Kamala consolida favoritismo, e debate se volta para escolha de seu vice mundo

Foto: Reprodução/Instagram
Kamala Harris se consolidou nesta segunda (22) como a substituta de Joe Biden na disputa pela Casa Branca contra Donald Trump. Nenhum outro nome relevante do Partido Democrata veio a público desafiar sua candidatura, endossada pelo próprio presidente e pela maior parte da legenda.


O clima de triunfo era visível em seu primeiro discurso de campanha, feito no início da noite desta segunda no local onde até o último domingo (21) era a sede da campanha Biden-Harris. “O bastão está nas nossas mãos”, disse Kamala, que foi introduzida ao som de “Freedom”, de Beyoncé.

Joe Biden, isolado em Rehoboth Beach em razão da Covid-19, participou por telefone. O presidente agradeceu a equipe e disse que continuará “totalmente engajado” na campanha. “Eu estou de olho em você, menina. Eu amo você”, disse ele a Kamala.

Todos os 23 governadores democratas, incluindo cotados para a vaga de Biden como J.B. Pritzker (Illinois) e Gretchen Whitmer (Michigan), declararam apoio a Kamala. No Congresso, 181 dos 212 deputados e 41 dos 47 senadores fizeram o mesmo, segundo monitoramento feito pelo New York Times.

Um dos nomes mais importantes a vir a público apoiá-la nesta segunda foi a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi. A lendária líder democrata operou nos bastidores para que Biden desistisse, mas havia permanecido em silêncio no domingo sobre quem endossaria.

“Tenho plena confiança de que ela nos levará à vitória em novembro”, afirmou em nota divulgada nesta segunda.

Tão importante quanto o apoio do partido é o de doadores: foram US$ 81 milhões nas 24 horas após Kamala lançar-se candidata –um recorde, segundo a campanha. A equipe diz que contribuíram com esse montante 888 mil pequenos doadores, sendo que 60% deles fizeram uma doação pela primeira vez neste ano.

A esse montante se somam os US$ 150 milhões levantados de grandes doadores pelo comitê de arrecadação (conhecido como PAC, na sigla em inglês) Future Forward, de acordo com o site Politico.

A demonstração de união dos democratas sucede semanas de conflitos internos em torno da candidatura de Biden, em que a imagem dividida do partido contrastou negativamente com o domínio total de Donald Trump sobre os republicanos na convenção nacional do partido, realizada na semana passada.

Conforme Kamala se firma como a candidata democrata, a discussão se volta para quem será o vice na chapa do partido. Seguindo a estratégia clássica de alguém com perfil complementar, as apostas são um homem branco –preferencialmente de um estado-pêndulo.

Os principais cotados para vice, por ora, são os governadores Andy Beshear (Kentucky), Roy Cooper (Carolina do Norte), Josh Shapiro (Pensilvânia) e Pritzker. Outro nome citado é o senador Mark Kelly (Arizona), cujas credenciais de militar e astronauta reluzem aos olhos democratas.

“Eu quero que o povo americano saiba o que é uma pessoa do Kentucky e como ela se parece, porque deixa eu eu te dizer, J.D. Vance não é daqui”, afirmou Beshear em entrevista à MSNBC nesta segunda, em um ataque ao vice de Trump nascido em seu Estado.

Uma pessoa que já pode ser riscada da lista é Whitmer. A governadora do Michigan afirmou que não pretende deixar seu Estado neste ano, e vai assumir o papel de codiretora da campanha de Kamala (o mesmo cargo que ocupava sob Biden).

“Se eles fizerem pesquisas e descobrirem que precisam de um judeu careca e gay de 49 anos de Boulder, Colorado, eles têm o meu telefone”, brincou o governador do estado, Jared Polis, em entrevista à CNN, ao ser questionado sobre seu interesse no posto –um bom humor que havia se tornado raro entre democratas nas últimas semanas.

O clima mais leve é visível entre os integrantes do partido, aliviados com o que parece ser uma nova oportunidade para derrotar Donald Trump depois de as esperanças de conseguir o feito minguarem sob Biden.

Kamala aproveitou esta segunda para marcar bem sua diferença contra o adversário, caso ela se confirme como a candidata do partido, em dois temas principais: aborto e ficha criminal.

“Ao longo da minha carreira, lidei com criminosos de todos os tipos”, disse ela, em referência à sua atuação como procuradora na Califórnia, despertando risos no escritório.

“Predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que roubaram consumidores, trapaceiros que quebraram as regras para seu próprio benefício. Então me ouçam quando eu digo: eu conheço o tipo de Donald Trump”, afirmou, sob aplausos.

“Eu sei que tem sido uma montanha-russa”, disse. “Tenho fé completa de que esse time é a razão pela qual vamos vencer em novembro”, completou. Kamala afirmou que o comando da campanha continuará nas mãos de Julie Chavez Rodriguez e Jen O’Malley Dillon.

Nesta terça (23), a vice fará seu primeiro comício de campanha como candidata em Milwaukee, no estado-pêndulo de Wisconsin –a mesma cidade que recebeu a convenção republicana na semana passada.

Kamala é filha de um professor jamaicano e de uma pesquisadora de câncer indiana que se conheceram durante um protesto por direitos civis na Califórnia, nos anos 1960 —ambos faziam doutorado na Universidade de Berkeley.

O nome da vice-presidente, em hindi, significa flor de lótus, como ela afirma em seu livro de memórias “The Truths We Hold – An American Journey” (2019). A pronúncia correta é “Kâmala”, com a sílaba tônica no “Ka”, e não “Kamála”.

Fernanda Perrin/Folhapress

Ministério da Saúde investiga primeiras mortes suspeitas por febre Oropouche; duas são na Bahia

Foto: Divulgação/Fiocruz-Mosquito Maruim, transmissor da febre oropouche
O Ministério da Saúde investiga três mortes suspeitas de febre oropouche no Brasil, sendo uma em Santa Catarina e duas na Bahia. Caso confirmadas, essas serão as primeiras mortes pela doença documentadas no mundo. No Maranhão, um caso também estava sendo investigado, mas foi descartado. O País já registrou neste ano mais de 7 mil casos da doença.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirma que registrou os dois óbitos como febre do oropouche, mas aguarda confirmação por parte do ministério. Os casos do Estado aconteceram nas cidades de Camamu e Valença, no sul baiano, e chamam a atenção pois as vítimas, de 21 e 24 anos, não possuíam comorbidades.

Um estudo ainda não revisado por outros especialistas (pré-print) elaborado por 20 cientistas de diversos órgãos da Bahia, como a Secretaria da Saúde, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou os óbitos registrados na região. O relatório destaca que a rápida disseminação do vírus da febre Oropouche, também chamado de OROV, “já representa um surto de grande preocupação para a população”.

Em nota, o Ministério da Saúde declara que ainda não é possível confirmar mortes, pois é preciso fazer uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos, considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais específicos.

Casos na Bahia

Os casos baianos ocorreram em março e junho deste ano. A primeira paciente teve sintomas como dores musculares, abdominal, na cabeça e atrás dos olhos; além de diarreia, náuseas e vômitos. Ela chegou a buscar atendimento em unidades básicas de saúde e, dois dias após o início dos sintomas, recorreu a um hospital de referência, relatando visão turva e dificuldade para enxergar. Já internada, a paciente desenvolveu agitação, pressão baixa e falta de oxigênio no sangue.

A segunda paciente teve febre, fraqueza e dores em múltiplos locais do corpo, incluindo nas articulações. Ela também apresentou erupção cutânea vermelha e manchas roxas, além de sangramento no nariz, nas gengivas e na área vaginal. A jovem se queixou, ainda, de sonolência e vômitos.

O que isso representa

De acordo com a análise dos especialistas no estudo, os casos destacam alguns pontos importantes a serem observados: a rápida progressão dos sintomas até a morte, a presença de coagulopatia grave (uma condição em que o sangue tem dificuldade em coagular corretamente, levando a sangramentos e complicações), e a ocorrência de problemas no fígado, que podem ter contribuído para a coagulopatia e, consequentemente, para as mortes.

“Fica claro que a infecção por OROV pode levar a fenômenos hemorrágicos, como estudos anteriores demonstraram, e o envolvimento hepático também pode ser esperado nesta infecção”, diz o relatório.

O relatório destaca ainda que a evolução clínica dos pacientes com febre oropouche foi muito semelhante à de uma febre hemorrágica grave, comumente observada em casos de dengue. Para eles, isso representa um desafio para o diagnóstico que merece atenção.

“Se não fosse pela extensa avaliação laboratorial e pelo surto de OROV em curso na região, esses casos provavelmente teriam sido classificados inadequadamente como mortes por dengue”, diz o relatório.

Por isso, segundo o documento da Sesab, os casos mostram como é de extrema importância implementar uma vigilância epidemiológica ativa e garantir a coleta de amostras suficientes para monitorar outras doenças, além de realizar a vigilância genômica.

Caso em Santa Catarina

Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina informou estar acompanhando a investigação de um caso suspeito de óbito da doença conduzida pelo Estado do Paraná e com apoio do ministério. Segundo a pasta, o caso foi identificado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e o paciente atendido por serviços de saúde locais paranaenses, onde o óbito aconteceu no mês de abril.

No entanto, “durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina, uma vez que o paciente teve registro de viagem ao Estado”, explica em nota.

No texto, a secretaria explica que, neste momento, Santa Catarina não investiga outros casos suspeitos de óbito pela doença. Segundo a pasta, os municípios com maior número de casos confirmados são Luiz Alves (65), Botuverá (35) e Blumenau (9). Santa Catarina registra um total de 140 casos confirmados até o momento.

Sobre a doença

A febre oropouche é uma doença causada por um vírus chamado Orthobunyavirus (OROV), que pertence à família Peribunyaviridae e é transmitido por artrópodes (como mosquitos). Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça, dores musculares, náuseas e diarreia. Em alguns casos, a doença pode evoluir para formas mais graves, com sintomas neurológicos. Atualmente, não há vacina ou tratamento específico para a doença. Pacientes com sintomas devem descansar, fazer tratamento para aliviar os sintomas e seguir o acompanhamento médico.

Recentemente, o Ministério da Saúde alertou para a importância dos cuidados das gestantes com a doença, diante de suspeitas de casos de microcefalia possivelmente associados à doença. Como medidas de proteção para gestantes, a pasta recomenda:

  • Evitar áreas onde há muitos insetos (maruins e mosquitos), se possível, e usar telas de malha fina em portas e janelas;
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele;
  • Manter a casa limpa, incluindo a limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, e o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo;
  • Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão.
Layla Shasta/Estadão

Bahia Sem Fome: Cozinhas comunitárias começam entrega de refeições para população em vulnerabilidade social de 14 municípios

Foto: Thuane Maria/GOVBA
A rotina de preparação dos alimentos que chegarão a 20 mil baianos em situação de insegurança alimentar tem reorganizado as cozinhas comunitárias e solidárias da Bahia contempladas pelo primeiro edital Comida no Prato, parceria do programa Bahia Sem Fome (BSF) com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Com o investimento de R$ 24,2 milhões da administração estadual, as entidades aprovadas no primeiro edital farão a distribuição das refeições por 110 dias. Cada cozinha se responsabilizará pela preparação de, pelo menos, 200 pratos diariamente.
Foto: Thuane Maria/GOVBA
A missão emociona Josinete Araújo, cozinheira da Associação Comunitária Cultural da Conceição II, em Feira de Santana. “A gente se sente muito feliz de ver a alegria das pessoas saindo com sua refeição. Nós temos que fazer o melhor, né?! É muito gratificante. Eu me sinto fazendo a obra de Deus! Muito feliz, mesmo, de estar cooperando com esse projeto”, relatou.
Foto: Thuane Maria/GOVBA
Sobre o cardápio, ela divide “nós fazemos o almoço na segunda, na quarta e na sexta-feira, e cada dia nós elaboramos um prato. É uma salada de uma coisa na segunda, outra na terça, as carnes são dois tipos de carne. A gente faz fígado, frango, fazemos bife acebolado, bife de caldo. É uma variedade, né?! Pra pessoa se sentir importante”. A associação, que cuida da cozinha comunitária, tem a responsabilidade de produzir os pratos três vezes por semana.
Foto: Thuane Maria/GOVBA
Organizações em Alagoinhas, Barreiras, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Lauro de Freiras, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Camaçari e Salvador também realizam a distribuição das refeições. Das 100 cozinhas comunitárias ou solidárias que participam do primeiro edital, 68 estão situadas no interior do estado.

Coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira ressaltou que o público prioritário do edital é a população que vive em extrema vulnerabilidade, mas não é obrigatório que as pessoas estejam cadastradas nos programas sociais de transferência de renda para serem beneficiadas pela ação.

“O público prioritário, em alinhamento com o plano Brasil Sem Fome, do Governo Federal, é a população que vive em situação de vulnerabilidade extrema. Por isso, o Comida no Prato chega como uma ação emergencial, até de busca ativa, de identificação dessas pessoas em situação de vulnerabilidade. Depois a gente contribui no encaminhamento para emissão de documentos, para o sistema de assistência social, para o sistema de educação”, detalhou sobre a estratégia para redução dos indicadores de fome na Bahia a curto e longo prazo.

Para Fabíola Oliveira, que está desempregada e é mãe de seis filhos, as refeições serão um ganho nutricional na alimentação dela e de sua família, que moram no Nordeste de Amaralina, em Salvador. “É uma alegria, né?! Em casa sempre falta algo e aqui já está tudo completo. Ter um alimento preparado, completo, assim, é maravilhoso”, celebrou.

Segundo informações do Bahia Sem Fome, as organizações devem entregar as refeições por até nove meses, de acordo com a logística preparada para cada cozinha através das entidades. À frente da coordenação de impacto social do Instituto Nordeste Eu Sou, Aline Silva explicou que a aprovação no edital Comida no Prato foi uma oportunidade de mapear o perfil de pessoas em maior vulnerabilidade no Nordeste de Amaralina, em Santa Cruz e no Vale das Pedrinhas.

“A gente foi fazer o mapeamento, aqui no Nordeste de Amaralina, em Santa Cruz e no Vale das Pedrinhas. As pessoas cadastradas são, realmente, as que mais necessitam. E, graças a Deus, esse projeto veio fazer muito agrado aqui na nossa comunidade. Serão 250 refeições distribuídas, de segunda a sexta-feira, das 12h às 13h, aqui, no nosso espaço”, detalhou sobre o planejamento de entrega.

Só através da instituição, que trabalha há 13 anos com projetos sociais em Salvador, são 250 pessoas cadastradas para receber as refeições nos bairros. Outra cozinha, instalada no Lobato, gerida pelo Instituto Nordeste Eu Sou, tem mais 250 pessoas assistidas através do edital Comida no Prato.

Mais comida no prato dos baianos

O segundo edital do Comida no Prato está aberto até o dia 30 de julho. Podem participar Organizações da Sociedade Civil (OSC) que gerem cozinhas comunitárias ou dispostas a apoiá-las, por meio de colaboração com o Estado. Os detalhes do edital estão disponíveis no site da CAR: https://www.car.ba.gov.br/node/16335.

Na segunda etapa do projeto, serão 150 cozinhas comunitárias apoiadas. Cada uma receberá R$ 242 mil para produção das refeições ao longo de 12 meses. Ao todo, serão R$ 36,3 milhões investidos pelo Governo da Bahia no segundo edital, que prevê a ampliação da distribuição para 3,3 milhões de comidas prontas.

Repórter: Milena Fahel/GOVBA

Bahia amplia efetivo de Segurança Pública com mais de 4 mil profissionais

Foto: Matheus Pereira/GOVBA
O efetivo das forças de segurança pública da Bahia será ampliado com 4.263 profissionais. A novidade foi anunciada pelo governador Jerônimo Rodrigues, nesta segunda-feira (22), durante um evento realizado no auditório do Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Outro destaque foi a autorização para a aquisição de 119 viaturas para fortalecer a frota das polícias militar e civil, bem como do Corpo de Bombeiros, melhorando a capacidade de resposta e mobilidade das forças de segurança em todo o estado.
Foto: Matheus Pereira/GOVBA
“Nós fizemos hoje um investimento forte para o setor de recursos humanos. Para a gente poder aumentar a quantidade de homens e mulheres tanto na rua fazendo o serviço de viatura, em campo, operacional, ou no Corpo de Bombeiros, na Polícia Civil, dentro das delegacias, mas também em áreas internas como, por exemplo, no DPT”, pontuou o governador.
Foto: Matheus Pereira/GOVBA
Foi autorizada a convocação de 2.512 policiais militares, incluindo candidatos aprovados no concurso para soldado e militares da reserva remunerada. Além disso, foram convocados 500 candidatos aprovados no concurso para soldado do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) e 595 candidatos aprovados no concurso para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, destacou a importância do fortalecimento do efetivo das forças de segurança. “Esses concursos e chamamentos vão aumentar significativamente o nosso contingente, permitindo uma atuação mais eficaz e abrangente na segurança pública. Além disso, a aquisição das viaturas será fundamental para garantir a mobilidade e a rapidez nas respostas às ocorrências, melhorando a eficiência operacional e a presença das forças de segurança em todas as regiões do estado."

O governador também autorizou a abertura de novos concursos públicos e seleções. Entre eles, a abertura de processos seletivos com 100 vagas para oficiais da PMBA e 265 vagas para o CBM-BA, abrangendo novos profissionais, oficiais da reserva remunerada e servidores do quadro especial de tenentes e oficiais auxiliares. Além disso, foi autorizada a abertura de seleção Reda para 19 Técnicos de Nível Médio/Superior para a Polícia Civil (PC) e 166 Técnicos de Nível Superior e Médio para o DPT.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Adson Marchesini, enfatizou como o chamamento dos novos bombeiros irá contribuir para a qualidade do trabalho da corporação. “Vamos ampliar nossa capacidade de resposta e melhorar ainda mais o atendimento às emergências. A qualificação do nosso efetivo é fundamental para continuarmos prestando um serviço de excelência."

Balanço

Os investimentos em segurança pública têm feito a diferença no combate ao crime em toda a Bahia. No primeiro semestre de 2024, o número de mortes violentas caiu 13% em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado positivo também se mostra no enfrentamento às organizações criminosas. Foram realizadas mais de 9 mil prisões, com a localização de 55 líderes de facções, e apreensão de quase 3 mil armas de fogo, entre elas 40 fuzis.

Já no combate ao tráfico, a polícia apreendeu três toneladas de drogas e destruiu 245 mil pés de maconha. O avanço na garantia da segurança público é resultado direto dos investimentos em tecnologia, inteligência, equipamentos, capacitação e efetivo das forças policiais.

Repórter: Tácio Santos/GOVBA

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia











Guardas municipais se fortalecem pelo país, usam até fuzil e querem virar polícia

Foto: Divulgação

A função da guarda civil municipal mudou ao longo do tempo. O grupo, que antes se concentrava na proteção do patrimônio público, passou a atuar como força policial, criando unidades especializadas e equipadas até com fuzis.

Levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo nas capitais do país revela que há guarda municipal em 22 capitais, sendo que em 20 elas estão armadas. Os efetivos em Palmas, Porto Alegre, São Paulo, Vitória, Goiânia e Curitiba já possuem fuzil.

Não possuem guarda municipal Rio Branco, Cuiabá, Porto Velho e Brasília. Campo Grande não respondeu.

Ao longo dos anos, diversas leis e normas do Executivo conferiram à guarda municipal poder de polícia e autorização para posse e porte de armas. Atualmente, busca-se a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) no Congresso Nacional para proporcionar maior segurança jurídica e alterar o nome para Polícia Municipal.

O Estatuto Geral das Guardas Municipais, aprovado em 2014, foi a primeira legislação a ampliar os poderes do grupo, conferindo-lhe autorização, por exemplo, para o uso progressivo da força, para o patrulhamento ostensivo e para a realização de prisões em flagrante.

Em 2018, outra lei inseriu as guardas municipais entre os órgãos estratégicos do Sistema Único de Segurança Pública. Recentemente, em 2023, um decreto do presidente Lula (PT) regulamentou trechos deste estatuto.

“Hoje, atuamos em várias ocorrências, como roubo, furto, sequestro e, em Goiás, colaboramos estreitamente com as polícias. Precisamos fortalecer nossa organização para enfrentar o crime organizado”, disse Wellington Ribeiro Paranhos, presidente do Conselho Nacional dos Dirigentes das Guardas Municipais e Comandante da guarda de Goiânia.

O especialista em segurança pública Luís Flávio Sapori expressa preocupação com a mudança nas guardas municipais, que replicam o trabalho da Polícia Militar em vez de desenvolver um modelo próprio de prevenção.

Segundo Sapori, elas estão criando unidades semelhantes a pequenas tropas de choque, conhecidas como Romus (Rondas Ostensivas Municipais), para combater a criminalidade violenta e o tráfico de drogas. São compostas por agentes treinados, equipados com uniformes e armamentos semelhantes aos das forças táticas policiais.

“Essas unidades realizam operações e abordagens de suspeitos nas ruas, seguindo o modelo das polícias militares. A missão é realizar patrulhamento preventivo, não de confronto armado contra o crime”, afirmou Sapori.

Para Luiz Vecchi, presidente da Fenaguardas (Federação Nacional de Sindicatos dos Guardas Municipais), o armamento das guardas e a criação de unidades especializadas se tornaram necessários devido à evolução e sofisticação do crime.

“O uso de fuzis visa equiparar o potencial de resposta contra esses criminosos, contribuindo para a redução da violência nas áreas com guardas armadas. Foram introduzidos principalmente em resposta ao surgimento do novo cangaço, especialmente em pequenas cidades onde os criminosos perceberam a fragilidade do armamento até da Polícia Militar”, disse.

Para ter segurança jurídica de atuação, as associações de guardas municipais agora buscam a aprovação da PEC no Congresso. Dessa forma, o grupo passa a ser incorporado na Constituição como um órgão de segurança pública, ao lado de instituições como as polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e Penal.

Atualmente, o Judiciário apresenta interpretações divergentes sobre o papel das guardas municipais. Enquanto o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decide que a guarda municipal deve focar na proteção de bens, serviços e instalações municipais, conforme previsto na Constituição, o STF (Supremo Tribunal Federal) estabeleceu que essas guardas são oficialmente integrantes do Sistema de Segurança Pública.

Recentemente, a Justiça de São Paulo determinou que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) deve aderir estritamente aos seus deveres constitucionais. Por esse motivo, foram proibidos o uso de balas de borracha e bombas de gás e formações de ataque semelhantes às usadas pela Polícia Militar na cracolândia.

Além desse ponto central, o texto da PEC propõe a mudança de nome para Polícia Municipal e estabelece uma aposentadoria semelhante à de um policial, reduzindo o tempo de serviço e garantindo integralidade e paridade salarial.

Em ano de eleição municipal, parlamentares de diferentes espectros políticos têm apoiado a proposta, que aguarda despacho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em junho, sindicatos reuniram mais de 400 agentes na Casa para pressionar o avanço do projeto.

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, Alberto Fraga (PL-DF), afirmou que a PEC conta com a simpatia de muitos deputados, especialmente aqueles que consideram os votos dos municípios. Diz, entretanto, que o texto precisa passar por ajustes.

“O papel da guarda não deve se sobrepor à atuação da Polícia Militar, o texto precisa ser discutido para ser refinado”, destacou.

O presidente da Fenaguardas, contudo, contesta qualquer possibilidade de conflito nas atribuições. Na sua visão, a PEC assegura a segurança jurídica necessária para o exercício das funções. “A Lei Orgânica já define claramente nossas atribuições, e não temos interesse em invadir o campo de atuação de outras forças”, afirma Vecchi.

O deputado Coronel Ulysses (União-AC) acrescentou que, ao ser garantida na Constituição como um órgão de segurança pública, é crucial que o governo federal conceda uma contrapartida orçamentária e financeira adequada para fortalecer o Fundo Nacional de Segurança Pública.

“Com a integração das guardas municipais, os recursos existentes, que já são insuficientes, precisarão cobrir mais de mil guardas municipais em todo o país. Atualmente, o fundo, que obtém recursos de uma parcela das lotéricas, não consegue atender satisfatoriamente os 26 estados e o Distrito Federal”, disse.

Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, enfatiza que as polícias militares historicamente resistem ao aumento dos poderes da guarda municipal.

“Hoje as prefeituras compram as folgas dos policiais, pagam várias despesas como aluguéis de batalhões, contas de consumo. Quando falamos sobre a disputa de papéis, estamos essencialmente discutindo a distribuição de recursos”, afirmou.

Raquel Lopes/Folhapress

Lula se diz assustado com fala de Maduro sobre ‘banho de sangue’ na Venezuela

Foto: Agência Brasil /Arquivo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (22) a menção que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez a um “banho de sangue” caso a oposição vença as eleições do próximo domingo (28).

“Fiquei assustado com as declarações de Maduro, de que se ele perder as eleições haverá um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de votos, não de sangue”, afirmou. “Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica. Quando você perde, você vai embora. E se prepara para disputar outra eleição.”

“Espero que seja isso que aconteça, pelo bem da Venezuela e pelo bem da América do Sul”, acrescentou o petista em uma entrevista coletiva às agências internacionais às agências internacionais Bloomberg, Reuters, AFP, EFE, AP e Xinhua. A íntegra da entrevista, feita em Brasília, será divulgada no final do dia.

O pleito representa o maior desafio ao chavismo nos 25 anos em que a corrente inaugurada pelo ex-líder Hugo Chávez (1954-2013) está no poder. Maduro, que busca um terceiro mandato de seis anos, aparece em desvantagem nas pesquisas de opinião, o que o levou a subir o tom de seus discursos nos últimos dias.

“O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória em 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, vamos garantir o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, afirmou o ditador em um comício em Caracas, na última quarta-feira (17).

Na semana anterior, ele já havia feito referência a uma guerra. “Em 28 de julho se decide entre guerra ou paz, guarimba [tipo de protesto com barricadas usado pela oposição] ou tranquilidade, projeto de pátria ou colônia, democracia ou fascismo”, afirmou ele em um comício no norte do país.

“Já falei com Maduro duas vezes (…), ele sabe que a única forma de a Venezuela voltar à normalidade é que haja um processo eleitoral respeitado por todos”, disse Lula nesta segunda. Para que os migrantes voltem à Venezuela e se estabeleça um crescimento econômico no país, continuou o petista, Maduro “tem que respeitar o processo democrático”.

Segundo a Acnur, a agência da ONU para refugiados, quase 8 milhões de pessoas —cerca de 20% da população— deixaram a Venezuela desde o início da crise econômica e humanitária que começou após a chegada de Maduro ao poder, em 2013, até setembro do ano passado.

Lula defendeu o regime por anos, mas recentemente seu governo elevou o tom contra Maduro ao criticar obstáculos impostos à oposição venezuelana e ao pedir mais observação internacional depois que a ditadura retirou o convite à União Europeia para observar o pleito.

Também nesta segunda, o presidente confirmou que o governo enviará dois representantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além do ex-chanceler Celso Amorim, seu principal assessor para assuntos internacionais, para observar as eleições no país vizinho.

“Vou ver se a Câmara dos Deputados e o Senado também podem enviar pessoas para acompanhar a eleição”, acrescentou. O petista também pediu que as sanções internacionais impostas à Venezuela sejam suspensas.

O principal adversário de Maduro é o diplomata Edmundo González. O candidato, que lidera as pesquisas, entrou na corrida após María Corina Machado, a mais vocal crítica do regime, vencer as primárias da oposição em outubro, mas ser impedida por um tribunal de concorrer à Presidência. A primeira alternativa para substituí-la, Corina Yoris, relata que também foi impedida de se inscrever no sistema eleitoral.
Folhapress

Gastos com Previdência e BPC sobem R$ 11,3 bilhões e forçam bloqueio no Orçamento de 2024

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo

A redução da fila de espera do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) impulsionou as despesas com benefícios previdenciários e com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que ficaram R$ 11,3 bilhões maiores na projeção para este ano.

O aumento das duas categorias de despesa é o principal motivo por trás do congelamento de R$ 15 bilhões em despesas do Orçamento de 2024. O relatório de avaliação de receitas e despesas do 3º bimestre, divulgado nesta segunda-feira (22), mostra uma piora nas previsões para as contas públicas neste ano.

A previsão de gastos com o BPC, pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, subiu R$ 6,4 bilhões e alcançará R$ 111,5 bilhões. No caso dos benefícios previdenciários, o aumento foi de R$ 4,9 bilhões, e a despesa total chegará a R$ 927 bilhões.

O valor global da trava já havia sido anunciado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) na última quinta-feira (18), após reunião da JEO (Junta de Execução Orçamentária) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Do montante total, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados para compensar o crescimento das despesas obrigatórias, que incluem a Previdência e o BPC. Na avaliação do próprio governo, é pouco provável que essas despesas recuem até o fim do ano, o que torna baixa a probabilidade de reversão do bloqueio.

Outros R$ 3,8 bilhões serão contingenciados devido à frustração na estimativa de receitas. Neste caso, o gasto é contido para permitir o cumprimento da meta fiscal, cujo alvo central é um déficit zero, mas permite um resultado negativo de até 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto).

A projeção do governo é que, com o contingenciamento, o resultado ficará exatamente no limite permitido pela margem de tolerância, que é um déficit de R$ 28,8 bilhões. No segundo bimestre, a previsão era um desempenho menos negativo, de R$ 14,5 bilhões.

A queda de R$ 13,2 bilhões na arrecadação líquida do governo contribuiu para essa deterioração.

Além do aumento das despesas com o pagamento de benefícios previdenciários, a estimativa de arrecadação do INSS caiu R$ 5,2 bilhões. piorando as contas da Previdência Social.

Caso o governo consiga reforçar sua arrecadação até o fim do ano, o contingenciamento pode ser revisto.

Segundo Haddad, a divulgação antecipada dos valores do relatório foi feita para “evitar especulação” sobre os números. “Nós vamos ter que fazer uma contenção de R$ 15 bilhões para manter o ritmo do cumprimento do arcabouço fiscal até o final do ano”, disse o ministro na quinta.

Além de Haddad, participam da JEO Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão e Inovação).

ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE BLOQUEIO E CONTINGENCIAMENTO

O novo arcabouço fiscal determina que o governo observe duas regras: um limite de gastos e uma meta de resultado primário (verificada a partir da diferença entre receitas e despesas, descontado o serviço da dívida pública).

Ao longo do ano, conforme mudam as projeções para atividade econômica, inflação ou das próprias necessidades dos ministérios para honrar despesas obrigatórias, o governo pode precisar fazer ajustes para garantir o cumprimento das duas regras.

Se o cenário é de aumento das despesas obrigatórias, é necessário fazer um bloqueio.

Se as estimativas apontam uma perda de arrecadação, o instrumento adequado é o contingenciamento.

Como funciona o bloqueio

O governo segue um limite de despesas, distribuído entre gastos obrigatórios (benefícios previdenciários, salários do funcionalismo, pisos de Saúde e Educação) e discricionários (investimentos e custeio de atividades administrativas).

Quando a projeção de uma despesa obrigatória sobe, o governo precisa fazer um bloqueio nas discricionárias para garantir que haverá espaço suficiente dentro do Orçamento para honrar todas as obrigações.

Como funciona o contingenciamento

O governo segue uma meta fiscal, que mostra se há compromisso de arrecadar mais do que gastar (superávit) ou previsão de que as despesas superem as receitas (déficit). Neste ano, o governo estipulou uma meta zero, que pressupõe equilíbrio entre receitas e despesas, com margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos.

Como a despesa não pode subir para além do limite, o principal risco ao cumprimento da meta vem das flutuações na arrecadação. Se as projeções indicam uma receita menos pujante, o governo pode repor o valor com outras medidas, desde que tecnicamente fundamentadas, ou efetuar um contingenciamento sobre as despesas.

Pode haver situação de bloqueio e contingenciamento juntos?

Sim. É possível que, numa situação hipotética de piora da arrecadação e alta nas despesas obrigatórias, o governo precise aplicar tanto o bloqueio quanto o contingenciamento. Nesse caso, o impacto sobre as despesas discricionárias seria a soma dos dois valores.

Adriana Fernandes/Idiana Tomazelli/Folhapress

Adab cria Comissão Técnica Regional para discutir ações de prevenção à Monilíase do Cacaueiro

Foto: Divulgação

A Adab e a Câmara Setorial do Cacau da Bahia promoveram uma reunião, no último sábado (22), no Centro de Convenções de Ilhéus, para discutir ações de prevenção da Monilíase, praga que ameaça a cacauicultura brasileira.

Não há registro de casos na Bahia, mas a doença, que atinge o fruto em qualquer fase do seu desenvolvimento, está presente em todos os países produtores na América Latina e, no Brasil, nos estados do Acre e Amazonas. Pará e Rondônia entraram em emergência fitossanitária em virtude do aumento dos riscos de dispersão da praga para suas áreas, que não registram a presença da doença.

No encontro em Ilhéus, durante o Festival Internacional do Chocolate e Cacau, o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, anunciou a criação de uma Comissão Técnica Regional para tratar do tema, além da elaboração de um Plano Estadual Emergencial, sob a coordenação do Projeto Fitossanitário de Prevenção à Monilíase da agência baiana.

“São medidas preventivas para que a praga não avance em outras regiões produtoras de cacau. A comissão técnica vai se reunir uma vez por mês para discutir novas etapas e ações para a prevenção da monilíase do cacaueiro”, explicou Luz. Ainda segundo o diretor-geral, o próximo encontro ficou marcado para 30 de agosto, em Itabuna.

Na reunião de sábado, cerca de 20 representações, entre órgãos e entidades públicas e privadas, ligadas ao setor cacaueiro, participaram do encontro, entre elas, representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); membros da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), ambos órgãos do governo do Estado; da Universidade Federal do Sudoeste Baiano (UFSB), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFbaiano); do Centro de Inovação do Cacau (CIC), além de representantes das cadeias produtivas de cacau e chocolate como o Centro Mars de Ciência do Cacau; CocoaAction Brasil; Associação Bean to Bar Brasil e a Cooperativa Agrícola Gandu (Coopag).

O diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Jamir Macedo, e membros da Câmara Setorial do estado paraense também estiveram presentes. O Pará utiliza os moinhos de Ilhéus para a moagem da amêndoa do cacau produzida em seu estado.

Prefeitura de Ipiaú inaugura reforma do campo de futebol do bairro ACM

 

A Prefeitura de Ipiaú celebrou neste fim de semana (20) a inauguração da reforma do campo de futebol do bairro ACM, realizada com recursos próprios e coordenada pelas secretarias de Infraestrutura e Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SECULT). O evento contou com a presença do secretário da SECULT, Caio Braga, que destacou a importância da revitalização para a comunidade local.
O campo recebeu um novo gramado, reparos na iluminação e a requalificação da pintura da pista de cooper, oferecendo assim melhores condições para a prática esportiva e lazer da população. O secretário Caio Braga ressaltou que essa é apenas a primeira etapa das obras no complexo esportivo do bairro ACM. "Estamos muito felizes em entregar essa primeira fase da reforma. Em breve, concluiremos a reforma da quadra, que fica no mesmo ambiente. Nosso objetivo é proporcionar um espaço completo e de qualidade para os ipiauenses", afirmou.

*Primeiro Encontro Formativo do Curso Leitura e Escrita na Educação Infantil Reúne Profissionais da Pré-Escola em Ipiaú*

 

Nos dias 19 e 20 de julho, os profissionais da Educação Infantil da Pré-escola de Ipiaú, juntamente com a formadora municipal Mência Bastos Bonfim, participaram do primeiro encontro formativo do Curso Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI). Esta iniciativa faz parte do programa “Compromisso Nacional Criança Alfabetizada”, lançado pelo Governo Federal em 2023.
O curso LEEI tem como objetivo principal enfatizar a oralidade, a leitura e a escrita, oferecendo suporte teórico e metodológico aos professores. Busca-se garantir que as práticas educativas nas escolas promovam experiências enriquecedoras com a linguagem escrita, respeitando as especificidades da primeira infância. Além disso, o LEEI valoriza a leitura e a escrita como práticas sociais cotidianas, incorporando interações e brincadeiras essenciais para o desenvolvimento integral das crianças.
A participação dos educadores de Ipiaú nesse encontro formativo reforça o compromisso do município com a qualidade da educação infantil e com a formação continuada dos seus profissionais, visando sempre o melhor desenvolvimento das crianças.

Eleições 2024: mais de 11 milhões de eleitores estão aptos para votar na Bahia em 6 de outubro

Na Bahia, o eleitorado apto para comparecer às urnas nas Eleições Municipais de 2024 é de 11.283.507, conforme dados divulgados, na quinta-feira (18), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o Portal de Estatísticas do TSE, o número representa um aumento de 390.187 (3,5%) eleitores, em comparação às Eleições Municipais de 2020, quando haviam sido registrados 10.893.320 eleitores.

A Bahia permanece como o quarto maior colégio eleitoral do país, com 11,2 milhões de eleitores. Liderando o ranking está São Paulo, com 34.403.609 eleitores, seguido por Minas Gerais, com 16.469.155 eleitores e Rio de Janeiro, com 13.033.929 eleitores.

Dados por município

A nível regional, Salvador ocupa o 1º lugar como o maior colégio eleitoral do estado, com 1.969.757 eleitores, seguido por Feira de Santana (426.887), Vitória da Conquista (257.784) e Camaçari (205.865). Por causa do número de eleitores aptos, essas quatro cidades estão habilitadas para realizar segundo turno. Para conferir o número de eleitores aptos nas demais cidades da Bahia, clique aqui.

Avaliação do balanço

De acordo com o presidente do TRE-BA, desembargador Abelardo da Matta, os números refletem os esforços da Justiça Eleitoral para atender e bem servir os cidadãos baianos, habilitando-os ao exercício do voto, seja através do atendimento virtual, presencial ou ações itinerantes empreendidas pelo projeto “TRE-BA em Todo Lugar” e, igualmente, o desejo dos eleitores de escolherem os seus representantes, nas 417 cidades da Bahia, no dia 6 de outubro.

“O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia segue trabalhando com afinco para realizar eleições transparentes, céleres e seguras, a fim de possibilitar que os eleitores e eleitoras exerçam o direito de votar. A partir deste balanço divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral e seguindo o Calendário Eleitoral, teremos condições de seguir com novas etapas do processo eleitoral, a citar a geração de mídias com os nomes dos eleitores e eleitoras, além de candidatos e candidatas que irão disputar as eleições deste ano”, disse o presidente.

Gênero

Das 11,2 milhões de pessoas aptas a votar na Bahia, 52,43% é do sexo feminino (5.915.845), enquanto 47,57 % (5.367.598) é gênero masculino. O portal de estatísticas também divulgou o número de pessoas que vão utilizar nome social nessas eleições: 2.706.

Cor/raça

De acordo com o perfil do eleitorado, 727.601 pessoas (6,45%) se declararam pardas, 283.567 (2,51%) pretas e 188.993 (1,68%) brancas. Nas eleições municipais, 15.363 eleitores (0,14%) se identificaram como quilombolas e 6.740 (0,06%) como indígenas.

Jovens eleitores

O voto é facultativo para os jovens de 16 e 17 anos. Em 2024, 193.327 jovens nesta faixa etária poderão comparecer às urnas, o que representa um aumento de 52% em relação ao total registrado nas eleições municipais de 2020, quando essa faixa etária somava 126.612 eleitores.

A Justiça Eleitoral ressalta que os eleitores que têm 15 anos e realizaram o alistamento eleitoral, ou seja, a primeira via do título, só poderão votar se completarem 16 anos até o dia da eleição, 6 de outubro.

Nome social e pessoas transgênero

Nas Eleições Municipais de 2024, 2.706 pessoas solicitaram à Justiça Eleitoral o uso do nome social. Em relação às Eleições Municipais de 2020, o número aumentou: naquela ocasião, apenas 600 pessoas haviam solicitado o nome social no título de eleitor. De acordo com os dados do TSE, 2.999 eleitores transgênero estão aptos a votar na Bahia na eleição de 2024.

Mundo está saindo de um processo de globalização para fragmentação, diz Mercadante no G20

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 22, que o mundo está saindo de um processo de globalização para de fragmentação, e os países do Hemisfério Sul terão um grande desafio dentro dessa reordenação principalmente no combate aos subsídios dos países ricos.

“Estamos vendo subsídios em uma escala que nunca vimos na nossa história e que vão dificultando o sul global. Não estão mais chutando a escada, querem derrubar o prédio”, disse Mercadante em evento do G20 que conta com a presença da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Segundo ele, a desindustrialização tem de ser combatida e o Brasil tem agora todas as oportunidades para se reposicionar, diante do processo de descarbonização da economia mundial.

“O Brasil tem a segurança alimentar do planeta, tem papel relevante com uma matriz limpa e renovável. Estamos vivendo uma calamidade climática e é necessário criar novos instrumentos para enfrentar isso”, destacou Mercadante, avaliando que daqui para frente o Sul vai ter de fazer uma política de defesa contra o avanço dos subsídios com mais habilidade.

Denise Luna/Estadão Conteúdo

BB e Petrobras, comandados por mulheres, têm poucas líderes, diz pesquisa

Tarciana Medeiros, 45 anos, se tornou em janeiro de 2023 a primeira mulher a assumir o comando do Banco do Brasil desde a fundação do maior banco público do país, em 1808. Mulher, negra, nordestina e lésbica, a chegada da administradora ao topo da organização, depois de 22 anos de casa, foi recheada de significados.

Mas isso não impediu que o banco apresentasse um dos índices mais baixos de contratação de mulheres na liderança ao longo de 2023, segundo levantamento do especialista em governança corporativa Renato Chaves, ao qual a Folha teve acesso com exclusividade. A pesquisa tomou como base os formulários de referência enviados este ano à CVM por empresas que integram o Ibovespa, o principal índice da bolsa, com base no exercício de 2023.

Em resposta à reportagem, o BB afirmou ter 26,7% de mulheres em funções de liderança que exigem senioridade, mas sua meta é atingir 30% até 2025. Ainda assim, o índice do banco está abaixo da média observada em empresas do Ibovespa, de 33,2% de mulheres na liderança, segundo a pesquisa.

Os formulários de referência são relatórios online que devem ser enviados todo ano pelas companhias abertas à CVM, com dados financeiros e outras informações referentes ao exercício anterior. Desde 2023, o documento vem acompanhado de um questionário ESG (governança ambiental, social e corporativa), que deve ser respondido pela empresa para que investidores e acionistas avaliem o nível de diversidade racial e de gênero na companhia, e o quanto as minorias estão representadas nas posições de liderança.

Foi assim que o levantamento feito por Renato Chaves identificou que, além do BB, outras grandes estatais que pertencem ao Ibovespa, como Petrobras, Embraer e Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), têm bem menos mulheres na liderança do que a média das 83 empresas que compõem o Ibovespa, que é de 33,2%.

Curiosamente, a Petrobras, uma das maiores petrolíferas do mundo, acaba de empossar uma mulher na presidência da companhia.

Magda Chambriard, 66, foi nomeada CEO da Petrobras em maio, se tornando a segunda mulher a assumir o cargo nos 70 anos da empresa (a primeira foi Graça Foster, em 2012). Engenheira civil, com mestrado em engenharia química, é especializada em engenharia de reservatórios e avaliação de formações, abrindo espaço em um setor majoritariamente masculino.

Questionada pela Folha, a Petrobras disse que apenas 12% do seu efetivo preencheu o questionário sobre identidade de gênero –o que distorce os resultados finais identificados na pesquisa de Renato Chaves.

Segundo a companhia, a participação de mulheres no quadro geral é de 17%, mas em cargos de liderança elas é de 23% (ainda assim, abaixo da média geral do Ibovespa, de 33,2%).

A empresa espera chegar aos 25% de mulheres na liderança até 2028. Neste ano, a companhia aderiu ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do Ministério das Mulheres.

“Pela primeira vez na história da Petrobras, quatro mulheres atuam simultaneamente na diretoria, um número recorde: a presidente Magda Chambriard e as diretoras Clarice Coppetti, Sylvia Anjos e Renata Baruzzi”, diz a empresa.

O Banco do Brasil afirmou ter 45% de mulheres no conselho diretor e 50% no conselho de administração. O banco diz adotar programas de ascensão corporativos, como o que envolve a superintendência comercial, em que 70% das vagas são reservadas para mulheres.

“Há mais de cinco anos criamos o Programa Liderança Feminina com o objetivo de aumentar o número de mulheres em cargos de liderança”, afirmou o banco. Segundo a instituição, seu quadro total de funcionários é composto por 40,9% de mulheres.

A Embraer, por sua vez, afirmou que “definiu a meta aspiracional de 20% de mulheres na liderança sênior até 2025”, e que vem trabalhando para alavancar a participação feminina na aviação, que é “historicamente pequena por razões culturais.” Há dois anos, criou um programa de treinamento para a aceleração da carreira de mulheres, e no ano passado passou a integrar a iniciativa “25by2025”, da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), que tem o mesmo objetivo.

“Por meio de projetos sociais, a Embraer incentiva um número crescente de meninas e jovens mulheres a optar por carreiras relacionadas às ciências exatas, na intenção de formar novos talentos para a indústria aeroespacial”, disse.

Já a Cemig declarou que estabeleceu este ano metas para ampliar a participação de mulheres e de minorias em todos os níveis hierárquicos da empresa, a partir dos resultados coletados em um censo realizado com funcionários. A companhia lançou em 2023 o Programa de Diversidade e Inclusão. Daniele Madureira/Folhapress


Resultado da 17º rodada do Campeonato Master 2024 da AABB-Ipiaú

Sintonia Medical vence novamente e confirma sua recuperação
Neste domingo (21.07) aconteceu a 17º rodada do Campeonato Master 2024.

O primeiro jogo entre Oral Center x Real Calçados foi remarcado para ser realizado no dia 07.08 às 19:30h.

O segundo jogo aconteceu normalmente e a Sintonia Medical confirmou sua recuperação na competição vencendo a segunda partida seguida, a equipe jogou com muita raça e confirmou a sua melhora no campeonato, vencendo a equipe da Ita Telecom e somando mais três pontos na tabela, o que confirma o grande equilíbrio desta competição.

Sintonia Medical 1x0 Ita Telecom
Gol
Sintonia Medical: Luiz Jorge

Próxima rodada
28.07 - 18ª rodada
1º jogo [7:15] - Cairo Auto Peças x Del Rey Telecom
2º jogo [08:30] – Impacto Calcados x Construcasa

Amapá de Alcolumbre e Randolfe, 2º menor estado, é campeão em emendas

Segundo menor estado do país, o Amapá dos senadores Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo, e Davi Alcolumbre (União Brasil), favorito a voltar a presidir a Casa em 2025, lidera proporcionalmente o ranking de emendas parlamentares liberadas até o início deste mês.

O governo federal pagou ao estado R$ 393 milhões em emendas indicadas por deputados federais e senadores, o que dá R$ 535 por habitante.

O valor supera, por exemplo, o estado de Alagoas, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), com liberação de R$ 324 por habitante, e Santa Catarina, governada pelo oposicionista Jorginho Mello (PL), que está em penúltimo no ranking, com R$ 71 por habitante.

Devido à fragilidade das bases governistas das últimas gestões, o Congresso Nacional multiplicou o valor da fatia orçamentária que comanda, o que levou as emendas a atingirem o valor de mais de R$ 50 bilhões neste ano.

Cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores decide o destino dessa verba, de forma individual ou coletiva, com as emendas de bancada e de comissões.

Em geral, o recurso é aplicado em pequenas obras nos redutos eleitorais dos parlamentares, como pavimentação de ruas, construção de praças e centros esportivos e aquisição de tratores e ambulâncias.

Alcolumbre comandou o Senado em 2019 a 2021 e é um dos coordenadores da distribuição de emendas no Senado. Sua influência sobre o governo Lula (PT) o levou a ser um dos principais nomes consultados na distribuição dos três ministérios da cota do União Brasil.

Randolfe é líder do governo no Congresso, participou ativamente da campanha de Lula e, nesta quinta-feira (18), assinou sua volta aos quadros do PT com direito a foto ao lado do presidente da República, da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).

Alcolumbre não quis se manifestar sobre o volume de recursos destinados ao Amapá. Já Randolfe disse apenas, por meio de sua assessoria, que foi para isso que o estado o elegeu.

A maior emenda paga de Alcolumbre neste primeiro semestre foi de R$ 7 milhões, destinada ao Fundo Municipal de Saúde de Laranjal do Jari, cidade de 35 mil habitantes no sul do estado.

O prefeito Márcio Serrão é aliado e do mesmo partido de Alcolumbre. Tanto nas redes sociais do prefeito como nas de Alcolumbre há uma profusão de citações a recursos e obras feitas na cidade sob o patrocínio do senador.

Em abril, por exemplo, Alcolumbre anunciou em suas redes sociais a entrega de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) na cidade.

A maior emenda paga de Randolfe neste primeiro semestre é no valor de R$ 6,8 milhões, destinada ao governo do estado no formato Pix, que é o modelo de baixa transparência e rápida liquidez.

Nesse formato, o dinheiro cai direto no cofre de prefeitos ou governadores sem necessidade de definição prévia de projetos a serem aplicados, como ocorre com as emendas normais.

O governo sofreu uma pressão do Congresso para concentrar o pagamento das emendas até o início de julho, como forma de escapar da trava que dificulta a liberação desse tipo de verba nos três meses anteriores às eleições municipais.

Com isso, pagou mais de R$ 22 bilhões até essa data, recurso destinado majoritariamente aos cofres de prefeituras, ultrapassando os cerca de R$ 17 bilhões (em valores já corrigidos) distribuídos antes das eleições de 2022, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Na parte de baixo do ranking de liberação de emendas por habitante está São Paulo, com R$ 55, seguido de Santa Catarina (R$ 71).

“Não recebi reclamação de nenhum deputado. Eu quero fazer essa conta no final do ano. Claro que estamos no período eleitoral, ou você paga antes ou você tem até o final do ano para pagar, então eu quero fazer essa conta no final”, disse o deputado Cobalchini (MDB), coordenador da bancada de Santa Catarina no Congresso.

Cobalchini afirma que há, por exemplo, uma emenda de bancada no valor de R$ 95 milhões já reservada para projetos da defesa civil no Vale do Itajaí, região atingida por enchentes. A liberação do recurso, quando ocorrer, deve equilibrar a comparação com os demais estados, diz.

Ele cita também uma emenda de R$ 50 milhões cuja execução é obrigatória, mas que ainda não foi paga porque depende da conclusão de projetos por parte do estado. “Nesse caso não tem como culpar o governo federal”.

Coordenador da bancada de São Paulo, governada pelo também oposicionista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania) diz que a sub-representação do estado no Congresso afeta o volume de recursos em relação à população.

“São Paulo deveria ter uma representação proporcional à sua população, teria que ter 110 deputados para manter a proporcionalidade, particularmente com os estados do norte”, afirma.

Hoje o estado tem 70 deputados federais, a maior bancada da Câmara. A fins de comparação, o Amapá tem 8.

“Isso impacta na questão das emendas destinadas. Além disso, São Paulo também tem um volume maior de desafios, então eu acho que a causa é mais estrutural.”

Apesar de proporcionalmente estar no último lugar do ranking, em valores nominais São Paulo foi o destino do maior montante em emendas até o início do mês, R$ 2,45 bilhões.

Mateus Vargas e Ranier Bragon/Folhapress

PF prende duas pessoas em flagrante por entrada ilegal de estrangeiros no país e por descaminho em RR

Boa Vista/RR. A Polícia Federal prendeu, na última sexta-feira (19/7), duas pessoas em Pacaraima/RR, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Na primeira ação, foi preso em flagrante um indivíduo supostamente integrante de uma organização criminosa que atua em Pacaraima, responsável pela entrada ilegal de centenas de árabes no território nacional. A atuação do grupo foi observada também em outros países da América do Sul e da Europa.

Além disso, a PF também desativou um depósito clandestino instalado às margens da fronteira com o país vizinho, o qual servia de base para o armazenamento de produtos e mercadorias decorrentes do crime de descaminho.

Na ocasião, foram apreendidos seis veículos e 42 toneladas de alimentos. No local, também foram encontrados rádios comunicadores e uma arma de fogo de uso restrito, além de munições de diferentes calibres.

As ações estão inseridas nas atividades de Polícia de Fronteira da Polícia Federal que tem por objetivo prevenir e reprimir a prática de crimes transfronteiriços.

Comunicação Social da Polícia Federal em Roraima

PF e BPFron prende homem em flagrante por contrabando de cigarros no PR

Guaíra/PR. A Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFRon), apreendeu cerca de 250 caixas de cigarros contrabandeados neste último sábado (20/7), durante patrulhamento no Lago Itaipu, em Mercedes/PR.

A ação se deu quando a equipe policial visualizou uma embarcação em alta velocidade, a qual voltava da margem brasileira sentido Paraguai. Diante da movimentação suspeita, os policiais realizaram abordagem, momento em que se constatou que a embarcação estava carregada com aproximadamente 250 caixas de cigarros contrabandeados.

Diante da situação, o piloto do barco foi preso em flagrante. Toda mercadoria apreendida foi encaminhada à Delegacia da Polícia Federal em Guaíra para providências cabíveis.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

Ibirapitanga: Motociclista morre em grave acidente na curva do “Posto Tenente”, na BR-101

 

Foto: Ubatã Noticias
Um comerciante identificado apenas pelo pronome de Galego morreu neste domingo, 21, vítima de um grave acidente com uma motocicleta numa curva da BR-101, num local conhecido como “curva do Posto Tenente, no município de Ibirapitanga. O garupa da moto ficou ferido e foi conduzido a um hospital da região. A vítima fatal era residente de Travessão, distrito de Camamu, e comercializava frutas e salgadinhos. Não há informações precisas sobre as circunstâncias do acidente. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local. O DPT fará a remoção do corpo. *Com informações do Ubatã Notícias

Nove partidos assinam manifesto em defesa da democracia nas eleições municipais

Presidentes de nove partidos assinaram um manifesto no qual se comprometem a apoiar candidaturas às eleições municipais deste ano que estejam comprometidas com a preservação da democracia.

O documento foi idealizado pelo movimento Direitos Já! Fórum pela Democracia e foi endossado por PT, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, PC do B, PV, PSOL e Rede.

O manifesto diz que os partidos se comprometem a “considerar a oportunidade de união” de candidaturas “sempre que necessário” para derrotar as que “apoiem ideias ou iniciativas que ameacem a democracia no Brasil”.

Coordenador-geral do Direitos Já! Fórum pela Democracia, Fernando Guimarães diz ao Painel que esses partidos se destacam por assumirem publicamente o compromisso “mais elementar para a qualidade da nossa democracia, a curadoria dos candidatos que serão ofertados à sociedade”.

“Afastando, assim, a possibilidade de candidatos de extrema-direita confundirem os eleitores ao se apresentarem nas urnas legitimados por partidos do campo democrático”, afirma.

Fábio Zanini/Folhapress

Obama diz que decisão de Biden é ‘testemunho de amor’, mas não endossa Kamala; veja íntegra

O ex-presidente Barack Obama publicou uma longa nota neste domingo (21) afirmando que a decisão de Joe Biden de sair da corrida pela Casa Branca “é um testemunho do amor” do presidente pelos Estados Unidos”. Diferentemente de outras lideranças democratas, porém, Obama não endossou Kamala Harris para substituir Biden na chapa do partido.

“Navegaremos por águas desconhecidas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surgirá um candidato excelente”, escreveu.

Biden serviu como vice de Obama nos dois mandatos do ex-presidente. Embora publicamente o ex-presidente tenha afirmado apoio total ao democrata octogenário em sua decisão de continuar concorrendo, relatos na imprensa americana apontaram que Obama estaria operando nos bastidores para convencer Biden a desistir, em aliança com outros caciques do partido, como a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi.
Esses movimentos teriam gerado mágoa no presidente, isolado em sua residência em Delaware desde o diagnóstico de Covid.

A decisão de Obama de não endossar ainda um nome contrasta com a dos Clinton, por exemplo, que já anunciaram seu apoio a Kamala.
Até o momento, nenhum outro nome veio a público anunciar sua intenção de ocupar a vaga aberta por Biden na chapa.

Veja a declaração completa de Obama:

Joe Biden tem sido um dos presidentes mais influentes da América, além de um querido amigo e parceiro para mim. Hoje, fomos lembrados –novamente– de que ele é um patriota da mais alta ordem.

Dezesseis anos atrás, quando comecei minha busca por um vice-presidente, eu conhecia a notável carreira de Joe no serviço público. Mas o que passei a admirar ainda mais foi seu caráter -sua profunda empatia e resiliência conquistada com muito esforço; sua decência fundamental e a crença de que todos contam.

Desde que assumiu o cargo, o presidente Biden demonstrou esse caráter repetidas vezes. Ele ajudou a acabar com a pandemia, criou milhões de empregos, reduziu o custo dos medicamentos prescritos, aprovou a primeira grande legislação de segurança de armas em 30 anos, fez o maior investimento para abordar a mudança climática na história e lutou para garantir os direitos dos trabalhadores de se organizar por salários e benefícios justos. Internacionalmente, ele restaurou a posição da América no mundo, revitalizou a Otan e mobilizou o mundo para se posicionar contra a agressão russa na Ucrânia.

Mais do que isso, o presidente Biden nos afastou dos quatro anos de caos, falsidades e divisão que caracterizaram a administração de Donald Trump. Através de suas políticas e de seu exemplo, Joe nos lembrou de quem somos no nosso melhor -um país comprometido com valores tradicionais como confiança e honestidade, bondade e trabalho árduo; um país que acredita na democracia, no Estado de Direito e na responsabilidade; um país que insiste que todos, independentemente de quem são, têm uma voz e merecem uma chance de uma vida melhor.

Esse histórico impressionante deu ao presidente Biden todo o direito de concorrer à reeleição e terminar o trabalho que começou. Joe entende melhor do que ninguém o que está em jogo nesta eleição -como tudo pelo que ele lutou ao longo de sua vida, e tudo o que o Partido Democrata representa, estará em risco se permitirmos que Donald Trump volte à Casa Branca e os republicanos controlem o Congresso.

Eu também sei que Joe nunca recuou de uma luta. Para ele, olhar para o cenário político e decidir que deve passar o bastão para um novo candidato é certamente uma das decisões mais difíceis de sua vida. Mas eu sei que ele não tomaria essa decisão a menos que acreditasse que era o melhor para a América. É um testemunho do amor de Joe Biden pelo país -e um exemplo histórico de um verdadeiro servidor público mais uma vez colocando os interesses do povo americano acima dos seus próprios, algo que futuras gerações de líderes fariam bem em seguir.

Navegaremos por águas desconhecidas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surgirá um candidato excelente. Acredito que a visão de Joe Biden de uma América generosa, próspera e unida, que oferece oportunidades para todos, estará em plena exibição na Convenção Democrata em agosto. E espero que cada um de nós esteja preparado para levar essa mensagem de esperança e progresso adiante em novembro e além.

Por enquanto, Michelle e eu só queremos expressar nosso amor e gratidão a Joe e Jill por nos liderarem de forma tão hábil e corajosa nesses tempos perigosos -e por seu compromisso com os ideais de liberdade e igualdade sobre os quais este país foi fundado.

Fernanda Perrin / Folhapress

Presidente da Câmara dos EUA pede renúncia de Biden após desistência de candidatura

Logo após Joe Biden anunciar a desistência da sua candidatura à reeleição, o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, pediu que o presidente americano renuncie ao cargo.

“Se Joe Biden não está apto para concorrer à presidência, ele não está apto para servir como presidente. Ele deve renunciar ao cargo imediatamente”, disse o republicano em uma publicação no X. Para ele, o movimento de Biden foi pressionado pelo partido, que o teria “forçado a sair das urnas”.

“Isso invalida os votos de mais de 14 milhões de americanos que escolheram Joe Biden para ser o candidato democrata à Presidência”, afirmou o deputado. “O autoproclamado ‘partido da democracia’ provou ser exatamente o contrário.”

Mais cedo neste domingo (21), Biden anunciou sua desistência por meio de uma carta publicada nas redes sociais do presidente. Biden disse que vai explicar melhor sua decisão em um pronunciamento à nação. O presidente, em seguida, endossou sua vice, Kamala Harris, para ser a candidata democrata na eleição de novembro.

“Acredito que é o melhor para o meu partido e para o meu país que eu desista e me concentre apenas em completar meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, afirmou o democrata.

Gabriel Justo / Folhapress

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