Trump anuncia J.D. Vance, senador por Ohio, como vice na disputa pela Casa Branca

Donald Trump escolheu J.D. Vance como vice de chapa na disputa pela Presidência dos EUA.

O anúncio, feito nesta segunda (15) na rede social Truth em paralelo à convenção republicana, encerra um mistério que vinha sendo feito há meses. A demora é atribuída tanto a um cálculo político —estender o suspense ao máximo para impulsionar o impacto da notícia— quando a uma indecisão de Trump sobre seu companheiro de chapa.

Vance, 39, é senador por Ohio. Originalmente um investidor de risco, ele ganhou projeção nacional em 2016 com o livro best-seller “Hillbilly Elegy” (“Era uma Vez um Sonho”, na tradução para o português), adaptado para o cinema em 2020. Na obra, Vance faz um retrato da classe trabalhadora branca americana ao contar sua própria origem pobre no Cinturão da Ferrugem.

O senador foi eleito pela primeira vez em 2022, endossado por Trump. A relação entre os dois, no entanto, começou conflituosa: Vance era um duro crítico do republicano. Ele já chegou a comparar Trump com Hitler, chamar o trumpismo de “ópio das massas” e afirmar que o empresário “não está apto para o mais alto cargo de nossa nação” em 2016.

Anos depois, quando decidiu lançar-se ao Senado, ele procurou Trump e ganhou o endosso do ex-presidente. Em entrevistas, Vance justificou a mudança radical de posição dizendo que mudou de opinião ao longo da presidência do empresário, que avalia como positiva.

Sua curta carreira no Congresso, porém, é vista como um dos pontos negativos da escolha. Outra questão é a posição de Vance sobre aborto —enquanto Trump tem defendido uma postura moderada, para não alienar eleitores, o senador já apoiou a proibição do procedimento adotada no Texas e criticou exceções feitas para casos de estupro e incesto. Recentemente, ele tem suavizado seu discurso para se aproximar de Trump.

Já os pontos fortes de Vance são sua idade —em uma corrida em que o tema ganhou centralidade— e sua eloquência. Ele é um convidado frequente em programas de TV, e sua performance é elogiada por Trump.

A convenção republicana, que ocorre em Milwaukee, no Wisconsin, vai oficializar a chapa do partido à Presidência. Na quarta, o vice deve fazer um discurso e, na quinta, Trump aceitará a nomeação.

O evento, que atrai ampla cobertura da imprensa, serve como uma oportunidade de projeção da candidatura para um eleitorado mais amplo, e está atraindo ainda mais atenção após a tentativa de assassinato sofrida por Trump durante um comício no sábado na Pensilvânia.

O republicano lidera das pesquisas de intenção de voto e, desde que perdeu a Casa Branca, ampliou ainda mais seu domínio sobre o partido. Diferentemente de 2016, quando o empresário precisava de um vice que fosse uma ponte com o establishment do partido e o eleitorado evangélico, encontrada em Mike Pence, dessa vez um vice importa muito pouco para ele em termos eleitorais.

Assim, pesou mais no cálculo de Trump a lealdade, reflexo do conflito vivido entre ele e Pence. A tensão atingiu o ápice no 6 de Janeiro, quando o ex-presidente o pressionou para rejeitar a confirmação da vitória de Joe Biden pelo Congresso —nos EUA, o vice preside o Senado e a sessão conjunta das duas Casas.

Pence se negou a fazer isso, afirmando que não teria poder constitucional para tal. Apoiadores do ex-presidente invadiram o Capitólio nesse dia, interrompendo o procedimento pela força. Desde então, os dois romperam relações, e Pence se tornou um dos principais críticos de Trump no partido, chegando a concorrer contra o empresário pela nomeação republicana.

Vance, por sua vez, já afirmou que não teria certificado o resultado da eleição imediatamente se estivesse na posição de Pence.

Fernanda Perrin/Folhapress

Damares quer que Lewandowski explique questionário da PRF que inclui opção partidária

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) protocolou nesta segunda-feira (15) um requerimento de informações para que o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) explique a inclusão de questionário sobre identidade política em curso oficial da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

A PRF determinou que os servidores participem de curso obrigatório sobre Direitos Humanos incluindo questionário sobre identidade política —esquerda, centro, direita, entre outras opções —e afinidade partidária, que inclui uma lista de legendas. A corporação disse que as perguntas são facultativas e anônimas.

No requerimento, a senadora pergunta o conteúdo exato do questionário, a razão para que tenha sido incluído no curso, quem é o autor da pesquisa e quais os objetivos dos questionamentos. Também quer saber quais as consequências para os policiais que optarem por não responder ao questionário e como a corporação pretende usar os resultados, entre outros tópicos.

Na justificativa, Damares afirma que questões relacionadas à identidade política e afinidade partidária são de “cunho personalíssimo e sensível”.

“A imposição de tais perguntas, mesmo sob o pretexto de serem para autorreflexão, pode criar um ambiente de constrangimento e receio entre os servidores, especialmente na ausência de uma explicação clara sobre a utilização e armazenamento dessas informações”, indica.

A senadora argumenta ainda que o requerimento busca assegurar que “práticas que possam ser percebidas como invasivas ou constrangedoras sejam devidamente justificadas ou reavaliadas, preservando a integridade e a confiança em nossas instituições policiais”.

Danielle Brant/Folhapress

Prefeitura de Ipiaú inicia recuperação do Ramal da Região dos Bois; trajeto abrange 22 km

A Prefeitura Municipal deu início hoje aos trabalhos de recuperação do Ramal da Região dos Bois, abrangendo aproximadamente 22 quilômetros. O ramal, que começa na rodovia 330 e se estende até a região de Pedra Branca, está recebendo melhorias significativas para garantir melhor trafegabilidade e durabilidade do solo.
Os serviços incluem patrolamento, cascalhamento e compactação com o rolo, processos essenciais para a conservação e melhoria das condições da via. Essa intervenção é uma ação da Secretaria Municipal de Infraestrutura, coordenada pelo diretor de terraplanagem, Alexandre Ferreira. A previsão é que as obras sejam concluídas até a próxima semana, beneficiando diretamente os moradores e usuários do ramal.
A recuperação completa do ramal é vista como um passo importante para a infraestrutura local, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região. A Secretaria Municipal de Infraestrutura reafirma seu compromisso com a melhoria contínua das estradas e o bem-estar da comunidade

Marcos do Val diz que delegado que investiga Bolsonaro e 8 de Janeiro é ‘capataz’ de Moraes

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) publicou em suas redes sociais na noite deste domingo, 14, ataques contra o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações da Polícia Federal em casos sob relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Do Val, que é investigado por tentativa de golpe e associação criminosa, afirmou que a autoridade policial é “capataz” de Moraes. A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), em defesa de Shor, repudiou a atitude do parlamentar (leia a íntegra abaixo).

“Shor tem invadido residências com mandados de busca e apreensão ilegais, apontando armas na cara de crianças, e confiscando celulares dessas crianças. Essas ações são desumanas e inaceitáveis, e estão sendo realizadas sob a falsa bandeira da Polícia Federal, quando na verdade são ordens diretas de Alexandre de Moraes, com a conivência deste delegado covarde”, disse o senador em postagem nas redes sociais, sem apresentar provas. Do Val ainda publicou a foto do delegado em um montagem com título “procura-se”, em referência a um procurado pelas autoridades.

“Quero aproveitar para comunicar à imprensa e ao público em geral que a Polícia Federal está sendo usada indevidamente. Quando se diz que a Polícia Federal determinou, investigou, ou indiciou, na verdade, é Alexandre de Moraes que está por trás, com a anuência do delegado Fábio Alvarez Shor. Este delegado já está na lista do Tribunal Criminal Internacional, e isso não foi por falta de aviso. Sempre alertei que cumprir ordens ilegais é, por si só, uma ilegalidade”, afirmou o parlamentar.

Esta é a segunda vez que do Val faz ataques contra autoridades. Há duas semanas, o senador afirmou ter provas de que o ministro Moraes manipulou as eleições de 2022 para beneficiar o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, nenhum documento foi apresentado pelo parlamentar para embasar as acusações.

Ele ainda citou ter um dossiê contra Moraes “tratando apenas de uma das violações na exigência de retirada do ar de redes sociais de influenciadores”. “Moraes colocou pessoas na prisão sem julgamento por coisas que postaram nas redes sociais. Ele exigiu a remoção de usuários das plataformas de mídia social”, afirmou em sua publicação.

Delegados defendem Fabio Shor

A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) repudia a atitude do Senador Marcos do Val em face de uma autoridade policial que exerce o trabalho de polícia judiciária da União na PF. Igualmente repudia as falas do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro acerca da Polícia Federal em vídeo recente.

Estadão Conteúdo

Juíza arquiva processo contra Trump sobre documentos sigilosos em decisão surpresa

                 O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump
A juíza Aileen Cannon, indicada por Donald Trump, arquivou nesta segunda (15) o processo criminal contra o ex-presidente no qual ele é acusado de posse ilegal de documentos sigilosos que tratam da segurança nacional dos Estados Unidos.

O processo federal foi apresentado por Jack Smith, conselheiro especial do Departamento de Justiça. Na decisão, o argumento usado pela juíza é que a indicação de Smith para o cargo violou a Constituição porque ele não foi apontado pelo presidente ou confirmado pelo Senado.

O conselheiro especial pode recorrer da decisão.

A acusação havia sido apresentada pelo procurador em junho do ano passado, e se arrastava na Justiça desde então. A decisão da juíza de arquivar o processo agora é uma surpresa, e acontece dois dias após o ex-presidente ser alvo de uma tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia.

O arquivamento também ocorre no mesmo dia em que começa a convenção republicana, em que Trump será oficializado o candidato do partido.

“A moção para arquivamento do ex-presidente Donald Trump com base na indicação e financiamento ilegal do conselheiro especial Jack Smith é concedida de acordo com essa ordem. A acusação é arquivada porque a indicação do conselheiro especial Smith viola a cláusula de indicações da Constituição dos Estados Unidos”, escreveu Cannon na decisão.

Trump comemorou a decisão em sua rede social, a Truth, afirmando que o arquivamento confirma sua alegação, sem provas, de que o processo é fruto de perseguição política por Joe Biden.

“Enquanto avançamos na unificação da nossa nação após os eventos horríveis de sábado, essa anulação da acusação ilegal na Flórida deve ser apenas o primeiro passo, seguido rapidamente pela anulação de TODAS as Caças às Bruxas”, afirmou, listando em seguida os outros dois processos pendentes contra ele e a condenação em Nova York.

“O Departamento de Justiça democrata coordenou TODOS esses ataques políticos, que são uma conspiração de interferência eleitoral contra o oponente político de Joe Biden, EU. Vamos nos unir para ACABAR com toda a armação do nosso sistema de Justiça e tornar a América grande novamente!”, completou.

Fotos obtidas na investigação mostram caixas de papéis empilhadas até em um banheiro do resort Mar-a-Lago, na Flórida. Além do ex-presidente, havia mais dois réus nesse caso: Walt Nauta, ajudante de Trump, e o português Carlos De Oliveira, gerente da propriedade.

Eram 40 acusações, referentes a retenção intencional de informação de defesa nacional e conspiração para obstrução da Justiça. Desse total, 32 preveem reclusão de até 10 anos cada, 6 de até 20 anos, e 2 de até 5 anos.

O julgamento chegou a ser marcado para começar em 20 de maio, mas foi adiado indefinidamente pela juíza, de um circuito da Justiça federal na Flórida, enquanto questões pré-julgamento não eram resolvidas. Cannon já vinha sendo criticada, sobretudo por democratas, pela demora.

Segundo a investigação que embasou o processo, agora arquivado, três meses após Trump deixar a Casa Branca, assessores moveram para o banheiro do resort de Mar-a-Lago, na Flórida, caixas com papéis do governo que não deveriam ter deixado Washington.

Em maio, essas caixas foram levadas a um depósito. De janeiro de 2021 a agosto de 2022, quando houve operação do FBI no local, os documentos foram manuseados várias vezes e chegaram a ser armazenados em um banheiro e em um salão de festas.

Segundo a denúncia, os documentos “incluíam informações sobre as capacidades de defesa e armamentos tanto dos EUA quanto de países estrangeiros; programas nucleares, vulnerabilidades potenciais do país e de seus aliados a ataques militares; e planos para possíveis retaliações em resposta a ataques estrangeiros”.

A acusação dizia ainda que Trump abriu os documentos secretos a pessoas sem credenciais de segurança em pelo menos duas ocasiões. Em julho de 2021, no Trump National Golf Club, em Nova Jersey, deu entrevista a um escritor, um editor e dois funcionários em que mostrou e detalhou um plano de ataque ao Irã que disse ter sido preparado pela Defesa americana.

Em outra conversa, que a denúncia diz ter ocorrido em agosto ou setembro de 2021 no mesmo clube, ele mostrou a um apoiador político um mapa de uma operação militar e disse que não deveria compartilhar aquela informação.

Há ainda outros dois processos criminais em aberto contra ele, um na Geórgia por tentativa de reverter a derrota na eleição no estado e outro federal, também liderado por Smith, em que ele é acusado de tentar reverter a derrota nacionalmente.

Fernanda Perrin/Folhapress

Medida que pode ampliar BPC abre divergência entre ministérios

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute uma proposta que pode flexibilizar critérios de avaliação da pessoa com deficiência e, com isso, turbinar a concessão do BPC (Benefício de Prestação Continuada), uma das despesas que estão na mira da equipe econômica justamente pelo crescimento acelerado nos últimos meses.

A iniciativa foi concebida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e abriu divergência com outros órgãos do governo, sobretudo os ministérios que trabalham na revisão de gastos.

A Folha teve acesso ao relatório do grupo de trabalho sobre a mudança na avaliação, que servirá de base para uma minuta de decreto, que ainda não chegou formalmente à Casa Civil.

A medida prevê a criação do Sistema Nacional de Avaliação Unificada da Deficiência, um novo modelo para certificar cidadãos como pessoas com deficiência. A classificação abre caminho para o reconhecimento de direitos, como isenções no IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) e acesso ao BPC para aqueles de menor renda.

Integrantes do governo veem dificuldades para avançar em uma medida que possa ter impacto negativo nas contas públicas no momento em que o governo é pressionado a reduzir gastos.

No início do mês, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou para 2025 um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais, que passarão por um pente-fino —inclusive o BPC.

Auxiliares palacianos dizem ainda não ser possível fechar posição sobre o texto proposto pelo Ministério de Direitos Humanos porque não foram apresentadas estimativas de impacto.

Uma ala do governo defende que os novos critérios sejam usados apenas para outras políticas voltadas a pessoas com deficiência, menos o BPC. Um técnico ouvido pela reportagem diz ser necessário atualizar a avaliação do benefício, mas a iniciativa precisa vir acompanhada de correções de problemas do BPC.

Uma das propostas que constam do relatório prevê que a nova avaliação “seja conduzida inicialmente por equipes multiprofissionais da Previdência Social e da saúde, selecionadas por sua capilaridade, interiorização e abrangência em termos quantitativos de profissionais em todo o território nacional”.

Hoje, apenas peritos da Previdência avaliam pessoas com deficiência que solicitam o BPC. Para técnicos do governo críticos à proposta, permitir que a avaliação fique a cargo de agentes de saúde nos municípios pode ampliar a discricionariedade do processo e elevar as concessões.

O documento diz ainda que o novo modelo biopsicossocial de avaliação considera aspectos não só físicos e psicológicos, mas também sociais e ambientais.

O chamado IFBrM (Instrumento de Funcionalidade Brasileiro Modificado) mede a capacidade potencial de a pessoa realizar atividades e as barreiras enfrentadas, segundo uma lista de fatores: produtos e tecnologias, condições de habitação e mudanças ambientais, apoio e relacionamentos, atitudes de pessoas externas (como preconceito, discriminação ou capacitismo) e acesso a serviços e políticas públicas.

Os cidadãos reconhecidos pelo instrumento receberiam o Certificado Nacional da Pessoa com Deficiência.

Técnicos alertam que o alargamento dos critérios pode resultar na equiparação de quaisquer doenças crônicas a deficiência, ou desconsiderar a progressão de crianças que nascem com alguma deficiência, mas conseguem transpor dificuldades ao longo da vida.

Embora o relatório diga que a mudança não interfere nas regras dos programas, facilitar o reconhecimento do direito pode impulsionar as concessões do BPC, que tem hoje quase 6 milhões de beneficiários —3,2 milhões deles de pessoas com deficiência. A despesa com o programa está prevista em R$ 105,1 bilhões neste ano.

O grupo de trabalho contou com representantes dos ministérios dos Direitos Humanos, do Desenvolvimento e Assistência Social, da Gestão, do Planejamento, da Fazenda, da Previdência e da Saúde, além da Casa Civil e do Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência). A discussão durou um ano, mas as preocupações fiscais ficaram mais evidentes na reta final dos trabalhos.

O MDH defendeu o novo modelo de avaliação e disse que a mudança está em análise. “A partir de agora, com esse diagnóstico feito por um conjunto de ministérios, haverá estudo sobre os possíveis impactos financeiros –ou até mesmo economia de recursos advinda da avaliação unificada”, afirmou em nota.

A pasta disse ainda que a adoção do formato pode levar à maior racionalidade no uso de recursos. “Pode-se, com a avaliação biopsicossocial da deficiência, apontar quais tipos de serviços de reabilitação aquele indivíduo necessita para ser mais autônomo, pode-se definir quem poderá disputar vagas de emprego pela cota de pessoa com deficiência, ou até mesmo quem tem direito ao passe livre.”

Já o MDS disse que a avaliação unificada “possui metodologia aprimorada” em comparação à utilizada hoje para a concessão do BPC. Segundo a pasta, a proposta leva em consideração “elementos fundamentais para ampliar o acesso das pessoas com deficiência a direitos”.

“A avaliação de impacto será possível após a instituição do novo modelo e aplicação da avaliação”, afirmou.

O Planejamento informou que o decreto ainda não foi apresentado e que “eventuais impactos financeiros ainda serão discutidos”. A Casa Civil disse que a proposta ainda não está sob análise do ministério. A Fazenda foi procurada em 28 de junho, mas não se manifestou.

BPC TEVE CRESCIMENTO ACELERADO A PARTIR DE 2022

As concessões do BPC tiveram uma aceleração considerável a partir do segundo semestre de 2022. Até então, o público do programa oscilava entre 4,6 milhões e 4,7 milhões, com pequenas variações mensais. Em julho daquele ano, o governo habilitou 93 mil novos beneficiários. No mês seguinte, mais 90 mil.

Desde então, as concessões têm se mantido superiores a 50 mil por mês. Em abril, a quantidade de pessoas que estão no BPC alcançou 5,9 milhões.

Embora houvesse um represamento de pedidos, devido à fila do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), técnicos do governo veem uma situação de descontrole e buscam explicações para o fenômeno.

Além das concessões, também aumentou o número de novos requerimentos, de 146,6 mil por mês na média de 2023 para 170,9 mil mensais em 2024. O avanço se dá em todas as regiões, mas tem mais força no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Um dos possíveis fatores de impulso foi a mudança feita em 2021 na Loas (Lei Orgânica de Assistência Social), que permitiu deduzir da renda familiar os valores destinados a pagar médicos, fraldas, alimentos especiais ou medicamentos. Em outubro daquele ano, o governo baixou uma portaria definindo um abatimento padrão para cada categoria, simplificando o processo.

O Executivo também simplificou a avaliação social, permitindo a aprovação automática nesse quesito em algumas situações. Ainda assim, o requerente precisa passar pela avaliação de renda e, se for pessoa com deficiência, pela perícia médica.

Há ainda brechas legais, como uma portaria da época da pandemia de Covid-19 que permite a concessão do BPC a pessoas que não estão no Cadastro Único.

Idiana Tomazelli e Marianna Holanda/Folhapress

Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em setembro e outubro

Cerca de 4,24 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em setembro e outubro podem sacar, a partir desta segunda-feira (15), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.

Ao todo, o governo liberará R$ 4,52 bilhões, dos quais R$ 3,9 bilhões para o PIS e R$ 620 milhões para o Pasep. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.

Neste mês, o pagamento continua a ser antecipado aos trabalhadores do Rio Grande do Sul nascidos de setembro a dezembro que regularizaram a situação após 15 de maio. Serão beneficiados 5.426 trabalhadores com recursos de cerca de R$ 5,67 milhões. Em maio e junho, cerca de 760 mil trabalhadores do estado, afetado pelas enchentes do fim de abril e do mês de maio, tiveram o pagamento antecipado.

Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões trabalham na iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento, no caso do PIS, e no número final de inscrição, no caso do Pasep. Os saques começam nas datas de liberação dos lotes e acabam em 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Agência Brasil

Suspeito de tráfico é preso pela PM em Jequié

Policiais militares do 19º BPM prenderam um indivíduo, suspeito de tráfico de drogas, no final da tarde de sábado (13), em Jequié.

Os pms receberam uma denúncia de comercialização de entorpecentes na localidade conhecida como Curral Novo. Ao chegarem, os pms identificaram um suspeito, que tentou fugir, mas foi alcançado. Com ele, foram encontrados três tabletes de cocaína e uma sacola com porções da droga, além de um tablete de crack.

O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado para o registro da ocorrência junto à 9ª Coorpin.


Drogas são encontradas com suspeitos de tráfico em Itabuna

Policiais militares do 15º BPM detiveram três suspeitos de tráfico, na noite de sábado (13), em Itabuna.

Os pms realizavam rondas nas imediações da Av. Manoel Chaves, no bairro São Caetano, quando presenciaram três indivíduos dispensando uma sacola após perceberam a aproximação dos militares. Durante a abordagem aos suspeitos, foram encontrados sete porções de cocaína, dois frascos de lança-perfume e dinheiro em espécie.

Os suspeitos e o material apreendido foram encaminhados para o registro da ocorrência junto à delegacia que atende à região.

 
 

Em Feira de Santana, 15 homens são flagrados pela PM com aves silvestres

Guarnições da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) detiveram 15 indivíduos flagrados com aves silvestres, na manhã deste domingo (14), em Feira de Santana.

Os pms atuavam na fiscalização da feira livre da Rua Dr. Simões Filho, quando avistaram um local de comércio ilegal de aves silvestres. Com a aproximação da PM, os suspeitos fugiram, sendo 15 deles alcançados e detidos.

Os conduzidos e as 332 aves silvestres que estavam sendo comercializadas, de 22 espécies distintas, foram apresentados no complexo policial do município.

Aliados de Lula receiam fortalecimento da direita, e bolsonaristas tentam explorar atentado a Trump

Aliados do presidente Lula (PT) temem que o atentado a Donald Trump, no sábado (13), reforce o discurso de que há perseguição contra a direita no mundo e fortaleça o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atacado com uma facada na campanha presidencial de 2018.

Governistas também avaliam que o caso tende a aumentar a pressão contra o democrata Joe Biden e aproximar o candidato republicano da vitória nas eleições dos Estados Unidos.

Lula já declarou abertamente que torce pela vitória de Biden, tendo dito em junho que, se o adversário vencer, “a gente não tem noção do que ele vai fazer”.

A comparação entre os ataques a Trump e a Bolsonaro foi feita pelo ex-presidente brasileiro e replicada nas redes sociais por diferentes aliados —como o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das que postaram fotos do marido atingido pela facada em 2018 e do americano com sangue no rosto.

“Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores”, afirmou Bolsonaro neste domingo (14), ignorando outros episódios de violência política, como os tiros que atingiram dois ônibus da caranava de Lula, em 2018.

No sábado, logo após o crime, o ex-mandatário brasileiro chamou Trump de “maior líder mundial” e escreveu: “Nos veremos na posse”.

Ele, porém, está com o passaporte apreendido por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

O atentado contra o americano, uma espécie de ídolo político dele, ocorre em momento em que Bolsonaro sofre reveses no Judiciário —foi indiciado no inquérito que trata de joias recebidas pelo governo brasileiro e viu aliados serem alvo de operação da PF na última semana, sobre espionagem clandestina na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Apesar do paralelo feito por bolsonaristas com o ataque de 2018, um aliado de Lula lembra que Bolsonaro foi hospitalizado após a facada e faltou aos debates presidenciais —diferentemente de Trump, que já recebeu alta.

Ele afirma que ainda é difícil medir o impacto do episódio na campanha americana e lembra que a esquerda e o centro conseguiram se unir e derrotar a ultradireita nas eleições legislativas da França, ao contrário do que previam analistas.

No Brasil, políticos de diferentes colorações partidárias descartam, porém, que o atentado contra Trump possa influenciar diretamente as eleições municipais, em outubro.

O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, afirma que o episódio não deve alterar a participação do presidente Lula na campanha deste ano, apesar da maior preocupação com segurança.

O petista diz que Lula estará presente na convenção eleitoral que vai oficializar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo, no próximo sábado (20).

“Na verdade acho que haverá mais cuidados ainda [com a segurança]. Mas não creio que ele vá mudar de ideia em participar da campanha. Inclusive, ele já vai para a convenção do Boulos,”, afirma Costa.

O presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, senador Ciro Nogueira (PI), também descarta efeito nas eleições de outubro. “Não acho que tenha impacto [no pleito brasileiro], já vamos ter uma vitória histórica”, diz.

Para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o atentado de sábado vai ter influência nos Estados Unidos por causa da “maior revolta dos eleitores” de lá.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desejou rápida recuperação ao candidato republicano neste domingo e afirmou que outras tragédias vão acontecer, se não houver a busca pela “convivência pacífica e democrática”.

“Atos extremistas e violentos vêm se repetindo mundo afora, não só na esfera política, e uma reflexão urgente sobre esse estado permanente de ódio se impõe. Ou ampliamos a busca pela convivência pacífica e democrática, ou veremos outras tragédias acontecerem.”

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou pelas redes sociais que a Casa repudia com veemência qualquer ato de violência, como o sofrido por Trump: “As divergências se resolvem no voto da maioria e na vontade do povo”.

Assim como o presidente Lula, integrantes do governo também repudiaram publicamente o ataque contra Trump.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que toda violência política macula a democracia e deve ser duramente condenada.

“Minha solidariedade ao ex-presidente Trump. Que tristeza, mais esse episódio de violência contra um candidato no curso de sua campanha”, declarou a ministra, candidata à Presidência da República nas últimas eleições.

Na mesma linha, o líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que a violência contra Trump deve ser repudiada por todos os democratas do mundo.

“A política é e sempre será o espaço para o diálogo e a democracia. A violência em qualquer lugar contra quem quer que seja deve ser sempre combatida”, declarou pelas redes sociais.

Aliados de Bolsonaro, por sua vez, tentam usar o ataque a tiros contra Trump para reforçar a tese de perseguição contra líderes conservadores e lembram a facada sofrida pelo ex-presidente.

O discurso é similar ao que fazem para comentar investigações contra Bolsonaro, que se tratariam de uma atuação das elites política e jurídica que não aceitam as mudanças que ele teria implementado no país.

“A história se repete. Se não podem vencer, tentam matar. Trump irá voltar”, escreveu nas redes sociais Jair Renan, um dos filhos do ex-presidente Bolsonaro, ao publicar uma montagem com a foto do pai e de Trump.

O senador Flávio postou: “Líderes de direita são vítimas de atentados contra suas vidas, por motivos políticos. Alem do discurso de ódio, a esquerda pratica o ódio. Fato! Assim como @jairbolsonaro no Brasil, tentam matar @realDonaldTrump porque ele já está eleito! Se Deus quiser, ambos ainda vão a colaborar muito com seus países!”.

Matheus Teixeira e Thaísa Oliveira/Folhapress

Ibirataia vence Jaguaquara e é campeã da Copa Intervale

A seleção de Ibirataia sagrou-se campeã pela primeira vez da Copa Intervale, ao vencer a seleção de Jaguaquara pelo placar de 3 a 1, na tarde deste domingo, 14. O estádio “O Tesourão” estava completamente lotado, numa festa muito linda, digna de uma final. Ibirataia fez valer o fator casa e venceu bem seu adversário, anotando seus gols com Jhones, Fábio Bahia e Joadson.
Esta conquista de Ibirataia coroa a campanha sublime realizada pela equipe ao longo da competição, onde obteve mais de 10 vitórias, sofreu apenas uma derrota, não perdeu de ninguém dentro de casa e passou todo o campeonato como a 1ª colocada na classificação geral.

Diante disso, o título foi mais do que merecido. Metade do time titular de Ibirataia estará defendendo a seleção de Ipiaú no Intermunicipal, são eles: Joaninha, Bicudo, Draid, Sávio e Fábio Bahia. O título rendeu a Ibirataia a premiação de R$ 60.000,00, enquanto a seleção de Jaguaquara faturou R$ 20.000,00 com o vice campeonato. (GIRO/Romário Henderson)


Apoiadores de Bolsonaro cantam ‘Trump vive’ em protesto esvaziado na Paulista

O ataque a tiros contra o ex-presidente Donald Trump virou pauta do ato bolsonarista esvaziado realizado na avenida Paulista neste domingo (14). Gritos de “Trump vive” se juntaram a cantos contra o presidente Lula (PT), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes ocuparam menos de um quarteirão em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), em apenas um dos sentidos da via, aberta para pedestres.

Em forma de bonecos de Olinda, enfeitando uma pick-up pintada com as cores da bandeira da Argentina de Javier Milei, estavam o político americano, que irá disputar a eleição à Presidência dos Estados Unidos em novembro, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sorrindo lado a lado. Compunha ainda o cenário do protesto na capital paulista um gigante Lula inflável vestido de presidiário.

O ato não contou com a presença de Bolsonaro, que foi a Santos (SP) participar do lançamento da pré-candidatura de Rosana Valle (PL) à Prefeitura.

Apesar da deflagração de nova fase da operação que mira a existência da chamada “Abin paralela” e de ter sido indiciado pela Polícia Federal em investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo seu governo, o ex-presidente manteve ritmo de viagens e agendas político-eleitorais.

O ato deste domingo é o segundo promovido pelo recém-criado Movimento Liberdade, que se define como de direita e liberal e diz ter como objetivo divulgar a pauta conservadora e a educação política aos jovens. Uma motociata também saiu do Sambódromo, foi à cidade de Jundiaí e retornou a São Paulo para se unir aos manifestantes.

Na avenida Paulista, os manifestantes falavam com indignação e incredulidade sobre a tentativa de assassinato contra Trump. Ganhou coro entre o grupo também narrativa difundida em redes bolsonaristas de que veículos de comunicação teriam minimizado o episódio ou inventado que o americano apenas caiu.

Uma mulher reclamava que a mídia disse que “Trump tropeçou”, enquanto distribuía, com uma prancheta, um abaixo-assinado por um projeto de lei que obrigue a contagem manual de votos no Brasil.

Assim como outros organizadores do evento, ela vestia camiseta com a mensagem: “Democracia só com contagem pública dos votos”, repetindo bandeira bolsonarista da eleição de 2022. Outra manifestante usava uma blusa com os rostos de Bolsonaro e Trump. Durante a execução do hino nacional, as bandeiras brasileira e norte-americana foram erguidas.

No caminhão de som, um sósia do presidente argentino Milei comparou o atentado nos EUA à facada contra Bolsonaro em 2018: “Esse é o modus operandi da esquerda. É a morte, é a destruição”, discursou o homem que se identificou como Ademar Meireles, suplente de deputado federal por Santa Catarina pelo PL. Ele terminou com a famosa frase do argentino: “Viva la libertad, carajo”.

O carro foi coberto de placas com os escritos “fora Morais [sic]”. Outro cartaz trazia fotos de ministros do Supremo e pedia “demissão coletiva do STF, compre essa idéia [sic]”, chamando a corte de “inútil e corrupta”. Os manifestantes puxaram coros ainda de “volta, Bolsonaro” e “fora Pachecão, capacho do Xandão”.

Participaram do ato o senador Eduardo Girão (Novo-CE), pré-candidato a prefeito de Fortaleza, e o youtuber português Sérgio Tavares, que ficou conhecido por ser detido no aeroporto de Guarulhos em fevereiro ao desembarcar para ir a ato de Bolsonaro. “Quiseram matar mais um homem de bem”, discursou ele sobre Trump neste domingo.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), um dos únicos nomes de peso do bolsonarismo que anunciou sua presença nas redes sociais, acabou não comparecendo.

Segundo os organizadores, o objetivo do protesto era pedir o impeachment de Lula e de Moraes, além da defesa de pautas como a liberdade de expressão e a anistia aos presos políticos dos ataques golpistas de 8 de janeiro, e de se manifestar contra o aborto e o que chamam de perseguição a Bolsonaro.

Em comunicado, eles pediram que não fossem levadas faixas que pedissem fechamento de instituições, golpe de Estado ou intervenção militar, que ofendessem a honra e a dignidade de pessoas e que propusessem soluções violentas ou ilícitas.

O ato terminou com uma breve confusão por causa do trânsito. Segundo policiais militares no local, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) liberou o trânsito na avenida antes do previsto, e alguns carros ficaram “presos” no meio da manifestação. Dois homens discutiram, e um chegou a dar socos no outro, mas a briga foi rapidamente apartada e os carros saíram de ré com auxílio da PM.

Júlia Barbon/Folhapress
Videio Fonte Folha Politica

Ipiaú: Equilíbrio marca a 16º rodada do Campeonato Master da AABB

                          Equilíbrio marca a 16º rodada do Campeonato Master

Neste domingo (14.07) aconteceu no campo B da AABB Ipiau mais uma rodada do Campeonato Master 2024.

E o equilíbrio foi a marca desta rodada, Real Calcados e Impacto Calçados fizeram um jogo bastante equilibrado e o empate prevaleceu.

Real Calçados 2x2 Impacto Calçados
Gols
Real Calçados: Jason e Ari
Impacto Calçados: Caboquinho (2)

No segundo jogo entre Construcasa e Cairo Auto Peças, também bastante equilíbrio e o jogo terminou com o empate.

Construcasa 2x2 Cairo Auto Peças
Gols
Construcasa: Nelson e Jurandi
Cairo Auto Peças: Valdir e Cal Embasa

Próxima rodada - 17.07 (quarta-feira)
10ª rodada
19:15 - Oral Center x Construcasa
20:30 - Sintonia Medical x Real Calçados

Descriminalização do porte de maconha é rejeitada por eleitores de Bolsonaro e Lula

A maioria dos eleitores que votou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022 não concorda com a descriminalização do porte de maconha, segundo levantamento do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) realizado entre os dias 4 e 8 deste mês.

Ao unir os eleitores do atual chefe do Poder Executivo e do antecessor, 69% são contrários ao que foi decidido recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os que são a favor favor são 24%. Nem a favor, nem contra são 5% e não sabem ou não responderam, 2%. O levantamento ouviu 2.000 pessoas em 129 municípios. O nível de confiança é de 95%.

Entres aqueles que votaram em branco ou anularam o voto no segundo turno das eleições gerais de 2022, 19% se dizem favoráveis à descriminalização do porte de maconha. Para 72%, a decisão do STF não foi acertada. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder, e 4% opinaram pelo tanto faz.

O STF publicou no dia 29 de junho a ata do julgamento que coloca em prática a decisão que descriminalizou o porte de até 40 gramas de maconha no Brasil.

A descriminalização decidida pelo STF não quer dizer que a maconha foi liberada no País, nem que haverá comércio legalizado da planta ou das flores prontas para consumo. A decisão acompanha a Lei das Drogas, aprovada pelo Congresso em 2006, que já previa que o porte da substância não deveria ser punido com prisão ou processado criminalmente. A legislação, no entanto, não determinava critério técnico de quantidade para diferenciar usuário de traficante.

Heitor Mazzoco/Estadão Conteúdo

Colômbia não perde há 28 jogos, mas último algoz foi justamente a Argentina

(UOL/FOLHAPRESS) - Dia 1º de fevereiro de 2022. Foi nessa data, há dois anos e meio, que a Colômbia conheceu sua última derrota: 1 a 0 para a Argentina. Sem Messi em campo, Lautaro Martínez fez o único gol do jogo. De lá pra cá, os colombianos entraram em campo 28 vezes, derrubaram gigantes e nunca mais foram derrotados. Hoje, as seleções se enfrentam pela final da Copa América, às 21h, em Miami.

Naquela Data Fifa, a Colômbia praticamente deu adeus às chances de se classificar para a Copa do Mundo. O time que era dirigido por Reinaldo Rueda perdeu também para o Peru e nem as duas vitórias nas rodadas finais foram suficientes para colocar o time na zona de classificação.

Rueda deixou o comando técnico e a a seleção foi dirigida em um amistoso pelo treinador do sub-20 Hector Cardenas até a escolha de Néstor Lorenzo para assumir a equipe. Lorenzo fora auxiliar de José Pékerman por 13 anos na carreira, mas tinha somente um trabalho como treinador principal no Melgar (PER).

Lorenzo estreou com três vitórias, depois empatou duas vezes, voltou a vencer outrass duas e teve seu primeiro teste de fogo contra a poderosa Alemanha. Em Gelsenkirchen, Luis Díaz e Cuadrado comandaram a vitória por 2 a 0 dos colombianos, que chegavam a 11 jogos de invencibilidade.

Como gritavam os colombianos na arquibancadas do Bank of America Stadium, em Charlotte (EUA), na semifinal da Copa América, o time começou a acreditar: "sim, nós podemos". A próxima grande vítima seria o Brasil, em Barranquila (COL), com vitória por 2 a 1.

A Colômbia, então, foi provar o seu poderio em Londres: 1 a 0 em cima da Espanha, atual finalista da Eurocopa. A vitória nesse amistoso abriu o ano de 2024 e deu ainda mais moral para o time chegar até onde não chegava há 23 anos: a final da Copa América.

Para continuar o sonho, a Colômbia vai ter que passar por cima daqueles que foram os últimos a saírem vitoriosos contra a equipe de Néstor Lorenzo. E, dessa vez, Messi ainda estará em campo.

Sequência de 28 jogos de invencibilidade:
Colômbia 3 x 0 Bolívia (Eliminatórias da Copa, 2022)
Colômbia 1 x 0 Venezuela (Eliminatórias da Copa, 2022)
Colômbia 1 x 0 Arábia Saudita (Amistoso 2022)
Colômbia 4 x 1 Guatemala (Amistoso 2022)
Colômbia 3 x 2 México (Amistoso 2022)
Colômbia 2 x 0 Paraguai (Amistoso 2022)

*início da Era Néstor
Colômbia 0 x 0 Estados Unidos (Amistoso 2023)
Colômbia 2 x 2 Coreia do Sul (Amistoso 2023)
Colômbia 2 x 1 Japão (Amistoso 2023)
Colômbia 1 x 0 Iraque (Amistoso 2023)
Colômbia 2 x 0 Alemanha (Amistoso 2023)
Colômbia 1 x 0 Venezuela (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 0 x 0 Chile (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 2 x 2 Uruguai (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 0 x 0 Equador (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 2 x 1 Brasil (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 1 x 0 Paraguai (Eliminatórias da Copa, 2023)
Colômbia 1 x 0 Venezuela (Amistoso 2023)
Colômbia 3 x 2 México (Amistoso 2023)
Colômbia 1 x 0 Espanha (Amistoso 2024)
Colômbia 3 x 2 Romênia (Amistoso 2024)
Colômbia 5 x 1 Estados Unidos (Amistoso 2024)
Colômbia 3 x 0 Bolívia (Amistoso 2024)
Colômbia 2 x 1 Paraguai (Copa América 2024)
Colômbia 3 x 0 Costa Rica (Copa América 2024)
Colômbia 1 x 1 Brasil (Copa América 2024)
Colômbia 5 x 0 Panamá (Copa América 2024)
Colômbia 1 x 0 Uruguai (Copa América 2024)

Leia Também: Copa América nos EUA: aumento de público e campos reduzidos dão 'aperitivo' do Mundial em 2026

Trump lamenta morte de apoiador em comício; eleitores se juntam em ato em NY

O ex-presidente americano Donald Trump publicou neste domingo (14) sua segunda mensagem desde que foi alvo de um atentado a tiros na véspera, durante comício no estado da Pensilvânia.

O texto, divulgado na plataforma criada pelo próprio líder, Truth Social, tem forte componente religioso, e pede que os apoiadores do republicano sigam “resilientes na nossa Fé e desafiadores diante da Maldade”.

Também presta solidariedade às demais vítimas do tiroteio —um participante do comício foi morto, e outros dois estão feridos em estado grave.

“Nosso amor vai para as demais vítimas e seus familiares. Rezamos para a recuperação daqueles que foram feridos, e guardamos nos nossos corações a memória do cidadão que foi morto de forma tão horrível”, escreveu Trump.

Ainda no texto, Trump disse que foi “só Deus que impediu que o inimaginável acontecesse”. O candidato à Presidência pelo Partido Republicano foi ferido na orelha, mas foi retirado do palco por agentes do Serviço Secreto e passa bem. O suposto atirador foi morto por agentes de segurança naquele mesmo instante.

O líder conservador ainda confirmou que pretende participar nos próximos dias de um evento de campanha no estado de Wisconsin, o que seus assessores já tinham antecipado.

“Neste momento, é mais importante do que nunca que permaneçamos Unidos e que mostremos nosso Verdadeiro Caráter enquanto americanos, permanecendo Fortes e Determinados e não permitindo que o Mal Vença. Eu amo verdadeiramente nosso País, e amo todos vocês, e estou ansioso pela oportunidade de falar à nossa Grande Nação nesta semana em Wisconsin”, escrevem.

APOIADORES SE REÚNEM EM FRENTE À TRUMP TOWER
Um a um, do sábado para o domingo, eles encheram a Quinta Avenida em Nova York —moradores locais, turistas, curiosos e fãs— confiantes de que, naquela noite, teriam companhia na Trump Tower.

Christine Randall, 59, estava assistindo de sua casa em Manhattan o comício do ex-presidente Donald Trump, realizado em Butler, na Pensilvânia, quando soaram os tiros.

“Eu achei que talvez ele estivesse morto. Comecei a chorar”, disse Randall pouco antes das 22h do sábado (13). “Quando ele se levantou, fiquei tão feliz.”

Ela conta que em seguida pegou seu boné “Make America Great Again” (Faça a América Grande de Novo, em português) e uma bandeira com a inscrição “Take America Back” (Retome a América) e começou a caminhar em direção ao edifício do ex-presidente.

Ela não estava sozinha.

Com uma muralha de policiais guardando a entrada dourada da torre e um punhado de câmeras de TV próximas, cerca de duas dezenas de pessoas se reuniram, mesmo horas depois dos disparos, para demonstrar seu apoio a Trump e e para buscar algum consolo entre os abalados.

Eles trocavam históricas sobre onde estavam no momento do tiroteio e tiravam fotos dos enfeites e adereços vermelhos pró-Trump uns dos outros.

Acenavam para os motoristas e motociclistas que buzinavam ou levantavam o punho ao passarem pela rua ao lado —”Nós te amamos, Trump! Nós te amamos”, alguém gritou da rua.

“Eu vou ficar aqui a noite inteira”, disse Lynda Andrews, 51, vestindo um boné pró-Trump, uma blusa vermelho brilhante e segurando uma bandeira americana.

Andrews disse que é originária da Pensilvânia, o estado onde o comício ocorreu. Ela afirmou ter “entrado em choque” enquanto assistia, de sua casa no Harlem, o evento com Trump.

“Eu vi ele [Trump] levantar sua mão”, Andrews disse. “Fiquei pensando: esse é o meu cara”.

Ela então trocou de roupa e partiu em direção ao centro da cidade.

Folhapress

Eleições EUA: Trump pode explorar imagem de força em contraste à de Biden, dizem especialistas

Ao permanecer vivo após sofrer uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia, no sábado, 13, o ex-presidente americano Donald Trump deve trabalhar a sua imagem como um homem “resiliente e viril”, o que pode reforçar um contraste com o seu adversário, Joe Biden, segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast Político.

Tiros interromperam no sábado um evento do candidato republicano, que foi retirado às pressas com um ferimento na orelha. Ensanguentado, saiu em fotos com o punho erguido. O caso é investigado como tentativa de assassinato, segundo o FBI.

Para Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o acontecimento não deve revolucionar o quadro eleitoral, mas dá oportunidades de uma campanha mais favorável aos republicanos.

Primeiramente, aponta o especialista, o evento abre espaço a vitimização de Trump, uma vez que ocorreu na presença de um grande público, foi amplamente registrado por imagens e deve gerar desdobramentos devido às apurações policiais.

Na análise de Cortez, o ex-presidente poderá enfatizar atributos que reforcem diferenças físicas com relação a Biden. Ambos têm idades elevadas, mas o adversário tem sido alvo de questionamentos sobre as suas condições físicas para uma reeleição.

“O evento deve propiciar imagens de um Trump resiliente, reforçando uma força do Trump e uma fraqueza do Biden”, projeta Cortez. “As redes sociais já mostram isso, com a circulação de imagens de forte apelo nessa ótica.”

Para Cortez, porém, ainda é preciso verificar como os eleitores vão interpretar os acontecimentos. Por um lado, segundo ele, o atentado a Trump pode aumentar a presença dos republicanos nas urnas, em um sistema eleitoral cujo voto não é obrigatório. Por outro, parte dos americanos pode se posicionar com desconfiança e crer que houve manipulação. Ou seja, o mesmo evento será passível de opiniões muito distintas.

Roberto Goulart Menezes, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os Estados Unidos, também avalia que a exploração dessa imagem de “virilidade” é uma possibilidade para Trump, mas pondera que o sucesso dessa estratégia depende das investigações

Para Menezes, Trump deve sustentar a ideia de que é perseguido e de que estão tentando tirá-lo da competição à força. Por outro lado, os democratas provavelmente argumentarão que a maior circulação de armas é nociva à população, inclusive aos presidentes.

“Um Trump inabalável é uma imagem possível de ser explorada por eles. A imagem auto-atribuída de um Trump viril”, aponta o especialista, que também é professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. “No entanto, é preciso aguardar a investigação e saber as conexões com a candidatura em si do Trump.”

O Serviço Secreto dos EUA informou que o atirador começou o tiroteio por volta de 18h15 (horário local), disparando múltiplos tiros de uma posição elevada fora do local onde aconteceu o comício, e foi morto logo em seguida pelas forças de segurança.

Diante de comparações do atentado a Trump com a facada em Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral de 2018, os professores veem situações divergentes.

Embora a vitória de Bolsonaro naquele ano sugira que Trump trilhe o mesmo caminho, Cortez e Menezes destacam que, na época, o candidato brasileiro era mais desconhecido. Com curto espaço na televisão, Bolsonaro cresceu nas pesquisas após o atentado. De 19% no Datafolha de agosto, passou do 1º turno com 46%. Na disputa, também houve uma troca do principal candidato adversário, devido à prisão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump, por sua vez, já foi presidente dos Estados Unidos e tem espaço na mídia, portanto, sua imagem está mais estabelecida para seus eleitores e seus opositores. O quadro, portanto, é de uma polarização ainda maior.

“No caso do Trump, o cenário já está polarizado. Com Bolsonaro, em 2018, ainda não estava polarizado tal como nos tempos de agora nos Estados Unidos”, pontua Menezes.

A campanha da candidatura republicana diz que Trump irá à convenção do partido entre os dias 15 e 18 de julho, em Milwaukee, onde será anunciado oficialmente como o nome da legenda para a Casa Branca. Os assessores do ex-presidente dizem que ele está “bem”. As eleições estão marcadas para novembro deste ano.

Em pronunciamento à imprensa, Biden condenou a violência política no País. “A ideia de que existe violência política ou violência como esta na América é simplesmente inédita. Simplesmente não é apropriado. Todos devem condená-la”, disse o presidente.

Victor Ohana/Estadão Conteúdo

PF e BPFRON apreendem veículo com mercadorias contrabandeadas

Foz do Iguaçu/PR - Policiais federais e militares apreenderam, na noite desta sexta-feira (12/07), um veículo com vários volumes de mercadorias contrabandeadas do Paraguai, em um porto clandestino no rio Paraná.

Os policiais realizavam um patrulhamento nas áreas marginais do rio, que faz fronteira com o território paraguaio, quando identificaram uma embarcação se aproximando de um porto clandestino. Ao chegarem no local, os indivíduos que estavam descarregando os volumes fugiram pela mata, enquanto a embarcação retornou para o outro lado do rio.

Um veículo foi encontrado e sete volumes de mercadorias estrangeiras variadas foram localizadas no meio da mata local. Nos volumes foram encontrados cigarros eletrônicos, bateria de celulares, bicos injetores dentre outros produtos.

Todo o material foi encaminhado à Receita Federal para a adoção dos procedimentos de praxe.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

PF e PCERJ prendem líder de facção criminosa, em Volta Redonda

Volta Redonda/RJ. Na manhã deste sábado, 13/7, a Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Civil, prendeu um líder de facção criminosa que atuava no domínio de comunidades, em Volta Redonda/RJ, no Sul Fluminense.
O criminoso, que era procurado pela justiça desde dezembro de 2022, possuía três mandados de prisão preventiva em aberto. Além dos referidos mandados, a equipe integrada de policiais cumpriu um mandado de busca e apreensão, expedido pela Vara Criminal de Barra do Piraí, no bairro São José do Turvo, Distrito de Barra do Piraí/RJ. Durante as buscas, os policiais apreenderam uma pistola 9mm, uma granada de mão ofensiva em pronto emprego, uniformes táticos operacionais, rádios comunicadores e celulares.

Além dos mandados em aberto, havia denúncias de que o foragido era responsável pela construção de um espaço, localizado em área rural, para promover eventos de lazer, receber e esconder traficantes, da mesma facção, que estivessem sendo procurados.

O preso, que possui histórico de enfrentamento às forças de segurança, era considerado o criminoso mais procurado do Sul Fluminense, se firmou no comando do tráfico de drogas de pelo menos três comunidades do município, inclusive ostentando armas de fogo.

Além dos crimes de Organização Paramilitar / Milícia Privada / Grupo ou Esquadrão, o criminoso responde por Tráfico de Drogas, Associação para o Tráfico de Drogas e Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito.

Após as formalidades legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da justiça.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro


Festa de São Pedro de Jitaúna é monitorada pelo Reconhecimento Facial

O Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública monitora, até o próximo domingo (14), os festejos de São Pedro da cidade de Jitaúna. Uma Plataforma de Observação Elevada (POE) acompanha o local de acesso ao evento.

Policiais militares e civis realizam as ações preventivas e de inteligência e serão acionados pela tecnologia, caso algum foragido da Justiça tente acessar o local da festa.

O superintendente de Telecomunicações da SSP, major PM Moisés Travessa, explicou que a ferramenta contribuirá para a tranquilidade do evento.

 Câmeras da Segurança Pública acompanham a movimentação nos principais acessos ao evento.

Saúde de políticos na esteira de Biden deve virar arsenal eleitoral com impacto para Lula em 2026

O debate público sobre a saúde dos políticos costuma ser pouco explorado no Brasil, mas diante de discussão sobre a situação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a questão deve ser usada como arsenal político nas eleições de 2026, afirmam especialistas.

Para os estudiosos, o tema tem sido abordado de maneira descontextualizada da realidade brasileira e envolve aspectos como etarismo, estratégia de marketing e discussão sobre a necessidade de renovação dos partidos.

Apesar de a situação do presidente Lula (PT) não ser comparável à de Biden, o mandatário brasileiro pode enfrentar críticas semelhantes vindas da oposição.

Caso concorra e vença em 2026, Lula, que admite a possibilidade de disputar a reeleição, terá 81 anos ao começar um novo mandato. É a mesma idade hoje do mandatário americano, que tem tido sua capacidade de governar questionada após episódios como um fraco desempenho em debate, em junho.

O uso do caso Biden contra Lula já tem sido feito por adversários. Dias depois do debate nos EUA, Jair Bolsonaro fez publicação questionando as “faculdades mentais” do mandatário brasileiro. Já Javier Milei, presidente da Argentina, chamou Lula de “dinossauro”.

Contrapondo-se ao discurso, o petista tem negado possíveis impactos negativos do envelhecimento sobre seu trabalho. Disse não estar cansado, ter “tesão de 20 anos” e criticou a comparação com o presidente dos Estados Unidos.

“Usam a mesma tática [utilizada contra Biden] com o intuito, evidentemente, de desclassificar um adversário político”, afirma Kai Enno Lehmann, professor associado do Instituto de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo), sobre o discurso contra Lula.

Pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV, Leonardo Paz afirma que o questionamento sobre a sanidade de políticos é estratégia comum na mídia ocidental quando a intenção é criticar lideranças.

Ele cita como exemplo questionamentos sobre a sanidade mental de Kim Jong-un, da Coreia do Norte, ou reportagens sobre possíveis problemas psicológicos de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

“Quando se tem um opositor, especialmente um mais sanguíneo, uma estratégia é querer desqualificá-lo o máximo possível”, diz. “Uma maneira fácil de fazer isso sem ter que discutir ideias é dizer que a pessoa é maluca.”

Paz diz que, devido ao contexto internacional envolvendo Biden, que tem tido sua capacidade física e cognitiva posta em xeque, o tema deve ser explorado politicamente contra Lula caso ele seja candidato à reeleição, apesar de a situação do mandatário brasileiro não se aproximar daquela do político americano.

Segundo o pesquisador, o debate sobre a saúde dos políticos é reduzido no Brasil também porque o país não teve em sua história presidentes com doenças incapacitantes. A falta de transparência não é exclusiva do país: mesmo democracias mais avançadas têm restrições em relação ao tema, afirma.

Um dos motivos para isso, diz, é o fato de o assunto ser tratado como questão de segurança nacional.

“No mundo inteiro, a discussão sobre a doença de líderes é muito complexa porque raramente temos toda a informação sobre um caso, especialmente na época em que a doença acontece”, afirma.

Ele dá como exemplo o fato de Bolsonaro ter colocado sob sigilo de cem anos seu cartão de vacinação. “Apesar de não ser um exemplo de doença, o fato de ele ter feito isso com muita facilidade mostra a dificuldade de se ter acesso à transparência desses dados”, diz.

De acordo com Filipe Savelli Pereira, pesquisador vinculado ao Laboratório de História das Interações Políticas e Institucionais da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), a discussão sobre a saúde de políticos no Brasil se dá mais como estratégia de marketing dos partidos.

Ele também afirma que, ao contrário do que parece estar acontecendo com Biden, o Brasil não teve mandatários cujo estado de saúde parecesse incapacitante.

Lehmann, da USP, também vê uso estratégico do tema, mas avalia que o debate sobre o envelhecimento dos políticos pode suscitar discussão importante sobre a necessidade de renovação dos partidos.

“Uma das tarefas desses partidos [tradicionais] é criar um sistema de renovação”, diz. “É necessário formar uma geração mais jovem de políticos e deixá-los assumir posições de responsabilidade.”

Segundo Marco Túlio Cintra, presidente da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), é preciso ter cuidado com o etarismo quando o tema é envelhecimento.

O geriatra afirma que a idade não é um bom critério para definir se uma pessoa deve ou não assumir um cargo. De acordo com Cintra, é normal perder parte das reservas fisiológicas com o envelhecimento, mas isso não é incapacitante.

O que é preciso notar, diz ele, é se a pessoa sofre com um processo de envelhecimento frágil que diminui suas capacidades para além de um limiar que garanta independência.

“A idade não é bom critério para determinar nada. Eu tenho pacientes com 60 anos acamados com demência avançada e tenho pacientes centenários independentes”, afirma.

Isabela Akie Shin-Ike, geriatra pela USP e médica da Clínica Sartor, afirma que é normal, a partir dos 75 anos, alguma perda de memória e lentidão no raciocínio.

O quadro, entretanto, é sutil e não compromete a atuação do indivíduo. Por isso, tratar do envelhecimento natural de alguém precisa ser diferente de pressupor que a pessoa vai apresentar problemas que a incapacitem para exercer uma profissão, diz a geriatra.

Um político mais velho em um debate, por exemplo, pode se desconcentrar mais facilmente do que um mais novo, mas, em condições normais, o efeito é sutil e não compromete o desempenho, até porque “eles são diariamente treinados para isso”, afirma Isabela.

“Ter demência ou uma perda importante da memória que tenha impacto no dia a dia, na vida do paciente, não é normal. Quando isso acontece, precisa ser investigado”, diz.

Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

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