Brasil tem mais de 155 milhões de eleitoras e eleitores aptos a votar em 2024

No dia 6 de outubro, data do 1º turno das Eleições Municipais de 2024, 155.912.680 eleitoras e eleitores estão aptos a comparecer às urnas e escolher representantes para as prefeituras e câmaras municipais. Assim como ocorreu em eleições passadas, a maioria do eleitorado é composto de mulheres.  

Elas representam 52% do total, alcançando o número de 81.806.914 eleitoras. Já os homens somam 74.076.997 e equivalem a 48% do eleitorado. Outros 28.769 votantes não informaram o gênero pelo qual se identificam, o que representa 0,02% do total de eleitores. São essas pessoas que escolherão as candidatas e os candidatos que ocuparão os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em 5.569 municípios espalhados pelo país. 

Confira os números do eleitorado de 2024.

Novo município 

Uma das novidades desse pleito é a participação de um novo município nas eleições. Boa Esperança do Norte (MT), que teve sua criação confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2023, contará com um eleitorado de 4.243 votantes. 

Eleitoras e eleitores do Distrito Federal e de Fernando de Noronha não participam de eleições municipais. As eleitoras e os eleitores brasileiros que estão registrados para votar no exterior também não participam do pleito, já que só votam em eleições presidenciais. 

Por esse motivo, devido ao eleitorado específico que não vota nas eleições municipais, não se pode comparar os números de eleitoras e de eleitores de um pleito municipal com o de uma eleição geral.  

Evolução do eleitorado 

Segundo as estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve um crescimento de 5,4% do eleitorado em comparação com as Eleições Municipais de 2020. Naquele pleito, o número de eleitoras e eleitores aptos a votar era de 147.918.483.  

A votação neste ano ocorrerá em 500.183 seções eleitorais. Dessas, 180.191 são seções com acessibilidade, isto é, onde as eleitoras e os eleitores com e sem deficiência ou mobilidade reduzida poderão exercer o direito ao voto sem enfrentar barreiras arquitetônicas. Todas essas seções serão distribuídas por 2.619 zonas eleitorais.  

Distribuição geográfica: maiores e menores colégios eleitorais 

A região Sudeste é a que concentra o maior eleitorado do país: 66.906.335 (quase 43% do total). Em seguida, vem a região Nordeste, com 43.302.692 (27,7%); a Sul, com 22.969.108 (14,7%); e a Norte, com 12.987.166 (8,3%). A região Centro-Oeste ocupa a última colocação, com 9.747.379 eleitoras e eleitores, com pouco mais de 6% do total. 

São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral do Brasil, com 34.403.609 eleitores (22%). Ou seja: a cada cinco votantes no país, pelo menos um reside em São Paulo. Somente na capital do estado, podem votar na eleição deste ano mais de 9,3 milhões de eleitoras e eleitores. 

Esse quantitativo corresponde quase ao total do eleitorado da região Centro-Oeste. Em contrapartida, é também no estado de São Paulo que está localizado o município com a menor quantidade de eleitores. A cidade de Borá tem apenas 1.094 votantes. 

Já a lista de maiores colégios é seguida dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 16.469.155 (10,5%) e 13.033.929 (8,36%), respectivamente. É também nesses estados que estão outros municípios de destaque em termos de eleitorado: Belo Horizonte (MG), com 1.992.984, e a cidade do Rio de Janeiro, com 5.009.373 eleitoras e eleitores.  

Os três estados com menor número de votantes são Roraima, com 389.863 (0,25%), Amapá, com 571.248 (0,37%), e Acre, com 612.448 (0,39%). Juntos, esses estados representam apenas 1% do eleitorado nacional. 

Voto obrigatório e voto facultativo 

De acordo com os dados divulgados pelo TSE, para 138.867.932 eleitoras e eleitores, o voto é obrigatório nas Eleições 2024. Já para outros 17.044.748 o voto é facultativo.

Entre o eleitorado para o qual o voto é obrigatório, a maior parte está na faixa etária de 45 a 59 anos, que soma 38.883.736 eleitores. O eleitorado jovem, na faixa etária de 18 a 24 anos, é de 18.328.444 pessoas (quase 12%). 

Pela Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativos às pessoas analfabetas, aos jovens de 16 e 17 anos e aos maiores de 70 anos.

Eleitorado jovem aumentou 78% desde o último pleito municipal 

O número de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar em outubro alcançou 1.836.081. Na comparação com o pleito de 2020, o aumento nessa faixa etária atingiu 78%. 

Na outra ponta, o eleitorado acima de 70 anos também cresceu. Subiu 12%, de 13.508.088 em 2020 para 15.208.667 em 2024. O número corresponde a 9% das pessoas aptas a votar no dia 6 de outubro. Nessa parcela do eleitorado, estão 4.826.663 eleitoras e eleitores com mais de 79 anos.  

Uso de nome social é quatro vezes maior que em 2020

Desde 2018, a Justiça Eleitoral garante às eleitoras e aos eleitores o direito de utilizar seu nome social – que é aquele pelo qual a pessoa prefere ser chamada – grafado no título de eleitor e no caderno de votação.  

Nas Eleições 2024, 41.537 pessoas utilizarão o nome social no título de eleitor, sendo 21.367 eleitoras e 20.170 eleitores. O número é quatro vezes maior que o registrado no último pleito municipal, com 9.985 eleitoras e eleitores que fizeram a mesma opção.  

Eleitorado com deficiência aumentou 25% em quatro anos

Para as Eleições 2024, o número de eleitoras e de eleitores que informaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida passou de 1.157.619 nas Eleições 2020 para 1.451.846 neste ano, ou seja, houve um aumento de 25% de declarações de votantes nessas condições em quatro anos. 

No caso, 714.829 mulheres e 736.922 homens disseram necessitar de atendimento ou condições especiais para votar. Além disso, outras 95 pessoas não informaram o gênero.  

Segundo o Calendário Eleitoral, a eleitora e o eleitor com deficiência e mobilidade reduzida têm de 22 de julho até 22 de agosto para solicitar a transferência para uma seção desse tipo.

Grau de instrução: maior parte dos votantes tem ensino médio completo 

Eleitoras e eleitores brasileiros que declararam ter o ensino médio completo representam 27% do eleitorado, com 42.154.620 de cidadãs e cidadãos. Outros 35.055.587 votantes (22,4%) informaram ter o ensino fundamental incompleto, enquanto 27.716.058 (17,78%) disseram ter o ensino médio incompleto. Já o eleitorado com graduação superior atinge 10,75% do total, no caso,16.756.310 pessoas.

22.07.2024 - Brasil tem mais de 155 milhões de eleitoras e eleitores aptos a votar em 2024

Eleitorado jovem aumentou 78% desde o último pleito municipal 

O número de jovens de 16 e 17 anos aptos a votar em outubro alcançou 1.836.081. Na comparação com o pleito de 2020, o aumento nessa faixa etária atingiu 78%. 

Na outra ponta, o eleitorado acima de 70 anos também cresceu. Subiu 12%, de 13.508.088 em 2020 para 15.208.667 em 2024. O número corresponde a 9% das pessoas aptas a votar no dia 6 de outubro. Nessa parcela do eleitorado, estão 4.826.663 eleitoras e eleitores com mais de 79 anos.  

Uso de nome social é quatro vezes maior que em 2020

Desde 2018, a Justiça Eleitoral garante às eleitoras e aos eleitores o direito de utilizar seu nome social – que é aquele pelo qual a pessoa prefere ser chamada – grafado no título de eleitor e no caderno de votação.  

Nas Eleições 2024, 41.537 pessoas utilizarão o nome social no título de eleitor, sendo 21.367 eleitoras e 20.170 eleitores. O número é quatro vezes maior que o registrado no último pleito municipal, com 9.985 eleitoras e eleitores que fizeram a mesma opção.  

Eleitorado com deficiência aumentou 25% em quatro anos

Para as Eleições 2024, o número de eleitoras e de eleitores que informaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida passou de 1.157.619 nas Eleições 2020 para 1.451.846 neste ano, ou seja, houve um aumento de 25% de declarações de votantes nessas condições em quatro anos. 

No caso, 714.829 mulheres e 736.922 homens disseram necessitar de atendimento ou condições especiais para votar. Além disso, outras 95 pessoas não informaram o gênero.  

Segundo o Calendário Eleitoral, a eleitora e o eleitor com deficiência e mobilidade reduzida têm de 22 de julho até 22 de agosto para solicitar a transferência para uma seção desse tipo.

Grau de instrução: maior parte dos votantes tem ensino médio completo 

Eleitoras e eleitores brasileiros que declararam ter o ensino médio completo representam 27% do eleitorado, com 42.154.620 de cidadãs e cidadãos. Outros 35.055.587 votantes (22,4%) informaram ter o ensino fundamental incompleto, enquanto 27.716.058 (17,78%) disseram ter o ensino médio incompleto. Já o eleitorado com graduação superior atinge 10,75% do total, no caso,16.756.310 pessoas.

22.07.2024 - Brasil tem mais de 155 milhões de eleitoras e eleitores aptos a votar em 2024

Biometria: 82% dos eleitores já têm impressões digitais cadastradas  

As informações do TSE mostram que o eleitorado que tem a biometria coletada passou de 118.151.926 pessoas (75,52%) nas Eleições 2022 para 129.198.488 no pleito deste ano, o que significa que 82,87% dos eleitores brasileiros também poderão ser identificados pelas impressões digitais na hora de votar. Já 17 estados do país em que ocorrerão eleições neste ano têm ao menos 90% do eleitorado com biometria.  

Em relação aos 5.569 municípios das Eleições 2024, há 4.250 cidades com biometria na faixa de 90% do eleitorado. Eram 3.163 em 2020. Ou seja: em quatro anos, houve um aumento de 34% neste número.  

CA, JV/BA, DB 

 

 

Operação cumpre mandados de prisão e busca e apreensão em região de Porto Seguro

 A pedido da Polícia Militar, Ministério Público investiga participação de capitão em esquema criminoso.

Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, dia 24, cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra duas pessoas, entre elas um oficial da Polícia Militar, investigadas por integrar organização criminosa que cobrava valores e vantagens indevidas de empresários e comerciantes na região de Porto Seguro, para livrá-los de ações policiais.

A ‘Operação Sordidae Manus’ foi deflagrada por uma ação integrada do Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), da Polícia Militar, pela Corregedoria da PM (Correg) e pela Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).

Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, inclusive na residência do PM e em sedes de empresas. Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália. O procedimento investigatório criminal, instaurado a partir de provocação da própria Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália.

Segundo as investigações do Gaeco, o oficial seria o “cabeça” da organização criminosa. Ele teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos locais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios da região. Em troca do dinheiro, o PM teria retardado ou deixado de praticar seu dever funcional de policial, inclusive avisando aos comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens e possíveis apreensões e flagrantes contra os transgressores.

O capitão é investigado por crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em razão da função pública), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato, dentre outros. Comerciantes da região também são alvo de investigação, por crime de corrupção ativa.

O material apreendido na operação será analisado pelo Ministério Público e em seguida enviado para ser periciado.

Fonte: ssp.ba.gov.b

Caso Biden pode forçar PT a antecipar avaliação sobre sucessor de Lula, por Raul Monteiro*

Lula e Joe Biden em encontro nos Estados Unidos
A desistência de Joe Biden de concorrer à reeleição à Presidência dos Estados Unidos por causa da idade aprofundou as preocupações no núcleo do PT no país em relação à possibilidade de o presidente Lula enfrentar o mesmo tipo de questionamento no momento da renovação do seu mandato. No Brasil, o assunto deixou a esfera da ciência política, onde se manteve antes da decisão de Biden, que enfrentou enorme pressão política e financeira até anunciar que estava fora da disputa, para ganhar vida entre os políticos governistas, nos quais se incluem representantes petistas e da esquerda baianos.

Não que o presidente brasileiro dê os sinais de senilidade ou de problemas cognitivos que teriam ficado evidentes em Biden no debate em que sua atuação contra o adversário Donald Trump foi considerada catastrófica. Pelo contrário, Lula, depois de ter passado por várias perdas na família, uma prisão e vários dissabores políticos, além de ter superado um câncer, não apenas parece exibir uma saúde de ferro, aos 78 anos de idade, como, sempre que pode, faz questão de exaltar estar em excelente estado físico e mental, inclusive com exemplos e citações, deixando claro para o eleitor que está em plena forma.

O problema é que ele vai completar 81 anos dois dias depois do segundo turno das eleições à próxima sucessão presidencial, as quais ocorrerão em 27 de outubro de 2026. Trata-se da mesma idade com que Biden se encontra hoje, o que o torna o presidente mais velho da história dos Estados Unidos. Exatamente como o congênere norte-americano, Lula é também o presidente mais velho do Brasil, depois de ter assumido seu terceiro mandato para comandar o país aos 77 anos de idade. O ponto de conexão entre as duas histórias, ressaltada pelo drama vivido por Biden, é quanto à condição de alguém nesta faixa etária para governar um país como o Brasil.

Em outras palavras, por mais que mantenha daqui a dois anos o mesmo vigor que exibe hoje, situação que transforma a discussão do tema no momento no PT numa espécie de tabu sobre o qual ninguém deseja falar de forma pública nem aberta, a eventualidade de Lula ganhar uma nova eleição nesta faixa etária não tem como deixar a legenda nem os petistas dos quais é mais próximo confortáveis. Mesmo porque ninguém sabe como poderá se comportar o presidente nos anos subsequentes à eleição, ainda mais submetido à mesma rotina de atividades e estresse que qualquer presidente enfrenta no dia a dia.

Um setor do partido, aliás, acha que exatamente por esta razão o PT deveria forçar uma discussão interna sobre a sucessão do presidente e, naturalmente, sobre o melhor nome para substituí-lo, com o objetivo de evitar que a legenda seja colhida pela mesma surpresa com que os democratas foram pegos nos EUA. Antecipar o debate seria também uma forma de não ser obrigado a travá-lo no momento em que o postulante já possa estar convivendo com problemas de discernimento, o que parece ter acontecido com o próprio Biden, cuja bela trajetória política não merecia um desfecho tão constrangedor.

*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje na Tribuna.

Raul Monteiro*

TSE desiste de acompanhar eleições na Venezuela após falas de Maduro sobre Brasil

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desistiu nesta quarta-feira (24) de enviar técnicos para acompanhar as eleições na Venezuela após o ditador Nicolás Maduro questionar, sem provas, o sistema eleitoral do Brasil.

Maduro afirmou, em comício na noite de terça-feira (23), que as eleições no Brasil, Estados Unidos e Colômbia não são auditadas. Disse ainda que o “o melhor sistema eleitoral do mundo” é o venezuelano”.

“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, disse o TSE em nota divulgada na noite desta quarta (24).

“A Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”, afirmou ainda o tribunal.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela fez ao TSE convite para dois técnicos acompanharem as eleições do país, marcadas para este domingo (28). O tribunal chegou a recusar o convite, mas havia decidido enviar os servidores na condição de convidados internacionais.

O ataque de Maduro ao sistema brasileiro ocorreu um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que está assustado com declarações do venezuelano sobre um “banho de sangue” caso ele seja derrotado nas eleições.

Maduro voltou a provocar Lula nesta quarta (24), citando o Brasil durante uma entrevista coletiva. “Temos fronteiras e boas relações com Colômbia, Brasil e o resto do Caribe. Boas relações, ou seja, ninguém deve se meter nos assuntos internos da Venezuela, porque nós não nos metemos nos assuntos internos de ninguém”, disse Maduro.

Mateus Vargas/Folhapress

Bolsonaro se alia ao PSDB em Mato Grosso do Sul e coloca ex-ministros em rota de colisão

Foto: Fábio Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
A disputa pela Prefeitura de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, abalou a relação de três ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL). Com aval e participação direta do ex-presidente, o PL se aliou ao PSDB no estado e implodiu a aliança com o PP patrocinada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) na capital do estado.

A articulação foi conduzida pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) e sacramentada durante reunião do tucanato com Bolsonaro. A negociação também incluiu uma audiência com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, no fim de junho —enquanto a senadora integrava comitiva oficial nos Estados Unidos.

Ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina havia acertado com o ex-presidente e Valdemar o apoio do PL à reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).

Antes que a senadora chegasse ao Brasil, porém, o acordo acabou desfeito e o PP foi informado da composição entre o PL e o PSDB.

Tereza Cristina e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), expuseram sua contrariedade ao ex-presidente há duas semanas.

Segundo relatos, disseram-se surpreendidos pela decisão e lembraram que o pré-candidato do PSDB, o deputado federal Beto Pereira, apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB) na disputa presidencial de 2022, contra a reeleição de Bolsonaro.

Apesar dos argumentos, deixaram a sede do PL convencidos de que o acordo da legenda com o PSDB de Mato Grosso do Sul já é fato consumado.

“Tínhamos um acordo muito avançado para ser fechado. O PL não quis fechar. Fechou com o PSDB. Ótimo. Continuamos com a prefeita. Ponto. E vamos ganhar a eleição”, afirmou Tereza Cristina à Folha.

Questionada se o episódio afetará sua relação com Bolsonaro, a senadora disse que essa é uma página virada. A ex-ministra não respondeu, porém, sobre Marinho, que foi ministro do Desenvolvimento Regional na gestão Bolsonaro e de quem é colega no Senado.

“Ele [Bolsonaro] tem as razões dele, do PL. Tenho as minhas, do PP. Nacionalmente, temos um alinhamento. No estado, vamos andar separados. Cada um escolhe com quem anda.”

Ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro, Ciro Nogueira confirma que a negociação foi conduzida por Marinho, mas diz que não o procurará para tratar do assunto.

“Como diz meu pai: quem tem com quem me pague não me deve nada”, afirmou o presidente do PP à reportagem.

Após o encontro com Bolsonaro e Tereza Cristina na sede do PL, Ciro Nogueira tentou demonstrar união pelas redes sociais. O senador afirmou que esteve com o ex-presidente para discutir o futuro do país e manifestar total apoio de seu partido ao “capitão”.

Presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja conta ter sido procurado por Marinho em junho, em nome de Bolsonaro, para a abertura de uma canal de diálogo em Mato Grosso do Sul, já que o então presidente estadual do PL, o deputado federal Marcos Pollon, se recusava a compor com o partido.

No dia 27 de junho, Bolsonaro e Marinho receberam Azambuja e o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, em Brasília. Após discutirem os termos de uma aliança em Campo Grande, o PL perguntou aos tucanos em quais cidades haveria interesse de coligação no estado —ao que receberam a resposta de que seriam 34 municípios.

A cúpula do PL também informou que o presidente estadual seria substituído e escalou o suplente de Tereza Cristina, Aparecido Portela, para a execução do acordo. Conhecido como Tenente Portela, ele assumiu a presidência do PL há cerca de dez dias.

Destituído, Pollon foi às redes protestar. Afirmou ter tomado um soco no estômago e lembrou ter dito que não votava nem na própria mãe se ela fosse filiada ao PSDB.

Essa não é a primeira vez que Bolsonaro rompe acordo em Mato Grosso do Sul. Em 2022, durante debate presidencial dias antes do primeiro turno, o ex-presidente desfez, ao vivo, a aliança com Riedel e disse que seu candidato ao governo era Capitão Contar, do PRTB.

Azambuja diz existir uma forte sintonia entre o eleitorado bolsonarista e do PSDB no estado, com acentuada vocação agrícola. Dos 79 municípios, o PSDB governa 51.

A reportagem não conseguiu contato com Marinho até a publicação da reportagem. O senador se afastou do mandato no mês passado para tratar dos interesses do PL nas eleições municipais —sobretudo no Nordeste.

Interlocutores de Tereza Cristina afirmam que a aliança em Mato Grosso do Sul incomodou não só pelo lado do PL, mas também do PSDB. Aliados lembram que, enquanto a senadora trabalhou pela eleição de Riedel ao governo do estado, em 2022, Bolsonaro apoiava Contar.

Catia Seabra e Thaísa Oliveira/Folhapress

Após repudio de Capitão Alden, João Roma ameaça destituir diretórios do PL que fizerem alianças com o PT

Presidente do PL na Bahia, João Roma divulgou nesta quarta-feira (24) um comunicado ameaçando destituir os diretórios municipais que firmarem alianças com o PT e partidos de esquerda para a disputa eleitoral deste ano. A manifestação aconteceu mais de 15 horas depois de o deputado federal Capitão Alden, que é filiado ao partido e visto como a principal liderança bolsonarista no Estado, repudiar a aproximação entre o PL e o PT na cidade de Una, na região sul.

“Venho, por meio deste comunicado, reiterar a informação de que é proibida qualquer aliança, coalizão e/ou acordo e associação de marcas entre o PL-Bahia e a coligação que engloba os partidos PV, PT, Psol e PCdoB. Ficando esta regra expressamente clara, afirmo, ainda, que, em caso de descumprimento da especificada norma, fica o Partido Liberal – Bahia habilitado a, automaticamente, destituir o diretório do município em caso de descumprimento”, afirmou Roma no comunicado.

“Não iremos permitir qualquer associação de imagem entre o PL ou qualquer partido de esquerda. Onde o PT e companhia estiver, no lado oposto ficaremos”, afirmou Capitão Alden, ao divulgar nas redes sociais imagens de um evento político em Una na qual aparecem as marcas dos dois partidos, unidas. O parlamentar publicou ainda uma nota do diretório do PL em Una descartando a possibilidade de aliança com os petistas.

“Qualquer aliança neste sentido do PL, de qualquer município, com esses partidos, solicitarei a derrubada do diretório e a chapa toda será prejudicada. Não podemos permitir que surfem na onda e/ou se aproveitem da nossa legenda para depois nos atacar pelas costas, votando contra o que acreditamos ou, pior, que façam do PL um balcão de negócios”, frisou Capitão Alden.

Por conta das imagens em Una, a rádio conservadora Brado, de Salvador, pediu, na tarde de hoje, a saída de João Roma do comando estadual do partido. Logo depois, o presidente do PL baiano, que está em viagem pessoal ao exterior com a família, emitiu o comunicado.

Vale lembrar que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também já criticou a possibilidade de alianças eleitorais entre o PL e o PT. Entretanto, na prática o PL e o PT estão próximos na Bahia e firmando alianças não só no interior, mas também na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

O deputado federal Jonga Bacelar (PL), por exemplo, é da base do governo Lula (PT) e tem boas relações com os petistas baianos. Na Assembleia, os deputados Vitor Azevedo (PL) e Raimundinho da JR (PL) são aliados do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Política Livre

Itagibá: Carro bate em vaca na BA-650 e por pouco não colide contra caçamba

Mais um caso de acidente envolvendo animais em rodovias foi registrado na região. No final da tarde desta quarta-feira, 24, um carro ocupado por duas pessoas, mãe e filho, colidiu com uma vaca na BA-650, na localidade conhecida como ´Curva de Dona Dominga´, no município de Itagibá.

Após a colisão, o motorista do carro de passeio que seguia sentido Itagibá, perdeu o controle da direção do veículo e por pouco não colidiu frontalmente contra uma caçamba que trafegava no sentido contrário.

A mulher que viajava no carro ficou em estado de choque e foi levada por populares para uma unidade hospitalar em Itagibá. O seu filho, conhecido com Abdala, morador do ACM, em Ipiaú, não se feriu. O Samu foi acionado por populares e chegou a enviar duas ambulâncias ao local.

Esse foi o segundo acidente ocorrido nesta quarta-feira, envolvendo animais em rodovias da região. Na madrugada, um caminhão de pequeno porte colidiu contra uma vaca na BR-330, proximidades do Matadouro Municipal de Ipiaú. Uma pessoa ficou ferida e foi socorrida pelo Samu para o HGI. Em ambos os casos, os animais morreram.

A situação mais uma vez chama a atenção das autoridades e proprietários de animais próximos a rodovias na nossa região, que frequentemente têm registrado acidentes e alguns deles com vítimas fatais. (Giro Ipiaú)

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Processo Seletivo " Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos em Ipiaú.

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia promove Abertura do Processo Seletivo " Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos em Ipiaú. Segue informações sobre o curso bilíngue.

https://ufrb.edu.br/parforequidade/index.php?option=com_content&view=article&id=23:selecao-de-cursistas-para-licenciatura-em-educacao-bilingue-de-surdos&catid=12&Itemid=258 

A Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos é um curso (de graduação) ofertado pela UFRB, no âmbito do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR Equidade). Tem como objeto a formação de professores(as) para atuarem com estudantes surdos, com deficiência auditiva sinalizante, surdos com altas habilidades ou superdotação, ou com outras deficiências associadas, que optem pela modalidade de educação bilíngue de surdos. Serão ofertadas 70 (setenta) vagas distribuídas em dois pólos, sendo um na cidade de Laje - Ba e o outro na cidade de Ipiaú - BA.
 

 

Ipiaú: Convenção Partidária lança candidatura de Laryssa Dias

Com o objetivo de oficializar a candidatura de Laryssa Dias à Prefeitura de Ipiaú (município situado a 360 km de Salvador), a coligação  PP , Avante, PT, PCdoB e Partido Verde promove convenção partidária nesta sexta-feira (26), às 18h, na Vila Maria, na Avenida Benedito Lessa.
 
Tendo por lema de pré - campanha "Para Ipiaú continuar em desenvolvimento", Laryssa Dias é o nome promissor a sucessão da atual Prefeita Maria das Graças, que vem com uma gestão desde 2017 sendo bem avaliada pela população ipiauense, um dos seus grandes feitos são os investimentos em obras, dentre elas pavimentação e calçamentos , obras de drenagens, construção de creches e muitas outras melhorias na infraestrutura e mobilidade urbana, além dos avanços na saúde, educação e social.

A coligação tem o apoio do Governador do Estado da Bahia Jerônimo Rodrigues,  do Ministro da Casa Civil Rui Costa e o Presidente Lula, além de demais correligionários que vem pautando ações e emendas para realização de obras na atual gestão.

A convenção tem o objetivo de promover o  diálogo com a população ipiauense para planejar e fortalecer ações que deem continuidade ao desenvolvimento do município.

FICCO/GO prende homem com fuzis e pistolas destinados a facção criminosa

                            Foram apreendidos dez fuzis AK-47 e dez pistolas

Goiânia/GO. Na manhã desta quarta-feira (24/7), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/GO) prendeu, um indivíduo em um automóvel que transportava dez fuzis AK-47 com 35 carregadores e dez pistolas calibre 9mm com 20 carregadores.

Policiais que acompanhavam o veículo notaram o comportamento nervoso do condutor, que acelerou ao perceber a presença da viatura policial. Os policiais deram ordem de parada ao motorista, que atendeu ao comando. Ao ser questionado se transportava drogas ou armas, o motorista admitiu que estava carregando armas.

Durante a inspeção do veículo, foram encontradas dez pistolas acondicionadas em caixas no banco traseiro e dez fuzis, também embalados em caixas, no porta-malas. De acordo com as investigações, as armas seriam destinadas a uma facção criminosa do Rio de Janeiro.

O homem, junto com as armas e componentes apreendidos, foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal em Goiás, onde foi lavrado o flagrante.

Comunicação Social da Polícia Federal em Goiás

Nova pesquisa mostra Trump com vantagem numérica sobre Kamala

Um dia depois de uma pesquisa da Reuters/Ipsos pôr Kamala Harris numericamente à frente de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, um levantamento divulgado nesta quarta-feira (24) inverte as posições, dando vantagem numérica do republicano.

Segundo o estudo da CNN conduzido pelo instituto de pesquisa SSRS, Trump seria a escolha de 49% dos eleitores americanos registrados nas urnas. Já Kamala —considerada a virtual candidata do Partido Democrata apesar de seu pleito não ter sido oficializado ainda— teria 46% das intenções de voto.

A diferença entre os dois líderes não é, porém, considerada estatisticamente relevante, uma vez que está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O mesmo havia ocorrido com a pesquisa da Reuters/Ipsos veiculada na terça (23).

A pesquisa da CNN foi realizada virtualmente entre a terça-feira (22) e quarta. Os entrevistados são eleitores registrados que já tinham participado de uma edição anterior dela, em abril ou em junho. A emissora americana justifica essa metodologia afirmando que, a entrevistar as mesmas pessoas, o levantamento tem mais chances de refletir mudanças reais de opinião ao longo do tempo.

Realizados antes do atentado contra Trump e de Biden anunciar sua desistência da corrida, ambos os levantamentos de abril e de junho mostravam o republicano à frente do democrata por seis pontos percentuais, ou seja, fora da margem de erro.

Embora a nova pesquisa mostre Kamala numericamente atrás de Trump, nela a democrata teria conseguido, portanto, diminuir a distância entre ela e o republicano, empatando tecnicamente com ele.

Além disso, metade dos que demonstram apoio a Kamala na nova pesquisa (50%) afirmam que seu voto é mais a favor dela do que contra Trump. A cifra representa um aumento do entusiasmo dos eleitores do Partido Democrata em relação à figura que possivelmente os representará nas urnas —na pesquisa da CNN de junho, 37% dos que declararam voto em Biden disseram que sua principal motivação para apoiá-lo era expressar apoio ao presidente.

Folhapress

Prefeita Maria acompanha últimas etapas da obra de Macrodrenagem no Bairro ACM

Na manhã desta quarta-feira, 24, a prefeita Maria das Graças e a secretária Andrea Suzart acompanharam a execução da 2ª etapa do canal de drenagem de águas pluviais no bairro ACM. A obra, que está em suas etapas finais, representa um investimento de R$2.388.935,44, viabilizado pelo Governo da Bahia por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER).
A macrodrenagem, que atravessa a BR em 33 metros, promete resolver os problemas de alagamentos que assolam o bairro ACM há muitos anos durante o período chuvoso. Este projeto é um marco importante para a infraestrutura local, garantindo uma melhor qualidade de vida para os moradores.

A secretária Andrea Suzart destacou o avanço significativo da obra: “Ela está com o avanço de 65%, com previsão de entregue dentro dos próximos 50 dias. Ao longo da macrodrenagem temos o canal trapezoidal e adulas subterrâneas, garantindo a o melhor escoamento das água do Acm. Está sendo executado também a microdrenagem nos caminhos do ACM, que são dispositivos responsáveis para transportar a água da rua para o canal”.

A prefeita Maria das Graças expressou sua satisfação com o progresso do projeto: “É uma alegria imensa ver esse projeto sendo executado. Foi uma promessa feita em minha última campanha para os moradores do bairro ACM, e em breve estará cumprida. Os benefícios dessa obra serão notados por muitos e muitos anos

Indicações ao TCU entram na negociação pela sucessão de Lira no comando da Câmara

Duas vagas que serão abertas no TCU (Tribunal de Contas da União) até 2027 entraram nas negociações dos parlamentares que miram a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Os futuros ocupantes serão indicações da Casa.

Os ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes deverão se aposentar em 2026 e 2027, respectivamente —quando atingem a idade limite de atuação no tribunal (75 anos)—, abrindo espaço para novas indicações dos deputados.

De acordo com relatos de parlamentares feitos à Folha, essas vagas já estão sendo discutidas nos bastidores.

Nas articulações em curso, há até quem defenda que os dois ministros sejam encorajados a antecipar sua aposentadoria para a consolidação desses acordos. Há relato de investidas sobre os dois para que avaliem a possibilidade.

Hoje estão na disputa pela sucessão de Lira os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), além do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP).

Deputados dizem que a indicação ao TCU pode vir a ser oferecida aos pré-candidatos, numa tentativa de dissuadi-los das candidaturas —apesar de, até o momento, nenhum dos três cotados demonstrar intenção de abandonar a corrida.

Ou então, que essas duas cadeiras podem ser usadas por pré-candidatos numa tentativa de atrair apoio de legendas em torno de seus nomes. Ao menos um deles diz à Folha que foi sondado por siglas sobre a indicação ao TCU.

Na primeira eleição de Arthur Lira à Presidência da Câmara, a vaga do TCU foi usada nas negociações, tendo sido ocupada por Jhonatan de Jesus (Republicanos), numa costura que envolveu Pereira, em 2023, logo após Lira se reeleger.

De acordo com aliados do presidente do Republicanos, essa vaga foi oferecida inicialmente a ele, que declinou.

O próprio Lira afirmou a interlocutores que poderá costurar essas indicações, caso necessário, para eleger seu sucessor.

Além de espaço na Mesa Diretora da Câmara (formada por seis cadeiras, fora a presidência e suplentes), também são tidos como postos importantes a relatoria e a presidência da Comissão Mista de Orçamento —responsável por debater questões orçamentárias— e ainda corregedoria da Casa.

O PL, que reúne a maior bancada, recebeu sinalizações dos três candidatos de que poderá ocupar a primeira vice-presidência em troca de apoio. O PT, que é a segunda em número de deputados, também aspira o posto.

Líderes partidários dizem ainda que, até deixar a presidência, Lira usará todos os artifícios que tiver à mão para angariar apoio ao candidato de sua escolha. Isso passa pela relatoria de projetos importantes, por exemplo.

Como a Folha mostrou, as indicações de vice-presidente da Caixa Econômica Federal fizeram parte dessa estratégia do alagoano, assim como a indicação dos integrantes dos grupos de trabalho que analisaram os projetos de regulamentação da reforma tributária.

Segundo envolvidos na negociação, essa costura deverá ser alinhavada pelos próprios pré-candidatos durante o processo sucessório, já que um acordo depende do compromisso das bancadas que elegem os ministros do TCU e do futuro presidente da Câmara.

No Congresso, há expectativa de que o governo venha a oferecer cargos na busca de uma composição harmoniosa na Câmara dos Deputados, dentro de uma reforma ministerial prevista para o início do ano que vem.

Integrantes do governo descartam, porém, a hipótese de ingerência na disputa neste momento. A ideia é que o Executivo só atue na negociação caso convocado pelos partidos e desde que não haja risco de atritos que possam afetar sua relação com o Congresso.

As vagas do TCU costumam figurar nas negociações para as presidências da Câmara e do Senado, além de composições de ministérios e disputas municipais e eleições.

Em 2021, a eleição do ex-governador Antonio Anastasia para o TCU compôs a articulação que garantiu a eleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a ascensão de Alexandre Silveira (PSD-MG) ao cargo de senador. Amigo de Pacheco, Silveira era suplente de Anastasia.

A costura só foi possível graças à antecipação, em quase dois anos, da saída do ex-ministro Raimundo Carreiro, que deixou o tribunal para assumir a embaixada do Brasil em Portugal, a convite do então presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Em 2011, a eleição da ex-ministra Ana Arraes foi fruto do empenho de seu filho, o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 2014, e contou com apoio de Lula. A negociação incluiu a promessa de alianças do PSB nas disputas municipais de 2012.

A disputa pela presidência da Câmara pesou até mesmo para uma derrota do Governo Lula na disputa por uma cadeira do tribunal. Em dezembro de 2006, a Câmara elegeu o pefelista Aroldo Cedraz para o TCU, derrotando o ex-deputado Paulo Delgado (PT-MG), candidato do Palácio do Planalto.

A derrota do petista foi encarada como um recado dos deputados ao Governo Lula. Estariam contrariados com a indicação de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara sem negociação com o Congresso. Chinaglia foi eleito presidente da Câmara dois meses depois.

MINISTROS DO TCU E ARTICULAÇÕES POLÍTICAS

Jhonatan de Jesus
Indicação do ex-deputado federal ao tribunal em 2023 ocorreu em meio às negociações para reconduzir Arthur Lira ao comando da Câmara.

Antonio Anastasia
Ida do ex-senador para o TCU em 2021 contribuiu para eleger o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e para a ascensão de Alexandre Silveira ao mandato. Amigo de Pacheco, Silveira era suplente do hoje ministro do TCU.

Ana Arraes
Articulação que levou a ex-deputada à corte de contas em 2011 foi conduzida por seu filho, o então governador Eduardo Campos (PE), morto em 2014, e envolveu alianças do PSB nas eleições municipais de 2012. Ana Arraes se aposentou em 2022.

Aroldo Cedraz
Escolha do ex-deputado ao TCU em 2006 foi encarada como um recado dos deputados ao então governo Lula, insatisfeitos com a escolha do petista Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara.

Catia Seabra e Victoria Azevedo, Folhapress

Indicações ao TCU entram na negociação pela sucessão de Lira no comando da Câmara brasil

 

Duas vagas que serão abertas no TCU (Tribunal de Contas da União) até 2027 entraram nas negociações dos parlamentares que miram a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Os futuros ocupantes serão indicações da Casa.

Os ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes deverão se aposentar em 2026 e 2027, respectivamente —quando atingem a idade limite de atuação no tribunal (75 anos)—, abrindo espaço para novas indicações dos deputados.

De acordo com relatos de parlamentares feitos à Folha, essas vagas já estão sendo discutidas nos bastidores.

Nas articulações em curso, há até quem defenda que os dois ministros sejam encorajados a antecipar sua aposentadoria para a consolidação desses acordos. Há relato de investidas sobre os dois para que avaliem a possibilidade.

Hoje estão na disputa pela sucessão de Lira os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), além do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP).

Deputados dizem que a indicação ao TCU pode vir a ser oferecida aos pré-candidatos, numa tentativa de dissuadi-los das candidaturas —apesar de, até o momento, nenhum dos três cotados demonstrar intenção de abandonar a corrida.

Ou então, que essas duas cadeiras podem ser usadas por pré-candidatos numa tentativa de atrair apoio de legendas em torno de seus nomes. Ao menos um deles diz à Folha que foi sondado por siglas sobre a indicação ao TCU.

Na primeira eleição de Arthur Lira à Presidência da Câmara, a vaga do TCU foi usada nas negociações, tendo sido ocupada por Jhonatan de Jesus (Republicanos), numa costura que envolveu Pereira, em 2023, logo após Lira se reeleger.

De acordo com aliados do presidente do Republicanos, essa vaga foi oferecida inicialmente a ele, que declinou.

O próprio Lira afirmou a interlocutores que poderá costurar essas indicações, caso necessário, para eleger seu sucessor.

Além de espaço na Mesa Diretora da Câmara (formada por seis cadeiras, fora a presidência e suplentes), também são tidos como postos importantes a relatoria e a presidência da Comissão Mista de Orçamento —responsável por debater questões orçamentárias— e ainda corregedoria da Casa.

O PL, que reúne a maior bancada, recebeu sinalizações dos três candidatos de que poderá ocupar a primeira vice-presidência em troca de apoio. O PT, que é a segunda em número de deputados, também aspira o posto.

Líderes partidários dizem ainda que, até deixar a presidência, Lira usará todos os artifícios que tiver à mão para angariar apoio ao candidato de sua escolha. Isso passa pela relatoria de projetos importantes, por exemplo.

Como a Folha mostrou, as indicações de vice-presidente da Caixa Econômica Federal fizeram parte dessa estratégia do alagoano, assim como a indicação dos integrantes dos grupos de trabalho que analisaram os projetos de regulamentação da reforma tributária.

Segundo envolvidos na negociação, essa costura deverá ser alinhavada pelos próprios pré-candidatos durante o processo sucessório, já que um acordo depende do compromisso das bancadas que elegem os ministros do TCU e do futuro presidente da Câmara.

No Congresso, há expectativa de que o governo venha a oferecer cargos na busca de uma composição harmoniosa na Câmara dos Deputados, dentro de uma reforma ministerial prevista para o início do ano que vem.

Integrantes do governo descartam, porém, a hipótese de ingerência na disputa neste momento. A ideia é que o Executivo só atue na negociação caso convocado pelos partidos e desde que não haja risco de atritos que possam afetar sua relação com o Congresso.

As vagas do TCU costumam figurar nas negociações para as presidências da Câmara e do Senado, além de composições de ministérios e disputas municipais e eleições.

Em 2021, a eleição do ex-governador Antonio Anastasia para o TCU compôs a articulação que garantiu a eleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a ascensão de Alexandre Silveira (PSD-MG) ao cargo de senador. Amigo de Pacheco, Silveira era suplente de Anastasia.

A costura só foi possível graças à antecipação, em quase dois anos, da saída do ex-ministro Raimundo Carreiro, que deixou o tribunal para assumir a embaixada do Brasil em Portugal, a convite do então presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Em 2011, a eleição da ex-ministra Ana Arraes foi fruto do empenho de seu filho, o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em 2014, e contou com apoio de Lula. A negociação incluiu a promessa de alianças do PSB nas disputas municipais de 2012.

A disputa pela presidência da Câmara pesou até mesmo para uma derrota do Governo Lula na disputa por uma cadeira do tribunal. Em dezembro de 2006, a Câmara elegeu o pefelista Aroldo Cedraz para o TCU, derrotando o ex-deputado Paulo Delgado (PT-MG), candidato do Palácio do Planalto.

A derrota do petista foi encarada como um recado dos deputados ao Governo Lula. Estariam contrariados com a indicação de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara sem negociação com o Congresso. Chinaglia foi eleito presidente da Câmara dois meses depois.

MINISTROS DO TCU E ARTICULAÇÕES POLÍTICAS

Jhonatan de Jesus
Indicação do ex-deputado federal ao tribunal em 2023 ocorreu em meio às negociações para reconduzir Arthur Lira ao comando da Câmara.

Antonio Anastasia
Ida do ex-senador para o TCU em 2021 contribuiu para eleger o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e para a ascensão de Alexandre Silveira ao mandato. Amigo de Pacheco, Silveira era suplente do hoje ministro do TCU.

Ana Arraes
Articulação que levou a ex-deputada à corte de contas em 2011 foi conduzida por seu filho, o então governador Eduardo Campos (PE), morto em 2014, e envolveu alianças do PSB nas eleições municipais de 2012. Ana Arraes se aposentou em 2022.

Aroldo Cedraz
Escolha do ex-deputado ao TCU em 2006 foi encarada como um recado dos deputados ao então governo Lula, insatisfeitos com a escolha do petista Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara.

Catia Seabra e Victoria Azevedo, Folhapress

Combate à fome é escolha política, diz Lula em evento do G20

 Presidente promete tirar Brasil do Mapa da Fome ainda neste mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (24), que o combate à fome é uma escolha política dos governantes. “A fome não resulta apenas de fatores externos, ela decorre, sobretudo, de escolhas políticas. Hoje o mundo produz alimentos mais do que suficientes para erradicá-la. O que falta é criar condições de acesso aos alimentos”, disse.

“Enquanto isso, os gastos com armamentos subiram 7% no último ano, chegando a US$ 2,4 trilhões. Inverter essa lógica é um imperativo moral, de justiça social, mas também essencial para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou o presidente no evento de pré-lançamento da força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro.

A iniciativa estabelece um compromisso internacional para obter apoio político, recursos financeiros e conhecimento técnico para implementação de políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo. Entre as iniciativas bem-sucedidas estão experiências nacionais voltadas para os mais pobres e vulneráveis, como transferência de renda, alimentação escolar, cadastro de famílias vulneráveis, apoio à primeira infância, apoio à agricultura familiar, assistência social, protagonismo das mulheres e inclusão socioeconômica e produtiva, entre outros.

“A fome não é uma coisa natural, a fome é uma coisa que exige decisão política”, reforçou Lula. “Não é possível que, na metade do século 21, quando a gente já está discutindo até inteligência artificial, sem conseguir consumir a inteligência natural que todos nós temos, a gente ainda seja obrigado a fazer uma discussão dizendo para os nossos dirigentes políticos do mundo inteiro, ‘por favor, olhem os pobres porque eles são seres humanos, eles são gente e eles querem ter oportunidade’”, completou o presidente.

A aliança está sendo proposta pelo Brasil no G20 e, no encontro de ministros no Rio de Janeiro, o bloco aprovou os documentos fundacionais da iniciativa, dando início à adesão pelos países. Qualquer país interessado pode aderir à aliança. O lançamento oficial será formalizado na Cúpula de Líderes do G20, em novembro, também na capital fluminense.

“A aliança representa uma estratégia de conquista da cidadania, e a melhor maneira de executá-la é promovendo a articulação de todos os atores relevantes. Nossa melhor ferramenta será o compartilhamento de políticas públicas efetivas. Muitos países também tiveram êxito em combater a fome e promover a agricultura e queremos que esses exemplos possam ser conhecidos e utilizados”, disse Lula, explicando que essa transferência de conhecimento não será imposta.

“Vamos sistematizar e oferecer um conjunto de projetos que possam ser adaptados às realidades específicas de cada região. Toda adaptação e implementação deverá ser liderada pelos países receptores, porque cada um conhece seus problemas. Eles devem ser os protagonistas de seu sucesso”, afirmou.

Financiamento

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza será gerida com base em um secretariado alojado nas sedes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, e em Brasília. Ela funcionará até 2030, quando será desativada, e metade dos seus custos será coberta pelo Brasil.

“Quero registrar minha gratidão aos países que já se dispuseram a contribuir com este esforço”, disse Lula, ao explicar que a iniciativa não criará fundos novos, mas que os recursos globais e regionais que já existem, e estão dispersos, serão redirecionados para as políticas de Estado de cada país.

Hoje, o Banco Mundial declarou apoio à aliança, colocando a segurança alimentar em sua agenda estratégica nos próximos anos. O Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento também anunciaram contribuições à iniciativa, com o estabelecimento de novo um mecanismo financeiro. A Associação Internacional para o Desenvolvimento também fará nova recomposição de capital para ajudar os países mais pobres.

Lula lembrou ainda que a presidência do Brasil no G20 defende a reforma das instituições de governança global, inclusive as financeiras. “A representação distorcida na direção do FMI [Fundo Monetário Internacional] e do Banco Mundial é um obstáculo ao enfrentamento dos complexos problemas da atualidade. Sem uma governança mais efetiva e justa, na qual o Sul Global [países do Hemisfério Sul] esteja adequadamente representado, problemas como a fome e a pobreza serão recorrentes”, disse.

A taxação dos super-ricos também é uma agenda proposta pelo Brasil, que está em debate no bloco. “A riqueza dos bilionários passou de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial para quase 14% nas últimas três décadas. Alguns indivíduos controlam mais recursos do que países inteiros”, disse Lula.

“Vários países enfrentam um problema parecido: no topo da pirâmide, os sistemas tributários deixam de ser progressivos e se tornam regressivos. Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos do que a classe trabalhadora. Para corrigir essa anomalia, o Brasil tem insistido no tema da cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global, fortalecendo as iniciativas existentes e incluindo os bilionários”, reforçou o presidente.

Fome no mundo

Precedendo a reunião ministerial de hoje, a FAO lançou seu Mapa da Fome, segundo o qual, uma em cada 11 pessoas pode ter passado fome no mundo em 2023. No ano passado, a estimativa era que 28,9% da população mundial (ou 2,33 bilhões de pessoas) estava em moderada ou grave insegurança alimentar. Tendências crescentes de obesidade de adultos e de anemia entre mulheres de 15 a 49 anos também são consideradas preocupantes, diz a FAO.

Para Lula, os dados são “estarrecedores”, sendo a fome “a mais degradante das privações humanas”. “O problema é especialmente grave na África e na Ásia, mas também persiste em partes da América Latina. Mesmo nos países ricos, aumenta o apartheid nutricional, com a pobreza alimentar e a epidemia de obesidade”, disse o presidente, lembrando ainda que a situação é mais grave para mulheres e crianças.

“A fome tem o rosto de uma mulher e a voz de uma criança. Mesmo que elas preparem a maioria das refeições e cultivem boa parte dos alimentos, mulheres e meninas são a maioria das pessoas em situação de fome no mundo. Muitas mulheres são chefes de família, mas ganham menos. Trabalham mais no setor informal, se dedicam mais aos cuidados não remunerados e têm menos acesso à terra que os homens. A discriminação étnica, racial e geográfica também amplifica a fome e a pobreza entre populações afrodescendentes, indígenas e comunidades tradicionais”, afirmou Lula.

Programas que colocam a mulher como componente central das ações também deverão fazer parte da cesta de políticas públicas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Em seu discurso, o presidente brasileiro afirmou que a globalização neoliberal, a concentração de riqueza e as crises recorrentes e simultâneas agravaram o quadro da pobreza no mundo. Ele citou a pandemia de covid-19, que aumentou drasticamente a subnutrição, conflitos armados que interrompem a produção e distribuição de alimentos, eventos climáticos extremos, além de subsídios agrícolas em países ricos e o protecionismo que discrimina os produtos de países em desenvolvimento.

De acordo com a FAO, no Brasil, ainda há 2,5 milhões de pessoas em insegurança alimentar severa. Em 2014, o Brasil havia conseguido deixar o Mapa da Fome, no entanto, a insegurança alimentar aumentou ao longo dos anos e o país voltou a constar no relatório em 2021.

“Este é o compromisso mais urgente do meu governo: acabar com a fome no Brasil, como fizemos em 2014. Meu amigo, diretor-geral da FAO [Qu Dongyu], pode ir se preparando para anunciar em breve, ainda no meu mandato, que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome.

O Brasil está na presidência do G20, grupo composto por 19 países e dois órgãos regionais (União Africana e a União Europeia). Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos mundialmente) e mais de 75% do comércio mundial, e cerca de dois terços da população do planeta.

Agência Brasil

FICCO/RJ prende homem por compra ilegal de materiais bélicos no Rio de Janeiro

 A prisão foi efetuada enquanto ele retirava a encomenda em uma unidade dos Correios

Rio de Janeiro/RJ. Na tarde desta terça-feira, 23/7, a Polícia Federal prendeu em flagrante um homem responsável pela aquisição ilegal de carregadores de armas de fogo. Ele estava retirando a encomenda em uma agência dos Correios.

A ação teve início após a descoberta que a encomenda postal continha o material bélico, ao contrário do conteúdo declarado, como tentativa de burlar a fiscalização. Os carregadores de armas de fogo são de uso restrito e têm a capacidade total para 240 disparos.

O preso foi conduzido à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro e, após a formalização da prisão em flagrante, será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

A FICCO/RJ, Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, é uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no enfrentamento à criminalidade organizada no estado do Rio de Janeiro.

Comunicação Social da Polícia

PF apreende mais uma embarcação com cigarros contrabandeados no Rio Paraná

 Contrabandistas tentavam ingressar com nove volumes de cigarros quando foram surpreendidos

Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais apreenderam nove volumes de cigarros estrangeiros contrabandeados do Paraguai, na madrugada desta quarta-feira (24/7), no rio Paraná, divisa com o território paraguaio.

Durante patrulhamento pelos principais pontos de travessia irregular utilizada por traficantes e contrabandistas, a equipe detectou um barco chegando na barranca do rio do lado brasileiro.

Ao se aproximar, os policiais conseguiram visualizar quatro indivíduos, que descarregariam os volumes trazidos pela embarcação, que fugiram pela mata ciliar. A embarcação de ferro e os volumes de cigarros contrabandeados foram levados para o pátio da Receita Federal.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR

MPF recomenda suspensão de concurso público da Codevasf

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu recomendar à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) a suspensão imediata da oferta pública regulamentada pelo edital 1/2024, de 13 de maio, até a adequação ao regime de reserva de vagas para pessoas. pessoas com deficiência e pessoas de cor. A seleção tem como objetivo preencher 61 vagas no ensino superior e criar cadastro de reserva. A aplicação das provas (objetivas e discursivas) estava marcada para o dia 4 de agosto.

A recomendação, publicada nesta terça-feira (23) e assinada por Fábio Conrado Loula, Ministério Público, mostra que a Codevasf não respeitou os percentuais previstos nas leis nº. 12.990/2014 e 8.112/90. Para o Ministério Público Federal, a Codevasf deveria ter considerado o total de vagas para cada cargo, independentemente da localização, reservando também 20% de todas as vagas para candidatos de cor e 20% para candidatos com deficiência.

Conforme o despacho, a legislação determina que a aplicação da reserva de vagas será sempre efetuada quando o número de vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior a três.

No caso de valor fracionário para o número de vagas reservadas aos candidatos de cor, este será aumentado para o número inteiro seguinte, no caso de fração igual ou superior a 0,5 (cinco décimos), ou reduzido a um número . imediatamente abaixo. número total, no caso de fração menor que 0,5.

Mesários e outros que trabalham na eleição têm até de 30 agosto para transferir seção

Quem foi chamado pela Justiça Eleitoral para atuar como mesário ou oferecer apoio logístico no pleito de 2024 tem até o dia 30 de agosto para pedir a transferência temporária do local de votação.

Também podem fazer o pedido os profissionais ligados a estabelecimentos penais, como policiais e agentes penitenciários.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o pedido de transferência pode ser solicitado desde que a nova seção esteja localizada no mesmo município do eleitor.

Mesários e pessoas indicadas para ajudar com a logística do pleito precisam solicitar a mudança para a seção na qual vão trabalhar no dia das eleições.

Já os convocados para trabalhar em testes de integridade das urnas podem solicitar a transferência para local próximo de onde ocorre a atividade.

Também podem fazer a solicitação policiais penais e agentes penitenciários que trabalharem na data da votação, além de servidores de estabelecimentos penais e unidades de internação de adolescentes custodiados.

No caso desses profissionais, a solicitação de transferência deve contemplar a seção eleitoral da região na qual estejam trabalhando.

Neste ano, o primeiro turno das eleições municipais ocorre no dia 6 de outubro. O segundo, quando houver, está previsto para o dia 27 do mesmo mês.

As eleições de 2024 ocorrem em mais de 5.500 municípios para a escolha de prefeito, vice e vereadores.

De acordo com o TSE, mesários que querem fazer o pedido devem acessar o Título Net, página que concentra serviços do tribunal disponíveis de maneira remota.

O solicitante também precisa ter acesso ao aplicativo e-Título para gerar um código de acesso e finalizar o processo.

Pessoas que vão oferecer apoio logístico nas eleições devem fazer o pedido presencial em cartórios.

No caso de profissionais ligados a estabelecimentos penais, a orientação é que o pedido seja feito por meio de formulário coletivo a ser entregue à Justiça Eleitoral pelas instituições nas quais trabalham.

Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

Rússia e Ucrânia falam juntas em paz pela 1ª vez desde 2022

Pela primeira vez desde que as negociações para encerrar a Guerra da Ucrânia fracassaram em 2022, os governos de Moscou e de Kiev falaram ao mesmo tempo em retomar o diálogo pela paz. Se o árduo caminho será trilhado enquanto os combates continuam, isso é incerto.

A China, país que com o Brasil defende de forma mais assertiva que os rivais sentem-se à mesa, foi o mediador público da questão durante a visita do chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, ao país.

Ele foi recebido para quase quatro horas de conversas pelo seu par Wang Yi nesta quarta (24). Ao fim da rodada, o chinês disse a jornalistas em Guangzhou que “Kuleba disse novamente que está pronto para engajar o lado russo em um processo de negociação em algum estágio, quando a Rússia estiver pronta para negociar de boa fé”.

“Mas”, disse Wang, “enfatizou que não vê tal prontidão do lado russo agora”. Seria apenas o óbvio, dado que o governo de Volodimir Zelenski promoveu uma conferência unilateral de paz para discutir o fim da guerra em seus termos, no mês passado na Suíça.

A surpresa veio dos comentários imediatos em Moscou. “A mensagem em si pode ser vista em uníssiono com a nossa posição”, disse em seu briefing diário o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov.

“Vocês sabem que o lado russo nunca recusou negociar, e sempre se manteve aberto ao processo de negociação. Mas os detalhes são importantes aqui, e ainda não sabemos nada deles”, afirmou. Como se vê, ambos os rivais mantiveram uma posição dura, mas piscaram.

Isso não ocorria abertamente desde o início do conflito. Após a invasão russa de fevereiro de 2022, delegações dos dois países se reuniram seis vezes, três em Belarus, três na Turquia —na última ocasião, com a presença do presidente Recep Tayyip Erdogan, ávido em selar sua posição de mediador entre a Otan (aliança militar ocidental) que integra e Putin.

Depois, o mês de abril viu líderes ocidentais e russos conversarem sobre as propostas, cada vez mais consideradas inaceitáveis de lado a lado. Um fator central ocorrera no fim de março, com a retirada das forças russas do cerco a Kiev.

A derrota fortaleceu a posição ucraniana de não negociar, e viu aumentar o fluxo de apoio militar ocidental a Zelenski. Diplomatas russos dizem que a retirada foi necessária para evitar um desastre, mas também era um sinal de que Putin abriria mão de derrubar o presidente rival pelas armas.

Houve alguns contatos. Como a Folha relatou em março e o chanceler russo, Serguei Lavrov, confirmou em uma entrevista na semana passada, um grupo de especialistas em relações internacionais foi formado com russos e americanos.

Sem poder decisório, ao longo de um ano eles debateram questões como a neutralidade da Ucrânia e a eventual troca de terra pela paz —além da Crimeia, anexada em 2014, os russos ocupam boa parte do leste e do sul do vizinho, perfazendo algo como 20% do território ucraniano.

Segundo Lavrov, as discussões não lograram resultado prático. A agência Reuters disse que, por meio de intermediários, Putin fez em fevereiro uma proposta aos EUA, que vê como o real inimigo na guerra, de congelar o conflito, que também não prosperou.

Até aqui, há duas linhas de abordagem pela eventual paz. No mês passado, Putin colocou suas condições na mesa: Kiev precisa abandonar sua pretensão de ingressar na Otan, aceitar se desarmar e entregar as quatro províncias anexadas ilegalmente em setembro de 2022 por Moscou, que não as controla integralmente.

Kiev e o Ocidente recusaram a oferta, feita na véspera da cúpula internacional que reuniu 90 países simpáticos à Ucrânia na Suíça, que acabou sem consenso. Nas últimas semanas, o ucraniano tem dito que haverá uma segunda reunião e que os russos, desta vez, serão convidados. Mas insiste que será para discutir a paz em seus termos.

Há também o fator Donald Trump, o republicano que pode voltar à Casa Branca e já disse que vai impor uma paz imediata, sugerindo o fim do apoio a Kiev. O premiê húngaro, Viktor Orbán, é aliado tanto do americano quanto de Putin, e encontrou-se com ambos, além de Zelenski, enquanto ocupa o papel de presidente temporário da União Europeia.

Ocorre que ele foi desautorizado pelos líderes europeus, que o acusam de ser peão do Kremlin. Aí entrou a China, que por ser a maior aliada de Putin, é vista também como o único país capaz de mediar de forma eficaz as conversas. Isso é rejeitado publicamente no Ocidente, por pressupor que Pequim tem lado, mas no bastidor é diferente.

A viagem de Kuleba foi a do mais alto representante de Kiev à China desde a invasão. A resposta de Peskov sugere um jogo combinado, mas por evidente há um longo caminho para que a disposição mostrada se torne algo concreto.

O amargor do conflito, que neste ano tem os russos numa lenta e sangrenta ofensiva, e diferenças enormes de visão de mundo são empecilhos grandes.

O processo é temperado pela eficácia tardia de um tipo específico de sanção econômica contra Moscou, ameaçando de forma secundária bancos chineses que fazem negócios com os russos. Isso tem derrubado o comércio entre os aliados, que no ano passado chegou ao maior nível histórico e é um seguro contra o isolamento econômico imposto pelo Ocidente, até aqui driblado por Putin.

Os chineses usaram a carta comercial. Segundo uma porta-voz da chancelaria, Mao Ning, “a China irá continuar a expandir sua importação de alimentos da Ucrânia”. “Apesar de as condições não estarem maduras, estamos dispostos a ter um papel construtivo para trazer um cessar-fogo e a volta das negociações”.

Igor Gielow/Folhapress

Maduro afirma, sem provas, que eleições no Brasil não são auditadas

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, questionou em comício na noite desta terça-feira (23), no estado de Aragua, os sistemas eleitorais do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia. Segundo o site Monitoreamos, ele afirmou, sem provas, que as eleições nos países não são auditadas.

Maduro também disse que a Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo, com 16 auditorias e uma auditoria em tempo real de 54% das urnas.

“Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos? O sistema eleitoral é auditável? No Brasil? Não auditam nenhuma ata. Na Colômbia? Não auditam nenhuma ata”, disse.

O ataque ocorreu um dia depois de o presidente Lula (PT) afirmar que está assustado com declarações do venezuelano sobre um “banho de sangue” caso ele seja derrotado nas eleições, marcadas para domingo (28).

“Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila”, rebateu Maduro, sem mencionar Lula. “Na Venezuela vai triunfar a paz, o poder popular, a união cívico-militar-policial perfeita”.

No Brasil, o boletim de urna é um comprovante impresso emitido pela urna ao final da votação, com um resumo do que foi registrado. Ele permite que as pessoas (e partidos) confiram o resultado imediatamente após a eleição e também possibilita auditar que tanto a transmissão quanto a totalização dos votos ocorreram corretamente.

O documento é impresso obrigatoriamente em cinco vias, assinadas pelo presidente da seção e por fiscais dos partidos presentes. Depois disso, uma via é colocada na porta da seção, três são colocadas na ata e enviadas para o respectivo cartório eleitoral e a última é entregue aos fiscais dos partidos.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela convidou organizações sociais brasileiras simpáticas ao chavismo para acompanhar as eleições.

Também fez um convite ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para organizar uma missão de organização, limitada a dois técnicos. O tribunal recusou em um primeiro momento, mas semanas depois decidiu enviar os técnicos para acompanhar o pleito.

Lula afirmou na segunda-feira (22) que Celso Amorim, seu assessor especial para assuntos internacionais, viajará à Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais.

Folhapress

Eleição 2024: Dr. Leôncio Campos aceita disputar as Eleição 2024 na chapa encabeçada pelo o empresário Alipinho da Doce Mel em Ipiaú

Com a confirmação nesta terça-feira, 23, de Dr. Leôncio Campos como pré-candidato a vice-prefeito e a declaração do ex pré-candidato Dr. Matheus Menezes (PSD) na chapa encabeçada pelo empresário Alipinho da Doce Mel (União Brasil). o grupo oposicionista fortaleceu o discurso e já falam em mais apoio de outros lideres que até agora não haviam se posicionado em relação as próximas eleições. 

A reportagem deste Site (Ipiaú urgente) conversou com uma pessoa do grupo que garantiu, com a presença de "Dr. Leôncio e Dr. Matheus Menezes, Cesário Costa, Dr. Ubirajara Costa, José Carlos Brandão, Ex.Vereador Jean Kleber, Deputado Estadual Sandro Régis, ACM Neto" Vice- Presidente do (União Brasil)" e de vários lideres comunitários que já hipotecaram seus apoios ao grupo, cresceu a confiança em uma campanha vitoriosa em outubro, "Aceitamos este desafio com a certeza de uma campanha vitoriosa e vamos devolver Ipiaú aos filhos de Ipiaú com muita honra no dia 6 de outubro de 2024. disse o entrevistado pela e reportagem.

A Chapa de deverá ser anunciada nesta quarta feira (24) data em que deve anunciar a realização da convenção para oficializar os registros dos candidatos que irão em busca dos votos dos 33 mil eleitores do município de Ipiaú no dia 06 de outubro 2024 com as opções de escolhas para chapas majoritárias:

Alipinho e Leôncio e a chapa apoiada pela prefeita Maria das Graças, composta pela ex-secretária de saúde Laryssa Dias e possivelmente pelo vereador Orlando Dias, como vice.

(Ipiau-Urgente)

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