Ipiaú: Colisão entre moto e carro deixa um morto e outro gravemente ferido na BR-330

Um grave acidente registrado por volta das 20h20 dessa sexta-feira, 21, na BR-330, saída de Ipiaú sentido Barra do Rocha, deixou uma pessoa morta e outra gravemente ferida. As vítimas estavam numa motocicleta que colidiu fortemente com um carro modelo gol, ocupado por dois homens e uma mulher.
Um dos ocupantes da moto, identificado até o momento pelo apelido de Robinho, perdeu uma das pernas no acidente e não resistiu aos ferimentos morrendo no local. O outro ocupante da moto, conhecido como Marly, perdeu um dos braços. Ele foi socorrido em estado gravíssimo por uma equipe do Samu. Os dois seguiam sentido Barra do Rocha, onde residem, quando ocorreu o acidente.
Robinho trabalhava no frigorifico em Ipiaú e também era guarda municipal em Barra do Rocha. O carro com os três ocupantes saiu de Ilhéus e seguia sentido Jequié. As circunstâncias do acidente serão apuradas pela PRF. (Giro Ipiaú)


STF tem maioria para cassar sete deputados em recurso sobre distribuição das sobras eleitorais

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira, 21, para anular o mandato de sete deputados federais eleitos em 2022 com base em regras para a distribuição das sobras eleitorais consideradas inconstitucionais.

Votaram nesse sentido os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Kássio Nunes Marques, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cristiano Zanin. A ala considera que, ao manter os mandatos de parlamentares eleitos com base em uma regra considerada inconstitucional, o tribunal prejudicaria candidatos que deveriam estar no cargo.

“Não há dúvida de que a regra, em julgamento de inconstitucionalidade via controle concentrado, é o desaparecimento de todos os efeitos derivados da norma nula, írrita, inválida”, defendeu Flávio Dino em seu voto. Embora a maioria tenha sido formada, o ministro André Mendonça pediu destaque, o que significa que a votação, iniciada na modalidade virtual, será transferida ao plenário físico do STF e precisará ser retomada do zero.

Sete deputados eleitos em 2022 correm o risco de perder os cargos – Sílvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Dr. Pupio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União-RO) e Lázaro Botelho (PP-TO).

Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que todos os candidatos e partidos podem concorrer às sobras eleitorais. Os ministros derrubaram cláusulas, aprovadas em 2021, que condicionaram a distribuição das sobras ao desempenho dos partidos e exigiam um percentual mínimo de votação nos candidatos. A maioria entendeu que os filtros violam os princípios pluralismo político e da soberania popular.

Agora, o tribunal precisa decidir se a decisão terá efeitos retroativos, ou seja, se afeta quem foi eleito com base nos critérios anulados e está no exercício do mandato.Em um primeiro momento, os ministros modularam os efeitos da decisão para definir que o resultado teria efeitos somente para o futuro, sem afetar o mandato de parlamentares eleitos. Esse ponto foi definido por placar apertado, de 6 a 5. O tema está sendo revisitado a partir de recursos do Podemos e do PSB.

Os autores dos recursos argumentaram que não houve “quórum qualificado” (oito votos) para a modulação dos efeitos, como exige a lei. “O erro foi na proclamação do resultado. O Supremo deveria ter observado a lei que exige oito ministros para que ocorra a modulação”, disse ao Broadcast Político um dos advogados que representam o PSB e o Podemos, Rodrigo Pedreira.

De acordo com os cálculos da Rede, PSB e Podemos, estas serão as trocas realizadas caso os efeitos da decisão retroajam:

  • Sai Professora Goreth (PDT-AP), entra Professora Marcivânia (PCdoB- AP)
  • Sai Silvia Waiãpi (PL-AP), entra Paulo Lemos (Psol-AP)
  • Sai Sonie Barbosa (PL-AP), entra André Abdon (PP-AP)
  • Sai Gilvan Máximo (Republicanos-DF), entra Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
  • Sai Lebrão (União Brasil-RO), entra Rafael Bento (Podemos-RO)
  • Sai Lázaro Botelho (PP-TO), entra Tiago Dimas (Podemos-TO)

Rayssa Motta/Lavínia Kaucz/Folhapress

Mercado financeiro avalia que ala do PT põe ‘bode na sala’ ao defender Lara Resende no BC

Representantes do mercado financeiro reagiram com descrédito à campanha de uma ala do PT para indicar André Lara Resende para a presidência do Banco Central. Apesar de destacarem o respeito à trajetória de um dos mentores do Plano Real, executivos de grandes instituições avaliaram, sob condição de anonimato, que os petistas apenas “colocaram o bode na sala”.

Na avaliação desses agentes, o grupo político mais à esquerda do PT ventilou um economista de perfil heterodoxo para criar uma tensão, marcar posicionamento político, mas depois o governo ter como “apresentar calmaria” com um nome já precificado no mercado, como é o caso do atual diretor de Política Monetária, do BC, Gabriel Galípolo. Eles também consideram que seria um erro o Planalto indicar alguém de fora do Banco Central.

Lara Resende é considerado, atualmente, um expoente da Teoria Monetária Moderna. A MMT, como é identificada na sigla em inglês, considera que os governos podem expandir gastos e emitir o quando quiserem de moeda local para financiar suas dívidas. Para os ortodoxos isso retomaria o risco de hiperinflação.

Roseann Kennedy/Estadão

Prefeitura de Ipiaú lança editais do concurso público com 406 vagas; inscrições iniciam em 03 de julho

Foto: Michel Querino - Decom Prefeitura de Ipiaú
A Prefeitura Municipal de Ipiaú publicou no Diário Oficial do Município,https://doem.org.br/ba/ipiau/diarios/previsualizar/7NyDJlVk nesta sexta-feira (21), o lançamento de dois editais do concurso público que visam preencher 406 vagas no quadro da administração municipal. Na mesma publicação, foi postado um edital para cargos de diversas áreas da prefeitura e outro específico para Agentes Comunitários de Saúde. O concurso será conduzido em conformidade com o artigo 37, inciso II da Constituição Federal, a Lei Orgânica Municipal, as Leis Municipais e demais disposições pertinentes. A aplicação das provas está prevista para o dia 22 de setembro de 2024.

As inscrições terão início das 08h do dia 03 de julho às 23h59min do dia 03 de agosto. Para realizar a inscrição, os candidatos devem seguir os seguintes passos:

* Preencher o formulário de inscrição online no site www.planejarconcursos.com.br.
* Aceitar os termos do edital.
* Inserir corretamente os dados cadastrais e a opção de cargo desejado.
* Imprimir o boleto bancário gerado ao final do processo de inscrição.
* Pagar a taxa de inscrição, no valor de R$80, em qualquer agência bancária vinculada ao Sistema de Compensação Nacional até o dia 04 de agosto de 2024.

O certame oferece oportunidades para candidatos com níveis fundamental, médio/técnico e superior. Do total de vagas, 10% serão reservadas para pessoas com deficiência, conforme a legislação vigente.

A Prefeitura de Ipiaú reforça a importância de os candidatos lerem atentamente o edital para estarem cientes de todas as normas e prazos. A equipe está à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o processo seletivo.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Comissão aprova criação de programa para incentivar doação de sangue, medula e plaqueta

O “Junho Vermelho” passa a integrar o calendário oficial e será dedicado à campanha de incentivo à doação de sangue

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria o Programa Nacional Integrado de Doação de Sangue, Plaquetas e Medula Óssea. O objetivo é aumentar a rede de coleta desses componentes em municípios brasileiros conforme o número de habitantes.

O texto aprovado foi proposto pelo relator, deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), que buscou aperfeiçoar a proposta principal – Projeto de Lei 531/22, do ex-deputado Patrick Dorneles (PB) – usando trechos dos apensados (PLs 730/23 e 1372/24).

“A consolidação dessas propostas em um único texto não apenas otimiza recursos, mas também promove uma abordagem mais integral e eficiente para o incentivo à doação de sangue e medula óssea no País”, destacou Alexandrino.

Uma das alterações é o “Junho Vermelho”, dedicado à campanha de incentivo à doação de sangue por meio de ações e campanhas promovidas por órgãos públicos.

“A integração de campanhas educativas em eventos populares, juntamente com a expansão da rede de coleta, potencializa o alcance e o impacto das iniciativas, garantindo maior conscientização e participação da população”, acrescentou o relator.

Rede de coleta
Inicialmente, a proposta definia a quantidade de estabelecimentos de coleta de sangue em razão do tamanho da população do município, mas o relator acatou sugestões da liderança do governo para que essa definição fique a cargo de regulamento do Ministério da Saúde.

Uma complementação de voto do relator retirou ainda artigos que previam detalhamentos que também serão abordados em regulamento posterior. O texto aprovado determina apenas que ocorra a ampliação da rede de coleta com base no número de habitantes e na densidade populacional do município, entre outros fatores.

Transporte gratuito
O projeto prevê que as redes de hemocentro serão dotadas de unidades móveis de coleta (ônibus de coleta), com o objetivo de ampliar e facilitar a doação de sangue, plaquetas e de medula óssea, que atuarão inclusive em eventos esportivos e culturais, na forma do regulamento. A medida, no entanto, não cria obrigação aos municípios, mas tem caráter autorizativo.

Carteira Digital
A proposta cria a Carteira Nacional Digital do Doador de Sangue a fim de interligar os hemocentros do País e permitir consultas on-line ao histórico de doações e outras informações úteis ao doador, como notificações sobre estoques críticos.

O texto prevê ainda a veiculação de campanhas publicitárias periódicas pelo Ministério da Saúde para conscientização da população.

Próximos passos
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias


Marinha compra antenas sem aval da Starlink e fere regra de exportação da empresa

A Marinha do Brasil assinou uma série de contratos para aquisição de internet da Starlink para navios com empresas não autorizadas pela gigante americana a revender seus produtos para esse tipo de uso.

As contratações das antenas do grupo de Elon Musk para uso militar, sem o aval da Starlink, ferem regras para a revenda dos produtos da empresa, mostram documentos obtidos pela Folha.

Apesar disso, foram ao menos sete contratos que a Marinha fechou para o fornecimento de serviço de internet dos satélites de baixa órbita da Starlink. A banda larga atende os navios Maracanã, Bracuí, Babitonga, Atlântico e Cisne Branco, além da Fragata Liberal. Os contratos representam cerca de R$ 300 mil.

A Marinha afirma que não há irregularidades.

Em todos os casos, as vencedoras são micro e pequenas empresas sem autorização formal da Starlink para revender seus produtos.

Para ter as antenas em estoque, esses grupos geralmente compram os kits da Starlink como pessoa física, instalam nos navios e mandam o faturamento à Marinha como pessoa jurídica.

A Starlink exige o credenciamento de empresas como revendedoras para manter controle sobre os clientes finais de seus produtos. A autorização é concedida após as companhias assinarem uma “carta de solidariedade” e comprarem milhares de kits de antenas —um investimento de cerca de R$ 4 milhões.

Quando as empresas pretendem participar de licitações no setor de defesa, elas precisam submeter a proposta à Starlink, que analisa se as regras do edital permitem a venda direta ou precisam passar pelo setor de exportação específico sobre Defesa Nacional no governo dos Estados Unidos.

O documento, obtido pela Folha, diz que, ao vender os produtos da Starlink, o cliente deve se certificar que os kits de internet “não serão usados, operados e testados em veículos militares, equipamentos de defesa ou inteligência, ou para cenários de combate”. A Marinha não teve acesso a esses termos.

“O cliente concorda”, continua o documento, “em não modificar os Kits Starlink para usos militares ou de inteligência, pois tais modificações podem transformar os itens em artigos de defesa controlados pelas regulamentações de exportação dos EUA, exigindo autorização para exportação, suporte ou uso fora dos Estados Unidos”.

A Starlink ainda afirma que erros nos procedimentos podem “resultar em violações do controle de exportações” dos EUA. “A Starlink reserva o direito de encerrar ou suspender os serviços em resposta a violações dessas certificações por sua empresa ou pelo cliente governamental”, conclui.

CEO da Telespazio Brasil, uma das empresas certificadas pela Starlink, o italiano Marzio Laurenti afirmou à Folha que as Forças Armadas brasileiras não têm se atentado às normas da Starlink e estão sujeitas à derrubada dos sinais de internet.

“Quem deveria se preocupar é o cliente final. É fácil para a Starlink desligar o sinal [de antenas irregulares], e o problema é da Marinha, que investiu. Esta deveria ser uma preocupação do cliente final: garantir que quem participa de um certame seja, realmente, autorizado pela Starlink para vender às Forças Armadas.”

Laurenti conta que precisa submeter os detalhes de cada licitação à Starlink, para receber autorização para concorrer à contratação de produtos relacionados às Forças Armadas. Em editais do Exército, ele já recebeu o aval pelo entendimento de que a antena serviria para uso administrativo, e não militar.

“É claro que se a internet vai para um navio da Marinha, é para defesa. Um serviço para área administrativa da Marinha é diferente de um serviço para operação tática no mar. Mas eu não sei os detalhes dos critérios que a Starlink usa para autorizar [a participação em licitações de defesa]”, completa.

O empresário Luis Fernando Zocca é um dos sócios da CSLV Telecomunicações. A empresa não tem autorização da Starlink, mas consegue acesso às antenas e revende o serviço para navios da Marinha.

Para ele, restringir as licitações somente às revendedoras autorizadas da Starlink vai criar uma reserva de mercado, já que somente quatro empresas no Brasil são credenciadas pela gigante norte-americana.

“Se os órgãos públicos condicionarem a contratação às revendedoras autorizadas, haverá duplo prejuízo: primeiro por impedir a participação dos pequenos provedores; segundo, a possibilidade de haver várias dispensas de licitações desertas e fracassadas, pois as grandes empresas não se interessam por todas as ofertas do serviço público”, disse.

Zocca diz que, apesar de ter diversos contratos de antenas com órgãos públicos, sua empresa nunca foi notificada pela Starlink. “Creio que deveria ser ela a principal interessada em notificar fornecedores que estivessem vendendo seus planos a órgãos públicos”, afirmou.

Em nota, a Marinha diz não haver irregularidades nas contratações dos serviços da Starlink para a conectividade em navios e embarcações.

“Os preços da Starlink têm se apresentado muito abaixo das suas competidoras de mercado, o que dentro do princípio da economicidade e da defesa do erário público, somado aos valores permitidos por lei para a dispensa de licitação, permite realizar o processo de dispensa eletrônica, em consonância com a referida legislação.”

A Starlink não respondeu os questionamentos da Folha.

Em nota, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) diz que a “prestação do serviço utilizando determinado sistema satelital requer o acordo entre as partes” —neste caso, a Starlink e a intermediária brasileira.

Cézar Feitoza e Mateus Vargas, Folhapress

Derrubada de veto da ‘saidinha’ é derrota para ‘parte do povo brasileiro’, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os parlamentares “derrotaram parte do povo brasileiro” ao comentar a decisão do Congresso Nacional de derrubar o veto presidencial ao projeto que restringe as saídas temporárias de pessoas presas

As declarações ocorreram em entrevista à Rádio Meio, do Piauí, ao ser questionado sobre a sua relação com o Legislativo. Inicialmente, Lula afirmou que não perdeu até hoje “nenhum projeto de interesse do governo no Congresso” e mencionou a “PEC da Transição” e a reforma tributária. Em seguida, citou a questão das “saidinhas”.

“Ah, porque o Lula perdeu o veto da saidinha. Deixa eu te contar uma coisa. A decisão da saidinha foi unipessoal, moral minha. Muito moral. Porque eu sabia que todos os deputados queriam que eu não vetasse, que deixasse passar, que vai ter eleições, que é um tema delicado”, disse.

Em seguida, Lula voltou a defender a decisão de vetar a restrição, embora tenha sido anulada pelos parlamentares. “Não compensa destruir a possibilidade de a família conversar com essas pessoas”, disse. “Não me derrotaram. Eu não estou preso, eu não quero sair. Agora, derrotaram uma parte do povo brasileiro e enfraqueceram a dignidade de muita gente neste País”, disse.

Victor Ohana e Sofia Aguiar/Estadão Conteúdo

PF combate fraude em saques do FGTS

São Paulo/SP. A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (21/6), a Operação GCEF para dar cumprimento a um mandado de busca em Caraguatatuba/SP.

A investigação identificou acessos indevidos a servidores da rede da Caixa Econômica Federal, resultando em transações fraudulentas referentes ao pagamento de valores do auxílio emergencial, na ordem de mais de R$ 500 mil.

Os investigados poderão responder por crime de estelionato.

Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo

FICCO/SP e Polícia Rodoviária de SP apreendem mais de 500 kg de maconha

São Paulo/SP. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de São Paulo (FICCO/SP) e equipes do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) apreenderam, nesta quinta-feira, (20/6), em Presidente Bernardes/SP, aproximadamente 513 kg de maconha em um veículo abandonado às margens da rodovia.

Ao realizar a vistoria e busca veicular, foi encontrado no interior do porta malas do veículo aproximadamente 513 kg de maconha. Durante consulta ao chassi do veículo, constatou-se que o mesmo é produto de roubo/ furto.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em São Paulo - FICCO/SP é composta atualmente pela Polícia Federal (PF), Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo SSP/SP, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo - SAP/SP e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). A droga e o veículo foram apresentados na Polícia Federal

Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo

Ministro André Mendonça toma posse como titular do TSE na próxima terça (25)

Na próxima terça-feira (25), o ministro André Mendonça toma posse como integrante efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A solenidade está marcada para as 19h, no plenário do TSE, em Brasília.

O ministro André Mendonça assume uma das vagas destinadas a magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) que foi aberta em razão do término do segundo biênio do ministro Alexandre de Moraes no TSE, no início deste mês.

Sobre o ministro

Natural de Santos (SP), André Luiz de Almeida Mendonça tem 51 anos, é doutor em Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, com título reconhecido na Universidade de São Paulo, e professor universitário no Brasil e no exterior.

Antes de assumir uma cadeira no STF, em 16 de dezembro de 2021, por quase 22 anos, André Mendonça foi membro da Advocacia-Geral da União (AGU), instituição que chefiou por duas vezes, além de ter ocupado o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública de 2020 a 2021.

No TSE, Mendonça tomou posse como ministro substituto no dia 5 de abril de 2022. No dia 16 de maio deste ano, foi eleito pelo Plenário do STF ministro efetivo do TSE.

TSE

O órgão máximo da Justiça Eleitoral é composto de, no mínimo, sete ministros: três são originários do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois são representantes da classe dos juristas – advogados com notável saber jurídico e idoneidade.

Cada ministro é eleito para um biênio e não pode ser reconduzido após dois biênios consecutivos.

Imprensa

A entrada da imprensa no plenário estará liberada e não será necessário realizar credenciamento prévio.

DMB/LC, DB

Tribunal define que legenda pode usar Fundo Partidário para comprar imóvel em leilão

Ministros entenderam, contudo, que não é possível realizar a transação por meio de financiamento bancário

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assinalou que partidos políticos podem utilizar os recursos do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, conhecido como Fundo Partidário, para adquirir imóveis alienados em leilões. Contudo, o Plenário vetou a possibilidade de compra realizada a partir de financiamento imobiliário firmado com instituição bancária.

Os ministros reforçaram o entendimento ao responderem, nesta quinta-feira (20), a uma consulta feita pelo diretório nacional do partido Republicanos. Relator do processo, o ministro Raul Araújo afirmou que a possibilidade de compra de imóveis com recursos do Fundo Partidário está prevista no artigo 44 da Lei dos Partidos Políticos (Lei n° 9.096/95).

“A legislação permite a compra e a locação de bens móveis e imóveis com a utilização do Fundo Partidário. É importante ressaltar que, no caso em análise, o valor de arrematação no leilão não pode ultrapassar o valor de mercado da respectiva avaliação do imóvel”, declarou o ministro.

Impossibilidade de financiamento bancário

No entanto, o relator vetou a possibilidade da compra de imóvel a partir de financiamento tomado em instituição financeira com recursos do Fundo Partidário. O ministro Raul Araújo lembrou que o recebimento pela legenda das verbas do Fundo tem natureza temporária, que é condicionada à superação, nas eleições gerais, da cláusula de barreira instituída pela Emenda Constitucional n° 97/2017.

Por isso, segundo ele, não é possível realizar a aquisição dos bens a partir de financiamento, uma vez que, caso a agremiação deixe de ter acesso ao Fundo Partidário, o empréstimo deveria ser quitado pelo partido com recursos próprios, o que é vedado pela legislação. No caso, a lei não permite a compra de imóvel por meio da combinação de recursos públicos e privados.

JM/EM, DB

Processo relacionado: Consulta 0600656-93.2023.6.00.0000

Câmara de Ipiaú outorgou títulos de cidadania e outras honrarias do município

Fica na historia de Ipiaú a Sessão Solene que a Câmara Municipal realizou na noite de ontem, quinta-feira, 20 de junho de 2024, para homenagear personalidades que ao longo das suas existências tem prestado relevantes serviços ao município. Homens e mulheres de boa vontade mereceram às honrarias que lhes foram outorgadas e agradeceram pelo mérito recebido.

Bem mais que as placas e medalhas entregues aos homenageados, valeu a intenção de quem homenageou, ou seja, dos vereadores. Eles expressaram a grandeza do reconhecimento, resgataram valores e elevaram a auto-estima de muitos dos agraciados.

Foi uma noite de apoteose. Prevaleceu a diversidade, expressou-se o caráter democrático da atual legislatura, sob a presidência do vereador Robson Moreira. Coube a ele a abertura e o encerramento da  solenidade que foi prestigiada por um grande publico.

Após as execuções dos hinos (Nacional e Municipal),  o Mestre de Cerimônias, Eder Ramos, deu inicio à apresentação e condução do evento. Ao tempo em que anunciava os nomes dos homenageados os aplausos ecoavam no Salão do Plenário  e na Praça Alberto Pinto, onde estava outra parte da platéia.

Cada  homenageado foi conduzido pelo vereador que propôs a honraria. Tiveram direito a pronunciamentos que expressaram a trajetória, a relevância do serviço prestado e a emoção do  momento. Da solenidade também constou uma breve apresentação de “Carlinhos Sanfoneiro” que na oportunidade foi agraciado com o “Mérito da Cultura”.

Após o encerramento da Sessão Solene os homenageados e vereadores  fizeram pose  para a foto histórica.

OS HOMENAGEADOS

Com o titulo de Cidadão Honorário de Ipiaú foram agraciados:  Adelvane Oliveira Santos, o popular “Mestre Vone”,  Antônio Ennio de Jesus; Bruno Ruan Leal Abreu Denise Neiva da Silva Azevedo ; Izeirdes de Almeida Pereira Scortsis; Jamile dos Santos Souza; Julio Souza da Silva ; Luiz Carlos Felix Morais; Maria Creuza Souza Moraes; Marcelo Cruz dos Santos); Mirian Alves Santos Sâmela Santos Diaz Braz  e  Valdequino dos Santos Costa.
A Medalha do Mérito a Cultura Manoel Pinto “Mapin”, foi entregue   a  Edson José  Bastos de Oliveira Júnior ; Henrique Carlos do Espírito Santo Oliveira Filho;  Dilson Araújo dos Anjos; Ivan Santos Silva ; Manoel Carlos Rodrigues Santana, o popular “Carlinhos Sanfoneiro e Marcelo Batista Alves dos Santos.

A Medalha do Mérito Desportivo Jaime Cobrinha coube ao professor Edney a Silva Pereira e a Newton Ramos Barbosa, o popular “Niltão”. Com a Medalha do Mérito da Segurança Pública Capitão Milton Pinheiro dos Santos, foi agraciada a Sargento da Policia Militar, Rita Luciene Silva Barreto.
 (José Américo Castro/ASCOM-Câmara Municipal de Ipiaú) Fotos-Edir Pires.

 

Fim do mistério: Ivete Sangalo confirmada como atração do São Pedro de Ipiaú

A Prefeitura de Ipiaú anunciou na manhã desta sexta-feira, 21, por meio de suas redes sociais, Ivete Sangalo como uma das atrações principais do evento. A icônica cantora se apresentará no sábado, 29 de junho, trazendo ao público seu novo portfólio de músicas juninas.

A participação de Ivete foi viabilizada por meio de patrocínio, reforçando a importância do festejo para os investidores do segmento. Com a chegada de Ivete, o evento contará com a presença de 16 artistas de renome nacional, incluindo a recente adição da banda Donas do Bar, e 13 atrações talentosos da terra de Ipiaú, que prometem agitar o público durante todos os dias da festa, de 27 de junho a 01 de julho.

Os shows acontecerão na Praça Álvaro Jardim e a  expectativa é de que, como nos anos anteriores, a festa movimente a economia local e atraia um grande número de turistas, consolidando Ipiaú como um dos destinos mais procurados do São João na Bahia.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Governo põe crédito de R$ 8 bi e Correios para impulsionar transformação digital

Tentando ampliar transformações tecnológicas em estados e municípios, o governo federal lança nesta sexta-feira (21) a Estratégia Nacional de Governo Digital. A medida envolve ações como a oferta de linhas de crédito e capacitação de servidores para que entes federativos digitalizem serviços públicos sob um mesmo padrão, seguindo regras de proteção de dados e de transição do papel para o digital.

As informações foram antecipadas à Folha pela ministra Esther Dweck, de Gestão e Inovação (MGI).

Estados e municípios terão acesso ao financiamento da Finisa pela Caixa, que, além de crédito para transformação digital, também dá recursos para infraestrutura e saneamento no setor público. Em 2024, o orçamento da Finisa é de R$ 8,2 bilhões, que será dividido entre projetos nessas áreas. O valor dado para iniciativas de governo digital em cada ente federativo não é específico e vai depender da demanda.

Apesar da digitalização, estruturas de atendimento presencial não vão deixar de existir. A pasta vai usar os Correios para disponibilizar o balcão gov.br, em que cidadão poderá ter acesso a equipamentos, como celular e computador, e apoio de profissionais públicos para solicitar serviços digitais. A empresa foi escolhida por ter maior capilaridade entre municípios, segundo a ministra.

Projetos-piloto do balcão, em andamento em cidades como Niterói (RJ), Teresina (PI) e Lages (SC), já atenderam 15 mil pessoas.

O governo também quer capacitar profissionais públicos do setor federal para avançar na agenda digital, de acordo com a ministra.

“Estamos contratando mais analistas de tecnologia da informação, mas ainda são em número pequeno para a demanda. Então, todo servidor tem que ter uma mentalidade digital, para pensar em soluções para os problemas que eles têm de forma tecnológica.”

Segundo Esther Dweck, a pasta tornou a carreira de analista de TI mais atrativa para que profissionais permaneçam no governo. Em novembro do ano passado, a categoria assinou acordo de reestruturação salarial com o ministério.

Empresas públicas de TI também apoiam os planos do MGI para capacitar profissionais em estados e municípios. A Dataprev, por exemplo, ajuda as cidades a aderirem ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ferramenta de documentos digitais. Com o SEI, gestões públicas deixam de usar papel e passam a a adotar registros eletrônicos.

De acordo com a ministra, 44% dos estados têm uma estratégia de governo digital e só 28% dos municípios têm algum planejamento na área de tecnologia –desses, o total com uma estratégia própria deve ser ainda menor. O documento tem como objetivo padronizar o plano de transformação digital e fazer com que os municípios também adotem as recomendações.

“Para o cidadão, quem oferta o serviço na ponta é muito mais o município do que o governo federal. Se o município não faz esse processo de transformação digital, a maior parte dos serviços não vão ter esse ganho.”

O governo busca a adesão dos diferentes níveis de gestão pública à rede gov.br, que integra funções dos diferentes entes federativos. Todos os estados e o Distrito Federal já estão conectados à rede. Entre os municípios, 1.125 dos 5.565 fizeram a vinculação.

Segundo Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital do MGI, a rede gov.br oferece ferramentas de diagnóstico, capacitação, orientações para que entes da federação acompanhem a transformação digital.

“Nossa meta depende do estágio de maturidade de cada município. Estamos contando com apoio dos estados para promover essa integração com as cidades”, diz.

PONTOS DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE GOVERNO DIGITAL
1) Adoção de estratégias de governo digital em estados e municípios

2) Difusão de ferramentas de autenticação do gov.br e novo sistema de identificação –a CIN (Carteira de Identidade Nacional)

3) Apoio de estados aos municípios na transformação tecnológica

4) Disponibilização de processos eletrônicos, na transição de registros em papel para registros digitais

5) Capacitação de servidores públicos em inovação

6) Transformação digital em políticas de saúde e educação

7) Proteção de dados para evitar fraudes

Luany Galdeano/Folhapress

Lula se vacinou contra dengue na rede privada, sem divulgar e antes da campanha do SUS

O presidente Lula (PT) se vacinou contra a dengue no dia 5 de fevereiro, sem divulgação e antes de o SUS (Sistema Único de Saúde) iniciar a campanha de imunização. O Palácio do Planalto afirma que a dose foi fornecida pela rede privada, mas se recusa a informar o modelo e custo da vacina, além do nome do laboratório.

A campanha do SUS contra a dengue começou quatro dias após Lula receber a primeira dose. A escassez de vacinas na rede pública tornou o governo alvo de críticas e forçou o Ministério da Saúde a limitar a vacinação ao grupo de 10 a 14 anos.

Desde que assumiu o terceiro mandato de presidente, Lula se vacinou em público contra a gripe e Covid para incentivar as campanhas de imunização. Procurada, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) não explicou por qual razão a vacinação contra a dengue não foi divulgada.

Além de omitir o modelo da vacina, a Secom também não informou em que local o presidente foi imunizado.

Lula recebeu a segunda dose da vacina contra a dengue no dia 6 de maio, também sem divulgação. As datas de aplicação do imunizante foram reveladas pela Presidência da República após pedido da Folha baseado na LAI (Lei de Acesso à Informação). A reportagem também solicitou dados sobre a imunização de Lula contra a Covid.

Na primeira resposta, a Presidência informou que Lula “recebeu todas as doses de vacinas compatíveis com a sua idade e já disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, relativas à Covid-19 e à dengue, conforme orientação de sua equipe médica”.

Após recurso, o governo apontou as datas e locais de imunização, além do modelo de cada dose usada pelo presidente contra a Covid. Foram sete aplicações, sendo que a última foi feita em 17 de junho com o imunizante da farmacêutica Moderna, adaptado para a variante XBB e comprado com atraso pela Saúde.

O Planalto informou, ainda na segunda resposta, as datas em que Lula foi vacinado contra a dengue, mas não apontou o local da aplicação e o modelo da vacina utilizada. A Folha solicitou novamente esses dados em recurso apresentado na segunda-feira (17).

A Secom confirmou, em nota, apenas que a vacina da dengue foi obtida da rede privada.

O Brasil enfrenta a sua pior epidemia de dengue. Dados do Ministério da Saúde apontam 6 milhões de casos prováveis e 4 mil mortes pela doença em 2024, além de outras 2,8 mil em investigação. Os registros feitos até junho superam o ano passado inteiro, quando houve 1,6 milhão de casos e 1,1 mil mortos por causa da arbovirose.

As doses compradas pelo ministério ainda estavam sob análise de controle de qualidade quando Lula se vacinou. Os imunizantes foram liberados em 8 de fevereiro e as primeiras vacinas foram aplicadas no dia seguinte pelo SUS.

Já o estoque das clínicas privadas ficou escasso entre fevereiro e março. A Takeda, que produz a Qdenga, vendeu toda a sua produção ao SUS.

O intervalo de três meses entre as aplicações da vacina indica que Lula recebeu a Qdenga.

Outra vacina contra a dengue registrada no Brasil, a Dengvaxia não foi incorporada à rede pública e tem esquema de três doses, sendo que o intervalo entre cada uma é de seis meses. O imunizante da Sanofi é indicado apenas a pessoas de 6 a 45 anos que já foram infectadas pela dengue.

As bulas dos dois imunizantes disponíveis no país não contemplam no público-alvo pessoas de 78 anos, como o presidente Lula. Nesses casos, o uso é considerado “off-label”, ou seja, fora das indicações do registro do produto na Anvisa e por prescrição médica.

Na data em que recebeu a primeira dose, Lula se reuniu com o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, para discutir a fabricação do imunizante contra a dengue. A agenda oficial do presidente desse dia, porém, não tem registros da vacinação.

No dia seguinte, a ministra Nísia Trindade fez um pronunciamento em rádio e TV sobre o avanço da arbovirose. “A vacinação se dará de forma progressiva, dado o número limitado de doses produzidas pelo laboratório fabricante”, disse a ministra.

Nísia ainda afirmou que os critérios para distribuição das doses foram baseados na incidência da doença e que crianças seriam o público-alvo da campanha do SUS.

Um dos planos do governo é produzir na Fiocruz a vacina Qdenda. A fundação, porém, afirma em documentos internos que já “trabalha no limite” e diz depender da construção de uma nova fábrica para conseguir atender a demanda do SUS.

A Fiocruz ainda afirma que a sua estrutura atual exige cortar a entrega de outros imunizantes para fabricar a vacina da dengue.

Para a campanha de 2024, o Ministério da Saúde comprou e recebeu doações que somam 6,5 milhões de doses da Qdenga. As vacinas são suficientes para imunizar 3,25 milhões de pessoas.

O ministério ainda comprou 9 milhões de unidades da mesma vacina para o próximo ano. Todas serão fabricadas no exterior.

Durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Saúde usou termos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) para negar o acesso aos dados da carteira de imunização do então presidente em pedidos baseados na LAI.

A CGU (Controladoria-Geral da União) decidiu liberar os dados sobre a Covid no começo do governo Lula. Os pedidos ainda motivaram a abertura de investigação sobre suposta falsificação de certificado de imunização de Bolsonaro.

A Controladoria considerou que o próprio ex-presidente havia dito que não tomou a vacina. Disse ainda que a informação teria “interesse público geral e preponderante”, pois poderia ter influenciado a política pública de imunização durante a pandemia.

Mateus Vargas/Folhapress

Lula pede em evento do governo para mulher ‘parar de ter filho’

O presidente Lula (PT) disse para uma participante de um evento no Ceará nesta quinta-feira (20) “parar de ter filho”. A declaração ocorreu em Fortaleza, durante solenidade de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.

“Veja aquela menina que veio aqui com três crianças. Aquela moça tem 25 anos de idade. Ela tem três filhos. Eu falei para ela: minha filha, a primeira coisa que você tem que fazer é parar de ter filho. Porque você já tem três.”

O presidente continuou: “E falei para ela que ela tem que estudar porque agora ela tem três filhos para cuidar. Três filhos, não é nove. Eu tenho cinco. Ela tem três. Então, ela tem que voltar a estudar, aprender uma boa profissão para poder cuidar direitinho dos filhos dela.”

No mesmo evento, Lula se referiu ao presidente da Caixa Econômica, Carlos Vieira, como “aquele gordinho simpático”.

Lula já tinha dado declarações de teor parecido no último mês, em evento em Alagoas. Na ocasião, disse que, antes da cerimônia, perguntou a uma mãe de cinco filhos e beneficiária de residência do Minha Casa Minha Vida quando ela “vai fechar a porteira”.

“Falei: ‘Companheira, quando vai fechar a porteira?’. Não pode mais ter filho, ela já tem cinco. Ela tem 27 anos de idade. Eu falei: ‘É preciso você se cuidar’. Porque na hora que o filho nasce é preciso saber como a gente vai cuidar e nem sempre o Estado cuida.”

Nesta sexta-feira (21), o presidente visitará outras duas capitais do Nordeste: Teresina e São Luís.

Folhapress

Defesa aciona chefes das Forças Armadas por cortes em previdência de militares

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu aos comandantes das Forças Armadas que criem um grupo para produzir relatório detalhado sobre as aposentadorias dos militares.

A decisão foi repassada aos chefes das Forças na quarta-feira (19), segundo duas pessoas com conhecimento do assunto. A comissão será informal e terá a presença de oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Múcio pediu os detalhes dos benefícios dos militares para se posicionar nos debates travados no governo Lula (PT) sobre possíveis cortes na previdência da caserna.

Diante das repetidas críticas aos gastos das Forças Armadas, há uma avaliação na Defesa de que são inevitáveis alterações no Sistema de Proteção Social dos militares —o conjunto de direitos que eles possuem para a garantia de remuneração, pensão, saúde e assistência social.

Essa percepção foi consolidada após uma reunião de Múcio com o presidente Lula, na terça-feira (18). O tema foi levantado pelo ministro. O petista indicou que eventuais mudanças na previdência dos militares serão feitas dentro de um conjunto de outros cortes de gastos, que serão apresentados em propostas ao Congresso.

Apesar de não haver riscos para os militares no curto prazo, a formação do grupo para estudar o assunto serve para as Forças Armadas se anteciparem às discussões. Caso algum corte seja realizado, a Defesa quer ter em mãos uma proposta dos militares que impacte menos a caserna.

Um levantamento do jornal Folha de S.Paulo publicado em janeiro mostrou que as Forças Armadas gastaram 85% de seus orçamentos com o pagamento de pessoal. Os gastos com militares inativos (R$ 31,2 bilhões) e pensionistas (R$ 25,7 bilhões) ficaram próximos do montante pago com os militares da ativa (R$ 32,4 bilhões).

A despesa com a reserva é alta porque os militares aposentam mais cedo que os civis e mantêm, de forma vitalícia, o valor integral de seu salário.

Generais, por exemplo, recebem cerca de R$ 37 mil na reserva —e, após a morte, deixam pensão para familiares no mesmo valor. O civil aposentado no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) se submete ao teto de R$ 7.786,02.

Militares ainda têm o direito de receber ajuda de custo equivalente a oito salários quando vão para a reserva. No último posto da carreira, o repasse chega a R$ 300 mil.

O Exército já produziu um documento interno para defender os benefícios. A Força diz que as regras mais favoráveis na reserva foram criadas para corrigir desigualdades quando os militares estão na ativa.

Os integrantes das Forças Armadas não possuem uma série de direitos na carreira, como o recebimento de horas extras, adicional noturno e sindicalização. Eles ainda precisam ter dedicação exclusiva e disponibilidade para realizar mudanças de cidade constantes.

“A integralidade e a paridade dos vencimentos dos militares, portanto, são ações afirmativas por parte do Estado brasileiro, que visam a garantir a igualdade material entre civis e militares […]. Isso pode ser comparado a outras ações afirmativas que visam corrigir desigualdades históricas e estruturais”, disse o Exército no documento.

Ação afirmativa é uma política pública de combate e reparação de desigualdades sociais, como as cotas para negros e indígenas em universidades e em concursos públicos.

As peculiaridades na carreira, segundo o documento, fazem com que o tratamento especial na reserva seja um “reconhecimento justo e merecido pelo serviço prestado pelos militares”.

“O regime jurídico distinto que rege os militares das Forças Armadas não implica em privilégios imerecidos; pelo contrário, visa apenas mitigar as desvantagens impostas a esses profissionais pelas particularidades da profissão militar”, afirmou.

Três oficiais-generais ouvidos pela reportagem afirmaram, sob reserva, que viram na ofensiva do governo federal e do TCU contra a previdência dos militares uma ação orquestrada.

O primeiro a sugerir as mudanças foi o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ele disse a Múcio que os militares teriam mais dinheiro para enfrentar o sucateamento se gastasse menos com pessoal.

A reclamação de Rui Costa chegou ao comandante do Exército, general Tomás Paiva. Ele alertou o Alto Comando da Força sobre a possibilidade de o assunto crescer.

O segundo a falar do tema foi o presidente do TCU, Bruno Dantas. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o ministro apresentou dados sobre os gastos previdenciários em 2023 e sugeriu que novos cortes começassem pelos militares.

De acordo com dados levantados pelo tribunal, as regras especiais para os militares após o fim da carreira causaram um déficit de quase R$ 50 bilhões ao governo em 2023.

O rombo causado nas contas públicas é de R$ 158,8 mil por militar inativo a cada ano; a aposentadoria de cada civil no Regime Geral da Previdência Social custa, em média, R$ 9,4 mil. Em síntese, o déficit por militar é 15 vezes maior que o de cada civil.

A repercussão da proposta do ministro Dantas acabou levando outros integrantes do governo a falar publicamente sobre o tema, como a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), como medida de médio e longo prazos para reduzir as despesas obrigatórias do governo e garantir a sobrevivência do arcabouço fiscal —a nova regra fiscal aprovada pelo Congresso no ano passado.

Em audiência no Congresso, Tebet confirmou que os cortes de benefícios dos militares estarão entre as propostas de redução de gastos públicos a serem apresentadas a Lula. “[Precisamos] ter coragem de atacar, por exemplo, a aposentadoria dos militares”, disse.

O ministro Walton Rodrigues fez coro a Dantas durante o julgamento das contas do governo federal. “A manutenção de privilégios [dos militares], em relação aos demais trabalhadores, às custas da sociedade, é cada vez menos aceitável, diante da difícil situação fiscal do país e dos naturais anseios sociais pela moralidade e isonomia”, afirmou.

Uma cesta de medidas de corte de gastos começou a ser discutida nesta semana pela equipe econômica com Lula. O presidente tem sido alertado por auxiliares do risco de mexer agora nesse tema sensível para as Forças Armadas.

Adriana Fernandes/Cézar Feitoza/Folhapress

Toffoli abre nova divergência sobre porte de maconha, e julgamento no STF é suspenso

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), abriu um terceiro entendimento no julgamento sobre descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, nesta quinta-feira (20).

Ele avaliou que a legislação que trata do assunto é constitucional e já não criminaliza o usuário, ou seja, não tem natureza penal, mas administrativa. Com isso, o placar segue 5 a 3 pela descriminalização, além do voto divergente de Toffoli, e o tema volta a ser julgado na próxima terça (25).

Se manifestaram a favor da descriminalização o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber (já aposentada) e Gilmar Mendes.

Votaram contra os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.Todos os nove ministros que já votaram, no entanto, concordaram em estabelecer uma quantidade da droga para que uma pessoa seja classificada como usuária.

A quantia, porém, ainda não foi decidida. Sete ministros avaliam que isso deve ser definido pelo Supremo e, dois, pelo Congresso.

No início do julgamento, Barroso e Mendonça se exaltaram quando o presidente da corte relatava ter recebido uma uma ligação do presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Jaime Spengler, em que manifestou preocupação a respeito do caso.

Barroso disse que esclareceu ao religioso que o julgamento não tratava de legalização das drogas, mas sim se o tema deveria ser tratado como um ato de natureza penal ou administrativa.

“A única diferença é se deve tratar o porte com uma pena de prestação de serviços à comunidade. O usuário pode precisar de tratamento, não de uma pena de natureza penal. Continua a ser um ato ilícito, apenas passa a ser um ato de natureza administrativa, não penal”, afirmou.

Mendonça pediu a palavra e disse que não se tratava de desinformação e que partilhava com o bispo a mesma preocupação. Ele afirmou que portar drogas é crime e transformar em ato administrativo é “passar a vontade do legislador” e que “nenhum país fez isso”.

O ministro Alexandre de Moraes também entrou na discussão e afirmou que há uma tentativa de “deturpação dos votos e da discussão no STF no sentido de jogar a sociedade contra o Poder Judiciário”.

O processo começou a ser julgado em 2015 e foi paralisado em diversas ocasiões, por pedidos de vista (mais tempo para análise) de ministros. Mendonça e Luiz Fux, que ainda não votou, participaram da sessão desta quinta remotamente.

O relator do processo é Gilmar Mendes, que defendeu inicialmente que a medida fosse estendida para todas as drogas e argumentou que a criminalização compromete medidas de prevenção e redução de danos, além de gerar punição desproporcional.

Ano passado, no entanto, ele ajustou seu voto e o restringiu à maconha, já que era a tendência a ser formada pela maioria dos seus colegas.

Existem diferenças, porém, a respeito do limite que pode configurar uso pessoal. Quatro ministros (Gilmar, Moraes, Barroso e Rosa) fixam a quantidade de 60 gramas ou seis plantas fêmeas para diferenciar usuário e traficante.

Já Fachin afirmou que cabe ao Congresso deve definir a quantia que diferencia usuário e traficante.

Em agosto passado, o primeiro a divergir sobre a questão da descriminalização foi Zanin. Para ele, a conduta não deve ser descriminalizada, mas o usuário que estiver com até 25 gramas de maconha não poderá ser preso. Kassio votou da mesma forma.

Já André Mendonça, em seu voto, fixou a quantia provisória de 10 gramas para diferenciar usuário e traficante e propôs 180 dias para o Congresso regulamentar o tema.

Ainda devem votar os ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia. Flávio Dino não vota, porque é o sucessor de Rosa Weber, que já votou antes de se aposentar.

Em março, quando o Supremo voltou a julgar o tema, o Congresso Nacional reagiu. O Senado, presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aprovou uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para incluir a criminalização de porte e posse de drogas na Constituição.

O texto foi validado em abril pelos senadores, por ampla maioria, e no último dia 12 a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou a proposta.

Ao anunciar que apoiaria a PEC, Pacheco disse que uma eventual decisão do STF pela não descriminalização seria bem vista pelo Congresso. “Não concordamos, obviamente, com a desconstituição daquilo que o Congresso Nacional decidiu que deve ser crime”, afirmou, à época.

Uma ala do Supremo entende que, independentemente da posição do Congresso, há espaço para uma decisão que diferencie usuário e traficante em relação à maconha.

A ação no STF pede que seja declarado inconstitucional o artigo 28 da lei 11.343/2006, a Lei de Drogas, que considera crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes para consumo pessoal e prevê penas como prestação de serviços à comunidade. Já a pena prevista para tráfico de drogas varia de 5 a 20 anos de prisão.

A lei, no entanto, não definiu qual quantidade de droga caracterizaria o uso individual, abrindo brechas para que usuários sejam enquadrados como traficantes. Assim, o debate no STF pode definir critérios para distinguir usuários de traficantes.

O julgamento foi suspenso pela última vez em março deste ano, após pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Naquela sessão, o presidente Barroso disse que definir parâmetros objetivos é necessário para que polícia, Ministério Público e Judiciário possam diferenciar usuários de traficantes, evitando, assim, discriminação contra pessoas flagradas com maconha simplesmente em função de renda ou escolaridade, por exemplo.

Constança Rezende/Folhapress

Governo quer começar revisão de benefícios em julho e prevê economizar R$ 20 bi em 2025

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja começar a revisão de benefícios concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ainda no mês de julho de 2024. A medida é um dos pilares do plano do Executivo para conter gastos e fechar a proposta de Orçamento de 2025.

Estimativas preliminares indicam a possibilidade de economizar cerca de R$ 20 bilhões no ano que vem com o cancelamento de benefícios considerados indevidos.

Só na Previdência, a área econômica mapeou um público-alvo de quase 1,3 milhão de beneficiários que podem ser convocados para a revisão de benefícios por incapacidade temporária e permanente. São pessoas que recebem auxílio-doença há mais de um ano ou aposentadoria por invalidez há mais de dois anos sem passar por reavaliação.

No BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e a pessoas com deficiência de baixa renda, o alcance da revisão ainda está sendo dimensionado pelos técnicos do governo e pode levar um pouco mais de tempo para começar.

As ações ainda preveem a continuidade da revisão do Bolsa Família para averiguar a regularidade do cadastro de famílias unipessoais (formadas por um único integrante), que cresceu de forma artificial durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O tema foi discutido em reunião nesta quarta-feira (19) entre Lula e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Carlos Lupi (Previdência Social) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

Segundo um dos participantes do encontro, esses três focos —benefícios por incapacidade, BPC e unipessoais do Bolsa Família— são centrais para o governo na revisão de gastos.

A avaliação é de que a potência fiscal dessas ações é suficiente para abrir espaço no Orçamento de 2025 e acomodar as pressões vindas de gastos com a própria Previdência, que crescem na esteira da valorização real do salário mínimo.

As despesas com Previdência, BPC e Bolsa Família somam R$ 1,2 trilhão no Orçamento deste ano.

O secretário do Regime Geral de Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, confirmou à reportagem, em resposta por escrito via assessoria de comunicação, que os benefícios por incapacidade temporária e permanente estarão no foco da reavaliação no primeiro momento.

A pasta, porém, não divulgou detalhes da convocação dos segurados. “O dimensionamento e os quantitativos ainda estão em elaboração”, informou o secretário.

Portal disse que a reavaliação dos benefícios por incapacidade já concedidos é uma previsão legal que vem sendo sistematicamente descumprida e que o TCU (Tribunal de Contas da União) expediu determinação neste ano para o governo retomar o trabalho de forma periódica e permanente.

“Programas eventuais de revisão ocorridos no passado atenderam a legislação de maneira pontual. O que está sendo estruturado é que se deseja a incorporação da atividade de modo permanente”, afirmou. “A expectativa é de iniciar o cumprimento da determinação do TCU ainda no segundo semestre”.

A reavaliação será feita mediante a realização de perícia médica. O não comparecimento pode acarretar a suspensão do benefício. Pela lei, estão isentos do exame apenas os aposentados por invalidez ou pensionistas inválidos com mais de 60 anos, ou com mais de 55 anos de idade quando decorridos 15 anos desde a data da concessão do benefício.

A força-tarefa vai se valer das regras do Programa de Enfrentamento da Fila da Previdência Social, que autoriza o pagamento de um bônus de R$ 75 por perícia extra realizada pelos profissionais da área. O programa tem duração até agosto de 2025, mas pode ser prorrogado até novembro do ano que vem.

Hoje, os médicos da Previdência realizam em torno de 400 mil perícias ordinárias ao mês, sem contar as tarefas extras. O programa de enfrentamento à fila conta com a adesão de aproximadamente um terço da categoria, o que totaliza cerca de mil peritos federais.

A discussão sobre a revisão dos benefícios é tratada por técnicos do governo com urgência e ao mesmo tempo cautela. O Executivo precisa abrir espaço no Orçamento para evitar uma compressão de despesas estratégicas, como investimentos, mas não quer transmitir à população a sensação de que haverá corte indiscriminado de benefícios.

Em entrevista à CBN na última terça-feira (18), véspera do encontro sobre revisão dos cadastros, Lula disse estar aberto para discutir o Orçamento, mas criticou isenções e disse que não penalizará categorias mais vulneráveis, como os aposentados.

“A gente discutindo corte de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões, R$ 12 bilhões, e de repente você descobre que tem R$ 546 bilhões de benefício fiscal para aos ricos desse país”, afirmou.

“E você vai tentar jogar isso em cima de quem, do aposentado, do pescador, da dona de casa, da empregada doméstica? Então, quero discutir com seriedade”, disse.

Além disso, o governo enfrenta um dilema técnico e operacional para definir a ordem de prioridades dentro do plano.

Segundo uma das pessoas envolvidas nas discussões, o Ministério do Planejamento e Orçamento pediu concentração de esforços na revisão do BPC. A avaliação é de que o benefício, cuja despesa soma R$ 105,1 bilhões neste ano, tem grande potencial de economia.

O programa oscilou entre 4,6 milhões e 4,7 milhões de beneficiários de 2019 a 2021, mas passou por um forte crescimento nas concessões a partir de 2022.

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social mostram que o público do BPC passou de 4,7 milhões em janeiro de 2022 para 5,1 milhões em dezembro do mesmo ano. O número continuou subindo e chegou a 5,9 milhões em abril de 2024. A expansão se deu tanto entre idosos acima de 65 anos quanto entre pessoas com deficiência.

Segundo um dos técnicos ouvidos pela reportagem, há pelo menos duas frentes de ação no BPC: averiguação dos critérios de renda e realização de perícia médica nos beneficiários com deficiência, para verificar se a incapacidade laboral permanece.

O dilema do governo neste momento é conciliar o cronograma de ação com a capacidade operacional dos órgãos envolvidos. Caso o pedido de priorização do BPC seja atendido, será necessário rever o calendário de revisão dos benefícios por incapacidade do INSS, que prevê a conclusão das tarefas até o fim do primeiro semestre de 2025.

Outro técnico a par das discussões reconhece que a reavaliação do BPC ainda depende de um trabalho mais detalhado de dimensionamento do público-alvo e, por isso, seu início pode ficar para os próximos meses.

OS FOCOS CENTRAIS DA REVISÃO DE GASTOS

Governo vai concentrar esforços na reavaliação de três grandes despesas do Orçamento, que somam R$ 1,2 trilhão em 2024

Benefícios previdenciários

R$ 917,8 bilhões

Bolsa Família

R$ 168,6 bilhões

BPC

R$ 105,1 bilhões

Idiana Tomazelli/Marianna Holanda/Folhapress

‘Pior salário do Executivo’, diz servidora de instituição federal de ensino na Câmara

Professores e servidores das instituições federais de ensino participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (20). A categoria está em greve há cerca de 66 dias.

Na sessão, Ivanilda Reis, coordenadora geral da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), disse que os servidores da categoria recebem o pior salário do Poder Executivo.

“A gente teve conquista sim nessa greve. Mas para quem tem o pior salário do Executivo e para quem está com uma carreira desvalorizada, ela está muito aquém do que a gente foi buscar nesse governo”, afirmou.

Mariana Brasil/Folhapress

Barroso e Mendonça se desentendem após ligação de bispo da CNBB sobre julgamento de drogas

Os ministros Luís Roberto Barroso e André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), se exaltaram antes mesmo do início do julgamento sobre posse de maconha para uso pessoal, retomado na sessão plenária desta quinta-feira (20).

O presidente da corte relatava uma ligação do presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Jaime Spengler, em que manifestou preocupação a respeito do caso. Barroso disse que ele foi vítima de desinformação sobre o que está em pauta. Mendonça defendeu o Spengler e disse que entende o caso da mesma forma.

“Estamos discutindo duas questões, se isso deve ser tratado como um ato ilícito de natureza penal ou administrativo. E a segunda questão é a quantidade que diferencia o porte de tráfico”, disse Barroso.

“Não creio que Ele não é vítima de desinformação e que ele entende da mesma forma. A opinião dele é compartilhada por mim”, afirmou Mendonça;

“André, me desculpe, mas ele me disse que não estava ciente de que estava ciente da discussão. Por isso me comprometi a esclarecer no início da sessão”, respondeu Barroso, acrescentando que Spengler disse que não havia compreendido a questão.

Mendonça reiterou que o bispo não foi vítima de desinformação e o entendimento da liderança católica consta do voto dado por ele. “Ele não tem informação incorreta. A informação é essa mesmo. A grande verdade é que estamos passando por cima do legislador, que definiu que portar drogas é crime”.

Barroso rebate: “Vossa excelência acaba de dizer a mesma coisa que eu disse, mas com um tom mais panfletário”. E diz que a explicação dada por ele foi “extremamente correta”.

O ministro Alexandre de Moraes pediu a palavra e entrou na discussão. “Todo mundo palpita e pouca gente conhece essas discussões”, disse.

Segundo ele, é importante ressaltar que o STF discute há nove anos essas duas questões. Ele parabenizou Barroso pela explicação e disse que a deturpação do debate joga a sociedade contra o Supremo.

“O ministro Gilmar trouxe em 2015 essas duas questões. Uma é a diferenciação entre usuário e traficante e se o usuário comete ilícito penal ou administrativo. E o STF tem que assumir que está discutindo essas duas questões”, disse.

Ana Pompeu e Constança Rezende, Folhapress

 

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