição de 15 de novembro de 1972 quando a comerciária Elizabeth Orrico, concorrendo pelo MDB, foi eleita com 221 votos e exerceu o mandato legislativo no período de 1973/77.

 Daí em diante dezenas de outras mulheres concorreram a uma vaga, mas somente outras 10 foram eleitas e cumpriram integralmente o mandato que lhes foi outorgado pelo povo.

Desse seleto grupo iniciado por Elizabeth Orrico constam os nomes de Consuelo Gioconda,Vera Andrade, Jacy Barreto, Terezinha Nascimento, Miralva Rios, Zizí da Silva e Nilzélia Maria, Margarete Chaves, Simone Coutinho e Andréia Novaes. De todas elas apenas a vereadora Terezinha Nascimento -PMDB- exerceu o cargo de presidente da Câmara.

( José Américo Castro/Ascom- Câmara Municipal de Ipiaú)

Procuradores da República definem candidatos a vaga no STJ

A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge
Os procuradores da República definiram os candidatos a uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O nome preferido da categoria foi o da ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge, que chefiou o Ministério Público Federal entre 2017 e 2019. Ela teve 489 votos.

Os demais foram Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva (468 votos), Artur de Brito Gueiros Souza (428), o atual vice-PGR, Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho (402), Carlos Frederico Santos (354) e Celso de Albuquerque Silva (313). A votação ocorreu nesta quinta (7).

A lista será submetida ao plenário do STJ, que irá escolher três nomes e os enviará ao presidente Lula (PT), responsável por fazer a indicação ao Senado, para sabatina e votação.

Folhapress

Mulheres crescem no eleitorado e são maioria em 2 de cada 3 cidades

Ganhar votos das mulheres é cada vez mais importante para se eleger no Brasil. O crescente predomínio feminino no eleitorado faz campanhas políticas recalcularem rotas, define temas principais do pleito e acentua pontos de atrito entre direita e esquerda.

As mulheres constituem atualmente 52,6% da população habilitada a votar, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A diferença nunca foi tão grande.

São, no total, 8,1 milhões de potenciais votos a mais que os dos homens, ou quase quatro vezes a diferença de Lula (PT) para Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial de 2022.

A superioridade numérica cresce ao menos desde 1996, início da série histórica com dados disponíveis, tanto no quadro geral como nos locais.

Neste ano de eleições municipais, as mulheres são a maioria do eleitorado em 3.657 cidades do país (65,7%). Em 1996, isso acontecia em apenas 775 municípios (14% na época).

A predominância do eleitorado feminino é ainda mais visível nas capitais e municípios com ao menos 200 mil eleitores, onde poderá haver segundo turno. Em todas essas localidades, as mulheres são maioria entre as pessoas aptas a votar.

Os cinco maiores índices estão em Maceió (55,5%), Niterói (55,5%), Aracaju (55,4%), João Pessoa (55,4%) e Recife (55,3%).

O eleitorado feminino tem características específicas, e conhecê-las ajuda a angariar votos nesse público.

Pesquisas qualitativas mostram que elas tendem a ser mais orientadas para o detalhe, mais criteriosas na comparação e levam mais tempo para decidir o voto, diz o consultor de comunicação política Igor Paulin.

Ele atuou nas campanhas vitoriosas de João Henrique Caldas (PL) para a Prefeitura de Maceió, cidade com maior eleitorado feminino, e na de Raquel Lyra (PSDB) ao Governo de Pernambuco.

Outro aspecto importante, afirma, é que as mulheres têm muita informação para avaliar o serviço público. Usam maternidades, sabem como o filho está na creche, são as principais usuárias de serviços de saúde para si e para suas crianças.

A constatação desse fato esteve por trás de uma relevante decisão tomada na campanha de Raquel.

Como prefeita de Caruaru (PE), ela havia recebido o apelido de “Racreche”, usado pejorativamente por opositores pelo fato de sua gestão construir muitas unidades de educação infantil. “Percebemos que era um atributo”, diz.

O apelido foi incorporado pela própria campanha, fortemente focada no voto feminino.

Pautas de saúde também tendem a se destacar na comunicação política voltada às mulheres, pois são elas que mais assumem tarefas de cuidado, diz Graziella Testa, cientista política e professora da Escola de Políticas Públicas e Governo da FGV (Fundação Getulio Vargas).

“É um tema que aparece tanto nas eleições proporcionais quanto nas majoritárias e também no cenário internacional. Quando não existe uma boa assistência do Estado, o serviço recai sobre elas”, afirma.

Outro tema relevante para as mulheres é o da liberação do porte e posse de armas, que costuma mobilizar eleitoras, independentemente de outros recortes, como o religioso. “Mesmo mulheres evangélicas são menos propensas a serem favoráveis à liberação”, afirma.

Pesquisas acadêmicas em diferentes países, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, mostraram que mulheres tendem a votar mais à esquerda do que homens.

A diferença foi atribuída a fatores como o aumento de divórcios, que deixou mulheres mais pobres e, portanto, mais propensas a apoiar partidos que priorizem o combate à desigualdade; à maior ligação delas com políticas sociais; e à crescente escolarização.

Também no Brasil, pesquisas de intenção de voto apontaram vantagem mais larga de Lula sobre Bolsonaro entre as mulheres.

A cientista política e professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Mara Telles, por outro lado, diz que a disputa política em torno do que é a família e do que é ser mulher pode influenciar de alguma forma o cenário.

O debate resvala em temas presentes nas últimas duas eleições presidenciais como banheiros unissex e educação sexual nas escolas.

Enquanto a direita aparenta maior grau de consenso nesses debates, a esquerda parece estar dividida, afirma ela, que também é presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais.

LONGEVIDADE E FATORES SOCIAIS AJUDAM A EXPLICAR MAIORIA FEMININA
Um conjunto de fatores, demográficos e sociais, ajudam a explicar a maior presença de mulheres no eleitorado no Brasil.

A maior expectativa de vida é uma delas. Em 2022, a projeção era de 72 anos para os homens e 79 para mulheres.

A diferença se deve tanto a questões genéticas quanto a sociais e comportamentais, como a exposição maior à violência, a menor frequência ao médico e a maior prevalência de consumo abusivo de álcool entre os homens, por exemplo.

Se a longevidade fosse a única explicação para a maior proporção de mulheres no eleitorado, o impacto seria menor: como o voto a partir dos 70 anos é facultativo, uma maior parcela de eleitoras idosas poderia não significar mais votos na urna. Mas não é o caso.

Os dados do TSE mostram que o predomínio feminino é praticamente o mesmo na faixa etária do voto obrigatório (18 a 69 anos), com as mulheres representando 52,2% desse grupo. Elas são a maioria em 3.444 municípios, incluindo todas as cidades grandes do país, considerando esse recorte.

Contribui também para esse resultado o fato de os homens estarem mais sujeitos a algumas situações que geram o cancelamento do título ou a suspensão dos direitos políticos.

Nas eleições de 2022, eles constituíram uma fatia de 55% dos eleitores faltosos, ou seja, aqueles ausentes em três pleitos seguidos. Com isso, podem ter o título cancelado caso não paguem multa ou se justifiquem no prazo legal.

Homens são também 95% das 832 mil pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Presos com condenação em trânsito em julgado não podem votar. Os provisórios até poderiam, mas apenas uma parcela diminuta está com a situação eleitoral regularizada.

Angela Pinho , Ana Gabriela Oliveira Lima , Cristiano Martins e Nicholas Pretto/Folhapress

"Dia muito importante em Brasília" afirma prefeita Maria após Ipiaú ser contemplado pelo Novo PAC Seleções

Na manhã desta quinta-feira, 07, no Palácio do Planalto, a prefeita Maria das Graças, juntamente com a Secretária de Saúde Laryssa Dias e comitiva, estiveram no evento de apresentação dos municípios contemplados pelo Programa de Aceleração do Crescimento - Novo PAC Seleções.

A prefeitura de Ipiaú cadastrou diversos investimentos e obras. Nessa primeira etapa, o município foi contemplado com a construção de duas unidades básicas de saúde e um ônibus escolar.

Segundo a prefeita Maria, esse retorno é reflexo de todo empenho e trabalho que está sendo realizado por Ipiaú e que irá continuar com o desenvolvimento do município.
"As unidades de saúde serão implantadas no Bairro da Granja e no ACM. Estou muito feliz e empenhada em cada vez mais trabalhar por nossa gente", cita Laryssa Dias.

O município está cadastrado também para receber a macrodrenagem e outras obras que beneficiarão Ipiaú.

ASCOM

Declaração de Lula sobre Holocausto é antissemita, afirma diplomata dos EUA

A comparação feita pelo presidente Lula (PT) entre a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto nazista constitui antissemitismo, afirmou nesta quinta-feira (7) a embaixadora americana Deborah Lipstadt, enviada especial do governo Joe Biden para monitoramento e combate ao ódio contra judeus.

“O Departamento de Estado adota a definição [de antissemitismo] da IHRA [aliança internacional para a memória do Holocausto], e a definição da IHRA deixa claro que isso constitui antissemitismo”, disse Lipstadt ao jornal Folha de S.Paulo.

A diplomata foi ouvida nesta quinta em uma audiência no Congresso americano sobre o aumento do antissemitismo na América Latina. Durante a sessão, Lula foi citado nominalmente diversas vezes, assim como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o do Chile, Gabriel Boric –todos apontados como maus exemplos na região.

Durante uma entrevista na Etiópia no mês passado, Lula afirmou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Após a repercussão negativa, Lula ressaltou que não utilizou a palavra “Holocausto” em sua fala. “Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel. Não foi minha”, disse, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na Rede TV.

Lula, de fato, não utilizou a palavra “Holocausto” durante a entrevista. No entanto, o termo está diretamente ligado ao extermínio do povo judeu, justamente a ação mais grave cometida por Hitler contra um povo.

“Essa declaração é a pior possível”, disse a embaixadora americana nesta quinta-feira.

A IHRA define antissemitismo como “uma certa percepção dos judeus, que pode ser expressa como ódio em relação aos judeus. As manifestações retóricas e físicas do antissemitismo são direcionadas a indivíduos judeus ou não judeus e/ou a suas propriedades, a instituições comunitárias judaicas e instalações religiosas”.

Entre os exemplos desse tipo de retórica, a organização lista “fazer comparações entre políticas contemporâneas israelenses com as dos nazistas” —exatamente o que Lula fez.

Questionada sobre a diferença entre críticas legítimas a Israel e antissemitismo, Lipstadt afirmou que as duas coisas não são equivalentes e que a linha é cruzada quando, em razão de divergências políticas, todos os judeus são responsabilizados globalmente.

“Nós estamos muito desapontados que alguns países da América Latina, incluindo a Bolívia, suspenderam ou cortaram relações diplomáticas com Israel, e outros chamaram seus embaixadores de volta para consultas. Não acreditamos que reduzir canais diplomáticos funcione para o nosso objetivo compartilhado de combater crises”, disse a diplomata americana.

O Brasil é um dos países que convocaram seus embaixadores em Israel para consultas, o que na praxe diplomática denota insatisfação com a conduta do país anfitrião. Na ocasião, essa foi a resposta de Brasília à crise que se formou com Tel Aviv a partir da declaração de Lula. O presidente brasileiro foi declarado “persona non grata” por Israel, e o embaixador brasileiro Frederico Meyer foi chamado para reprimenda fora do protocolo diplomático, no Memorial do Holocausto.

Errando o nome do presidente brasileiro nesta quinta, a republicana Maria Salazar, codiretora do subcomitê da Câmara sobre Hemisfério Ocidental, onde ocorreu a audiência, foi muito mais dura em seus comentários.

“Gustavo Lula da Silva [sic] disse que Israel está repetindo o Holocausto, que israelenses são os novos nazistas dessa era”, afirmou, incorretamente, em sua fala inicial.

Citando também os presidentes de Chile, Colômbia e Bolívia, ela disse que “é desprezível que chefes de Estado tenham essas opiniões, mas é mais preocupante para nós que esses líderes são os parceiros favoritos do governo Biden na região”, disse a deputada conservadora.

Salazar cobrou de Lipstadt consequências concretas a esses países pelas falas de seus líderes. Em relação ao Brasil, a embaixadora disse que o secretário de Estado, Antony Blinken, cobrou Lula privadamente durante reunião entre os dois e deixou claro que as declarações, para os EUA, são perturbadoras, e que Washington discorda.

Na ocasião, Blinken também aproveitou a reunião com o presidente para dar um depoimento de cunho pessoal: segundo relatos, mencionou a Lula a história de seu padrasto, Samuel Pisar, sobrevivente de campos de concentração nazista.

No mês passado, o colombiano Gustavo Petro anunciou que seu país vai suspender compras de armas de Israel como resposta à morte de dezenas de palestinos enquanto recebiam comida na Faixa de Gaza. Em uma publicação no X, afirmou que o que aconteceu “se chama genocídio e lembra o Holocausto, ainda que não agrade às potências mundiais reconhecê-lo”.

O chileno Gabriel Boric, por sua vez, já expressou em várias ocasiões que considera a resposta de Israel aos ataques do Hamas desproporcional e passível de condenação, além de uma violação do direito internacional.

Fernanda Perrin/Folhapress

Rosângela muda título eleitoral para o PR e vira alternativa ao Senado caso Moro seja cassado

A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) transferiu o título eleitoral de volta para o Paraná.

A notícia é uma reviravolta no cenário político do Paraná e até mesmo do Brasil.

Eleita deputada federal por São Paulo em 2022, ela faz o caminho de volta e vira uma alternativa concreta de candidatura ao Senado caso o marido, o hoje senador Sergio Moro (União-PR) seja cassado pela Justiça Eleitoral.

A possibilidade de Moro perder o mandato já movimentava políticos do estado que podem ser candidatos ao cargo em novas eleições, como por exemplo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, hoje deputada federal pelo estado paranaense, e o ex-senador Alvaro Dias (Podemos).

Até mesmo o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é mencionado para a disputa.

A volta de Rosângela Moro ao Paraná, no entanto, embaralha o cenário.

Partidários do casal afirmam que Rosângela Moro transferiu o título para o Paraná por questões logísticas, já que o marido se elegeu pelo estado e mantém domicílio em Curitiba. Dizem também ter certeza de que Moro não será cassado, e que portanto ela não será candidata para substituí-lo.

O julgamento de Moro está marcado para o dia 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O ex-juiz é alvo de duas ações, do PL de Jair Bolsonaro e da Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PC do B e PV, legendas da base do governo Lula.

Os partidos o acusam de abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida dos meios de comunicação social na pré-campanha de 2022. Ele nega as acusações.

Mônica Bergamo/Folhapress

Governo Lula quer ‘tropa de choque’ para enfrentar PL em comissões e vira ‘refém’ de Lira

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O governo Lula vai recorrer a uma tropa de choque em comissões estratégicas da Câmara para impedir o avanço de pautas de costumes defendidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso. A tática da blindagem foi planejada após a derrota sofrida pelo Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 6, quando o PL de Bolsonaro assumiu a presidência das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Educação.

Ciente de que ficará ‘refém’ do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para barrar projetos polêmicos no plenário, o governo já foi avisado por deputados do PT de que terá de fazer mais concessões agora, a sete meses das eleições municipais. Não sem motivo: chegou ao Palácio do Planalto a informação de que Lira quer controlar com mão de ferro a distribuição de todas as emendas de comissão.

Mesmo com o veto de R$ 5,6 bilhões imposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda há R$ 11 bilhões reservados para esse tipo de emenda. Depois do revés do governo na Câmara, porém, não está descartada a revisão para cima desse valor.

O que mais incomodou o Planalto foi o fato de o PL ter indicado dois bolsonaristas radicais para o comando de comissões importantes. A presidência da CCJ, por onde passam todos os projetos de interesse do Executivo, ficou com a deputada Caroline de Toni (SC), conhecida por votar sempre contra o governo.

A Comissão de Educação, por sua vez, foi para Nikolas Ferreira (MG), árduo defensor do homeschooling. Há projetos naquele colegiado que autorizam os Estados e o Distrito Federal a legislar sobre diretrizes e bases da educação domiciliar para se contrapor a uma suposta “doutrinação de esquerda”.

Em 8 de março do ano passado, Nikolas subiu à tribuna da Câmara vestido com uma peruca loura, sob a justificativa de que precisava ter “local de fala” no Dia da Mulher. No discurso, ironizou mulheres trans.

“Esperamos que ele não transforme a Comissão de Educação num confessionário do Big Brother para fazer vídeos para o Tik Tok”, disse o deputado Pedro Campos (PSB-PE). “Acho que devemos propor agora uma subcomissão educacional de saúde mental”, provocou Alencar Santana (PT-SP).

Comissões serão termômetro de fidelidade a Planalto

O petista observou, porém, que os colegiados da Câmara serão um bom termômetro para medir a fidelidade da base aliada. “Vamos ver de que lado os colegas estão e, no caso da educação, se será o lado da civilidade ou da ignorância”, argumentou Santana.

A prática de recorrer a uma tropa de choque é muito usada em comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e consiste na substituição de alguns parlamentares por outros mais aguerridos, ou mais alinhados ao Planalto, em momentos de votações ou depoimentos considerados decisivos.

“Essas comissões, hoje, estão muito esvaziadas. Mas vamos colocar ‘tropa de choque’, sim”, admitiu o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, classificou como “lamentáveis” e “desrespeitosas” as escolhas feitas pelo partido de Bolsonaro. “Isso depõe contra a própria Câmara”, avaliou Gleisi. O Planalto também levou uma rasteira do PL na Comissão de Segurança Pública, agora nas mãos de Alberto Fraga (PL-DF), líder da “bancada da bala”.

O ministro da Educação, Camilo Santana, tentou minimizar a derrota do governo. “A Câmara tem autonomia para escolher quem quiser. O trabalho não é do Ministério (da Educação). É do Brasil, da educação brasileira. Estarei preparado sempre que for convocado”, destacou.

Comissões legislativas têm poder de causar muitos desgastes para o governo, sobretudo com a convocação de ministros. Em 2023, por exemplo, o então titular da Justiça, Flávio Dino – hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – foi obrigado a ir várias vezes ao Congresso e, nas sessões, entrou em confronto com bolsonaristas.

O Planalto avalia que discípulos de Bolsonaro planejam agora fazer isso com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Mas não é só o PL que está disposto a fustigar Nísia. O Centrão, dirigido por Lira, pressiona o governo porque cobiça a cadeira da ministra. O orçamento da Saúde é o maior da Esplanada: R$ 232,06 bilhões.

O PT não aceitou negociar a presidência da Comissão de Saúde – que também lidera o ranking de emendas parlamentares, com R$ 4,5 bilhões para serem distribuídos entre seus integrantes – e nem a de Fiscalização e Controle, também conhecida por emparedar ministros.

“Nísia está sob fogo cruzado e vamos defendê-la”, afirmou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Titular da Comissão de Educação, Zeca disse não acreditar que Nikolas terá apoio para fazer tantas “estrepolias” na Comissão de Educação. “Ele vai ser enquadrado de todos os lados”, argumentou.

Vera Rosa/ Estadão

4ª CIPM apreende100kg de maconha em Oliveira dos Brejinhos

O material ilícito foi apreendido, nesta quinta-feira (4), durante o cumprimento da ‘Operação Força Total

Policiais militares da 4ª CIPM apreenderam cerca de 100kg de maconha, na manhã desta quinta-feira (7), no município de Oliveira dos Brejinhos.

Como parte das ações desenvolvidas ao longo da Operação Força Total, os pms realizaram uma blitz na localidade conhecida como Beira Rio.

Ao abordar um carro, os militares encontraram mochilas contendo 95 tabletes de maconha, totalizando, aproximadamente, 100kg da droga.

Diante do flagrante, o veículo, o condutor e todo o material apreendido foram apresentados na delegacia que atende à região para as medidas cabíveis. Fonte: 4ª CIPM.

Texto: DCS/ Polícia Militar

Polícia Civil cumpriu mandados em residência de suspeito de desviar um milhão de reais de empresa de telefonia.

 Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante ação conjunta das polícias da BA e CE. 

Em apoio à Operação Gateway, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará, na manhã desta quinta-feira (7), investigadores da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Eunápolis cumpriram dois mandados de busca e apreensão na residência de um suspeito de crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O homem foi preso no Ceará e tinha residência na cidade baiana.

Segundo as investigações, o homem efetuou, só em janeiro deste ano, o disparo de cerca de nove milhões de SMS com conteúdo fraudulento, contendo link’s para acesso (phishing) por meio de linhas, que gerou um prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 1 milhão de reais a uma empresa de telefonia.

Um celular foi apreendido e encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) do Ceará, para ser periciado.

Texto: Ascom PC

Homem é preso com dois revólveres e dois simulacros de fuzil pela Cipe Semiári

Essa foi mais uma prisão da 21ª da ‘Operação Força Total’ da PM.
Durante ações de intensificação de policiamento da 21ª edição da Operação Força Total, sendo esta 4ª edição realizada em todo território nacional, um homem foi preso com duas armas de fogo, dois simulacros de fuzil e munições na cidade de Mairi, distante 295 quilômetros de Salvador, às 9h desta quinta-feira (7).

Uma guarnição da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE)/Semiárido realizava rondas quando foi acionada por populares com a informação de uma troca de tiros nas proximidades da rodoviária, e uma fuga de um dos indivíduos para dentro de uma residência na localidade.

Os militares foram imediatamente até o endereço e flagraram o acusado com dois revólveres calibre 32, dois simulacros de fuzil e seis munições calibre 32. O indivíduo foi conduzido juntamente com todo material apreendido para a Delegacia Territorial da cidade de Mairi, onde a ocorrência foi registrada.

Texto: DCS – Polícia Militar

Foragidos por tráfico e roubo são alcançados nas últimas 24h pelo Reconhecimento Facial

 Os três homens foram flagrados pelas câmeras da SSP nas cidades de Salvador e Saubara. 

Três foragidos da Justiça pelos crimes de tráfico de drogas e roubo foram encontrados nas últimas 24 horas, com auxílio do Sistema de Reconhecimento Facial. As capturas foram realizadas na capital e no interior, na quarta-feira (6).

Duas prisões ocorreram nas cidades de Salvador e outra em Saubara, após a Polícia Militar ser acionada pelos Centros Integrados de Comunicações (Cicoms).

Com essas capturas, sobe para 168 foragidos presos em 2024, com auxílio da tecnologia. Desde a implantação da ferramenta, 1.424 criminosos foram retirados das ruas.

Texto: Poliana Lima

Bahia vai receber 716 obras e equipamentos do Novo PAC Seleções, contemplando mais de 350 municípios do estado

O governador Jerônimo Rodrigues acompanhou o anúncio
Os resultados de 16 das 27 modalidades do Novo PAC Seleções, que compreendem os eixos Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e Infraestrutura Social e Inclusiva, foram divulgados nesta quinta-feira (7), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. O governador Jerônimo Rodrigues acompanhou o anúncio que contemplou a Bahia com 716 obras, distribuídas em mais de 350 municípios do estado.

Com as propostas selecionadas, a Bahia receberá investimentos do Governo Federal para realizar obras que irão melhorar o acesso a serviços de saúde, educação, esporte e cultura. Os benefícios alcançarão mais de 12,7 milhões de baianos, 90% da população do estado. “Um dia muito importante para o nosso estado. É mais saúde, mais educação, mais desenvolvimento, mais empregos e geração de renda para a nova Bahia, que segue também nos rumos do novo Brasil, que está sendo construído pelo Governo Federal”, afirmou o governador.

A Bahia teve participação ativa no Novo PAC Seleções, inscrevendo propostas em todas as modalidades. No total, 335 municípios foram contemplados. Estima-se que as obras e empreendimentos do Novo PAC Seleções beneficiem uma população de 12,7 milhões de baianos nas áreas de saúde, educação, cultura e esporte.

Das obras baianas contempladas, 400 serão do eixo da educação. Serão construídas escolas em tempo integral, creches e instituições de educação infantil. A área da saúde tem o segundo maior volume, com 255 equipamentos que incluem policlínicas, unidades básicas de saúde, maternidades, centros de parto natural e novas ambulâncias do SAMU. Os setores de Cultura e Esporte completam a lista com 61 diferentes investimentos, incluindo centros de arte e espaços esportivos comunitários.

As 16 modalidades são executadas pelos Ministérios da Saúde, Educação, Cultura e Esporte e somam, para todo o país, R$ 23 bilhões em investimentos. No total, foram selecionados 6.778 obras e empreendimentos nos 26 estados e no Distrito Federal, alcançando 59% dos municípios brasileiros. As seleções priorizaram a cobertura de vazios assistenciais, além dos critérios de cada modalidade, conforme divulgado no lançamento do programa.

Para o presidente Lula, a iniciativa é uma forma de “atender as demandas dos municípios e estados mais necessitados”. Ele também destacou que novas ações semelhantes, para promover o crescimento do país, serão aplicadas durante o governo. “O Brasil vive um momento de ouro. Estou muito otimista com o futuro desse país e com o que vai acontecer nos próximos anos”, disse.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que além de levar obras importantes para os municípios, distribuídas de forma democrática, o Novo PAC Seleções terá forte impacto no desenvolvimento social também com a geração de empregos. “Dialogamos com todos os 27 governadores, independente de questões partidárias. E o que estamos cumprindo é um reflexo da convicção do presidente Lula em gerar emprego nesse país”, completou o ex-governador baiano.

Novo PAC Seleções

O Novo PAC Seleções foi lançado no dia 27 de setembro de 2023 quando foram anunciados investimentos de R$ 65,4 bilhões para seleções de obras e empreendimentos com participação dos estados e municípios. O valor total destinado ao Novo PAC Seleções é de R$ 136 bilhões e a segunda etapa do programa deve ser lançada em 2025. O recurso está contemplado no investimento total do Novo PAC que é de R$ 1,7 trilhão.

No total, o programa compreende cinco eixos e 27 modalidades, executadas pelos Ministérios das Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Esporte, sob coordenação da Casa Civil da Presidência da República. Com o Novo PAC Seleções, o Governo Federal ampliou o formato para as cidades e estados apresentarem as principais necessidades e prioridades para a população.

Os projetos selecionados se somam às obras já anunciadas pelo Governo Federal, em agosto de 2023, quando foi lançado o Novo PAC. O programa está consolidado como uma forte parceria entre Governo Federal e setor privado, estados, municípios e movimentos sociais, para gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais em um esforço comum e comprometido com a transição ecológica, neoindustrialização, crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.

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