Aumentam síndromes respiratórias por Covid, diz Fiocruz

O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (9), mostra um aumento de hospitalizações de idosos por síndrome respiratória aguda (Srag) causada pelo vírus da Covid. Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo foram os mais afetados por esse aumento.

O boletim ainda mostra que, em alguns estados do Nordeste, como Ceará, Pernambuco e Piauí, apesar de não haver aumento de internações entre os idosos, a maior parte dos casos de internações registrados nas últimas semanas foi causada pela Covid.

No cenário mundial, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que a porcentagem de casos positivos para a Covid tem aumentado em 84 países nas últimas semanas. Segundo Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe, “a região com maior atividade do vírus é a Europa, seguida pelas Américas”.

Em crianças pequenas, o vírus sincicial respiratório (VSR) se mantém como a principal causa de internação e óbitos, apesar de registrar queda nas últimas semanas. Outro vírus respiratório com destaque para a incidência de SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus.

O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa cujos sintomas principais são tosse e falta de ar. Em geral, os casos são leves, mas podem resultar em internações hospitalares.

No cenário nacional, segundo o boletim, a longo prazo (últimas seis semanas) e a curto prazo (últimas três semanas) a tendência é de queda das internações por Srag. Na atualização, três das 27 unidades federativas apresentam crescimento de Srag na tendência de longo prazo: Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Em 2024, foram notificados 108.657 casos de Srag, 53.065 (48,8%) eram positivos, 42.247 (38,9%) negativos e 7.348 (6,8%) aguardam resultado laboratorial. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de Influenza A (20,4%), Influenza B (1,3%), VSR (30,3%) e Sars-CoV-2 (14,3%). Em relação aos óbitos por Srag, a prevalência é: Influenza A (38%), Covid-19 (31,2%), VSR (10%) e Influenza B (1,2%).

Folhapress

Avião com 62 pessoas à bordo cai em Vinhedo (SP);


Um avião de médio porte caiu em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, deixando ao menos 4 mortos, segundo a Defesa Civil, no início da tarde desta sexta (9). Segundo o Corpo de Bombeiros, sete equipes foram mobilizadas para atender a ocorrência.

O avião, que viajava de Cascavel (PR) para Guarulhos (Grande São Paulo), caiu, segundo a corporação, na altura do número 2.500 da rua Edueta.

Segundo a Voepass, antiga Passaredo, o voo 2283 tinha 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo.

Segundo a Defesa Civil do Estado, a aeronave pode ter atingido casas na queda. A administração do aeroporto de Cascavel informou que “uma operação padrão de emergência regida pela equipe do Aeroporto está em curso para entrar em contato com as famílias de possíveis vítimas.”

Já o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, disse que já está encaminhando agentes ao local.

“Investigadores do CENIPA e do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro, localizados em São Paulo, já estão a caminho para realizar a Ação Inicial da ocorrência.”

Nas redes sociais, usuários publicaram vídeos registrando o momento do acidente, com o avião já em queda vertical. Enquanto filmavam a queda, as pessoas lamentavam o acidente.

Em outros registros, as pessoas observam a fumaça que sobe de onde o avião teria caído.

Folhapress

Governo eleva teto de renda para faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atualizou os valores máximos de renda que podem ser encaixados nas faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida. A medida foi publicada nesta sexta-feira (9) pelo Ministério das Cidades no Diário Oficial da União.

No segmento urbano, o teto de renda mensal da faixa 1 passa de R$ 2.640 para R$ 2.850. Na faixa 2, o intervalo passa de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 para R$ 2.850,01 a R$ 4.700,01. A faixa 3 não teve alterações e atende ao público fora dos intervalos anteriores e que tenha renda de até R$ 8.000.

Já para o segmento rural, o teto da faixa 1 passa de R$ 31.680 ao ano para R$ 40.000. Na faixa 2, o intervalo a ser considerado passa de R$ 31.608,01 a R$ 52.800 para R$ 40.000,01 a R$ 66.600. Na faixa 3, a banda de renda mudou de R$ 52.800,01 a R$ 96.000 para R$ 66.600 a R$ 96.000.

De acordo com o governo, a atualização de renda se aplica a contratos a serem celebrados com as famílias beneficiárias a partir desta sexta.

As faixas mais baixas contam com taxas de juros menores no financiamento, que podem ficar limitadas a 4% ao ano dependendo da região do país na faixa 1. Já na faixa 3, em comparação, o percentual pode chegar a 8,66%.

Para o cálculo da renda, não são considerados benefícios temporários de natureza indenizatória, assistenciais ou previdenciários, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e Bolsa Família.

O governo também tem implementado outras alterações no programa habitacional.

Nos últimos dias, por exemplo, buscou desestimular a compra de imóveis usados pelo programa mudando a parcela financiável para famílias da faixa 3 para até 70% do valor do imóvel nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. A taxa para as regiões Sul e Sudeste passou a ser de 50%.

Até o início do ano, a parcela financiável era 80% do valor do imóvel. Depois, o governo já tinha publicado uma instrução normativa para que esse percentual ficasse entre 70% e 80% no Sul e no Sudeste, dependendo da renda familiar.

Parte do programa está sob risco agora decorrente do aperto orçamentário deste ano.

O Ministério das Cidades pode suspender a seleção de 30 mil novas moradias do Minha Casa, Minha Vida devido ao congelamento de despesas no Orçamento de 2024. As unidades seriam instaladas em municípios com até 50 mil habitantes, para atender o público da faixa 1 do programa (renda bruta familiar de até R$ 2.640 ao mês).

A medida tem potencial para causar ruídos com o Congresso Nacional, já que a construção de unidades habitacionais nos municípios menores é tida como uma prioridade pelos parlamentares.

Folhapress

FICCO Bahia e PM alcançam traficantes que exibiam armas nas redes sociais e usavam drone para monitorar rivais

Os integrantes de uma facção foram interceptados na madrugada desta quinta-feira (8), na BR-101, quando se preparavam para atacar rivais. 

O trabalho de inteligência e repressão qualificada da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia e da Polícia Militar resultou na localização de integrantes de uma facção. Os traficantes, interceptados na madrugada desta quinta-feira (8), exibiam armas nas redes sociais e usavam drone para monitorar rivais e a chegada da Polícia.

Os criminosos foram alcançados por equipes da FICCO Bahia, do 6° Pelotão da 27ª CIPM e da Cipe Litoral Norte, na BR-101, entre os municípios de Governador Mangabeira e Muritiba.

Sabendo da iminência de um possível ataque a um grupo rival na Região do Recôncavo Baiano, as Forças da Segurança iniciaram as varreduras e visualizaram dois veículos. Na tentativa de abordagem houve confronto.

Em um veículo modelo Celta, com restrição de roubo, dois traficantes acabaram feridos. Eles foram socorridos, mas não resistiram. O outro automóvel usado por criminosos conseguiu escapar do bloqueio.

Com a dupla de resistentes foram apreendidos dois revólveres calibre 38, carregadores alongados para pistola (os mesmos que aparecem nos vídeos publicados nas redes sociais), munições, placas de coletes balísticos, drogas, um drone e uma balança.

“Continuamos na região do Recôncavo com o objetivo de capturar os traficantes que atiraram nas equipes e fugiram em outro carro. O combate às facções seguirá de forma implacável”, garantiu o coordenador da FICCO Bahia, delegado federal Eduardo Badaró.

Rondesp Atlântico apreende 44° fuzil de 2024 e 28 tabletes de maconha na Federação

Um carregador, munições e outros ilícitos também foram apreendidos e encaminhados à Central de Flagrantes.

Na madrugada desta quinta-feira (8), militares da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT/Rondesp) Atlântico, apreenderam um fuzil e droga no Alto das Pombas.

Os pms realizavam ações de policiamento preventivo na região, quando avistaram homens armados que, ao perceberem a aproximação dos militares, passaram a efetuar disparos contra as guarnições, que revidaram.

Após a troca de tiros, os pms realizaram buscas pelos suspeitos e localizaram um fuzil calibre 556, um carregador e munições, uma bandoleira e 28 tabletes de maconha. Nenhum indivíduo foi preso.

Todos os materiais apreendidos foram apresentados na Central de Flagrantes, onde a ocorrência foi registrada.

Texto: Polícia Militar – DCS

PMs da Bahia e de Minas Gerais apreendem armas, drone e drogas em Cândido Sales

 Na ação, que contou com o Tribunal de Justiça de Mimas Gerais, houve três conduzidos.

Na manhã desta sexta-feira (9), uma ação conjunta entre a Polícia Militar de Minas Gerais (MG), o Tribunal de Justiça (MG) e a Polícia Militar da Bahia, por meio da 80ª CIPM, resultou na apreensão de três armas de fogo (carabina, espingarda e metralhadora), drone, drogas, balanças e 52 munições no município de Cândido Sales, a 603 quilômetros da capital baiana.

O material foi apreendido durante a operação conjunta para o cumprimento de mandado de busca e apreensão, que foi expedido pela Comarca de Pedra Azul (MG), em desfavor de um acusado de tráfico de drogas e uso ilegal de arma de fogo, que praticava crimes nos dois estados. Durante o flagrante, três pessoas, dois homens e uma mulher, foram conduzidos para a delegacia.

Além do armamento, munições e drogas (crack, cocaína e maconha), os policiais apreenderam uma faca, quatro balanças, três celulares, drone, câmera, algema, rádio, coldres, balaclavas e R$ 513 em cédulas e moedas. Todo o material apreendido também foi apresentado na delegacia local.

A colaboração entre as instituições e órgãos para fortalecer a segurança pública, bem como coibir a prática de crimes, é fundamental para conseguirmos localizar criminosos e retirar de circulação materiais ilícitos, como ocorreu nessa ação em Cândido Sales”, destaca o major Heroney, comandante da 80ª CIPM.

Texto: Polícia Militar – DCS

15° BPM apreende quatro suspeitos de tráfico em Itabuna

Na manhã desta quinta-feira (8), policiais militares do 15º BPM detiveram quatros suspeitos com drogas no bairro São Pedro, em Itabuna.

Os pms foram acionados para averiguar uma denúncia na região. Durante as rondas, os militares avistaram suspeitos que, ao perceberem a aproximação policial, fugiram, sendo quatro deles alcançados.

Com eles, foram encontradas 254 pedras de crack, 50 pinos de cocaína, 206 porções de maconha e um tablete da mesma substância, 259 porções de haxixe e dinheiro em espécie.

Os indivíduos e todos os materiais apreendidos foram encaminhadas à delegacia que atende à região, para a tomada das medidas pertinentes.

Texto: Polícia Militra – DCS

Traficante que liderava facção em Catu é capturado pela FICCO Bahia e PM

Um traficante que liderava uma facção na cidade de Catu, acabou preso, após operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia e a Polícia Militar (4° BPM).

O criminoso, que possuía mandado de prisão, foi capturado na cidade de Alagoinhas, na quarta-feira (7). Ele utilizava um documento falso.

Em fevereiro deste ano, o líder de facção atirou contra viaturas da PM no município de Catu e conseguiu fugir durante confronto.

Envolvido com homicídios, tráficos de armas e drogas, roubos, porte ilegal de armas de fogo, entre outros crimes, o traficante foi apresentado na Delegacia Territorial (DT) de Alagoinhas.

Concurso Unificado: termina hoje (9) prazo para pagamento da taxa de inscrição

Candidatas e candidatos precisam estar atentos ao horário-limite para pagar a taxa, o que pode ser feito em bancos, em casas lotéricas, nos Correios ou via Pix.

As candidatas e os candidatos do Concurso Público Unificado da Justiça Eleitoral têm até esta sexta-feira (9) para efetuar o pagamento da taxa de inscrição. A Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) está disponível no site do Cebraspe, banca organizadora do certame, na área do candidato. O valor da taxa é de R$ 130,00 para o cargo de analista judiciário e de R$ 85,00 para o de técnico judiciário. As provas serão aplicadas no dia 8 de dezembro deste ano. 

As pessoas inscritas precisam estar atentas ao horário-limite para o pagamento da taxa, que pode ser feito em qualquer banco, bem como nas casas lotéricas e nos Correios, obedecidos os critérios estabelecidos nesses correspondentes bancários. O pagamento via Pix deve ser realizado por meio do QR Code apresentado na GRU Cobrança.    

O concurso oferece 412 vagas distribuídas entre 26 tribunais regionais eleitorais (TREs) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do total de vagas, 126 são para o cargo de analista judiciário e 286 para o de técnico judiciário, além da formação de cadastro reserva.  

Acesse a íntegra do edital do Concurso Unificado. 

Distribuição das vagas  

As 412 vagas oferecidas no concurso de 2024 serão distribuídas nos quadros de pessoal dos seguintes órgãos:  

Tribunal Superior Eleitoral;  

Tribunal Regional Eleitoral do Acre;  

Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas;  

Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas;  

Tribunal Regional Eleitoral do Amapá;  

Tribunal Regional Eleitoral da Bahia;  

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará;  

Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal;  

Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo; 

Tribunal Regional Eleitoral de Goiás;  

Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão;  

Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais;  

Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso;  

Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul;  

Tribunal Regional Eleitoral do Pará;  

Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba;  

Tribunal Regional Eleitoral do Paraná;  

Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco;  

Tribunal Regional Eleitoral do Piauí;  

Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro;  

Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte;  

Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul;  

Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia;  

Tribunal Regional Eleitoral de Roraima; 

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina;  

Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe;  

Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. 

RL, LC/DB-TSE

CFM elege conselheiros antiaborto, contra CPI da Covid e a favor da cloroquina

 José Hiran, presidente do CFM, reeleito como conselheiro, em audiência no Senado em junho

A nova gestão do CFM (Conselho Federal de Medicina), com médicos eleitos na quarta-feira (7), tem 18 de 27 conselheiros que são contra o aborto legal, estão filiados a um partido político ou defendem o uso de cloroquina para Covid. O medicamento é comprovadamente ineficaz para o tratamento da doença.

Há médicos que foram investigados pelo próprio conselho por apoio aos atos golpistas de 8 de janeiro. Além disso, há outros que se posicionaram contra a luta para pôr fim à violência obstétrica e a CPI da Covid ou se elegeram dentro de campanha “anti-Lula”.

As propostas das chapas escolhidas, apoiadas por parlamentares de direita ou de esquerda durante as eleições e figuras públicas como o empresário Luciano Hang, repetiram o tom político das gestões anteriores, com pouco foco na saúde pública.

Ex-presidentes do CFM manifestaram preocupação com a politização do conselho, que foi alinhado ao governo bolsonarista durante o auge da pandemia e mantém relação conflituosa com o Ministério da Saúde petista.

“O Conselho se pronuncia através das suas resoluções baseadas na ciência. Eles vão se basear em questões outras que não têm nada a ver com a ciência. Questões de gênero, de comportamento, de hábitos conservadores”, disse Waldir Paiva Mesquita, presidente do CFM de 1994 a 1999, em entrevista ao Painel publicada nesta semana.

O CFM é responsável por fiscalizar a atividade médica e colaborar com o governo para formular políticas e programas. Também deve definir a conduta dos profissionais no atendimento à população —como fez com o parecer orientando o uso da cloroquina para Covid e com a resolução que dificultava o aborto legal após 22 semanas de gestação.

Dos 27 médicos eleitos, ao menos 14 se posicionaram a favor do uso da cloroquina durante a pandemia. Entretanto, o conselheiro Alcindo Cerci Neto, escolhido pelo Paraná, integrou estudo que mostrou a ineficácia do remédio para a doença e alertou para seus efeitos colaterais.

No Rio de Janeiro, foi eleito o ginecologista Raphael Câmara Medeiros Parente, relator da norma do CFM que proibia médicos de realizarem a assistolia fetal em casos de aborto decorrente de estupro, autorizados no país. O procedimento é recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para interromper gravidezes avançadas.

A resolução foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em maio último, mas serviu de base para o PL Antiaborto por Estupro, alvo de forte rejeição popular.

Parente foi parabenizado pelo vereador Rogério Amorim durante sessão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Além do ginecologista, ao menos oito dos conselheiros eleitos afirmam que são “a favor da vida” e contra o aborto após 22 semanas.

Há uma forte atuação do CFM no campo dos direitos reprodutivos. Os médicos amazonenses elegeram o ginecologista e obstetra Ademar Carlos Augusto, que em outubro de 2018 assinou parecer emitido pela entidade se posicionando de forma contrária à luta contra a violência obstétrica. Segundo ele, “a expressão ‘violência obstétrica’ é uma agressão contra a medicina e especialidade de ginecologia e obstetrícia, contrariando conhecimentos científicos consagrados”.

Em São Paulo, os médicos elegeram o infectologista Francisco Cardoso, que propôs a “defesa intransigente” contra o “feticídio” (aborto) em sua campanha. Ele se identifica como de “direita conservadora”.

A campanha paulista foi marcada por publicações e mensagens de propaganda politizada aos eleitores, o que levou o CFM a acionar a Polícia Federal por uso inadequado dos signos do conselho. Cardoso foi apoiado pelo empresário Luciano Hang, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Os partidos Solidariedade, PSD, Podemos e PSL têm filiados na nova configuração do CFM, e ao menos sete dos conselheiros são abertamente bolsonaristas.

Para representar o Distrito Federal, foi eleita a médica Rosylane Nascimento das Mercês Rocha, que como vice-presidente do conselho comemorou nas redes sociais os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Por pressão de um abaixo-assinado com mais de 6.000 assinaturas pedindo o desligamento da profissional, o CFM abriu um processo administrativo contra ela no ano passado.

Também bolsonarista, a conselheira Yáscara Pinheiro Lages Pinto, eleita pelo Piauí, tem posicionamentos nas redes sociais contra a CPI da Covid e em apoio a Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina” devido à defesa de medicamentos ineficazes para tratamento da Covid.

O próprio Ministério da Saúde da gestão Jair Bolsonaro foi alvo da CPI pela recomendação dos medicamentos. À época, a pasta era acompanhada pelo CFM em suas decisões. O então presidente do conselho, Mauro Luís de Britto Ribeiro, foi reeleito para essa gestão por Mato Grosso do Sul.

O atual presidente, José Hiran da Silva Gallo, foi reeleito por Rondônia. Ele encabeçou a resolução contra a assistolia fetal e defende a indução do parto e entrega de filho de estupro para adoção.

Em 2018, Gallo escreveu um artigo para o portal do CFM em que comemorou a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro e atribuiu os votos recebidos pelo PT “à existência de um quadro agudizado pela carência e pela dependência de políticas de governo, como o Bolsa Família”.

Em publicação de 2021, durante a pandemia, afirmou que o “passaporte da vacina” não era adequado.

Na atual relação com o Ministério da Saúde, acumula atritos em relação a temas como a obrigatoriedade da vacinação de crianças contra Covid e a composição de comissões consultivas ligadas à pasta.

O PT afirmou em nota publicada durante as eleições que fazia uma “mobilização pela derrota do negacionismo na eleição do CFM”, da qual participavam o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde durante o primeiro governo Lula, e o senador Humberto Costa (PT-PE), ministro da Saúde durante o primeiro governo Lula.

Em abril, a Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia publicou o manifesto “Muda CFM”. O documento afirmava que o conselho mantém posições e iniciativas que alegam uma “suposta autonomia médica”, mas são contrárias a evidências científicas, e pedia que os médicos votassem de acordo com a ética e a saúde pública.

Confira os conselheiros eleitos por cada estado

ACRE: Dilza Teresinha Ambros Ribeiro

ALAGOAS: Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti

AMAPÁ: Eduardo Monteiro De Jesus

AMAZONAS: Ademar Carlos Augusto

BAHIA: Maíra Pereira Dantas

CEARÁ: José Albertino Souza

ESPÍRITO SANTO: Carlos Magno Pretti Dalapicola

GOIÁS: Waldemar Naves Do Amaral

MARANHÃO: Nailton Jorge Ferreira Lyra

MATO GROSSO: Diogo Leite Sampaio

MATO GROSSO DO SUL: Mauro Luiz De Britto Ribeiro

MINAS GERAIS: Alexandre De Menezes Rodrigues

PARÁ: Hideraldo Luis Souza Cabeca

PARAÍBA: Bruno Leandro De Souza

PARANÁ: Alcindo Cerci Neto

PERNAMBUCO: Eduardo Jorge Da Fonsêca Lima

PIAUÍ: Yáscara Pinheiro Lages Pinto

RIO DE JANEIRO: Raphael Camara Medeiros Parente

RIO GRANDE DO NORTE: Jeancarlo Fernandes Cavalcante

RIO GRANDE DO SUL: Carlos Orlando Pasqualotto Fett Sparta De Souza

RONDÔNIA: José Hiran Da Silva Gallo

RORAIMA: Domingos Sávio Matos Dantas

SANTA CATARINA: Graziela Schmitz Bonin

SÃO PAULO: Francisco Eduardo Cardoso Alves

SERGIPE: José Elerton Secioso De Aboim

TOCANTINS: Estevam Rivello Alves

DISTRITO FEDERAL: Rosylane Nascimento Das Mercês Rocha

Geovana Oliveira/Folhapress

Saiba como identificar se uma nota de R$ 200 é verdadeira

A nota de R$ 200 foi lançada em meio à pandemia de covid-19 e, desde setembro de 2020, ao menos 450 milhões de cédulas foram emitidas pelo Banco Central. De acordo com o órgão, a criação da nova nota foi uma resposta ao aumento da demanda das famílias brasileiras pelo uso de dinheiro físico.

Diferente das demais cédulas, que têm vários tamanhos – quanto maior o valor, maior a cédula – , a nota de R$ 200 tem as mesmas medidas da nota de R$ 20. O Banco Central divulgou um vídeo (acima) e dicas para identificar se uma nota de R$ 200 recebida não foi alvo de falsificação.

Dicas

O lado da cédula que mostra a Efígie da República é a frente e o que exibe o animal (neste caso, o lobo-guará) é o verso. São oito os principais elementos que atestam a autenticidade da nota:

• Número que muda de cor;

• Número escondido;

• Fio de Segurança;

• Marca d’água;

• Elementos fluorescentes;

• Quebra-cabeça;

• Alto-relevo;

• Microtexto.

No canto superior direito da cédula, no lado da frente, o número que indica seu valor muda de cor quando ela é movimentada; ele passa de azul para verde, e uma faixa brilhante parece rolar pelos algarismos.

Um pouco abaixo, há um quadrado com o desenho de folhas. Ao colocá-lo na altura dos olhos, na posição horizontal e em um local bem iluminado, é possível ver o número 200 na área indicada. No verso, o número escondido fica acima da escrita “duzentos reais”.

Já próximo à boca da Efígie da República, no meio da nota, existe um fio de segurança. Para vê-lo, basta colocar a nota contra a luz.

Entre a Efígie da República e a escrita de “200 reais”, uma marca d’água no formato do lobo-guará, acompanhada do número 200, é outro sinal da autenticidade da cédula.

Abaixo da escrita “República Federativa do Brasil”, no canto esquerdo superior, há um pequeno quebra-cabeça. Quando colocado contra a luz, deve ser possível enxergar que as partes do desenho do verso completam as da frente.

Outros dois sinais podem ajudar a sanar as dúvidas. Com o tato, sente-se o relevo de diferentes partes da cédula em seus dois lados, como os numerais que indicam seu valor e a faixa vertical de folhas, flores e frutos. E, por fim, com um uma lente de aumento, o valor da nota impresso muito pequeno pode ser detectado em várias áreas, como em torno do lobo-guará e em torno da efígie.

O que fazer se a nota for falsa?

Se, após conferir os principais itens de segurança e comparar a nota com outras de mesmo valor, ela ainda parecer suspeita quanto à sua autenticidade, é preciso recusá-la.

Já se uma nota falsa foi recebida sem que houvesse uma suspeita, quem está em posse da cédula não deve passá-la adiante. A recomendação do BC é encaminhar a nota para ser examinada na rede bancária, solicitando o recibo de retenção.

Raisa Toledo/Estadão Conteúdo

Petrobras tem prejuízo de R$ 2,6 bi no trimestre e vai distribuir R$ 13,6 bi em dividendos

A Petrobras fechou o segundo trimestre deste ano com prejuízo de R$ 2,6 bilhões, ante um lucro de R$ 28,7 bilhões registrado no mesmo período do ano passado, segundo informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 8. A companhia anunciou o pagamento de R$ 13,6 bi em dividendos (saiba mais abaixo quando será feito o pagamento aos acionistas).

O último prejuízo da Petrobras havia sido registrado na pandemia, no terceiro trimestre de 2020, e foi de R$ 1,5 bilhão.

O prejuízo no segundo trimestre vem a despeito de um resultado operacional consistente. E se deve a “eventos extraordinários” do segundo trimestre, como a concentração contábil do pagamento de R$ 11,9 bilhões relativos ao acordo com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para quitação de dívidas fiscais. O desembolso do valor será parcelado, o que reduz efeitos sobre o fluxo de caixa e abre espaço para o pagamento de dividendos aprovado (R$ 13,57 bilhões).

Segundo fontes da estatal, outro fator que pesa sobre o resultado do trimestre é o efeito cambial sobre dívidas entre a matriz e subsidiárias no exterior, que somou outros R$ 12,4 bilhões e provisões da ordem de mais R$ 7 bilhões. Um executivo ouvido pelo Estadão/Broadcast disse que, “não fossem esses efeitos pontuais”, a companhia estaria apresentando um lucro “na casa dos R$ 28 bilhões”, em linha com os anteriores.

O prejuízo no segundo trimestre ficou aquém do resultado estimado pelo Prévias Broadcast, calculado com base na média das projeções de seis instituições: Itaú BBA, UBS, Santander, Safra, BTG Pactual e Ativa Investimentos. Na média, essas instituições projetavam para a Petrobras um lucro de R$ 14,7 bilhões, de abril a junho deste ano.

Já a receita da Petrobras nos mesmos três meses, de R$ 122,2 bilhões, veio 5,4% menor do que a estimativa (R$ 129,2 bilhões), enquanto a geração de caixa, medida pelo Ebitda, de R$ 49,7 bilhões, ficou 25,3% abaixo do esperado pelas instituições ouvidas (R$ 66,6 bilhões). O Prévias Broadcast considera o resultado em linha com as estimativas quando as variações são de até 5% para baixo ou para cima.

Na comparação semestral, a Petrobras teve um lucro de R$ 21 bilhões nos primeiros seis meses de 2024, queda de 68,5% ante o registrado no mesmo período de 2023, R$ 66,9 bilhões.

Distribuição de dividendos

O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira, 8, o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 13,6 bilhões relativos ao resultado do segundo trimestre de 2024. O provento equivale a uma remuneração de R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial.

O pagamento será feito em duas parcelas iguais. Para os detentores de ações negociadas na B3, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 21 de novembro deste ano e o da segunda parcela no dia 20 de dezembro de 2024. Não haverá pagamento e dividendos extraordinários para o período.

As datas de corte para esse pagamento serão dia 21 de agosto para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e record date em 23 de agosto para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas “ex-direitos” na B3 a partir de 22 de agosto de 2024.

Uso de reserva

Para compor esse montante a ser distribuído a acionistas, a Petrobras informou que vai utilizar R$ 6,4 bilhões da reserva de capital que acumulava R$ 21,9 bilhões relativos aos dividendos extraordinários de 2023.

O montante veio 8,9% abaixo dos dividendos de R$ 14,9 bilhões relativos ao mesmo período do ano passado. Segundo uma fonte, a companhia segue com o caixa saudável e, por isso, tem condições de distribuir dividendos. O desembolso relativo à parcela do acordo com o Carf, próximo a R$ 3,5 bilhões, afetou o fluxo de caixa e ajuda a explicar a pequena redução dos proventos, conforme antecipado pelo Estadão/Broadcast.

Com isso, em 2024, até aqui, a Petrobras já distribuiu R$ 27 bilhões em dividendos, considerando os R$ 13,45 bilhões relativos ao primeiro trimestre do ano

A fatia da União

Dona de 36,6% do capital da empresa, via Tesouro, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de participações, o BNDESPar, a União vai ficar com R$ 4,96 bilhões dos dividendos aprovados para esse segundo trimestre de 2024.

Até aqui, no ano, a União já soma R$ 9,88 bilhões em dividendos da Petrobras, o que inclui os R$ 4,92 bilhões relativos ao primeiro trimestre.

Dividendos anteriores

Em 2023, a Petrobras distribuiu R$ 94,4 bilhões, o que inclui R$ 72,4 de proventos ordinários e mais R$ 22 bilhões extraordinários, metade do valor apurado. A outra metade segue em reserva de remuneração e pode ser distribuída até o fim deste ano. Em 2022, foram R$ 215,7 bilhões distribuídos a acionistas relativos ao exercício daquele ano.

A dívida líquida da Petrobras subiu para US$ 46,1 bilhões no segundo trimestre do ano. O valor é 9,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Com relação à dívida líquida ao fim do primeiro trimestre de 2024, a alta foi de 5,8%.

Já a dívida bruta alcançou US$ 59,6 bilhões em 30 de junho deste ano, alta de 2,9% com relação ao mesmo período de 2023, mas redução de 3,6% na margem, ou seja, com relação ao fim de março.

A Petrobras detalhou que o prazo médio dessa dívida passou de 11,3 anos ao fim do primeiro trimestre para 11,76 anos ao fim do segundo trimestre, com o custo médio variando de 6,5% para 6,6% ao ano no mesmo período. A relação entre dívida bruta e Ebitda ajustado é de 1,22 vezes, em linha com a verificada no primeiro trimestre.

Investimentos

Os investimentos da Petrobras ficaram em US$ 3,4 bilhões, alta de 4,7% com relação ao mesmo período de 2023 e 11,5% ante o montante investido nos três primeiros meses desse ano.

Fluxo de Caixa livre

Já o fluxo de caixa livre, indicador importante por ser a base de cálculo de dividendos, foi de R$ 31,8 bilhões entre abril e junho, 4,3% abaixo do que foi registrado há um ano no segundo trimestre de 2023 e 1,7% abaixo do valor do primeiro trimestre deste ano.

O preço médio do barril de petróleo do tipo Brent considerado para o relatório no segundo trimestre foi de US$ 84,94, o que significa alta de 8,4% em um ano.

Denise Luna e Gabriel Vasconcelos/Estadão Conteúdo

Congresso recorre e diz que decisão de Dino sobre emendas tem ‘premissas equivocadas’

O Congresso Nacional recorreu nesta quinta-feira (8) das decisões do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspenderam o pagamento de emendas parlamentares consideradas sem transparência.

Os advogados da Câmara e do Senado afirmam que as decisões de Dino, com base em “premissas equivocadas”, causam “enorme insegurança jurídica” e comprometem o andamento de políticas públicas.

“A suspensão da execução das programações orçamentárias constitui enorme gravame ao interesse público e afeta a posição jurídica de terceiros de boa-fé que estão obrigados em decorrência de instrumentos contratuais à realização de obras ou à prestação de serviços”, diz o Congresso.

Os recursos foram apresentados contra duas decisões de Flávio Dino divulgadas na última quinta-feira (1º). Em uma delas, o ministro determinou que o governo suspendesse o pagamento de emendas de comissão e restos de emendas de relator que não tivessem “prévia e total transparência e rastreabilidade”.

Ele decidiu ainda que parlamentares não podem enviar emendas para estados diferentes dos quais foram eleitos e criou regras para a transferência de recursos para ONGs e entidades do terceiro setor.

Dino partiu do entendimento de que a decisão tomada pelo Supremo em 2022 de derrubar as emendas de relator por falta de transparência e alta discricionariedade não foi totalmente cumprida.

Isso porque o Congresso turbinou as emendas de comissão e ampliou outros dispositivos que, na visão de Dino, mantêm problemas de transparência.

O Congresso argumenta que as premissas usadas por Dino para tomar a decisão estão erradas. Os advogados defendem que as emendas de comissão são diferentes das emendas de relator —e que o Supremo não proibiu o Legislativo de recompor o valor das emendas derrubadas em outro mecanismo.

“A falta de definição clara e objetiva sobre o que constitui ‘total transparência e rastreabilidade’ gera interpretações divergentes quanto ao (des)cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal nesta ação, com enorme insegurança jurídica”, afirma.

Segundo o recurso, o alto grau de subjetividade permitido na decisão de Dino deixa a execução orçamentária sob risco de “incerteza e arbitrariedade”.

“Os gestores públicos podem hesitar ou se abster de executar determinadas despesas devido ao receio de não atenderem aos critérios de transparência e rastreabilidade”, diz.

O Congresso ainda questiona o trecho da decisão de Flávio Dino que proíbe parlamentares de enviarem emendas para estados pelos quais não foram eleitos. Ele defende que a atuação de deputados federais e senadores não se restringe aos seus redutos eleitorais, mas atende ao interesse nacional.

“Essa determinação, aliás, tende a reforçar o que se pretende coibir com o deferimento da medida cautelar, que é justamente o suposto caráter ‘paroquial’ ou ‘eleitoreiro’ da destinação dos recursos orçamentários”, diz.

Os advogados também apontam para o que consideram erros processuais que culminaram na decisão de Dino. O principal argumento é que a ação no Supremo começou com o foco nas emendas de relator e já havia sido encerrada com a decisão de 2022. O ministro não poderia, na visão do Congresso, tomar decisões monocráticas sobre as emendas de comissão em uma ação cujo objeto era diferente e que teria sido encerrada.

A segunda decisão tomada por Flávio Dino na última semana suspendia o pagamento das emendas Pix —modalidade de emenda individual que acelera o repasse de recursos diretamente para os caixas das prefeituras de aliados dos parlamentares nos estados.

O ministro condicionou a retomada do pagamento ao atendimento de critérios de transparência. No caso de emendas para a área de saúde, determinou ainda que a execução seja feita somente após uma avaliação técnica da área de governança do SUS (Sistema Único de Saúde).

No recurso ao Supremo, o Congresso concordou que pode fazer alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 para exigir novos critérios para a execução mais transparente e rastreável das emendas Pix. Negou, porém, que a definição das diretrizes seja responsabilidade do Judiciário.

A Câmara e o Senado defendem que as emendas Pix têm como princípio a flexibilidade e a autonomia dos estados e municípios para aplicação dos recursos. E a definição de critérios que dificultam a chegada do dinheiro na ponta pode “comprometer a eficácia das transferências especiais”.

Os recursos foram apresentados na noite desta quinta ao Supremo. Horas antes, o ministro Flávio Dino voltou a exigir informações ao governo e ao Congresso sobre as indicações de emendas de comissão.

O Congresso Nacional turbinou as emendas de comissão em 2023 após o STF definir que as emendas de relator —principal moeda de troca no Legislativo durante o governo Jair Bolsonaro (PL)— fossem derrubadas.

As emendas de comissão tiveram um salto em 2023, chegando a R$ 7,6 bilhões, aumento de mais de 300%. Neste ano, o valor dobrou e ficou fixado em mais de R$ 15 bilhões no Orçamento.

O mecanismo serve, na prática, como uma moeda de troca nas disputas políticas. Apesar de o presidente da comissão ter o direito de definir como os recursos serão alocados, a distribuição é acertada pela cúpula do Congresso para contemplar interesses de determinados parlamentares.

Flávio Dino quer que o Congresso torne público o nome dos deputados e senadores autores dos pedidos originais de envio de recursos. O Congresso alega que não consegue identificar quem “patrocinou” as emendas porque oficialmente a autoria das emendas é do presidente das comissões.

Cézar Feitoza/Folhapress

Bruno Reis diz que Geraldo Jr. traiu de João Henrique a ACM Neto: ‘Dizia que eu era o conselheiro da vida dele’

No segundo bloco do debate entre candidatos à Prefeitura de Salvador, realizado na noite desta quinta-feira (8), pela TV Band Bahia, Bruno Reis (União) e Geraldo Jr. protagonizaram um momento onde o passado político foi rememorado. O atual prefeito da capital baiana voltou a lembrar declarações do vice-governador, como quando ele disse ser amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para Bruno, Geraldo “traiu” os ex-prefeitos João Henrique, ACM Neto e a sua gestão. Continua lendo..
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“Eu me impressiono com a capacidade que o candidato tem de mudar de lado. Ele dizia até dias atrás que era amigo pessoal dos filhos de Bolsonaro. Dizia que se comunicava com ACM Neto pelo olhar. Coitado do ex-prefeito João Henrique, que era um pai para ele, ele nunca mais atendeu uma ligação. Dizia que eu era o conselheiro da vida dele, e agora o líder dele é Lula, é Jerônimo. Ele disse que até as pedras mudam de lugar. Aí não são pedras, não, Geraldo, é uma avalanche, meu irmão. O que aconteceu nas suas mudanças políticas, o povo está vendo tudo isso”, disse Bruno.
Política Livre

Como a Venezuela se tornou dor de cabeça para o governo Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quinta-feira, 8, uma solução pacífica para Venezuela após a reeleição de Nicolás Maduro, denunciada pela oposição como fraude. O chavismo, no entanto, não abre espaço para uma saída negociada e resiste à pressão internacional para comprovar a sua alegada vitória.

O governo foca em cobrar as atas das urnas, que até agora não foram tornadas públicas pelo Conselho Nacional Eleitoral, instituição cooptada pelo chavismo que declarou a vitória do ditador. A resistência complica a posição de Lula, que tenta liderar o diálogo com apoio de Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador, presidentes da Colômbia e do México, respectivamente. Todos são de esquerda e próximos a Nicolás Maduro.

A posição oficial do governo de pedir por transparência e esperar as instituições venezuelanas antes de reconhecer qualquer um dos resultados divide analistas ouvidos pelo Estadão. Há quem defenda que a cautela está correta e quem diga que o País deveria ser mais firme com a ditadura chavista, que não deu sinais de colaboração ou abertura.

“A postura do Itamaraty até agora tem sido correta. Há muitos indícios de fraude, mas a postura de um País que respeita a soberania é de esperar que as provas apareçam para se posicionar”, avalia o doutor em Relações Internacionais Daniel Buarque, editor-executivo do Interesse Nacional. Ele pondera, no entanto, que o Brasil precisa impor limites.

Lula já disse que, apresentadas as atas, a oposição deve contestar os resultados na Justiça (que nunca emite opiniões contrárias ao chavismo) e que a decisão deverá ser acatada. “Essa atitude de Lula criou uma armadilha contra o próprio governo. E se as atas não forem apresentadas”, aponta o ex-embaixador Rubens Barbosa em artigo publicado no Estadão.

“Está claro que Maduro não vai apresentar atas contra si mesmo, se incriminando ou dizendo que ele perdeu”, afirma Hussein Kalout, cientista político, professor de Relações Internacionais e ex-secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

“Ainda que apresente essas atas, elas já perderam credibilidade. Quem garante que não serão falsificadas ou fraudadas? E quem vai auditar essas atas é o próprio governo”, continua. Ele reconhece o quão delicada é a posição brasileira neste momento, mas afirma que o País deveria ter se preparado para o cenário de convulsão social e política da Venezuela.

Desde que voltou ao Palácio do Planalto, Lula demonstrou dificuldade em criticar o seu aliado de longa data. Na mesma entrevista em que defendeu a saída pela Justiça, ele disse que não via nada “grave” ou “anormal” no processo venezuelano. O Partido dos Trabalhadores (PT) foi além e reconheceu a vitória de Nicolás Maduro.

“Existe essa proximidade histórica e ideológica”, afirma Buarque ao traçar paralelos com o caso da Nicarágua. “Lula e o PT têm dificuldade (em romper com antigas alianças). Vimos no caso do reconhecimento do partido à eleição de Nicolás Maduro que tem claros problemas. É uma visão de mundo antiga, desconectada da realidade atual.”

Essa proximidade foi vista várias vezes desde o ano passado, quando Lula voltou à presidência. O petista tentou resgatar o aliado chavista do isolamento internacional que se intensificou sobre a Venezuela depois das eleições de 2018, também contestadas. O Brasil participou das discussões dos acordos de Barbados, que deveriam garantir a lisura do processo este ano, mas que têm sido desrespeitados por Nicolás Maduro desde o início.

De saída, o regime inabilitou a líder opositora María Corina Machado e impediu o registro da candidatura de Corina Yoris, opção inicial da Plataforma Unitária para substituí-la. Em resposta, os Estados Unidos reimpuseram sanções que haviam sido relaxadas e governos mais simpáticos ao chavismo, como Lula e Petro, fizeram críticas inéditas.

A pressão se intensificou na reta final da campanha, quando Nicolás Maduro ameaçou com “banho de sangue” e “guerra civil” em caso de derrota. Lula se disse assustado com a declaração e rebateu: “Maduro tem que aprender. Quando você ganha, você fica e quando você perde, você vai embora”.

Sem citá-lo diretamente, Nicolás Maduro respondeu que quem tivesse se assustado deveria tomar um chá de camomila. No dia seguinte, ele disse, sem provas, que as urnas brasileiras não são auditadas. O ataque levou o Tribunal Superior Eleitoral a cancelar a missão com observadores que enviaria a Caracas.

Ainda assim, o Planalto mandou o assessor especial para assuntos internacionais Celso Amorim, destacado para ser os “olhos e ouvidos” do presidente Lula. A decisão foi considerada por analistas um erro.

“O governo se colocou numa armadilha à medida que enviou um representante do alto escalão para ir à Venezuela acompanhar o processo eleitoral no intuito de verificar a lisura do processo. Essa missão, por mais que seja bem intencionada, não tem como avaliar a lisura”, afirma Hussein Kalout, destacando que a fraude vinha sendo preparada com as inabilitações e prisões de opositores.

Reabilitação de Nicolás Maduro

Bem antes das eleições, o presidente causou polêmica relativizar o conceito de democracia no esforço para reabilitar o chavista. “A Venezuela tem mais eleições do que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim”, disse à Rádio Gaúcha ano passado. “Quem quiser derrotar o Maduro, derrote nas próximas eleições e assuma o poder. Vamos lá fiscalizar. Se não tiver eleição honesta, a gente fala.”

Esse esforço pela “volta” de Nicolás Maduro também se viu na sua recepção com pompas em Brasília para o encontro de líderes sul-americanos. Ao seu lado, Lula culpou as sanções dos Estados Unidos pelo debacle econômico que espalhou 7,7 milhões de imigrantes venezuelanos, ecoando a versão do chavismo, e disse que a Venezuela seria vítima de uma “narrativa”.

A declaração foi rebatida pelos presidentes do Chile, Gabriel Boric (de esquerda), e do Uruguai, Luis Lacalle Pou (centro-direita). O desconforto ofuscou o encontro que terminou com a promessa genérica de integração regional, mas sem propostas concretas ou qualquer menção à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que Lula queria relançar. Mesmo diante das críticas, o presidente brasileiro insistiu na defesa do chavismo: “Não é possível que não tenha o mínimo de democracia na Venezuela”, disse Lula na época.

Jéssica Petrovna/Estadão Conteúdo

Imprensa publica fotos de esposa de ex-presidente da Argentina depois de agressão

A imprensa argentina publicou nesta quinta-feira (8) fotos que mostrariam a ex-primeira-dama da Argentina, Fabíola Yañez, depois de ter sido agredida pelo ex-presidente do país Alberto Fernández, no cargo de 2019 a 2023. Segundo os veículos de imprensa, as imagens fariam parte da denúncia apresentada por Yañez contra Fernández.

As fotos foram publicadas pelo portal de notícias infobae.

Segundo o veículo, que afirma ter tido acesso a trocas de mensagens entre a ex-primeira-dama e o ex-presidente, parte das agressões ocorreram em agosto de 2021 —o jornal Clarín havia falado em ocorrências em 2022 Nas duas ocasiões, Fernández era presidente da Argentina.

Em uma das capturas de tela publicadas pelo infobae, Yañez escreve: “você me bate há três dias seguidos”, e envia as fotos das agressões a Fernández, que responde com “por favor, pare, me sinto muito mal”.

Yañez denunciou o marido nesta terça-feira (6), durante uma audiência virtual realizada pelo juiz federal Julián Ercolini, segundo a publicação La Nación. Ercolini é também responsável por processos relacionados a abuso de autoridade e peculato contra o ex-presidente.

O juiz determinou medidas preventivas imediatas. Com isso, Fernández está proibido de sair do país e de se aproximar de Yañez —medida tomada pelo juiz depois que a ex-primeira-dama disse estar sofrendo terrorismo psicológico. Segundo o La Nación, o ex-presidente negu as acusações e afirmou que provará a verdade perante a Justiça.

Fernández deixou a presidência com a eleição de Javier Milei, que derrotou o candidato do peronismo, Sergio Massa, ex-ministro da Economia de Fernández. O porta-voz do atual presidente se manifestou sobre a denúncia, escrevendo na rede social X que “o kirchnerismo foi uma infinita vergonha. Senhores, nunca mais”.

Folhapress

Agosto Lilás: Saúde, Cuidado e Conscientização aconteceu nesta quinta-feira.

No mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a USF Wanderley Farias, localizada no Pau D’arco/Sítio, promoveu uma ação especial nessa quinta-feira (08), das 9h às 12h, oferecendo uma ampla gama de serviços para a comunidade da Unidade USF Wanderley Farias e USF Nestor Mesquita. 
Entre os serviços disponíveis estavam: Central de Marcação de Exames - Regulação, atendimento médico, imunização, aferição de pressão arterial e glicemia, testes rápidos, odontologia, fisioterapia (incluindo auriculoterapia), corte de cabelo feminino, palestras do CREAS, orientação sobre arboviroses, vacinação animal, cadastro para CastraPet, orientação veterinária e sorteios de brindes.
A ação contou ainda com os programas CAD-Único e Criança Feliz, e foi realizada pela Secretaria de Saúde, em parceria com o programa Saúde da Família e com o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social. A iniciativa uniu cuidado, saúde e conscientização, reforçando o compromisso de proteger e empoderar as mulheres em nossa comunidade.

Triagem Oftalmológica em Ipiaú Realiza Mais de 2 Mil procedimentos

A triagem oftalmológica realizada em Ipiaú foi um grande sucesso, realizando mais de 2 mil procedimentos nos dias 6 e 7 de agosto, no Complexo de Saúde Adilson Duarte. No primeiro dia, foram realizados 1.188 procedimentos, e no segundo dia, 902, totalizando 2.090 procedimentos, entre catarata, limpeza de lente e identificação de pacientes para cirurgias.
A Secretária de Saúde, Keila Maia, comemorou os resultados, destacando a importância dessa ação para a saúde da população de Ipiaú. "Estamos muito felizes com o sucesso dessa triagem. Conseguimos alcançar um grande número de pessoas, proporcionando diagnósticos e encaminhamentos necessários", afirmou.

Das pessoas atendidas, 168 foram identificadas como necessitando de cirurgia, que será realizada nos dias 9 e 10 de agosto, nesta sexta e sábado, também no Complexo de Saúde Adilson Duarte. A ação reafirma o compromisso da Secretaria de Saúde de Ipiaú em garantir um atendimento de qualidade e acessível para todos.

Presidente confirma a ministros que devolverá relógio, avisa TCU e critica Bolsonaro

O presidente Lula (PT) afirmou durante a reunião ministerial desta quinta-feira (8) que devolverá à União o relógio de ouro que ganhou em 2005, durante seu primeiro mandato, mesmo após o TCU (Tribunal de Contas da União) decidir que ele poderia permanecer com o item.

A informação sobre a devolução foi publicada pelo ministro Paulo Teixeira no X e confirmada por outros ministros à reportagem. Irritado com a decisão do TCU, Lula havia dito a interlocutores no dia anterior que pretendia fazer a devolução do relógio.

“Presidente @LulaOficial vai devolver o relógio Cartier que ganhou em 2005, quando a legislação era outra e permitia tal situação. O presidente @LulaOficial não quer se confundir com a decisão do TCU que pode proteger o inelegível do crime que cometeu de apropriação indébita”, escreveu Teixeira.

Segundo relatos, durante a reunião ministerial, Lula disse que telefonou ainda na noite de quarta-feira (7) ao presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) e afirmou a ele que deveria entregar o relógio aos cofres públicos porque não quer servir de pretexto para salvar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O presidente ainda criticou Bolsonaro por ter ficado com os artigos de luxo que foram dados a ele pelo governo da Arábia Saudita.

De acordo com um ministro, o presidente apenas aguarda o recurso que será apresentado pela AGU (Advocacia Geral da União) ao TCU para então devolver o item. A AGU está estudando tecnicamente a melhor forma de recorrer, mas a base da argumentação será a de que a fundamentação da decisão do tribunal de contas é equivocada.

Nesta quarta, o TCU decidiu que Lula pode permanecer com um relógio de ouro dado a ele em 2005, durante seu primeiro mandato, ao analisar uma ação que pedia a devolução do presente pelo petista. Com esse entendimento, a corte de contas abriu brecha para rediscutir o caso das joias de Bolsonaro.

A maioria dos ministros do TCU avaliou que, como não há lei específica definindo itens de caráter “personalíssimo” e de alto valor, não é possível dizer que o artigo dado a Lula seja um bem da União. A expectativa entre ministros do tribunal é que o mesmo entendimento seja aplicado ao caso do ex-presidente.

No ano passado, a corte determinou que o Bolsonaro devolvesse à União joias de luxo que ganhou da Arábia Saudita e que foram omitidas da Receita Federal. O tribunal ancorou a decisão numa resolução da corte de 2016, segundo a qual o recebimento de presentes em cerimônias com outros chefes de Estado deveria ser considerado patrimônio público, excluídos apenas itens de natureza considerada personalíssima.

Essa determinação, porém, foi tomada em caráter cautelar, ou seja, urgente, até que o TCU julgasse o mérito da questão, o que ainda está pendente. Por isso, o relator de dois processos de Bolsonaro, Augusto Nardes, ainda deve liberar o caso para julgamento.

A aposta no tribunal é que ele deve votar para arquivá-los com base na decisão desta quarta. Se ele for acompanhado pela maioria, a decisão do ano passado que mandou o ex-presidente devolver as joias será desfeita.

Bolsonaro foi indiciado em julho na investigação da Polícia Federal que apurou o recebimento de presentes de autoridades estrangeiras não registrados pela Receita Federal e a posterior venda dos itens.

A PF concluiu que o ex-presidente cometeu crimes de associação criminosa (com previsão de pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos) no caso das joias. Nesta quinta, a PF afirmou que a decisão do TCU não tem impacto no inquérito.

Julia Chaib/Folhapress

‘Governo e PT são cúmplices de Maduro’, diz Ronaldo Caiado sobre crise na Venezuela

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a resistência do governo brasileiro em classificar a eleição de Nicolás Maduro, na Venezuela, como fraudulenta. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Caiado afirmou que o governo brasileiro quer “achar uma explicação para o inexplicável” e que é uma “ilusão” acreditar que Maduro vai entregar o poder.

“Não tem como você, por vias democráticas, agir contra um ditador. Ele não tem limite, não tem parâmetro de respeito às regras democráticas. Você está tratando com uma medicação que não vai ter efeito algum. Ele é totalmente resistente a qualquer proposta democrática no país; ele jamais vai entregar o poder”, disse Caiado.

Segundo o governador, a “conivência” de Lula com o ditador venezuelano terá um “custo enorme” ao governo. “Hoje, todo mundo tem consciência de que o governo e o PT são cúmplices, coniventes, parceiros e aliados de Maduro”, diz Caiado. “[O posicionamento do governo] é um atestado de identidade com a Venezuela, e isso vai custar muito caro”.

Sem conseguir vislumbrar uma saída para a crise na Venezuela, o governo Lula tem avaliado ações diplomáticas para promover o diálogo entre Maduro e a oposição. O próprio governo já duvida do acesso às atas do pleito e reconhece que, com o passar do tempo, diminui a chance de os dados serem divulgados.

Caiado afirma não acreditar que Maduro esteja aberto ao diálogo. Para ele, uma mudança de postura do governo brasileiro só ocorrerá mediante um acordo entre Lula e o próprio ditador.

“A postura de Maduro é a seguinte: ‘Eu tenho o apoio da China e da Rússia, dois grandes poderios nucleares. O que vocês acham é secundário.’ E assim o Brasil fica nesse papel deprimente porque não tem coragem de assumir [uma posição firme]”, afirma o governador. “A grande pergunta que fica é: que nível de envolvimento é esse [entre Lula e Maduro]? Que poder é esse que faz o Presidente sempre dizer amém à vontade de Maduro? O que está por trás disso?”, questiona.

Bianca Gomes/Estadão

Ex-moradora de Barra do Rocha forma chapa com Pablo Marçal na disputa pela prefeitura de São Paulo

Antônia de Jesus, de 45 anos, ex-moradora de Barra do Rocha, foi anunciada como candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa encabeçada pelo coach Pablo Marçal durante convenção partidária realizada no último domingo, 04.

Criada em Barra do Rocha, Antônia deixou a cidade na década de 1990 em busca de novas oportunidades na capital paulista, onde construiu uma sólida carreira na Polícia Militar.

Casada, negra, católica, mãe de dois filhos e policial militar há 23 anos, teve o nome escolhido por ser uma pessoa que, na fala do próprio Marçal, “conhece a periferia da cidade” e saberia, por isso mesmo, quais são os problemas enfrentados pelos paulistanos.

Apesar de ter deixado Barra do Rocha há mais de duas décadas, Antônia mantém laços com a cidade, onde ainda reside uma irmã e outros familiares. Os moradores que a conheceram durante sua juventude estão na torcida por sua vitória na nova empreitada política, orgulhosos de ver uma conterrânea disputar um dos cargos mais importantes do país.

A candidatura de Antônia de Jesus representa não apenas uma nova etapa em sua vida, mas também uma oportunidade de levar a voz e os valores de uma ex-moradora do interior baiano para o cenário político da maior metrópole brasileira. A chapa de Pablo Marçal e Antônia de Jesus promete trazer uma visão renovada e comprometida com as questões sociais e de segurança pública para São Paulo. (Giro Ipiaú)

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