BB e Petrobras, comandados por mulheres, têm poucas líderes, diz pesquisa

Tarciana Medeiros, 45 anos, se tornou em janeiro de 2023 a primeira mulher a assumir o comando do Banco do Brasil desde a fundação do maior banco público do país, em 1808. Mulher, negra, nordestina e lésbica, a chegada da administradora ao topo da organização, depois de 22 anos de casa, foi recheada de significados.

Mas isso não impediu que o banco apresentasse um dos índices mais baixos de contratação de mulheres na liderança ao longo de 2023, segundo levantamento do especialista em governança corporativa Renato Chaves, ao qual a Folha teve acesso com exclusividade. A pesquisa tomou como base os formulários de referência enviados este ano à CVM por empresas que integram o Ibovespa, o principal índice da bolsa, com base no exercício de 2023.

Em resposta à reportagem, o BB afirmou ter 26,7% de mulheres em funções de liderança que exigem senioridade, mas sua meta é atingir 30% até 2025. Ainda assim, o índice do banco está abaixo da média observada em empresas do Ibovespa, de 33,2% de mulheres na liderança, segundo a pesquisa.

Os formulários de referência são relatórios online que devem ser enviados todo ano pelas companhias abertas à CVM, com dados financeiros e outras informações referentes ao exercício anterior. Desde 2023, o documento vem acompanhado de um questionário ESG (governança ambiental, social e corporativa), que deve ser respondido pela empresa para que investidores e acionistas avaliem o nível de diversidade racial e de gênero na companhia, e o quanto as minorias estão representadas nas posições de liderança.

Foi assim que o levantamento feito por Renato Chaves identificou que, além do BB, outras grandes estatais que pertencem ao Ibovespa, como Petrobras, Embraer e Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), têm bem menos mulheres na liderança do que a média das 83 empresas que compõem o Ibovespa, que é de 33,2%.

Curiosamente, a Petrobras, uma das maiores petrolíferas do mundo, acaba de empossar uma mulher na presidência da companhia.

Magda Chambriard, 66, foi nomeada CEO da Petrobras em maio, se tornando a segunda mulher a assumir o cargo nos 70 anos da empresa (a primeira foi Graça Foster, em 2012). Engenheira civil, com mestrado em engenharia química, é especializada em engenharia de reservatórios e avaliação de formações, abrindo espaço em um setor majoritariamente masculino.

Questionada pela Folha, a Petrobras disse que apenas 12% do seu efetivo preencheu o questionário sobre identidade de gênero –o que distorce os resultados finais identificados na pesquisa de Renato Chaves.

Segundo a companhia, a participação de mulheres no quadro geral é de 17%, mas em cargos de liderança elas é de 23% (ainda assim, abaixo da média geral do Ibovespa, de 33,2%).

A empresa espera chegar aos 25% de mulheres na liderança até 2028. Neste ano, a companhia aderiu ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do Ministério das Mulheres.

“Pela primeira vez na história da Petrobras, quatro mulheres atuam simultaneamente na diretoria, um número recorde: a presidente Magda Chambriard e as diretoras Clarice Coppetti, Sylvia Anjos e Renata Baruzzi”, diz a empresa.

O Banco do Brasil afirmou ter 45% de mulheres no conselho diretor e 50% no conselho de administração. O banco diz adotar programas de ascensão corporativos, como o que envolve a superintendência comercial, em que 70% das vagas são reservadas para mulheres.

“Há mais de cinco anos criamos o Programa Liderança Feminina com o objetivo de aumentar o número de mulheres em cargos de liderança”, afirmou o banco. Segundo a instituição, seu quadro total de funcionários é composto por 40,9% de mulheres.

A Embraer, por sua vez, afirmou que “definiu a meta aspiracional de 20% de mulheres na liderança sênior até 2025”, e que vem trabalhando para alavancar a participação feminina na aviação, que é “historicamente pequena por razões culturais.” Há dois anos, criou um programa de treinamento para a aceleração da carreira de mulheres, e no ano passado passou a integrar a iniciativa “25by2025”, da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), que tem o mesmo objetivo.

“Por meio de projetos sociais, a Embraer incentiva um número crescente de meninas e jovens mulheres a optar por carreiras relacionadas às ciências exatas, na intenção de formar novos talentos para a indústria aeroespacial”, disse.

Já a Cemig declarou que estabeleceu este ano metas para ampliar a participação de mulheres e de minorias em todos os níveis hierárquicos da empresa, a partir dos resultados coletados em um censo realizado com funcionários. A companhia lançou em 2023 o Programa de Diversidade e Inclusão. Daniele Madureira/Folhapress


Resultado da 17º rodada do Campeonato Master 2024 da AABB-Ipiaú

Sintonia Medical vence novamente e confirma sua recuperação
Neste domingo (21.07) aconteceu a 17º rodada do Campeonato Master 2024.

O primeiro jogo entre Oral Center x Real Calçados foi remarcado para ser realizado no dia 07.08 às 19:30h.

O segundo jogo aconteceu normalmente e a Sintonia Medical confirmou sua recuperação na competição vencendo a segunda partida seguida, a equipe jogou com muita raça e confirmou a sua melhora no campeonato, vencendo a equipe da Ita Telecom e somando mais três pontos na tabela, o que confirma o grande equilíbrio desta competição.

Sintonia Medical 1x0 Ita Telecom
Gol
Sintonia Medical: Luiz Jorge

Próxima rodada
28.07 - 18ª rodada
1º jogo [7:15] - Cairo Auto Peças x Del Rey Telecom
2º jogo [08:30] – Impacto Calcados x Construcasa

Amapá de Alcolumbre e Randolfe, 2º menor estado, é campeão em emendas

Segundo menor estado do país, o Amapá dos senadores Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo, e Davi Alcolumbre (União Brasil), favorito a voltar a presidir a Casa em 2025, lidera proporcionalmente o ranking de emendas parlamentares liberadas até o início deste mês.

O governo federal pagou ao estado R$ 393 milhões em emendas indicadas por deputados federais e senadores, o que dá R$ 535 por habitante.

O valor supera, por exemplo, o estado de Alagoas, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), com liberação de R$ 324 por habitante, e Santa Catarina, governada pelo oposicionista Jorginho Mello (PL), que está em penúltimo no ranking, com R$ 71 por habitante.

Devido à fragilidade das bases governistas das últimas gestões, o Congresso Nacional multiplicou o valor da fatia orçamentária que comanda, o que levou as emendas a atingirem o valor de mais de R$ 50 bilhões neste ano.

Cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores decide o destino dessa verba, de forma individual ou coletiva, com as emendas de bancada e de comissões.

Em geral, o recurso é aplicado em pequenas obras nos redutos eleitorais dos parlamentares, como pavimentação de ruas, construção de praças e centros esportivos e aquisição de tratores e ambulâncias.

Alcolumbre comandou o Senado em 2019 a 2021 e é um dos coordenadores da distribuição de emendas no Senado. Sua influência sobre o governo Lula (PT) o levou a ser um dos principais nomes consultados na distribuição dos três ministérios da cota do União Brasil.

Randolfe é líder do governo no Congresso, participou ativamente da campanha de Lula e, nesta quinta-feira (18), assinou sua volta aos quadros do PT com direito a foto ao lado do presidente da República, da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).

Alcolumbre não quis se manifestar sobre o volume de recursos destinados ao Amapá. Já Randolfe disse apenas, por meio de sua assessoria, que foi para isso que o estado o elegeu.

A maior emenda paga de Alcolumbre neste primeiro semestre foi de R$ 7 milhões, destinada ao Fundo Municipal de Saúde de Laranjal do Jari, cidade de 35 mil habitantes no sul do estado.

O prefeito Márcio Serrão é aliado e do mesmo partido de Alcolumbre. Tanto nas redes sociais do prefeito como nas de Alcolumbre há uma profusão de citações a recursos e obras feitas na cidade sob o patrocínio do senador.

Em abril, por exemplo, Alcolumbre anunciou em suas redes sociais a entrega de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) na cidade.

A maior emenda paga de Randolfe neste primeiro semestre é no valor de R$ 6,8 milhões, destinada ao governo do estado no formato Pix, que é o modelo de baixa transparência e rápida liquidez.

Nesse formato, o dinheiro cai direto no cofre de prefeitos ou governadores sem necessidade de definição prévia de projetos a serem aplicados, como ocorre com as emendas normais.

O governo sofreu uma pressão do Congresso para concentrar o pagamento das emendas até o início de julho, como forma de escapar da trava que dificulta a liberação desse tipo de verba nos três meses anteriores às eleições municipais.

Com isso, pagou mais de R$ 22 bilhões até essa data, recurso destinado majoritariamente aos cofres de prefeituras, ultrapassando os cerca de R$ 17 bilhões (em valores já corrigidos) distribuídos antes das eleições de 2022, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Na parte de baixo do ranking de liberação de emendas por habitante está São Paulo, com R$ 55, seguido de Santa Catarina (R$ 71).

“Não recebi reclamação de nenhum deputado. Eu quero fazer essa conta no final do ano. Claro que estamos no período eleitoral, ou você paga antes ou você tem até o final do ano para pagar, então eu quero fazer essa conta no final”, disse o deputado Cobalchini (MDB), coordenador da bancada de Santa Catarina no Congresso.

Cobalchini afirma que há, por exemplo, uma emenda de bancada no valor de R$ 95 milhões já reservada para projetos da defesa civil no Vale do Itajaí, região atingida por enchentes. A liberação do recurso, quando ocorrer, deve equilibrar a comparação com os demais estados, diz.

Ele cita também uma emenda de R$ 50 milhões cuja execução é obrigatória, mas que ainda não foi paga porque depende da conclusão de projetos por parte do estado. “Nesse caso não tem como culpar o governo federal”.

Coordenador da bancada de São Paulo, governada pelo também oposicionista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania) diz que a sub-representação do estado no Congresso afeta o volume de recursos em relação à população.

“São Paulo deveria ter uma representação proporcional à sua população, teria que ter 110 deputados para manter a proporcionalidade, particularmente com os estados do norte”, afirma.

Hoje o estado tem 70 deputados federais, a maior bancada da Câmara. A fins de comparação, o Amapá tem 8.

“Isso impacta na questão das emendas destinadas. Além disso, São Paulo também tem um volume maior de desafios, então eu acho que a causa é mais estrutural.”

Apesar de proporcionalmente estar no último lugar do ranking, em valores nominais São Paulo foi o destino do maior montante em emendas até o início do mês, R$ 2,45 bilhões.

Mateus Vargas e Ranier Bragon/Folhapress

PF prende duas pessoas em flagrante por entrada ilegal de estrangeiros no país e por descaminho em RR

Boa Vista/RR. A Polícia Federal prendeu, na última sexta-feira (19/7), duas pessoas em Pacaraima/RR, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Na primeira ação, foi preso em flagrante um indivíduo supostamente integrante de uma organização criminosa que atua em Pacaraima, responsável pela entrada ilegal de centenas de árabes no território nacional. A atuação do grupo foi observada também em outros países da América do Sul e da Europa.

Além disso, a PF também desativou um depósito clandestino instalado às margens da fronteira com o país vizinho, o qual servia de base para o armazenamento de produtos e mercadorias decorrentes do crime de descaminho.

Na ocasião, foram apreendidos seis veículos e 42 toneladas de alimentos. No local, também foram encontrados rádios comunicadores e uma arma de fogo de uso restrito, além de munições de diferentes calibres.

As ações estão inseridas nas atividades de Polícia de Fronteira da Polícia Federal que tem por objetivo prevenir e reprimir a prática de crimes transfronteiriços.

Comunicação Social da Polícia Federal em Roraima

PF e BPFron prende homem em flagrante por contrabando de cigarros no PR

Guaíra/PR. A Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRon), apreendeu cerca de 250 caixas de cigarros contrabandeados neste último sábado (20/7), durante patrulhamento no Lago Itaipu, em Mercedes/PR.

A ação se deu quando a equipe policial visualizou uma embarcação em alta velocidade, a qual voltava da margem brasileira sentido Paraguai. Diante da movimentação suspeita, os policiais realizaram abordagem, momento em que se constatou que a embarcação estava carregada com aproximadamente 250 caixas de cigarros contrabandeados.

Diante da situação, o piloto do barco foi preso em flagrante. Toda mercadoria apreendida foi encaminhada à Delegacia da Polícia Federal em Guaíra para providências cabíveis.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

Ibirapitanga: Motociclista morre em grave acidente na curva do “Posto Tenente”, na BR-101

 

Foto: Ubatã Noticias
Um comerciante identificado apenas pelo pronome de Galego morreu neste domingo, 21, vítima de um grave acidente com uma motocicleta numa curva da BR-101, num local conhecido como “curva do Posto Tenente, no município de Ibirapitanga. O garupa da moto ficou ferido e foi conduzido a um hospital da região. A vítima fatal era residente de Travessão, distrito de Camamu, e comercializava frutas e salgadinhos. Não há informações precisas sobre as circunstâncias do acidente. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local. O DPT fará a remoção do corpo. *Com informações do Ubatã Notícias

Nove partidos assinam manifesto em defesa da democracia nas eleições municipais

Presidentes de nove partidos assinaram um manifesto no qual se comprometem a apoiar candidaturas às eleições municipais deste ano que estejam comprometidas com a preservação da democracia.

O documento foi idealizado pelo movimento Direitos Já! Fórum pela Democracia e foi endossado por PT, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, PC do B, PV, PSOL e Rede.

O manifesto diz que os partidos se comprometem a “considerar a oportunidade de união” de candidaturas “sempre que necessário” para derrotar as que “apoiem ideias ou iniciativas que ameacem a democracia no Brasil”.

Coordenador-geral do Direitos Já! Fórum pela Democracia, Fernando Guimarães diz ao Painel que esses partidos se destacam por assumirem publicamente o compromisso “mais elementar para a qualidade da nossa democracia, a curadoria dos candidatos que serão ofertados à sociedade”.

“Afastando, assim, a possibilidade de candidatos de extrema-direita confundirem os eleitores ao se apresentarem nas urnas legitimados por partidos do campo democrático”, afirma.

Fábio Zanini/Folhapress

Obama diz que decisão de Biden é ‘testemunho de amor’, mas não endossa Kamala; veja íntegra

O ex-presidente Barack Obama publicou uma longa nota neste domingo (21) afirmando que a decisão de Joe Biden de sair da corrida pela Casa Branca “é um testemunho do amor” do presidente pelos Estados Unidos”. Diferentemente de outras lideranças democratas, porém, Obama não endossou Kamala Harris para substituir Biden na chapa do partido.

“Navegaremos por águas desconhecidas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surgirá um candidato excelente”, escreveu.

Biden serviu como vice de Obama nos dois mandatos do ex-presidente. Embora publicamente o ex-presidente tenha afirmado apoio total ao democrata octogenário em sua decisão de continuar concorrendo, relatos na imprensa americana apontaram que Obama estaria operando nos bastidores para convencer Biden a desistir, em aliança com outros caciques do partido, como a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi.
Esses movimentos teriam gerado mágoa no presidente, isolado em sua residência em Delaware desde o diagnóstico de Covid.

A decisão de Obama de não endossar ainda um nome contrasta com a dos Clinton, por exemplo, que já anunciaram seu apoio a Kamala.
Até o momento, nenhum outro nome veio a público anunciar sua intenção de ocupar a vaga aberta por Biden na chapa.

Veja a declaração completa de Obama:

Joe Biden tem sido um dos presidentes mais influentes da América, além de um querido amigo e parceiro para mim. Hoje, fomos lembrados –novamente– de que ele é um patriota da mais alta ordem.

Dezesseis anos atrás, quando comecei minha busca por um vice-presidente, eu conhecia a notável carreira de Joe no serviço público. Mas o que passei a admirar ainda mais foi seu caráter -sua profunda empatia e resiliência conquistada com muito esforço; sua decência fundamental e a crença de que todos contam.

Desde que assumiu o cargo, o presidente Biden demonstrou esse caráter repetidas vezes. Ele ajudou a acabar com a pandemia, criou milhões de empregos, reduziu o custo dos medicamentos prescritos, aprovou a primeira grande legislação de segurança de armas em 30 anos, fez o maior investimento para abordar a mudança climática na história e lutou para garantir os direitos dos trabalhadores de se organizar por salários e benefícios justos. Internacionalmente, ele restaurou a posição da América no mundo, revitalizou a Otan e mobilizou o mundo para se posicionar contra a agressão russa na Ucrânia.

Mais do que isso, o presidente Biden nos afastou dos quatro anos de caos, falsidades e divisão que caracterizaram a administração de Donald Trump. Através de suas políticas e de seu exemplo, Joe nos lembrou de quem somos no nosso melhor -um país comprometido com valores tradicionais como confiança e honestidade, bondade e trabalho árduo; um país que acredita na democracia, no Estado de Direito e na responsabilidade; um país que insiste que todos, independentemente de quem são, têm uma voz e merecem uma chance de uma vida melhor.

Esse histórico impressionante deu ao presidente Biden todo o direito de concorrer à reeleição e terminar o trabalho que começou. Joe entende melhor do que ninguém o que está em jogo nesta eleição -como tudo pelo que ele lutou ao longo de sua vida, e tudo o que o Partido Democrata representa, estará em risco se permitirmos que Donald Trump volte à Casa Branca e os republicanos controlem o Congresso.

Eu também sei que Joe nunca recuou de uma luta. Para ele, olhar para o cenário político e decidir que deve passar o bastão para um novo candidato é certamente uma das decisões mais difíceis de sua vida. Mas eu sei que ele não tomaria essa decisão a menos que acreditasse que era o melhor para a América. É um testemunho do amor de Joe Biden pelo país -e um exemplo histórico de um verdadeiro servidor público mais uma vez colocando os interesses do povo americano acima dos seus próprios, algo que futuras gerações de líderes fariam bem em seguir.

Navegaremos por águas desconhecidas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surgirá um candidato excelente. Acredito que a visão de Joe Biden de uma América generosa, próspera e unida, que oferece oportunidades para todos, estará em plena exibição na Convenção Democrata em agosto. E espero que cada um de nós esteja preparado para levar essa mensagem de esperança e progresso adiante em novembro e além.

Por enquanto, Michelle e eu só queremos expressar nosso amor e gratidão a Joe e Jill por nos liderarem de forma tão hábil e corajosa nesses tempos perigosos -e por seu compromisso com os ideais de liberdade e igualdade sobre os quais este país foi fundado.

Fernanda Perrin / Folhapress

Presidente da Câmara dos EUA pede renúncia de Biden após desistência de candidatura

Logo após Joe Biden anunciar a desistência da sua candidatura à reeleição, o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, pediu que o presidente americano renuncie ao cargo.

“Se Joe Biden não está apto para concorrer à presidência, ele não está apto para servir como presidente. Ele deve renunciar ao cargo imediatamente”, disse o republicano em uma publicação no X. Para ele, o movimento de Biden foi pressionado pelo partido, que o teria “forçado a sair das urnas”.

“Isso invalida os votos de mais de 14 milhões de americanos que escolheram Joe Biden para ser o candidato democrata à Presidência”, afirmou o deputado. “O autoproclamado ‘partido da democracia’ provou ser exatamente o contrário.”

Mais cedo neste domingo (21), Biden anunciou sua desistência por meio de uma carta publicada nas redes sociais do presidente. Biden disse que vai explicar melhor sua decisão em um pronunciamento à nação. O presidente, em seguida, endossou sua vice, Kamala Harris, para ser a candidata democrata na eleição de novembro.

“Acredito que é o melhor para o meu partido e para o meu país que eu desista e me concentre apenas em completar meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, afirmou o democrata.

Gabriel Justo / Folhapress

Prefeita Maria anuncia Laryssa Dias como pré-candidata a prefeita em Evento do Força Jovem em Ipiaú

Na semana passada aconteceu um encontro memorável do Força Jovem de Ipiaú, onde a atual prefeita Maria das Graças fez um importante anúncio: a pré-candidatura de Laryssa Dias para prefeita do município.
Em um discurso emocionado, Maria das Graças destacou a confiança plena em Laryssa Dias, ressaltando seu compromisso e amor por cuidar das pessoas, qualidades que a tornaram a escolha ideal para dar continuidade ao trabalho em prol da comunidade ipiauense. "Tenho fé que Ipiaú estará em boas mãos, e, juntas, seguiremos zelando pela família ipiauense", afirmou a prefeita.
Laryssa Dias, agora pré-candidata, recebeu com entusiasmo o apoio de Maria das Graças e dos presentes no evento, reafirmando seu compromisso com o bem-estar e o desenvolvimento de Ipiaú.

O encontro contou com a participação ativa da juventude e de diversos segmentos da sociedade, que demonstraram seu apoio e entusiasmo pela nova liderança que se apresenta.

Este evento marca o início de uma nova jornada política para Ipiaú, com a promessa de continuar cuidando e avançando na construção de uma cidade próspera e acolhedora para todos.

Importante ressaltar que a convenção partidária será na próxima sexta-feira 26/07.
O encontro ocorreu na quinta-feira, por isso coloquei que na semana passada. A matéria só foi autorizada pelo jurídico ontem à noite.

Ação Ordo carece de planejamento a longo prazo, dizem especialistas

Foto: Divulgação
Especialistas ouvidos pela Agência Brasil comentaram os efeitos da Ação Estruturada batizada de Ordo, que significa ordem. Embora vejam pontos positivos, demonstraram desconfiança nos impactos que possam ocorrer quando esse trabalho terminar. O temor é a retomada do cenário que provocou as incursões, inicialmente, em 10 comunidades identificadas como áreas de conflitos armados entre traficantes e milicianos nos bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá e as Vargens Pequena e Grande, na zona oeste da capital.

Conforme o secretário de estado de Segurança Pública, Victor dos Santos, quando essa ação foi planejada, ela previa “escalabilidade” para se estender a qualquer região do estado. “Em qualquer dos 92 municípios do estado ela pode ser replicada. Ela já foi concebida com essa característica”, indicou em entrevista à Agência Brasil.

Deflagrada na segunda-feira (15) pelo governo do Rio de Janeiro, a Ordo foi ampliada na quarta-feira (17) para mais quatro localidades.Sem prazo para terminar, desde o começo tem registrado diariamente aumentos de prisões e apreensões de armas e drogas. Um dos objetivos é asfixiar financeiramente as organizações criminosas que dominam esses territórios.

No balanço da Ordo divulgado neste sábado (20) pelo governo fluminense, até ontem as Forças de Segurança do Governo do Estado realizaram 90 prisões, além da apreensão de 2.300 munições, 20 carregadores, nove artefatos explosivos e 147 kg de drogas na região. Oito menores foram apreendidos e houve a retirada de 47 toneladas de barricadas.

Segundo o secretário, o aumento de crimes contra o patrimônio praticados nesta região contribuiu para a realização da Ordo, bem como guerra de territórios, que segundo ele, viraram sinônimo de ganhos para os criminosos.

“Território hoje é sinônimo de receita. Não é só a venda de drogas hoje, são todos os serviços de água, luz, gás, construção civil, descarte de material de construção onde se aterra área de proteção ambiental. Tudo isso gerou receita para esses criminosos. Sem contar que essas comunidades viraram verdadeiras zonas francas, tudo quanto é tipo de ilegalidade é praticado lá dentro com cobertura e garantia que essa prática pode ser realizada ali dentro porque o Estado é ausente”, disse.

Na sexta-feira (19), depois de uma segunda expansão, a Ordo realizava incursões em 16 territórios nas comunidades da Cidade de Deus, da Gardênia Azul, do Rio das Pedras, do Morro do Banco, da Fontela, da Muzema, da Tijuquinha, do Sítio do Pai João, do Terreirão, César Maia, de Santa Maria, do Bateau Mouche, da Covanca, do Jordão, da Chacrinha e da Barão.

O aumento no número de locais de atuação da Ordo, em parte, ocorreu por causa da fuga de criminosos de onde chegava a Ação para outras localidades. O governo do estado informou que a expansão “se tornou possível com o avanço das informações de inteligência da Polícia Civil, que identificou a necessidade e embasou o planejamento”.

O mestre em antropologia, especialista em segurança pública e ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Paulo Storani destaca que a movimentação financeira por parte desses grupos criminosos, que inclui a estrutura de lavagem de dinheiro, vai muito além do que se pode imaginar. A situação se agrava, segundo ele, com os apoios que dão a candidaturas ao poder legislativo para obter vantagens em futuras leis. O especialista criticou a dificuldade de aprovação de leis mais duras contra esses grupos criminosos.

“Para mim crime é crime. Quanto maior for o impacto desse crime, mais grave tem que ser a punição. É assim em qualquer lugar do mundo”, comentou.

Storani acrescentou ao problema o déficit no número de policiais militares, que por isso, não conseguem atender à demanda de patrulhamento. “É função do Estado, entenda-se unidade da federação, conter o avanço da violência, mas [a operação] não resolve o problema da violência, porque por limitação o estado trabalha na consequência, não trabalha na solução do problema”, apontou.

O especialista, que acompanha Segurança Pública há 42 anos, afirmou ainda que, por mais que esses criminosos possam ser presos, há uma certeza de que ficarão pouco tempo nos presídios, o que dá a sensação de impunidade, causada pela legislação, que ele considera, condescendente e desproporcional de acordo com a modalidade criminosa. Enquanto alguns permanecem presos em períodos mais extensos por crimes de menor impacto, outros de maior abrangência como estupradores, traficantes e homicidas conseguem sair da prisão em menos tempo.

“Cria uma ambiência no Brasil de que o criminoso não tem nada a perder em relação a isso. Acaba sendo estimulado a continuar na atividade criminosa e mais gente entra. Essa operação é necessária, mas a polícia tem alcance limitado de conter o avanço. Não resolve a violência”.

Para Storani, a Ordo não tem planejamento de longo prazo. “Se essa operação acontecesse em todas as regiões ao mesmo tempo, durante um, dois, três meses, reduziria os indicadores mas cessada a operação os indicadores voltarão. Essa é a realidade”.

Agência Brasil

Oficial da PM morre em acidente na BR-116, entre Jequié e Manoel Vitorino

 

Um capitão da Polícia Militar morreu em um acidente ocorrido por volta das 06h deste domingo, 21, na altura do KM 694, da BR-116, entre as cidades de Jequié e Manoel Vitorino. A vítima conduzia uma motocicleta Honda PCX. As circunstâncias do acidente ainda não foram esclarecidas. A suspeita é que a moto tenha colidido com um veículo, o condutor caiu e foi atropelado por um caminhão, não resistindo aos ferimentos e morrendo no local. O motociclista foi identificado como Erlon Nascimento Silva, Capitão/PM lotado no 9° BEIC de Vitória da Conquista. Ele era casado e deixa dois filhos.

O Comandante do 9° BEIC, Ten Cel Jocevã Oliveira emitiu uma nota manifestando as condolências do Batalhão. “Expressamos nossas sinceras condolências a toda a família enlutada e desejamos força para superarmos este momento tão difícil”. Informações sobre velório e sepultamento serão divulgadas nas próximas horas. (Giro Ipiaú)


Saiba quem são os cotados para substituir Biden nas eleições dos EUA

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir da candidatura à reeleição, anunciada neste domingo (21) ), abriu caminho para vários democratas proeminentes que aspiram a uma indicação do partido na corrida à Casa Branca.

No topo da lista está a vice-presidente Kamala Harris, mas governadores e outras figuras políticas também são frequentemente lembrados. Confira abaixo uma lista elaborada pelo jornal The New York Times que reúne alguns dos concorrentes em discussão.

Kamala Harris

Ex-procuradora e senadora da Califórnia, Kamala já teve dificuldades para definir seu papel ao lado de Biden. Inicialmente encarregada de lidar com a polêmica questão da migração ilegal, a advogada conseguiu achar seu espaço ao se tornar a principal voz da Casa Branca do direito ao aborto. Primeira vice-presidente negra, Kamala também trabalhou para fortalecer Biden com eleitores negros e jovens, um dos pontos fracos do democrata.

Gavin Newsom

O governador da Califórnia e ex-prefeito de São Francisco, Gavin Newsom, tem alguns benefícios claros: é um companheiro experiente de um estado importante que usou sua plataforma para criticar Trump e fortalecer o Partido Democrata. Porém, em uma eventual campanha, Newsom teria que explicar os vários problemas que a Califórnia enfrentou na última década: pessoas em situação de rua, altos impostos e custos crescentes de moradia, por exemplo.

Gretchen Whitmer

Governadora de Michigan e vice-presidente do Comitê Nacional Democrata, Gretchen Whitmer foi alçada a estrela nacional do partido, em partes, pelo próprio antagonismo com Trump, que se referia a ela como “aquela mulher de Michigan”. Em 2022, liderou a campanha que fez os democratas conquistarem a maioria do Legislativo do estado pela primeira vez em 40 anos, o que possibilitou a promulgação de uma lista extensa de políticas progressistas.

JB Pritzker

O governador de Illinois, JB Pritzker, destacou-se por seus insultos afiados contra Trump e pelas vitórias notáveis no direito ao aborto e controle de armas em seus dois mandatos à frente do estado. Herdeiro bilionário dos Hotéis Hyatt, Pritzker também tem a vantagem de dispor de uma fortuna estimada em cerca de US$ 3,5 bilhões (quase R$ 20 bilhões), que ele não hesita em usar em suas ambições políticas. Registros de campanha mostram que ele gastou um total de US$ 350 milhões (quase R$ 2 bilhões) em suas duas campanhas para governador.

Josh Shapiro

O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, ex-procurador-geral do estado, é conhecido como um líder ponderado que focou principalmente em questões não ideológicas durante seu mandato. A postura lhe rendeu uma taxa de aprovação de 64%, segundo uma pesquisa do Muhlenberg College divulgada em abril, em um estado que é imprescindível para qualquer opositor de Trump.

Outras possibilidades

Há outros nomes menos prováveis entre os cotados para a candidatura.

Alguns deles são o secretário de Transportes, Pete Buttigieg, e os senadores Cory Booker, de Nova Jersey, e Amy Klobuchar, de Minnesota. Todos os três já concorreram à presidência antes e são conhecidos dos eleitores democratas.

O governador de Kentucky, Andy Beshear, que foi reeleito em 2023, também ganhou atenção nacional por seu sucesso improvável como democrata em um estado republicano, onde Biden é profundamente impopular. Na ocasião, Beshear derrotou seu oponente republicano, Daniel Cameron, por 5 pontos, mesmo enquanto outros candidatos democratas em corridas estaduais perderam por margens avassaladoras.

E, finalmente, duas pessoas que já viveram na Casa Branca: Hillary Clinton e Michelle Obama, esposas dos ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama, respectivamente. Obama, aliás, embora ainda tenha uma avaliação alta entre os eleitores registrados, é impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato.

Folhapress

TSE divulga limite de gastos para campanhas de prefeito e vereador por município

Os menores municípios do País em população possuem um limite de R$ 159.850,76 para as campanhas majoritárias e R$ 15.985,08 para as candidaturas legislativas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quinta-feira, 18, o limite de gastos para as campanhas de prefeito e vereador em cada um dos 5.569 municípios do País. As quantias estabelecidas pela Corte Eleitoral deverão ser seguidas pelos partidos e coligações durante as eleições de outubro.

Em São Paulo, que possui o maior eleitorado do País, os partidos poderão gastar até R$ 67.276.114,60 na campanha de prefeito em primeiro turno. Em eventual segundo turno, a quantia permitida é de R$ 26.910.445,80. A candidatura de vereador, por sua vez, poderá receber até R$ 4.773.280,39.

No Rio de Janeiro, que possui o segundo maior número de eleitores, as candidaturas para o cargo majoritário poderão receber até R$ 29.231.712,71 no primeiro turno e R$ 11.752 685,09 no segundo. Campanhas para vereador têm o limite de gastos de R$ 2.071.008,63.

Os menores municípios do País em população possuem um limite de R$ 159.850,76 para as campanhas majoritárias e R$ 15.985,08 para as candidaturas legislativas.

Gabriel de Sousa / Estadão Conteúdo

Após ataque em Tel-Aviv, exército israelense atinge alvos Houthis no Iêmen

O exército israelense afirmou ter atingido na noite deste sábado, 20, alvos Houthis no oeste do Iêmen após um ataque fatal de drones pelo grupo rebelde em Tel-Aviv. Vários “alvos militares” foram atingidos na cidade portuária ocidental de Hodeidah, um reduto Houthi, disse o exército israelense, acrescentando que o ataque foi em resposta a “centenas de ataques” contra Israel nos últimos meses.

“Os Houthis nos atacaram mais de 200 vezes. A primeira vez que eles feriram um cidadão israelense, nós os atacamos. E faremos isso em qualquer lugar onde seja necessário”, disse o Ministro da Defesa israelense Yoav Gallant em uma declaração.

O Ministério da Saúde em Sanaa disse que 80 pessoas ficaram feridas em um balanço preliminar dos ataques em Hodeidah, a maioria delas com queimaduras graves.

Os ataques israelenses seriam os primeiros em solo iemenita desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou em outubro, e ameaçam abrir uma nova frente na região enquanto Israel luta contra representantes do Irã.

O exército israelense disse que realizou os ataques sozinho e “nossos amigos foram atualizados”. Um oficial das Forças de Defesa de Israel não disse quantos locais foram alvos, mas disse a jornalistas locais que o porto é o principal ponto de entrada para armas iranianas. O oficial não confirmou se este foi o primeiro ataque de Israel ao Iêmen.

Estadão Conteúdo

Venezuela: a sete dias da eleição, pesquisas divergem sobre resultado

Foto: Instagram Nicolás Maduro
As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial marcado para o próximo domingo (28). Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.

Institutos de pesquisa como Datincorp, Delphos e Meganálisis, entre outros, dão vitória ao opositor Edmundo, da Mesa da Unidade Democrática (MUD), apoiado pela política María Corina Machado. Ela era apontada como favorita da oposição ao vencer as primárias, mas teve a candidatura vetada por condenações judiciais.

Já pesquisas do Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), do Hinterlaces e do Internacional Consulting Services (ICS), entre outros estudos, indicam que Nicolás Maduro deve se reeleger para um terceiro mandato, segundo informa a Telesur, veículo estatal do país.

O sociólogo, economista político e analista venezuelano Luis Salas ressaltou à Agência Brasil que as pesquisas eleitorais na Venezuela historicamente favorecem o voto opositor.

“Historicamente, desde que o chavismo chegou ao poder, as pesquisas sempre sobrevalorizaram o voto opositor. Desde que Chávez foi presidente, e depois Maduro, os principais institutos de pesquisa erram e favoreceram o voto da oposição”, afirmou o analista.

A especialista Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, empresa que trabalha com medição de opinião pública para conduzir campanhas políticas, alertou para os problemas da medição de votos na Venezuela.

“Por que falham as pesquisas eleitorais? Basicamente por três razões: por causa da volatilidade do eleitorado; por falhas metodológicas e porque não são pesquisas, se não pseudopesquisas feitas para desinformar e serem usadas como propaganda”, destacou em uma rede social.

O venezuelano Francisco Rodriguez, professor da Universidade de Denver, nos Estados Unidos, reforçou a pouca confiança nas pesquisas do país. Segundo ele, desde 2017, sete institutos de pesquisas vêm sobrevalorizando o voto opositor.

“Esses mesmos inquéritos sobrevalorizaram o voto da oposição, em média, nos últimos 10 anos, em 27,8%. Se corrigirmos esse viés, teríamos um virtual empate técnico [entre Maduro e Edmundo González]”, afirmou, em uma rede social, o estudioso da realidade venezuelana.

Dona da maior reserva comprovada de petróleo do planeta, a Venezuela vai às urnas no próximo domingo, quando cerca de 21 milhões de pessoas devem eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O presidente Nicolas Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.

Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição topou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vêm boicotando as eleições nacionais.

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

O país vizinho também passou por uma grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB, o que resultou em uma migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi derrotada e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recursas em assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.

Agência Brasil

Joe Biden desiste de tentar reeleição nos EUA

Em nota divulgada nas redes sociais, o presidente americano Joe Biden cedeu à pressão de aliados do partido Democrata e anunciou a sua desistência de disputar a reeleição para a presidência dos Estados Unidos. Veja publicação feita por Biden no X, antigo Twitter. 

 

PF e BPFron apreendem munições e celulares contrabandeados do Paraguai

            O flagrante ocorreu durante patrulhamento na região rural de Mercedes/PR

Guaíra/PR. A Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), apreendeu na última sexta-feira (19/7) munições, cigarros contrabandeados e outros produtos ilegais provenientes do Paraguai. O flagrante ocorreu durante patrulhamento na região rural de Mercedes/PR.

Na ocasião, os policiais avistaram um caminhão que saía de um porto clandestino da região. Ao se aproximarem, o caminhão foi abandonado em uma região de mata, sendo encontrados em seu interior 17 munições de calibre 32; 14.000 pacotes de cigarros de origem estrangeira, além de sete celulares, dentre outras mercadorias. 

Diante dos fatos, o caminhão e a carga foram apreendidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Guaíra para as medidas legais cabíveis.

Comunicação da Polícia Federal em Guaíra/PR

PF e BPFron apreendem cerca de 101kg de drogas no PR

Guaíra/PR. Na manhã deste sábado (20/7), a Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), apreendeu cerca de 101kg de drogas, durante patrulhamento na área rural de Guaíra.

Na ocasião, a equipe encontrou diversos volumes de maconha que estavam sendo transportados dentro da mata às margens do lago Itaipu. Após apreensão e pesagem, a droga totalizou aproximadamente 101 kg. 

Diante dos fatos, todo o material apreendido foi encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra para os procedimento subsequentes.

Os policiais encontraram diversos volumes de maconha que estavam sendo transportados dentro da mata às margens do lago Itaipu

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

PF prendeu estrangeiro por tráfico internacional de drogas no RN


Natal/RN. A Polícia Federal prendeu em flagrante na madrugada deste sábado (20/7), no aeroporto internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante/RN, um homem de 72 anos, natural da República Tcheca, que pretendia embarcar com cerca de 4,73 kg de cocaína. O indivíduo viajava sozinho e tinha como destino Lisboa, em Portugal.

A prisão ocorreu durante uma fiscalização de rotina, com o auxílio de cão farejador, o qual detectou um volume suspeito na mala de mão do passageiro. Ao ser abordado, o estrangeiro alegou não compreender as perguntas e disse não saber falar inglês. Os policiais revistaram a mala do homem, revelando uma substância esbranquiçada que, após o narcoteste, constatou a cocaína.

De imediato, o cidadão recebeu voz de prisão e seguiu escoltado para a sede da Polícia Federal, onde a bagagem foi desmontada e encontrado em um fundo falso dois pacotes de um invólucro de cor preta contendo a droga.

Autuado em flagrante por tráfico internacional de drogas, o homem alegou durante o depoimento que foi contratado por uma pessoa desconhecida para levar a mala até a cidade de Paris, na França, em que deveria ser entregue em um estabelecimento bancário.

Após exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP), o suspeito foi encaminhado para a carceragem da Polícia Federal,  em que aguarda audiência de custódia e está à disposição da Justiça.

Somente este ano, a Polícia Federal já apreendeu 37 kg de cocaína no aeroporto Aluizio Alves e prendeu cinco pessoas acusadas de tráfico de drogas.

 Indivíduo pretendia embarcar para Lisboa, em Portugal, com cerca de 4,70 kg de cocaína

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Norte

Hepatite Delta avança entre ribeirinhos no Amazonas

Casos de hepatite Delta entre ribeirinhos no Amazonas preocupam autoridades da saúde e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A doença, que pode ser silenciosa, é o tipo mais agressivo das hepatites virais, podendo causar cirrose, câncer e até mesmo levar à morte. Apesar da alta incidência, poucos pacientes estão em tratamento, de acordo com a Fiocruz

Desde junho deste ano, uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Rondônia e profissionais de Saúde de Lábrea (AM) acompanha comunidades ribeirinhas na região sul do Amazonas. Segundo o Centro de Testagem Rápida e Aconselhamento (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde de Lábrea (AM), há aproximadamente 1,4 mil casos notificados da doença na cidade e apenas 140 pacientes em acompanhamento.

Em Lábrea, de acordo com a Fiocruz, a equipe de pesquisadores e profissionais de saúde percorreu as comunidades ribeirinhas de Várzea Grande e Acimã, no Rio Purus. Durante dois dias foram realizados testes rápidos e exames laboratoriais, mas o foco principal da equipe foi o diagnóstico e rastreamento das hepatites virais, em especial a hepatite Delta. Dos 113 moradores atendidos nas duas comunidades, 16 foram diagnosticados com a hepatite.

As amostras são levadas para a Fiocruz Rondônia onde são processadas e avaliadas e os indivíduos com diagnóstico positivo são assistidos pela equipe de saúde de Lábrea e o Ambulatório de Hepatites Virais, que auxilia na conduta clínica dos pacientes.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico sobre Hepatites Virais, de 2023, divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022 foram diagnosticados no Brasil 4.393 casos de hepatite Delta. A maior incidência ocorreu na Região Norte, com 73,1% dos casos, seguida das regiões Sudeste (11,1%), Sul (6,6%), Nordeste (5,9%) e Centro-Oeste (3,3%). Em 2022 foram 108 novos diagnósticos, com 56 (51,9%) casos confirmados na Região Norte e 23 (21,3%) no Sudeste.

Hepatite Delta
A hepatite Delta pode não apresentar sintomas iniciais. Ela está associada a uma maior ocorrência de cirrose, até mesmo dentro de dois anos da infecção, podendo levar a outras complicações como câncer e até mesmo à morte.

Quando há sintomas, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Segundo o Ministério da Saúde, a principal forma de prevenção é a vacina contra hepatite B.

A doença, de acordo com o Ministério da Saúde, pode ser transmitida por relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada; da mãe infectada para o filho durante a gestação e parto; pelo compartilhamento de material para uso de drogas, como seringas, agulhas, cachimbos; compartilhamento de materiais de higiene pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam; na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam as normas de biossegurança, entre outras formas de contágio.

Por isso, é importante, por exemplo, para se proteger, o uso de preservativos em relações sexuais e não compartilhar objetos pessoas que podem entrar em contato com cortes, como lâminas de barbear, equipamentos para piercing e tatuagem, entre outros.

Agência Brasil

Polícia Civil prende suspeito com 20 quilos de maconha em Lauro

Equipes da Coordenação de Polícia Judiciária da Região Metropolitana (RMS), do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), com o apoio de policiais da 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas), efetuaram a prisão de um suspeito de envolvimento com o tráfico de armas, munições e drogas. O veículo conduzido pelo homem foi interceptado pelos policiais no momento em que transportava 20 quilos de maconha divididos em tabletes, na região de Quingoma, naquele município, na sexta-feira (19). 

Os investigadores identificaram que o suspeito transportava as drogas para integrantes de um grupo criminoso daquela região, que aguardavam os entorpecentes em uma localidade conhecida como “Lixão”. Em uma área de mata próxima ao local, as equipes do Depom encontraram três tambores vazios e uma escavação com características de cova rasa. Em uma residência foi localizada uma câmera de monitoramento camuflada em uma lâmpada. 

O material foi apresentado na unidade policial e o suspeito, que realizou os exames legais, está à disposição do Poder Judiciário. Diligências continuam, além de atividades de inteligência policial, para a identificação e localização dos demais envolvidos. 

Ascom-PC/ Marcela Correia

Congresso e Fazenda discutem mudanças que dão mais poder ao Banco Central

Medidas que dão mais poder ao Banco Central estão em discussão tanto pelo Legislativo quanto pelo Executivo. Enquanto o Senado Federal negocia a PEC (proposta de emenda à Constituição) que amplia a autonomia da autoridade monetária, o Ministério da Fazenda estuda um modelo de longo prazo que transforma o órgão em super-regulador.

As articulações no Senado para conceder autonomia financeira e orçamentária ao BC trouxeram à tona uma plano de longo prazo em estudo pelo Ministério da Fazenda para reconfigurar o modelo de regulação e supervisão do sistema financeiro. A proposta foi divulgada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pela Folha.

A ideia –inspirada no modelo “twin peaks”, que surgiu na Austrália, foi copiado pela Inglaterra e se espalhou por diversos países– consiste em regular o sistema financeiro por função e não por produto (seguro, depósito bancário, empréstimo, títulos, previdência), como é hoje no Brasil.

Isso significa redistribuir forças dos reguladores de forma que o Banco Central e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tornem-se super-reguladores. Apesar da mudança, a autonomia operacional do BC, assegurada em lei desde 2021, seria preservada.

Na equipe econômica, há o entendimento de que é preciso dar um encaminhamento mais estrutural para as discussões envolvendo o papel do BC, mas que essa transição de funções precisa ser muito bem desenhada e alinhavada com os órgãos envolvidos, que ainda não estão preparados para essa transformação.

A implementação deve ser feita em etapas, começando pela absorção da Susep (Superintendência de Seguros Privados) –hoje mais fragilizada em comparação aos demais órgãos– pelo BC.

O segundo passo seria reforçar o quadro de funcionários e a estrutura da CVM, que depois de fortalecida assumiria competências de regulação hoje sob responsabilidade do BC, como proteção ao consumidor de produtos financeiros (seguro e bancário, por exemplo).

Nos bastidores, há dúvidas hoje sobre o próprio papel da autoridade monetária na proteção dos consumidores de produtos bancários e sua competência legal para atuar no setor, esbarrando em atribuições que são do Procon e de órgãos de defesa do consumidor.

Nesse reequilíbrio de funções, o BC assumiria a atribuição de regulamentação prudencial (proteção da solidez das instituições) de fundos de investimentos, hoje a cargo da CVM.

A última etapa seria também incorporar a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) aos dois “superórgãos”. O processo seria concluído em cerca de cinco anos.

Um membro do governo Lula considera que, se houver vontade política, a proposta pode avançar por meio de um PLP (projeto de lei complementar).

Na visão desse interlocutor, a reforma estrutural da atuação dos órgãos reguladores pode ser uma saída para a discussão da autonomia do Banco Central.

O tema já vinha sendo debatido internamente pela Fazenda desde o início da gestão de Fernando Haddad, mas a ideia era deixar que o governo Lula se adaptasse à autonomia operacional do BC antes de colocar o plano em prática.

Havia o temor de que a discussão técnica fosse contaminada pelo momento político, desperdiçando o que a equipe econômica avalia como um bom caminho de regulação.

Pela primeira vez, o presidente da República convive com um chefe do BC indicado pelo governo anterior e essa transição tem sido marcada por solavancos.

A PEC (proposta de emenda à Constituição) que trata da autonomia financeira do BC foi encampada no Senado pela oposição e por Campos Neto, mas rechaçada pelo governo Lula e por cardeais como o líder do PSD, Otto Alencar (BA), e o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Apesar da posição contrária à PEC, senadores da base têm afirmado a integrantes do governo que é preciso repensar a situação do BC para garantir que a autoridade monetária tenha capacidade de investimento.

Um dos líderes da base disse à reportagem que a discussão precisa de “um freio de arrumação”, mas não pode ser ignorada pelo governo.
Ele afirma que qualquer mudança em relação à autonomia financeira do BC deve levar em conta situações fiscais do país, mas chama de “irracional” o modelo atual.

A incerteza –dos dois lados– sobre o placar da votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) fez com que a discussão fosse adiada para a volta do recesso parlamentar.

Tanto o governo quanto o Banco Central levaram ao relator, senador Plínio Valério (MDB-AM), diretrizes gerais que poderiam criar um modelo inédito, em que o BC não seria nem autarquia (como é hoje) nem empresa pública (como foi proposto na PEC).

A aprovação da PEC representaria uma marca de gestão para Campos Neto, alvo preferencial das críticas de Lula. Insatisfeito com a condução da política de juros do país, o chefe do Executivo criticou reiteradas vezes o presidente do BC.

Além de ter chamado Campos Neto de “adversário político e ideológico”, o petista afirmou que “as coisas vão voltar à normalidade” quando Campos Neto for substituído. Nos bastidores, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, é dado como praticamente certo no comando do BC a partir de 2025.

As declarações de Lula provocaram reações de membros do Legislativo. Em junho, após Lula ter se queixado Campos Neto em entrevista, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a autonomia da autarquia, dizendo que a medida “aumentou a credibilidade da política monetária”.

As falas do presidente deixaram alguns membros do Legislativo apreensivos com o risco de interferência do governo na atuação do BC após a saída de Campos Neto. Segundo um líder do centrão na Câmara, seria necessário a Casa elaborar alguma medida que blindasse a autonomia da autoridade monetária.

Uma medida, por exemplo, seria estabelecer algum tipo de responsabilização no caso de interferências artificiais na política de juros que ajudassem o governo.

Apesar disso, há uma avaliação que nenhum movimento deverá ocorrer na Casa se não houver uma “sintonia fina” com o Senado, para evitar que o tema seja aprovado na Câmara e deixado de lado pelos senadores. Outras duas lideranças, por sua vez, dizem não ver clima para nenhuma proposta legislativa nesse sentido andar na Câmara.

Líderes da Casa consideram que a autonomia do BC está preservada pela lei aprovada no Congresso, mas isso não impede os deputados de apresentarem projetos tratando da autoridade monetária.

O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), um dos vice-líderes do governo na Câmara, por exemplo, está colhendo assinaturas para apresentar uma PEC que inclua o presidente do BC no rol das autoridades que a Câmara e o Senado, além de suas comissões temáticas, possam convocar para prestar informações sobre assuntos determinados.

A proposta também prevê que as Mesas Diretoras das duas Casas poderão encaminhar pedidos escritos de informações ao presidente do BC, “importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas”.

Na justificativa, ele afirma que a “chamada independência do Banco Central é um fato”, mas “ser independente e ser transparente não são estados contraditórios”. Diz também que a posição do presidente da autarquia “fora de qualquer questionamento” é algo “insólito e insustentável”.

Já o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) protocolou em 2023 um projeto de lei complementar que regulamenta o Copom (Comitê de Política Monetária). A proposta, que segue travada, prevê alteração na composição do comitê, tornando o ministro da Fazenda o presidente do colegiado (função hoje que cabe ao presidente do BC).

A proposta está parada na comissão de Finanças e Tributação da Câmara, e aliados do deputado avaliam ser difícil que ela avance.

Nathalia Garcia, Thaísa Oliveira e Victoria Azevedo / Folhapress

Trump retoma ataques a Biden e eleição após pregar união

Em seu primeiro comício após o atentado sofrido no último sábado (13), Donald Trump retomou os ataques ao presidente Joe Biden e aos democratas, e voltou a fazer acusações sem provas de fraude na eleição, acusando os adversários de trapacearem.

O comício atraiu milhares de pessoas, levando à formação de uma enorme fila que atravessou todo o centro de Grand Rapids, no estado-pêndulo de Michigan. O ex-presidente retomou o tom agressivo que marca seus discursos durante a fala, rompendo com o breve apelo de união nacional feito logo após a tentativa de assassinato na Pensilvânia. Trump fez piadas com o estado cognitivo de Biden, disse que o presidente tem um QI baixo, e voltou a comparar imigrantes com o personagem Hannibal Lecter. “Eles são incompetentes, essa é uma ameaça à democracia”, afirmou sobre os democratas.

O tom contrasta também com o do discurso feito na última quinta-feira (18), em que o empresário aceitou oficialmente a nomeação de seu partido. Na ocasião, Trump evitou ataques diretos a Biden e adotou uma abordagem mais grave.

Apesar de ter prometido na quinta que não falaria mais sobre o atentado, ele voltou a descrever a cena no comício deste sábado. Ele também voltou a repetir que foi Deus quem o salvou. “Eu estou aqui com vocês pela graça de Deus Todo-Poderoso”, disse. “Algo muito especial aconteceu, vamos reconhecer isso.”

“Eu devo minha vida à imigração”, disse, em referência ao assunto do gráfico para o qual apontava quando foi alvo de tiros.

Seguindo a estratégia de aliados, o ex-presidente usou o incidente para dizer que ele não é uma ameaça à democracia, como democratas o acusam de ser. “Eu levei um tiro pela democracia”, disse.

Trump também acusou o partido adversário de não respeitar a democracia, diante da pressão para que Biden, que venceu as primárias, se retire da corrida. Ele contrastou a situação com a do Partido Republicano, que repetiu nunca ter sido tão unido e grande quanto sob sua liderança.

O empresário fez ainda uma espécie de enquete com o público, perguntando contra quem eles preferiam concorrer. Em linha com a lógica da campanha republicana, os espectadores vaiaram mais Biden do que a vice, Kamala Harris, indicando que veem o atual presidente como um concorrente mais fácil de ser batido.

“Eu gostaria de concorrer contra ela”, disse Trump, dessa vez em referência à governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, cotada como uma opção caso Biden desista. “Os democratas estão tentando reverter o resultado das primárias, eles não são o partido da democracia, mas de insiders como Whitmer”, afirmou.

Trump voltou a fazer uma série de afirmações sem provas sobre eleição e imigração, sugerindo inclusive que estrangeiros estão sendo registrados por democratas para votar em Biden.

“Se há fronteiras abertas, homens em esportes de mulheres, se vão elevar seus impostos em quatro vezes… Com políticas assim você nunca será eleito. Só se fraudar. Estão usando isso, tentando registrar essas pessoas para votar neles. Por isso estão deixando os imigrantes entrarem”, afirmou.

“Vamos fazer a maior deportação da história do nosso país”, disse ainda, ecoando umas das principais promessas de sua campanha.
Aproveitando estar em Michigan, um estado conhecido pela indústria automotiva, Trump fez uma série de críticas às políticas de incentivo a carros elétricos adotadas por Biden.

“Eu amo Elon Musk, e sempre falo sobre carros elétricos. Mas você não pode ter 100% de carros elétricos. Elon me endossou”, disse. “Ele está me dando US$ 45 milhões por mês. Eu falei com ele há pouco, e ele nem mencionou isso. Os outros caras te dão US$ 2 e você tem que levar eles para almoçar.”

Depois, retomando as críticas a carros elétricos, ele disse que eles não “são para todo mundo, algumas pessoas têm que dirigir longas distâncias, eles tendem a ser mais caros”.

Um homem, supostamente do sindicato de trabalhadores da indústria automotiva, foi chamado por Trump ao palco -o ex-presidente afirmou que o reconheceu na plateia, espontaneamente.

Trump repetiu uma comparação feita em um comício recente entre morrer eletrocutado por um barco movido a energia elétrica ou por um tubarão -uma fala que foi destacada na imprensa americana como sinal de que tampouco o republicano estaria em seu melhor momento cognitivo, como Biden.

“Vamos cortar impostos e acabar com regulações. Vamos reduzir o preço de energia, suas contas serão reduzidas ao menos pela metade. Nós compramos petróleo da Venezuela, é maluco, eles costumavam ser nosso inimigo”, disse.

Trump voltou a descrever suas negociações com outros presidentes quando estava na Casa Branca como se fossem sempre uma questão de ameaçar impor tarifas a importações. Neste sábado, o exemplo da vez foi a França -Emmanuel Macron teria desistido de impor um tributo sobre empresas americanas, após Trump ameaçá-lo de instaurar 100% de tarifas sobre produtos franceses. Este também foi o primeiro comício depois que J.D. Vance foi anunciado como vice-presidente na chapa de Trump.

Vance falou por cerca de dez minutos pela primeira vez a eleitores como candidato a vice. “Honestamente, ainda é estranho ver meu nome nessas placas”, afirmou.

Ele criticou a vice-presidente, Kamala Harris, associando seu mandato à “política de fronteira aberta”, uma das principais críticas da campanha republicana à Casa Branca de Joe Biden.

Vance ressaltou ainda sua história pessoal e afirmou que eventual novo mandato de Trump iria restaurar o sonho americano e trazer empregos de volta ao país.

Na Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, na quinta-feira, Trump apareceu no palco com um curativo na orelha direita, ferida na tentativa de assassinato. O republicano falou por uma hora e meia, repetindo sua retórica típica, mas ao mesmo tempo fazendo referências religiosas, como que Deus o havia salvado. Neste sábado, ele ultrapassou este tempo de comício.

Fernanda Perrin / Folhapress

‘É a eleição mais importante das nossas vidas e eu vou ganhá-la’, diz Biden

Após o discurso em comício de campanha do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, o atual presidente e candidato à reeleição pelo partido democrata, Joe Biden, ironizou as falas do republicano na rede social X (antigo Twitter). “É um milagre, pessoal. Donald Trump disse a verdade pela primeira vez”, pontuou, ao se referir à fala de Trump de que esta será a eleição “mais importante da história”.

“É a eleição mais importante de nossas vidas. E eu vou vencê-la”, completou Biden.

Com o registro, o presidente Biden reforça que ainda está no páreo para a campanha presidencial, em meio aos apelos de boa parte do partido Democrata para que ele desista do pleito e abra espaço para que a vice-presidente, Kamala Harris, o substitua.

Gabriela Jucá / Estadão Conteúdo

Cimi registra ataques a povos indígenas em três estados

Os conflitos entre produtores rurais e grupos indígenas continuam no Mato Grosso do Sul e Paraná. De acordo com publicação feita neste sábado (20) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com base em informações da Comissão Guarani Yvyrupa, foram registrados cerco a indígenas guarani kaiowá em retomadas de área no Mato Grosso do Sul, com risco iminente de despejo ilegal e forçado, e incêndio criminoso contra o tekoha Tata Rendy, dos ava guarani, no oeste do Paraná. O Cimi registou ainda neste sábado ataques a indígenas no Rio Grande do Sul.

De acordo com o Cimi, no Mato Grosso do Sul, as cinco retomadas da região de Douradina circunscritas à Terra Indígena Lagoa Rica Panambi continuam sendo acossadas por capangas armados desde a manhã deste sábado. Em campo aberto, quase uma dezena de caminhonetes se posicionaram com homens nas caçambas, que rapidamente se espalharam em um perímetro ofensivo ao grupo guarani kaiowá. A Força Nacional de Segurança está no local.

Em Caarapó (MS), na manhã deste sábado, duas áreas retomadas na Terra Indígena Dourados Amambai Peguá I passaram a ser sobrevoadas por drones e cercadas por caminhonetes.

No oeste do Paraná, na tekoha – termo usado para definir território – Tata Rendy, dos ava guarani, também houve cerco e incêndios. Para indígenas e indigenistas, tratam-se de ataques em bloco dentro de contextos similares.

Além desses conflitos, o Cimi, órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), registrou ainda ataques ao povo kaingang da Retomada Fág Nor, em Pontão, localizado próximo ao município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os indígenas voltaram a ser atacados na madrugada deste sábado (20). Homens encapuzados desceram de veículos e atiraram contra os indígenas e incendiaram uma maloca. Em uma semana, é o terceiro ataque sofrido depois que as famílias decidiram retornar para uma área próxima ao território tradicional.

Governo federal
Os conflitos se estendem por cerca de uma semana. No último dia 16, representantes do governo federal deixaram Brasília e desembarcaram em Mato Grosso do Sul. O objetivo das equipes dos ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) é “mediar conflitos fundiários” que culminaram em uma série de ataques contra indígenas que ocuparam áreas rurais reivindicadas como territórios tradicionais.

No dia 17, o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego de agentes da Força Nacional em ações estatais para preservar a ordem e a integridade em aldeias indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e nas regiões fronteiriças do estado.

Segundo o Cimi, apesar das comitivas do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), e das tentativas de negociação com proprietários rurais e políticos locais para a interrupção das hostilidades, não houve ainda a presença de um aparato mais sólido do Estado em busca de soluções reais – e até mesmo a ida às regiões de autoridades públicas com peso político. O órgão critica a atuação da Força Nacional.

Ocorre que nos três casos, ava guarani, guarani kaiowá e kaingang, houve incêndio criminoso nas áreas ocupadas pelos indígenas. Os agressores atearam fogo em malocas e nas matas do entorno. Outro ponto em comum é que nos três casos os ataques ocorreram horas após a saída de representantes do Ministério dos Povos Indígenas das áreas e com a presença de agrupamentos da Força Nacional deslocados pelo governo federal às regiões.

Agência Brasil

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