Pesquisa mostra que vinda de Lula teve efeito zero sobre candidatura de Geraldo Jr., por Raul Monteiro*
Exatamente isso! Montado pelo senador petista Jaques Wagner, co-proprietário da candidatura de Geraldo Jr. junto com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que comanda o MDB, o palanque com Lula cujo objetivo era impulsionar o vice-governador do Estado como nome do presidente, do governo e da esquerda em Salvador acabou dando, na verdade, um verdadeiro chabu. Afinal, quem acabou crescendo de junho, antes da vinda de Lula à Bahia, para cá foi o prefeito de Salvador – de 64% para 67,6% nas intenções de votos dos soteropolitanos. Seu governo, aliás, segundo o mesmo levantamento, é aprovado por 75,3% dos entrevistados.
Mas o mais desesperador para o time de marketing que acompanha Geraldo Jr. foi perceber que, se Lula não conseguiu ajudar o emedebista a crescer nas intenções de voto, que oscilou de 11%, em junho, para 12,5%, no levantamento atual, sequer também pode colaborar para reduzir seu índice de rejeição, da ordem de 37,1%, o mais alto entre todos os candidatos. O número surpreende para alguém que nunca assumiu um cargo executivo, além da presidência da Câmara de Salvador. Seu maior modelo de comparação pode ser o próprio Bruno que, depois de anos como secretário de ACM Neto (União Brasil), quatro deles como prefeito, registra 17,9%, o menor entre os postulantes.
Capaz de levar um quadro político ao divã, com inúmeros questionamentos existenciais, o percentual impactante da rejeição a Geraldo ele deve ter elementos para poder explicar a si próprio, sem censura, diante do espelho. As razões para que seu nome não consiga ser impulsionado pelo esforço lulista, apesar da gesto da mão estendida pelo demiurgo do PT, no entanto, encontram explicações várias não só entre políticos, como entre marqueteiros e analistas. Apontada como a principal delas, está a falta evidente de liga, porque falsa, da tentativa de associação entre seu nome e o do presidente da República e a esquerda.
Sob o signo do diferença do joio em relação ao trigo, não há investida neste sentido, visando vincular um ao outro, que prospere. Se persistirem nesta batida, por falta de outros argumentos para atrair o voto para o emedebista, seus marqueteiros darão com os burros n´água. Afinal, a estratégia despreza a identidade do candidato, cuja trajetória não encontra um ponto sequer de conexão com o campo político em que se encontra hoje. Geraldo Jr. forjou-se no grupo do ex-prefeito ACM Neto e de Bruno até o acordo repentino que o colocou como vice do candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT), processo do qual emergiu, ao mesmo tempo, como um vitorioso e um traidor.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Prazo para partidos e federações realizarem convenções partidárias inicia neste sábado
No período, que vai até 5 de agosto, as agremiações devem deliberar sobre suas coligações e escolher os candidatos aos cargos de prefeito, vice e vereador
As convenções partidárias são reuniões de filiados a um partido político para debater assuntos de interesse do grupo ou para escolha de candidatos e formação de coligações (união de dois ou mais partidos a fim de disputarem eleições). A legislação que dispõe sobre a matéria é composta pela Lei nº 9.504/1997, a Lei das Eleições; pela Resolução TSE 3.609/2019; e pela Lei 13.165/2015, a Lei da Reforma Política.
O servidor Jonas Oliveira Dias Júnior, da Seção de Gerenciamento de Registro de Dados Partidários e Candidatos do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia alerta que só poderá fazer convenção o Partido que tiver um órgão municipal vigente anotado na Justiça Eleitoral. “Ainda assim, após a convenção, os Partidos têm até o dia seguinte para submeter a ata”, reforça o servidor.
A partir da escolha dos candidatos e submissão para a Justiça Eleitoral da ata dos partidos e federações, iniciam-se os procedimentos para o registro de candidatura. “Quando recepcionarmos os pedidos de registro, vamos utilizar essa mesma ata, já que ele é parte integrante do processo”, finaliza Jonas.
Lula foi infeliz ao usar tom jocoso para falar sobre violência doméstica, afirma secretária de Mulheres do PT
A secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura 17 de julho de 2024 | 19:30
Em evento com empresários do ramo alimentício no Palácio do Planalto, Lula disse condenar violência doméstica, mas que, “se o cara for corintiano, tudo bem”. A declaração ocorreu em meio a um comentário em que o presidente criticava agressões a mulheres e elogiava a presença feminina no local.
“Entendo que a interpretação da fala do presidente esteja sendo equivocadamente distorcida por um deslize ao não finalizar a linha de pensamento no momento da entrevista”, afirma Moura. “O que se vê é uma fala nitidamente contrária à violência, mas com uma lacuna na construção da frase.”
Moura diz que “Lula foi infeliz ao tentar descontrair em meio a um tema tão delicado, usando um tom jocoso ao falar da má fase do time do Corinthians.” No entanto, argumentou que isso não significa que ele respalde violência de gênero ou que justifique o aumento de casos. “Pelo contrário, ele está justamente se posicionando contra o aumento assustador nos casos de violência contra mulheres.”
A secretária disse que o petista tem compromisso político e ideológico com a proteção das mulheres.
“Não aceitaremos tornar o presidente que mais fez pela proteção da mulher no algoz das mesmas”, disse. “É um presidente comprometido com a pauta do combate à violência de gênero e nós, das mulheres do PT, formulamos diariamente sobre o tema para subsidiar o governo e o partido”.
Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto na tarde desta quarta (17), o governo afirma que “em nenhum momento o presidente Lula endossa ou endossou” a violência contra as mulheres.
Apesar da gafe, Lula costuma fazer crítica a violência doméstica. Em abril, ele disse que “mulher não foi feita para apanhar”.
Em maio, Lula sancionou lei que garante o sigilo do nome da vítima em processos que envolvem crimes de violência doméstica e familiar contra mulheres.
“Mulher não foi feita para apanhar (…). Minha mãe era analfabeta, não sabia fazer o “O” com copo. [Ela] dizia: ‘Meu filho, se um dia você casar, tiver problema com mulher, nunca levante a mão para sua mulher, se não tiverem vivendo bem saia de casa, deixa mulher cuidar na casa e vá procurar o que fazer, mas nunca levante a mão'”, afirmou em abril.
Petrobras avança em negociações para recompra de refinaria na Bahia vendida em 2021
Refinaria Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves
O mais provável, segundo apurou a reportagem, é que a Petrobras recompre integralmente a refinaria, em linha com o desejo do governo federal e com a disposição da Acelen em vender a operação com petróleo e entrar como sócia da estatal em um projeto de energia renovável que teria início do zero. O levantamento de informações (due diligence) para a formalização do negócio já foi finalizado pela Petrobras, informaram pessoas que acompanham o caso.
Procurada, a Petrobras informou que ainda não houve decisão sobre a recompra da refinaria. O fundo Mubadala não comentou o assunto.
Sob o governo Lula 3, a Petrobras tem sinalizado um retorno ao modelo de gestão adotado nos governos petistas anteriores e se afastado das estratégias seguidas durante as presidências de Michel Temer e Jair Bolsonaro. No final do ano passado, por exemplo, a companhia cancelou a venda da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), alegando que algumas condições precedentes para transferência não foram concluídas. A refinaria no Ceará havia sido vendida no final do governo Bolsonaro por US$ 34 milhões (R$ 167,3 milhões) a um grupo especializado em asfaltos.
A estatal também se movimentou para enterrar de vez plano de privatização de refinarias. Em maio deste ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou as novas versões dos acordos com a Petrobras na área de refino e gás, o que autorizou a companhia a manter cinco refinarias que estavam no plano de vendas desde 2019.
Em relação à refinaria de Mataripe, haveria uma possibilidade menor de a Acelen preservar uma participação pequena, próxima a 20%, para configurar um compromisso cruzado com a nova unidade de biorrefino da qual seria sócia da estatal. Essa unidade seria focada na produção de diesel verde e combustível de aviação sustentável (SAF). A operação poderia usar o fruto da palmeira nativa brasileira macaúba, como já indicou a Acelen no passado.
Dentro da Petrobras, o assunto ainda evolui na diretoria executiva e se espera, no cenário mais otimista, que a estatal faça uma proposta vinculante para a recompra da refinaria em setembro. Nesse calendário, a tendência é de que o negócio só seja efetivamente fechado em 2025. Mas tudo isso requer apreciação do tema pelo conselho de administração da companhia, o que ainda não aconteceu, disseram integrantes do colegiado e do próprio governo.
A diretoria executiva terá a chance de atualizar o conselho sobre os planos de recompra de Mataripe em sua próxima reunião, em 26 de julho, ou em encontros futuros, considerando que a reunião seguinte, em 8 de agosto, coincide com divulgação de balanço e deve ser tomada pela discussão acerca dos dividendos do segundo trimestre.
O aval definitivo do colegiado ao negócio tende a acontecer mais perto da formalização da proposta. Conforme apurou a reportagem, o presidente do conselho da Petrobras, o secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, ainda não fechou a pauta da reunião do dia 26.
A evolução das tratativas, ao menos dentro da Petrobras, coincide com os prazos dados pela gestão anterior. O ex-presidente Jean Paul Prates, favorável a uma sociedade com a Acelen e não recompra total, chegou a dizer que a companhia teria uma posição fechada sobre o tema entre junho e julho. Antes da troca de comando, a diretoria promovia estudos para avaliar diferentes cenários, com aquisições na casa dos 50%, 80% e até 100% do ativo. Não está claro se esses estudos foram concluídos.
Nas poucas vezes em que falou sobre o tema, a atual presidente da estatal, Magda Chambriard, não deu maiores detalhes e disse que questões relacionadas ao parque de refino estavam sendo avaliadas, mas, a jornalistas, na saída de sua posse, em 19 de junho, não descartou a recompra de Mataripe. “Se for um bom negócio, por que não?”, disse no fim de maio.
Preço
Uma aresta das negociações, segundo pessoas que estão dos dois lados da mesa, é o preço a pagar pela refinaria de Mataripe. Haveria consenso sobre um negócio a preço de mercado, que considere as melhorias feitas pela Acelen na unidade, mas ainda não se chegou a um número mágico.
Antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam) do sistema Petrobras, a refinaria de Mataripe foi vendida pela estatal à Acelen em 2021 por US$ 1,65 bilhão, na esteira do acordo entre a petroleira e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para reduzir seu monopólio no setor. Pessoas que atuam da parte vendedora argumentam que o ativo foi aprimorado, assim como diversificado o seu portfólio de produtos em busca de maior valor agregado, o que teria de ser reconhecido no valor da recompra que, portanto, deve superar os US$ 1,65 bilhão ou R$ 9 bilhões de três anos atrás.
Depois da Rlam, a Petrobras chegou a vender duas unidades menores na sequência (Six e Reman), mas travou uma série de vendas de refinaria de porte maior no Sul e no Sudeste primeiro por motivação econômica (alta de preço dos derivados no mercado mundial com a guerra na Ucrânia) e, mais recentemente, por razões políticas, quando da volta de Lula e sua lógica estatista ao poder.
Com a Acelen “isolada” no mercado nacional, a Petrobras aumentou o volume de produção de diesel e gasolina e passou a disputar mercados da Acelen no Nordeste com produção originada em outras regiões, que chegavam a preços competitivos em função dos custos menores de produção, facilitados pelo óleo bruto próprio, enquanto a Acelen compra ou importa óleo bruto a preços de mercado. Esse contexto de sufocamento comercial levou a Acelen a buscar formalmente no fim do ano passado para buscar uma sociedade ou revenda do ativo.
Glossário mostra a ligação entre convenção partidária e registro de candidatura
Serviço on-line explica significados de expressões utilizadas na Justiça Eleitoral
A convenção partidária é uma reunião formal de filiadas e filiados a um partido político, realizada de acordo com as normas estatutárias da agremiação. Essas convenções podem ter duas finalidades: umas, de caráter não eleitoral, são convocadas conforme a necessidade do partido, para a discussão de temas específicos; outras se destinam à escolha de candidatas e de candidatos e à deliberação sobre eventuais coligações em um pleito.
As convenções partidárias para que as legendas e as federações escolham as candidatas e os candidatos que vão disputar os cargos de prefeito e de vereador nas Eleições 2024 podem ocorrer de 20 de julho a 5 de agosto.
Registro de candidaturas
Já o registro de candidaturas refere-se ao processo pelo qual os nomes das pessoas escolhidas durante as convenções partidárias são formalmente inscritos na Justiça Eleitoral. Após a escolha das candidatas e dos candidatos em convenção, a legenda pode requerer o registro das candidaturas. Partidos, federações e coligações têm até o dia 15 de agosto para fazer essa solicitação.
Em resumo, as convenções partidárias são o ponto de partida para a escolha de candidatas e de candidatos, enquanto os registros das candidaturas representam a oficialização desses nomes perante a Justiça Eleitoral.
O Glossário
O Glossário Eleitoral explica mais de 300 verbetes jurídico-eleitorais. Muitos dos termos vêm acompanhados de informações históricas e de referências bibliográficas. As expressões do serviço on-line estão distribuídas em ordem alfabética, o que facilita a consulta.
JRL/EM
Superintendente, Procurador Geral do DNIT e prefeita Maria se reúnem com moradores do “Passa com Jeito”
Regina, moradora há mais de 20 anos disse, “Eu tô muito contente, não estava nem dormindo. Mas agora tô alegre porque ficaremos em nosso lugar”, disse.
Mortes violentas têm redução de 13% no primeiro semestre na Bahia
Os dados foram apresentados pelas Forcas da Segurança Pública, na manhã desta quarta-feira (17).
O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, a diretora-geral do Departamento de Polícia Técnica, perita criminal Ana Cecília Bandeira, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini, realizaram a exposição dos dados.
No primeiro semestre de 2024, foram registradas 2.208 mortes violentas, contra 2.534 ocorrências contabilizadas no mesmo período de 2023. Em números absolutos foram 326 vidas preservadas.
“Reduzimos em 6% as mortes violentas no ano de 2023 e agora, no primeiro semestre de 2024, o índice apresentou queda de 13%. Os resultados alcançados têm relação direta com o trabalho incansável das forças policiais”, destacou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.
Acrescentou ainda que nos meses de maio e junho foram registrados os menores números de mortes violentas dos últimos 12 anos. “Foram 347 casos em maio e 282 ocorrências em junho. A integração entre as Forças da Segurança, as ações de inteligência e os investimentos continuarão norteando o nosso trabalho”, destacou Werner.
Estatísticas
No balanço do 1° semestre, as Forças da Segurança apresentaram ainda as estatísticas de crimes contra o patrimônio, prisões, lideranças alcançadas, armas apreendidas e também foragidos capturados pelo Sistema de Reconhecimento Facial.
Na parte de produtividade, as ações de inteligência e repressão qualificada resultaram nas prisões de 9.407 criminosos, na localização de 55 líderes de facções e nas apreensões de 2.973 armas de fogo, entre elas 40 fuzis. No combate ao tráfico, a polícia apreendeu três toneladas de drogas, desarticulou 10 laboratórios de entorpecentes e erradicou 245 mil pés de maconha.
Secretaria da Segurança Pública apresenta Balanço do 1° Semestre de 2024
Polícia Civil conclui inquérito e indicia 14 pessoas por golpes
Antônio Imbassahy recebe honraria das mãos do governador Jerônimo Rodrigues
Ao receber a honraria, o ex-gestor demonstrou gratidão pelo momento e lembrou de sua trajetória como homem público. “Estou imensamente feliz pelo que ela representa, evocando nossa independência, junto a outros agraciados que honram esse legado. Meu compromisso com a Bahia é evidente na minha trajetória como homem público, sempre acreditando nos caminhos traçados pela vontade popular na construção da nossa história. Sinto gratidão e renovada responsabilidade cidadã, lembrando de muitas histórias de trabalho, dedicação e amor. Viva o 2 de Julho, viva a Bahia e viva o Brasil!”, disse o ex-parlamentar.
A Libertadores da Bahia foi instituída pela Lei 11.902, de 20 de abril de 2010, durante o mandato do governador Jaques Wagner, e é simbolizada por uma medalha, em seus três graus de importância – Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro.
Além de Imbassahy, outras 21 personalidades/instituições baianas também foram homenageadas.
55ª CIPM realiza cerimônia de posse do 3º Pelotão da Polícia Militar de Ubatã
Pauta anti-MST chega ao Senado e mobiliza bancada ruralista
Alvo de críticas de uma ala minoritária da bancada ruralista, ela deve entrar em novo ritmo de tramitação e também é vista como importante no debate sobre a liderança do grupo.
Senadores da bancada avaliam que a agenda agora deve ter mais dificuldade para caminhar. Afirmam que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve manter o rito de tramitação passando por diversas comissões —enquanto seu par na Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acelerou o andamento de alguns dos textos.
Do pacote anti-MST da bancada ruralista, três dos quase 20 projetos estão no Senado. Dois deles já passaram pela Câmara.
Em linhas gerais, o conjunto traz propostas para aumentar a pena e até criminalizar movimentos como o MST, além de dificultar sua atuação no campo, e ampliar os mecanismos de defesa do proprietário rural.
Por exemplo, os projetos tipificam a invasão de terra como terrorismo, aumentam a pena para este tipo de crime, impedem que quem o cometa participe de programas sociais, receba benefícios ou seja contemplado com cargos públicos.
Também permitem ao fazendeiro acionar a polícia para atuar sem necessidade de ação judicial e criam a delegacia de conflitos possessórios.
Deputados e senadores afirmam que existe uma ala da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) descontente com o fato de que essa pauta, considerada por alguns como ideológica, ganhou tanto protagonismo. E opinam que o grupo deveria atuar de forma mais propositiva, com projetos voltados ao setor produtivo.
O próprio Pacheco já disse a líderes e presidentes de comissões que gostaria de ver mais projetos propositivos chegando ao plenário, embora não tenha comentado especificamente do agronegócio e MST.
Já um outro grupo dentro da bancada vê a agenda anti-invasões como importante principalmente em um período eleitoral, já que tem aderência na sociedade —e afirmam, inclusive, que pode ajudar o atual presidente da frente, Pedro Lupion (PP-PR), a se manter no cargo nas eleições da bancada, marcadas para fevereiro de 2025.
Lupion afirma que o ano eleitoral não tem tanta influência no andamento deste pacote, por ser um pleito municipal —e que seria diferente caso fosse uma corrida de nível nacional.
“No Senado temos uma bancada menor do que na Câmara, de tamanho e influência, mas com senadores combativos e com capacidade de articulação. A dificuldade é fazer a agenda chegar na pauta, no plenário”, afirma.
O senador Alan Rick (União Brasil-AC) já vem mobilizando Comissão de Agricultura, que ele preside, para tentar fazer as matérias avançarem.
Nas últimas semanas, por exemplo, realizou audiência pública com representantes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e integrantes do agro e pautou temas relacionados à regularização fundiária, como, por exemplo, um projeto que permite que esses processos sejam feitos pelo Judiciário.
Outra matéria pautada acaba com o projeto Terra da Gente, do governo Lula (PT) —que define as terras disponíveis no País para assentar famílias. Também tem sido frequente a presença de membros do Instituto Pensar Agro —que dá subsídio técnico à FPA— na comissão.
“Nós aprovamos com rapidez, por exemplo, o marco temporal. Até senadores da base do governo votam nas pautas do agro, então creio que essas pautas vão andar com rapidez, a Frente Parlamentar da Agropecuária tem trabalhado para isso. Pretendo conversar com o presidente Pacheco em breve”, afirma Rick.
Mas o avanço da pauta anti-MST não agrada a todos dentro da bancada.
Dois parlamentares influentes na frente afirmaram à Folha, sob reserva, que uma ala, ainda que minoritária, entende que a agenda deveria priorizar matérias propositivas e tratar de questões do setor produtivo e de modernização do setor, com foco em eficiência e sustentabilidade.
Um congressista se queixa também de mudanças recentes no Pensar Agro, e diz que o instituto tem perdido o caráter técnico e atuado de forma mais política.
Eles reclamam que em 2024, por exemplo, os principais temas debatidos pela FPA foram, além da agenda anti-MST, o leilão do arroz e outras questões relativas ao governo federal. Por isso, veem nessa movimentação um cunho mais ideológico que voltado ao agronegócio.
O presidente da bancada atribui isso, porém, ao fato de que as propostas propositivas já foram aprovadas.
“O fato principal é que nós limpamos a pauta, literalmente. Nós vencemos com praticamente todas as propostas propositivas”, diz.
Ele ressalta ainda que alguns dos projetos desse tipo, como o do licenciamento ambiental, estão no Senado.
“Mas a bancada está mais reativa porque o governo nos dá motivos para isso, todos os dias. É leilão do arroz, é Plano Safra que fica aquém do esperado, é o MST no palco de eventos, é a reforma tributária que vem com um texto ao contrário do combinado”, completa.
Outro parlamentar defensor dessa agenda afirma que é o próprio setor que impulsiona os parlamentares nessa direção, e que os projetos trazem maior segurança jurídica para o produtor rural.
“Acredito que pautas como essas, anti-invasão, têm mais capacidade de unir parlamentares e a sociedade, mais capacidade mobilização e uniãoAs pautas mais técnicas, ao contrário, exigem um trabalho maior de bastidor e nem sempre de tanta expressão e visibilidade”, afirma Zé Vitor (PL-MG).
Para se manter no cargo, Lupion precisa de apoio para alterar o estatuto da FPA, que atualmente não permitiria sua reeleição. Por isso, parlamentares da bancada afirmam que o avanço dessa agenda pode o ajudar.
“Temos excepcionais nomes para presidir a bancada, mas é algo que a gente não começou a discutir ainda”, diz Lupion.
O pacote anti-MST foi uma reação às ocupações do movimento, que ganhou força no tradicional “abril vermelho”, quando o grupo promove uma série de ações.
A bancada ruralista juntou uma série de projetos, alguns deles fruto do trabalho da CPI do MST.
ALGUNS DOS PRINCIPAIS PROJETOS DA PAUTA ANTI-MST
No Senado
PL 709/2023: impede que quem for considerado invasor de terra ocupe um cargo público. Aguarda designação de relator
PL 2250/2021: Caracteriza a invasão de terras como terrorismo. Está na Comissão de Defesa da Democracia
PL 2869/2023: Aumenta penas para crimes relacionados a questões de terra em áreas rurais. Está na CCJ
Na Câmara
PL 149/2003: Classifica invasão como terrorismo e eleva penas. Está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
PL 1373/2023: Impede quem for considerado invasor de terra de ser
beneficiário em programas sociais, de reforma agrária e de ter acesso a
linhas de crédito. Está na Comissão de Agricultura
PL 8262/2017: Permite atuação da polícia em ocupações de terra sem necessidade de ordem judicial. Está na pauta da CCJ
Emenda de autonomia financeira do BC divide entidades de funcionários
A proposta está na pauta da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado nesta quarta-feira (17). O relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM), tem uma reunião pela manhã com o autor do texto, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Eles devem discutir a possibilidade de transformar o Banco Central em uma autoridade financeira —em seu parecer, Valério havia proposto empresa pública que exerce atividade estatal.
Segundo integrantes da CCJ ouvidos pelo Painel, é difícil conseguir um acordo a esta altura. Com isso, a votação pode ser adiada, o que atenderia aos interesses do governo. Na sexta-feira (12), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) pediu que o tema fosse debatido com mais calma.
O texto do relator é apoiado pela ANBCB (Associação dos Analistas do Banco Central), que defende autonomia plena para a autoridade monetária e o formato de empresa pública estabelecido pelo senador.
No entanto, o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários) afirma que essa natureza jurídica “põe em xeque a sua capacidade institucional de operar como autoridade monetária, função inerente ao Estado Brasileiro, ao retirar a estabilidade constitucional dos seus servidores.”
O sindicato defende o atual modelo de autarquia, que assegura a estabilidade do servidor público. O modelo proposto por Valério em seu relatório prevê que os servidores do BC seriam regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com ingresso por concurso público. Para o Sinal, a falta de estabilidade torna os servidores vulneráveis a pressões políticas.
Outro ponto citado pelo sindicato é que a PEC seria inconstitucional, porque é prerrogativa do Executivo mexer em sua estrutura de funcionamento. “O resultado previsível é que esta PEC, se aprovada, irá virar mais uma crise institucional porque certamente vai parar no STF (Supremo Tribunal Federal) e com certeza ela não prosperará”, diz o presidente do sindicato, Fábio Faiad.
“A autonomia financeira e orçamentária é, sim, um objetivo do sindicato e dos funcionários da instituição, entretanto não é necessário a deformação da nossa autarquia para que isto aconteça”, complementa.
Conteúdo de entrevista de Lula é antecipado ao mercado antes de divulgação pela Record
Pouco antes das 13h, uma corretora divulgou aos investidores a declaração em que Lula dizia que ainda precisava ser convencido sobre a necessidade de cortes de gastos e que a meta fiscal não necessariamente precisava ser cumprida, embora tenha se comprometido com o arcabouço fiscal.
“Em entrevista à Record TV, que será veiculada hoje ao longo dia, o presidente Lula disse que é preciso convencê-lo de que será mesmo preciso cortar entre R$ 15 bi e [R$] 20 bi no relatório de 22 de julho. Disse ainda que se precisar modificar a meta, ele não se opõe”, diz o trecho divulgado.
Divulgado pela corretora BGC, o texto foi atribuído à Capital Advice, uma agência de análise política da qual a autora da entrevista, a jornalista Renata Varandas, é uma das três sócias. A Capital Advice presta serviços à BGC.
A Record divulgou um trecho da entrevista com Lula às 13h48. Antes disso, o dólar teve salto e a avaliação de analistas do mercado foi de que falas do presidente teriam provocavam ruídos de incerteza fiscal. No final do dia, no entanto, a moeda recuou, e fechou em baixa. Em dia de volatilidade, a Bolsa também se firmou no campo negativo após declarações do presidente.
Em seu site, a Capital se apresenta como uma casa de análise política com sede na capital federal, “referência no Brasil e no exterior”, com clientes como corretoras, gestores de fundos e gestores de patrimônio. A empresa informa ainda que a equipe tem 20 anos de experiência em cobertura política para grandes veículos, com fontes nos três poderes.
“Apuramos e organizamos informações fundamentais aos nossos clientes, e traçamos cenários que auxiliam no tomada de decisões de alocação de recursos”, diz o texto do site.
Questionada pela reportagem, a Capital não respondeu. A jornalista também foi procurada, mas não se manifestou.
A emissora, por sua vez, afirmou em nota que tomará providências após a apuração dos fatos.
“A Record esclarece que soube da ligação da repórter Renata Varandas com a Capital Advice somente após a divulgação do release pela agência. A emissora deixa claro que condena qualquer vazamento de informações, principalmente com recorte parcial do que é apurado em entrevistas feitas por nossas equipes. Medidas cabíveis serão tomadas com a apuração dos fatos.”
A reportagem também procurou a Secretaria de Comunicação do governo Lula, que não se pronunciou.
A íntegra da entrevista só foi ao ar a partir das 19h55, mas a emissora divulgou trechos com antecedência.
No trecho divulgado no início da tarde, Lula afirmou à TV que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se tiver “coisas mais importantes para fazer”. Por outro lado, disse que a meta de déficit zero para este ano não está rejeitada e se comprometeu a fazer o necessário para cumprir arcabouço fiscal.
A menção a cortes “entre R$ 15 bi e 20 bi”, presente no comunicado da corretora, não foi dito por Lula e apenas na pergunta da jornalista.
Lula ainda afirmou que precisa ser convencido de corte de gastos em 2024. As contenções devem ser formalizadas no próximo dia 22 de julho, quando será divulgado o próximo relatório de avaliação do Orçamento deste ano.
À tarde, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) veio à público e afirmou que as declarações estariam fora de contexto. E que outros trechos da entrevista mostrariam o compromisso do governo com o arcabouço.
Na íntegra da entrevista, Lula diz: “[Meta fiscal] É apenas uma questão de visão. Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer. Esse país é muito grande. Esse país é muito poderoso, o que é pequeno é a cabeça dos dirigentes desse país e a cabeça de alguns especuladores”.
Ele também foi questionado sobre a manutenção da meta estabelecida de déficit zero: “[A meta de déficit zero] Não está rejeitada, porque vamos fazer o que for necessário para cumprir arcabouço fiscal”, disse. “Esse país não tem nenhum problema se é déficit zero, déficit de 0,1%, 0,2%, não tem nenhum problema para o país. O que é importante é que esse país esteja crescendo”, concluiu.
De acordo com Haddad, é possível que haja bloqueio e contigenciamento no Orçamento deste ano no relatório bimestral de receitas e despesas que será publicado na próxima segunda-feira (22).
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Convenção republicana reúne ex-rivais e dá força a Trump
A relação de nomes que estavam previstos para discursar nesta terça-feira (16) está repleta de ex-rivais e detratores de Trump dentro do partido que agora correm para apoia-lo: o governador da Flórida, Ron DeSantis, que já disse que o ex-presidente prejudica os republicanos; a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley, que já chamou Trump de incapaz de ser presidente; o senador Marco Rubio, que já disse que o candidato à Casa Branca era um vigarista e acaba de ser preterido como vice da chapa, entre outras figuras de maior ou menor relevância no partido.
Entretanto, tão reveladora quanto a fila de adversários que agora asseguram a base republicana que estão com Trump é a lista dos ausentes. Não vão comparecer à convenção em Wisconsin políticos que já foram o centro de gravidade do partido e que, diferente dos presentes, seguem criticando fortemente Trump —uma posição que, hoje, significa suicídio político para republicanos e garante o ostracismo dentro do partido.
Não estará em Milwaukee o senador Mitt Romney, que em 2012 conquistou a nomeação do partido para disputar a Casa Branca contra Barack Obama, perdendo por apenas dois estados. Romney sustenta que Trump é uma ameaça à democracia americana e votou com democratas a favor do impeachment do ex-presidente após a invasão do Capitólio em janeiro de 2021 —o Senado, controlado por republicanos, barrou o afastamento de Trump na época.
A distância entre Romney e seu partido foi tanta que o político anunciou no ano passado que não vai tentar a reeleição ao Senado este ano.
Também não comparecerão à convenção o ex-presidente George W. Bush, eleito para dois mandatos, e o ex-vice-presidente Mike Pence, que se afastou de Trump depois de ter recusado o pedido do então presidente de adiar a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. Por essa decisão, o republicano chegou a defender manifestantes que gritaram “enforque Mike Pence” durante a invasão do Capitólio, quando apoiadores de Trump tentaram impedir justamente essa certificação.
Analistas ouvidos pela imprensa americana apontam que essa experiência pode ter ajudado Trump a escolher seu candidato a vice desta vez: o senador J.D. Vance já disse que faria o que Mike Pence não fez e não certificaria os resultados da eleição de 2020. Vance defende a narrativa de Trump de que o pleito foi fraudado, uma afirmação feita sem provas.
A escolha de Vance como vice também reforça a percepção de que o controle de Trump sobre o Partido Republicano é tanto que ele não está mais preocupado em ampliar sua base interna. Os dois outros cotados, Marco Rubio e o governador da Dakota do Norte, Doug Burgrum, dialogavam com outras alas da sigla —Rubio tem ascendência latina e fala espanhol, podendo ser uma ponte com esse eleitorado, enquanto Burgrum é um nome tradicional do empresariado republicano e poderia acalmar possíveis preocupações de investidores sobre Trump.
Ao invés disso, o ex-presidente escolheu Vance, representante da classe operária branca do Cinturão da Ferrugem dos EUA e com posições à direita até mesmo de Trump em questões como a do aborto —o senador é a favor de uma lei federal que proíba a interrupção da gravidez em todo o país, derrubando a proteção ao procedimento em estados mais progressistas.
Em outras áreas, Vance ecoa as posições de Trump, inclusive neste que vem sendo um dos temas-chave das eleições presidenciais dos EUA: imigração. O senador já enfatizou que “as fronteiras abertas de Joe Biden” significam que “mais drogas ilegais e mais eleitores democratas estão invadindo o país”.
A fala é uma alusão à ideia de que a entrada de imigrantes é tolerada pelo partido adversário porque essas pessoas, em tese, tendem a apoiar democratas, mas também conversa com a teoria da conspiração racista da “grande substituição”, que coloca a imigração desenfreada como parte de um plano para erradicar pessoas brancas nos EUA e na Europa.
Não por acaso, o tema do segundo dia da convenção republicana é “Make America Safe Again”, torne a América segura de novo, uma variação do slogan de campanha de Trump “torne a América grande de novo”. O foco dos discursos de candidatos ao senado e outros palestrantes é a criminalidade nos EUA, atrelada tanto por Trump quanto por seus apoiadores à imigração ilegal e à suposta ação de criminosos vindos da América Latina.
Estão previstas falas que destaquem crimes violentos cometidos por imigrantes em situação irregular, como a morte da estudante de enfermagem Laken Riley em fevereiro. De acordo com a polícia, Riley foi assassinada por um imigrante venezuelano que havia recebido permissão de ficar nos EUA enquanto esperava uma decisão da Justiça sobre sua permanência.
Os palestrantes devem relacionar este e outros crimes ao governo Biden, que enfrenta um número recorde de imigrantes entrando nos EUA por dia, e apoiar as propostas de Trump para a questão. O ex-presidente pretende aumentar operações contra pessoas em situação irregular, realizar deportações em massa e até construir campos de detenção para imigrantes.
Na segunda (15), Trump fez uma breve aparição no evento, a primeira desde a tentativa de assassinato contra ele no sábado (13). O ex-presidente estava com um curativo na orelha direita, onde foi atingido de raspão por uma bala durante um comício na Pensilvânia, e foi recebido por apoiadores com fortes aplausos.
Alckmin defende Haddad, chamado de ‘Taxad’ nas redes sociais
Diante das últimas medidas do governo que visam ao aumento da arrecadação, Haddad passou a receber um novo apelido nas redes sociais: Taxad. As críticas se intensificaram nos últimos dias, com a aprovação da regulamentação da reforma tributária na Câmara e a chamada “taxa das blusinhas” aprovada pelo Congresso.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no mês passado o projeto de lei que estabelece o imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. O chefe do Executivo, contudo, disse achar equivocada a taxação, mas afirmou que iria sancionar a medida para garantir a “unidade” entre governo e Congresso Nacional. “Por que taxar US$ 50? Por que taxar o pobre e não taxar o cara que vai ao free shop e gasta mil dólares?”, questionou numa entrevista.
Alckmin fez questão de esclarecer os números do governo e defender as decisões tomadas pela equipe econômica.
“Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou, pode até dar uma conferida, acho até que caiu”, disse Alckmin em entrevista à imprensa. Na fala, o ministro fez questão de buscar os dados na internet para esclarecer.
Segundo ele, a carga tributária bruta foi de 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, ante 33,07% em 2022. “Ela não só não aumentou como caiu”, pontuou.
Na avaliação de Alckmin, a reforma tributária simplifica impostos, desonera exportação e investimento. Segundo ele, não há aumento de impostos na reforma, mas uma simplificação.
O ministro aproveitou para também defender Haddad sobre a taxação das compras internacionais até US$ 50. “A questão (da taxação das compras internacionais acima) dos 50 dólares é que a gente precisa preservar o emprego”, comentou.
“Se você for verificar a indústria, quando você soma todos os tributos, dá quase 80%. Então, o que se está buscando é ter uma lealdade concorrencial, não é criar nada”, defendeu o chefe do Mdic.
PF deflagra operação contra grupo que fraudou a Caixa Econômica Federal
A investigação apurou que um grupo formado por empresários, advogados e funcionários de instituição financeira fraudava a obtenção de financiamentos agropecuários com o uso de documentos falsos e corrupção de profissionais credenciados junto à Caixa Econômica Federal – CEF. A instituição financeira teve um prejuízo que ultrapassa 40 milhões de reais, somente no período de 2022 e 2023
Foi determinado o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados e o sequestro de ao menos 48 imóveis e 44 veículos de propriedade do grupo criminoso, além da constrição de criptoativos.
O nome da operação faz alusão a imóveis rurais cuja existência era apenas documental (“no papel”) e que foram dados em garantia hipotecária nas operações financeiras fraudadas.
Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás
PF combate migração ilegal para os Estados Unidos e México
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Governador Valadares, no mesmo município
Entenda o caso
Em maio deste ano, migrantes brasileiros foram abordados na cidade mexicana de Cancún, quando se deslocavam para os EUA, sendo mantidos sob o poder de criminosos que os submeteram a agressões físicas e psicológicas. As agressões foram gravadas e divulgadas em redes sociais.
No curso da apuração, um brasileiro, suspeito de ser o principal envolvido na promoção da migração ilegal do grupo agredido, foi detido nos Estados Unidos por irregularidades migratórias. Ele contava com o apoio de outras pessoas no Brasil para receber e movimentar os recursos e bens que os migrantes pagavam para tentar atravessar a fronteira. O homem deverá ser deportado pelas autoridades norte-americanas. Os investigados poderão responder pela prática do delito de promoção de migração ilegal.
A Polícia Federal alerta para os riscos que envolvem a migração ilegal, especialmente a rota terrestre entre México e EUA, considerada a mais perigosa do mundo por organizações internacionais.
Delegacia Territorial de Prado prende quatro homens por morte de indígena
Familiares do ex-companheiro da vítima foram autuados em flagrante; um deles é cacique de uma aldeia próxima.
As investigações das equipes da Polícia Civil indicaram que Lucimar Rocha da Silva, de 40 anos, morreu durante um incêndio em sua casa, na noite de domingo (14), logo após um desentendimento com sua companheira. Eles vendiam artesanato e, diante do desencontro na divisão dos valores, Lucimar teria jogado gasolina e ateado fogo em cédulas, perdendo o controle das chamas em seguida. Sua companheira, Miscilene, conseguiu escapar.
Um irmão de Lucimar, porém, assim que soube do acontecido, chegou com mais três parentes, todos da Aldeia Águas Belas, próxima ao local do crime. Ainda conforme o apurado pela Polícia Civil, os quatro espancaram a mulher e a jogaram na casa em chamas. Miscilene morreu antes de ser socorrida.
Três dos homens – o cacique, seu irmão e seu pai – foram presos na Aldeia Águas Belas. O irmão de Lucimar foi preso na Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (CRPT) de Itamaraju, onde realizava os procedimentos para a liberação do corpo de seu irmão. Os quatro indígenas estão à disposição do Poder Judiciário.
Texto: Ascom PC
Caso Chiquinho Brazão: oitiva de testemunhas - Conselho de Ética e Decoro Parlamentar - 15/07/24
A) Oitivas de testemunhas arroladas pela defesa no processo referente à Representação nº 4/24, em desfavor do Deputado Chiquinho Brazão - sem partido/RJ:
1. Willian Coelho - Vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CONFIRMADO) 2. Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior - Delegado da PCERJ (CONFIRMADO) 3. Paulo Sérgio Ramos Barboza - ex-Deputado Federal (CONFIRMADO) 4. Carlos Alberto Lavrado Cupello (CONFIRMADO) 5. Domingos Inácio Brazão - Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (A CONFIRMAR) 6. Daniel Freitas Rosa - Delegado da PCERJ (A CONFIRMAR)
Projeto facilita acesso de pessoas com autismo a tratamento com canabidiol.
Para o cadastramento, serão exigidos:
- laudo de profissional habilitado com justificativa e prescrição para o uso de medicamento não registrado no Brasil em comparação com as alternativas terapêuticas já existentes registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
- prescrição médica contendo o nome do paciente e do medicamento, a posologia, o quantitativo necessário, o tempo de tratamento, a data, assinatura e o número do registro do profissional; e
- uma declaração de responsabilidade e esclarecimento do paciente para a utilização do medicamento.
O programa será coordenado pelo Ministério da Saúde com a colaboração da Anvisa.
Resultados promissores
“Pesquisas recentes têm mostrado resultados promissores sobre o uso do CBD em pacientes com TEA. Estudos em modelos animais e estudos abertos em humanos sugerem que o CBD pode levar a melhorias nas interações sociais, na comunicação verbal e na redução de comportamentos agressivos e hiperativos”, argumenta o autor, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI).
“Além disso, há cada vez mais decisões judiciais que concedem o direito ao tratamento do TEA a base de canabidiol pelo Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a necessidade de se regulamentar e facilitar o acesso a esses tratamentos no Brasil.”
Próximos passos
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Saúde; de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Ao vivo: Sessão Deliberativa do Plenário – 16/7/24
Sessão Deliberativa Ordinária do Senado, destinada à análise e votação de projetos. Antes da ordem do dia, senadores fazem pronunciamentos sobre temas diversos.
Alterada a data de realização das provas do concurso público nacional unificado pelo TSE
A alteração já estava prevista quando a nova Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assumiu. A mudança de data tem o objetivo de dar maior segurança aos candidatos e prazo para a preparação para as provas, assegurando o tempo necessário para a apuração dos resultados e garantir a pronta nomeação após a conclusão do certame.
Por isso a nova data de realização das provas impôs o recálculo do prazo para a nomeação dos aprovados, marcada para julho de 2025, um mês depois da divulgação do resultado final das provas, previsto para ser divulgado em junho de 2025. Esses prazos decorreram da necessidade que os realizadores do certame precisam para ultimar todas as providências e fases do concurso, além de formular as alterações decorrentes da ampliação do número de vagas inicialmente oferecidas.
O texto publicado hoje traz ainda algumas adequações ao conteúdo programático para alguns cargos. Em junho, o Tribunal Superior Eleitoral já tinha publicado a ampliação do número de vagas oferecidas no concurso.
Inscrições abertas
O prazo para a inscrição dos candidatos é 18 de julho no site do Cebraspe, sendo de R$ 130,00 o valor da taxa para se concorrer ao cargo de analista judiciário e R$ 85,00 para o cargo de técnico judiciário.
O candidato deverá efetuar o pagamento da taxa de inscrição por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança), disponível no site do Cebraspe. A GRU Cobrança deverá ser impressa, para o pagamento da taxa de inscrição, após a conclusão do preenchimento da ficha de inscrição on-line. O documento pode ser pago em qualquer banco e nas casas lotéricas e nos Correios, obedecidos os critérios estabelecidos nesses correspondentes bancários.
O pagamento via Pix deve ser realizado por meio do QR Code apresentado na GRU Cobrança disponibilizada no endereço eletrônico.
Confira mais informações sobre os procedimentos de inscrição no edital.
Até o momento, 547 mil inscrições preliminares já foram feitas.
Distribuição das vagas
As 412 vagas oferecidas no concurso de 2024 serão distribuídas nos quadros de pessoal dos seguintes Tribunais Eleitorais:
- Tribunal Superior Eleitoral;
- Tribunal Regional Eleitoral do Acre;
- Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas;
- Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas;
- Tribunal Regional Eleitoral do Amapá;
- Tribunal Regional Eleitoral da Bahia;
- Tribunal Regional Eleitoral do Ceará;
- Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal;
- Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo;
- Tribunal Regional Eleitoral de Goiás;
- Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão;
- Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais;
- Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso;
- Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul;
- Tribunal Regional Eleitoral do Pará;
- Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba;
- Tribunal Regional Eleitoral do Paraná;
- Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco;
- Tribunal Regional Eleitoral do Piauí;
- Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro;
- Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte;
- Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul;
- Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia;
- Tribunal Regional Eleitoral de Roraima;
- Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina;
- Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe;
- Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
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