Lamarão ganha reforço na Segurança Pública com novos Pelotão e Delegacia
Com as duas unidades, a SSP contabiliza 21 novas estruturas entregues para as Polícias Militar e Civil, em 2024.
Distante cerca de 180 km de Salvador, a cidade de Lamarão ganhou um reforço na Segurança Pública com as inaugurações da nova Delegacia Territorial (DT) e do novo Pelotão do 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Serrinha). A solenidade ocorreu na manhã desta sexta-feira (31).Com as duas unidades, a SSP contabiliza 21 novas estruturas entregues para as Polícias Militar e Civil em 2024.
Os nove mil moradores da cidade e os servidores passam a contar com espaços ainda mais adequados para atendimento, após investimento de R$ 2,8 milhões do Governo do Estado.
Localizada no Loteamento Luís Eduardo Magalhães, o Complexo Integrado conta com recepção, salas de comando, para delegado, operacional, de inteligência, vestiários, para atendimento, investigação e reconhecimento, além de custódia com celas.
Outras 19 unidades foram inauguradas nas cidades de Iraquara, Taperoá, Porto Seguro, Itagibá, Dom Basílio, Iuiú, Saúde, Fátima, Santa Rita de Cássia e Palmas de Monte Alto em 2024.
Texto: Rafael Rodrigues/ Ascom SSP
Polícia Civil prende homicida em Feira de Santana
Motocicletas são recuperadas pela Polícia Civil em Areia Branca
BNDES destina R$ 1,7 bilhão para Energisa
Segundo o banco, a operação será destinada para melhoria do serviço em 11 estados e 863 municípios entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Sergipe, Acre, Rio de Janeiro e Rondônia.
Ao todo, mais de 20 milhões de consumidores são atendidos pelas distribuidoras da Energisa nessas regiões. A operação de Mato Grosso receberá a maior parte dos recursos, cerca de R$ 395 milhões.
“O apoio de R$ 1,76 bilhão do BNDES ao Grupo Energisa demonstra o papel estratégico do financiamento público na promoção do desenvolvimento, com impacto positivo na condição de vida dos brasileiros e brasileiras, por meio de melhorias significativas na distribuição de energia elétrica. E isso é uma prioridade do governo Lula”, disse em nota Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Até o fim do ano a Energisa pretende investir R$ 9,3 bilhões em sua operação. Segundo o planejamento da companhia, os recursos serão alocados para melhorias no atendimento a novos domicílios, a ampliação de subestações e linhas de distribuição de energia e a troca de equipamentos.
Também devem ser expandidas ou substituídas redes de energia.
A Energisa controla 22 concessões no setor de energia elétrica, sendo nove distribuidoras e 13 transmissoras, espalhadas em uma área equivalente a 24% do território brasileiro.
Prefeitura de Ipiaú avança com Operação Tapa-Buraco em diversas ruas da cidade
Texto Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
Prefeitura de Ipiaú promove Saúde e Educação em evento para estudantes da EJA
- Testagem Sanguínea
- Primeiros Socorros
- Vacinação
- Teste Rápido
- Saúde Bucal
- Prevenção à Gravidez na AdolescênciaA iniciativa foi muito bem recebida pelos participantes, que puderam aproveitar os atendimentos gratuitos e tirar dúvidas sobre diversos aspectos da saúde. A Feira de Saúde foi planejada com o objetivo de proporcionar acesso a cuidados preventivos e educativos, fortalecendo o compromisso da Prefeitura de Ipiaú com a saúde e educação da população.
"A realização dessa Feira de Saúde é um grande passo para integrarmos saúde e educação, proporcionando um ambiente mais seguro e saudável para nossos estudantes. Nosso compromisso é continuar promovendo ações que impactem positivamente a vida dos cidadãos de Ipiaú," afirmou a prefeita Maria das Graças.
Texto Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
Kremlin critica condenação de Trump e fala em tentativa de eliminar rivais
O Kremlin criticou nesta sexta-feira (31) a condenação do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por 34 acusações de fraude contábil.
Comentário foi feito pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele disse que o veredito “mostrou que todos os meios legais e ilegais estão sendo usados para se livrar de rivais políticos”.
Trump se tornou o primeiro ex-presidente americano condenado criminalmente. A pena dele não foi fixada, o que só deve ser feito por um juiz em 11 de julho.
A campanha do presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a decisão prova que “ninguém está acima da lei”. A avaliação, no entanto, é de que a condenação pouco mudará a dinâmica das eleições; nada impede que o republicano dispute o pleito, marcado para 5 de novembro.
Se falarmos de Trump, o fato de que há simplesmente a eliminação, de fato, de rivais políticos por todos os meios possíveis, legais e ilegais, é óbvio.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, em uma coletiva de imprensa.
EUA e aliados desafiam ameaça nuclear de Putin e liberam uso de armas contra a Rússia
Após uma sequência de anúncios de membros da aliança militar ocidental permitindo o emprego de armas doadas a Kiev contra alvos no território russo, o que havia levado Putin a alertar contra o risco de uma guerra global, Washington e Berlim cederam e acompanharam os aliados.
O fizeram de formas distintas. A principal decisão, a americana, foi vazada na quinta (30) ao site Politico e depois ao jornal The New York Times e outros meios, sem confirmação oficial, mas com um detalhe que lhe dá caráter de teste de estresse: as armas dos EUA só poderão ser usadas contra alvos militares usados na ofensiva contra Kharkiv.
No dia 10 passado, Putin abriu uma nova frente naquela região, no norte e nordeste ucranianos, e a velocidade de seus ganhos, além do impacto nas defesas gerais de Kiev, assustaram o Ocidente com o risco de um colapso nas defesas de Volodimir Zelenski.
Nesta sexta (31), os alemães deram contornos mais definidos ao anunciar em Berlim a mesma coisa de forma oficial, além de um pacote adicional de ajuda militar a Kiev. Mas os desejados mísseis de cruzeiro Taurus, demanda de Zelenski há meses, não serão fornecidos.
Até aqui, a Alemanha seguia a diretriz de Joe Biden de proibir o emprego de armas doadas aos ucranianos contra a Rússia. O temor, nas palavras do presidente americano, era a percepção de uma escalada que levasse à Terceira Guerra Mundial entre potência nucleares.
Essa linha vermelha está sendo testada agora, restando saber a reação de Moscou quando o primeiro míssil americano ou britânico destruir uma base russa. Até aqui, contudo, a ideia de envio de tropas segue vetada pelos EUA –a França e países do Leste Europeu têm sugerido isso, e instrutores militares de Paris deverão ir à Ucrânia, sem função de combate por ora.
O presidente ucraniano, que foi a Estocolmo nesta sexta para assinar acordos militares com a Suécia e a Noruega, disse pela manhã que estava ciente da intenção americana. “Recebemos a mensagem do lado americano hoje cedo. Eu não posso dar detalhes, quero ver na prática o que será”, disse.
Já o secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, disse que “os russos nos ameaçam desde o começo da guerra, e não nos dissuadiram”. “Autodefesa não é escalada. É um direito fundamental, entronizado na Carta da ONU. Nós temos o direito de ajudar a Ucrânia a manter seu direito de autodefesa”, afirmou.
Ele havia participado de uma reunião de chanceleres da Otan em Praga, na qual foram acertadas metas para tentar manter a ajuda militar dada pelos 32 membros do bloco em 2023 a Kiev, cerca EUR 40 bilhões (R$ 225 bilhões), ao menos no mesmo nível até a guerra acabar.
A ideia é amarrar os americanos ao arranjo, pelo temor de uma vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca, em novembro. O republicano é visto como russófilo e já disse que não iria apoiar Kiev –com efeito, o Kremlin criticou nesta sexta a condenação do ex-presidente em ação penal, qualificando-a de perseguição.
MOSCOU EVITA REAÇÃO
Moscou ainda não piscou ante à nova situação. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, abandonou a usual loquacidade e disse que não tinha detalhe algum acerca da decisão de Biden, nem sabia se ela era real. Sobrou ao sempre belicoso ex-presidente Dmitir Medvedev escrever em rede social que a Rússia não está blefando sobre o uso de armas nucleares.
Com isso, Putin ganha tempo para medir sua reação e, no limite, os americanos têm espaço para eventual recuo. Dada o discurso vigente na Otan, contudo, isso não deve ocorrer.
Ameaças nucleares vêm sendo feitas de formas mais ou menos sutis por Putin desde a semana que antecedeu a invasão, em fevereiro de 2022. Elas funcionaram para manter os EUA e aliados fora do conflito diretamente, dado que pela carta da Otan se um país for atacado, o bloco todo tem de reagir.
Além disso, serviram para manter o envio de armas de forma paulatina. Tanques ocidentais só apareceram na guerra mais de um ano depois de seu começo, caças americanos usados F-16 talvez sejam pilotados por ucranianos no segundo semestre em quantidades limitadas.
Mais recentemente, Putin determinou exercícios com armas nucleares táticas, de emprego em campo de batalha, como resposta às sugestões de Macron de enviar tropas e de Londres, de liberar o uso de armas contra solo russo. Ameaçou também atacar alvos britânicos.
O presidente dissimula objetivos, dizendo que a operação no norte ucraniano visa proteger as populações do sul russo, particularmente de Belgorodo, afastando o alcance de armas ucranianas. Nesta sexta, em meio ao debate político, os russos voltaram a bombardear Kharkiv, a capital da região homônima e segunda maior cidade do país invadido.
Peskov disse que “sabemos que a Ucrânia vem tentando nos atingir com armas americanas” na região, mas agora isso parece ser política de Estado em Washington e outras capitais, potencialmente abrindo uma nova e perigosa fase na guerra.
A pedido da PGR, PF prende dois suspeitos de ameaçar a família de Moraes
Um dos alvos foi preso na Vila Clementino, bairro nobre da Zona Sul da cidade de São Paulo. O outro, foi preso no estado do Rio.
chegar ao STF. As mensagens diziam que usaram bombas e sabiam o itinerário usado pela filha do ministro Alexandre de Moraes. A segurança do STF foi acionada a ajudou a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF a fazer os levantamentos.
A Procuradoria-Geral da República deu parecer favorável. Os crimes que estão sendo apurados são: ameaça e perseguição. A decisão chegou à PF nesta quinta-feira (30). A audiência de custódia será feita na tarde desta sexta.
Servidores de agências reguladoras rejeitam proposta do governo e sinalizam entrega de cargos
Servidores de agências reguladoras rejeitaram na última quarta-feira (29) a proposta apresentada pelo governo de reajuste de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026 e alongamento de carreira e sinalizaram a intenção de entregar cargos, “inconformados com a atual desvalorização” da regulação.
O Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação) enviou ao Ministério da Gestão ofício no qual informa que, em assembleia, 839 servidores votaram contra a proposta do governo, ante 3 favoráveis.
No documento, eles afirmam que a proposta de reajuste do governo, “além de estar muito abaixo do necessário para o nivelamento com as carreiras do Ciclo de Gestão, sequer recompõe o prejuízo de 17% que a categoria teve em relação às demais no acordo de 2015”.
Outras demandas da categoria, como exigência de nível superior para todos os cargos e definição, em lei, das atividades das agências reguladoras como atividades típicas e exclusivas de Estado, foram negadas pelo governo.
No ofício, o presidente do Sinagências, Fabio Rosa, afirma que, “inconformados com a atual desvalorização da carreira da Regulação e com a situação de precariedade operacional em que se encontram as 11 agências reguladoras, 929 gestores e ocupantes de cargos em comissão, colocaram seus cargos à disposição da Administração”.
Não entendo por que Brasil está do lado do agressor, diz Zelenski
“Não entendo, não entendo”, afirmou. “Diga: por acaso, presidente Lula, por acaso não quer ter essa aliança? Por acaso o Brasil está mais alinhado com a Rússia do que com a Ucrânia? A Rússia nos atacou. O Brasil tem de estar do nosso lado e dar um ultimato ao agressor, em nome do resto do mundo. Uma amizade com alguém que tem uma ideologia e uma visão fascistas não pode trazer benefícios.”
De camiseta e calça verde-militar —figurino que transformou em uniforme desde que o seu território foi invadido pelos russos, em fevereiro de 2022—, Zelenski recebeu os jornalistas na Casa das Quimeras, edifício histórico de Kiev situado em frente ao gabinete presidencial. Sereias, rinocerontes e crocodilos de concreto retorcido adornam a fachada da construção art nouveau que rendeu ao seu arquiteto, Władisław Horodecki, o apelido de Gaudí polonês.
O encontro com os profissionais de imprensa se dá às vésperas de uma cúpula de paz organizada pela Suíça para a qual foram convidados 160 países. Segundo Zelenski, entre os cerca de 80 líderes que já tinham confirmado presença no evento, a ser realizado em Lucerna nos próximos dias 15 e 16, estariam os presidentes argentino, Javier Milei, e chileno, Gabriel Boric.
Enquanto isso, o Brasil, segundo noticiou a Bloomberg, não pretende enviar representantes de alto escalão ao evento. Na semana passada, o assessor especial de Lula para a política externa, Celso Amorim, e o chanceler chinês, Wang Yi, divulgaram um comunicado em que destacavam a necessidade da presença de Moscou em quaisquer negociações sobre o conflito.
“Por quê?, se somos nós os atacados?”, questionou Zelenski ao falar sobre a declaração, emendando uma pergunta na outra. “Por que o Brasil e a China pensam primeiro nos russos e depois em nós? Como podem dar vantagem aos países que atentam contra outros e priorizar essa aliança com o verdadeiro agressor?”
O ucraniano afirmou que sabe que as nações têm suas próprias visões e disse estar disposto a ouvi-las. Mas, acrescentou, a cúpula da paz tem justamente esse objetivo. “Antes, temos que conciliar a opinião de todos os que vêm. Mas não com a Rússia.”
Em contraposição ao tom exaltado em relação ao Brasil, Zelenski comentou suas relações com a Argentina e com o Chile, cujos líderes o apoiaram publicamente, e afirmou que o mais importante não é que seus aliados colaborem com a Ucrânia materialmente, mas com “sua solidariedade”.
Depois, questionado por um repórter de El Salvador sobre que interesse poderia ter em uma aliança com um país pequeno, respondeu que “quem pode apoia com armas, e quem não, com suas vozes”. “Suas vozes são suas armas. Precisamos delas para dar um fim à guerra.”
Como parte do esforço para convencer Brasília a participar do evento, a Suíça argumenta que, apesar de a reunião ter sido convocada a pedido de Kiev, os trabalhos de condução das negociações ficariam a cargo da anfitriã.
Os suíços declararam também que o plano de paz ucraniano, que exige que os russos deixem todas as áreas ocupadas do seu território —incluindo aquelas sob controle de Moscou desde 2014, que é o caso da Crimeia—, não seria o norte das tratativas.
E afirmaram estar convencidos de que o Kremlin deve estar envolvido nelas. Segundo a Suíça, os russos só não foram convidados para a cúpula porque manifestaram desinteresse em participar dela em diversas ocasiões.
Integrantes do governo brasileiro consideram, no entanto, que qualquer proposta de negociação que tenha como base o plano de Zelenski não tem futuro, uma vez que implica exigências inaceitáveis para Putin, como a saída da Crimeia e a criação de um tribunal para julgar supostos crimes de guerra cometidos pelo Exército russo.
Temem ainda que o processo seja uma repetição de outros esforços de negociação vistos como improdutivos. Uma reunião sobre o tema na Dinamarca no ano passado, por exemplo, foi descrita como um fracasso por desconsiderar posições de nações com opiniões diferentes, como o Brasil.
As diferenças nas visões de Lula e Zelenski no que se refere à Guerra da Ucrânia provocaram tensões entre os líderes antes mesmo de o petista assumir seu terceiro mandato. Mas a situação tinha arrefecido nos últimos tempos —em abril, o ucraniano afirmou à Folha que algo tinha mudado no “beco sem saída” que era o relacionamento deles depois que os dois enfim tiveram uma reunião bilateral, em setembro, em Nova York.
O desconforto dos ucranianos com o governo brasileiro parece ter voltado a aflorar com a aproximação da cúpula na Suíça, no entanto. É visível que a possível ausência de Lula no evento inspira frustração entre as autoridades de Kiev, e durante os encontros com os jornalistas latino-americanos nesta semana, a cobrança de um posicionamento mais enfático de Brasília em favor de Kiev foi repetida por diversas vozes, incluindo as do chanceler, Dmitro Kuleba, e do primeiro-ministro, Denis Chmigal.
“Todas as soluções estão nas mãos do presidente Lula. Que papel ele assumirá como ator político internacional?”, disse o premiê na segunda-feira (27), acrescentando que seu país espera um convite para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro.
Nos eventos de que a reportagem participou, a impressão era de que o Brasil era a menina dos olhos dos ucranianos —em entrevistas coletivas, as respostas das autoridades às perguntas de veículos brasileiros eram consideravelmente mais extensas do que aquelas aos demais profissionais do grupo, da Argentina, Chile, Colômbia, El Salvador e Peru.
Para Zelenski, a postura dos brasileiros de que negociações sem a presença dos dois lados envolvidos no conflito são infrutíferas corresponde, em última instância, a um endosso da invasão de um Estado pelo outro.
Questionado sobre o que, em sua visão, seria necessário para Brasília se aliar a Kiev, ele responde que o país sul-americano precisa “entender as consequências de uma derrota ucraniana”.
“Isso significaria que qualquer país, em qualquer continente, que detenha certo território tem grande possibilidade de ser suprimido por um país grande”, disse. “O mundo pode ser ajudado quando se quer fazer isso em vez de jogar o jogo diplomático, lançar declarações. Ajudar de verdade é deter um agressor e mostrar a ele que ele está isolado dos demais.”
(9º BEIC/Vitória da Conquista) encerrou a Jornada de Instrução Militar (JIM) do Curso de Formação de Soldados
PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Criminosos usam imagem do vereador Naciel Ramos para cometer golpes pelo whatsapp
Confiando na palavra e pensando tratar-se realmente do vereador Naciel Ramos, um comerciante chegou a realizar um pagamento via Pix pela mercadoria inexistente. Outro comerciante chegou a preparar o pagamento quando foi alertado por uma funcionária que suspeitou do golpe devido ao DDD ser de outro estado.
O vereador Naciel Ramos esclarece que esta não é a primeira vez que criminosos utilizam sua imagem para aplicar golpes. Em 2022, alguém se passou por uma ex-prefeita do norte da Bahia e pediu ao vereador que vendesse tratores agrícolas para empresários locais.
Naciel Ramos faz um apelo para que as pessoas fiquem atentas e não caiam em golpes que se tornaram comuns no WhatsApp, especialmente envolvendo políticos e figuras conhecidas na região.
O vereador registrará o caso na Delegacia de Polícia Civil, que iniciará a investigação para identificar e punir os responsáveis por mais esta tentativa de fraude. (Giro Ipiaú)
Auxílio Reconstrução começa a ser pago hoje a famílias afetadas no RS
Foto: Diego Vieira / Reuters |
O benefício é pago em parcela única, no valor de R$ 5,1 mil. O primeiro lote, no valor total de R$ 174 milhões, é destinado às 34.196 famílias que primeiro se cadastraram junto às prefeituras gaúchas e tiveram as informações validadas.
Assim como em auxílios emergenciais anteriores, a responsável por processar os pagamentos é a Caixa Econômica Federal, que disponibiliza o dinheiro por meio de uma conta poupança social aberta automaticamente em nome do beneficiário.
De acordo com o ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, o governo trabalha com a expectativa de contemplar duas listas semanais de famílias afetadas, à medida que as informações vão sendo validadas pelos órgãos responsáveis. O município que mais cadastrou famílias até o momento é Canoas.
Para a liberação do benefício, é necessário cumprir três fases:
1) Prefeituras: as prefeituras dos municípios afetados devem enviar ao governo federal dados sobre as localidades atingidas e as famílias desalojadas ou desabrigadas no site do Auxílio Reconstrução.
2) Famílias: a pessoa identificada como responsável pela família beneficiada precisa confirmar, desde o dia 27 de maio, o cadastro no site. É preciso acessar o botão Sou Cidadão pela conta registrada no site Gov.br, com o login e senha cadastrados. Caso haja erro de cadastro, as prefeituras deverão receber os cidadãos para corrigir dados, como CPF, endereço ou nome.
3) Pagamento: a Caixa Econômica Federal receberá a lista dos nomes aptos e fará o depósito na conta.
Balanço
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou na manhã desta quinta-feira
(30) o balanço mais recente sobre o impacto da tragédia climática no
estado. O órgão manteve o número de mortos em 169, enquanto 44 pessoas
seguem desaparecidas. Confira os dados abaixo:
Municípios afetados: 473
Pessoas em abrigos: 45.126
Desalojados: 581.638
Afetados: 2.347.664
Feridos: 806
Desaparecidos: 44
Óbitos confirmados: 169
Pessoas resgatadas: 77.729
Animais resgatados: 12.527
Efetivo: 28.153
Viaturas: 4.046
Aeronaves: 12
Embarcações: 143
Líder da Marcha para Jesus diz que recepção a Lula poderia ser hostil e aponta desgaste de Bolsonaro
“Neste momento, há um clima que pode ser hostil a ele [Lula], o que obviamente seria um constrangimento extremamente desnecessário, e acredito que se resguardar nesse sentido é importante”, diz Hernandes à Folha, no backstage do evento.
“Caso viesse, iríamos orar por ele”, afirma, lembrando se tratar de uma praxe dispensada a governantes na Marcha —pela manhã, o prefeito Ricardo Nunes foi e recebeu sua oração. “Quer queira, quer não queira, ele é o presidente.” E a Bíblia manda orar pelas autoridades constituídas por Deus, caso dos políticos eleitos em um país.
Lula enviou pelo segundo ano consecutivo uma carta ao líder, que também preside a Igreja Renascer em Cristo. Hernandes a definiu como “bonita” e “muito respeitosa”. Nela, o petista lembra que sancionou o projeto de lei que incluiu a Marcha para Jesus no calendário nacional em 2009, enquanto presidente em segundo mandato.
O apóstolo apoiou Bolsonaro na eleição de 2022 e esteve com ele nesta quarta (29), em Campinas. O político do PL não irá à Marcha neste ano nem foi em 2023, tendo comparecido em seu primeiro ano como presidente, em 2019, e no último, o eleitoral 2022.
Hernandes diz que o convidou, mas entende que Bolsonaro, que ficou hospitalizado por 12 dias neste mês, esteja “muito cansado” e tenha outros compromissos.
O líder religioso especula se o candidato que apoiou no pleito presidencial passado teria a mesma força entre evangélicos agora. Acha que não, apesar de ainda ser querido por uma maioria. “O tempo desgasta muitas coisas, e a própria ausência, a inelegibilidade [de Bolsonaro], acredito que possa de alguma forma ter enfraquecido, que ele não tenha exatamente aquilo que praticamente era uma unanimidade. Acho que hoje isso não existe, mas que uma maioria muito, muito grande o apoia.”
Para Hernandes, a Marcha vem para “quebrar o radicalismo desta polaridade que temos no Brasil”. Se tantas pessoas veem crente como sinônimo de radical, diz, fazem “uma leitura errada do sentimento evangélico”.
É um segmento inclinado ao conservadorismo nos costumes, claro, mas segundo ele “não tem tabu que impeça vias para o diálogo”.
Em carta a apóstolo, Lula comemora dimensão da Marcha para Jesus brasil
Na mesnagem, Lula agradece ao convite para participar do evento, lembra que foi ele a sancionar a lei 12.025/2009, que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus, e celebra a dimensão que a celebração tomou.
“Uma das características mais formidáveis da Marcha é a capacidade de reunir fiéis de diferentes igrejas cristãs do Brasil e do mundo, sendo um evento aberto e de inclusão, que permite a participação de toda a população. Isso é uma demonstração inequívoca da prática daquilo que nos ensinou Jesus: ‘a comunhão’”, diz o presidente na carta.
Declarando-se cristão, Lula afirma que não pôde estar presente, mas que pediu ao ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, que representasse a ele e ao governo.
A Marcha para Jesus é organizada por Hernandes, líder da igreja Apostólica Renascer em Cristo, e costuma atrair dezenas de políticos. Neste ano, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, percorreu o trajeto em cima do trio elétrico ao lado da primeira-dama, Regina Carnovale Nunes, que veste a camiseta oficial da marcha.
À Folha o apóstolo disse que Lula seria bem recebido por ele, mas que talvez não encontrasse um ambiente acolhedor entre fiéis.
“Neste momento, há um clima que pode ser hostil a ele [Lula], o que obviamente seria um constrangimento extremamente desnecessário, e acredito que se resguardar nesse sentido é importante”, diz Hernandes.
LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA:
Ao Ilustríssimo Senhor Apóstolo Estevam Hernandez
Receba minhas cordiais saudações.
É sempre uma honra e uma alegria receber o seu convite para participar da Marcha para Jesus. Quero expressar meu respeito e meu reconhecimento pela realização de mais uma edição deste evento, que reúne milhares de fiéis em um momento de fé, unidade e oração.
Como cristão, sinto-me regozijado de ver a dimensão extraordinária que este evento tomou e o papel significativo que ele desempenha na vida de muitos brasileiros, promovendo valores de paz, fé, amor ao próximo e solidariedade.
Ver esse resultado só aumenta o orgulho que sinto de ter sancionado a Lei que criou este Dia Nacional da Marcha para Jesus, em 2009, ainda no meu segundo mandato como Presidente da República.
Uma das características mais formidáveis da Marcha é a capacidade de reunir fiéis de diferentes igrejas cristãs do Brasil e do mundo, sendo um evento aberto e de inclusão, que permite a participação de toda a população. Isso é uma demonstração inequívoca da prática daquilo que nos ensinou Jesus: ‘a comunhão’, que promove e fortalece os vínculos entre as pessoas. Conforme nos mandou Jesus: “amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (Jo 13,25-26).
Esse ensinamento é o que norteia o trabalho do nosso governo, que tem um foco muito preciso: união e reconstrução.
Temos o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo. As ações do meu governo são desenvolvidas a partir dessa premissa e buscam promover uma vida digna à família brasileira.
E a Igreja desempenha um papel vital nesse compromisso, que se reflete na sua ação social e no suporte espiritual de seus fiéis. Por isso, acredito que, juntos, podemos fazer muito mais pelo bem-estar, a paz e a harmonia de nosso povo.
Tenho certeza de que a Marcha para Jesus de 2024 será, como nos anos anteriores, um evento abençoado, que renovará a esperança e a fé de todos os participantes.
Como, infelizmente, não consegui estar presente, pedi ao ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que representasse a mim e ao governo.
Ele está honrado, como também estou.
Que Deus abençoe a todos.
Atenciosamente,
Luiz Inácio Lula da Silva
presidente da República Federativa do Brasil
Integrantes da Segurança Pública são agraciados com Medalha da Aviação Policial Militar
Também foram homenageados representantes das Forças Policiais e Bombeiros, entre outras autoridades
Durante o evento, o Graer sa PM também realizou a cerimônia de Elevação de Comandantes de Aeronaves. O secretário Werner entregou as insígnias dos pilotos e elogiou o trabalho executado pelos profissionais. “Homens e mulheres dedicados a fazer o melhor pela sociedade”, frisou.
Texto: Marcia Santana
Acusado de tentar matar criança é preso em Teixeira de Freitas
Um homem foi preso na terça-feira (28), na zona rural de Teixeira de Freitas, por tentar matar uma criança de 2 anos. O mandado de prisão preventiva foi cumprido por policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade e faz parte da Operação Caminhos Seguros.
Draco cumpre 21º mandado de prisão pela Operação Hégira
A Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DRACO), cumpriu, nesta terça-feira (28), o mandado de prisão de mais um alvo da Operação Hégira, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Com este cumprimento de medida judicial, sobe para 21 o número de alvos alcançados.
Cinco quilos de drogas são apreendidos em Tancredo Neves
Equipes da 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves) apreenderam quatro quilos de maconha, um quilo de cocaína, 40 munições calibre 45, 12 munições de escopeta, uma réplica de pistola e embalagens para acondicionar drogas. O material estava dentro de uma casa utilizada por traficantes na localidade conhecida como Buracão, naquele bairro, nesta quarta-feira (29).
Brasil confirma saída de embaixador e rebaixa nível da relação com Israel
O decreto de Lula com a remoção de Meyer foi publicado nesta quarta-feira, 29, no Diário Oficial da União e assinado na véspera. A decisão é uma forma de protesto contra Israel. O Palácio do Planalto e o Itamaraty consideram que Meyer foi humilhado pelo governo do premiê Binyamin Netanyahu.
A crise escalou em fevereiro. Em viagem à Etiópia, Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio em massa de judeus por Adolf Hitler. Em reação, Meyer fora convidado pelo chanceler israelense, Israel Katz, para uma visita conjunta ao memorial do Holocausto, o museu Yad Vashem.
Escalada
Mas, diante de câmeras, Katz fez uma reprimenda ao Brasil e declarou que Lula como persona non grata até que ele se desculpasse. O governo brasileiro considerou o episódio uma “armadilha”, já que tudo foi feito em hebraico e Meyer, que não domina o idioma, ficou sem reação.
Nem Lula nem Israel deram sinais de ceder. Pelo contrário, a crise só se agravou. Em meio às exigências de retração de Israel, Netanyahu convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro a visitar o país e recebeu os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Tarcísio de Freitas (São Paulo) – o que rendeu queixas ao embaixador israelense em Brasília, Daniel Zonshine.
Na sexta-feira, 24, Meyer voltou a Tel-Aviv pela primeira vez, após três meses no Brasil. Mas a viagem não era para que ele reassumisse o cargo. O diplomata foi designado representante especial junto à Conferência do Desarmamento, em Genebra, na Suíça.
Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) lamentou a retirada do embaixador brasileiro e o rebaixamento da relação.
Críticas
“Os dois países têm uma rica história de cooperação e afeto, iniciada desde a aprovação da partilha da Palestina, em 1947, em votação na Assembleia-Geral da ONU, conduzida pelo brasileiro Oswaldo Aranha”, afirmou a Conib. “A medida unilateral nos afasta da tradição diplomática brasileira de equilíbrio e busca de diálogo e impede que o Brasil exerça seu almejado papel de mediador e protagonista no Oriente Médio.”
O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que não recebeu nenhuma notificação oficial sobre a retirada de Meyer e convocou o embaixador adjunto do Brasil para uma reunião hoje para discutir o assunto.
A situação é parecida com a crise entre Bolsonaro e Nicolás Maduro. Em 2020, o Itamaraty retirou diplomatas e funcionários da embaixada e dos consulados brasileiros na Venezuela. Os canais entre os dois países foram cortados, embora a relação não tivesse sido rompida formalmente.
Capacitação discute papel dos Conselhos Tutelares na proteção integral de crianças e adolescentes
A capacitação teve como tema “O papel dos Conselhos Tutelares na proteção integral das crianças e dos adolescentes” e foi promovida pelo MP, por meio do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca), com a Escola de Conselhos da Bahia, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e Secretaria Nacional dos Direitos das Crianças e Adolescentes (SNDCA), Ufba, Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Ceca-BA).
A conferência de abertura foi realizada pelo psicólogo que se dedica há mais de 20 anos a escutar crianças, adolescentes e suas famílias, Alessandro Marimpietri. A coordenadora do Caoca, promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi Meira, integrou a mesa de abertura do evento, que teve como tema o ‘Sistema de garantias de direitos e desafios interinstitucionais na proteção da criança e do adolescente’. Também integraram a mesa a superintendente da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Trícia Calmon; o membro do Ceca, Edmundo Kroger; o presidente da Associação de Conselheiros Tutelares e Ex-Conselheiros do Estado da Bahia (Acteba), Robenilson Sena Torres; e o coordenador da Escola de Conselhos/Diretor da Faculdade de Direito da Ufba e presidente da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB-BA), Júlio César Rocha.
Também foram debatidos os temas ‘Saúde, educação e convivência familiar e comunitária: como garantir?’, com participação do promotor de Justiça da Infância e Juventude de Itapetinga, que gerencia o Projeto Infância em 1º Lugar do MPBA, Millen Castro; ‘O papel do Conselho Tutelar na proteção do adolescente em conflito com a lei’, com o promotor de Justiça da Infância e Juventude de Salvador, Alexandre Soares Cruz; ‘Trabalho infantil e violência sexual: como enfrentar?’, que teve a participação da promotora de Justiça da Infância e Juventude de Salvador Márcia Rabelo Sandes, que é gerente do Projeto Tecendo o Amanhã, do MPBA. Participaram ainda dos debates desses painéis membros da Secretaria de Saúde, do Conselho Estadual de Educação, do Colegiado de Gestores da Assistência Social da Bahia, da Defensoria Pública, da Fundação da Criança e do Adolescente e do Comitê de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, além de professores da Ufba, que mediaram as mesas.
Aliados veem ‘impotência’ do governo Lula em vetos que não ocorria nem com Bolsonaro
Um líder que apoia o governo afirmou, sob condição de anonimato, que o Planalto deveria ter centrado todas as forças para manter o veto à saída temporária dos detentos, considerada como “questão de honra” no Planalto. Em vez disso, de acordo com o parlamentar, a articulação política tentou negociar vários vetos ao mesmo tempo, o que acabou gerando a profusão de derrotas.
Essa liderança lembrou que, apesar de a gestão anterior também não ter contado com uma base sólida no Legislativo, o então líder do governo Bolsonaro no Congresso, o senador Eduardo Gomes (PL-TO), conseguia “entrar numa sala e sair de lá com os acordos fechados”.
Para outro aliado do governo, no entanto, houve uma escolha deliberada por parte da articulação do governo de não depositar esforços nas “pautas de costumes”, como as saídas temporárias.
Segundo essa avaliação, a “visão do todo”, ou seja, das conquistas do governo desde início até aqui no Congresso, é positiva. Essas vitórias incluem as aprovações do arcabouço fiscal e das medidas arrecadatórias no ano passado.
Outro líder partidário também considerou que a derrota já estava precificada, e que a bancada governista já havia sido avisada do resultado das votações ao entrar no plenário.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), entrou na mira do PT, que atribuiu ao senador a culpa pela derrota na sessão de vetos. Líderes da Câmara costumam reclamar que Randolfe não os procura para negociar as pautas prioritárias de Lula.
Essa interlocução com as lideranças da Câmara tem sido feita, nas últimas semanas, mais pelo novo líder da Maioria no Congresso, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que tem mais trânsito político na Casa.
Além da “saidinha”, o Congresso também derrubou um veto à proibição de uso de recursos públicos para promover, por exemplo, ações contra a chamada “família tradicional” e para a realização de abortos em casos não previstos em lei, além de invasões de terras, pautas caras ao bolsonarismo, à Frente Parlamentar Evangélica e à Frente Parlamentar da Agropecuária.
Um dia após a sessão, Lula reuniu-se com Randolfe e os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), e na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para fazer um balanço. O diagnóstico foi de que há uma ofensiva conservadora em curso no País, que encontra eco no Congresso.
Nessa conversa entre o presidente da República e os parlamentares, ficou decidido que o núcleo político do governo terá uma reunião fixa toda segunda-feira com Lula.
“Fizemos esse balanço. Deliberamos, inclusive, uma dinâmica de encontros que vamos passar a ter semanalmente. O núcleo político do governo, o ministro Padilha, além de mim, os líderes Wagner e José Guimarães, conversando com o presidente e quais ministros forem necessários ser chamados”, disse Randolfe.
Jaques Wagner já havia dito que Lula queria uma melhora na “organização” da articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso. “Toda segunda-feira, vamos passar a ter uma reunião ordinária do núcleo político de governo com o presidente da República”, explicou Randolfe.
Assim como essas reuniões, somente neste ano ministros do governo passaram a se reunir periodicamente com a base na Câmara. O primeiro encontro ocorreu em 22 de abril, num jantar, onde vice-líderes do governo reclamaram aos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) de falta de proximidade com o Planalto.
Tanto Wagner quanto Randolfe consideram, contudo, que o governo saiu vitorioso na sessão conjunta ao conseguir manter o veto ao calendário de pagamento de emendas impositivas (obrigatórias) que tornaria o Orçamento da União ainda mais engessado.
“Acabei de sair da sala dele (Lula). Ele está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 (anos), já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu. Então, não assusta isso”, afirmou o líder do governo no Senado.
“Todos sabemos que matéria econômica tramita de um jeito e matéria que eu vou chamar, genericamente, de costumes, tramita de outro. Qual é a base? Depende do tema”, minimizou.
Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o governo precisa “organizar sua base da melhor forma possível” no Legislativo. De acordo com o senador, a sessão de vetos demonstrou “força considerável” da oposição, mas também não significa necessariamente um enfraquecimento do Executivo.
Governo avalia se fará venda direta de arroz importado, após pressão do mercado
O arroz importado pelo governo chegará a supermercados e redes de atacado de alimentos com o rótulo do governo federal e a informação: “Arroz importado pelo governo federal” ao preço tabelado de R$ 4 o quilo.
O governo informou a representantes de produtores de arroz, atacadistas e supermercadistas que pretendia vender o arroz diretamente, cadastrando o comércio interessado em revender o produto importado pelo governo.
Nesta quarta, o diretor de Operações e Abastecimento, Thiago dos Santos, disse que a Conab ainda trabalha no leilão de importação do arroz e que decidirá posteriormente a modalidade de venda do produto ao comércio.
“A MP autoriza a Conab a fazer venda direta, lembrando que a Conab pode fazer também tanto a compra quanto a venda através dos seus leilões. Temos duas modalidades para esse produto chegar ao vendedor final”, afirmou Santos.
Nos leilões, a estatal oferece o produto a agentes privados na cadeia produtiva e não opera diretamente na distribuição ao comércio local. Ao final, a escolha vai depender da capacidade da Conab em lidar com uma atividade que não é parte de sua rotina.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o arroz importado pelo governo poderá chegar aos mercados em até 40 dias. Pelo edital da Conab, publicado nesta quarta, os fornecedores poderão entregar o arroz nos armazéns da Conab ao longo de 90 dias, até 8 de setembro.
De uma forma ou de outra toda forma, o arroz importado pelo governo chegará às gôndolas com a logomarca do governo federal em pacotes de 5 quilos por R$ 20 a unidade. A Conab decidiu ampliar para 21 Estados a distribuição do arroz importado — antes, eram sete Estados.
Segundo Santos, houve pedidos de potenciais compradores da região Norte e de outros Estados, razão pela qual a lista de unidades atendidas foi ampliada.
A iniciativa da Conab é alvo de críticas do setor arrozeiro. Os produtores alegam que há produto no mercado doméstico, uma vez que praticamente toda a safra gaúcha já foi colhida e que o problema é de logística. Além disso, a venda direta será feita a um preço abaixo do praticado pelo mercado, o que tende a desestimular o plantio da nova safra, além de pressionar as margens de concorrentes internos.
Produtores questionam ainda o tempo de conclusão da operação, alegando que, em 40 dias, a situação de escoamento do arroz gaúcho já estará normalizada, e o mercado, com preços mais equilibrados.
Mais arroz no curto prazo
O governo anunciou nesta quarta que decidiu ampliar o volume da primeira compra no exterior, de 104 mil toneladas para 300 mil toneladas.
“Obviamente não vamos trazer todo esse produto (1 milhão de toneladas) de uma vez. Vamos trazer 300 mil toneladas e queremos, com isso, equilibrar o mercado, garantir preço adequado aos consumidores”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto.
“Vamos avaliar o comportamento do mercado. Se esse leilão já equilibrar os preços, o governo vai avaliar a necessidade de fazer ou não um novo leilão”, afirmou.
A Conab afirmou que a fixação do preço em R$ 4 por quilo considerou o preço médio do grão no varejo de R$ 5 por quilo antes das inundações no Rio Grande do Sul com um deságio de 20% em relação ao valor apurado, mas não esclareceu o motivo da escolha deste patamar de deságio.
O volume de 1 milhão de toneladas representa 10% do consumo de arroz anual do Brasil, estimado em 10,5 milhões de toneladas, ou pouco mais de dois meses da venda nos supermercados.
O governo gastará R$ 7,2 bilhões do Orçamento federal na operação, recurso liberado por meio de crédito extraordinário (fora do limite da meta fiscal, mas com impacto na dívida pública).
Segundo Pretto, a estimativa do governo de importar 1 milhão de toneladas se baseia em informações prestadas pelo setor que dão conta de uma perda de 600 mil toneladas no Estado, além de uma quantia ainda não calculada de arroz perdido em armazéns alagados.
“O governo não quer intervir no mercado, mas com o combate à especulação, o mercado deve voltar logo ao preço justo. Estamos longe de qualquer intervenção, até porque, se o Brasil produz em torno de 10,5 milhões de toneladas de arroz, 300 mil toneladas não farão intervenção”, afirmou Fávaro, em entrevista ao canal oficial EBC.
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