14ª edição da Copa 2 de Julho de Futebol Sub-15 é lançada, em Salvador

Foto: Feijão Almeida/GOVBA
A Copa 2 de Julho, maior competição de Futebol Sub-15 do Brasil, está de volta em sua 14ª edição, reunindo 40 participantes, entre equipes baianas, tradicionais clubes nacionais, times internacionais e a seleção brasileira da categoria. O lançamento oficial ocorreu na manhã desta quarta-feira (19), em um evento realizado na tribuna de honra do Estádio de Pituaçu, em Salvador, com a presença de dirigentes esportivos, jornalistas e representantes dos participantes.
Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Durante a cerimônia, foram apresentados os grupos da fase nacional final da competição, definidos por meio de um sorteio das equipes que se classificaram nas fases regionais do interior, que contaram com a presença de mais de 300 equipes. A abertura será feita no dia 2 de Julho, no Estádio de Pituaçu, com uma partida entre a seleção brasileira e o Gavião Kyiakatejê, de Bom Jesus do Tocantins (PA), o único time profissional indígena do país, marcando um momento histórico para o torneio.

Para Breno Picolo, coordenador administrativo da base do Bahia, a competição já tem um fundamental dentro do calendário esportivo da Bahia. “A copa é uma oportunidade importante onde podemos receber grandes equipes nacionais aqui no estado da Bahia. E pra os nossos atletas é uma preparação pra o campeonato baiano, que visa o segundo semestre, visando todo o desenvolvimento e a transformação de seus futuros”.

Foto: Feijão Almeida/GOVBA
Promovida pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), que integra a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), a Copa 2 de Julho também recebe apoio do Ministério do Esporte, da Federação Baiana de Futebol (FBF) e da Federação Baiana de Desportos de Participação. O torneio será realizado em oito locais diferentes na Região Metropolitana de Salvador e no Recôncavo Baiano.
Foto: Feijão Almeida/GOVBA
Os estádios que sediarão as partidas incluem o Estádio de Pituaçu, o Centro de Treinamento do Bahia em Dias D'Ávila, o Centro de Treinamento do Vitória, o campo do Wet'n Wild, a Arena Parque Santiago, o Estádio Municipal de Lauro de Freitas, o Estádio Municipal de Cachoeira e o Centro de Treinamento de Praia do Forte em Mata de São João.
O Diretor Geral da Sudesb, Vicente Neto, destacou a participação de clubes dos 27 territórios de identidade da Bahia. “Além dos clubes convidados do Brasil inteiro e clubes profissionais que têm divisão de base, essa edição interiorizou ainda mais a Copa 2 de Julho. As etapas iniciais propiciaram a participação de clubes em vários municípios e é a possibilidade concreta de você abrir caminhos pra profissionalização de jovens atletas que enxergam no futebol uma chance de ascensão”.
 Competição
 A edição de 2024 mantém o formato de sucesso dos últimos anos, com uma divisão em fases regionais que, nesta edição, contou com a participação de 306 equipes de todos os Territórios de Identidade da Bahia. As equipes classificadas das fases regionais são: Aurelino Leal, Barra, Brumado, Canarana, Capim Grosso, Castro Alves, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Paulo Afonso, Riachão do Jacuípe, Ruy Barbosa, Santa Rita de Cássia, Santanópolis, Sento Sé e Vitória da Conquista.
Essas equipes se juntam aos times da fase metropolitana e aos representantes nacionais e internacionais. Entre os times de destaque estão o atual campeão Atlético Mineiro, além de Athletico Paranaense, Botafogo, Goiás, Fortaleza, Palmeiras e Vasco. Também participarão ABC (Natal), Comercial (Maranhão), Treze (Paraíba) e a Seleção Sergipana. A nível internacional, a competição contará com Brauza (EUA) e Bolívia (Santa Cruz de La Sierra).
Histórico
Criada em 2007, a Copa 2 de Julho se consolidou como uma das mais importantes competições de base do Brasil, revelando talentos e atraindo olheiros de grandes clubes. A competição passou a ser disputada na categoria sub-15 em 2015, ampliando ainda mais sua visibilidade e o impacto no desenvolvimento dos jovens atletas.
Repórter: Tácio Santos/GOVBA

A Infidelidade Masculina: Uma Teia Complexa de Fatores

A infidelidade masculina é um tema complexo e multifacetado que gera debates acalorados e questionamentos frequentes. É importante frisar que nem todo homem é infiel e que as generalizações sobre um grupo tão heterogêneo como o masculino podem ser perigosas e distorcer a realidade.

No entanto, dados estatísticos indicam que a taxa de infidelidade masculina tende a ser superior à feminina. Diversos estudos e pesquisas tentam compreender as raízes desse comportamento, buscando entender as motivações que levam homens a trair mesmo amando suas parceiras.

Fatores Biológicos e Evolutivos:

Algumas teorias sugerem que a infidelidade masculina pode estar, em parte, enraizada em fatores biológicos e evolutivos. A testosterona, hormônio masculino, está relacionada ao impulso sexual e à busca por reprodução. Segundo essa perspectiva, a poligamia, ou seja, a prática de ter vários parceiros ao mesmo tempo, teria sido vantajosa para os ancestrais masculinos em termos de perpetuação da espécie.

Fatores Psicológicos e Sociais:

Embora a biologia possa ter um papel, fatores psicológicos e sociais também são extremamente relevantes na compreensão da infidelidade masculina.

Insatisfação no relacionamento: A falta de comunicação, intimidade emocional, ou sexual na relação com a parceira pode levar o homem a buscar essas necessidades em outras pessoas.

Busca por novidades e excitação: O desejo por novas experiências e a adrenalina da conquista podem motivar a infidelidade, especialmente em relacionamentos longos e monótonos.

Inseguranças e baixa autoestima: Homens com baixa autoestima podem buscar validação e aprovação em outras mulheres para compensar suas fragilidades.

Pressão social: A ideia de que "homens são conquistadores" e que "ter várias parceiras é sinal de masculinidade" ainda é presente em algumas culturas, influenciando o comportamento de alguns indivíduos.

Fatores culturais: Normas sociais e culturais que relativizam a fidelidade masculina também podem contribuir para a ocorrência da infidelidade.

Histórico familiar: Homens que presenciaram infidelidade na família de origem podem ter maior propensão a repetir esse padrão em suas próprias vidas.

Problemas de saúde mental: Transtornos como depressão, ansiedade, vícios e compulsões podem levar à infidelidade como forma de fuga ou busca por prazer momentâneo.

É importante salientar que a infidelidade nunca é a única solução para os problemas em um relacionamento com sugar baby. Buscar ajuda profissional, como terapia de casal, pode ser fundamental para identificar as raízes da insatisfação e trabalhar em conjunto para fortalecer a relação.

 Redação: Júlia Silva


Exército reage e diz que previdência diferenciada para militares corrige desigualdade

O Exército preparou um documento para reagir contra possíveis cortes em benefícios de militares das Forças Armadas, como sugerido por ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e integrantes do governo Lula (PT).

O Caderno de Orientação aos Agentes da Administração, feito pela Secretaria de Economia e Finanças do Exército, foi escrito para defender que militares sigam com regras de aposentadoria diferentes dos civis. O documento será enviado a membros da equipe econômica.

O Exército afirma que os militares têm menos direitos que os civis durante a carreira e, para compensar, devem ter benefícios ao ir para a reserva —entre eles, a manutenção do salário integral.

“A integralidade e a paridade dos vencimentos dos militares, portanto, são ações afirmativas por parte do Estado brasileiro, que visam a garantir a igualdade material entre civis e militares […]. Isso pode ser comparado a outras ações afirmativas que visam corrigir desigualdades históricas e estruturais”, disse a Força.

Ação afirmativa é uma política pública de combate e reparação de desigualdades sociais, como as cotas para negros e indígenas em universidades e em concursos públicos.

O Exército destaca alguns direitos que os militares não possuem, como o recebimento de horas extras, adicional noturno e sindicalização. E reforçam que a carreira exige dedicação exclusiva e mudanças de cidade constantes.

As peculiaridades na carreira, segundo o documento, fazem com que o tratamento especial na reserva seja um “reconhecimento justo e merecido pelo serviço prestado pelos militares”.

“O regime jurídico distinto que rege os militares das Forças Armadas não implica em privilégios imerecidos; pelo contrário, visa apenas mitigar as desvantagens impostas a esses profissionais pelas particularidades da profissão militar”, afirmou.

Para defender o tratamento diferenciado, o documento apresenta uma imagem. Ela mostra um civil engravatado do lado de uma balança cheia da palavra “direito”; do outro lado, um militar-robô tem menos “direitos” em seu prato, mostrando desequilíbrio.

A legislação brasileira criou o SPMFA (Sistema de Proteção dos Militares das Forças Armadas) em 1980, durante a Ditadura Militar, que ganhou o nome e foi alterado em 2019. Trata-se de um conjunto de direitos que os fardados possuem para a garantia de remuneração, pensão, saúde e assistência social.

Eles preveem, por exemplo, que o militar na reserva receberá a mesma remuneração que tinha na ativa. A regra permite que um general receba R$ 37 mil até o fim da vida, enquanto civis são submetidos ao teto de R$ 7.786,02 do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O militar que vai para a reserva recebe ainda uma ajuda de custo equivalente a oito salários —valor que chega a R$ 300 mil para generais. Quando morre, o oficial ou praça ainda deixa pensão para familiares que, em determinados casos, atenderá de forma vitalícia à cônjuge ou no limite de 24 anos para filhos.

Os integrantes das Forças Armadas ainda não têm idade mínima para deixar o serviço ativo e podem ir para a reserva remunerada após 35 anos de serviço. O TCU afirma que militares costumam deixar o trabalho entre os 50 e 70 anos, enquanto civis só podem se aposentar a partir dos 65 anos.

As regras especiais para os militares após o fim da carreira causaram um déficit de quase R$ 50 bilhões ao governo em 2023, segundo dados levantados pelo TCU.

O rombo causado nas contas públicas é de R$ 158,8 mil por militar inativo a cada ano; a aposentadoria de cada civil no Regime Geral da Previdência Social custa, em média, R$ 9,4 mil. Em síntese, o déficit por militar é 15 vezes maior que o de cada civil.

O presidente do TCU, Bruno Dantas, defendeu que o corte de gastos que o governo Lula pretende fazer comece pelos militares.

“No governo passado, foi feita uma reforma da Previdência para o servidor civil, e não foi feita para os militares. Talvez possa ser [mudada]. O que me cabe como auditor das contas do Brasil é mostrar esses números. É óbvio que há uma desproporção aqui e que algo precisa ser pelo menos pensado”, disse em entrevista à Folha.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou ao Congresso Nacional que cortes de benefícios dos militares estarão entre as propostas de redução de gastos públicos a serem apresentadas ao presidente Lula. “[Precisamos] ter coragem de atacar, por exemplo, a aposentadoria dos militares”, disse.

Os militares das Forças Armadas não têm aposentadoria, segundo a legislação e acórdãos do TCU. Os militares da reserva não são considerados legalmente como aposentados, porque podem ser reintegrados em casos excepcionais, como em guerras.

No documento, o Exército diz que guerras “inviabilizam a existência de um regime previdenciário contributivo” para as Forças Armadas.

“Um conflito armado levaria a óbito e invalidez boa parcela dos contribuintes jovens e deixando um efetivo expressivo e irremunerável de pensionistas e inválidos, provocando a insolvência de qualquer fundo de previdência que se venha a conceber”, disse.

Críticos às regras benéficas dos militares dizem que o Brasil não vive conflitos há décadas e que, portanto, elas deveriam ser extintas para garantir equilíbrio entre os tratamentos de civis e militares.

O Exército afirma que os direitos que os militares não possuem na carreira geram redução de R$ 30 bilhões nas despesas com pessoal e que os benefícios na reserva compensam o valor.

Cézar Feitoza/Folhapress

Grupo de mulheres cristãs faz manifesto contra PL Antiaborto por Estupro

A Frente de Mulheres de Fé divulgou nesta quarta-feira (19) um manifesto pelo arquivamento do PL Antiaborto por Estupro (PL 1904), proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). A intenção é mostrar que há outras vozes dissonantes da chamada bancada evangélica e que ela não deve determinar as políticas públicas nem a legislação nacional.

A frente é formada por mulheres de “variadas igrejas cristãs: evangélicas, católicas romanas, batistas, episcopais anglicanas, presbiterianas, luteranas, metodistas, pentecostais”. O grupo afirma ter integrantes que exercem diversas funções dentro das igrejas, como bispas, pastoras, missionárias e catequistas.

Entre os argumentos, as religiosas apontam que não aceitam que o patriarcado cristão e sexista projete nos corpos das mulheres as suas frustrações e perversões. Afirmam, ainda, que o PL é um disfarce que esconde não a luta em defesa da vida do não nascido, mas a legalização do ódio contra mulheres.

“Temos uma perspectiva de defesa dos direitos sexuais reprodutivos das mulheres desde sempre, é a nossa luta já de muitos anos. Então, a gente não compartilha desse tipo de compreensão que, por exemplo, a bancada evangélica expressa. Por isso, a gente decidiu dizer a nossa opinião a respeito”, diz Lusmarina Campos Garcia, 60, teóloga, pesquisadora, doutora em direito pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Mais de 160 mulheres já assinaram o documento, que será lido em uma manifestação no Congresso Nacional, às 16h desta quarta. Após a leitura, o grupo vai protocolá-lo no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, na Presidência da República e no STF (Supremo Tribunal Federal).

“A gente vai levar a voz dessas teólogas, pastoras, missionárias, diáconas para as diferentes instâncias de poder para que saibam que há opiniões, inclusive, embasadas teologicamente, biblicamente, a partir dos estudos que a gente tem feito nas últimas décadas. Uma perspectiva calcada, de fato, na teologia, na Bíblia, na fé e nas perspectivas de liberdade que os direitos humanos, a Constituição Brasileira, inclusive, preceituam como fundamentais”, afirma.

“Queremos que essa nossa voz seja ouvida para que a sociedade brasileira e os poderes instituídos saibam que há diferentes perspectivas, ou seja, essa que a bancada evangélica apresenta é uma perspectiva entre outras e, portanto, não deve ser aquela que vai determinar as políticas públicas do país, nem a legislação nacional”, conclui a pastora.

VEJA OS ARGUMENTOS DA FRENTE DAS MULHERES DE FÉ NO MANIFESTO:
Exigimos o arquivamento do PL do Estupro e do Estuprador em nome das 252.786 meninas/criança, que foram forçadas a dar à luz entre 2010 e 2019 por terem sido abusadas por seus pais, padrastos, tios, sacerdotes, pastores, padres, missionários, primos, vizinhos, avôs, irmãos;

Exigimos o arquivamento do PL do Estupro e do Estuprador em nome das 179.676 meninas negras e das 8.099 meninas indígenas obrigadas a gerar outras crianças, entre 2010 e 2019, porque temos um Estado que nega a elas o direito à infância e à proteção;

Dizemos não ao PL do Estupro e do Estuprador porque não aceitamos que mulher nenhuma seja encarcerada por interromper uma gravidez. Não consentimos que o patriarcalismo cristão sexista católico e evangélico obrigue o Estado a castigar mulheres e meninas porque projeta em seus corpos sentimentos reprimidos, insatisfações, incoerências, frustrações e perversões;

Dizemos não ao PL do Estupro e do Estuprador porque temos como referência o Evangelho da liberdade e da justiça para mulheres e homens, crianças e vulneráveis na sociedade. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou (Gálatas 5:1); não permaneceremos sob o jugo da escravidão de um discurso religioso funesto;

Dizemos não ao PL do Estupro e do Estuprador porque quem estupra despeja a violência no corpo das meninas e das mulheres e não aceitamos que essa violência seja institucionalizada;

Dizemos não ao PL do Estupro e do Estuprador porque ele é um disfarce que esconde não a luta em defesa da vida do não nascido, mas a legalização do ódio contra mulheres que denunciam as desigualdades, o racismo, a LGTBfobia, o desprezo contra as pessoas pobres. O PL do Estupro e do Estuprador é um PL de morte porque crucifica inocentes;

Denunciamos as alianças patriarcais entre religião e partidos políticos que negociam nossos direitos em troca de votos;

Denunciamos sacerdotes, pastores e bispos que abusam de meninas, meninos e mulheres cotidianamente nas igrejas e depois as/os coagem a silenciar. Exigimos que o Estado, ao invés de permutar e se aliar com grupos religiosos, investigue de maneira isenta e sem exceção os religiosos abusadores;

Repudiamos qualquer Projeto de Lei que retire direitos das mulheres em qualquer âmbito. Não aceitamos que as Convenções e os Tratados Internacionais ratificados pelo Estado Brasileiro sejam descumpridos e banalizados. Não aceitamos o retrocesso dos direitos humanos assegurados na Constituição Federal de 1988. Estamos vigilantes e organizadas para combater qualquer iniciativa que ameace os direitos adquiridos das mulheres;

Reivindicamos que a laicidade do Estado se torne princípio inegociável. Não aceitamos mais que profissionais da saúde sejam coagidos e criminalizados por homens que se valem de sua autoridade religiosa para normalizar o ódio às mulheres;

Reivindicamos que o Estado reavalie seus convênios e acordos com hospitais conveniados com o SUS (Sistema Único de Saúde) e que se negam a realizar procedimentos contraceptivos como a colocação do DIU e a pílula do dia seguinte, valendo-se de dogmas e doutrinas religiosas.

Francisco Lima Neto/Folhapress

Câmara realizará mais uma Sessão Solene para homenagear quem tem contribuído com o desenvolvimento de Ipiaú

Momentos de emoção, aplausos e reconhecimento estão previstos para a noite desta quinta-feira, 20.  Durante a Sessão Solene que a Câmara Municipal de Ipiaú realizará para homenagear com títulos de cidadão honorário e outras honrarias da casa a 22 personalidades que comprovadamente prestaram, em suas áreas de atuação, relevantes serviços ao município. Além dos títulos serão outorgadas a medalhas do mérito da Cultura, da Segurança Pública e dos desportos. A solenidade será iniciada às 20 horas.
 TÍTULOS

Com o título honorário de Cidadão de Ipiaú serão agraciadas as seguintes pessoas: Adelvane Oliveira Santos, o popular “Mestre Vone” (propositura do vereador Robson Moreira); Antônio Ennio de Jesus (propositura do vereador Naciel Ramos); Bruno Ruan Leal Abreu (propositura do vereador Edson Marques da Silva); Denise Neiva da Silva Azevedo (propositura do vereador Cristiano Santos); Izeirdes de Almeida Pereira Scortsis (propositura do vereador San de Paulista); Jamile dos Santos Souza (propositura do vereador Orlando Santos); Julio Souza da Silva (propositura do vereador Naciel Ramos); Luiz Carlos Felix Morais (propositura do vereador Cleber Gadita); Maria Creuza Souza Moraes (propositura do vereador Lucas Louzado); Marcelo Cruz dos Santos (propositura do vereador Cleber Gadita); Mirian Alves Santos (propositura do vereador  Ivonilton Conceição de Oliveira); Sâmela Santos Diaz Braz (propositura do vereador Ivonilton Conceição de Oliveira) e  Valdequino dos Santos Costa (propositura do vereador Lucas Louzado).

MÉRITO DA CULTURA.

A Medalha do Mérito a Cultura Manoel Pinto “Mapin”, será entregue aos agentes culturais Edson José  Bastos de Oliveira Júnior (propositura do vereador Orlando Santos); Henrique Carlos do Espírito Santo Oliveira Filho (propositura do vereador Claudio Nascimento); Dilson Araújo dos Anjos (propositura do vereador Ivonilton Conceição); Ivan Santos Silva (propositura do vereador Cristiano Santos); Manoel Carlos Rodrigues Santana, o popular “Carlinhos Sanfoneiro (propositura do vereador Milton Costa Cruz) e Marcelo Batista Alves dos Santos (propositura do vereador Claudio Nascimento).

 MÉRITO DESPORTIVO.

A Medalha do Mérito Desportivo Jaime Cobrinha será direcionada para Edney a Silva Pereira (propositura do vereador Naciel Ramos) e Newton Ramos Barbosa, o popular “Niltão” (propositura do vereador Milton Costa Cruz “Picolé”).

MÉRITO DA SEGURANÇA PUBLICA

A única Medalha do Mérito da Segurança Pública Capitão Milton Pinheiro dos Santos, a ser entregue nesta Sessão Solene vai para a policial militar Rita Luciene Silva Barreto e tem como proponente o vereador Beto Costa.
(José Américo Castro/ASCOM-Câmara Municipal de Ipiaú)

PF e PRF apreendem caminhão com uma tonelada de maconha em Arapongas/PR

Rio de Janeiro/RJ. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, apreendeu nesta terça-feira (18/6), uma tonelada de maconha em um caminhão na rodovia na altura de Arapongas/PR. A droga vinha de Toledo/PR e tinha como destino final a cidade de São José dos Campos/SP.

O caminhão suspeito foi abordado e encaminhado para a delegacia de Polícia Federal, onde foi localizado o material ilícito escondido em meio a uma carga de fertilizantes.

O motorista foi preso em flagrante por tráfico interestadual de drogas e será encaminhado ao sistema penitenciário onde ficará à disposição da justiça.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

PF e CGU desarticulam esquema criminoso na Bahia

Foram cumpridos 24 mandados judiciais nas cidades de Juazeiro, Ourolândia, Capim Grosso, Várzea Nova e Filadélfia/BA

Juazeiro/BA. A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (18/6), a Operação Piemonte, que visa combater um grupo criminoso especializado em desvio de verba pública, fraude em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

No total, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, nas cidades de Juazeiro, Ourolândia, Capim Grosso, Várzea Nova e Filadélfia/BA, além do sequestro de diversos bens, bloqueio de contas e afastamento dos servidores públicos envolvidos.

O esquema criminoso era formado por ex-gestores, vereadores, funcionários públicos, empresários, políticos e particulares das cidades de Jacobina, Capim Grosso, Filadélfia, Várzea Nova e Ourolândia.

As investigações revelaram um intrincado esquema de fraude em licitações, principalmente no ramo de locação de veículos, com pagamento de propina a servidores e pessoas politicamente expostas, por meio de um elaborado esquema de lavagem de capitais, compra de veículos de luxo e até mesmo transferências de quantias vultuosas a laranjas e testas de ferro.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude à licitação, desvio de recursos públicos, sonegação de impostos e lavagem de capitais.

Comunicação Social da Polícia Federal na Bahia

PF e Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social combatem fraudes na concessão de pensões por morte pelo INSS

Maceió/AL. A Polícia Federal, com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social, deflagrou nesta terça-feira (18/6), a Operação Geração Espontânea, que visa combater fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na concessão de pensões por morte.

De acordo com as investigações, os cadastros de segurados falecidos do Regime Geral de Previdência Social eram selecionados, com o auxílio de um servidor do INSS, para servirem de instituidores de pensões. Selecionado o instituidor, o grupo investigado passava à fase de recrutar pessoas, geralmente mulheres, que aceitavam a tarefa de servir como supostas genitoras de crianças fictícias. Essas crianças eram criadas a partir de Registros de Nascimento ideologicamente falsos e passavam a figurar como dependentes do segurado falecido. Além das mensalidades, os benefícios concedidos geravam créditos retroativos que eram repassados à organização criminosa.

Foram identificadas 119 pensões por morte concedidas com indícios de irregularidades, das quais 75 foram cessadas no decorrer das investigações como medida para estancar o prejuízo ao Erário. Todos os benefícios contendo indícios de irregularidades serão revisados pelo INSS.

O prejuízo estimado gerado pelas ações criminosas investigadas soma quase R$ 13 milhões. Apesar disso, a suspensão dos benefícios por meio de revisão a ser efetuada pelo INSS pode gerar uma economia estimada em cerca de R$10 milhões relativos a pagamentos futuros indevidos.

Estão sendo cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo nove em União dos Palmares/AL, três em São José da Laje/AL, um em Murici/AL e um em Maceió, todos expedidos pela 7ª Vara Federal de Alagoas.

A ação contou com a mobilização de aproximadamente 60 policiais federais e  três servidores da CGINP.

As condutas investigadas configuram os crimes previstos de  obter, para si, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento, em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência e apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.

Comunicação Social da Polícia Federal em Alagoas

Suspeito de tráfico é preso pela PM em Vitória da Conquista

Policiais militares da Cipe Sudoeste prenderam, na tarde de terça-feira (18), um suspeito de tráfico em Vitória da Conquista, região sudoeste do estado.

Os pms receberam uma denúncia anônima de um indivíduo traficando drogas no bairro São Vicente. Com base em informações referentes ao homem, buscas foram iniciadas e um suspeito foi localizado. Ao ser questionado, o indivíduo admitiu o crime, revelando aos policiais a posse de 21 porções de maconha de diferentes tamanhos e uma balança.

O suspeito, juntamente com o material apreendido, foi apresentado ao Disep para o registro da ocorrência.

Arma de fogo, munições e droga são apreendidas pela PM em Itinga

Policiais militares motociclistas do Comando de Policiamento da Região Metropolitana de Salvador (CPRMS) apreenderam uma pistola, munições e maconha, na noite de terça-feira (18), em Itinga, no município de Lauro de Freitas.

Os pms realizavam o patrulhamento na localidade conhecida como Vida Nova, quando se depararam com um indivíduo que, surpreendido pelos militares, tentou fugir, mas foi alcançado.

Com ele, foram encontrados uma pistola .40, munições de calibre 38, 9mm e .40, um carregador, pinos e sacos plásticos para o acondicionamento e a comercialização de entorpecentes, uma balança de precisão, uma máquina de cartões bancários, dinheiro em espécie e um caderno de anotações.

Com o apoio de uma guarnição da 81ª CIPM, o suspeito foi encaminhado para a delegacia que atende à região, onde a ocorrência foi registrada.

Ascom/PMBA

‘Jerônimo, até quando o senhor vai fechar os olhos?’, questiona ACM Neto após a Bahia aparecer no topo da violência em pesquisa

O vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, questionou o governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre sua postura em relação à liderança nacional do Estado em violência. A declaração ocorreu após a divulgação do Mapa da Violência de 2024 pelo Atlas, que revelou que sete das dez cidades mais violentas do Brasil estão localizadas na Bahia.

“Tem uma pergunta que eu acho que no fundo está na cabeça de todas as pessoas e que eu queria fazer aqui nesse momento. O que é que nós esperamos dos nossos governantes? Governador Jerônimo, até quando o senhor vai fechar os olhos para a realidade? O que é que nós baianos podemos esperar de um governador que outro dia estava comparando a situação da segurança pública na Bahia com a situação da segurança pública na Europa. Governador Jerônimo Rodrigues, não dá mais para virar as costas, não dá mais para se omitir, nós já temos um ano e meio do seu governo, 18 anos de governos do PT”, ponderou ACM Neto.

O ex-prefeito de Salvador destacou a necessidade urgente de medidas efetivas para combater a criminalidade no Estado: “Está na hora de começar a trabalhar, de começar a enfrentar as organizações criminosas, porque os homicídios na Bahia explodiram, porque o nosso Estado se tornou território ocupado pelas facções criminosas, pelo crime organizado, pelo tráfico de drogas. Muitas vezes os criminosos e bandidos estão mais bem equipados e têm melhores condições de trabalho do que a própria polícia”.

ACM Neto ainda comparou a situação da Bahia com o estado de Goiás, governado por Ronaldo Caiado, também do União Brasil. “Eu estive outro dia no estado de Goiás, governado por seu colega, Ronaldo Caiado, do União Brasil. Nós mostramos que Goiás vem reduzindo todos os índices de violência. Se é possível em Goiás, por que não é na Bahia? O que é que está faltando governador?”, questionou.

Neto enfatizou a urgência de ações concretas e a necessidade de liderança por parte de Jerônimo Rodrigues: “Está faltando o governador começar a governar, está faltando o governador exercer a sua liderança, está faltando o governador reconhecer o problema, ter que reagir, reagir investindo em segurança pública, reagir equipando a polícia, reagir trabalhando com tecnologia, reagir mudando a realidade dos nossos presídios, reagir enfrentando com firmeza os chefes das organizações criminosas, trancando ali aquela torneira por onde passa o dinheiro, é isso que está faltando, governador Jerônimo Rodrigues. A gente está cansado do discurso, a gente está cansado dessa postura de omissão”, enfatizou.

Fundação do PT faz seminário com instituto do governo da Venezuela

A Fundação Perseu Abramo, do PT, fará seminário nesta sexta-feira (21) em São Paulo com o Instituto Simón Bolívar, ligado ao Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.

O objetivo é demonstrar solidariedade com o país vizinho no contexto da eleição presidencial marcada para 28 de julho.

Participarão Carlos Ron, vice-chanceler para América do Norte do ministério, e Rander Peña, vice-chanceler para a América Latina da pasta venezuelana.

Também deverão estar presentes dirigentes do PT, da CUT e de partidos de esquerda. A eleição venezuelana vem sendo apontada como a primeira em muitos anos a ameaçar a permanência no cargo do ditador Nicolás Maduro, que enfrenta um candidato unificado da oposição.

Fábio Zanini/Folhapress

Lira anuncia ‘comissão representativa’ para discutir PL Antiaborto por Estupro

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na noite desta terça-feira (18) que vai criar uma “comissão representativa” para analisar o mérito do projeto de lei Antiaborto por Estupro. A ideia é que o grupo passe a atuar no segundo semestre, para que, segundo ele, o debate não ocorra de forma apressada.

“O colégio de líderes deliberou debater esse tema de maneira ampla no segundo semestre, com a formação de uma comissão representativa. Só iremos tratar disso após o recesso, na formação desta comissão, para tratar este tema com amplo debate. Com a percepção clara de que todas as forças políticas, sociais e de interesse no país participarão deste debate. Todos os segmentos envolvidos, sem pressa e sem qualquer tipo de açodamento “, disse Lira.

A decisão do presidente da Câmara ocorre após pressão de segmentos da sociedade, que se manifestaram contrários ao projeto de lei —com organização de manifestações nas ruas, inclusive—, e que acabou minando o apoio de parlamentares de partidos do centrão e da direita ao texto. Lideranças avaliam que a proposta não teria como avançar na Casa neste momento.

Na semana passada, os deputados aprovaram em votação-relâmpago conduzida por Lira o requerimento de urgência de um projeto de lei que altera o Código Penal para aumentar a pena imposta àquelas que fizerem abortos quando há viabilidade fetal, presumida após 22 semanas de gestação. A ideia é equiparar a punição à de homicídio simples. O texto pode levar meninas abaixo dos 18 anos a ficarem internadas em estabelecimento educacional por até três anos.

“Nada irá retroagir nos direitos já garantidos e nada irá avançar que traga qualquer dano às mulheres. Nunca foi e nunca será tema de discussão do colégio de líderes qualquer uma dessas pautas”, disse Lira nesta segunda.

O presidente da Câmara fez um pronunciamento à imprensa para tratar do tema. Ele estava acompanhado de todos os líderes da Casa, além do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), da presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Caroline de Toni (PL-SC), e da coordenadora-geral da bancada feminina, deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

Lira ainda disse que em nenhum momento a Câmara se furtou do debate de projetos, independentemente do tema, se “mais árido ou mais afável, econômico, social ou político”.

“Esta é a Casa do povo, o espaço mais democrático que a sociedade tem para debater, para propor leis. Nunca fugiremos dessa responsabilidade de fazer o debate e trazer o debate com transparência”, disse o presidente da Câmara.

Mais cedo, Lira se reuniu com líderes da Casa para tratar do projeto de lei. O alagoano se queixou das críticas que ele recebeu pela aprovação da urgência da matéria e disse que os parlamentares deveriam encontrar uma solução coletiva sobre a proposta.

Segundo relatos de três participantes do encontro, o alagoano se queixou das críticas personalizadas a ele, classificando-as como improcedentes e de ataque pessoal.

Participantes da reunião levantaram possibilidades acerca do trâmite do projeto de lei, entre elas a criação de uma comissão especial para analisar o projeto. Parlamentares de esquerda pediram que Lira arquivasse a proposta, mas ele disse que não poderia fazer isso.

A avaliação de líderes é que o projeto não deveria ser uma prioridade na Casa. Segundo eles, os deputados devem focar a pauta econômica, como a regulamentação da reforma tributária. Há também parlamentares que defendem que o tema só seja discutido novamente após as eleições de outubro.

Victoria Azevedo/Folhapress

STF volta a julgar descriminalização da maconha para uso pessoal nesta quinta-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai voltar a julgar nesta quinta-feira, 20, a descriminalização da maconha para uso pessoal. O placar está em 5 a 3 para extinguir a punibilidade do crime e a maioria da Corte já se manifestou para fixar uma quantidade da droga para diferenciar consumo próprio de tráfico no momento da abordagem policial.

O julgamento foi suspenso em março do ano passado pelo ministro Dias Toffoli. A sessão da Corte vai começar às 14 horas e o tema é o único que está na pauta. É preciso apenas mais um voto para que o STF forme maioria e acabe com a punição para o uso da maconha para uso pessoal.

Gabriel de Sousa/Estadão

Datafolha: Aprovação de Lula chega a 36% e se descola da reprovação, agora em 31%

<Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação>
Nova pesquisa do Datafolha mostra que a aprovação ao trabalho do presidente Lula (PT) se manteve estável ante a rodada anterior, realizada em março, oscilando de 35% para 36%. Já a reprovação foi de 33% para 31%, enquanto o regular passou de 30% para 31%.

Apesar da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, que indica a estabilidade no quadro geral, o empate técnico entre quem considera Lula ótimo/bom e ruim/péssimo do levantamento passado deu lugar a uma leve melhora em favor do presidente.

A curva negativa para Lula, que vinha se desenhando desde o fim do ano, foi invertida nesta pesquisa, que marca um ano e seis meses do terceiro mandato do petista à frente do Palácio do Planalto. O instituto ouviu 2.008 eleitores em 113 municípios brasileiros de 4 a 13 de junho.

A grande turbulência na área econômica do governo, com declarações belicosas de Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a percepção do mercado de que o governo não tem responsabilidade fiscal que fez o dólar subir cerca de 10%, ainda não se refletem no ânimo da população.

Os índices acerca da economia permanecem estáveis. Têm expectativa positiva sobre o tema 40%, ante 28% que preveem uma piora e 27% que acham que tudo ficará igual. Em março, eram respectivamente 39%, 27% e 32%.

São mais otimistas os mais jovens (47%), os menos escolarizados (50%) e os moradores do Nordeste (53%), sendo esses dois últimos grupos usualmente associados ao apoio a Lula —48% dos nordestinos e 53% de quem estudou até o fundamental consideram o presidente ótimo e bom.

No caso dos jovens de 16 a 24 anos, o estrato do levantamento se destaca por considerar Lula mais regular que outros grupos —48% dizem isso, ante um empate de aprovação (25%) e rejeição (24%).

Algo semelhante se vê na avaliação da economia: 27% acham que o cenário do país melhorou, enquanto 29% veem isso em sua vida pessoal. Já acham pior no geral 42%, ante 24% que apontam tal visão negativa em suas finanças domésticas.

Consideram que tudo está igual no país 29%, enquanto 47% acham isso no seu cenário particular. A grande crise das enchentes no Rio Grande Sul, fato principal do país no período entre as pesquisas, não parece ter influenciado opiniões na região geograficamente mais próxima dos fatos, a Sul.

Na região Sul, está na média a percepção pessoal e geral sobre a economia. Os moradores da região se incluem entre os mais pessimistas em termos de expectativas, 36% dos ouvidos, nível semelhante ao registrado entre quem ganha de 5 a 10 mínimos (37%) e entre evangélicos (38%). Nesse caso, contudo, os resultados são estáveis e refletem a posição mais antipetista desses grupos.

Disseram ao Datafolha que sua vida melhorou após a volta de Lula ao poder 26%, ante 21% que viram piora e 52% que acham que está tudo na mesma. Todos os índices são compatíveis com a pesquisa de março.

Escrutinando estratos diferentes, a percepção de melhora fica clara entre os mais pobres. Ela é de 32% entre os que ganham até 2 salários mínimos, maior amostra populacional da pesquisa, com 49% dos entrevistados. No grupo, 18% apontam piora.

A curva se inverte em todas as faixas de renda posteriores, chegando a 31% de quem vê piora a 19%, melhora, entre aqueles 4% que ganham mais de 10 salários mínimos. É preciso ponderar, contudo, que nessa faixa a margem de erro é maior, de até dez pontos percentuais devido à menor base de entrevistas (ante três pontos nos mais pobres).

O descolamento entre as dificuldades econômicas do governo e o que o eleitor percebe decorre do fato de que, por ora, os indicadores que chegam “na ponta”, como inflação e nível de emprego, não foram afetados pela crise. Eles são de maturação mais longa, e sempre associados a sucesso ou fracasso de governos.

Isso também se correlaciona na mão inversa com uma boa notícia que o governo colheu, o aumento do PIB em 0,8% no primeiro trimestre, após seis meses de estagnação. Por ora, ela foi bancada pela expansão no emprego e na renda dos trabalhadores, embora haja dúvidas acerca de sua sustentabilidade.

O mesmo pode ser dito das derrotas que o governo sofre em sequência no Congresso, que agora desaguaram na polêmica em torno do PL Antiaborto por Estupro. Por ora, nada indica influência disso na aprovação da gestão petista.

Os grupos que gostam ou não gostam de Lula seguem o mesmo perfil que acompanha o presidente desde a campanha eleitoral.

Consideram Lula ótimo ou bom de forma acima da média os mais pobres (42%), quem tem de 45 a 59 anos (44%), os mais velhos (47%), nordestinos (48%) e menos instruídos (53%). Já o veem mais como ruim ou péssimo os homens (35%), quem tem de 25 a 34 anos (38%), com ensino superior (38%), evangélicos (44%) e mais ricos (45% nas faixas acima de 5 mínimos).

Comparado com seu próprio desempenho nos mandatos anteriores, Lula tem uma aprovação semelhante à que registrava a essa altura do governo em 2004, 35%. Sua reprovação era bem menor, contudo, em 17%, e 45% o viam regular.

Já no segundo mandato, em maio de 2009, tinha grande aprovação: 69% o viam como ótimo ou bom, 6% como ruim ou péssimo e 24% como regular.

Em relação a seu principal antípoda político, o antecessor Jair Bolsonaro (PL), Lula registra um nível similar de ótimo/bom: o rival recebia essa nota de 32% em junho de 2020, embora fosse bem mais reprovado (44% de ruim/péssimo). Achavam o ex-presidente regular 23%.

Igor Gielow, Folhapress

Morre, aos 87 anos, o empresário Antonio Luz( Tonhão)

Foto: Arquivo Pessoal.
É com muito pesar que o Presidente da Câmara Municipal de Ipiaú, vereador Robson Moreira, informa à população local o falecimento do empresário ipiauense Antônio Luz dos Santos (Tonhão) ocorrido na tarde da ultima segunda-feira, 17 de junho às 15 horas, em Jequié, onde ele residia há 20 anos. A morte decorreu de causa natural e o sepultamento foi na tarde dessa terça-feira, 18, no Cemitério São João Batista, em Jequié.

“Tonhão”, tinha 87 anos e deixou dois filhos: Judson e Ana. Ele já foi considerado um dos empresários mais fortes da região. Chegou a ser proprietário de mais de 60 fazendas e de muitos outros empreendimentos, dentre os quais serrarias e postos de revenda de combustíveis. . Em homenagem ao seu pai, Antonio Lourenço , foi batizado um dos bairros de Ipiaú.

O Presidente da Câmara destaca que Antonio Luz era homem de caráter ilibado e extremamente trabalhador.
(José Américo Castro/ASCOM-Câmara Municipal de Ipiaú)

Grupos criminosos são alvo da 13ª fase da Operação Unum Corpus

 Mais de mil policiais civis cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em todo o estado. 

A Polícia Civil deflagrou a 13ª fase da Operação Unum Corpus, na manhã desta terça-feira (18), nos municípios do interior baiano, além da capital e Região Metropolitana de Salvador (RMS). Centenas de mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos por mais de mil policiais dos Departamentos de Polícia do Interior (Depin) e de Polícia Metropolitana (Depom). Os principais alvos são integrantes de grupos criminosos envolvidos com o tráfico de drogas e homicídios.

Até o início da manhã de hoje, mais de 130 pessoas já foram presas. Parte dos mandados de prisão foi cumprida na última semana, quando alvos foram localizados. A 13ª fase da Unum Corpus também cumpre medidas judiciais contra internos de unidades do sistema prisional, os quais são acusados de influenciar ações criminosas nas ruas. O objetivo é neutralizar a atuação nos presídios e no convívio social.

Nas 12 fases, a Operação Unum Corpus já prendeu 2.004 pessoas, apreendeu 350 armas de fogo e cumpriu 1.952 mandados de busca e apreensão.

Texto: Ascom/PC BA

Senador pede ao TCU para investigar alteração de dados da Previdência

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado, entrou com uma representação junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) para que apure a alteração de dados da Previdência Social que ajudou a reduzir em R$ 12 bilhões a projeção de despesas com benefícios.

Como mostrou a Folha, a estimativa menor ajudou o Executivo a desfazer o bloqueio de R$ 2,9 bilhões realizado em março e a honrar o acordo para liberar mais R$ 3,6 bilhões em emendas parlamentares.

Na representação, Marinho diz que a medida fomenta a piora das contas públicas, a deterioração da credibilidade das autoridades fazendárias e a perda da confiança dos agentes econômicos nos números e no futuro da economia brasileira.

O documento pede que o TCU adote providências para apurar irregularidades na alteração de dados “com a finalidade de burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê a obrigação de contingenciamento do orçamento em casos específicos, de maneira a controlar o endividamento público e a inflação.”

O senador afirma que a mudança poderá significar aumento da dívida pública e perda da confiança dos agentes econômicos nos números e no futuro da economia brasileira.

“Saliente-se que a ‘maquiagem’ das contas do governo federal já motivou o impeachment de uma Presidente da República e foi uma das causas de uma histórica crise econômica no Brasil”, escreve o líder da Oposição no Senado.

Danielle Brant, Folhapress

MP-BA, Receita Federal e Seap implementam projeto de ressocialização em unidades prisionais baianas

Um projeto inovador para a ressocialização de detentos na Bahia está em curso a partir uma parceria entre o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), a Receita Federal do Brasil (SRRF05) e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap/BA). A iniciativa visa estabelecer Núcleos de Descaracterização em quatro unidades prisionais estratégicas: Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, Conjunto Penal de Itabuna, Conjunto Penal de Eunápolis e Conjunto Penal de Vitória da Conquista.

Nesses núcleos, os detentos são qualificados para o exercício das atividades laborais voltadas à descaracterização de produtos, pelas quais são favorecidos com a remição da pena, explica o coordenador da Unidade de Monitoramento de Execução da Pena e Medidas de Segurança (Umep/MPBA), promotor de Justiça Edmundo Reis, pontuando que, conforme dispõe a legislação, abate-se um dia de pena a cada três dias de trabalho.

O promotor de Justiça registra que a ressocialização ocorre por meio do oferecimento da condição laboral ao preso, que trabalha descaracterizando bens que passam a servir ao próprio sistema e a outras entidades e instituições que atendem pessoas vulneráveis. Nesse cenário, os detentos acabam prestando um serviço de relevância para pessoas que também estão em condição de vulnerabilidade, o que fomenta um processo de identificação social do meio fechado para o meio aberto. Esse processo favorece a reinserção social, conclui Edmundo Reis.

O objetivo principal dos núcleos é transformar mercadorias apreendidas em recursos úteis para a sociedade, promovendo sustentabilidade ambiental e reintegração social. O programa ‘Receita Cidadã’, da Receita Federal, será essencial para o sucesso do projeto, permitindo que produtos apreendidos, inicialmente destinados à destruição, sejam processados nas unidades prisionais. Esses itens serão transformados em novos produtos de valor, beneficiando diretamente a comunidade baiana e reduzindo o impacto ambiental. “A parceria não apenas promove a responsabilidade social e ambiental, mas também oferece uma oportunidade significativa de reabilitação aos internos, preparando-os para uma reintegração produtiva após o cumprimento da pena”, destaca ainda Edmundo Reis.

A colaboração da Umep foi fundamental para viabilizar essa iniciativa pioneira. Ela coordena o recebimento das mercadorias apreendidas, seu processo de descaracterização pelos detentos e a distribuição dos produtos transformados para instituições públicas e privadas sem fins lucrativos. Isso assegura que os benefícios alcançados sejam distribuídos de forma justa e ampla pela sociedade.

Para Valdir Lemos Couto, chefe da Divisão de Programação e Logística (DIPOL) da SRRF05, “esta parceria representa um avanço significativo na cooperação entre órgãos públicos, demonstrando o compromisso da Receita Federal em contribuir positivamente para a comunidade e o meio ambiente”. Sandra Magnavita, auditora fiscal da Receita Federal e Delegada da Alfândega de Salvador, também ressalta que “a iniciativa não só fortalece a função social da Receita Federal, mas também abre portas para uma colaboração contínua com instituições comprometidas com a reinserção social e a sustentabilidade.”. Bacildes Terceiro, superintendente de Ressocialização da Seap, enfatizou a importância da iniciativa para a reforma do sistema penal na Bahia, destacando que “este projeto não apenas oferece oportunidades de capacitação e reintegração, mas também promove uma abordagem humanizada e eficaz para a ressocialização dos internos”.

Deputados trocam empurrões e sessão é suspensa na Assembleia Legislativa da Bahia após debate sobre PL do Aborto; assista exclusivas

Deputados estaduais trocaram insultos e empurrões em meio ao debate sobre o PL do Aborto no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nesta terça-feira (18).

A sessão foi suspensa por 15 minutos para colocar fim ao embate.

A confusão começou ao final de um pronunciamento forte da deputada Olívia Santana (PCdoB) ao citar a posição favorável de bolsonaristas à matéria que está em pauta no Congresso Nacional.

Diego Castro (PL) reagiu ao discurso, trocou farpas com Olívia e com os demais petistas. A temperatura subiu, atraiu outros parlamentares e o plenário da Casa virou um ringue.

Foi preciso os seguranças da Assembleia intervirem para apartar os brigões.

Veja os vídeo:


 

Sucesso da Feira Baiana de Cafés Especiais na capital baiana faz evento retornar para uma 2ª edição, em agosto

Cafés com torra especial com sensorial de frutas, produtores apaixonados, agricultura regenerativa, sequestro de carbono, febre de cafeterias que garimpam esses grãos de qualidade e público apreciador cada vez mais exigente. É neste cenário que volta à capital baiana a Feira Baiana de Cafés Especiais, que ocorrerá nos dias 17 e 18 de agosto, na Doca I, em Salvador. O tema desta 2ª edição é ‘Consumo, consciência e crescimento do café na Bahia’ e os organizadores prometem repetir o feito da edição do ano passado: uma imersão no universo dos cafés especiais baianos.
Este ano, a feira volta a reunir produtores, torrefadores, proprietários de cafeterias, baristas, entusiastas e consumidores apaixonados por café de qualidade. É o que garante Brenda Matos, especialista em cafés e uma das organizadoras do evento. “Quem viveu, viu o quanto foi lindo o nosso movimento. Nosso evento ocorre no 2º semestre e a expectativa é que seja um momento incrível, pois mais uma vez a ideia é fomentar a cena baiana com a segunda bebida mais consumida no mundo”, afirma.

A torra do café oficial do evento ficará, novamente, à cargo da torrefação Do Coado ao Espresso. Flávio Camargos, curador responsável, conta que os cafés que serão utilizados na II Edição da Feira Baiana de Cafés Especiais já foram selecionados: “Um café em uma pegada mais doce, com muito caramelo, um toquezinho de frutas vermelhas e acidez cítrica. Enquanto o outro é um café muito frutado, frutas amarelas que remetem caju, acidez também cítrica, um café muito gostoso, delicioso pra beber de balde nos filtrados”.

Camargos faz curadorias e diz que o Do Coado é especializado em trazer de maneira majoritária cafés da Bahia, de diversas regiões, como Barra do Choça, Chapada e Oeste baiano. “Fazemos questão desse trabalho de parceria, porque temos um feedback real e ajudamos o produtor a estar sempre se aprimorando”, revela.

Do produtor à xícara
Idimar Barreto Paes Filho é produtor de café há 35 anos e, há 6 anos, começou a produção de cafés especiais em Barra do Choça, Bahia, na Fazenda Ouro Verde. “Sou engenheiro agrônomo e, após me aposentar, resolvi mudar meu sistema de produção e me dedicar em tempo integral à produção de cafés especiais. Tenho 80 hectares (ha) de terra, sendo 40% de área de mata nativa preservada, 25 ha de café, composto por cinco variedades de café arábica: catuaí, mundo novo, acauã, bourbon e arara. Não uso agrotóxico, trabalho com produtos naturais e biológicos”, explica.

“Trabalho com lotes de cafés naturais e despolpado. Faço agricultura regenerativa, tenho cafés sombreados com grevilhas, seringueira, aroeira, pimenteira. Vendo basicamente minha produção para cafeterias e torrefações de cafés especiais. Estou desenvolvendo junto com a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, um trabalho visando à quantificação de sequestro de carbono e, posteriormente, a geração de crédito. Minha esposa Ana Cristina é minha parceira em todo o projeto dos cafés especiais”, explica.

E se tem produtor especializado no ramo, é porque tem consumidores interessados neste tipo de café e a procura por cafeterias especializadas vem crescendo em todo o país. Em Salvador não é diferente. Os apaixonados por café têm cada vez mais procurado por cafés de qualidade e sair de casa para experimentar cafés virou uma tendência da capital ao interior.

“Começamos a ver um maior consumo de café de melhor qualidade, as novas gerações têm valorizado muito a bebida e estão cada vez mais exigentes. Então essa oferta tem uma razão, é ditada pelo mercado, que comanda tudo isso e os cafés especiais tornaram-se uma alternativa para o pequeno produtor principalmente”, complementa Idimar.

Um exemplo dessa tendência, em Salvador, é a cafeteria de um médico e amante de cafés especiais. Daniel Aguiar, um dos sócios-proprietários, explica que a Villa Cafeeiro possui marca própria de café, vindo direto de Ibicoara, na Chapada Diamantina. “Trabalhamos com alguns métodos de extração para coados: Aeropress, Hario V60, Prensa Francesa e também com espresso e suas variedades, com bebidas autorais inclusive. Todas as comidinhas que vendemos para acompanhar o café são de produção própria também”, afirma.

“Salvador tem uma cultura muito forte de confeitarias e casas de tortas, então quando as cafeterias chegam com cafés especiais bem selecionados e, sobretudo, trabalhados de forma correta na sua extração, as pessoas não aceitam mais tomar qualquer café. Isso gera uma exigência para que as casas trabalhem com cafés cada vez melhores, fortalecendo ainda mais o consumo de café de qualidade. Afinal, não tinha como ser diferente, moramos em uma das regiões com os melhores cafés especiais do mundo”, exalta Daniel.

A Villa Cafeeiro fica no Shopping Paseo Itaigara, tem um ambiente bem diverso com mesas tradicionais, sofá para quem quer ficar mais à vontade e bancadas com tomadas e Wi-Fi, para quem precisa trabalhar enquanto aprecia um bom café.

Sucesso na 1ª edição

A primeira edição da Feira Baiana de Cafés Especiais ocorreu em 2023 e contou com 25 expositores e recorde de público. O projeto pretende divulgar e compartilhar conhecimentos sobre a produção, preparo e consumo de cafés especiais, incentivando a transformação desse tipo de grão em parte central da cultura gastronômica da Bahia.

 Cadu FREITAS



Derrota em MP acirra rixa entre Haddad e Rui Costa no núcleo do governo brasil

O debate sobre a MP (medida provisória) que restringia o uso de créditos tributários do PIS/Cofins acirrou a animosidade que marca a relação dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa.

Aliados dos dois ministros trocam acusações sobre a responsabilidade pela crise que, na semana passada, culminou com a devolução da MP, fragilizando a imagem de Haddad e fazendo com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestasse em apoio ao titular da Fazenda.

Interlocutores do chefe da área econômica culpam Costa pelo esvaziamento do poder de negociação da equipe após o titular da Casa Civil ter intermediado um encontro entre Lula e o presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Ricardo Alban, horas antes de uma audiência com o próprio Haddad.

Depois dessa conversa com Lula, Alban afirmou, durante entrevista no Palácio do Planalto, que o governo abriria mão da MP, deixando Haddad sem cacife para a costura de um acordo. Alban foi presidente da Federação das Indústrias da Bahia durante governo Costa.

Os aliados de Costa, por sua vez, acusam Haddad de não estabelecer pontes de diálogo com o empresariado, além de não ter negociado os termos da MP antes de sua apresentação.

Interlocutores de Costa alegam que a mediação de um encontro entre Alban e Lula tomou corpo durante viagem oficial à Árabia Saudita e à China. O chefe da Casa Civil e o presidente da CNI integravam a comitiva, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Ainda segundo relatos, contrariado com o encaminhamento da proposta, Alban avisou que deixaria a comitiva para regressar ao Brasil. Foi agendada uma audiência para a manhã da quarta-feira (11), que acabou atrasada em decorrência de problemas no voo do empresário. Mas aconteceu antes da audiência do presidente da CNI com Haddad.

Também segundo relatos, Alban teria reclamado a Lula de dificuldade de negociação com Haddad. O próprio presidente reclamou da desarticulação em torno da proposta, chegando a afirmar que prevaleceu a narrativa de que o agronegócio seria atingido.

Apesar da devolução, a indústria continua insatisfeita com a falta de interlocução com o Ministério da Fazenda. Queixam-se de que, mesmo depois da polêmica, Haddad continue ouvindo mais o mercado financeiro do que os empresários. Um interlocutor influente do indústria diz, de forma irônica, que Haddad está querendo fazer “supletivo” com o mercado financeiro, enquanto o setor, na verdade, nunca apoiou o governo Lula.

Ainda na interpretação desse industrial, o mercado será o primeiro a apoiar a oposição liberal nas próximas eleições, vide a articulação em torno do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicano).

A leitura é que as relações estão desequilibradas. Um dos pontos reforçados é que há setores da indústria que foram os primeiros apoiadores de Lula na campanha de 2022. Não haveria problema de interlocução com o Alckmin e o BNDES, mas faltaria gente na equipe de Haddad que de fato tenha canal com os empresários.

Na avaliação de uma fonte da indústria paulista, Haddad, como responsável pela condução da política econômica, precisa liderar esse diálogo.

Segundo representantes do setor, Alban foi autorizado por Lula a anunciar a desistência da MP, que foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com aval do governo. Durante reunião com empresários, Alban deu o recado de Lula de que o governo barraria se a MP não fosse devolvida.

Entre os empresários da indústria, há críticas disparadas a Costa pela falta de articulação do ministro da Casa Civil com o setor produtivo e por ter uma agenda própria para o seu estado, a Bahia. A Casa Civil do governo não estaria cumprindo o seu papel de organizar o governo e apoiar a coordenação política.

A leitura é de que o último modelo de coordenação política que funcionou foi o do ex-presidente Michel Temer. O então ministro Eliseu Padilha, que conhecia muito o Congresso, ficava na Casa Civil cuidando dos projetos mais importantes, e a coordenação política cuidava do varejo dos parlamentares.

Já dentro do governo, aliados têm sugerido, com sutileza, que o presidente intervenha para frear a troca de farpas entre os dois principais ministros de sua equipe. Um armistício foi desenhado no ano passado, quando Costa encontrou Haddad na Fazenda em um aceno pela pacificação. Mas os ressentimentos ressurgiram durante o processo de fritura do ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Costa é apontado como um dos responsáveis pela exoneração, da qual Haddad discordava.

Em meio ao desgastante processo de demissão de Prates, Haddad criticou, entre aliados, a atabalhoada forma com que foi anunciado o pacote de medidas voltadas ao setor industrial apresentado em janeiro, em evento no Palácio do Planalto.

Catia Seabra e Adriana Fernandes/Folhapress

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