FICCO/SP apreende mais de 5 toneladas de maconha em São Paulo
A apreensão foi uma das maiores do ano, totalizando 5.477,90 quilos de maconha, acondicionadas em diversos fardos espalhados pelo caminhão
Policiais militares, que participavam da operação, realizavam fiscalização na rodovia quando, durante a inspeção do baú do veículo, encontraram a droga.
A apreensão foi uma das maiores do ano, totalizando 5.477,90 quilos de maconha, acondicionadas em diversos fardos espalhados pelo caminhão.
FICCO/SP
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em São Paulo - FICCO/SP é composta atualmente pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo SSP/SP, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo - SAP/SP e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).
Comunicação Social da Polícia Federal em São Paulo
Polícia Civil deflagra operação em Conquista contra homicidas
Polícia Civil apreende seis fuzis, uma submetralhadora e 10 kg de pasta-base em ‘bunker’
Além das armas e munições, foram localizados no bunker, que ficava em área de mata, cerca de 10 kg de pasta-base de cocaína e dois coletes balísticos. A apreensão é consequência das investigações sobre a atuação de Ednei Alves Silva dos Santos, que morreu em confronto com a polícia em junho deste ano, no bairro de Castelo Branco. Na ocasião, foram apreendidos uma submetralhadora, um revólver, 85 kg de maconha e 15 kg de cocaína.
Por meio de vários de seus departamentos, a Polícia Civil da Bahia continua a investigação para identificar e capturar outros integrantes do grupo criminoso envolvidos na operação do bunker e no tráfico de drogas na região.
Fonte: Ascom PC/BA
Operação deflagrada pela Polícia Civil apreende drogas no Litoral Norte
Um homem investigado por tráfico, homicídios, furto e roubo de veículos foi preso em Praia do Forte.
O flagrante ocorreu nesta quinta-feira (11), em Praia do Forte, Litoral Norte de Salvador, onde o homem foi localizado, e no bairro de Campinas de Brotas, na capital baiana. A ação foi deflagrada após uma investigação conjunta realizada pelo DEIC e DHPP durante seis meses. O flagranteado é suspeito de tráfico de drogas, homicídios, furto e roubo de veículos.
ois simulacros de pistolas, um coldre, 131 munições intactas de calibre 9 mm, um estojo para armazenamento de munições, quatro balanças, cinco cadernos com anotações do tráfico, dezenas de pinos vazios para acondicionar cocaína, duas máquinas de cartões, sete celulares, documentos, cartões bancários, comprovantes de depósitos, R$ 1.389 e uma motocicleta com restrição de roubo também foram apreendidos durante as diligências.
O homem foi autuado por tráfico de drogas, posse ilegal de munições e receptação. Ele será submetido aos exames de lesões de praxe e ficará à disposição da Justiça, aguardando pela audiência de custódia.
Texto: Ascom PC
Polícias da BA e de SP localizam criminoso que explodiu bancos em 2022 e 2023
Especialista no uso de explosivos, o assaltante possui duas certidões de nascimento e duas carteiras de identidade.
O assaltante possui duas certidões de nascimento e duas carteiras de identidade, o que dificultava a sua localização. Ele ainda acumula passagens e responde a processos contra os dois nomes.
Além dos ataques na Bahia, o explosivista, que integra uma facção com atuação no Sudeste, promoveu também explosões contra agências bancárias no estado de São Paulo.
O criminoso foi alcançado e apresentado na 89a DP, na capital paulista, onde o mandado de prisão foi cumprido. A Justiça de SP decidirá em qual unidade prisional ele ficará custodiado.
Alberto Maraux/ ASCOM SSP
Suspeito de tráfico de drogas é preso pela PM em Pituaçu
Os pms realizavam motopatrulhamento, quando perceberam que dois homens fugiram ao perceberem a aproximação dos militares, sendo logo alcançados. Com eles, foram encontradas 238 porções de maconha e 22 pinos de cocaína.
O suspeito e o material foram apresentados na Central de Flagrantes, para a adoção das medidas cabíveis.
Após chamar Zelensky de Putin, Biden confunde Kamala com Trump
“Eu não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não acreditasse que ele fosse qualificado para ser presidente”, disse, quando na verdade se referia a Kamala.
Logo antes da coletiva, o presidente cometeu uma gafe semelhante, introduzindo o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, como “Putin” durante o encerramento da cúpula da Otan. Nesse caso, porém, ele se corrigiu rapidamente, mas a cena já correu o noticiário dos principais jornais americanos.
Questionado sobre a troca de nomes dos presidentes em guerra, Biden deu risada e afirmou que ele se corrigiu rapidamente e que em seguida citou outros cinco nomes corretamente.
“Você viu algum dano à nossa reputação por eu estar liderando esta conferência [da Otan]? Você viu alguma conferência mais bem-sucedida? O que você acha?”, respondeu o presidente ao repórter, em tom confrontativo.
A coletiva, que acontece agora, é um momento raro de interação do presidente com a imprensa, e está sendo alvo de amplo escrutínio após o debate desastroso no mês passado colocar em dúvida sua capacidade cognitiva e física de exercer um novo mandato.
“Eu não estou fazendo isso pelo meu legado, estou fazendo para terminar o trabalho que comecei”, disse Biden. “Eu acho que sou a pessoa mais qualificada para concorrer à Presidência. Eu ganhei dele uma vez e vou ganhar de novo.”
Biden adotou uma postura mais incisiva, na tentativa de demonstrar força e recuperar sua imagem. Ainda assim, ele cometeu alguns deslizes, demonstrando dificuldade para formular algumas frases e trocando palavras, mas nada comparável ao desastre observado no debate contra Trump no mês passado.
O democrata voltou a culpar sua agenda cheia nas últimas semanas, com viagens a Europa para o encontro do G7 e eventos de campanha pelo país, pelo cansaço que teria contribuído para seu mal desempenho em Atlanta.
O presidente ainda aproveitou o início do discurso para defender o que vê como conquistas de seu mandato, destacando o fortalecimento da Otan e o apoio dos EUA a aliados, a inflação desacelerando, conforme dados divulgados na manhã desta quinta, e a costura de um acordo para encerrar o conflito entre Israel e Hamas em Gaza.
Tossindo um pouco, como no debate, o presidente acusou seu “predecessor”, sem citar Trump, de não estar comprometido com a Otan. Questionado sobre o temor entre aliados do que um retorno do empresário significaria, Biden disse que não ouviu de líderes europeus pedidos para desistir, mas sim que tem que vencer.
Até agora, 14 deputados e um senador fizeram um apelo para que o presidente saia da disputa —cerca de metade das declarações foram feitas nas últimas 24 horas. Só nesta quinta, somaram-se à lista os deputados Hillary Scholten, Brad Schneider, Greg Stanton, Ed Case e Marie Gluesenkamp Perez.
A expectativa é que o ritmo acelere ainda mais após o fim da cúpula da Otan, que ocorre em Washington até esta quinta. Por respeito ao evento e ao tema de segurança nacional, muitos preferiram permanecer em silêncio nos últimos dias.
Além do temor de o partido perder a Casa Branca para Donald Trump em novembro, pesam no cálculo de deputados e senadores sua própria sobrevivência. O raciocínio é que um candidato fraco à Presidência contamina todos os nomes do partido abaixo dele na cédula.
“Eu entendo por que o presidente Biden quer concorrer. Ele nos salvou de Donald Trump uma vez e quer fazer isso novamente. Mas ele precisa reavaliar se é o melhor candidato para isso. Na minha opinião, ele não é. Pelo bem do país, estou pedindo ao presidente Biden que se retire da corrida”, escreveu Peter Welch, o primeiro senador a defender a saída do presidente da corrida, em artigo publicado no Washington Post.
O texto foi ao ar poucas horas depois de George Clooney, um importante apoiador democrata, fazer pedido semelhante em um artigo publicado no New York Times. O ator participou no mês passado de um evento de arrecadação de fundos para a campanha que levantou US$ 28 milhões.
“É devastador dizer isso, mas o Joe Biden com quem estive há três semanas no evento de arrecadação de fundos não era o Joe Biden do ‘isso é do c.’ de 2010 [elogio feito ao ex-presidente Barack Obama ao promulgar a reforma do sistema de saúde]. Ele nem era o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos testemunhamos no debate”, escreveu Clooney.
As declarações seguiram uma entrevista dada pela ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, uma das principais lideranças do partido, em que ela afirmou que o tempo para o presidente tomar uma decisão sobre sua candidatura está acabando —algo que foi lido nas entrelinhas como um pedido para ele repensar sua continuidade na corrida.
Outro senador do partido, o representante do Colorado Michael Bennet, não pediu explicitamente a desistência do presidente, mas afirmou que teme uma derrota de lavada em novembro.
Segundo o New York Times, a campanha de Biden encomendou uma pesquisa de intenção de voto simulando o nome da vice-presidente, Kamala Harris, no lugar de Biden. Não está clara, porém, o que motivou essa decisão –se servir de argumento contra ou a favor da continuidade do presidente na corrida.
A campanha democrata já havia antecipado que essa semana seria sensível, com o retorno de congressistas a Washington após o feriado de 4 de julho e a retomada das articulações partidárias. Por isso, Biden partiu para o ataque na segunda e enviou uma carta à sua base para dar a um basta nas especulações sobre sua substituição.
Na terça, as bancadas democratas na Câmara e no Senado tiveram reuniões a portas fechadas separadamente. Congressistas não esconderam suas frustrações com o presidente, mas a mensagem oficial após os encontros foi de apoio ao mandatário, o que deu um alívio momentâneo à Casa Branca.
As novas defecções nesta quarta, porém, mostram que a turbulência está longe de ter sido superada.
Seguindo a estratégia de expor mais o presidente publicamente, para que ele prove ser capaz de cumprir a função sem o auxílio de assessores ou teleprompters, a campanha anunciou uma nova entrevista a um canal de TV, a rede NBC, para a segunda-feira (15), a segunda em duas semanas.
Com alta de letalidade policial, gestão Caiado acumula polêmicas na segurança em Goiás
A polêmica mais recente foi o caso que envolve o goleiro Ramón Souza, 22, do Grêmio Anápolis, atingido na noite de quarta-feira (10) por um tiro de bala de borracha disparado por um policial militar no estádio Jonas Duarte. O agente abriu fogo em meio a uma confusão entre jogadores ao final da partida. A mãe do atleta afirmou que ele desmaiou após o tiro e não deve jogar mais neste ano.
Em nota, Caiado manifestou indignação e determinou uma investigação rápida e detalhada sobre o caso. A gestão diz que o policial responsável pelo disparo foi afastado de qualquer evento esportivo e encaminhado para a junta psicológica.
Além disso, a Corregedoria da Polícia Militar de Goiás abriu um inquérito para apurar o crime de lesão corporal e instaurou um procedimento administrativo disciplinar.
O caso engrossa o conjunto de polêmicas na segurança pública do estado goiano. Entre eles, está o vídeo em que policiais militares cantam uma música que incita violência —a letra fala de assassinato e caça à testemunha.
Após a divulgação do caso no fim de junho deste ano, o governo Caiado disse que investe nas tropas de segurança no estado para que elas prestem um serviço de excelência e com atenção para que “eventuais excessos sejam identificados e corrigidos”. O Ministério Público instaurou um procedimento para apurar o vídeo.
A gestão afirmou também que registrou queda em todos os indicadores criminais nos primeiros três meses de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
Pouco antes deste episódio, em abril, policiais civis invadiram uma casa por engano em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, durante o cumprimento de um mandado judicial.
Na ocasião, autoridades arrombaram o portão de uma residência e surpreenderam os moradores. A corporação disse que eventuais abusos ocorridos na operação já estavam sob apuração interna.
Caiado assumiu o governo estadual em 2019, e foi reeleito em 2022.
No primeiro mandato, o ano de 2021 ficou marcado pela longa caça ao serial killer Lázaro Barbosa, morto após 20 dias de buscas. Na ocasião, o governador elogiou a atuação da polícia.
“Era questão de tempo até que a nossa polícia, a mais preparada do país, capturasse o assassino Lázaro Barbosa”, disse o governador na época. “Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido.”
Com a tentativa já anunciada de viabilizar seu nome para a corrida presidencial de 2026, Caiado tem marcado posição no tema de segurança pública. Na última segunda-feira, o governador disse que a área foi a que mais avançou durante sua gestão. A afirmação foi feita durante uma reunião de balanço para divulgar reduções em em indicadores criminais do primeiro semestre na comparação com 2018.
Já em vídeo publicado em junho nas suas redes sociais, Caiado também se contrapôs à proposta do governo Lula (PT) para o uso de câmeras corporais por policiais, citando o combate ao narcotráfico. “Quero deixar claro uma coisa só: eu, em Goiás, não vou botar câmera em policial. Não vou. Policial meu não vai botar.”
Ao mesmo tempo, os casos de letalidade policial aumentaram durante seu mandato. Em 2018, antes dele assumir, foram 429 registros de óbitos em ações das forças de segurança. Nos quatro primeiros anos, de 2019 a 2022, a marca sempre superou 500 mortes
Os dados foram reunidos em diferentes edições do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números relativos a 2023 ainda não foram divulgados.
No site da Secretaria de Estado da Segurança Pública não foi possível fazer essa comparação, já que as informações disponíveis sobre letalidade policial vão até 2019, segundo link indicado no site da pasta. Em 2023, foram registrados 517 óbitos por intervenção de agentes de segurança pública.
Ainda, a proporção da letalidade policial em relação ao total de mortes violentas intencionais cresceu nos anos Caiado, ao menos até 2022, segundo o fórum.
O indicador soma, além das mortes causadas por agentes de segurança, os homicídios dolosos, latrocínios e as mortes após lesão corporal. A parcela da letalidade policial, que ficou entre 4,6% e 15,8% entre 2015 e 2018, subiu para 23,7% em 2019 e alcançou 30,2% em 2022. Naquele ano, das 1.780 mortes violentas registradas, 538 decorreram de intervenção das forças policiais.
Em nota, a secretaria afirma que age com austeridade para a redução da letalidade nas ações policiais. “A partir de 2020, há uma tendência de queda nas ocorrências sobre letalidade policial, invertendo o crescimento acentuado que ocorria desde 2015.”
A pasta diz que, além do acompanhamento de mortes por letalidade policial pelas forças de segurança, é instaurado um inquérito policial com o processo legal cabível. Também afirma que o monitoramento de eventuais condutas excessivas é realizado por meio das corregedorias setoriais, o que garante, segundo a pasta, o controle interno das atividades.
Para a pesquisadora Bartira Miranda, associada sênior do Fórum, o tiro de borracha no jogador Ramón Souza é exemplo da falta de preparo da corporação. “O policial simplesmente aponta a arma e atira. Quando acontece algo assim [gravação], a polícia diz que foi um desvio e que vai investigar.”
Para ela, há um discurso eleitoreiro sobre as polícias, que vai na contramão da tentativa de melhorar protocolos de atuação para reduzir a violência. Ainda, ela critica a falta de transparência da gestão, que teria imposto sigilo a dados de violência contra a mulher e letalidade policial.
Em nota, a gestão nega e alega que não há dificuldade em fornecer os dados e sempre trabalha dentro da transparência e segue as diretrizes da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) disponíveis no site da SSP-GO.
No link informado no site, só é possível visualizar dados até 2018 para estatísticas criminais e de produtividade (apreensões de armas e drogas, por exemplo) e até 2019 para letalidade.
Google diz não permitir anúncios políticos no Brasil, mas publicidade continua a ser veiculada
Levantamento do NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que ao menos sete pré-candidatos a vereador e a prefeito compraram ou veicularam anúncios de caráter político ou eleitoral nos resultados da busca do Google e no YouTube até a semana passada.
O Google havia afirmado que não mais permitiria esse tipo de anúncio por causa de novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em resolução de fevereiro, a corte eleitoral determinou que todas as plataformas de internet que comercializam anúncios políticos ou eleitorais seriam obrigadas a manter, de modo permanente, uma biblioteca com informações como alcance e valor da publicidade.
A Meta, dona do Facebook e Instagram, mantém um repositório de anúncios nos parâmetros estabelecidos pelo TSE.
“Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024”, afirmou em nota na época o Google.
Os pré-candidatos compraram e estão veiculando anúncios políticos e eleitorais na plataforma –que simplesmente não está classificando essa publicidade como tal.
A resolução do TSE define como anúncios políticos e eleitorais aqueles referentes a “pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas” e que tratam sobre “propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral”.
A nova regra estabelece que as empresas que oferecem impulsionamento desse conteúdo político-eleitoral devem manter repositório desses anúncios para “acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada”.
O Google atualmente mantém apenas um repositório geral de publicidade no Brasil, com menos informações, porque descontinuou o de anúncios políticos em maio.
Os anunciantes identificados pelo NetLab haviam passado pelo processo de verificação pela rede de anúncios do Google e possuem histórico de impulsionamento de publicidade política nas plataformas da empresa. Os anúncios abordam propostas políticas de candidatos para a corrida eleitoral —se encaixam na definição de anúncios políticos e eleitorais estipulada pela resolução do TSE.
O pré-candidato Alexandre Braga dos Santos publicou pelo menos 13 anúncios nas plataformas do Google após a proibição de impulsionamento político-eleitoral pela empresa. O empresário vai concorrer à Prefeitura de Senador Canedo, em Goiás, pelo partido Agir. Em um dos anúncios, ele diz: “Sou Alexandre Braga, e é isso que vamos fazer em Senador Canedo, construir um hospital para cuidar de você”. O anúncio estava sendo veiculado até 1º de julho. Em outro, Alexandre diz a crianças que vai lançar uma bolsa de estudos municipal.
O pré-candidato a vereador Rafael Ottaiano, do Podemos, afirma em um anúncio veiculado no Google: “O lixo de Vitória tem solução, e eu vou te mostrar”. No vídeo, ele detalha seu projeto para o lixo e encerra dizendo “Uma cidade inteligente e limpa, é o que eu quero para Vitória”. Em outro, fala que vai apresentar alternativas para melhorar o trânsito de Vitória e encerra se apresentando como pré-candidato a vereador. Os dois vídeos estavam sendo veiculados até a segunda-feira (8).
Os candidatos não estão violando a regra eleitoral –estão veiculando anúncios na pré-campanha, sem pedido de votos explícitos.
“O Google está se recusando a implementar mecanismos de transparência para a publicidade política no Brasil, mas segue vendendo o serviço no país”, diz Marie Santini, diretora do NetLab. “Essa funcionalidade de busca para anúncios políticos é absolutamente viável tecnicamente visto que a Meta a implementou no Brasil há anos.”
Na opinião de Santini, caso não seja possível para o Google ou para qualquer outra plataforma digital impedir completamente que anúncios políticos sejam veiculados, “elas devem implementar os mecanismos de transparência exigidos pelo TSE para proteger a integridade das eleições brasileiras”.
Procurado, o Google enviou nota afirmando que tem um compromisso global de apoiar a integridade das eleições e reafirmou que não mais permite “conteúdo político-eleitoral em anúncios no Brasil nas plataformas do Google, tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024.”
A empresa disse que bloqueia exibição de publicidade que viola suas políticas. “Para detectar e remover anúncios que violam nossas políticas, usamos uma combinação de sistemas automatizados e manuais. E quando encontramos conteúdo que viola as políticas, bloqueamos sua exibição. Também oferecemos canais de denúncia pelos quais qualquer pessoa pode relatar suspeitas de violações de nossas políticas.”
A empresa informou que “já está agindo sobre os vídeos que violam suas políticas” identificados no relatório.
O Google não exige que anunciantes sejam verificados para que possam comprar anúncios na plataforma. Segundo a empresa, todos os anunciantes precisam passar pelo processo de verificação, mas “poderão continuar a veicular anúncios mesmo se não iniciarem ou concluírem a verificação ou se deixarem de cumprir os requisitos do programa de verificação”.
O repositório geral de anúncios no Brasil (o político foi descontinuado em 1º de maio) só lista os anunciantes verificados. Portanto, não há transparência para uma parte dos anúncios, veiculados por anunciantes não verificados.
Os anúncios políticos identificados pelo relatório da UFRJ são apenas aqueles cujos anunciantes foram verificados. Há anunciantes não verificados que podem estar pagando por anúncios políticos que não estão mapeados, segundo o NetLab. Na União Europeia, todos os anunciantes, verificados ou não, constam do relatório de transparência do Google.
Jequié: Três funcionários de fábrica de calçados são esfaqueados na fila do almoço
Segundo informou a Polícia Militar, uma das vítimas encontra-se em estado grave, enquanto outras duas encontram-se na sala de medicação. Ainda de acordo com a PM, uma vítima foi atingida atrás da orelha, lado esquerdo e cabeça acima da testa; outra foi atingida atrás da orelha lado esquerdo e flanco lado esquerdo, e a outra foi atingida no pescoço lado direito. Ainda não foi informado se o autor das facadas foi preso. A motivação do atentado não foi esclarecida. (Giro Ipiaú)
Motociclista morre e duas pessoas ficam feridas em acidente no trevo da BR-101 com a BR-330
Reforma tributária: Com isenção para carnes e mudanças na Câmara, Brasil deve ter maior IVA do mundo
As contas ainda são preliminares, mas, de acordo com o economista e tributarista Eduardo Fleury, fundador do escritório FCR Law e chefe da área de direito tributário, a alíquota do IVA brasileiro deve chegar a pelo menos 27,2% – acima dos 27% da Hungria, hoje a maior do mundo. O Ministério da Fazenda informou que está atualizando os cálculos com as mudanças feitas pelos deputados, e deve divulgar uma projeção oficial em breve.
Fleury, que participou das discussões do projeto a convite do Congresso, tem um conta mais conservadora em relação ao impacto da isenção das carnes no IVA. Ele entende que esses produtos vão aumentar a alíquota base em 0,4 ponto porcentual, abaixo do 0,53 estimado pela Fazenda e do 0,57 ponto previsto pelo Banco Mundial.
Além disso, outras alterações na proposta, como ampliação de benefícios a medicamentos, ao setor imobiliário e cooperativas, terão impacto de pelo menos mais 0,3 ponto percentual, podendo chegar a 0,5. Como a alíquota-padrão prevista pela Fazenda era de 26,5%, chegaria-se a 27,2% na conta mais conservadora, podendo alcançar 27,4%.
“Ainda é preciso olhar no detalhe a redação final do texto, mas creio que somente as proteínas terão impacto em torno de 0,4 ponto porcentual, o que deve fazer com que a alíquota passe de 27%. Importante frisar, contudo, que essa conta é uma estimativa com muitas variáveis”, pontuou Fleury.
O economista entende que, mesmo com as mudanças, o efeito líquido da reforma é extremamente positivo e lembra que o Brasil hoje já estava no topo de carga tributária sobre o consumo. “IPI, ICMS, PIS/Cofins e ISS já arrecadam o valor correspondente a esta alíquota. Então, não vamos pagar mais”, afirmou.
Nesta quarta-feira, 10, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe do secretário extraordinário da reforma, Bernard Appy, está fazendo os cálculos sobre o impacto das alterações do novo texto.
“Não podemos inverter a lógica da reforma, que é a de manter a carga tributária. Quanto menor o número de exceções, menor a alíquota. Mas a carga não será alterada. Isso (as exceções) pode fazer aumentar a alíquota-padrão; a cada exceção se faz um cálculo”, disse o ministro.
Trava ‘frágil’
Como antecipou o Estadão/Broadcast, o texto aprovado nesta quarta-feira traz uma trava para que a alíquota-padrão não seja maior do que 26,5%, que era a projeção de alíquota segundo a proposta enviada pela Fazenda ao Congresso.
A trava passaria a valer a partir de 2033, depois do período de transição da reforma tributária, que começa em 2026. Caso a alíquota ultrapasse o limite, o governo seria obrigado a formular, em conjunto com o Comitê Gestor do IBS, um projeto de lei complementar com medidas para reduzir a carga tributária.
Fleury considera, no entanto, que esse dispositivo não garante que a alíquota fique dentro desse patamar, já que a lei exige apenas que um novo projeto de lei seja encaminhado ao Congresso pelo Executivo.
“O texto é bem frágil. Ele só obriga o governo a mandar o projeto, mas não obriga que Estados e municípios reduzam as alíquotas, o que seria inconstitucional”, diz.
Ele entende como um equívoco a inclusão das carnes na cesta básica, porque são itens consumidos também pela parcela mais rica da população brasileira. “Colocar a carne na cesta básica vai concentrar renda. A carne mais cara é consumida pelos 10% mais ricos; logo, eles vão poupar muito mais recursos do que os 10% mais pobres vão economizar”, afirmou.
Pneu de avião da Boeing explode durante decolagem na Flórida, e voo é cancelado
O voo tinha 174 passageiros e seis membros da tripulação. Não há relatos de feridos. Assim que saíram do avião, eles foram transportados de ônibus para uma área do aeroporto de Tampa.
O voo 590 “teve um problema mecânico na pista antes de decolar”, disse a American Airlines em comunicado. O Aeroporto Internacional de Tampa disse que o incidente ocorreu pouco antes das 8h (horário local).
Um dos pneus traseiros aparentemente se desintegra e começa a soltar fumaça enquanto o avião acelera na pista. A aeronave desacelera imediatamente. Os pilotos decidiram cancelar a decolagem mesmo em alta velocidade. Eles frearam bruscamente, acionando os reversores de motor e os freios aerodinâmicos que ficam em cima das asas, de acordo com o site Aeroin, especializado em aviação.
Assim que o avião parou, teve início um incêndio nos pneus e as chamas se alastraram. Os bombeiros do aeroporto chegaram poucos minutos depois para apagar o fogo.
O incidente foi gravado por um entusiasta da aviação, Steven Markovich, e postado em sua rede social. As imagens dele mostram mais detalhes do American Airlines taxiando na pista quando o pneu direito pega fogo e a fumaça enche o ar. O vídeo mostra pneus soltando faíscas e fragmentos de pneus deixados na pista.
Markovich pode ser ouvido no vídeo dizendo que o avião teve um motor explodido e, depois, que um pneu estourou.
No último ano ocorreram vários acidentes envolvendo aviões Boeing. Em janeiro de 2023, o Boeing 737-500, da Sriwijaya Air, caiu no mar de Java pouco após decolar de Jacarta, matando todas as 62 pessoas a bordo. Falhas técnicas e erros humanos foram apontados como causas prováveis do acidente.
Em fevereiro daquele ano, um voo de teste na China, o Boeing 737 MAX 8, sofreu uma falha no motor, levando a um pouso de emergência. Não houve vítimas, mas o incidente levou a uma nova revisão de segurança dos motores.
Em janeiro deste ano, um avião da Alaska Airlines, o Boeing 737 MAX 9, teve um painel da saída de emergência solto logo após a decolagem. Não houve feridos.
Em maio, o motor de um Boeing 747-400 da companhia Terra Avia, de Moldova, que partia da Indonésia rumo a Medina, na Arábia Saudita, pegou fogo durante a decolagem e precisou retornar à pista para fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Sultan Hasanuddin. Ninguém ficou ferido.
Avião com 297 pessoas a bordo pega fogo ao pousar em aeroporto no Paquistão
O voo SV793 da Saudia havia decolado de Riad, na Arábia Saudita, às 4h47 do horário local (22h47 da quarta-feira no Brasil) antes de pousar em Peshawar às 10h25.
Imagens mostram bombeiros no Aeroporto Internacional Peshawar Bacha Khan apagando as chamas antes que os passageiros, que entraram em pânico, usassem o escorregador inflável para escapar da aeronave.
A companhia aérea Saudia, anteriormente Saudi Arabian Airlines, afirmou que uma fumaça foi vista saindo de uma das rodas. Eles disseram que todos os passageiros 276 e 21 tripulantes foram retirados com segurança e sem nenhum ferimento.
Um porta-voz da companhia aérea disse: “A Saudia esclarece que sua aeronave, voando de Riad para Peshawar no voo SV792, teve fumaça saindo de um dos pneus ao pousar no Aeroporto Internacional de Peshawar, no Paquistão.”
Autoridades disseram que os controladores de tráfego rapidamente alertaram os pilotos e informaram os serviços de combate a incêndios e resgate do aeroporto. O avião foi retirado de serviço enquanto o incidente é investigado.
Há 43 anos, a Saudia sofreu um dos piores desastres de aviação da história moderna quando todos os 301 passageiros e tripulantes morreram depois que seu Lockheed L-1011 Tristar pegou fogo logo após a decolagem de Riad.
A causa desse incêndio de agosto de 1980 nunca foi totalmente estabelecida, mas acredita-se que os tanques de gás butano transportados no porão de carga pegaram fogo, iniciando um incêndio que logo rompeu o piso da cabine. A evidência do gravador de voz da cabine destacou como os comissários de bordo tentaram corajosamente suprimir as chamas com extintores de incêndio, mas sem sucesso.
Em 2010, um avião de passageiros caiu perto de Islamabad, no Paquistão, matando todas as 152 pessoas a bordo, em um dos piores acidentes aéreos do país.
Líderes do Senado querem um prazo maior para discutir a regulamentação da tributária economia
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) será mantido como relator do projeto de regulamentação —aprovado nesta quarta (10) pela Câmara dos Deputados. Ele já exerceu a função durante a tramitação da emenda constitucional da reforma em 2023.
Braga afirmou que a aprovação da regulamentação no Senado neste ano “não é uma meta fácil”, diante das eleições municipais, e disse ser unânime entre os líderes a retirada da urgência constitucional —o que obrigaria o Senado a votar o texto em até 45 dias.
O senador afirmou que “não há nenhuma dúvida de que há alguns questionamentos do que foi aprovado” pela Câmara, mas disse que todas as questões serão “amplamente debatidas, divulgadas com antecedência, previsibilidade e transparência”.
Braga não antecipou a posição dele sobre a inclusão de carnes na lista de produtos da cesta básica nacional, um dos pontos de maior divergência entre os deputados federais, mas criticou possíveis prejuízos para a Zona Franca de Manaus.
“Existem questões que estão sendo debatidas, a imprensa já levantou algumas. Várias delas foram manifestadas no colégio de líderes. Eu posso falar, como senador do Amazonas, que existem questões a serem discutidas para encontrarmos soluções para a manutenção daquilo que a Zona Franca de Manaus possui, sob pena de perdermos investimentos e empregos”.
Braga também não se manifestou sobre a retirada de armas e munição da lista do imposto seletivo, mas disse que a opinião dele sobre este último item é conhecida —durante a tramitação da PEC, o senador defendeu que os itens tivessem imposto maior.
Pacheco defendeu que o debate sobre o tema seja “exaustivo”. Segundo ele, o espírito do Senado será de ampliação do debate junto aos governadores, prefeitos, setores produtivos e governo federal.
“Que [o debate] possa ser exaustivo, que contemple todos os assuntos da maneira mais justa e equilibrada possível, para que cheguemos àquilo que é o objetivo principal da emenda constitucional e da própria lei, que é estabelecer o sistema tributário justo ao contribuinte”.
Elmar se consolida como favorito à sucessão de Lira após ‘guerra’ de festas e deve ter apoio do PSDB, diz site
Elmar celebrou seus 54 anos na mansão do deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE). Em uma espécie de “guerra das festas”, deflagrada na corrida pela presidência da Câmara, o líder do PSD na Casa, Antonio Brito, promoveu a sua edição um dia antes. Ele também reuniu parlamentares e ministros, mas em uma comemoração descrita como menos “imponente” por dois auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estratégia de Elmar é reunir os partidos pequenos em sua aliança para, depois, buscar o apoio do Palácio do Planalto e do PL de Jair Bolsonaro. Embora a negociação sobre espaços na Mesa Diretora caminhe a passos curtos – “sentar na cadeira antes de vencer dá azar”, resumiu uma liderança –, quem embarca mais cedo em uma campanha tende a ser mais bem contemplado com cargos e relatorias, seja quem for o próximo presidente da Câmara.
Deputados do União Brasil ressaltam que, ao PL, Elmar tem a oferecer uma eventual costura para o Congresso anistiar Bolsonaro, hoje inelegível por decisão da Justiça Eleitoral. Esse será uma peça na negociação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O dirigente partidário, no entanto, não fecha as portas para apoiar Antonio Brito, a quem chama de amigo querido da bancada.
Outra contrapartida de Elmar para levar o apoio do PL passa pelas eleições municipais em São Paulo. “O PL é a maior bancada na Câmara e abriu mão de disputar a presidência para o União apoiar o Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo”, afirmou Valdemar a interlocutores durante a festa de Elmar.
Conduzido por Milton Leite na capital paulista, o União tem o deputado federal Kim Kataguiri como pré-candidato à Prefeitura e tem conversado com Pablo Marçal (PRTB). Ainda assim, o presidente do PL acredita que tudo é blefe. “O União estará com Nunes e o PL, que tem a vice em São Paulo”.
Aos moldes da estratégia adotada com Lira em 2023, o presidente Lula não deve trabalhar contra Elmar se ele se mostrar o mais competitivo. De acordo com um ministro palaciano, o governo não pode ter um inimigo no comando da Câmara no segundo biênio da gestão.
A relação de Elmar com o PT melhorou a ponto de dois deputados da sigla ligados ao MST, Valmir Assunção e Marcon (RS), decidirem participar da celebração. “O futuro presidente da Câmara será baiano. Resta saber quem”, confidenciou Valmir a um aliado.
Para deputados do PT, é preciso que o novo presidente da Câmara seja alguém “previsível”, “compromissado” e dê mais destaque ao governo, que se sente desprestigiado na Mesa Diretora. Com Lira, o partido tem apenas a segunda secretaria da Casa, nas mãos de Maria do Rosário (PT-RS).
Na ‘guerra das festas’, Elmar ganha com presença de Rui Costa
Os principais observadores da cena política de Brasília analisaram as festas de Elmar, Brito e Pereira como uma disputa de forças pela sucessão de Arthur Lira.
O líder do União Brasil teve como trunfo a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, seu arquirrival na Bahia, e que não havia comparecido à comemoração de Brito na véspera. O auxiliar do presidente Lula garante que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas o fato foi celebrado por ministros do partido de Elmar como Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações).
O aniversariante desta quarta-feira conseguiu reunir colegas mesmo concorrendo com outro evento político de peso em Brasília, uma homenagem do presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi aos dois locais.
Em uma conversa reservada, Antonio Brito reconheceu que o adversário conseguiu mostrar poder com sua comemoração e, a interlocutores, afirmou que sua festa tinha outro propósito.
Ainda em abril, foi Marcos Pereira (Republicanos), outro pré-candidato no páreo, quem celebrou o aniversário. À época, igualmente reuniu figuras de peso, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os magistrados Gilmar Mendes e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que evitaram prestigiar Elmar. “Mas esses aí não votam na Câmara”, alfinetou um deputado do União Brasil. A resistência de Bolsonaro à sua empreitada política tem sido um entrave na campanha.
PF prende em flagrante três pessoas por contrabando de migrantes em Guajará-Mirim/RO
As três pessoas presas foram flagradas transportando 12 migrantes de nacionalidade nepalesa que supostamente iriam cruzar ilegalmente a fronteira do Brasil até a Bolívia. Também foram apreendidos três veículos, utilizados para a prática do crime.
Na segunda-feira, (8/7), uma pessoa já havia sido presa na mesma cidade em circunstâncias semelhantes, por contrabando de cinco migrantes de nacionalidade indiana.
Anualmente, no dia 30 de julho, é celebrado o Dia Mundial e Nacional do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, e são previstas em lei campanhas nacionais de enfrentamento ao tráfico de pessoas, a serem divulgadas em veículos de comunicação, visando à conscientização da sociedade sobre todas as modalidades de tráfico de pessoas.
PF deflagra operação contra o tráfico transnacional de drogas em Itajaí/SC
A investigação foi iniciada em maio de 2023, quando a Receita Federal apreendeu cerca de 430 kg de cocaína no terminal portuário de Navegantes/SC. A droga estava dissimulada em uma carga de carne bovina congelada com destino à Rússia e transbordo no porto de Antuérpia/Bélgica.
PF reprime lavagem de dinheiro e organização criminosa em Maceió/AL
Os policiais cumprem três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, na cidade de Maceió, visando reprimir as ações da organização criminosa e colher maiores provas dos crimes praticados em Alagoas, bem como identificar outras pessoas envolvidas na lavagem de dinheiro.
Destaque-se que as investigações tiveram início quando policiais federais tomaram conhecimento de que integrantes de uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas no oeste baiano teriam fixado residência nesta capital e estariam fazendo uso de falsas identidades para fugir da Justiça e para a aquisição de bens em nome de terceiros. Durante as diligências os policiais confirmaram a falsidade ideológica e descobriram que um dos investigados é foragido da Justiça paraibana.
Foi apurado ainda que apesar de não trabalharem ou possuírem fontes de renda lícita, os investigados ostentavam elevado padrão de vida, passando o dia em restaurantes de praia badalados e andando em veículo importado de alto valor.
Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro falsidade ideológica e participação em organização criminosa.
Festa de apoio a Elmar tem cumprimento de Lira e Padilha e conversa sobre Moraes
O presidente da Câmara não fala com o ministro responsável pela articulação política do Executivo no Congresso há meses, mas na confraternização se viu obrigado a cumprimentar o petista. Em abril, Lira disse que Padilha é seu “desafeto pessoal” e “incompetente”.
O encontro desta quarta aconteceu logo após Padilha posar para fotografias ao lado de ministros do governo que integram partidos do centrão —que fizeram o “L”, símbolo atrelado ao presidente Lula.
Ao som do show da banda Timbalada, que embalava convidados numa mansão em área nobre de Brasília, Padilha e Lira se cumprimentaram rapidamente. A festa de aniversário de Elmar foi organizada por aliados do parlamentar numa tentativa de impulsionar a candidatura do baiano à presidência da Casa.
Além disso, ganhou ares de evento de comemoração da aprovação de projeto da regulamentação da reforma tributária no plenário da Câmara.
Nos bastidores, Elmar é tido como o favorito de Lira para sucedê-lo na cadeira, em fevereiro de 2025, já que o alagoano não pode concorrer à reeleição.
Apesar disso, no entanto, o presidente da Câmara ainda não anunciou o nome do candidato de sua preferência —ele deve fazer isso em agosto, segundo tem afirmado a interlocutores.
Além de Padilha estiveram presentes no evento outros 11 ministros do governo petista, entre eles Rui Costa (Casa Civil), gesto comemorado por aliados de Elmar. Isso porque Rui e Elmar tem um histórico de rivalidade estadual.
Assim que chegou ao evento, Rui Costa conversou com o líder do PSD, Antonio Brito (BA), que também disputa com Elmar a sucessão de Lira. Rui justificou o fato de não ter comparecido na véspera a uma confraternização organizada pela bancada do PSD que também serviu para consolidar o nome de Brito na disputa.
Como o Painel mostrou, os candidatos à sucessão organizaram festas para tentar apoio de parlamentares na disputa. O aniversário de Elmar foi na semana passada, mas ele celebrou em Brasília nesta quarta.
Também compareceram no evento do líder da União Brasil os seguintes ministros: Geraldo Alckmin (Indústria), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Celso Sabino (Turismo), Luiz Marinho (Trabalho), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), André Fufuca (Esportes), Jader Filho (Cidades), Juscelino Filho (Comunicações) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
O encontro também reuniu aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre eles os ex-ministros João Roma, Sergio Moro e Ciro Nogueira, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Lamentando o fato de estar impedido de se comunicar com Bolsonaro, Valdemar contou ter recorrido ao ex-presidente Michel Temer para que intermediasse um encontro com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Valdemar disse que um encontro está pré-agendado para o início de agosto. “Vou ao STF”, disse Valdemar.
Na busca para se consolidar na disputa, Elmar se reuniu recentemente com Bolsonaro. Nesta quarta, a executiva do PDT anunciou o indicativo de apoio ao seu nome.
O baiano também conta com o respaldo de parlamentares do PSB, que endossaram seu nome após a União Brasil anunciar aliança pela reeleição do prefeito do Recife, João Campos.
Além de Elmar e Brito, também é pré-candidato o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que também esteve no evento desta quarta. São lembrados ainda os nomes dos líderes do PP, Doutor Luizinho (RJ), do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), e do Republicanos, Hugo Motta (PB) —todos passaram pela festa de Elmar.
A revanche de Wagner contra Rui está armada para 2026?, por Raul Monteiro*
Jaques Wagner pode minar planos de Rui Costa para disputar o Senado
Rui integra o quarteto que comanda o grupo governista. Dele fazem parte também Wagner, Otto e o próprio Jerônimo. Muito do sucesso do time é atribuído à relação inabalável entre o primeiro governador petista da história da Bahia e o líder baiano do PSD. Otto renunciou ao cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios para, ainda no PP, ajudar na reeleição de Wagner, ocupando o espaço aberto com o rompimento do então governador com o MDB. Sob as bençãos do aliado, contribuiria para a criação do PSD no país, ganhando a presidência do partido na Bahia. De lá para cá, os dois fazem um jogo de unidade combinado que não cessa.
Por este motivo, se diz entre os petistas e os pessedistas, que, no quarteto, é a dupla que manda. A relação dos dois teria passado a ficar mais forte na mesma medida em que a de Wagner com Rui foi se deteriorando, muito em decorrência do desacerto que os dois petista protagonizaram por ocasião da definição da candidatura ao governo na sucessão de 2018. Dentro do projeto de concorrer ao Senado, Rui aproximou-se do então vice-governador João Leão (PP), que assumiria o governo quando renunciasse para poder disputar a vaga de senador. Wagner abespinhou-se. Ele tinha a convicção de que Leão aproveitaria a nova condição para disputar a reeleição.
Caso a previsão se concretizasse, o PT perderia o comando do Estado para o PP de Leão ou para a oposição, no caso ACM Neto (União Brasil), já que não se acreditava na capacidade de eleição do líder progressista. Em meio à confusão que então estabeleceu-se, Wagner bateu a mão na mesa e, impondo ordem à casa, disse que o PT teria candidato, um movimento que, ao mesmo tempo em que isolou Rui no partido, eliminou o PP do governo, atraindo de volta para a base os antigos parceiros do MDB. Foi Wagner quem também indicou Rui para ministro ao presidente Lula, dizem aí os petistas, mais na tentativa de queimá-lo do que propriamente de fortalecê-lo.
Desde o início da gestão de Jerônimo, não há uma semana sequer em que não haja comentários, em alguma roda de conversa, quer na oposição como no governo, muitos deles, aliás, alimentados por figuras próximas a ambos, de que, embora sem que tenha havido até agora nenhuma demonstração pública de desentendimento, a relação de Wagner com Rui acabou. Daí porque a ideia de que o senador petista pretende apoiar a reeleição de Coronel ganha corpo e aparece também como uma espécie de revanche contra o ex-afilhado político, de quem, pelo visto, Wagner tem mágoas sobre as quais não se sabe se algum dia falará de público.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na Tribuna de hoje.
Aprovação de crédito do BNDES para exportação cresce 135% no 1º semestre
De janeiro a junho de 2024, o banco diz que aprovou R$ 5,4 bilhões em 68 operações da modalidade em questão, chamada de BNDES Exim Pré-embarque. No primeiro semestre de 2023, o montante havia sido de R$ 2,3 bilhões, em 58 operações.
No fluxo de empréstimos da instituição, a aprovação é a etapa anterior ao desembolso dos recursos, que cresceu 31% para a linha destinada a exportações.
No primeiro semestre de 2024, o banco desembolsou R$ 3 bilhões para a modalidade, ante R$ 2,3 bilhões de igual período do ano passado.
Os recursos da linha de crédito são recebidos pelo cliente no Brasil, vinculados ao compromisso de comprovar a exportação dos produtos posteriormente.
Segundo o banco, a amortização (quitação) dos financiamentos é feita com o agente financeiro que repassa o dinheiro ou com o próprio BNDES.
Ainda de acordo com a instituição, a aprovação de crédito para as exportações de micro, pequenas e médias empresas somou R$ 56 milhões no primeiro semestre de 2024. A alta foi de 483% ante igual período de 2023 (R$ 9,6 milhões).
Considerando as grandes empresas, o montante de aprovações alcançou R$ 5,3 bilhões, um crescimento de 134% na mesma base de comparação.
“Os dados revelam o bom momento da economia brasileira, com crescimento, queda no desemprego e aumento da massa salarial dos trabalhadores”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“As empresas nacionais buscam novos mercados, cada vez mais abertos, como resultado da política externa altiva e ativa do governo do presidente Lula”, acrescentou o petista.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, associou o aumento do crédito para exportações à política industrial do governo.
“No primeiro semestre, o BNDES reduziu o spread da linha Exim Pré-embarque, primeiro limitado a um orçamento de R$ 2 bilhões, e depois de forma permanente, potencializando esse instrumento do Plano Mais Produção, braço de financiamento da política industrial”, disse.
O programa de estímulos para as fábricas conta com a participação do banco. A iniciativa foi recebida com críticas por uma ala de analistas que enxerga uma espécie de reciclagem de ideias antigas de gestões petistas. Gordon rebateu essa avaliação em entrevista à Folha neste mês.
“O mundo vive um modelo de política industrial muito forte, apesar do negacionismo muito grande de boa parte, com todo o respeito, da imprensa e de alguns economistas que pararam no seu tempo”, afirmou o diretor na ocasião.
Cresce coro pela desistência de Biden, que encara momento crucial nesta quinta
Pesam no cálculo de deputados e senadores sua própria sobrevivência: muitos temem perder seus mandatos para adversários republicanos caso Biden seja o candidato à Presidência. O raciocínio segue a máxima de que um nome fraco para o cargo mais importante da eleição contamina o desempenho de todos os que vêm abaixo.
As defecções se avolumam às vésperas de um momento visto como crucial para a campanha: às 18h30 (horário de Brasília) desta quinta, Biden deve participar de uma entrevista coletiva com jornalistas, algo raro em seu mandato.
A agenda está sendo encarada como uma oportunidade de escrutinar suas condições físicas e cognitivas. Em meio à crescente pressão para que desista, o presidente de 81 anos precisa provar estar apto para exercer o cargo e que o debate foi apenas uma noite ruim, como tem afirmado.
Questionamentos sobre a viabilidade eleitoral devem dominar a “coletiva de menino grande”, como foi chamada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em alusão ao momento solo entre Biden e imprensa.
Essa tarefa fica ainda mais espinhosa diante dos apelos feitos por aliados na quarta para que ele desista, ou ao menos reflita melhor se sua permanência na chapa do partido é o melhor para os EUA.
O nome mais recente a se juntar a esse grupo foi Peter Welch, o primeiro senador a pedir publicamente que Biden saia da corrida.
“Eu entendo por que o presidente Biden quer concorrer. Ele nos salvou de Donald Trump uma vez e quer fazer isso novamente. Mas ele precisa reavaliar se é o melhor candidato para isso. Na minha opinião, ele não é. Pelo bem do país, estou pedindo ao presidente Biden que se retire da corrida”, escreveu Welch em artigo publicado no Washington Post.
O texto foi ao ar poucas horas depois de George Clooney, um importante apoiador democrata, fazer pedido semelhante em um artigo publicado no New York Times. O ator participou no mês passado de um evento de arrecadação de fundos para a campanha que levantou US$ 28 milhões.
“É devastador dizer isso, mas o Joe Biden com quem estive há três semanas no evento de arrecadação de fundos não era o Joe Biden do ‘isso é do c.’ de 2010 [elogio feito ao ex-presidente Barack Obama ao promulgar a reforma do sistema de saúde]. Ele nem era o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos testemunhamos no debate”, escreveu Clooney.
Completam a debandada desta quarta os deputados Pat Ryan e Earl Blumenauer. No total, nove democratas da Câmara já pediram publicamente a saída de Biden da corrida.
As declarações seguiram uma entrevista dada pela ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, uma das principais lideranças do partido, em que ela afirmou que o tempo para o presidente tomar uma decisão sobre sua candidatura está acabando —algo que foi lido nas entrelinhas como um pedido para ele repensar sua continuidade na corrida.
Outro senador do partido, o representante do Colorado Michael Bennet, não pediu explicitamente a desistência do presidente, mas afirmou que teme uma derrota de lavada em novembro.
A campanha democrata já havia antecipado que essa semana seria sensível, com o retorno de congressistas a Washington após o feriado de 4 de julho e a retomada das articulações partidárias. Por isso, Biden partiu para o ataque na segunda e enviou uma carta à sua base para dar a um basta nas especulações sobre sua substituição.
Na terça, as bancadas democratas na Câmara e no Senado tiveram reuniões a portas fechadas separadamente. Congressistas não esconderam suas frustrações com o presidente, mas a mensagem oficial após os encontros foi de apoio ao mandatário, o que deu um alívio momentâneo à Casa Branca.
As novas defecções nesta quarta, porém, mostram que a turbulência está longe de ter sido superada.
Seguindo a estratégia de expor mais o presidente publicamente, para que ele prove ser capaz de cumprir a função sem o auxílio de assessores ou teleprompters, a campanha anunciou uma nova entrevista a um canal de TV, a rede NBC, para a segunda-feira (15), a segunda em duas semanas.
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