Quadrilha da Escola Antonio Imbassahy vence concurso da Vila Cultural de Itagibá

Um verdadeiro espetáculo de cores e movimentos coreografados tomou conta da vila cultural de Itagibá, na noite do último sábado, 08 de junho. O evento, que já é uma tradição no calendário local, contou com a apresentação vibrante da quadrilha Junina Antonio Imbassahy, que trouxe à vida o tema “O Rei do Baião”. A plateia, envolvida pela trilha sonora contagiante, participou ativamente, dançando e reforçando os ritmos com palmas sincronizadas.

A apresentação da quadrilha foi um show à parte, combinando efeitos pirotécnicos, rodopios graciosos dos dançarinos e desenhos coreografados no palco. Cada passo, marcado com precisão, contribuiu para um espetáculo único e memorável. Os 30 minutos de apresentação foram suficientes para demonstrar os elementos essenciais do enredo junino em evolução, desde o cumprimento dos casais até o simbólico casamento.

Não faltaram os passos tradicionais que são a essência das quadrilhas juninas, como o túnel e a grande roda. A perfeição na execução desses movimentos encantou o público, que vibrou diante da impressionante sincronização dos dançarinos.

O ponto alto da noite foi a consagração da quadrilha Junina Antonio Imbassahy com o primeiro lugar na competição. Esta vitória é um reconhecimento do trabalho árduo e da dedicação de todos os envolvidos, desde os dançarinos até os organizadores. A quadrilha demonstrou que tradição e inovação podem caminhar juntas, proporcionando um espetáculo que celebra a cultura junina com autenticidade e criatividade.

O evento em Itagibá, mais uma vez, mostrou a importância das festividades juninas para a preservação e valorização das tradições culturais brasileiras. E, com apresentações como a da quadrilha Junina Antonio Imbassahy, essas tradições não apenas se mantêm vivas, mas também continuam a evoluir e encantar novas gerações. Por: Giro Ipiaú



Todos a bordo de avião que levava vice do Maláui estão mortos, diz presidente

O Presidente do Maláui, Lazarus Chakwera, disse nesta terça-feira (11), durante um discurso à nação, que todos a bordo do avião que transportava o vice-presidente do país, Saulos Klaus Chilima, 51, estão mortos.

A aeronave era procurada em um raio de 10 quilômetros em uma reserva florestal desde segunda-feira (10), quando desapareceu. De acordo com o governo, o avião não conseguiu pousar no destino por conta de baixa visibilidade e recebeu uma ordem de voltar à capital, mas o contato foi perdido depois disso.

Chilima viajava da capital, Lilongwe, até a cidade de Mzuzu em uma aeronave militar com outras nove pessoas, segundo o gabinete presidencial. Tentativas de entrar em contato com a tripulação não tiveram sucesso depois que o avião saiu do radar.

O governo do Maláui pediu ajuda nas buscas para países vizinhos, bem como para os Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e Israel.

Chilima era cotado para ser o candidato à presidência do Maláui nas próximas eleições, marcadas para 2025. Ele foi preso em 2022 acusado de corrupção, mas foi solto em seguida, e nega as acusações.

O Maláui tem 20 milhões de habitantes e faz fronteira com Moçambique, Zambia, e Tanzânia, e é um dos países menos desenvolvidos do mundo, com um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0.508, na 172ª posição de 192 países —o Brasil marca 0.760, ocupando a 89ª posição.

Folhapress

Suspeito de tráfico de drogas morre em ação da CIPE Central em Ipiaú

Um homem identificado por nossa reportagem como Edvaldo Santos, apelidado de ‘Dunga’, morreu ao resistir a uma intervenção policial de uma guarnição da CIPE Central, na Rua Júlia Lessa, conhecida também como ‘Rua do Creu, próximo a AABB de de Ipiaú. O caso foi registrado no final da madrugada desta terça-feira, 11. Baleado, o homem ainda chegou a ser socorrido pela guarnição e encaminhado até o Hospital Geral de Ipiaú, mas acabou não resistindo. Conforme as informações preliminares apuradas pelo GIRO, o indivíduo era suspeito de tráfico de drogas. Com ele foram apreendidos um revolver e entorpecentes. A CIPE Central deve divulgar nas próximas horas mais detalhes da ação policial que resultou na morte do suspeito. (Giro Ipiaú)

Entenda o que é a delação premiada e relembre delatores que marcaram a política

A Câmara dos Deputados deve avaliar nesta terça-feira (11) o requerimento de urgência para votação de um projeto de lei que proíbe delações premiadas de presos. A proposta foi pautada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e tem o aval de líderes de 13 partidos.

O requerimento de urgência acelera a tramitação de matérias na Câmara, pois elas vão direto ao plenário, sem passar por análise nas comissões temáticas. Caso seja aprovado, os deputados ainda terão de analisar o mérito.

Usada de forma recorrente ao longo da Operação Lava Jato, a delação premiada foi regulamentada em 2013 por meio da Lei das Organizações Criminosas. O texto foi sancionado pela então presidente Dilma Rousseff (PT).

Anos após sofrer impeachment, a petista lamentou a criação do que chamou de “arma de arbítrio”. O presidente Lula (PT), que foi preso em decorrência de processo da Lava Jato, também costumava criticar esse tipo de acordo.

Fizeram acusações contra o petista, entre outros, o empreiteiro Léo Pinheiro, o ex-deputado federal pelo PP-PE Pedro Corrêa e o ex-ministro Antonio Palocci —que estavam presos na época em que fecharam compromissos de colaboração.

A delação é um meio de obtenção de provas. Em troca de informações úteis para o processo, o juiz pode conceder uma série de benefícios aos delatores, como redução do tempo de prisão, substituição da pena ou mesmo o perdão judicial.

Para isso, segundo a lei, é preciso que a delação se traduza em resultados, como, por exemplo, a identificação de outros envolvidos na organização criminosa, a revelação de sua estrutura hierárquica ou a prevenção de outros crimes.

Críticos do atual modelo apontam que há risco de os colaboradores, na tentativa de conseguir o relaxamento da prisão, imputarem falsas acusações a terceiros. O ex-governador do Rio Sérgio Cabral chegou a firmar acordo com a Polícia Federal após anos detido. Posteriormente, em 2023, disse que estava pressionado e fez um “pedido de desculpas às pessoas citadas”.

Modificada pelo pacote anticrime, sancionado em 2019, a lei já prevê uma série de regras para que a delação seja homologada, entre elas a “voluntariedade da manifestação de vontade, especialmente nos casos em que o colaborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares”.

O projeto que deve ser votado é de autoria de Luciano Amaral (PV-AL), aliado de Lira, e altera o dispositivo para acrescentar que o caráter voluntário da delação está ausente caso o interessado em colaborar com as autoridades esteja preso.

Também estabelece que a pessoa delatada poderá contestar a validade da colaboração.

Pelas regras da Câmara, projetos mais recentes acabam sendo apensados a mais antigos se o assunto for similar. Por isso, o sistema da Câmara coloca na frente o projeto de autoria do então deputado Wadih Damous (PT-RJ), de 2016.

Especialistas divergem sobre a possibilidade de a proposta retroagir e anular delações já firmadas.

Além da Lava Jato, que teve uma série de colaborações questionadas, investigações recentes da Polícia Federal de grande repercussão se basearam em delações assinadas por investigados presos.

Dessa forma, caso retroaja, o projeto poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), citado na delação do seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que teve sua prisão confirmada pela Câmara em abril sob a suspeita de ser o mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), poderia ser outro favorecido.

O congressista foi preso dias depois de o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes homologar a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, executor do crime e que também está preso.

Géssica Brandino/Folhapress

Defensores públicos em greve realizaram manifestação na Governadoria

Nesta segunda-feira (10), as defensoras e defensores públicos baianos realizaram, uma manifestação em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O ato, promovido pela Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado da Bahia (ADEP), reuniu cerca de 100 profissionais em uma semana importante para a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 154/2023.

Com o objetivo de chamar a atenção sobre a pauta e em busca de respostas sobre o andamento das discussões a respeito do projeto de lei, que visa reestruturar a carreira, bem como cumprir a Constituição Federal, no que diz respeito ao atendimento do artigo 38 inciso 11, a classe passou o dia mobilizada para reafirmar a importância do diálogo com o Governo do Estado e com parlamentares, durante as negociações referentes ao PLC.

Tereza Almeida, presidente da ADEP, considera este um momento decisivo para as discussões sobre o PLC 154/23. “Estamos finalizando o semestre, temos esta semana, que é muito crucial, para estabelecer termos a definição sobre o andamento da aprovação do PLC. É um direito da classe”, afirma. De acordo com a dirigente da Associação, a classe precisa ter acesso às atualizações do texto que vai para discussão e aprovação.

“A gente precisa de uma definição. Se o projeto não é mais aquele que sugerimos, enquanto classe, precisamos saber qual PLC está sendo discutido? Qual a proposta concreta do governo? Além disso, a gente precisa saber quando ele vai ser aprovado. É direito nosso contribuir no diálogo”, continua.

Desde o último dia 15 de maio, as Defensoras e Defensores Públicos do Estado da Bahia paralisaram suas atividades em busca da aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 154/2023, proposta legislativa que visa a equiparação da carreira dos defensores públicos com outras carreiras do sistema de Justiça.

Em dezembro de 2023, o PLC 154 entrou na pauta da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), mas não foi votado. O projeto tramita na Casa há mais de cinco anos.

Lula conversa com Putin e defende processo de paz na Ucrânia proposto com a China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta segunda-feira (10) com seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, e defendeu uma proposta de negociação para a Guerra da Ucrânia assinada no final de maio por Brasil e China.

De acordo com o Palácio do Planalto, “o presidente Lula reiterou a defesa de negociações de paz que envolvam os dois lados do conflito, em linha com documento assinado pelos assessores presidenciais Celso Amorim e seu homólogo chinês, Wang Yi”.

Durante viagem a Pequim, Wang e Amorim divulgaram um documento chamado “Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China sobre uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia”. O texto apresentou seis pontos que, segundo os dois países, deveriam ser observados para a construção de um processo de paz efetivo na Ucrânia.

Entre os pontos estão a não escalada dos combates, o aumento da assistência humanitária e a rejeição ao uso de armas de destruição em massa, principalmente as nucleares. Brasil e China também disseram no documento que apoiam a realização de uma conferência internacional de paz “em um momento apropriado” e que seja reconhecida por Rússia e Ucrânia.

O governo ucraniano, liderado por Volodimir Zelenski, discorda da abordagem proposta por Brasil e China.

A conversa de Putin com Lula ocorreu dias antes de uma conferência de paz que será realizada na Suíça, a pedido de Zelenski, e com a participação de dezenas de países. Os Estados Unidos estarão representados pela vice-presidente, Kamala Harris, e os principais líderes europeus também devem participar.

A China não deverá enviar delegado, e o Brasil terá uma observadora: a embaixadora do país na Suíça, Cláudia Buzzi.

Em comunicado, o Kremlin afirmou que Putin descreveu a Lula o ponto de vista russo sobre a conferência de paz na Suíça. “O presidente da República Federativa do Brasil, por sua vez, manifestou o desejo de contribuir na busca de opções para uma resolução pacífica do conflito na Ucrânia, o que se reflete na conhecida iniciativa conjunta do Brasil e da China nesse sentido”, disse a nota.

O governo da Rússia disse no início de maio não ver sentido para a iniciativa.

Ricardo Della Coletta/Renato Machado/Folhapress
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Pressão contra MP para compensar desoneração cresce e chega ao Supremo

A pressão da iniciativa privada e do Congresso Nacional contra a MP (medida provisória) que corta benefícios tributários para compensar a desoneração da folha de empresas e municípios se intensificou, forçando o governo a discutir alternativas enquanto vê o caso chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reuniu com o presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (10) para discutir uma saída para o texto que tramita no Congresso e que restringe créditos tributários do PIS/Cofins.

O senador mineiro demonstrou preocupação com a enorme reação dos setores e criticou o fato de que o governo tratou do tema via medida provisória –um instrumento com eficácia imediata, mas que precisa ser posteriormente votado pela Câmara e pelo Senado. Segundo relatos, ele mencionou inclusive a possibilidade de devolver a MP.

O presidente do Congresso afirmou que o empresariado foi pego de surpresa com a mudança na compensação. Ele reforçou a insatisfação dos parlamentares e pediu uma solução do Palácio do Planalto até esta terça-feira (11).

Apesar da pressão, integrantes do governo descartam a retirada da medida provisória por parte do presidente da República e afirmam que a ideia é abrir a negociação com o Congresso, além de explicar os impactos para cada um dos setores afetados.

A estratégia de conversar com o empresariado já deve começar a ser executada nesta terça. A agenda de Lula prevê um encontro no Palácio do Planalto com o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, que também se reúne à tarde com Haddad.

Na semana passada, o presidente da CNI disse que tomaria “todas as medidas jurídicas e políticas” contra a MP e antecipou a volta ao Brasil. Alban participava da comitiva oficial do governo brasileiro na Arábia Saudita e China. “Chegamos ao nosso limite”, disse.

Pacheco foi avisado pelo governo do teor da MP antes da publicação, na terça-feira da semana passada (4), mas pessoas próximas ao presidente do Congresso dizem que ele não recebeu detalhes da mudança —o que um auxiliar de Lula nega.

Aliados do senador mineiro afirmam que a tendência é ajudar a encontrar uma saída honrosa para o governo, apontando inclusive outras fontes para compensar o impacto da desoneração da folha para os 17 setores da economia beneficiados.

Entre os grupos contemplados pela desoneração está o de comunicação. Também são beneficiados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

A consultoria do Senado elaborou um estudo sobre os impactos da medida provisória, mas o teor não foi divulgado pela Casa. A expectativa de arrecadação com a MP em 2024 é de R$ 29,2 bilhões, segundo a Fazenda.

“Nós vamos mais uma vez reiterar e intensificar o diálogo, seja com os setores produtivos, CNI (Confederação Nacional da Indústria), CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), as frentes parlamentares, os líderes tanto na Câmara quanto no Senado, para explicar mais didaticamente”, disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Na mesma linha, Haddad disse que pretende manter contato com os setores empresariais para esclarecer alguns pontos da medida provisória. O chefe da equipe econômica falou que busca principalmente “diluir determinados questionamentos que não conferem com a intenção da MP”, em particular no que diz respeito à exportação.

Na sexta-feira (7), Haddad sugeriu que a resistência de alguns setores é para tentar manter privilégios. “Ninguém que tem privilégio quer abrir mão dele. Mas nós temos de pensar no país”, disse ele, em São Paulo, após reunião com bancos e gestores de fundos do mercado financeiro.

Nesta segunda, o diretório nacional do Progressistas (PP) apresentou uma ADI (ação direta de inconstitucionalidade) ao STF com pedido de medida cautelar (decisão urgente) contra a MP.

O PP pede a suspensão imediata dos efeitos da medida até o julgamento da ação e defende que a iniciativa do governo seja declarada inconstitucional. O ministro Gilmar Mendes foi escolhido relator da ação.

Na ação, o partido diz que, com a entrada em vigor da MP, “o atual planejamento financeiro das empresas sofrerá implicações instantâneas, comprometendo investimentos e corroborando para uma elevação da insegurança jurídica e de negócios do país”.

“A restrição das regras de compensação de créditos tributários de PIS/Pasep e Cofins cria um cenário de incertezas ao setor produtivo do país, concedendo ao Executivo o poder de implementar políticas de arrecadação além dos limites constitucionais, conforme sua conveniência”, diz o texto.

Governistas reforçam que a medida foi a saída encontrada para viabilizar a desoneração e que, para substituí-la, os parlamentares devem apresentar uma alternativa.

Na quinta (6), cardeais do Senado conversaram pessoalmente com Padilha e relataram que o incômodo do empresariado tem chegado ao Congresso. Um deles afirma que o governo erra ao insistir em uma proposta criticada por quase todos os setores econômicos.

Também é lembrado que a MP da subvenção do ICMS, outra medida controversa, só foi aprovada no ano passado às vésperas do recesso, após quatro meses de negociação —e que a reação dos empresariado era visivelmente menor.

Victoria Azevedo/Renato Machado/Thaísa Oliveira/Folhapress

Pacheco manifesta a Lula insatisfação com MP do PIS/Cofins e pede solução até esta terça

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o governo deve indicar até amanhã, 11, alguma alternativa para a medida provisória que limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins, apurou a reportagem. Caso não haja nenhuma solução para o impasse criado com a edição da MP, Pacheco indicou que o ato pode ser devolvido ao Palácio do Planalto.

Segundo apurou a reportagem, Pacheco avalia uma solução até terça para evitar que a crise escale, uma vez que a MP tem gerado uma série de críticas por parte do setor produtivo.

A MP foi assinada pelo presidente Lula como uma forma de compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia que mais empregam e de municípios. Segundo a Receita Federal, o custo da desoneração em 2024 é de R$ 26,3 bilhões. Pela MP, o governo limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins de forma geral e de créditos presumidos de PIS/Cofins não ressarcíveis.

No entendimento de Pacheco, a alternativa à MP do PIS/Cofins pode vir de diversas formas. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a negociação de mudanças no texto, por exemplo, é uma possibilidade. A escolha de outras fontes de compensação para a desoneração, uma outra possibilidade. A tramitação do assunto por projeto de lei, por sua vez, uma terceira via.

A devolução da MP seria um ato mais radical e causaria uma tensão entre o governo e o Senado. A reportagem apurou, porém, que, no entendimento de Pacheco, a proposta tem vícios de constitucionalidade que poderiam embasar essa decisão, como a ausência de uma noventena para a aplicação das novas regras. A pressão política também tem crescido desde que a medida provisória foi publicada.

Deputados e senadores têm aumentado o coro contra a medida provisória desde o fim da semana passada. Uma coalizão de frentes parlamentares pediu, na semana passada, que Pacheco devolva a MP, dada a repercussão negativa que o texto teve junto ao setor produtivo.

Esses pontos foram passados pelo presidente do Senado a Lula em reunião na tarde desta segunda-feira, 10. O encontro durou cerca de 1 hora e 40 minutos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava no Planalto para uma reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e líderes governistas, também participou da conversa com Lula e Pacheco.

Gabriel Hirabahasi/Estadão

Governo argentino diz que avaliará caso a caso pedidos de refúgio de foragidos do 8/1 brasil

O porta-voz da Argentina, Manuel Adorni, afirmou nesta segunda-feira (10) que o país analisará pedidos de refúgio de brasileiros investigados ou acusados pelos ataques ao 8 de janeiro caso a caso. A concessão do refúgio, disse Adorni, dependerá de critérios de legalidade e de “factibilidade”.

O porta-voz ainda alegou não ser possível antecipar decisões e que o país fornecerá informações solicitadas ao Brasil como determina a lei.

Integrantes do governo Lula (PT) estimam que cerca de 100 brasileiros tenham pedido refúgio ao país vizinho.

Esses processos podem atrasar os pedidos de extradição brasileiros foragidos das investigações sobre os ataques aos três Poderes que as autoridades brasileiras pretendem fazer. Isso porque as solicitações ficam travadas enquanto ocorrer o trâmite de refúgio.

Nesta segunda, o porta-voz argentino foi questionado sobre o caso e afirmou que o Conare, a comissão que trata de pedidos de refúgio na Argentina, tratará dos casos e que o país seguirá o caminho legal. “É preciso ver se cumprem os requisitos ou não. Não podemos antecipar nenhuma decisão”, disse.

“Se efetivamente houver na Argentina criminosos [investigados pelo 8/1], o caminho legal correspondente será seguido”, afirmou Adorni.

A PF está na fase de listar quantos brasileiros investigados ou condenados pelos ataques aos três Poderes com mandados de prisão estão na Argentina.

Após fazer o levantamento, a relação de nomes será enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal), que fará os pedidos de extradição ao país comandado por Javier Milei. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, enviar ao Ministério da Justiça a documentação relativa ao pedido.

O DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), do Ministério da Justiça, depois de analisar os documentos, envia o processo ao Ministério de Relações Exteriores. O Itamaraty por sua vez, remete o caso para o órgão homólogo ao DRCI na Argentina.

No país vizinho, o caso é analisado por um juiz de primeiro grau. A palavra final sobre a extradição ou não é de Milei, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este é um dos fatores que levam autoridades brasileiras a ficarem pessimistas com os eventuais pedidos de extradição.

Julia Chaib/Folhapress

Liderança da facção baiana ‘Bonde do Maluco’ se escondia em Mato Grosso do Sul

(Divulgação, PC)
Mauricio Alberto Pallos de Souza, 36, o ‘Mau-Mau’, apontado como liderança da facção criminosa BDM (Bonde do Maluco), foi preso por equipe da Polícia Civil. A prisão aconteceu na manhã desta segunda-feira (10), em Coronel Sapucaia, a 380 quilômetros de Campo Grande.

O Bonde do Maluco é uma facção criminosa oriunda da Bahia, especializada em roubos a bancos, na modalidade “Novo Cangaço”.

Nesta vertente, uma organização composta por vários criminosos invade cidades utilizando-se de armas de grosso calibre, colocando pregos em frente aos postos policiais e delegacias, fazendo vítimas de refém, com o intuito de roubar bancos.

Conforme informações da Polícia Civil, ao perceber a presença dos policiais em seu esconderijo no bairro Jardim Tremembé, Mau-Mau ainda tentou fugir pulando o muro da residência. No entanto, com a queda na casa vizinha, o suspeito fraturou a perna esquerda e foi preso.

Apreensões

Na casa de Mauricio, foram encontradas porções de maconha e munições de 357. ‘Mau-Mau’ possui extensa ficha criminal na Bahia, como dois mandados de prisão em aberto: por roubo com emprego de arma de fogo e outro por latrocínio. Ambos, oriundos de Salvador, na Bahia.

 

Além dos mandados de prisão cumpridos, o indivíduo foi autuado por tráfico de drogas e posse ilegal de munição de uso permitido.

BDM: morto em confronto, mais procurado da Bahia se escondia no Paraguai

José Francisco Lumes, o ‘Zé de Lessa’, morto em confronto com a polícia em dezembro de 2019, era apontado como o bandido mais procurado da Bahia. Ele morreu durante ação policial na região de Coronel Sapucaia, a aproximadamente 400 quilômetros de Campo Grande, e seria membro da quadrilha que tentou assaltar um carro-forte.

A SSP-BA (Secretaria de Segurança Pública da Bahia) aponta Zé de Lessa como o bandido mais procurado daquele estado. Ele era fundador e líder da facção criminosa BDM (Bonde do Maluco), a de maior atuação na Bahia. No ‘Baralho do Crime’ da secretaria, que reúne os principais criminosos, ele era apontado como o ‘Ás de Ouro’.

Zé de Lessa tinha envolvimento com ataques a bancos, assaltos a carros-fortes, sequestros e tráfico de drogas. Ele se escondia no Paraguai e era responsável por repassar droga da fronteira até a Bahia, para abastecer o BDM. Zé de Lessa começou na vida do crime assaltando instituições financeiras.

Ele já foi preso algumas vezes e a última vez que saiu da prisão foi para terminar de cumprir a pena em regime domiciliar. Desde então, ele teria ido morar em Coronel Sapucaia, na divisa com o Paraguai, de onde começou a enviar carregamentos de drogas para abastecer a quadrilha na Bahia.

Homem é preso pela PM com pistola no Pelourinho

Um homem foi preso em flagrante com uma arma de fogo na noite de domingo (9), Rua Visconde de Cairu, Barroquinha, imediações do Pelourinho, por policiais militares do Batalhão de Polícia de Pronto Emprego Operacional (Bpeo). A suspeita é de que seja uma arma institucional extraviada.

Os pms realizavam motopatrulhamento quando avistaram um indivíduo com volume na cintura e atitude inquieta ao perceber a presença dos policiais. Ao realizar a abordagem ele tentou fugir, mas foi alcançado pela guarnição.

Durante a busca pessoal foi encontrada uma pistola .40 de numeração suprimida, carregada, com oito munições intactas, além de maconha e R$ 32 em espécie.

A suspeita é que a arma seja a mesma furtada de um integrante da corporação em dezembro de 2023, no Pelourinho. O homem e o material apreendido foram apresentados à Central de Flagrante para adoção das medidas cabíveis.

Texto: Polícia Militra/ DCS

Foragido da justiça é localizado e preso pela Cipe Semiárido em Xique -Xique

 PMs receberam denúncias de que havia um foragido da justiça hospedado em uma Pousada na cidade. 

Policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Semiárido prenderam um indivíduo foragido da justiça, na manhã desta segunda-feira (10), em Xique-Xique.

Os pms realizavam ações de patrulhamento na região, quando receberam denúncia de que havia um foragido da justiça hospedado em uma Pousada na cidade. Em ação conjunta com policiais do 7º BPM, as guarnições deslocaram para averiguar o fato. No local, a denúncia foi confirmada e o foragido foi detido.

Durante a abordagem, os militares constataram em consulta aos sistemas de segurança, que o indivíduo possuía três mandados de prisão em aberto, por estelionato, furto e homicídio.

O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a delegacia que atende à região, onde o fato foi registrado.

Texto: Polícia Militar/ DCS

Rui Costa destaca instalação de novo campus universitário na cidade de Jequié

 O ato reuniu os reitores das universidades e ministros do governo no Palácio do Planalto, em Brasília

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a instalação de um campus de universidade federal na cidade de Jequié (BA), durante a cerimônia de anúncio do presidente Lula para investimentos na educação superior federal. O ato reuniu os reitores das universidades e ministros do governo no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira (10).

“Na Bahia, temos a novidade excepcional que é o novo campus federal que irá atender não só Jequié, mas todo o Sudoeste, o Vale do Jiquiriçá, a região de Ipiaú. Toda a região será atendida por esse novo campus instalado em Jequié. Além disso, é importante destacar o aumento do custeio das universidades em 41% do total do orçamento, elevação prevista até 2026. É um aumento muito expressivo porque sai de R$ 73 bilhões, em 2022, para R$ 103 bilhões em 2026. Isso mostra o compromisso do presidente Lula com a educação superior e ensino técnico no Brasil”, afirmou o ministro.

Desde janeiro de 2023, o Governo Federal retomou os investimentos na educação pública em todo o Brasil. Na gestão anterior, foram três anos consecutivos (2020, 2021 e 2022) com recursos mais baixos desde os anos 2000 para a educação e a ciência. Para expandir a reconstrução e o fortalecimento do ensino superior, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a inclusão de mais de R$ 3,77 bilhões em investimentos para as universidades federais, dentro do Novo PAC, com implantação de 10 novos campi nas cinco regiões do país. O valor se soma ao investimento de R$ 1,75 bilhão destinado aos hospitais universitários e totalizam R$ 5,5 bilhões para todas as instituições públicas federais de ensino superior.

STF suspende pagamento de R$ 3,6 bi da Eletrobras ao Piauí

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o pagamento antecipado de R$ 3,6 bilhões pela Eletrobras ao governo do Piauí. O valor se refere à indenização por supostos prejuízos causados pela demora no processo de privatização da Cepisa, estatal de eletricidade do estado.

Em 2023, o STF determinou o pagamento de compensação ao governo do Piauí, mas o valor ainda não foi depositado. No final de maio, a gestão Rafael Fonteles (PT-PI) enviou uma petição em que cobrava a transferência.

A Eletrobras argumentou ao STF que não pode arcar com o valor de R$ 3,6 bilhões, que caracteriza como “exorbitante”, e pediu a suspensão do pagamento enquanto ainda há recursos em tramitação. Fux acatou o pedido.

Em 1997, o governo do Piauí e a União firmaram acordo segundo qual a Cepisa seria federalizada e, posteriormente, privatizada. Pelo acerto, o Piauí receberia 90% do valor da diferença entre o preço da venda e o valor mínimo da companhia oferecido em leilão.

No entanto, o governo do Piauí argumentou ao STF que não houve esforço da administração federal em vender a distribuidora de 2002 a 2016. Enquanto esteve federalizada, a empresa ficou sob administração da Eletrobras.

Em 2018, a Cepisa foi vendida por um valor simbólico de R$ 50 mil, sob o argumento de que tinha dívidas de R$ 2,4 bilhões. Trata-se de valor muito inferior ao preço mínimo de venda de R$ 260,4 milhões avaliado em 2000, aponta a gestão piauiense na ação.

O valor de R$ 3,6 bilhões de indenização leva em conta a diferença corrigida dos valores da Cepisa desde 2000, somados a um valor calculado com base na média de ágios dos sete leilões de distribuidoras de energia nas regiões Norte e Nordeste.

Guilherme Seto, Folhapress

PF aprende meia tonelada de maconha em porto clandestino

Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais apreenderam mais de meia tonelada de maconha abandonada em fardos em um porto clandestino no lago de Itaipu, durante patrulhamento ostensivo realizado nesta quinta-feira (06/07).

A equipe de policiais realizava uma ronda na região da Vila Celeste, município de Santa Helena/PR, quando observou indícios de movimentação em direção a um porto clandestino. Ao chegar no local, foram encontrados diversos fardos de maconha, totalizando 536 quilos de droga, espalhados pelo meio da mata.

No local também foi encontrado um veículo, abandonado pelos traficantes, que seria utilizado para transportar o entorpecente trazido do Paraguai.

O veículo e o entorpecente foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal para a lavratura da apreensão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

FICCO e PM apreendem fuzil com líder de facção com atuação em Esplanada

Criminoso possuía passagens pela Polícia e planejava atacar traficantes rivais. O flagrante ocorreu neste domingo (9).

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e a Polícia Militar apreenderam neste domingo (9), um fuzil com Jaílson Jesus de Sousa, o “Fumaça”. Ele era líder de uma facção com atuação na cidade baiana de Esplanada e acumulava processos por homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.

O criminoso foi localizado por equipes da FICCO e da Cipe Litoral Norte na cidade de Entre Rios, após ações de inteligência. Fumaça atirou contra os policiais, acabou ferido, foi socorrido, mas não resistiu.

 Com o traficante foram apreendidos um fuzil calibre 5,56, carregador e munições. As ações ostensivas e de inteligência foram reforçadas na região.

Texto: Alberto Maraux

Itagibá: Acidente com ônibus escolar deixa dois feridos na BA-650

 

Foto: Giro Ipiaú
Um ônibus escolar da Prefeitura de Itagibá tombou na BA-650, entre os municípios de Ipiaú e Itagibá. O acidente foi registrado por volta das 08h45 desta segunda-feira, 10. Conforme apurou a reportagem do GIRO no local, o veículo não transportava estudantes e saiu de Itagibá com o motorista e mais três passageiros com destino a um posto de combustível no distrito do Japomirim, onde seria abastecido. O ônibus tombou numa reta, nas proximidades da Curva de Dona Domingas.

Foto: Giro Ipiaú

O motorista e uma passageira sofreram pequenas escoriações e se queixavam de dores. O Samu foi acionado, mas ao chegar no local não encontrou os feridos. Eles foram socorridos por populares e encaminhados ao Hospital Geral de Ipiaú. A causa do acidente não foi informada. (Giro Ipiaú)

OAB da Bahia afirma que tomará providências contra empresas que oferecem consultoria previdenciária

O Conselho Pleno da OAB da Bahia aprovou, por unanimidade, na sessão da última sexta-feira (7), requerimento feito pela Comissão de Direito Previdenciário da seccional pedindo que a Ordem tome medidas contra empresas que oferecem serviços de consultoria previdenciária. Esse tipo de atividade é exclusiva da advocacia, o que faz com que a realização desse tipo de serviço por profissionais de outra classe seja ilegal. O relator do pedido foi o vice-presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-BA, Martone Maciel, que encaminhou o voto pela efetivação das medidas.

As providências requeridas pela comissão foram o reconhecimento, pelo Conselho Pleno, da atividade de prestação de consultoria previdenciária como exclusiva da advocacia e o oficiamento da Junta Comercial do Estado da Bahia (JUCEB) para que obstrua o registro de sociedades empresariais que ofereçam assessoria e consultoria previdenciárias; encaminhe para a seccional a lista das empresas que fazem esse e outros serviços correlatos e já estão registradas e que tome as medidas administrativas e disciplinares cabíveis caso essas companhias sejam constituídas por advogados..

“A gente vive uma realidade muito complexa por conta da existência dessas empresas que, na verdade, prestam serviços advocatícios. Nós trazemos hoje essa discussão porque entendemos que a atividade de consultoria previdenciária é, na verdade, privativa da advocacia. E, portanto, essas empresas estariam exercendo de forma ilegal, invadindo a nossa esfera de competência”, afirmou a presidente da OAB-BA, Daniela Borges.

“Nos termos do Artigo 3º da Lei 8906/94 o exercício da advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Entretanto, por imperativo da lei não é admitido o registro e nem pode funcionar sociedade de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária”, afirmou, em seu voto, o vice-presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-BA, Martone Maciel.

Compuseram a mesa ao longo da sessão a presidenta Daniela Borges; a vice-presidenta Christianne Gurgel; a secretária-geral Esmeralda Oliveira; o secretário-geral adjunto, Ubirajara Ávila; o diretor-tesoureiro Hermes Hilarião; o presidente da CAAB, Maurício Leahy; a vice-presidenta da CAAB, Cléia Costa; o diretor geral da ESA, Luiz Gabriel Batista; as conselheiras federais Marilda Sampaio e Sílvia Cerqueira; a conselheira seccional Betha Nova; o presidente da Comissão de Juizados Especiais, Rod Macedo; o vice-presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-BA, Martone Maciel; a presidenta da Comissão de Estágio e Exame da Ordem, Anna Carla Fracalossi; o presidente da subseção de Ilhéus, Jacson Cupertino; o presidente da subseção de Feira de Santana, Rafael Pitombo; o procurador-geral de prerrogativas Rafael Mattos; o gerente da procuradoria Edgard Freitas e o desembargador Antonio Adonias.

Ainda durante a sessão foi aprovada a lista dos nomes dos advogados já falecidos que irão receber a comenda Barachisio Lisboa e foram prestados informes sobre a PEC da sustentação oral e as medidas de combate à “resolução da mordaça” e sobre o cartão da advocacia.

O Conselho Pleno da OAB da Bahia se reuniu no Centro de Convenções Salvador, concomitante à II Conferência Estadual da Jovem Advocacia Baiana.

Resultado da 13ª Roddada do Campeonato de Master da AABB

No primeiro jogo da rodada a Cairo Auto Peças líder da competição, recebeu a Construcasa, que vem melhorando no campeonato, e sua reabilitação foi concretizada conseguindo a sua segunda vitória.
Cairo Auto Peças 1x2 Construcasa
Gols
Cairo Auto Peças: Matheus Mecânico/Construcasa: Tom Araponga e Bruno Canalha

No segundo jogo, um clássico entre Impacto Calçados e Real Calçados. E mais uma vez foi possível vê como o campeonato de 2024 está equilibrado, a Impacto conseguiu superar seu adversário e voltou a vencer.
Impacto Calçados 5x2 Real Calçados
Gols
Impacto Calçados: Lindomar, Kiu (2), Roberto Medrado e Caboquinho/Real Calçados: Cosminho e Jason
Ascom:AABB-Ipiaú

Eleição pode ter 2º turno em mais de 100 cidades e, pela 1ª vez, em todas as capitais

As eleições de 2024 serão marcadas por um fato inédito no país: pela primeira vez, uma eleição municipal terá mais de 100 cidades que superarão os 200 mil eleitores, o que as fará escolher seus futuros prefeitos com a opção de dois turnos.

Segundo os dados de eleitorado disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até abril, serão 102 municípios aptos a realizar a segunda rodada deste ano. Este número vem crescendo desde 1996, último dado que a Justiça Eleitoral possui, quando eram 47 as cidades que decidiam quem os representaria em duas idas à urna.

Em 2020, última eleição local do país, foram 95 os locais em que os eleitores tiveram dois turnos.

Além disso, pela primeira vez todas as capitais brasileiras terão segundo turno. No ano passado, a única que ficou de fora foi Palmas, que em 2020 registrou cerca de 180 mil eleitores, e agora, segundo os dados da corte eleitoral, tem 207 mil.

Os dados de 2024 ainda serão consolidados pela corte, já que a conclusão do alistamento ocorreu em 8 de maio. Isso significa que a lista de municípios com potencial segunda rodada pode oscilar.

Neste ano, além de Palmas, entram no rol Embu das Artes e Sumaré (ambas em São Paulo), Camaçari (BA), Foz do Iguaçu (PR), Magé (RJ) e Imperatriz (MA).

Estas 102 cidades acumulam mais de 60 milhões de um total de quase 155 milhões de eleitores no Brasil inteiro, equivalente a 39% de todo o eleitorado.

São o Sudeste e o Nordeste que lideram entre as regiões com mais cidades com possível segundo turno, com 53 e 20, respectivamente. Em terceiro lugar vem o Sul, com 15 municípios, seguido do Norte, com nove, e o Centro-Oeste, com cinco.

Esta última região foi a única que não teve aumento de cidades com potencial segunda rodada nas eleições deste ano. Na verdade, são as mesmas desde 2004, quando, além das capitais, passaram a figurar na lista Aparecida de Goiânia e Anápolis, ambas em Goiás.

Vale ressaltar que o Distrito Federal não entra na lista, já que não há votação municipal. São eleitos o governador —que acumula as funções de chefe do Executivo estadual e de prefeito— e deputados distritais nos pleitos gerais.

A única cidade que registrou perda de eleitores e saiu da lista foi Governador Valadares (MG), que há quatro anos registrou quase 214 mil eleitores, e até abril deste ano o TSE contabilizava 198 mil. Como a lista não é definitiva e houve ações para impulsionar o alistamento eleitoral, a cidade pode voltar a poder ter dois turnos.

De 1996 para cá, início da série histórica disponível na Justiça Eleitoral, o número de municípios com potencial segunda rodada mais que duplicou. Sudeste e Nordeste já apareciam à frente, com 23 e 12, nesta ordem.

Estas regiões, inclusive, apresentaram um crescimento de cidades desde o início dos dados. Agora são 53 no Sudeste, aumento de 130%, e 20 no Nordeste, 67% a mais que no início dos registros históricos. O mesmo ocorreu no Sul, onde a quantidade de cidades na lista de possíveis segundos rounds mais que dobrou, de 7 para 15.

No Norte, eram apenas duas cidades, as capitais Belém e Manaus. Já neste ano serão 9, aumento de 350% desde o início dos registros. Além das cidades-sede dos governos de seus estados, há também Ananindeua e Santarém, ambas no Pará.

Como estas cidades possuem sozinhas um alto número de eleitores, o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro, que encarnam a polarização no país hoje, devem disputá-las, já calculando seus históricos na eleição passada.

Em 2022, o ex-presidente venceu em 69 delas no segundo turno, ante 33 do petista. Apesar de ter ganhado nas cidades, Bolsonaro precisaria de desempenho melhor nelas para manter-se no cargo no pleito geral. Já Lula conseguiu bom desempenho em seus redutos eleitorais e freou o adversário.

Lula também virou alguns municípios que em 2018 o PT havia perdido. Um exemplo é a capital paulista, onde Bolsonaro venceu com 60,3% ante 39,6% de Fernando Haddad, e que Lula recuperou, ganhando com 53,5% a 46,5%.

O capitão reformado do Exército conseguiu ampliar sua votação a ponto de virar sobre Lula no Amapá e em 251 cidades onde o petista havia vencido no primeiro turno. No geral, ele conseguiu encurtar a desvantagem de 6,2 milhões de votos para 2,1 milhões entre os dois turnos.

O crescimento, porém, foi insuficiente para garantir uma virada inédita no pleito, e o então mandatário tornou-se o primeiro a não conseguir a reeleição no cargo.

VEJA LISTA DE CIDADES QUE DEVEM TER SEGUNDO TURNO NESTE ANO
Rio Branco (AC)
Maceió (AL)
Manaus (AM)
Macapá (AP)
Salvador (BA)
Feira de Santana (BA)
Vitória da Conquista (BA)
Camaçari (BA)
Fortaleza (CE)
Caucaia (CE)
Serra (ES)
Vila Velha (ES)
Cariacica (ES)
Vitória (ES)
Goiânia (GO)
Aparecida de Goiânia (GO)
Anápolis (GO)
São Luís (MA)
Imperatriz (MA)
Belo Horizonte (MG)
Uberlândia (MG)
Contagem (MG)
Juiz de Fora (MG)
Betim (MG)
Montes Claros (MG)
Uberaba (MG)
Ribeirão das Neves (MG)
Campo Grande (MS)
Cuiabá (MT)
Belém (PA)
Ananindeua (PA)
Santarém (PA)
João Pessoa (PB)
Campina Grande (PB)
Recife PE
Jaboatão dos Guararapes (PE)
Olinda (PE)
Caruaru (PE)
Petrolina (PE)
Paulista (PE)
Teresina (PI)
Curitiba (PR)
Londrina (PR)
Maringá (PR)
Ponta Grossa (PR)
Cascavel (PR)
São José dos Pinhais (PR)
Foz do Iguaçu (PR)
Rio de Janeiro (RJ)
Duque de Caxias (RJ)
São Gonçalo (RJ)
Nova Iguaçu (RJ)
Niterói (RJ)
São João de Meriti (RJ)
Campos dos Goytacazes (RJ)
Belford Roxo (RJ)
Petrópolis (RJ)
Volta Redonda (RJ)
Magé (RJ)
Natal (RN)
Porto Velho (RO)
Boa Vista (RR)
Porto Alegre (RS)
Caxias do Sul (RS)
Canoas (RS)
Pelotas (RS)
Santa Maria (RS)
Joinville (SC)
Florianópolis (SC)
Blumenau (SC)
Aracaju (SE)
Palmas (TO)
No estado de São Paulo

Barueri
Bauru
Campinas
Carapicuíba
Diadema
Embu das Artes
Franca
Guarujá
Guarulhos
Itaquaquecetuba
Jundiaí
Limeira
Mauá
Mogi das Cruzes
Osasco
Piracicaba
Praia Grande
Ribeirão Preto
Santo André
Santos
São Bernardo do Campo
São José do Rio Preto
São José dos Campos
São Paulo
São Vicente
Sorocaba
Sumaré
Suzano
Taboão da Serra
Taubaté

Matheus Tupina/Folhapress

Governo Lula tenta aval do TSE para atuar contra fake news e causa preocupação

O governo do presidente Lula (PT) iniciou uma tentativa de aval do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para atuar contra fake news na eleição, movimento que gera um temor de efeito cascata para advocacias públicas estaduais e municipais.

A AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que representa o governo juridicamente, fez uma consulta ao tribunal questionando se caberia à Justiça Eleitoral julgar ações que visem restringir ou remover propaganda eleitoral que contenha desinformação “sobre política pública federal, de interesse da União”.

O órgão afirma ainda que o “interesse de agir da União, na preservação e integridade da política pública”, pode, em tese, ensejar este tipo de pedido. Fazendo referência indireta a uma fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o documento traz como exemplo candidato que “promete acabar com a obrigatoriedade de vacinas afirmando que elas causam Aids”.

Em suas considerações, o próprio órgão reconhece que a AGU não está entre os atores com legitimidade para ingressar com ação eleitoral —rol que abrange partidos, candidatos e o Ministério Público.

Especialistas consultados pela Folha avaliam que a consulta da AGU demonstra interesse em obter uma resposta no sentido de que ela possa mover este tipo de ação na Justiça Eleitoral.

Ou então em conseguir um entendimento que ajude a prevenir um cenário em que eventuais ações do órgão contra propaganda eleitoral acabem não sendo aceitas na justiça comum, sob o entendimento de que seriam de competência da eleitoral. Nesta hipótese, porém, ela não teria a vantagem dos ritos processuais mais céleres da Justiça Eleitoral.

Os especialistas apontam ainda que um eventual alargamento nesse sentido para a advocacia da União poderia gerar um efeito cascata para advocacias públicas estaduais e de municípios. Neste cenário, um candidato a reeleição poderia ser beneficiado não só por meio de ações movidas pela sua equipe jurídica de campanha, mas pelas procuradorias.

Ainda não há data prevista para análise do caso. O relator é o ministro André Ramos Tavares. Nas consultas eleitorais, é preciso que as perguntas sejam formuladas de modo hipotético, sem ligação com casos concretos, senão o TSE pode simplesmente não aceitá-las. Nesta hipótese, a AGU só viria a ter uma resposta ao efetivamente ingressar com ações deste tipo.

A consulta ao TSE é apresentada em nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, cargo indicado pelo presidente Lula, e pelo procurador-geral da União, Marcelo Eugênio Feitosa, sendo assinada por este último. Ele é responsável por representar a União junto aos tribunais superiores, estando diretamente subordinado a Messias.

A AGU questiona ainda se outros pedidos como de reparação por danos decorrentes da suposta desinformação seriam de competência eleitoral.

Em parecer, o Ministério Público Eleitoral defende o não reconhecimento da consulta, sob a o argumento de que o debate sobre a competência ou não da Justiça Eleitoral exige o exame de fatos concretos.

Já a área consultiva do TSE, em seu parecer, defendeu que as questões da AGU fossem respondidas negativamente –orientação que pode ou não ser seguida pelos ministros da corte.

Nos últimos anos, o TSE tem ampliado sua jurisprudência e as regras eleitorais para coibir desinformação eleitoral, o que se aprofundou sob a Presidência do ministro Alexandre de Moraes. Sua sucessora, a ministra Cármen Lúcia, que assumiu a chefia do órgão neste mês, também promete combate duro contra fake news.

Neste ano, ainda sob Moraes, o TSE inaugurou o Ciedde (Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia) e assinou acordos de cooperação com diferentes órgãos públicos, entre eles a AGU.

Carla Nicolini, advogada especialista em direito eleitoral e membro da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), destaca que a competência da Justiça Eleitoral foi estabelecida para proteger os interesses dos candidatos e dos partidos, não de terceiros alheios ao processo.

“Você tem uma possibilidade de ampliar demais a competência da Justiça Eleitoral, ainda mais numa eleição municipal. Se você, por exemplo, disser que a União pode entrar sempre na Justiça Eleitoral, o mesmo vai valer para o estado e vai valer para o município”, diz.

Caso eventual resposta do TSE seja na linha de afirmar que a Justiça Eleitoral não é competente para este tipo de ação, ela explica que a justiça comum não se torna automaticamente competente. Juízes federais podem entender, por sua vez, que o caso não é de sua competência por se tratar de desinformação na propaganda eleitoral.

Caio Silva Guimarães, membro da Abradep e servidor da Justiça Eleitoral, afirma que, se eventual conteúdo critica uma política pública que é bandeira de algum candidato concorrendo à reeleição, por exemplo, então possivelmente haveria uma ligação com as eleições justificando a competência da Justiça Eleitoral para julgar o processo.

Ele explica, por outro lado, que, como a AGU não está no rol dos habilitados a ingressar com ações eleitorais, um dos caminhos que ela poderia seguir é o de encaminhar as eventuais peças de desinformação para análise do Ministério Público.

Francisco Brito Cruz, que é diretor-executivo do InternetLab, centro de pesquisa sobre direito e tecnologia, avalia que a AGU possivelmente também tenha interesse em uma resposta no sentido de dar sinal verde para atuação contra propaganda eleitoral na justiça comum.

“Eu acho que é temerário ter a AGU como uma outra controladora do que pode ser dito durante o processo eleitoral”, diz. “Se abre essa porta, não é só a AGU que vai poder fazer isso”, afirma ele também destacando eventual efeito cascata.

“A discussão eleitoral é uma discussão sobre política pública, você vai acabar criticando a política pública do outro e você vai falar que não está fazendo sentido.”

Para Yasmin Curzi, professora da FGV Direito Rio, eventual alargamento para atuação da AGU é preocupante e abriria risco de arbítrio. Ela vê, como possível, que governos apontem a ausência de informação oficial em determinada publicação sobre alguma política para alegar desinformação.

“A gente está falando principalmente da possibilidade de ter uma defesa não de políticas públicas estatais, mas de políticas de governos então aí que mora o perigo na minha visão”, diz. “Quando a gente fala sobre políticas públicas, as duas coisas são muito misturadas.”

Fora do contexto eleitoral, a AGU tem atuado por meio da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, criada no governo Lula com o objetivo de coibir desinformação. Recentemente, o órgão ingressou com pedido de direito de resposta contra o coach e empresário Pablo Marçal alegando ofensa à honra e à imagem da União.

LEIA A ÍNTEGRA DA CONSULTA DA AGU
Considerando que a Advocacia-Geral da União, enquanto representante da União, não tem interesse no resultado eleitoral, nem legitimidade para propositura de ação eleitoral, mas tem evidente interesse de agir em face de desinformação sobre políticas públicas federais;

Considerando a possibilidade de eventual propaganda eleitoral conter disseminação de desinformação (fake news) sobre política pública federal, como, por exemplo: candidato promete acabar com a obrigatoriedade de vacinas afirmando que elas causam AIDS;

Considerando que o interesse de agir da União, na preservação e integridade da política pública, pode, em tese, ensejar pedido de restrição/remoção de propaganda eleitoral, que esteja disseminando desinformação (fake news) sobre política pública federal;

Considerando que não é de interesse da União quem poderia se beneficiar da fake news, mas sim a integridade e defesa de sua política pública;

Considerando que o mérito da controvérsia seria a proteção e a integridade da política pública, mas que haveria transversalidade com a matéria eleitoral, pois, o veículo de desinformação é a propaganda eleitoral, e o eventual pedido judicial seria de restrição/remoção de propaganda eleitoral;

Considerando, a existência de dúvida razoável acerca da competência da Justiça Eleitoral:

Postula-se a esse colendo Tribunal Superior Eleitoral que se manifeste acerca dos seguintes questionamentos:

a) Em caso de propaganda eleitoral, que contenha desinformação (fake news) sobre política pública federal, de interesse da União, a competência para processar e julgar a ação para proteção da integridade dessa política pública, que enseje a restrição/remoção da referida propaganda eleitoral, é da Justiça Eleitoral?

b) Em caso de possíveis pedidos conexos, relativos à reparação de danos materiais e morais, inclusive coletivos, decorrente da desinformação disseminada pela propaganda eleitoral, a competência é da Justiça Eleitoral?

Nesses termos, pede seja conhecida a presente consulta, com análise das considerações apresentadas e resposta aos questionamentos apontados.

Renata Galf/Folhapress

Postos se preparam para aumento no preço da gasolina nesta semana

A semana começa em clima de indefinição no setor de combustíveis e sob a expectativa de reajustes nos preços por litro. O movimento foi puxado pela Ipiranga, que na sexta (7) enviou à sua rede comunicado de aumento de preços a partir de terça (11).

A alta é atribuída à medida provisória que compensa a desoneração da folha de pagamento para 17 setores e pequenos municípios.

A medida do governo Lula (PT) restringiu o uso de créditos tributários de PIS/Cofins, em alguns casos limitando o ressarcimento em dinheiro e, em outros, definindo que as empresas não podem mais usar esses créditos para abater o pagamento de outros tributos, como imposto de renda e contribuição previdenciária.

Segunda o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), para o setor de combustíveis o impacto dessa mudança será de pelo menos R$ 10 bilhões, o que pode levar a um aumento no preço da gasolina de 4% a 7%. No diesel, o impacto seria de 1 a 4%, segundo o instituto.

Por enquanto, segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), somente a Ipiranga avisou que vai aumentar os preços, mas a expectativa é que as demais façam o mesmo nos próximos dias.

Em nota, a Ipiranga disse que “pratica uma política de preços alinhada aos parâmetros vigentes, atendendo às normas setoriais.”

Vibra (antiga BR), Raízen (dona da Shell) e Ale foram procuradas, mas não responderam até as 17h deste domingo.

Emílio Roberto Chierighini Martins, do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap), diz que representantes de outras distribuidoras estão comunicando verbalmente que deve haver aumentos entre terça e quarta-feira.

Os postos ainda não sabem qual o tamanho do reajuste por litro, que também pode variar de uma distribuidora para outra, mas uma das previsões considera que a elevação seja de R$ 0,30 no preço da gasolina e de até R$ 0,23, no caso do diesel, valores previstos em cálculos do IBP.

“Como é uma recuperação de imposto [o mecanismo de compensação do PIS/Cofins], eles vão ter que pagar, porque não podem mais usar o crédito. Com certeza não vai ficar no bolso deles, claro que vão repassar”, diz Gouveia.

Como a medida provisória está em vigor, as empresas já terão de desembolsar mais dinheiro do seu caixa para bancar todas essas obrigações tributárias no próximo dia 20.

Na avaliação de Martins, do sindicato de Campinas, os avisos de que os preços vão subir são um exagero das distribuidoras, uma vez que o preço não subiu, de fato. Comunicar que haverá reajuste no valor seria então uma medida de pressão ao governo.

“Estou achando um tremendo absurdo, mesmo achando a medida inconstitucional. A MP não está impedindo o ressarcimento, as distribuidoras só vão ficar com um estoque maior”, afirma. Para os postos, o efeito é imediato, assim como para o consumidor. “Nós não pagamos impostos. Imposto é preço”.

Fernanda Brigatti/Folhapress

Ultradireita avança, mas centro mantém liderança no Parlamento Europeu

 A atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tenta a reeleição

O bloco de centro, formado por centro-direita, centro-esquerda e liberais, deverá manter a maior quantidade de assentos do Parlamento Europeu, segundo as primeiras projeções divulgadas pela própria Casa. Os números indicam que os grupos de ultradireita devem conquistar mais espaço, mas sem desbancar a atual maioria.

De acordo com a primeira projeção divulgada, o Partido Popular Europeu (EPP, na sigla em inglês), de centro-direita, deverá conquistar 181 cadeiras, uma unidade a menos que em 2019, mas permanecerá como o maior grupo do Legislativo.

Esses dados são calculados com estimativas baseadas nos votos de 11 países que já encerraram suas votações, como Alemanha, França e Espanha, e nas mais recentes pesquisas de intenção de voto de 16 países. As últimas urnas fecham às 18h (horário de Brasília) na Itália.

O segundo maior vencedor devem ser os sociais-democratas (S&D), de centro-esquerda, que poderão obter 135 assentos, com 11 vagas a menos em relação a cinco anos atrás.

Em terceiro, ficam os liberais do Renew, que perderam 26 cadeiras em cinco anos e devem ficar com 82 assentos.

Os três são as maiores forças de de apoio da atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que tenta a reeleição. No total, essa coalizão poderá somar 398 cadeiras, garantindo uma maioria relativamente confortável do total de 720 assentos.

No entanto, a hegemonia do centro pode ser abalada pelo crescimento da ultradireita. O grupo dos Conservadores e Reformistas (ECR), liderado pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, deve conquistar 71 vagas, alta de 9 em relação a 2019.

Outro representante de peso da ultradireita, o Identidade e Democracia (ID), que inclui o partido da francesa Marine Le Pen, deve ficar com 62 cadeiras. Semanas antes da votação, o grupo expulsou a sigla alemã de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), o que havia diminuído o tamanho da bancada inicial de 2019 de 73 para 49.

Uma derrota expressiva foi sofrida pelos Verdes, cuja bancada deverá diminuir em cerca de 20 unidades, indicando o enfraquecimento da onda verde que marcou a votação anterior.

Desde a última quinta (6) e até este domingo (9), cerca de 373 milhões de europeus estavam aptos a votar nos 27 países que formam a União Europeia.

A definição das 720 cadeiras é proporcional ao tamanho da população de cada país. Alemanha (96), França (81), Itália (76), Espanha (61) e Polônia (53) são os que elegem mais eurodeputados.

Com sede em Estrasburgo, na França, e em Bruxelas, na Bélgica, o Parlamento Europeu é a única instituição do bloco que tem eleição direta. Junto com os governos dos países-membros, tem como funções a negociação e aprovação de leis que são aplicadas aos cerca de 450 milhões de cidadãos.

Os eurodeputados aprovam o orçamento da UE e o nome do presidente da Comissão Europeia, braço executivo do bloco.

Temas importantes para os próximos cinco anos serão o reforço e uma maior integração na área da defesa, o financiamento da transição verde e o alargamento do bloco.

Após a confirmação dos resultados finais, os grupos políticos se reunirão no Parlamento para a formação das bancadas. Os encontros estão previstos para ocorrer entre 18 de junho e 3 de julho. Cada grupo deve reunir ao menos 23 integrantes e representantes de ao menos sete países.

A nova legislatura deve ter início no meio de julho, quando o novo presidente da Casa deve ser eleito. O cargo é ocupado hoje pela maltesa Roberta Metsola (EPP).

Embora as negociações informais já estejam em andamento, a primeira reunião oficial do Conselho Europeu, que reúne os governantes dos 27 países, está marcada para 17 de junho, em que serão debatidos candidatos para a presidência da Comissão Europeia e do próprio Conselho.

Caso Von der Leyen seja escolhida pelo Conselho, seu nome deverá ser aprovado em votação secreta pelo Parlamento, prevista para ocorrer até a metade de setembro.

Michele Oliveira/Folhapress

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