Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em setembro e outubro

Cerca de 4,24 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em setembro e outubro podem sacar, a partir desta segunda-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.

Ao todo, o governo liberará R$ 4,52 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões para o PIS e R$ 620 milhões para o Pasep. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.

Neste mês, o pagamento continua a ser antecipado aos trabalhadores do Rio Grande do Sul nascidos de setembro a dezembro que regularizaram a situação após 15 de maio. Serão beneficiados 5.426 trabalhadores com recursos de cerca de R$ 5,67 milhões. Em maio e junho, cerca de 760 mil trabalhadores do estado, afetado pelas enchentes do fim de abril e do mês de maio, tiveram o pagamento antecipado.

Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões trabalham na iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento, no caso do PIS, e no número final de inscrição, no caso do Pasep. Os saques começam nas datas de liberação dos lotes e acabam em 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Agência Brasil

Suspeito de tráfico é preso pela PM em Jequié

Policiais militares do 19º BPM prenderam um indivíduo, suspeito de tráfico de drogas, no final da tarde de sábado (13), em Jequié.

Os pms receberam uma denúncia de comercialização de entorpecentes na localidade conhecida como Curral Novo. Ao chegarem, os pms identificaram um suspeito, que tentou fugir, mas foi alcançado. Com ele, foram encontrados três tabletes de cocaína e uma sacola com porções da droga, além de um tablete de crack.

O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para o registro da ocorrência junto à 9ª Coorpin.


Drogas são encontradas com suspeitos de tráfico em Itabuna

Policiais militares do 15º BPM detiveram três suspeitos de tráfico, na noite de sábado (13), em Itabuna.

Os pms realizavam rondas nas imediações da Av. Manoel Chaves, no bairro São Caetano, quando presenciaram três indivíduos dispensando uma sacola após perceberam a aproximação dos militares. Durante a abordagem aos suspeitos, foram encontrados sete porções de cocaína, dois frascos de lança-perfume e dinheiro em espécie.

Os suspeitos e o material apreendido foram encaminhados para o registro da ocorrência junto à delegacia que atende à região.

 
 

Em Feira de Santana, 15 homens são flagrados pela PM com aves silvestres

Guarnições da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) detiveram 15 indivíduos flagrados com aves silvestres, na manhã deste domingo (14), em Feira de Santana.

Os pms atuavam na fiscalização da feira livre da Rua Dr. Simões Filho, quando avistaram um local de comércio ilegal de aves silvestres. Com a aproximação da PM, os suspeitos fugiram, sendo 15 deles alcançados e detidos.

Os conduzidos e as 332 aves silvestres que estavam sendo comercializadas, de 22 espécies distintas, foram apresentados no complexo policial do município.

Aliados de Lula receiam fortalecimento da direita, e bolsonaristas tentam explorar atentado a Trump

Aliados do presidente Lula (PT) temem que o atentado a Donald Trump, no sábado (13), reforce o discurso de que há perseguição contra a direita no mundo e fortaleça o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atacado com uma facada na campanha presidencial de 2018.

Governistas também avaliam que o caso tende a aumentar a pressão contra o democrata Joe Biden e aproximar o candidato republicano da vitória nas eleições dos Estados Unidos.

Lula já declarou abertamente que torce pela vitória de Biden, tendo dito em junho que, se o adversário vencer, “a gente não tem noção do que ele vai fazer”.

A comparação entre os ataques a Trump e a Bolsonaro foi feita pelo ex-presidente brasileiro e replicada nas redes sociais por diferentes aliados —como o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das que postaram fotos do marido atingido pela facada em 2018 e do americano com sangue no rosto.

“Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores”, afirmou Bolsonaro neste domingo (14), ignorando outros episódios de violência política, como os tiros que atingiram dois ônibus da caranava de Lula, em 2018.

No sábado, logo após o crime, o ex-mandatário brasileiro chamou Trump de “maior líder mundial” e escreveu: “Nos veremos na posse”.

Ele, porém, está com o passaporte apreendido por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

O atentado contra o americano, uma espécie de ídolo político dele, ocorre em momento em que Bolsonaro sofre reveses no Judiciário —foi indiciado no inquérito que trata de joias recebidas pelo governo brasileiro e viu aliados serem alvo de operação da PF na última semana, sobre espionagem clandestina na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Apesar do paralelo feito por bolsonaristas com o ataque de 2018, um aliado de Lula lembra que Bolsonaro foi hospitalizado após a facada e faltou aos debates presidenciais —diferentemente de Trump, que já recebeu alta.

Ele afirma que ainda é difícil medir o impacto do episódio na campanha americana e lembra que a esquerda e o centro conseguiram se unir e derrotar a ultradireita nas eleições legislativas da França, ao contrário do que previam analistas.

No Brasil, políticos de diferentes colorações partidárias descartam, porém, que o atentado contra Trump possa influenciar diretamente as eleições municipais, em outubro.

O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, afirma que o episódio não deve alterar a participação do presidente Lula na campanha deste ano, apesar da maior preocupação com segurança.

O petista diz que Lula estará presente na convenção eleitoral que vai oficializar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, no próximo sábado (20).

“Na verdade acho que haverá mais cuidados ainda [com a segurança]. Mas não creio que ele vá mudar de ideia em participar da campanha. Inclusive, ele já vai para a convenção do Boulos,”, afirma Costa.

O presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, senador Ciro Nogueira (PI), também descarta efeito nas eleições de outubro. “Não acho que tenha impacto [no pleito brasileiro], já vamos ter uma vitória histórica”, diz.

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o atentado de sábado vai ter influência nos Estados Unidos por causa da “maior revolta dos eleitores” de lá.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desejou rápida recuperação ao candidato republicano neste domingo e afirmou que outras tragédias vão acontecer, se não houver a busca pela “convivência pacífica e democrática”.

“Atos extremistas e violentos vêm se repetindo mundo afora, não só na esfera política, e uma reflexão urgente sobre esse estado permanente de ódio se impõe. Ou ampliamos a busca pela convivência pacífica e democrática, ou veremos outras tragédias acontecerem.”

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou pelas redes sociais que a Casa repudia com veemência qualquer ato de violência, como o sofrido por Trump: “As divergências se resolvem no voto da maioria e na vontade do povo”.

Assim como o presidente Lula, integrantes do governo também repudiaram publicamente o ataque contra Trump.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que toda violência política macula a democracia e deve ser duramente condenada.

“Minha solidariedade ao ex-presidente Trump. Que tristeza, mais esse episódio de violência contra um candidato no curso de sua campanha”, declarou a ministra, candidata à Presidência da República nas últimas eleições.

Na mesma linha, o líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que a violência contra Trump deve ser repudiada por todos os democratas do mundo.

“A política é e sempre será o espaço para o diálogo e a democracia. A violência em qualquer lugar contra quem quer que seja deve ser sempre combatida”, declarou pelas redes sociais.

Aliados de Bolsonaro, por sua vez, tentam usar o ataque a tiros contra Trump para reforçar a tese de perseguição contra líderes conservadores e lembram a facada sofrida pelo ex-presidente.

O discurso é similar ao que fazem para comentar investigações contra Bolsonaro, que se tratariam de uma atuação das elites política e jurídica que não aceitam as mudanças que ele teria implementado no país.

“A história se repete. Se não podem vencer, tentam matar. Trump irá voltar”, escreveu nas redes sociais Jair Renan, um dos filhos do ex-presidente Bolsonaro, ao publicar uma montagem com a foto do pai e de Trump.

O senador Flávio postou: “Líderes de direita são vítimas de atentados contra suas vidas, por motivos políticos. Alem do discurso de ódio, a esquerda pratica o ódio. Fato! Assim como @jairbolsonaro no Brasil, tentam matar @realDonaldTrump porque ele já está eleito! Se Deus quiser, ambos ainda vão a colaborar muito com seus países!”.

Matheus Teixeira e Thaísa Oliveira/Folhapress

Ibirataia vence Jaguaquara e é campeã da Copa Intervale

A seleção de Ibirataia sagrou-se campeã pela primeira vez da Copa Intervale, ao vencer a seleção de Jaguaquara pelo placar de 3 a 1, na tarde deste domingo, 14. O estádio “O Tesourão” estava completamente lotado, numa festa muito linda, digna de uma final. Ibirataia fez valer o fator casa e venceu bem seu adversário, anotando seus gols com Jhones, Fábio Bahia e Joadson.
Esta conquista de Ibirataia coroa a campanha sublime realizada pela equipe ao longo da competição, onde obteve mais de 10 vitórias, sofreu apenas uma derrota, não perdeu de ninguém dentro de casa e passou todo o campeonato como a 1ª colocada na classificação geral.

Diante disso, o título foi mais do que merecido. Metade do time titular de Ibirataia estará defendendo a seleção de Ipiaú no Intermunicipal, são eles: Joaninha, Bicudo, Draid, Sávio e Fábio Bahia. O título rendeu a Ibirataia a premiação de R$ 60.000,00, enquanto a seleção de Jaguaquara faturou R$ 20.000,00 com o vice campeonato. (GIRO/Romário Henderson)


Apoiadores de Bolsonaro cantam ‘Trump vive’ em protesto esvaziado na Paulista

O ataque a tiros contra o ex-presidente Donald Trump virou pauta do ato bolsonarista esvaziado realizado na avenida Paulista neste domingo (14). Gritos de “Trump vive” se juntaram a cantos contra o presidente Lula (PT), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes ocuparam menos de um quarteirão em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), em apenas um dos sentidos da via, aberta para pedestres.

Em forma de bonecos de Olinda, enfeitando uma pick-up pintada com as cores da bandeira da Argentina de Javier Milei, estavam o político americano, que irá disputar a eleição à Presidência dos Estados Unidos em novembro, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sorrindo lado a lado. Compunha ainda o cenário do protesto na capital paulista um gigante Lula inflável vestido de presidiário.

O ato não contou com a presença de Bolsonaro, que foi a Santos (SP) participar do lançamento da pré-candidatura de Rosana Valle (PL) à Prefeitura.

Apesar da deflagração de nova fase da operação que mira a existência da chamada “Abin paralela” e de ter sido indiciado pela Polícia Federal em investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo seu governo, o ex-presidente manteve ritmo de viagens e agendas político-eleitorais.

O ato deste domingo é o segundo promovido pelo recém-criado Movimento Liberdade, que se define como de direita e liberal e diz ter como objetivo divulgar a pauta conservadora e a educação política aos jovens. Uma motociata também saiu do Sambódromo, foi à cidade de Jundiaí e retornou a São Paulo para se unir aos manifestantes.

Na avenida Paulista, os manifestantes falavam com indignação e incredulidade sobre a tentativa de assassinato contra Trump. Ganhou coro entre o grupo também narrativa difundida em redes bolsonaristas de que veículos de comunicação teriam minimizado o episódio ou inventado que o americano apenas caiu.

Uma mulher reclamava que a mídia disse que “Trump tropeçou”, enquanto distribuía, com uma prancheta, um abaixo-assinado por um projeto de lei que obrigue a contagem manual de votos no Brasil.

Assim como outros organizadores do evento, ela vestia camiseta com a mensagem: “Democracia só com contagem pública dos votos”, repetindo bandeira bolsonarista da eleição de 2022. Outra manifestante usava uma blusa com os rostos de Bolsonaro e Trump. Durante a execução do hino nacional, as bandeiras brasileira e norte-americana foram erguidas.

No caminhão de som, um sósia do presidente argentino Milei comparou o atentado nos EUA à facada contra Bolsonaro em 2018: “Esse é o modus operandi da esquerda. É a morte, é a destruição”, discursou o homem que se identificou como Ademar Meireles, suplente de deputado federal por Santa Catarina pelo PL. Ele terminou com a famosa frase do argentino: “Viva la libertad, carajo”.

O carro foi coberto de placas com os escritos “fora Morais [sic]”. Outro cartaz trazia fotos de ministros do Supremo e pedia “demissão coletiva do STF, compre essa idéia [sic]”, chamando a corte de “inútil e corrupta”. Os manifestantes puxaram coros ainda de “volta, Bolsonaro” e “fora Pachecão, capacho do Xandão”.

Participaram do ato o senador Eduardo Girão (Novo-CE), pré-candidato a prefeito de Fortaleza, e o youtuber português Sérgio Tavares, que ficou conhecido por ser detido no aeroporto de Guarulhos em fevereiro ao desembarcar para ir a ato de Bolsonaro. “Quiseram matar mais um homem de bem”, discursou ele sobre Trump neste domingo.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), um dos únicos nomes de peso do bolsonarismo que anunciou sua presença nas redes sociais, acabou não comparecendo.

Segundo os organizadores, o objetivo do protesto era pedir o impeachment de Lula e de Moraes, além da defesa de pautas como a liberdade de expressão e a anistia aos presos políticos dos ataques golpistas de 8 de janeiro, e de se manifestar contra o aborto e o que chamam de perseguição a Bolsonaro.

Em comunicado, eles pediram que não fossem levadas faixas que pedissem fechamento de instituições, golpe de Estado ou intervenção militar, que ofendessem a honra e a dignidade de pessoas e que propusessem soluções violentas ou ilícitas.

O ato terminou com uma breve confusão por causa do trânsito. Segundo policiais militares no local, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) liberou o trânsito na avenida antes do previsto, e alguns carros ficaram “presos” no meio da manifestação. Dois homens discutiram, e um chegou a dar socos no outro, mas a briga foi rapidamente apartada e os carros saíram de ré com auxílio da PM.

Júlia Barbon/Folhapress
Videio Fonte Folha Politica

Ipiaú: Equilíbrio marca a 16º rodada do Campeonato Master da AABB

                          Equilíbrio marca a 16º rodada do Campeonato Master

Neste domingo (14.07) aconteceu no campo B da AABB Ipiau mais uma rodada do Campeonato Master 2024.

E o equilíbrio foi a marca desta rodada, Real Calcados e Impacto Calçados fizeram um jogo bastante equilibrado e o empate prevaleceu.

Real Calçados 2x2 Impacto Calçados
Gols
Real Calçados: Jason e Ari
Impacto Calçados: Caboquinho (2)

No segundo jogo entre Construcasa e Cairo Auto Peças, também bastante equilíbrio e o jogo terminou com o empate.

Construcasa 2x2 Cairo Auto Peças
Gols
Construcasa: Nelson e Jurandi
Cairo Auto Peças: Valdir e Cal Embasa

Próxima rodada - 17.07 (quarta-feira)
10ª rodada
19:15 - Oral Center x Construcasa
20:30 - Sintonia Medical x Real Calçados

Descriminalização do porte de maconha é rejeitada por eleitores de Bolsonaro e Lula

A maioria dos eleitores que votou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022 não concorda com a descriminalização do porte de maconha, segundo levantamento do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) realizado entre os dias 4 e 8 deste mês.

Ao unir os eleitores do atual chefe do Poder Executivo e do antecessor, 69% são contrários ao que foi decidido recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os que são a favor favor são 24%. Nem a favor, nem contra são 5% e não sabem ou não responderam, 2%. O levantamento ouviu 2.000 pessoas em 129 municípios. O nível de confiança é de 95%.

Entres aqueles que votaram em branco ou anularam o voto no segundo turno das eleições gerais de 2022, 19% se dizem favoráveis à descriminalização do porte de maconha. Para 72%, a decisão do STF não foi acertada. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder, e 4% opinaram pelo tanto faz.

O STF publicou no dia 29 de junho a ata do julgamento que coloca em prática a decisão que descriminalizou o porte de até 40 gramas de maconha no Brasil.

A descriminalização decidida pelo STF não quer dizer que a maconha foi liberada no País, nem que haverá comércio legalizado da planta ou das flores prontas para consumo. A decisão acompanha a Lei das Drogas, aprovada pelo Congresso em 2006, que já previa que o porte da substância não deveria ser punido com prisão ou processado criminalmente. A legislação, no entanto, não determinava critério técnico de quantidade para diferenciar usuário de traficante.

Heitor Mazzoco/Estadão Conteúdo

Colômbia não perde há 28 jogos, mas último algoz foi justamente a Argentina

(UOL/FOLHAPRESS) - Dia 1º de fevereiro de 2022. Foi nessa data, há dois anos e meio, que a Colômbia conheceu sua última derrota: 1 a 0 para a Argentina. Sem Messi em campo, Lautaro Martínez fez o único gol do jogo. De lá pra cá, os colombianos entraram em campo 28 vezes, derrubaram gigantes e nunca mais foram derrotados. Hoje, as seleções se enfrentam pela final da Copa América, às 21h, em Miami.

Naquela Data Fifa, a Colômbia praticamente deu adeus às chances de se classificar para a Copa do Mundo. O time que era dirigido por Reinaldo Rueda perdeu também para o Peru e nem as duas vitórias nas rodadas finais foram suficientes para colocar o time na zona de classificação.

Rueda deixou o comando técnico e a a seleção foi dirigida em um amistoso pelo treinador do sub-20 Hector Cardenas até a escolha de Néstor Lorenzo para assumir a equipe. Lorenzo fora auxiliar de José Pékerman por 13 anos na carreira, mas tinha somente um trabalho como treinador principal no Melgar (PER).

Lorenzo estreou com três vitórias, depois empatou duas vezes, voltou a vencer outrass duas e teve seu primeiro teste de fogo contra a poderosa Alemanha. Em Gelsenkirchen, Luis Díaz e Cuadrado comandaram a vitória por 2 a 0 dos colombianos, que chegavam a 11 jogos de invencibilidade.

Como gritavam os colombianos na arquibancadas do Bank of America Stadium, em Charlotte (EUA), na semifinal da Copa América, o time começou a acreditar: "sim, nós podemos". A próxima grande vítima seria o Brasil, em Barranquila (COL), com vitória por 2 a 1.

A Colômbia, então, foi provar o seu poderio em Londres: 1 a 0 em cima da Espanha, atual finalista da Eurocopa. A vitória nesse amistoso abriu o ano de 2024 e deu ainda mais moral para o time chegar até onde não chegava há 23 anos: a final da Copa América.

Para continuar o sonho, a Colômbia vai ter que passar por cima daqueles que foram os últimos a saírem vitoriosos contra a equipe de Néstor Lorenzo. E, dessa vez, Messi ainda estará em campo.

Sequência de 28 jogos de invencibilidade:
Colômbia 3 x 0 Bolívia (Eliminatórias da Copa, 2022)
Colômbia 1 x 0 Venezuela (Eliminatórias da Copa, 2022)
Colômbia 1 x 0 Arábia Saudita (Amistoso 2022)
Colômbia 4 x 1 Guatemala (Amistoso 2022)
Colômbia 3 x 2 México (Amistoso 2022)
Colômbia 2 x 0 Paraguai (Amistoso 2022)

*início da Era Néstor
Colômbia 0 x 0 Estados Unidos (Amistoso 2023)
Colômbia 2 x 2 Coreia do Sul (Amistoso 2023)
Colômbia 2 x 1 Japão (Amistoso 2023)
Colômbia 1 x 0 Iraque (Amistoso 2023)
Colômbia 2 x 0 Alemanha (Amistoso 2023)
Colômbia 1 x 0 Venezuela (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 0 x 0 Chile (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 2 x 2 Uruguai (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 0 x 0 Equador (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 2 x 1 Brasil (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 1 x 0 Paraguai (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 1 x 0 Venezuela (Amistoso 2023)
Colômbia 3 x 2 México (Amistoso 2023)
Colômbia 1 x 0 Espanha (Amistoso 2024)
Colômbia 3 x 2 Romênia (Amistoso 2024)
Colômbia 5 x 1 Estados Unidos (Amistoso 2024)
Colômbia 3 x 0 Bolívia (Amistoso 2024)
Colômbia 2 x 1 Paraguai (Copa América 2024)
Colômbia 3 x 0 Costa Rica (Copa América 2024)
Colômbia 1 x 1 Brasil (Copa América 2024)
Colômbia 5 x 0 Panamá (Copa América 2024)
Colômbia 1 x 0 Uruguai (Copa América 2024)

Leia Também: Copa América nos EUA: aumento de público e campos reduzidos dão 'aperitivo' do Mundial em 2026

Trump lamenta morte de apoiador em comício; eleitores se juntam em ato em NY

O ex-presidente americano Donald Trump publicou neste domingo (14) sua segunda mensagem desde que foi alvo de um atentado a tiros na véspera, durante comício no estado da Pensilvânia.

O texto, divulgado na plataforma criada pelo próprio líder, Truth Social, tem forte componente religioso, e pede que os apoiadores do republicano sigam “resilientes na nossa Fé e desafiadores diante da Maldade”.

Também presta solidariedade às demais vítimas do tiroteio —um participante do comício foi morto, e outros dois estão feridos em estado grave.

“Nosso amor vai para as demais vítimas e seus familiares. Rezamos para a recuperação daqueles que foram feridos, e guardamos nos nossos corações a memória do cidadão que foi morto de forma tão horrível”, escreveu Trump.

Ainda no texto, Trump disse que foi “só Deus que impediu que o inimaginável acontecesse”. O candidato à Presidência pelo Partido Republicano foi ferido na orelha, mas foi retirado do palco por agentes do Serviço Secreto e passa bem. O suposto atirador foi morto por agentes de segurança naquele mesmo instante.

O líder conservador ainda confirmou que pretende participar nos próximos dias de um evento de campanha no estado de Wisconsin, o que seus assessores já tinham antecipado.

“Neste momento, é mais importante do que nunca que permaneçamos Unidos e que mostremos nosso Verdadeiro Caráter enquanto americanos, permanecendo Fortes e Determinados e não permitindo que o Mal Vença. Eu amo verdadeiramente nosso País, e amo todos vocês, e estou ansioso pela oportunidade de falar à nossa Grande Nação nesta semana em Wisconsin”, escrevem.

APOIADORES SE REÚNEM EM FRENTE À TRUMP TOWER
Um a um, do sábado para o domingo, eles encheram a Quinta Avenida em Nova York —moradores locais, turistas, curiosos e fãs— confiantes de que, naquela noite, teriam companhia na Trump Tower.

Christine Randall, 59, estava assistindo de sua casa em Manhattan o comício do ex-presidente Donald Trump, realizado em Butler, na Pensilvânia, quando soaram os tiros.

“Eu achei que talvez ele estivesse morto. Comecei a chorar”, disse Randall pouco antes das 22h do sábado (13). “Quando ele se levantou, fiquei tão feliz.”

Ela conta que em seguida pegou seu boné “Make America Great Again” (Faça a América Grande de Novo, em português) e uma bandeira com a inscrição “Take America Back” (Retome a América) e começou a caminhar em direção ao edifício do ex-presidente.

Ela não estava sozinha.

Com uma muralha de policiais guardando a entrada dourada da torre e um punhado de câmeras de TV próximas, cerca de duas dezenas de pessoas se reuniram, mesmo horas depois dos disparos, para demonstrar seu apoio a Trump e e para buscar algum consolo entre os abalados.

Eles trocavam históricas sobre onde estavam no momento do tiroteio e tiravam fotos dos enfeites e adereços vermelhos pró-Trump uns dos outros.

Acenavam para os motoristas e motociclistas que buzinavam ou levantavam o punho ao passarem pela rua ao lado —”Nós te amamos, Trump! Nós te amamos”, alguém gritou da rua.

“Eu vou ficar aqui a noite inteira”, disse Lynda Andrews, 51, vestindo um boné pró-Trump, uma blusa vermelho brilhante e segurando uma bandeira americana.

Andrews disse que é originária da Pensilvânia, o estado onde o comício ocorreu. Ela afirmou ter “entrado em choque” enquanto assistia, de sua casa no Harlem, o evento com Trump.

“Eu vi ele [Trump] levantar sua mão”, Andrews disse. “Fiquei pensando: esse é o meu cara”.

Ela então trocou de roupa e partiu em direção ao centro da cidade.

Folhapress

Eleições EUA: Trump pode explorar imagem de força em contraste à de Biden, dizem especialistas

Ao permanecer vivo após sofrer uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia, no sábado, 13, o ex-presidente americano Donald Trump deve trabalhar a sua imagem como um homem “resiliente e viril”, o que pode reforçar um contraste com o seu adversário, Joe Biden, segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast Político.

Tiros interromperam no sábado um evento do candidato republicano, que foi retirado às pressas com um ferimento na orelha. Ensanguentado, saiu em fotos com o punho erguido. O caso é investigado como tentativa de assassinato, segundo o FBI.

Para Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o acontecimento não deve revolucionar o quadro eleitoral, mas dá oportunidades de uma campanha mais favorável aos republicanos.

Primeiramente, aponta o especialista, o evento abre espaço a vitimização de Trump, uma vez que ocorreu na presença de um grande público, foi amplamente registrado por imagens e deve gerar desdobramentos devido às apurações policiais.

Na análise de Cortez, o ex-presidente poderá enfatizar atributos que reforcem diferenças físicas com relação a Biden. Ambos têm idades elevadas, mas o adversário tem sido alvo de questionamentos sobre as suas condições físicas para uma reeleição.

“O evento deve propiciar imagens de um Trump resiliente, reforçando uma força do Trump e uma fraqueza do Biden”, projeta Cortez. “As redes sociais já mostram isso, com a circulação de imagens de forte apelo nessa ótica.”

Para Cortez, porém, ainda é preciso verificar como os eleitores vão interpretar os acontecimentos. Por um lado, segundo ele, o atentado a Trump pode aumentar a presença dos republicanos nas urnas, em um sistema eleitoral cujo voto não é obrigatório. Por outro, parte dos americanos pode se posicionar com desconfiança e crer que houve manipulação. Ou seja, o mesmo evento será passível de opiniões muito distintas.

Roberto Goulart Menezes, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os Estados Unidos, também avalia que a exploração dessa imagem de “virilidade” é uma possibilidade para Trump, mas pondera que o sucesso dessa estratégia depende das investigações

Para Menezes, Trump deve sustentar a ideia de que é perseguido e de que estão tentando tirá-lo da competição à força. Por outro lado, os democratas provavelmente argumentarão que a maior circulação de armas é nociva à população, inclusive aos presidentes.

“Um Trump inabalável é uma imagem possível de ser explorada por eles. A imagem auto-atribuída de um Trump viril”, aponta o especialista, que também é professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. “No entanto, é preciso aguardar a investigação e saber as conexões com a candidatura em si do Trump.”

O Serviço Secreto dos EUA informou que o atirador começou o tiroteio por volta de 18h15 (horário local), disparando múltiplos tiros de uma posição elevada fora do local onde aconteceu o comício, e foi morto logo em seguida pelas forças de segurança.

Diante de comparações do atentado a Trump com a facada em Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral de 2018, os professores veem situações divergentes.

Embora a vitória de Bolsonaro naquele ano sugira que Trump trilhe o mesmo caminho, Cortez e Menezes destacam que, na época, o candidato brasileiro era mais desconhecido. Com curto espaço na televisão, Bolsonaro cresceu nas pesquisas após o atentado. De 19% no Datafolha de agosto, passou do 1º turno com 46%. Na disputa, também houve uma troca do principal candidato adversário, devido à prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump, por sua vez, já foi presidente dos Estados Unidos e tem espaço na mídia, portanto, sua imagem está mais estabelecida para seus eleitores e seus opositores. O quadro, portanto, é de uma polarização ainda maior.

“No caso do Trump, o cenário já está polarizado. Com Bolsonaro, em 2018, ainda não estava polarizado tal como nos tempos de agora nos Estados Unidos”, pontua Menezes.

A campanha da candidatura republicana diz que Trump irá à convenção do partido entre os dias 15 e 18 de julho, em Milwaukee, onde será anunciado oficialmente como o nome da legenda para a Casa Branca. Os assessores do ex-presidente dizem que ele está “bem”. As eleições estão marcadas para novembro deste ano.

Em pronunciamento à imprensa, Biden condenou a violência política no País. “A ideia de que existe violência política ou violência como esta na América é simplesmente inédita. Simplesmente não é apropriado. Todos devem condená-la”, disse o presidente.

Victor Ohana/Estadão Conteúdo

PF e BPFRON apreendem veículo com mercadorias contrabandeadas

Foz do Iguaçu/PR - Policiais federais e militares apreenderam, na noite desta sexta-feira (12/07), um veículo com vários volumes de mercadorias contrabandeadas do Paraguai, em um porto clandestino no rio Paraná.

Os policiais realizavam um patrulhamento nas áreas marginais do rio, que faz fronteira com o território paraguaio, quando identificaram uma embarcação se aproximando de um porto clandestino. Ao chegarem no local, os indivíduos que estavam descarregando os volumes fugiram pela mata, enquanto a embarcação retornou para o outro lado do rio.

Um veículo foi encontrado e sete volumes de mercadorias estrangeiras variadas foram localizadas no meio da mata local. Nos volumes foram encontrados cigarros eletrônicos, bateria de celulares, bicos injetores dentre outros produtos.

Todo o material foi encaminhado à Receita Federal para a adoção dos procedimentos de praxe.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

PF e PCERJ prendem líder de facção criminosa, em Volta Redonda

Volta Redonda/RJ. Na manhã deste sábado, 13/7, a Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Civil, prendeu um líder de facção criminosa que atuava no domínio de comunidades, em Volta Redonda/RJ, no Sul Fluminense.
O criminoso, que era procurado pela justiça desde dezembro de 2022, possuía três mandados de prisão preventiva em aberto. Além dos referidos mandados, a equipe integrada de policiais cumpriu um mandado de busca e apreensão, expedido pela Vara Criminal de Barra do Piraí, no bairro São José do Turvo, Distrito de Barra do Piraí/RJ. Durante as buscas, os policiais apreenderam uma pistola 9mm, uma granada de mão ofensiva em pronto emprego, uniformes táticos operacionais, rádios comunicadores e celulares.

Além dos mandados em aberto, havia denúncias de que o foragido era responsável pela construção de um espaço, localizado em área rural, para promover eventos de lazer, receber e esconder traficantes, da mesma facção, que estivessem sendo procurados.

O preso, que possui histórico de enfrentamento às forças de segurança, era considerado o criminoso mais procurado do Sul Fluminense, se firmou no comando do tráfico de drogas de pelo menos três comunidades do município, inclusive ostentando armas de fogo.

Além dos crimes de Organização Paramilitar / Milícia Privada / Grupo ou Esquadrão, o criminoso responde por Tráfico de Drogas, Associação para o Tráfico de Drogas e Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito.

Após as formalidades legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da justiça.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro


Festa de São Pedro de Jitaúna é monitorada pelo Reconhecimento Facial

O Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública monitora, até o próximo domingo (14), os festejos de São Pedro da cidade de Jitaúna. Uma Plataforma de Observação Elevada (POE) acompanha o local de acesso ao evento.

Policiais militares e civis realizam as ações preventivas e de inteligência e serão acionados pela tecnologia, caso algum foragido da Justiça tente acessar o local da festa.

O superintendente de Telecomunicações da SSP, major PM Moisés Travessa, explicou que a ferramenta contribuirá para a tranquilidade do evento.

 Câmeras da Segurança Pública acompanham a movimentação nos principais acessos ao evento.

Saúde de políticos na esteira de Biden deve virar arsenal eleitoral com impacto para Lula em 2026

O debate público sobre a saúde dos políticos costuma ser pouco explorado no Brasil, mas diante de discussão sobre a situação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a questão deve ser usada como arsenal político nas eleições de 2026, afirmam especialistas.

Para os estudiosos, o tema tem sido abordado de maneira descontextualizada da realidade brasileira e envolve aspectos como etarismo, estratégia de marketing e discussão sobre a necessidade de renovação dos partidos.

Apesar de a situação do presidente Lula (PT) não ser comparável à de Biden, o mandatário brasileiro pode enfrentar críticas semelhantes vindas da oposição.

Caso concorra e vença em 2026, Lula, que admite a possibilidade de disputar a reeleição, terá 81 anos ao começar um novo mandato. É a mesma idade hoje do mandatário americano, que tem tido sua capacidade de governar questionada após episódios como um fraco desempenho em debate, em junho.

O uso do caso Biden contra Lula já tem sido feito por adversários. Dias depois do debate nos EUA, Jair Bolsonaro fez publicação questionando as “faculdades mentais” do mandatário brasileiro. Já Javier Milei, presidente da Argentina, chamou Lula de “dinossauro”.

Contrapondo-se ao discurso, o petista tem negado possíveis impactos negativos do envelhecimento sobre seu trabalho. Disse não estar cansado, ter “tesão de 20 anos” e criticou a comparação com o presidente dos Estados Unidos.

“Usam a mesma tática [utilizada contra Biden] com o intuito, evidentemente, de desclassificar um adversário político”, afirma Kai Enno Lehmann, professor associado do Instituto de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo), sobre o discurso contra Lula.

Pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV, Leonardo Paz afirma que o questionamento sobre a sanidade de políticos é estratégia comum na mídia ocidental quando a intenção é criticar lideranças.

Ele cita como exemplo questionamentos sobre a sanidade mental de Kim Jong-un, da Coreia do Norte, ou reportagens sobre possíveis problemas psicológicos de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

“Quando se tem um opositor, especialmente um mais sanguíneo, uma estratégia é querer desqualificá-lo o máximo possível”, diz. “Uma maneira fácil de fazer isso sem ter que discutir ideias é dizer que a pessoa é maluca.”

Paz diz que, devido ao contexto internacional envolvendo Biden, que tem tido sua capacidade física e cognitiva posta em xeque, o tema deve ser explorado politicamente contra Lula caso ele seja candidato à reeleição, apesar de a situação do mandatário brasileiro não se aproximar daquela do político americano.

Segundo o pesquisador, o debate sobre a saúde dos políticos é reduzido no Brasil também porque o país não teve em sua história presidentes com doenças incapacitantes. A falta de transparência não é exclusiva do país: mesmo democracias mais avançadas têm restrições em relação ao tema, afirma.

Um dos motivos para isso, diz, é o fato de o assunto ser tratado como questão de segurança nacional.

“No mundo inteiro, a discussão sobre a doença de líderes é muito complexa porque raramente temos toda a informação sobre um caso, especialmente na época em que a doença acontece”, afirma.

Ele dá como exemplo o fato de Bolsonaro ter colocado sob sigilo de cem anos seu cartão de vacinação. “Apesar de não ser um exemplo de doença, o fato de ele ter feito isso com muita facilidade mostra a dificuldade de se ter acesso à transparência desses dados”, diz.

De acordo com Filipe Savelli Pereira, pesquisador vinculado ao Laboratório de História das Interações Políticas e Institucionais da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), a discussão sobre a saúde de políticos no Brasil se dá mais como estratégia de marketing dos partidos.

Ele também afirma que, ao contrário do que parece estar acontecendo com Biden, o Brasil não teve mandatários cujo estado de saúde parecesse incapacitante.

Lehmann, da USP, também vê uso estratégico do tema, mas avalia que o debate sobre o envelhecimento dos políticos pode suscitar discussão importante sobre a necessidade de renovação dos partidos.

“Uma das tarefas desses partidos [tradicionais] é criar um sistema de renovação”, diz. “É necessário formar uma geração mais jovem de políticos e deixá-los assumir posições de responsabilidade.”

Segundo Marco Túlio Cintra, presidente da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), é preciso ter cuidado com o etarismo quando o tema é envelhecimento.

O geriatra afirma que a idade não é um bom critério para definir se uma pessoa deve ou não assumir um cargo. De acordo com Cintra, é normal perder parte das reservas fisiológicas com o envelhecimento, mas isso não é incapacitante.

O que é preciso notar, diz ele, é se a pessoa sofre com um processo de envelhecimento frágil que diminui suas capacidades para além de um limiar que garanta independência.

“A idade não é bom critério para determinar nada. Eu tenho pacientes com 60 anos acamados com demência avançada e tenho pacientes centenários independentes”, afirma.

Isabela Akie Shin-Ike, geriatra pela USP e médica da Clínica Sartor, afirma que é normal, a partir dos 75 anos, alguma perda de memória e lentidão no raciocínio.

O quadro, entretanto, é sutil e não compromete a atuação do indivíduo. Por isso, tratar do envelhecimento natural de alguém precisa ser diferente de pressupor que a pessoa vai apresentar problemas que a incapacitem para exercer uma profissão, diz a geriatra.

Um político mais velho em um debate, por exemplo, pode se desconcentrar mais facilmente do que um mais novo, mas, em condições normais, o efeito é sutil e não compromete o desempenho, até porque “eles são diariamente treinados para isso”, afirma Isabela.

“Ter demência ou uma perda importante da memória que tenha impacto no dia a dia, na vida do paciente, não é normal. Quando isso acontece, precisa ser investigado”, diz.

Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

Veja o que se sabe sobre atentado contra o ex-presidente Donald Trump

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de tiros enquanto discursava em um comício em Butler, no estado da Pensilvânia, neste sábado (13).

Após o ataque, era possível ver sangue escorrendo no rosto de Trump. Seus assessores afirmaram que ele passa bem.

Saiba o que já se sabe sobre o ataque sofrido por Trump.

QUANDO E EM QUE CONTEXTO ELE OCORREU?
Em campanha para retornar à Casa Branca, Trump fazia comício neste sábado em Butler, cidade a cerca de uma hora de Pittsburgh, segunda cidade mais populosa da Pensilvânia. O estado é um dos que são considerados decisivos para o pleito americano por seu eleitorado não ser fiel a nenhum partido.

O discurso do ex-presidente foi interrompido pelo som de tiros.

Vídeos mostram Trump colocar as mãos no rosto e se abaixar em busca de proteção, assim como os seus apoiadores.

Após ser protegido por sua equipe, o ex-presidente fechou e levantou o punho direito, aos gritos de “USA” (sigla para Estados Unidos da América, em inglês).

TRUMP FOI ATINGIDO?
Segundo o próprio Trump, ele foi atingido por uma bala que perfurou a parte superior da sua orelha direita.

Seus assessores afirmaram que ele passa bem.

O esquema de segurança em torno de Donald Trump tornou-se alvo de questionamentos após o ex-presidente ser ferido. O principal alvo é o Serviço Secreto, responsável pela avaliação prévia de segurança, organização do esquema e supervisão da área.

Houve outras vítimas além dele?

O Serviço Secreto dos EUA informou em nota que um participante do comício foi morto e outros dois estão feridos em estado grave.

Além deles, o suposto atirador também foi morto, por agentes de segurança.

QUEM ERA O SUPOSTO ATIRADOR E O QUE MOTIVOU O ATAQUE?
O FBI, a polícia federal americana, revelou, no início deste domingo (14), a identidade do atirador de Butler.

Trata-se de Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos,

Eles também declararam que a motivação por trás do ataque não foi determinada.

O incidente está sendo investigado como uma tentativa de homicídio.

Segundo o New York Times, um fuzil tipo do AR semiautomático foi encontrado na cena do crime.

QUAIS OS IMPACTOS DO ATENTADO PARA AS ELEIÇÕES À PRESIDÊNCIA DOS EUA?
O acontecimento embaralha ainda mais a corrida eleitoral pela Casa Branca. Trump lidera a corrida por uma margem apertada, segundo pesquisas de intenção de voto. Apostas em uma vitória do ex-presidente na eleição cresceram no site Polymarket em US$ 0,10 (R$ 0,54), para 70%.

A convenção republicana, em que ele será oficializado como o candidato do partido, está programada para começar nesta segunda (15). Segundo sua campanha, ele vai participar do evento.

COMO LÍDERES MUNDIAIS E OUTRAS FIGURAS INFLUENTES REAGIRAM AO EPISÓDIO?
O principal adversário de Donald Trump na corrida eleitoral, o presidente Joe Biden, condenou o atentado. Em pronunciamento, o democrata chamou de doentia a violência por trás dos disparos.

Segundo a Casa Branca, o líder chegou a falar com Trump na noite de sábado, mas o conteúdo da conversa não foi detalhado.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o episódio era inaceitável e “deveria ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política”.

Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros políticos do campo da direita no país publicaram mensagens em apoio e solidariedade ao candidato. Parte deles também está usando o atentado para criticar a esquerda e retomar o episódio da facada em Bolsonaro na campanha brasileira.

Ainda entre os líderes internacionais, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse “condenar fortemente o ataque” e afirmou que “violência não tem espaço na política e em democracias”.

Já na seara empresarial, uma das primeiras declarações de apoio a Trump foi a do bilionário Elon Musk, presidente da SpaceX e da Tesla, que rapidamente usou a rede social de que é dono, X, para afirmar que “endossa totalmente o presidente [sic] Trump”. “Espero sua rápida recuperação”, escreveu.

Outro bilionário americano, Bill Ackman —que ganhou projeção ao fazer críticas contra a primeira mulher negra a ocupar o posto de reitora da Universidade Harvard—, também apoiou a candidatura do republicano após o episódio deste sábado. “Acabei de endossá-lo”, escreveu ele no X.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, elogiou a coragem de Trump durante o ocorrido. “Estou muito grato por sua segurança e triste pelas vítimas e suas famílias”, publicou.

Tim Cook, CEO da Apple, disse estar rezando por Trump e pelas vítimas do atentado. “Condeno fortemente essa violência”, disse ele.

Folhapress

STF autoriza depoimentos de Rivaldo e Brazão na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, autorizou que Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), prestem depoimentos à Câmara de Deputados na próxima semana.

As audiências de oitivas vão acontecer por videoconferência e estão marcadas para os dias 15 e 16 de julho, segunda e terça-feira. Elas vão ser coordenadas pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Rivaldo e Domingos irão depor publicamente pela primeira vez. Eles estão presos desde março deste ano pelo envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Em junho, viraram réus no Supremo pelos crimes de homicídio e organização criminosa. Além dos dois, o irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio (sem partido), também responde pelos crimes. Os três negam as acusações.

A Comissão de Ética da Câmara vai investigar se houve quebra de decoro parlamentar no caso do deputado federal Chiquinho Brazão, já que ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. Depois do procedimento, que pode durar até 60 dias, há a possibilidade de que um pedido de cassação do mandato seja levado ao plenário. Nesse caso, seria necessário que a maioria absoluta dos parlamentares decidisse pela cassação.

Agência Brasil

Trump cai do palco durante comício na Pensilvânia com sangue no rosto; tiros são ouvidos

Neste sábado (13), durante um comício na Pensilvânia, o ex-presidente Donald Trump caiu no palco. O incidente ocorreu em meio a sons confusos, que pareciam tiros, captados pela transmissão ao vivo do evento. A informação é do jornal “O Globo”.

De acordo com o Times, Trump foi rapidamente escoltado para sua comitiva em Butler, uma cidade rural cerca de uma hora ao norte de Pittsburgh. O Serviço Secreto retirou Trump do palco com urgência após a sequência de disparos. O público está sendo evacuado do local neste momento.

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Dunga, ex-técnico da seleção brasileira, e esposa sofrem acidente de carro no Paraná

O ex-técnico da seleção brasileira Dunga e a esposa sofreram um acidente de carro no final da manhã deste sábado (13) na BR-116, em Campina Grande do Sul, no Paraná. Os dois tiveram ferimentos leves e foram levados a um hospital, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Chovia quando Dunga perdeu o controle da direção do carro no quilômetro 39 da rodovia. O veículo saiu da pista, colidiu contra um barranco no canteiro central e capotou, segundo a PRF.

Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que teve resultado negativo para consumo de álcool.

Ele e a esposa viajavam de São Paulo no sentido de Curitiba, ainda de acordo com a PRF. Foram socorridos em condição estável de saúde e levados ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.

“O local de acidente, com muitas curvas, está sob chuvas constantes e com registros frequentes de acidentes, sendo necessário um comportamento defensivo dos motoristas, principalmente reduzindo a velocidade e aumentando a atenção à direção”, diz nota da PRF.

Folhapress

Ônibus escolar com 26 crianças cai em rio em Santa Catarina

Um ônibus escolar com 26 crianças caiu dentro de um rio na cidade de Aurora (SC), a 180 quilômetros de Florianópolis. Duas crianças ficaram feridas, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

O acidente ocorreu no fim da tarde de sexta-feira (12). O Corpo de Bombeiros diz que as crianças e o motorista foram resgatados. Dois menores foram levados ao hospital Regional de Rio do Sul, um menino com suspeita de traumatismo craniano e uma menina com corte na cabeça.

A assessoria de imprensa dos bombeiros diz que os dois feridos estão bem e com quadro estável. Outras crianças foram atendidas ainda no local com sintomas de hipotermia. A operação de resgate contou com dois caminhões, duas ambulâncias e um veículo 4×4.

O prefeito de Aurora, Alexsandro Kohl (MDB), disse ao jornal Cidade Alerta, da TV Record, que o acidente aconteceu em um trecho mais raso do rio, o que facilitou o resgate.

“Uns 100 metros para a frente o rio dá uns 10 a 12 metros de fundura. O acidente foi um pouquinho para cima, então ele [o ônibus] ficou com uma parte para fora”, afirmou. “Felizmente conseguimos resgatar todas as crianças.”

O acidente foi captado por uma câmera de segurança, que mostra o veículo tombando na lateral da pista até parar dentro do rio.

A Polícia Civil de Santa Catarina informou que vai abrir procedimento para investigar o caso.

Nicola Pamplona/Folhapress

Biden tenta salvar campanha, enquanto Trump se prepara para convenção republicana mundo

Os partidos Democrata e Republicano dos Estados Unidos intensificaram neste fim de semana campanhas no Estado da Pensilvânia, considerado uma das regiões-chave para garantir vantagem na corrida presidencial. De um lado, a equipe do presidente Joe Biden – liderada pela vice-presidente Kamala Harris e pela primeira-dama Jill Biden – participa de eventos pelo lado democrata, apesar da crescente pressão para sua substituição no pleito. Do outro, o ex-presidente Donald Trump se prepara para a convenção republicana e amplia suspense quanto ao nome escolhido para concorrer como seu vice-presidente.

Ontem (12), Biden reforçou em um comício sua promessa de continuar na disputa. Desde o péssimo desempenho no debate contra Trump, o número de democratas pedindo por sua saída tem aumentado e a lista inclui aliados políticos, doadores e celebridades.

Espera-se que Biden tenha uma nova reunião virtual hoje com os membros das duas maiores bancadas democratas no Capitólio, conforme tenta recuperar o ímpeto de sua campanha de reeleição. Ainda neste sábado, a vice Kamala Harris discursará para a comunidade de eleitores asiáticos americanos, em busca de mobilizá-los a favor de Biden e do partido democrata, durante evento presencial na Pensilvânia.

Já o ex-presidente Donald Trump participará de um comício no Butler Farm Show, próximo da cidade de Pittsburgh. Essa será uma das últimas chances para que o republicano anuncie publicamente o nome do seu vice-presidente antes da convenção republicana, que começa na segunda-feira (15), em Milwaukee.

Nas últimas semanas, o republicano deixou claro que pretende fazer uma revelação surpresa e “dramática” sobre o escolhido para concorrer ao seu lado na eleição presidencial americana, de preferência durante a convenção do partido ou logo antes.

Entre os nomes especulados estão o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, o senador de Ohio, JD Vance, e o senador da Florida, Marco Rubio. Nenhum deles, entretanto, deve comparecer ao comício deste sábado, revelaram duas fontes com conhecimento do assunto à Associated Press e que, assim como outras, pediram anonimato para falar sobre os planos. (Com informações da Associated Press)

Estadão Conteúdo
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Estados acumulam R$ 2,8 bi para segurança pública que não conseguem gastar

Foto: Alberto Maraux / SSP-BA
Os estados brasileiros acumulam R$ 2,8 bilhões repassados pelo governo federal para investimentos na área da segurança pública e que não foram gastos.

O principal entrave para o uso dos recursos é a falta de equipes técnicas preparadas para lidar com a burocracia federal, de acordo com os envolvidos.

Alguns estados, como Santa Catarina e Tocantins, aplicaram apenas um terço do total de verbas recebidas desde 2019.

Com isso, R$ 370 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública poderiam voltar aos cofres federais no final do ano por não terem sido utilizados dentro do período estabelecido. Para evitar isso, o Ministério da Justiça vai prorrogar por mais dois anos o prazo dos recursos repassados em 2019 e 2020. 

A pasta, sob o comando de Ricardo Lewandowski, elencou a segurança pública como prioridade.

Diante disso, a execução do Fundo Nacional de Segurança Pública entrou no foco do ministro. Assim que ele assumiu o cargo, foi realizado um raio-x orçamentário, que encontrou as verbas paradas. Com isso, foi feita uma força tarefa para tentar ajudar os estados a utilizar o dinheiro disponível. 

O governo federal tem sido cobrado para atuar mais no combate à criminalidade, um tema hoje muito explorado pelo bolsonarismo e pela oposição a Lula (PT). O assunto é um dos que mais preocupa os brasileiros hoje.

A pasta também ampliou o leque de ações de segurança pública que são elegíveis para receberem esses recursos, o que pode facilitar o emprego do dinheiro repassado, no entendimento de técnicos do ministério.

O fundo foi instituído por lei em 2001, mas foi só em 2019 que começaram os repasses, com montantes anuais fixados para cada estado.

"No começo, eles [os estados] não pegaram muito bem essa lógica. E isso não é por culpa de ninguém, é simplesmente porque a dinâmica era nova, não havia equipes preparadas para lidar com essa transferência de recursos fundo a fundo em segurança", disse Pintarelli.

Depois veio a pandemia e somente no ano passado é que houve o que Camila chamou de "estabilidade no aprendizado". Ou seja: os estados aprenderam o caminho da burocracia para efetivamente usar os recursos do fundo.

Na busca de tentar aproximar o ministério das secretarias estaduais, foi criada uma rede do fundo, que se reúne uma vez por mês no ministério com as equipes dos estados para buscar desatar eventuais nós. Desde 5 de abril, quando essa tática foi implementada, as unidades federativas já empenharam R$ 800 milhões.

"No fim do dia, política pública de segurança pública é orçamento. Tendo orçamento, tendo dinheiro, a política sai. E não adianta nada a gente repassar esse valor vultoso de recurso se a equipe que está lá na ponta não tem formação técnica para fazer o arranjo orçamentário disso", disse.

O objetivo do fundo nacional é apoiar projetos apresentados pelos estados. A lista inclui, por exemplo, a criação de uma delegacia da mulher, a compra de viaturas ou a implementação de câmeras corporais para policiais.

Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná --todos comandados por governadores de oposição a Lula-- têm hoje os melhores índices de execução dos recursos do fundo.

Já Santa Catarina, também governado pela oposição, é o que apresenta o menor porcentual de recursos executados, com apenas 34% dos R$ 100 milhões recebidos. Os dados do Ministério da Justiça vão até 2022.

A Secretaria de Segurança Pública catarinense afirma que "dificuldades como a mudança na lei e licitações, onde todos os processos haviam ficado suspensos até readequação, já foram superadas e neste ano de 2024 os recursos referidos estão em vias de contratação e execução em sua totalidade"

O governo de Tocantins afirma que "com relação às dificuldades, a SSP-TO esclarece que são de cunho processual, atinentes aos procedimentos licitatórios, como por exemplo: licitações desertas, fracassadas e atendimento de diligências".

Goiás, governado por Ronaldo Caiado (União), é o sexto colocado no ranking dos estados que mais conseguem gastar os recursos repassados pela União. Desde 2019, ele já recebeu R$ 121 milhões e conseguiu executar cerca de 70%.

A segurança pública deve ser um dos principais temas da eleição municipal desse ano, o que deve se repetir na disputa presidencial em 2026 --o combate à criminalidade é uma das principais bandeiras de governadores de oposição postulantes ao Palácio do Planalto.

Caiado tem sido uma das principais vozes nesse setor para criticar a gestão Lula. Recentemente, ele disse que "existe acovardamento do governo federal em enfrentar as facções".

No mesmo evento, Seminário Brasil Hoje 2024, em maio, ele também criticou a ideia de uma política nacional de segurança pública -medida que faz parte de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) defendida por Lewandowski.

Caiado ainda se queixou de não ter "repasse nenhum do governo federal, dinheiro mínimo, irrisório", apesar do valor recebido pelo estado do fundo nacional.

Em agosto do ano passado, o então ministro da Justiça Flávio Dino determinou alguns critérios para os estados receberem repasse. As exigências incluíam planos de ação para diversas áreas: redução de mortes violentas intencionais; enfrentamento da violência contra a mulher; e melhoria da qualidade de vida dos profissionais da segurança pública.

A avaliação na pasta, sob a gestão de Lewandowski, é de que o critério era muito restritivo e engessava os municípios na hora de apresentarem projetos para demandar recursos.

Então, neste ano, ele incluiu na lista duas novas áreas: enfrentamento ao crime organizado e proteção patrimonial -que incluiu projetos para atacar, por exemplo, o roubo de celulares.

O diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, defende que o ministério torne a capacitação de pessoas como um dos requisitos do repasse de recursos.

"Estruturação e capacitação do pessoal deveria ser um eixo do próprio fundo. Diz para o estado: você vai usar R$ 100 mil, R$ 150 mil para estruturar na sua secretaria um escritório de projetos qualificado para gerir dinheiro", disse.

"O dinheiro é importante, mas ainda é muito aquém do que ele [governo federal] realmente poderia. Se governo quer ser indutor de política pública, não é com R$ 2 bilhões por ano, só vai apagar incêndio", disse, mas sem arriscar uma cifra ideal.

Fundo Nacional de Segurança Pública.

O que é: fundo no âmbito do Ministério da Justiça, que tem o objetivo de apoiar projetos na área de segurança pública e prevenção à violência, enquadrados nas diretrizes do plano de segurança pública do governo federal

Total repassado de 2019 a 2023 : R$ 4,3 bilhões

Valor ainda na conta dos estados em 2024: R$ 2,8 bilhões 

Maiores repasses para estados (até 2022):

- São Paulo - R$ 168 milhões

- Rio de Janeiro - R$ 151 milhões

- Mato Grosso do Sul - R$ 145 milhões

=Menores repasses para estados (exceto 2023):

- Santa Catarina - R$ 100 milhões

- Paraíba - R$ 98 milhões

- Tocantins - R$ 94 milhões

Estados que mais executaram os recursos (até 2022)

- São Paulo - 85%

- Rio Grande do Sul - R$ 85%

- Paraná - 71%

Estados que menos executarem os recursos (até 2022)

- Pará - 45%

- Tocantins - 36%

- Santa Catarina - 34% 

Fonte: Ministério da Justiça

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