Condenados do 8/1 quebram tornozeleira e deixam país

Ao menos dez militantes bolsonaristas condenados ou investigados por participarem dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado, quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil.

Levantamento feito pelo UOL aponta que ao menos 51 pessoas suspeitas de participar de atos golpistas após as eleições presidenciais de 2022 têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após quebrar as tornozeleiras eletrônicas.

Entre elas, a reportagem identificou dez pessoas que fugiram para o exterior neste ano pelas fronteiras de SC e RS (veja abaixo quem são os fugitivos). Os destinos delas foram a Argentina e o Uruguai.

Sete dos fugitivos já foram condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a mais de dez anos de prisão por participarem de tentativa de golpe de Estado no 8 de Janeiro.

Seis dos dez fugitivos são mulheres, e a maioria é de estados do Sul (PR e SC) e do Sudeste (SP e MG). A idade média deles é de 50 anos.

O levantamento foi feito com base em registros do STF e CNJ (Conselho Nacional de Justiça), como ordens de prisão, e em entrevistas com parentes, investigadores, amigos e advogados.

Um dos fugitivos —que se considera um exilado político— faz até campanha em redes sociais para financiar sua permanência no exterior. O pedreiro Daniel Bressan tenta vender produtos e já ofereceu até uma rifa de um Fiat Uno 2015.

As polícias civis de SC e RS disseram que não foram solicitadas a fazer buscas pelos fugitivos. A Polícia Civil do Paraná não se manifestou. Os órgãos de administração penitenciária do PR e de SC se negaram a informar quantos investigados quebraram tornozeleiras ou fugiram desde o ano passado.

Procurados, o STF e a PF não se manifestaram sobre as buscas. Não há alertas públicos da Interpol (polícia internacional) pelos fugitivos.

Os advogados dos investigados e réus negam que eles tenham depredado prédios públicos ou participado de tentativa de golpe de Estado nos ataques de 8 de janeiro. Alguns afirmaram que estavam nos prédios dos Três Poderes apenas para se protegerem de bombas lançadas por agentes de segurança.

“Estes [os que foram presos no Palácio do Planalto] têm que pagar pelo que fizeram, mas [para] o crime de depredação não cabe prisão desse jeito. O Estado não é o Palácio. Você não atentou contra o Estado invadindo o Palácio, ainda mais num domingo”, disse Cláudio Caivano, advogado de fugitivo e outros 20 bolsonaristas.

Ao menos um dos fugitivos afirma ter pedido asilo político à Argentina. As assessorias dos ministérios do Interior e das Relações Exteriores argentinos disseram ao UOL que não revelariam quem entrou no país ou quem pediu asilo por se tratarem de dados pessoais.

Pelas leis brasileiras, a destruição da tornozeleira e a fuga não aumentam a punição, mas o fugitivo perde o direito ao regime aberto e volta ao semiaberto ou fechado. Por outro lado, facilitar a fuga é crime punível com seis meses a dois anos de detenção.

QUEM SÃO OS FUGITIVOS

Ângelo Sotero, músico, 59 anos, de Blumenau (SC)
Foi condenado a 15 anos e meio de prisão por tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada no 8 de Janeiro.

Em depoimento, Sotero disse “ter tomado conhecimento que seria preso quando estava no Palácio do Planalto, depois de um certo tempo sentado, orando”.

Meses após a prisão, ele foi solto com uso de tornozeleira. Há cerca de um mês, quebrou o equipamento e fugiu, segundo o advogado dele, Hemerson Barbosa.

Fontes ouvidas pelo UOL dizem que Sotero se juntou a um grupo de dez bolsonaristas e chegou à Argentina por meio da fronteira de Dionísio Cerqueira (SC).

Embora afirme não ter incentivado a fuga, o defensor diz apoiá-la. Ele nega saber o paradeiro do cliente.

“É um julgamento político. Se eu estivesse no lugar dele, eu faria a mesma coisa. Não cumpriria ordem do Alexandre de Moraes”, disse Hemerson Barbosa, advogado de ngelo Sotero.

Gilberto Ackermann, corretor de seguros, 50 anos, de Balneário Camboriú (SC)

Ele pegou 16 anos de prisão por participar do 8 de Janeiro invadindo o Palácio do Planalto. Foi condenado por tentar um golpe de Estado e por deterioração do patrimônio tombado, entre outros crimes. Ele nega ter quebrado objetos no local.

A cunhada e advogada dele, Fabíola Paula Beê, diz que ele fugiu em 25 de abril e que a família não sabe para onde ele foi.

Às 18h35 daquele dia, a 1ª Vara Criminal de Camboriú ordenou que o STF fosse comunicado “com urgência” de que sua tornozeleira parou de funcionar e que ele não atendeu aos telefonemas da central de monitoramento. A informação só chegou ao STF quatro dias depois em um malote digital do Judiciário.

Segundo investigadores, Ackermann faz parte do mesmo grupo que fugiu para a Argentina com o músico Ângelo Sotero.

A defensora tenta recursos no STF. “O conjunto probatório deixa claro que o réu não tentou obstruir os Poderes e muito menos tentou dar golpe de Estado, visto que não teria poderes para isso”, afirmou ela, em uma das peças da defesa.
Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville (SC)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) diz que ela destruiu bens. Raquel nega.

Em abril, ela fugiu para a Argentina, segundo investigadores e testemunhas ouvidas pelo UOL.

O filho dela, Acenil Francisco Júnior, diz não ter informações sobre a mãe ou sobre a fuga. “Faz tempo que não tenho notícia dela. Não sei dizer.”

A defesa, que também diz ignorar o paradeiro de Raquel, tenta recursos no STF.

Luiz Fernandes Venâncio, empresário, 50 anos, de São Paulo (SP)

Ele é réu em ação penal no STF pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro.

Em vídeo gravado na Argentina, ele relata que fugiu do Brasil e que pediu asilo ao governo de Javier Milei, aliado de Jair Bolsonaro (PL). O advogado Cláudio Caivano diz que Venâncio aguarda audiência sobre um pedido de asilo.

Segundo Caivano, Venâncio estava na Praça dos Três Poderes, mas não invadiu nem depredou nenhum prédio.

Preso no dia seguinte aos ataques, ele conseguiu deixar a cadeia após obter liberdade condicional. No início deste ano, Venâncio saiu da área permitida para uso da tornozeleira. Questionado, pediu ampliação da área até Guarulhos (SP), para poder trabalhar.

A PGR pediu sua prisão, e o mandado foi expedido em 21 de março. A família e o advogado estimam que ele fugiu entre 1º e 20 de março.

No vídeo, Venâncio aparece em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino, em Buenos Aires.

“Nós já entramos com processo para fazer a solicitação para que a gente obtenha nosso asilo político. Já fomos muito bem recebidos. Nós sabemos o quanto foi sofrido esse um ano com essa tornozeleira nos pés e a expectativa frustrada de alguns políticos. Eles colocaram isso no nosso pé e nós ficamos calados. Poucos foram os que [se] rebelaram”, afirmou o fugitivo.

A defesa dele reclama da falta de acesso ao inquérito que gerou a ação penal. Caivano reclama que as exigências de Moraes são muito severas em comparação com outros presos. “Uma pessoa não pode trabalhar, e aí é exarado mandado de prisão por descumprir cautelares”, critica o defensor.

Flávia Cordeiro Magalhães Soares, empresária, 47 anos

Ela responde a investigações relacionadas a ataques contra o resultado das eleições de 2022. Segundo Alexandre de Moraes, Flávia “se utiliza de passaporte internacional para ingressar e sair do país sem se submeter às autoridades nacionais”.

Flávia está foragida pelo menos desde o início de fevereiro, segundo indica o mandado de prisão em aberto. Ela teve uma conta em rede social derrubada e faz parte de um movimento de direita chamado “Yes Brazil”.

Em vídeo de dezembro, ela afirmou possuir cidadania norte-americana e que só a usa porque “o Brasil está uma ditadura muito grande”.

Flávia também contou ter sido abordada pela Polícia Federal no aeroporto de Recife. Segundo ela, um policial disse que ela foi acusada de falsificar passaportes: “Ele [Alexandre de Moraes] é o Deus do Brasil”, criticou.

O UOL não localizou os advogados dela.

Alethea Verusca Soares, 49 anos, de São José dos Campos (SP)

Foi condenada pelo STF a 17 anos de prisão por tentar um golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Ela entrou no Palácio do Planalto durante os atos golpistas. Em depoimento, Alethea disse que seu objetivo era conseguir “mais transparência acerca de como ocorreram as votações e segurança das urnas eletrônicas”.

Alethea nega depredações. Afirmou ter entrado no Palácio do Planalto porque “havia muitas bombas, e estava passando mal, chegando a vomitar numa lixeira”.

Ela foi presa, mas conseguiu a liberdade com uso de tornozeleira. No início de janeiro, Alethea fugiu para o Uruguai pela fronteira de Santana do Livramento (RS).

“A Polícia Federal noticiou, nos presentes autos, a evasão da ré para o Uruguai, destino provavelmente escolhido como decorrência do fato de que a maior parte da fronteira do Brasil com esse Estado soberano é seca, com cidades gêmeas, separadas por apenas uma rua, dificultando o registro da sua saída do território nacional”, relatou a corporação, de acordo com o mandado de prisão.

Por causa da fuga, o STF ordenou o bloqueio de suas contas bancárias. Do Uruguai, ela entrou na Argentina em 12 de abril, segundo uma fonte relatou ao UOL. A defesa dela não quis prestar esclarecimentos à reportagem.

Rosana Maciel Gomes, 50 anos, de Goiânia (GO)

Foi condenada a 14 anos de prisão por tentar um golpe de Estado e dano qualificado, entre outros crimes.

A PGR diz que ela participou de atos de depredação no 8 de Janeiro. Rosana nega, alegando que entrou no Palácio do Planalto porque helicópteros lançavam bombas de gás.

Ela foi presa e, depois, solta em liberdade condicional com tornozeleira. Está foragida desde 15 de janeiro, quando não compareceu ao juízo.

Ela fugiu para o Uruguai por meio da fronteira em Santana do Livramento (RS), a 2.145 km de seu endereço. De lá, chegou à Argentina.

O UOL apurou que ela entrou na Argentina em 12 de abril. Por causa da fuga, o STF confiscou suas contas bancárias. A defesa de Rosana não quis prestar esclarecimentos à reportagem.

Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, 58 anos, de Betim (MG)

Foi condenada em setembro a 14 anos de prisão por tentar um golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa. Jupira entrou no Palácio do Planalto, mas nega a acusação do MPF (MInistério Público Federal) de quebrar vidros e objetos.

Ela fugiu para o Uruguai em janeiro deste ano. Para isso, Jupira usou a fronteira seca de Santana do Livramento (RS), segundo a PF.

A defesa de Jupira não prestou esclarecimentos à reportagem.

Daniel Luciano Bressan, pedreiro e vendedor, 37 anos, de Jussara (PR)

Réu em ação penal, ele foi acusado pela PGR de participar dos ataques golpistas do 8 de Janeiro. Daniel nega ter entrado no Palácio do Planalto.

Laudo da PF que comparou imagens de Bressan às de uma pessoa que estava no prédio afirma que apenas a orelha do fugitivo se assemelha às imagens das câmeras de segurança. O advogado dele, Ezequiel Silveira, vai apresentar a defesa contra a denúncia nos próximos dias.

Segundo seus familiares, Bressan estava com dificuldade de trabalhar e resolveu sair do país. Thiago Elord, primo dele, diz não saber seu paradeiro. “Ele teve que se exilar para não ser preso”, disse. “Vai pegar cadeia de novo por não ter feito nada, só por se manifestar? Ele ficou 65 dias na [penitenciária da] Papuda.”

Fontes ouvidas pelo UOL dizem que ele fugiu para a Argentina. Em 24 de abril, Bressan disse em vídeo, publicado em rede social, que estava no exterior “devidamente documentado”. Em outro vídeo divulgado quatro dias depois, ele divulga a venda de “pulseiras patriotas” para financiar fugitivos no exterior.

“Sou um preso político e, neste momento, um exilado político”, afirmou ele no vídeo em que oferece sua conta bancária no Brasil para receber as vendas. “Aqui no exílio não é fácil, longe da família.” Na última sexta-feira (10), ele ofereceu em rede social um Fiat Uno 2015 de cerca de R$ 35 mil em uma rifa virtual criada pelo primo Thiago.

O UOL consultou três advogados que opinaram que, se a Justiça entender que intenção seja financiar e manter uma fuga, o doador pode ser enquadrado em crime de associação criminosa.

Fátima Aparecida Pleti, empresária, 61 anos, de Bauru (SP)

Foi condenada a 17 anos de prisão por tentar dar um golpe de Estado e tentar abolir o estado democrático de direito. Depois do quebra-quebra em Brasília, ela foi detida, mas conseguiu liberdade condicional mediante o uso de tornozeleira.

O julgamento de Fátima começou em 22 de março. Quatro dias depois, ela quebrou sua tornozeleira, segundo a Justiça de Bauru (SP). A autoridade penitenciária do governo de SP só informou o fato ao Judiciário duas semanas depois.

No dia seguinte, 8 de abril, o Judiciário estadual informou ao STF sobre a quebra da tornozeleira. Não há mandado de prisão público.

Dois advogados da empresária procurados pelo UOL não prestaram esclarecimentos após procurados por telefone e mensagem via celular.

Em 2022, Fátima trabalhou na campanha de um candidato a deputado estadual do PL.

*Colaborou Amanda Cotrim, do UOL, em Buenos Aires.

Eduardo Militão/UOL/Folhapress

Submetralhadora artesanal é apreendida em Itabuna

Uma submetralhadora artesanal, um carregador alongado, doze cartuchos calibre 380, porções de cocaína e dois celulares foram apreendidos em um matagal no bairro Sarinha, na segunda-feira (13), por policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) de Itabuna.

O flagrante ocorreu durante diligências para investigar envolvidos com o tráfico de drogas na região. Um homem foi conduzido à unidade especializada, onde informou que a arma apreendida pertence a um grupo criminoso com atuação naquele bairro. 

O material foi encaminhado à perícia e a submetralhadora será submetida ao Ibis (Sistema de Identificação Balística), para verificar se foi usada em algum crime contra a vida praticado em Itabuna.

Ascom-PC

TJ-BA promove ‘I Encontro na Casa da Mulher Brasileira’ com especialistas do campo da Psicologia e do Serviço Social 

Com a participação de diversos especialistas no campo da ciência psicossocial, o “I encontro dos Estudantes de Psicologia da Ucsal”, promovido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio da Coordenadoria da Mulher, na Casa da Mulher Brasileira, possibilitou a articulação sobre temáticas que envolvem o empoderamento e a autonomia das mulheres. 

Realizado no dia 07 de maio, em parceria com a Universidade Católica do Salvador (Ucsal), o momento promoveu a discussão de temas como a rede de proteção, os desafios e as perspectivas futuras referentes ao combate à violência de gênero.

Na ocasião, a presidente da Coordenadoria da Mulher do TJ-BA, desembargadora Nágila Brito, versou sobre os desafios e as propostas de expansão, acolhimento, escuta, suporte e acompanhamento psicossocial para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 

Dentro da programação, os participantes tiveram, também, a oportunidade de compreender a missão, os objetivos e a finalidade da Casa, localizada no bairro de Tancredo Neves e inaugurada em dezembro de 2023. 

Em prol da solidariedade, foi realizada uma campanha de doação de roupas femininas e infantis em bom estado de uso e conservação, destinadas ao alojamento da Casa da Mulher Brasileira. 

Casa da Mulher Brasileira 

O TJ-BA mantém um espaço que abriga Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher na Casa, além de outros serviços oferecidos pelo Judiciário. Essa estrutura é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Salvador e o Governo Federal, que lançou o Projeto da Casa da Mulher Brasileira no país. 

Além das Varas de Violência Doméstica, a unidade reúne o Núcleo Especializado da Defensoria Pública; a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM); a Patrulha Maria da Penha (Guarda Municipal especializada no atendimento a mulheres); o Batalhão da Ronda Maria da Penha para o acompanhamento de medidas protetivas; o Posto do Departamento de Polícia Técnica; alojamento de passagem; transporte; e brinquedoteca. 

A Casa funciona 24 horas por dia, durante toda a semana, oferecendo às vítimas acolhimento e apoio psicossocial por meio de uma equipe multidisciplinar que presta atendimento contínuo, promovendo o resgate da autoestima, a autonomia e a cidadania. Além disso, o Centro conta com recursos como salas de atendimento em grupo e atendimento individual, bem como salas de reunião e refeitórios.

Deputado federal do PT tira foto com porta-voz do Hamas na África do Sul

Deputado federal João Daniel (PT-SE), quarto da esquerda para direita, posa para foto com porta-voz do Hamas Basem Naim, terceiro da esquerda para direita, em Joanesburgo, na África do Sul
O deputado federal João Daniel (PT-SE) encontrou e tirou uma foto com um porta-voz do Hamas na última sexta-feira (10) durante um evento pró-Palestina em Joanesburgo, na África do Sul. O parlamentar postou a imagem em suas redes sociais, junto de outras publicações sobre o evento.

O parlamentar viajou ao país africano para participar da Conferência Global Antiapartheid pela Palestina. O evento é organizado pelo Comitê Antiapartheid Sul-Africano, uma organização criada pelo político Frank Chikane, líder religioso que lutou contra o regime de segregação.

Em comunicado, o grupo diz que o evento tem como objetivo “criar as bases para uma mobilização mundial que responsabiliza Israel pelos crimes que comete contra o povo palestino”, além de “trabalhar para desmontar o apartheid israelense do rio Jordão ao mar Mediterrâneo”.

O deputado Daniel se reuniu com Basem Naim, membro da ala política do Hamas e principal porta-voz do grupo terrorista responsável pelos ataques de 7 de outubro contra Israel, que mataram mais de 1.200 pessoas e serviram de estopim para o conflito atual. Desde então, os ataques de Israel já mataram mais de 35 mil palestinos na Faixa de Gaza em bombardeios e invasões do território.

A Folha não conseguiu localizar o deputado até a publicação deste texto, que será atualizado assim que houver uma manifestação sobre o encontro.

Naim participou de uma série de entrevistas tensas com veículos ocidentais. Em uma delas, ele falou com o programa australiano 60 Minutes Australia e negou que os integrantes do Hamas tenham cometido quaisquer crimes —mesmo quando confrontado com os relatos de estupros e mortes de civis em 7 de outubro.

No dia 4 de março, o porta-voz também agradeceu ao presidente Lula (PT) por suas declarações a favor da Palestina em um vídeo publicado dias depois que o petista comparou os civis mortos em Gaza por Israel com o extermínio de judeus pela Alemanha nazista durante o Holocausto.

Em discurso na conferência, João Daniel disse que participava do evento representando a bancada do PT na Câmara. “Estamos na luta a nível internacional, e não podemos jamais deixar esse tema da Palestina de fora de qualquer atividade. A luta contra esse massacre, contra esse genocídio cometido por Israel e financiado pelos Estados Unidos que precisa acabar.”

Entre os outros participantes do evento estavam a ministra de Relações Exteriores da África do Sul, Grace Naledi Pandor, o intelectual palestino Salman Abu Sitta, e Declan Kearney, conselheiro nacional do partido republicano irlandês Sinn Féin.

Folhapress

Veículo com placa adulterada é recuperado pela Polícia Civil

Investigadores da Delegacia Territórial (DT/Iguaí), na manhã de segunda-feira (13), recuperaram uma veículo roubado na cidade de Camaçari.

Em diligências, policiais civis identificaram o veículo suspeito e, durante a abordagem, constataram que o carro estava com a placa adulterada. O automóvel foi localizado na praça Regis Pacheco, no centro do município de Ibicuí, momento em que o condutor foi preso em flagrante. O homem foi ouvido na delegacia e informou ter comprado o veículo na cidade de Poções, sem conhecimento da restrição.

O suspeito passou por exame de corpo de delito e segue custodiado à disposição da Justiça.

Ascom - PC/Marcela Correia

PF, em ação conjunta, prende traficante de armas em Vitória de Santo Antão/PE

Ação integrada da Polícia Federal/BA e Forças de Segurança da Bahia e Pernambuco (BOPE-PE, PC-BA) ocorreu dia 10/5
Recife/PE. A prisão foi possível por meio de troca de informações de policiais federais lotados na Bahia com policiais militares do BOPE-PM-PE, dando conta de que um possível traficante de armas estaria em Vitória de Santo Antão com vários fuzis e munições.

De posse dessas informações, foi montada uma operação policial pelo BOPE/PE com o objetivo de localizar, identificar e prender o possível transportador de armas e drogas para integrantes de facções criminosas da Bahia.

A ação teve êxito quando o suspeito foi localizado e preso na cidade pernambucana no momento em que tentava sair em um veículo com uma pistola .40 carregada com 11 onze munições. Em sua residência, foram encontrados mais dois fuzis .556 além de mais de 100 munições .556 e .45. Também foram apreendidos quatro aparelhos celulares, um notebook e veículo que ele usava.

O homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa, com penas que variam de três a dez anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco

Em reunião com Lula, Rui critica comportas no RS e diz que governo estuda comprar imóveis no estado

O presidente Lula (PT) reuniu-se com 38 ministros nesta segunda-feira (13) e cobrou unidade no discurso e nas ações para combater a tragédia que assola o Rio Grande do Sul.

Na ocasião, tanto o presidente como o ministro Rui Costa (Casa Civil) apontaram problemas em comportas no Rio Grande do Sul, em referência ao sistema de combate às cheias da capital Porto Alegre, para justificar a dimensão da catástrofe.

Segundo dois participantes da reunião, Rui disse que havia 23 comportas no estado que atuariam para evitar as enchentes, mas apenas uma teria funcionado. Caso elas estivessem em bom estado, apontou o ministro, a tragédia poderia ter sido menor.

Ele disse que, mesmo com o alto nível da água, ela não ultrapassou a marca de 6 metros do muro de contenção. No entanto, por falhas de manutenção, a água teria entrado por brechas na parte de baixo.

Mais cedo, Lula já havia abordado esse tema ao afirmar que as inundações que atingem a capital gaúcha e praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul não foram apenas “fenômeno da chuva”. O mandatário sugeriu que as enchentes também foram causadas por falta de manutenção no sistema de comportas.

“Esse fenômeno que aconteceu, sabe, me parece que não foi só o fenômeno da chuva, me parece que tem o fenômeno também das pessoas que não cuidaram das comportas que deveriam ter cuidado há muito tempo”, afirmou o presidente na abertura do encontro.

“Mas tudo isso é um problema a ser resolvido daqui para frente. E nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul, inclusive apresentando uma discussão nacional sobre a questão de resolver definitivamente as enchentes na cidade de Porto Alegre e na região metropolitana”, acrescentou.

A fala acontece no momento em que especialistas apontam falhas no funcionamento das comportas. Administrado pela Prefeitura de Porto Alegre, atualmente sob o comando de Sebastião Melo (MDB), o sistema de proteção contra cheias da cidade é composto por 68 km de diques de terra; 2,65 km de muro na avenida Mauá, no centro; e 14 comportas e diversas casas de bomba espalhadas pelo município.

Na reunião ministerial, o chefe da Casa Civil afirmou ainda que há intenção do governo de contratar estudo de uma consultoria internacional para fazer o diagnóstico dos problemas no estado e apontar soluções. Uma das funções desse levantamento seria analisar a viabilidade da construção de um canal de escoamento —a contratação deve ser acertada pelo Ministério dos Transportes.

Durante sua fala na reunião, Rui também mencionou que o governo estuda comprar imóveis que estejam em construção no Rio Grande do Sul e em áreas não atingidas pela enchentes para oferecê-los no programa Minha Casa Minha Vida.

A proposta é do Ministério das Cidades e será discuta ao longo da semana com a Casa Civil. Segundo integrantes do governo, uma ideia na mesa é que o governo subsidie esses imóveis a moradores que perderam suas casas. Os detalhes ainda serão debatidos.

Durante a reunião, poucos ministros falaram. Um deles, Fernando Haddad (Fazenda), ressaltou as medidas econômicas que o governo articula para ajudar o Rio Grande do Sul.

De acordo com um participante, Haddad citou que a soma do dinheiro que o Executivo federal enviará aos gaúchos e do alívio com a suspensão da dívida do estado resultaria em cerca de R$ 23 bilhões para o Rio Grande do Sul investir em reconstrução em três anos.

Ricardo Lewandowski (Justiça), José Múcio (Defesa), Waldez Goés (Transportes) e Paulo Pimenta (Comunicações) também apresentaram balanços sobre ações no estado.

O tom da reunião teria sido sobretudo de alinhamento de discursos. No começo e no final do encontro, Lula cobrou dos auxiliares que combinem as medidas antes de anunciá-las.

Sobre essa questão, Rui Costa, segundo relatos, mencionou que o ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) deu uma declaração sobre o aeroporto de Porto Alegre que depois acabou desmentida pela concessionária que administra o local —que está embaixo d’água. A fala não teria sido em tom de bronca, mas para alertar o cuidado que é preciso ter.

Julia Chaib e Renato Machado/Folhapress

 

Enchentes alagam 9 a cada 10 empresas do RS e afetam toda cadeia de produção do estado

As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram praticamente todas as empresas da região, que temem uma quebradeira do setor produtivo e o consequente empobrecimento do estado.

Alguns espaços de produção foram alagados e os que estão secos também sentem os problemas causados pelas chuvas que levaram à decretação de calamidade pública em 441 dos 497 municípios gaúchos.

A Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) afirma que 91% das fábricas do estado estão debaixo d’água e prevê uma década perdida para o estado.

Uma alternativa estudada por empresas é usar uma lei aprovada na pandemia da Covid-19 que permite uma série de medidas para mitigar o prejuízo. Entre elas, compensar dias não trabalhados com antecipação de férias e feriados e a queima de horas extras acumuladas dos funcionários.

A federação afirma que toda a atividade econômica do estado foi impactada pelas enchentes e que os municípios atingidos correspondem a pelo menos 83% do recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal fonte de arrecadação do estado.

A situação mais crítica é de empresas que estão situadas em locais ainda alagados, que geralmente têm o corpo de funcionários que mora em locais próximos e estão desabrigados ou em casas de parentes.

Nesses casos, a produção está suspensa e empresários buscam soluções para não interromper o fornecimento de seus produtos, com terceirizações e renegociação de prazos.

As empresas que não estão debaixo d’água também calculam um prejuízo grande em razão das enchentes. Os problemas de logística e de funcionários preocupam.

A obstrução de vias amplia a dificuldade de escoamento da produção. Além disso, a maioria das empresas têm funcionários que moram em casas que estão alagadas e não estão trabalhando.

Indústrias que estão em áreas não alagadas sentem o impacto em firmas parceiras, com falta de fornecimento de itens para desenvolvimento da produção.

Há casos de empresas que ainda não conseguem calcular o tamanho do prejuízo. A expectativa era que houvesse uma redução nas chuvas e do nível de inundação e permitisse o ingresso em fábricas, o que não se confirmou.

A chuva permanece e os alagamentos, também. Assim, muitas empresas continuam sem acesso às sedes e estimam uma ampliação das perdas.

A dona da metalúrgica TKS, Aline Teixeira da Silva, de São Leopoldo (35 km de Porto Alegre), diz que previa entrar no local nesta segunda-feira (13), mas que a elevação do rio dos Sinos impediu a concretização do plano.

“As máquinas devem estar oxidando mais a cada dia, o que dificulta o conserto. A água nunca havia chegado nem perto lá da fábrica”, lamenta.

Ela afirma que todo o bairro foi atingido pela enchente e que a maioria dos funcionários morava na região e, agora, está fora de casa. Aline acredita que conseguirá se recuperar, mas teme que empresas parceiras não resistam à crise.

“Meu medo é que muitas empresas quebrem e a economia fique ainda mais desaquecida”, afirma.

O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico da região do Vale do Sinos e que representa 35 municípios, Sergio Galera, espera que o governo ajude na recuperação do setor produtivo.

“Muitos funcionários estão lutando para sobreviver, com casas alagadas. Também surgiu um problema grave de logística. As empresas não conseguem escoar a produção, outras não recebem matéria-prima e aquelas que não estão afetadas diretamente não conseguem fornecer os produtos. Toda a cadeia está com problema”, diz.

Ele afirma que era impossível de as empresas trabalharem com esse cenário para estarem precavidas em um momento como este.

“Nem com a maior precaução do mundo seria possível. Podíamos ter criado meses atrás um comitê de crise para analisar todos os cenários que não conseguiríamos prever um contexto igual ao que estamos vivendo”, diz Galera.

Ele compara o estrago provocado pelas enchentes com uma guerra. “A crise afetou toda a estrutura do estado. Acho que o povo gaúcho é batalhador e tem condições de se recuperar, mas se não houver um apoio do Estado isso vai levar muito mais tempo.”

Uma das medidas necessárias, segundo ele, é a criação de linhas de crédito a fundo perdido.

Diretor da TFL, multinacional que atua no ramo de produtos químicos e que está situada em São Leopoldo, Jean Rochel diz que irá terceirizar parte da produção para continuar atendendo a empresas que dependem de seus produtos. Ele estima que levará ao menos três meses para retomar o trabalho normal da empresa.

Rochel conta que ele mesmo teve de deixar sua casa de lancha, em Eldorado, a 12 km de Porto Alegre, e que agora está em sua casa no litoral gaúcho.

Segundo o empresário, a TFL já fez contato com os 120 funcionários e que uma das famílias está em abrigo. “Em um primeiro momento foi difícil localizar todos. Foi tudo muito rápido e temos colegas que moram em áreas alagadas”, afirma.

Ele diz que a empresa está em São Leopoldo há 80 anos e que nunca tinha passado por algo parecido. Rochel afirma que é impossível retomar as atividades com trabalho a distância.

“A produção é com reatores químicos. Produzimos 1,5 tonelada de produtos químicos para o mercado coureiro calçadista, para todo o mundo, exportamos para vários países”, afirma.

O presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira, diz que é difícil prever quantos anos o estado levará para se recuperar, mas prevê uma década perdida sobre a possibilidade de crescimento econômico.

“Afora todos os problemas imediatos, a gente dificilmente vai ter inovações, muita gente querendo ir embora, os próprios trabalhadores não se sentem mais seguros”, afirma.

Segundo ele, a crise também terá impacto no cenário nacional. “O Rio Grande do Sul representa 6% do Produto Interno Bruto brasileiro e 91% do PIB industrial do estado está debaixo d’água.”

Oliveira afirma que terá uma reunião com o governo federal nesta semana e que apresentará uma série de demandas. Entre elas, suspensão de impostos das indústrias por três anos e financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) diretamente às empresas, sem bancos intermediários, com bom tempo de carência.

Matheus Teixeira e Pedro Ladeira/Folhapress 

IPIAÚ: HOJE terça - feira continua a Feira de saúde que vai cuidar de você e da sua família!

Nesta terça-feira os atendimentos das 08h às 17h, na Praça Salvador da Mata, em Ipiaú.

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Moraes concede liberdade provisória a coronel da PM do DF investigado no 8/1

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu nesta segunda-feira (13) liberdade provisória ao coronel Jorge Eduardo Naime, preso desde fevereiro de 2023.

Ele era chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal e de estava de folga no dia dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Em sua decisão, Moraes impôs a Naime o uso de tornozeleira eletrônica. Ele está proibido de sair do Distrito Federal e é obrigado a retornar à sua residência à noite e nos finais de semana.

Seu passaporte também foi apreendido. Naime não poderá portar arma de fogo, nem usar redes sociais ou se comunicar com outros investigados.

Em março, Moraes já havia concedido liberdade provisória a outros ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal acusados de omissão no 8 de janeiro. Estão entre eles os coronéis Klepter Rosa Gonçalves, Fábio Augusto Vieira e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

Klepter, enquanto subcomandante-geral da PM-DF, foi o responsável por autorizar dias de folga de Naime na data dos ataques.

O pedido de prisão que colocou Naime atrás das grades elencou três argumentos: ele era o chefe do Departamento de Operações da PM, ameaçava fugir de Brasília e, naquele momento, deveria ser investigado pela suspeita de retardar o avanço das tropas contra os golpistas.

A acusação de que Naime retardou a ação dos policiais durante os ataques golpistas ganhou força com o depoimento do número 2 do Ministério da Justiça e ex-interventor federal, Ricardo Cappelli. Segundo relatos, Cappelli e Naime discutiram várias vezes nos dias 8 e 9 de janeiro.

O então secretário-executivo do ministério, à época comandado por Flávio Dino, disse mais de uma vez que, ao entrar em campo, viu com os próprios olhos o oficial tentando atrasar a ação das tropas. A desconfiança aumentou no dia seguinte, quando os ônibus com os presos demoraram para chegar à Polícia Federal.

O oficial se defendeu na CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em março do ano passado: disse que seguiu as normas, sugeriu que Capelli não entende como funciona a ação da PM e declarou que segurou o envio dos ônibus porque não havia estrutura para receber os vândalos.

Em 6 de maio, Naime foi transferido para a reserva da Polícia Militar do Distrito Federal. Depois, pediu a Moraes para ser solto, já que o ministro entendeu ao soltar os outros integrantes da cúpula da PM-DF que eles não tinham mais capacidade de arregimentar tropas.

“Está configurada a presença do único critério que vem sendo utilizado pelo relator, qual seja, a transferência para o cadastro de reserva”, disseram os advogados de Naime, ao solicitar a soltura.
José Marques/Folhapress

Reação à tragédia do RS vira problema no governo, e Lula busca ato para contornar imagem

A tragédia no Rio Grande do Sul atravancou a estratégia de comunicação pré-definida pelo governo e, incomodado com a reação de oposicionistas às medidas federais, o presidente Lula (PT) planeja ações em resposta às críticas.

Integrantes do governo admitem falhas no enfrentamento da crise, especialmente na comunicação. A principal queixa apontada por Lula a pessoas próximas é que o Executivo federal não consegue obter reconhecimento pelas ações adotadas.

Ainda segundo aliados, o petista está contrariado com ataques às medidas nas redes sociais, as quais classifica como fake news.

O presidente estuda fazer um pronunciamento à nação para esclarecimento das ações. No domingo (12), o governo levou ao ar uma campanha publicitária para mostrar o que fez, apesar do alcance limitado em relação às redes sociais.

Além da decisão de estar pessoalmente presente no Rio Grande do Sul, incluindo nova viagem ao estado, o petista também tem exigido participação mais incisiva da equipe.

Lula passou a cobrar dos auxiliares a elaboração de medidas que tenham impacto imediato na população afetada pela catástrofe ambiental. Ele quer acompanhar o trabalho dos ministros.

De acordo com um integrante do Palácio do Planalto, o presidente reclamou com sua equipe da forma como seus eventos no estado foram organizados.

Lula queria ter demonstrado solidariedade pessoalmente aos atingidos pelas enchentes. No lugar disso, nas duas viagens que fez ao estado, sobrevoou áreas alagadas e teve encontros com autoridades.

Por isso, o petista prevê realizar um ato simbólico nos locais atingidos para contornar o que ele mesmo reconheceu ter sido um erro de agenda.

O mandatário também quer ampliar o atendimento aos atingidos pela catástrofe, não se restringindo à faixa de renda inferior a dois salários mínimos. A inclusão da classe média entre os beneficiários e a oferta de linhas de financiamento estão entre as medidas.

Embora seja considerada um desafio, a reação à tragédia no Sul também é vista por uma parte do governo como uma forma de aproximar Lula de uma parcela da população refratária à sua gestão.

Nesta segunda (13), novo recorte do levantamento foi divulgado apontando que Lula tem 46% de intenções de voto para a eleição presidencial de 2026, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 40%.

Ainda segundo a pesquisa, mais da metade dos entrevistados (55%) respondeu que Lula não merece mais uma chance como presidente em 2026, enquanto 42% pensam o contrário; 3% não opinaram.

Secretário de Comunicação do PT, o deputado Jilmar Tatto (SP) afirma que a avaliação dos governos Lula melhora no final. “Não chegamos nem na metade do mandato. Mesmo assim, como candidato, Lula ganha todas”, disse.

Já o secretário-geral do PT, o ex-deputado Henrique Fontana (RS), diz que o político enfrenta uma narrativa mentirosa sobre a tragédia no Sul que tende a se dissipar com o esclarecimento das ações.

“Prefiro valorizar que a pesquisa mostra a vantagem de Lula no processo eleitoral. Com o resultado de seu trabalho, daqui para diante, Lula tende a crescer.”

Nesta segunda, durante reunião de emergência para tratar da crise climática no RS, Lula cobrou de seus ministros para que haja coordenação nas falas e ações.

Lula pediu que alguns ministros retratem a realidade em suas falas e não fiquem “inventando coisas” que ainda não foram discutidas no âmbito do governo.

“Cada ministro que for falar, ou cada ministra, [é preciso] tentar falar sempre a mesma coisa que está acontecendo, não ficar dizendo coisas que não estão acontecendo, ficar inventando coisas que ainda não discutiu”, afirmou o presidente.

“Ou seja, não dá para cada um de nós que tem uma ideia anunciar publicamente essa ideia. Uma ideia é um instrumento de conversa no governo para que a gente transforme a ideia numa política real. Não é cada um que tiver uma ideia, vai falando da sua ideia, vai dizendo o que vai fazer, porque isso termina não construindo uma política pública sólida e uma atuação muito homogênea do governo, no caso do Rio Grande do Sul”, completou.

A reunião ministerial ocorreu no fim da tarde, no Palácio do Planalto, e o áudio da fala inaugural de Lula foi divulgado pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).

Todos os 38 ministros participaram da reunião, que foi convocada em caráter emergencial pelo presidente, para discutir as ações federais para enfrentar a calamidade climática.

Lula disse que é um compromisso seu deixar o Rio Grande do Sul “como era antes da chuva”.

Catia Seabra e Julia Chaib/Folhapress

Presidente cobra de ministros coordenação de falas e ações durante tragédia no RS

O presidente Lula (PT) cobrou os seus ministros para que haja coordenação nas falas e ações, durante reunião de emergência realizada nesta segunda-feira (13) para tratar da crise climática no Rio Grande do Sul.

Lula pediu que alguns ministros retratem a realidade em suas falas e não fiquem “inventando coisas” que ainda não foram discutidas no âmbito do governo.

“Cada ministro que for falar, ou cada ministra, [é preciso] tentar falar sempre a mesma coisa que está acontecendo, não ficar dizendo coisas que não estão acontecendo, ficar inventando coisas que ainda não discutiu”, afirmou o presidente.

“Ou seja, não dá para cada um de nós que tem uma ideia anunciar publicamente essa ideia. Uma ideia é um instrumento de conversa no governo para que a gente transforme a ideia numa política real. Não é cada um que tiver uma ideia, vai falando da sua ideia, vai dizendo o que vai fazer, porque isso termina não construindo uma política pública sólida e uma atuação muito homogênea do governo, no caso do Rio Grande do Sul”, completou.

A reunião ministerial ocorreu no fim da tarde, no Palácio do Planalto, e o áudio da fala inaugural de Lula foi divulgado pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).

Todos os 38 ministros participaram da reunião, que foi convocada em caráter emergencial pelo presidente, para discutir as ações federais para enfrentar a calamidade climática.

Lula disse que é um compromisso seu deixar o Rio Grande do Sul “como era antes da chuva”.

O presidente também voltou a criticar os “negacionistas” do aquecimento global, acrescentando que estamos vivendo “tempos difíceis”.

“Muitas vezes os negacionistas passam para a humanidade, para a sociedade, a ideia de que esse negócio do clima, de aquecimento do planeta, de chuvas torrenciais, de furacões, é coisa de ambientalista ou coisa de intelectual. Quando na verdade o mundo está passando por um processo de transformação que somente nós, seres humanos, seremos capazes de controlar”, afirmou.

O Estado enfrenta há duas semanas fortes chuvas, que provocaram inundações na maior parte de seus municípios. O número de mortos chegou a 147.

A calamidade climática atingiu 447 municípios gaúchos. Segundo o mais recente boletim da Defesa Civil, 538 mil pessoas estão desalojadas.

O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, está subindo rapidamente desde a madrugada desta segunda, em razão das chuvas que atingem a capital gaúcha e regiões já afetadas pelos temporais, como o vale do Taquari, desde a última semana.

Segundo monitoramento divulgado pela Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura) do Rio Grande do Sul, o patamar do lago Guaíba chegou a 4,84 metros às 9h —20 centímetros maior do que o registrado à meia-noite.

O nível de alerta do lago é 2,5 metros. A inundação ocorre quando o nível chega a três metros.

Lula afirmou que vai retornar ao estado na quarta-feira (14) para visitar as áreas atingidas pelas chuvas e que vai anunciar na ocasião medidas para as pessoas atingidas pelas enchentes. O governo estuda o pagamento de um voucher diretamente para as famílias.

Nesta segunda, o governo anunciou a proposta de suspensão da dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. A medida deve dar alívio de R$ 11 bilhões ao governo gaúcho para ajudar na reconstrução do estado. Em reunião virtual, o governador Eduardo Leite (PSDB), defendeu o perdão das parcelas e disse que o adiamento é insuficiente para atender às demandas do estado.

Por causa da tragédia, o presidente cancelou uma viagem oficial que faria ao Chile, na sexta (17) e no sábado (18).

O governo Lula enfrentou desgaste de popularidade nos últimos meses, apontaram pesquisas recentes. Segundo levantamento da Quaest divulgado no último dia 8, o governo possui 33% de avaliação positiva, os mesmos 33% de opiniões negativas e 31% de regulares.

Lula e o governador, que são adversários políticos, estabeleceram uma trégua para articular respostas à tragédia que assola o Rio Grande do Sul e se blindar de críticas por omissão ou uso eleitoreiro do caso.

A ação conjunta em algumas frentes tenta mostrar à população que a reação à catástrofe deve se sobrepor à disputa política.

Essa aparente união não significa, porém, um alinhamento. Nos bastidores, pessoas próximas do presidente criticam o discurso do governador e vice-versa.

Renato Machado/Folhapress

Elmar Nascimento classifica como ‘ameaça” decisão da Executiva estadual do União Brasil sobre votação na Assembleia

Líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento criticou, em entrevista concedida nesta segunda-feira (13) a este Política Livre, a decisão da Executiva estadual da legenda de punir com o corte do fundo eleitoral os membros da sigla na Assembleia Legislativa que votarem a favor do empréstimo de US$400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) solicitados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Casa, mediante projeto de lei.

Como noticiou mais cedo o site, o fechamento da questão aconteceu durante reunião da Executiva, realizada nesta tarde, com as presenças do ex-prefeito de Salvador ACM Neto e dos gestores da capital, Bruno Reis, e de Camaçari, Antonio Elinaldo, além de parte das bancadas estadual e federal da agremiação no Estado. Elmar não participou porque estava em Brasília na reunião dos líderes do bloco ao qual o União Brasil faz parte na Câmara.

“Acho que não se constrói partido na base da intimidação e ameaça. Prefiro sempre o diálogo. Em nenhum momento esse assunto constava na pauta da reunião (da Executiva estadual)”, declarou Elmar.

O deputado afirmou ainda que “mais grave é votar a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reeleição na Assembleia Legislativa depois de o nosso partido ter entrado com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) por conta da reeleição de Geraldo Júnior (MDB) para presidência da Câmara Municipal de Salvador”.

Elmar ressaltou que a Executiva estadual do União Brasil nunca discutiu quanto cada deputado federal vai poder indicar dos recursos da sigla para repassar aos candidatos ligados aos parlamentares do partido na Assembleia. “Não sabia que tinha fundo eleitoral para deputado estadual em ano de eleição municipal”, ironizou.

Na reunião de hoje, o único deputado estadual que apresentou divergência à decisão aprovada sobre a votação do empréstimo foi Marcinho Oliveira, que é ligado a Elmar. Assim como Júnior Nascimento, que é primo do líder do partido na Câmara Federal, Marcinho já votou a favor de um pedido de empréstimo de Jerônimo este ano, no valor de R$ 400 milhões, destinados, segundo a proposição, para a área da segurança pública.

Política Livre

Lucro da Petrobras cai 38% no 1º trimestre; estatal vai distribuir R$ 13,4 bi em dividendos

A Petrobras registrou lucro de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior. Pelo resultado, a empresa anunciou o pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos a seus acionistas.

Foi um trimestre conturbado, tanto do ponto de vista operacional quanto político —a estatal passou parte do período com elevadas defasagens nos preços dos combustíveis e sob ataque de ala do governo contrária a seu presidente, Jean Paul Prates.

Em comunicado distribuído nesta segunda-feira (13), a Petrobras afirmou que o desempenho no trimestre foi provocado por queda nas vendas e pelos menores preços dos combustíveis, apesar de alta de 2,4% no preço do petróleo na comparação com o mesmo trimestre de 2023.

“Seguimos comprometidos e empenhados em executar e financiar os investimentos previstos, com disciplina de capital e geração de valor para os acionistas e para a sociedade”, disse, em nota, o presidente da estatal, Jean Paul Prates.

“No trimestre, mantivemos uma geração de caixa consistente, que nos dá segurança em relação aos investimentos futuros, incluindo os que tem como foco o crescimento da produção da companhia.”

As vendas de combustíveis da estatal caíram 2,6%, o que ajudou a reduzir em 15,4% a receita da empresa, para R$ 117,7 bilhões. O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa de uma empresa, recuou 17,2%, para R$ 60 bilhões.

O mercado de gasolina foi afetado pela maior competitividade com o etanol, com queda de 6,8% nas vendas da estatal. As vendas de diesel caíram 3,4%, com aumento na mistura obrigatória de biodiesel a partir de março.

A competição mais acirrada com o etanol levou a empresa a evitar reajustes nos preços da gasolina durante o período, mesmo com a elevação das cotações internacionais. O produto passou praticamente todo o trimestre com elevadas defasagens nas refinarias da estatal.

Em média, a Petrobras vendeu sua cesta de combustíveis a R$ 476,14 por barril, 16,3% abaixo do praticado no mesmo período do ano anterior. A área de abastecimento da estatal teve lucro de R$ 3,8 bilhões, queda de 38% em relação aos três primeiros meses de 2023.

A área de exploração e produção teve queda de 8,7% no lucro, para R$ 28,9 bilhões, beneficiada pela elevação das cotações internacionais do petróleo. No trimestre, a Petrobras produziu uma média de 2,7 milhões de barris de petróleo e gás, alta de 3,7% sobre o mesmo período do ano anterior.

A companhia afirmou ter investido US$ 3 bilhões no trimestre, alta de 22,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm questionado suposta demora da empresa em deslanchar investimentos prometidos em campanha, como refinarias e petroquímicas.

A empresa viveu nas últimas semanas um período turbulento após a retenção dos dividendos extraordinários sobre o lucro de 2024 (depois revista), que derrubou seu valor de mercado e quase culminou na demissão de Prates.

Analistas apontam a crise política como outro fator que dificultou repasses aos preços internos. A gestão Prates passou semanas sob ataque de alas do governo após a retenção dos dividendos, decisão tomada em Brasília contra a vontade da direção da estatal.

O presidente Lula decidiu recuar e aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, como havia sugerido a empresa inicialmente, e Prates ganhou sobrevida no cargo. As ações da empresa reagiram e recuperaram as perdas durante a crise.

Nesta segunda, a companhia afirmou que a proposta de distribuição de R$ 13,4 bilhões sobre o resultado do primeiro trimestre está alinhada à sua política de remuneração dos acionistas. “Esta aprovação é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia”, disse.

Nicola Pamplona/Folhapress

Feira de Saúde em Ipiaú Atendeu Centenas de Pessoas e Continua Amanhã

Hoje, a comunidade de Ipiaú foi beneficiada por uma importante ação de saúde pública. A feira de saúde “Mais Perto” realizada em parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Ipiaú e o Governo do Estado, onde atendeu centenas de moradores de diversas localidades do município na Praça Salvador da Matta. O evento, que teve início nesta manhã, continuará amanhã, proporcionando uma série de serviços essenciais de saúde.
Durante o dia, os moradores tiveram acesso a uma variedade de atendimentos médicos, incluindo exames de sangue e testes rápidos para diversas condições. Além disso, houve triagem para cirurgias, possibilitando que aqueles que necessitam de procedimentos mais complexos possam ser encaminhados adequadamente.
A feira também disponibilizou exames de imagem, como eletrocardiogramas e ultrassons do abdômen total e da tireoide. Esses serviços são cruciais para o diagnóstico precoce de várias doenças, permitindo que os pacientes recebam tratamento adequado o quanto antes.

A Secretaria Municipal de Saúde de Ipiau destacou a importância da feira para a população. "Eventos como este são fundamentais para garantir que todos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, especialmente aqueles que vivem em áreas mais distantes ou que têm dificuldades para acessar serviços médicos regularmente", afirmou a secretária de Saúde Laryssa Dias.

Amanhã, a feira continuará com a mesma oferta de serviços, e a expectativa é atender ainda mais pessoas. A organização reforça que todos são bem-vindos e incentiva a população a comparecer e aproveitar os atendimentos oferecidos.
Decom/PMI

Lula recebe ex-presidente da Argentina para falar da esquerda latino-americana


Foto: Ricardo Stuckert/PR/Arquivo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na tarde desta segunda-feira, 13, no Palácio do Planalto, o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández. O encontro foi reservado, não constou da agenda do petista e não teve fotos publicadas nas redes sociais até o momento. De acordo com relatos, Fernández, que se diz amigo pessoal de Lula, fez uma visita de cortesia para conversar sobre o futuro da esquerda na América Latina.

O peronista revelou ao presidente brasileiro que fará um giro por países latino-americanos para tentar fortalecer o Grupo de Puebla. O fórum de esquerda tem entre seus fundadores a ex-presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o próprio Lula e o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.

No restante da tarde, Lula dedicou-se às medidas adicionais de ajuda ao Rio Grande do Sul, como a suspensão da dívida do Estado com a União por três anos.

Antes da visita ao gabinete presidencial, Fernández esteve na sede do PT em Brasília. Encontrou-se com a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann; com a tesoureira Gleide Andrade e com os deputados federais Jilmar Tatto (PT-SP) e Odair Cunha (PT-MG), líder da bancada na Câmara.

Depois de sua passagem pelo Brasil, o peronista irá à Colômbia e ao México. Apesar do apoio do governo brasileiro, maior economia da América do Sul, Alberto Fernández não conseguiu fazer seu sucessor no país vizinho. Em meio à crise econômica argentina, o peronista Carlos Massa foi derrotado pelo ultraliberal Javier Milei.

Eduardo Gayer/Estadão

Operação Controle: Líderes de facções criminosas de Feira de Santana são transferidos para presídio de segurança máxima

Quatro líderes de facções criminosas de Feira de Santana foram transferidos na manhã do último domingo, dia 12, da Penitenciária local para o Presídio de Segurança Máxima de Serrinha, como resultado da ‘Operação Controle’. Eles são apontados como responsáveis pelo comando dos homicídios ocorridos na cidade nos últimos dias. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e quatro de transferência. As lideranças ficarão custodeadas em Serrinha sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Nas celas, foram aprendidos celulares, acessórios de telefone e facas.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Operacional de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especial de Execução Penal (Gaep); pela Secretaria de Segurança Pública (SSP); pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), por meio do Grupo de Segurança Institucional (GSI), Comando de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cmep) e do Grupamento Especializado em Operação Prisionais (Geop); pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, por meio do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL).

Segundo as investigações, os homens transferidos para Serrinha mandaram matar rivais e orquestraram os ataques, que resultaram nas mortes registradas no município na última semana. O objetivo seria ampliar território de atuação das facções. A transferência visa isolar as lideranças, tirando-lhes a possibilidade de comunicação com demais integrantes das facções. Os mandados foram expedidos pelo Plantão Judiciário, acatando requerimento realizado pelo Gaeco em conjunto com promotores de Justiça plantonistas. O material apreendido será submetido a conferência e análise pelo Gaeco e Seap, e posteriormente, encaminhado aos órgãos competentes para adoção das medidas cabíveis.

Jerônimo leva potencial energético da Bahia para maior evento do mundo sobre hidrogênio verde

Ao lado de outros governadores da região, o governador Jerônimo Rodrigues integra a missão do Consórcio Nordeste que participa do maior evento global sobre o hidrogênio verde. O World Hydrogen 2024 Summit & Exhibition foi aberto nesta segunda-feira (13), em Roterdã, na Holanda, onde a comitiva nordestina se reuniu em uma série de encontros e apresentações com iniciativas europeias ligadas à produção da fonte de energia limpa que atrai atenção de todo o mundo.

O potencial nordestino para a produção de hidrogênio verde é reforçado pela forte expansão de seus estados na produção de energias de fonte renovável, como eólica e solar, fundamentais para a cadeia de produção do hidrogênio verde. A Bahia, por exemplo, produz, em média, 30% de toda a energia eólica e 20% de toda a energia solar geradas no Brasil. A matriz elétrica do estado é mais de 90% renovável, considerando a capacidade instalada.

“Nós viemos aqui com os governadores do Nordeste, é uma missão nordestina. Isso é importante porque nos une. Cada qual que tem o seu potencial de produção de energia solar, energia eólica. Cada um está fazendo o seu papel, mas, em bloco, temos potencial de convidar esses empresários para investir, gerar emprego, gerar renda. E esses contatos, de fato, aconteceram”, contou o governador, salientando as qualidades do estado: “os empresários sabem o tamanho que a Bahia tem. Nós já somos líder na produção de energia eólica. Estamos próximos de superar Minas Gerais e ser o maior produtor de energia solar. E, agora, o hidrogênio verde, que é a energia que deverá modificar a matriz energética do futuro”

Liderando o Consórcio Nordeste, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, destacou o papel dos estados da região no cenário nacional e no caminho para novas alternativas de geração de energia no país: “o Nordeste ocupa posição de liderança no Brasil, nesse contexto da transição energética. Esta é uma agenda da nossa região que também está conectada com o governo brasileiro e com o plano de descarbonização da nossa economia”

Os governadores Paulo Dantas (Alagoas), Elmano Freitas (Ceará), Rafael Fonteles (Piauí), Fábio Mitidieri (Sergipe) e o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, também integram o grupo presente na Holanda. Os governos dos Estados da Paraíba e Pernambuco estão presentes, representados por gestores e técnicos de áreas ligada ao tema do evento.

Fazem parte, ainda, da comitiva na agenda desta segunda (13) o diretor-presidente da Bahia Investe, Paulo Guimarães, e o chefe de gabinete da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), André Ferraro. A missão nordestina na Europa conta com a parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Próximo passo

 Em encontro com os governadores do Consórcio, a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde convidou representantes de empresas que já atuam em projetos desta fonte de energia limpa. Eles apresentarem, também em Roterdã, iniciativas aos estados do Nordeste.

A líder da associação brasileira, Fernanda Delgado, apontou o que considera um passo necessário para a implementação de uma indústria do hidrogênio verde no Nordeste e em outras partes do Brasil. “O maior desafio que a gente tem hoje é o marco regulatório e o marco jurídico. É a consolidação de um projeto de lei, que vai estabelecer as diretrizes básicas para o funcionamento da indústria. A partir desse estabelecimento, tem o arrasto de todo o sistema produtivo, de toda uma cadeia produtiva. Com isso, os primeiros projetos poderão ser colocados em pé”, completou.

Texto: Eudes Benício/GOVBA

Cantora Ana Paula Vieira e vereador Marcelo Stocco morrem em acidente

O casal estava no mesmo veículo quando colidiu contra uma carreta baú no km 467 da rodovia federal

A cantora Ana Paula Vieira, de 27 anos, e o vereador Marcelo Stocco, de 32 anos, morreram em um grave acidente de carro em Rondônia, na BR-364 no domingo (12). O casal estava no mesmo veículo quando colidiu contra uma carreta baú no km 467 da rodovia federal.

Ana Paula havia feito seu último show horas antes no Boteco do Bodega, em Cacoal, Rondônia, na noite de sábado (11).

A equipe do espaço falou sobre tragédia no Instagram. "Não imaginávamos que a sua última apresentação seria em nossa casa. Uma mulher incrível e superespecial e que sempre estará em nossas memórias. Descanse em paz!".

Segundo informações do 4º Grupamento de Bombeiro Militar da cidade, o acidente ocorreu por volta das 18h e não há registro de outras vítimas. As causas da colisão ainda estão sendo investigadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ana Paula Vieira era conhecida por sua voz encantadora e presença nas redes sociais. A cantora também era bastante ativa na comunidade local, participando de diversos eventos e projetos sociais.

Marcelo Stocco era vereador de Pimenta Bueno desde 2021. Durante seu mandato, se destacou por sua atuação em áreas como educação, saúde e desenvolvimento social. O vereador era considerado um político jovem e promissor, com grande potencial para contribuir ainda mais com a cidade.

A morte do casal gerou grande comoção na comunidade de Pimenta Bueno e em todo o estado de Rondônia. Diversas autoridades políticas e sociais se manifestaram em suas redes sociais, lamentando a perda e prestando condolências à família e amigos das vítimas.

A prefeitura de Pimenta Bueno também lamentou publicamente a morte do casal.

"Nota de pesar.

A Prefeitura de Pimenta Bueno manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Marcelo Augusto Stocco e Ana Paula Vieira Correa. Marcelo Stocco era vereador de Pimenta Bueno e durante seu mandato, se destacou por liderar diversas iniciativas em prol da população e do município, deixando uma marca significativa na comunidade de Pimenta Bueno".

"Ana Paula era conhecida por sua voz encantadora e sua presença nas redes sociais. Como cantora, ela tocava os corações de todos com sua música. A Prefeitura de Pimenta Bueno agradece todos os momentos vividos junto a essas grandes pessoas e excelentes profissionais, que muito contribuíram com o progresso da nossa cidade. O seu legado permanecerá vivo para sempre em nossos corações. Neste momento de profunda dor e pesar, a administração municipal externa aos familiares e amigos as mais sinceras condolências. A partida deles deixa um legado de carinho e amizade que será lembrado sempre", ainda dizia a publicação

Adailton Furia, prefeito de Cacoal, também em Rondônia, lamentou a morte."Hoje perdemos um grande amigo jovem e sonhador vereador de Pimenta Bueno Marcelo Stocco, registro feito durante essa noite de sábado (11). No acidente faleceu a namorada do Marcelo, a cantora Ana Paula Vieira Correa. Que Deus conforte o coração dos familiares nesse momento doloroso", disse em seu Instagram.

Velório e sepultamento:

O velório de Ana Paula Vieira será realizado na madrugada desta segunda-feira (13) na Igreja Adventista do Sétimo Dia no bairro Nova Brasília. O sepultamento está marcado para as 10h30 no Cemitério Municipal de Ji-Paraná.

As informações sobre o funeral de Marcelo Stocco ainda não foram divulgadas.

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Feira de Saúde em Ipiaú nesta segunda feira (13)

A reportagem do Canal Ipiaú Urgente faz uma análise da estrutura montada para atender a população de Ipiaú e região nesta segunda feira 13 de Maio de 2024.

É HOJE e AMANHA a feira de saúde que vai cuidar de você e da sua família! Nos dias 13 e 14 de maio, das 08h às 17h, na Praça Salvador da Mata, em Ipiaú.

Confira os serviços disponíveis:- Ultrassonografia- Eletrocardiograma- Laboratório de coleta- Imunização- Testagem rápida.

MUITO IMPORTANTE Triagem para cirurgias Vesícula, Histerectomia, hérnias, Vasectomia, Laqueadura: Venha compareça para cuidar da sua saude! Secretaria Municipal de Saúde/Governo do Estado

Prefeitura de Ipiau
Cidade do desenvolvimento

                

Servidor e usuário dos serviços Edy Reis comenta a importância da feira de Saúde para a população carente de Ipiaú e região



Obras contra enchente se arrastam por até 15 anos em pelo menos 6 estados; Bahia está na lista

 
Os recentes anúncios de verbas emergenciais por parte dos governos federal e estaduais visando o atendimento às vítimas de desastres naturais e a reconstrução de áreas afetadas não oferecem garantias suficientes de segurança para os moradores das regiões atingidas. Obras de prevenção contra enchentes, em pelo menos seis estados brasileiros, arrastam-se por até 15 anos, com um montante prometido de gastos que chega a R$ 7,3 bilhões (valores corrigidos). Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, estados frequentemente impactados por fortes eventos climáticos, possuem projetos de obras destinadas a mitigar os efeitos desses fenômenos naturais, porém, essas iniciativas ainda não se materializaram. A reportagem é do jornal “O Globo”.

A Bahia, por exemplo, que enfrentou graves inundações no final de 2021, também enfrenta atrasos em obras essenciais. Embora tenha sido anunciada a liberação de R$ 136 milhões (corrigidos) para auxiliar as cidades afetadas, cerca de 190 localidades foram prejudicadas e 30 pessoas perderam suas vidas. No entanto, desde 2013, existem ações em andamento para prevenir enchentes. Em Salvador, por exemplo, estão em andamento 120 obras de contenção de encostas, com um orçamento de R$ 282,2 milhões (corrigidos), iniciadas em 2014. Outras obras, datadas de 2013, no valor de R$ 44,8 milhões (corrigidos), foram paralisadas com 89% do projeto executado. Tanto Itabuna quanto Ilhéus concentram esforços em obras de prevenção de enchentes, totalizando um investimento de R$ 7,6 milhões (corrigidos). Em Itabuna, destaca-se a macrodrenagem iniciada em 2010, enquanto em Ilhéus, há a recuperação de encostas, datada de 2016.

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