Governo autoriza ampliação do uso de usinas termelétricas em resposta à seca

O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) aprovou, nesta terça-feira (3), a ampliação da contratação de usinas termelétricas à gás natural, em resposta à seca extrema que atinge o Brasil.

Foram dois despachos aprovados pelo comitê neste tema.

O primeiro amplia a contratação de energia das Santa Cruz (RJ) e Linhares (ES) até o mês de novembro, quando acontece a transição entre o período de seca e o chuvoso, momento crítico para o abastecimento do SIN (Sistema Integrado Nacional).

Por decisão anterior, essas duas usinas, que pertencem respectivamente à Furnas e a Eneva, estão sob o regime chamado de “fora do mérito da ordem”, que permite a compra mesmo se o preço for maior que a média nacional.

O outro despacho permitiu a contratação destas duas, mais Porto Sergipe (SE), de modo flexível, modalidade utilizada para suprir a demanda de energia nos horários de maior pico.

O comitê também autorizou o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) a flexibilizar critérios de desempenho e segurança, caso necessário, para poder garantir o suprimento durante o período.

Essa mudança faz com que o operador possa alterar limites na utilização da energia elétrica gerada para evitar que haja desabastecimento.

O comitê ainda aprovou uma resolução que visa acelerar a entrada em operação de três novas linhas de transmissão no país (Porto do Sergipe – Olindina – Sapeaçu; Rio – Lagos e Leopoldina 2 – Lagos).

No geral, o Cmse destacou o “cenário hidrográfico desfavorável”, com chuva abaixo da média no Norte e no Centro-Oeste, além de “temperatura acima da média histórica em todo o Brasil”.

Assim, é esperado que os reservatórios das hidrelétricas fiquem mais baixos que o necessário para dar conta da demanda, que por sua vez deve subir em razão do calor.

“O Cmse monitora, de forma permanente, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do Brasil e reforça que segue adotando as medidas para a garantia do suprimento de energia elétrica”, destacou em nota o governo federal.

Mais cedo, antes da reunião, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia se reunido com diretores do ONS.

Após o encontro, ele já havia defendido o uso de termelétricas para dar conta do suprimento de energia durante a seca.

Integrantes do governo afirmam, sob reserva, que a situação ainda não é tão grave quanto em crises históricas, como a de 2021.

Alegam que as medidas tomadas ao longo do ano, como de retenção de água nos reservatórios, fez com que hoje o nível da água seja mais que o dobro do registrado durante a crise daquele ano.

João Gabriel/Folhapress

Laryssa Dias afirma que irá distribuir 500 lotes para famílias de baixa renda em Ipiaú

A candidata a prefeita de Ipiaú, Laryssa Dias (Progressistas), afirmou que implantará o “Programa Realizando Sonhos”. Trata-se de uma iniciativa que vai garantir lotes voltados para a promoção de habitação acessível em Ipiaú.
“É o primeiro passo para a construção de um lar. Destinado a famílias de baixa renda, o programa vai distribuir 500 lotes gratuitos em áreas previamente selecionadas e equipadas com infraestrutura completa, facilitando a construção da casa própria e contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável da região”, diz Laryssa Dias.
Estarão aptos a receber os lotes cidadãos que estejam no padrão de atendimento a requisitos socioeconômicos estabelecidos, com renda mensal dentro dos limites estabelecidos para baixa renda, além da documentação completa e regular para aquisição do lote. Os beneficiados terão auxílio para a obtenção e regularização de documentos necessários.

 Minha Casa, Minha Vida

“Em parceria com o nosso presidente Lula, vamos correr atrás para estabelecer parceria com o Governo Federal, através do Programa Minha Casa, Minha Vida. Vamos também ter parceria com o Governo do Estado da Bahia, com Jerônimo Rodrigues, para garantirmos a infraestrutura para moradias de qualidade”, frisou Laryssa Dias.

O Programa Minha Casa, Minha Vida é uma parceria entre o Governo Federal, estados e municípios, com recursos do FGTS.

Os loteamentos ficarão localizados em vias pavimentadas e em áreas com conectividade e sistemas de iluminação. E serão instaladas redes de água, esgoto e energia elétrica.

Também serão ofertadas diretrizes técnicas para a construção de “residências seguras e supervisão contínua para garantir o cumprimento das metas e a qualidade das obras”.

“Teremos como benefícios para a população o acesso à moradia digna; desenvolvimento urbano sustentável; geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida”, diz Laryssa Dias.
 
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Brasil e Colômbia dizem que mandado contra González dificulta busca por solução

O líder opositor venezuelano Edmundo González
Os governos de Brasil e Colômbia afirmaram, nesta terça-feira (3), que a ordem de prisão contra o líder opositor venezuelano Edmundo González “afeta gravemente” os compromissos assumidos no âmbito dos acordos de Barbados, assinados entre o regime e a oposição, e dificulta a busca por uma solução pacífica na crise venezuelana.

Brasil e Colômbia têm realizado uma atuação diplomática conjunta desde as eleições na Venezuela, quando o ditador Nicolás Maduro foi declarado vencedor. O resultado foi amplamente questionado pela oposição e por líderes regionais, e a ditadura aprofundou a repressão contra adversários políticos.

“Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro”, diz a nota conjunta.

“Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”.

A Justiça da Venezuela emitiu, na segunda (2), uma ordem de prisão contra González, 75.

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público, liderado pelo procurador-geral, Tarek Saab, dias depois de González ignorar pela terceira vez uma intimação da Justiça para que prestasse depoimento no escopo de uma investigação iniciada após opositores acusarem fraude no pleito.

A audiência mais recente foi marcada para a última sexta (30), quando a Venezuela sofreu com um apagão em todo o país.

González —que concorreu após a líder da coalizão opositora, María Corina Machado, ser proibida de disputar a eleição— afirmou em outras ocasiões que o Ministério Público atua como um “acusador político” e que seria submetido a um processo “sem garantias de independência ou devido processo legal” caso fosse à audiência.

A linha de atuação diplomática do Brasil desde as eleições de 28 de julho tem sido exigir do governo Maduro a publicação de atas eleitorais que comprovem o resultado —a oposição divulgou em um site cópias de atas que indicam vitória de González.

O regime, no entanto, não divulgou esses documentos.

Na medida em que a ditadura recrudesceu a repressão contra opositores, Lula —que tem relações históricas com o chavismo— calibrou o tom e passou a fazer críticas a Maduro.

Na sexta (30), o petista afirmou em entrevista que não reconhece a vitória de Maduro, mas tampouco considera que a oposição triunfou no pleito.

“Não aceito nem a vitória dele nem da oposição. A oposição fala que ganhou, mas você não tem provas. Estamos exigindo provas. Obviamente que ele [Maduro] tem o direito de não gostar, porque falei que era importante convocar novas eleições”, disse Lula à Rádio Mais PB, em João Pessoa, na Paraíba.

Lula defendeu a hipótese de uma segunda eleição como solução para a crise, mas ela não recebeu apoio nem da oposição nem do governo venezuelano.

Dias antes, também em entrevista, Lula afirmou que o governo na Venezuela não configura uma ditadura, mas um “regime muito desagradável” que tem um “viés autoritário”.

A ordem de prisão contra González também foi criticada nesta terça pelo assessor internacional de Lula, embaixador Celso Amorim.

À agência de notícias Reuters, Amorim declarou que a eventual detenção de González seria uma prisão política, e que o Brasil “não aceita que haja prisioneiros políticos”.

Renato Machado/Ricardo Della Coletta/Folhapress

Assembleia autoriza governo a contrair empréstimo de R$ 150 milhões para investimento em infraestrutura e mobilidade urbanas

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), autorizou, na tarde desta terça-feira (3), em sessão ordinária dirigida pelo presidente Adolfo Menezes (PSD), o Governo da Bahia a contratar operação de crédito interno, no valor de R$ 150 milhões, junto à Caixa Econômica Federal. O PL nº 25.473/2024, de autoria do Poder Executivo, foi relatado pelo deputado Marcelino Galo (PT). A operação financeira tem a garantia da União e encontra-se no âmbito do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento – FINISA.

“A busca da melhoria da qualidade de vida dos baianos é um dever dos poderes públicos, e o Legislativo não se furta a esse seu compromisso com a população. Se o Estado tem capacidade para contraí-lo e o empréstimo visa ao investimento na melhoria da infraestrutura hídrica e na mobilidade urbana, impactando positivamente no cotidiano dos baianos, entendo como positivo aprová-lo”, disse Adolfo Menezes.

Os parlamentares aprovaram ainda o PL nº 24.731/2023, de autoria do deputado Antônio Henrique Júnior (PP), que denomina de Ondumar Marabá o Aeroporto da Cidade de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia. A proposição foi relatada pelo deputado Rosemberg Pinto (PT). Ondumar Ferreira Borges, filho de Edéia, em Goiás, é proprietário da Comercial Marabá, primeira empresa especializada no comércio atacadista de Luís Eduardo Magalhães.

Cidadão Baiano

Na mesma sessão, os deputados deram o sinal verde, por unanimidade, ao Projeto de Resolução nº 3196/2024, que concede o Título de Cidadão Baiano ao empresário José Roberto Tadros, pelos relevantes serviços prestados para o fortalecimento do chamado Sistema S na Bahia, que engloba a Confederação Nacional do Comércio – Sesc / Senac. A autoria da proposição é do presidente da Casa, deputado Adolfo Menezes, e foi relatada pelo deputado Eduardo Salles (PP). Nascido em Manaus (AM), José Roberto Tadros, que já foi cônsul honorário da Grécia na Amazônia, é presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2018.

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Kassab reafirma candidatura de Antonio Brito e frustra plano de Lula para sucessão de Lira na Câmara

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, esteve com Lula (PT) nesta terça-feira (3) e disse ao petista que não abre mão da candidatura do deputado Antonio Brito (PSD) ao comando da Câmara neste momento.

Kassab repetiu a Lula o que havia dito na semana anterior ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que também é candidato à sucessão de Arthur Lira (PP).

Com isso, o dirigente do PSD frustra Lula e aliados, que acreditam ser mais fácil construir uma candidatura de consenso em torno de Pereira.

Segundo relatos de duas pessoas próximas de Lira e uma de Lula, Kassab deixou em aberto a possibilidade de abrir mão do candidato para unificar em torno de uma candidatura mais adiante.

Essa hipótese animou petistas, que ainda trabalham por um nome de consenso.

A eleição para a presidência da Câmara ocorre em fevereiro de 2025, e Lira não pode se reeleger. Hoje, são candidatos, além de Brito e Pereira, os líderes Elmar Nascimento (União Brasil) e Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).

A conversa de Kassab com Lula ocorreu num contexto em que petistas avaliam que a melhor costura para a sucessão na Câmara é em torno de Pereira.

Isso porque Antonio Brito é muito identificado com o governo e enfrenta resistências entre os pares por ser ligado ao Kassab. Por outro lado, Elmar é o nome de preferência de Lira e também enfrenta obstáculos pela falta de apoio entre deputados do chamado “baixo clero”, de menor expressão.

A leitura feita por uma parte de aliados de Lira e também de integrantes do Planalto é que Pereira é um meio-termo mais fácil de unir a Câmara. Na prática, o plano tem falhado. O próprio Pereira buscou Kassab e Brito nos últimos dias e ambos se negaram a retirar a candidatura do PSD —eles deixaram aberto a possibilidade de fazer isso num momento posterior.

De acordo com uma pessoa que acompanha as negociações, o próprio governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), conversou com Kassab na tentativa de reverter a candidatura do PSD. Kassab é secretário de Governo de São Paulo.

Lira e até mesmo aliados de Lula já cogitaram a possibilidade de apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) como candidato pela facilidade de angariar votos. Mas para isso é necessário convencer Pereira a desistir da disputa, o que ele se recusa a fazer.

Parlamentares contrários à candidatura de Elmar fizeram um esforço para tentar reunir consenso em torno de um nome para fazer frente ao líder da União Brasil. Segundo a reportagem apurou, Lira indicou a Marcos Pereira que pode apoiá-lo caso ele consiga o apoio dos outros dois candidatos —já que os três integram o mesmo bloco partidário na Câmara.

Julia Chaib/Victoria Azevedo/Renato Machado/Folhapress
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OAB recorre ao STF contra multa por uso de VPN e quer que todos os ministros julguem o caso X

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) apresentou, nesta terça-feira (3), um novo pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão de Alexandre de Moraes que impõe multa a quem usar o X (ex-Twitter) por meio de VPN (rede virtual privada). Desta vez, a ordem protocolou um tipo de ação que é analisada pelo plenário da corte —e não apenas por Moraes.

Na peça, a entidade pede a suspensão da medida e a revisão do trecho relacionado à multa por uso de VPN na decisão da Primeira Turma do STF que, na segunda (2), validou a ordem de Moraes.

Na decisão que suspendeu o X, na última sexta (30), Moraes estabeleceu multa diária de R$ 50 mil às pessoas naturais e jurídicas que tentarem acessar a rede social por meio de subterfúgios tecnológicos, tais como o uso de VPN, além de outras sanções civis e criminais.

Para a OAB, a determinação fixa uma sanção genérica e abstrata e, assim, cria um ilícito com potencial de atingir muitos cidadãos que não são investigados e não estão no processo.

Para dar peso à ação, a peça é assinada pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, pelos diretores nacionais e por todos os presidentes das 27 seccionais.

A previsão de multa por uso de VPN viola “frontal e expressamente a legalidade e a separação dos Poderes, com potencial de atingir um número indeterminado de pessoas que não figuram no polo passivo da presente demanda e não podem ser diretamente responsabilizadas por quaisquer atos investigados no bojo da Pet 12.404, sob pena de violação direta ao devido processo legal e ao contraditório, além de revelar-se medida desarrazoada e desproporcional ante a conduta descrita como proibida”.

A ordem argumenta que a definição de uma conduta como ato ilícito e a multa decorrente dele devem estar previstas em lei. “Uma decisão judicial não pode criar um ato ilícito e nem prever a punição correspondente”, diz a petição.

A entidade afirma que a punição dos indivíduos “deve se dar em um processo justo e legítimo, que garanta a todos os acusados o respeito aos seus direitos fundamentais, especialmente os relacionados ao contraditório e à ampla defesa”.

Na última sexta, quando Moraes suspendeu a rede social X, a OAB já havia questionado a multa. Na data, a entidade fez um pedido para que o relator revisasse ou esclarecesse o trecho da decisão. A demanda foi feita dentro do processo em que o ministro deu a decisão e, até o momento, não teve resposta específica.

Agora, a OAB apresentou uma ação independente, uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental), que, caso seja considerada válida para análise, necessariamente precisa ser julgada pelo plenário da corte.

Nesse caso, a ação será distribuída a um relator, que vai conduzir a tramitação do processo e, quando liberar para julgamento, deverá ser pautada pelo presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso. A OAB pede que a ação fique sob o comando de Kassio Nunes Marques, pela semelhança com pedido feito pelo partido Novo.

A Primeira Turma do tribunal se manifestou na segunda de forma unânime para manter a suspensão ao X no Brasil. Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux votaram com Moraes. Mas Fux fez ressalvas, justamente no ponto da definição da multa.

Ele sugeriu que a decisão não pode atingir “pessoas naturais e jurídicas indiscriminadas e que não tenham participado do processo, em obediência aos cânones do devido processo legal e do contraditório”.

Apesar de ter sido mantida por unanimidade, a decisão de Moraes foi vista com ressalvas por parte do STF. Ao enviar o processo à Primeira Turma, Moraes buscou um ambiente no qual ele tinha segurança de garantir apoio unânime dos pares à sua ordem. Sob reserva, os ministros que demonstraram insatisfação com a atitude e argumentam que uma decisão da magnitude da suspensão de uma rede social deveria ser analisada por toda a corte.

Os ministros indicados ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Kassio Nunes Marques e André Mendonça integram o outro colegiado. Ambos têm discordado, no todo ou em parte, de outras decisões de Moraes que tratam de temas relacionados a apoiadores do ex-presidente, como os processos sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Ana Pompeu, Folhapress

PF e SENAD iniciam a 46ª fase da Operação Nova Aliança

 

Brasília/DF. A Polícia Federal inicia nesta terça-feira (3/9), em conjunto com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e com o apoio da Força Tarefa Conjunta e do Ministério Público Paraguaio, a 46ª fase da Operação Nova Aliança, o maior operativo policial de erradicação de plantios ilícitos de Cannabis do planeta.

Dados da UNODC indicam que, anualmente, em média, aproximadamente 5 mil toneladas de cannabis são apreendidas no mundo, por meio de um milhão de operações policiais. A Nova Aliança alcança números semelhantes a cada seis operações realizadas.

A atual etapa é a quinta realizada em 2024, tendo erradicado mais de 3 mil toneladas de maconha até o momento, quantidade que deixou de abastecer o tráfico internacional de drogas, desarticulando complexos esquemas de envio do entorpecente ao Brasil e descapitalizando as organizações criminosas envolvidas.

A atuação na origem gera relevante economia no que seria investido na etapa investigativa, na fase judicial, na manutenção de presídios e, por fim, no sistema de saúde pública de ambos os países, além de impactar de maneira significativa as estruturas que são atualmente lideradas pelas maiores facções criminosas brasileiras, e usam o tráfico de drogas como fonte de capitalização para posterior financiamento de outros crimes conexos, como o tráfico internacional de armas.

Coordenação-Geral de Comunicação Social

PF apreende mais de 10 mil munições

Imperatriz/MA. A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 3/9, no município de Imperatriz, a Operação Cessar Fogo visando combater a prática dos crimes de falsidade ideológica e uso de documento ideologicamente falsificado, além do comércio ilegal de munição e armamento.
Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Imperatriz.

A operação foi desencadeada a partir de inquérito policial instaurado pela Polícia Federal após a constatação da apresentação de documentos e declarações em procedimentos de comercialização de material bélico (mapa mensal), o que levou a equipe de investigação representar pelos mandados expedidos e cumpridos nesta data como forma de obtenção de mais provas e a identificação de outros participantes dos delitos cometidos.

Durante o cumprimento da decisão judicial, uma pessoa foi presa em flagrante delito pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, além da apreensão de mídias, documentos e milhares de munições de origem desconhecida foram apreendidas pelas equipes policiais (munições ainda sendo contabilizadas pela Delegacia de Imperatriz).

Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão
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Laryssa Dias irá criar o Programa Habitacional Realizando Sonhos, e afirma entregar mais de 500 lotes para famílias de baixa renda em Ipia

A candidata a prefeita de Ipiaú, Laryssa Dias (Progressistas), afirmou em suas redes sociais  que implantará o “Programa Realizando Sonhos”. Trata-se de uma iniciativa que vai garantir lotes voltados para a promoção de habitação acessível em Ipiaú.

“É o primeiro passo para a construção de um lar. Destinado a famílias de baixa renda, o programa vai distribuir 500 lotes gratuitos em áreas previamente selecionadas e equipadas com infraestrutura completa, facilitando a construção da casa própria e contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável da região”, diz Laryssa Dias.

Estarão aptos a receber os lotes cidadãos que estejam no padrão de atendimento a requisitos socioeconômicos estabelecidos, com renda mensal dentro dos limites estabelecidos para baixa renda, além da documentação completa e regular para aquisição do lote. Os beneficiados terão auxílio para a obtenção e regularização de documentos necessários.

Os loteamentos ficarão localizados em vias pavimentadas e em áreas com conectividade e sistemas de iluminação. E serão instaladas redes de água, esgoto e energia elétrica.

Também serão ofertadas diretrizes técnicas para a construção de “residências seguras e supervisão contínua para garantir o cumprimento das metas e a qualidade das obras”.

“Teremos como benefícios para a população o acesso à moradia digna; desenvolvimento urbano sustentável; geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida”, diz Laryssa Dias.
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Programa de governo
A candidata a prefeita de Ipiaú, Laryssa Dias (Progressistas), afirmou em suas redes sociais  que implantará o “Programa Realizando Sonhos”. Trata-se de uma iniciativa que vai garantir lotes voltados para a promoção de habitação acessível em Ipiaú.

“É o primeiro passo para a construção de um lar. Destinado a famílias de baixa renda, o programa vai distribuir 500 lotes gratuitos em áreas previamente selecionadas e equipadas com infraestrutura completa, facilitando a construção da casa própria e contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável da região”, diz Laryssa Dias.

Estarão aptos a receber os lotes cidadãos que estejam no padrão de atendimento a requisitos socioeconômicos estabelecidos, com renda mensal dentro dos limites estabelecidos para baixa renda, além da documentação completa e regular para aquisição do lote. Os beneficiados terão auxílio para a obtenção e regularização de documentos necessários.

Os loteamentos ficarão localizados em vias pavimentadas e em áreas com conectividade e sistemas de iluminação. E serão instaladas redes de água, esgoto e energia elétrica.

Também serão ofertadas diretrizes técnicas para a construção de “residências seguras e supervisão contínua para garantir o cumprimento das metas e a qualidade das obras”.

“Teremos como benefícios para a população o acesso à moradia digna; desenvolvimento urbano sustentável; geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida”, diz Laryssa Dias.
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Pagamento do IPTU sem Multas e Juros Mesmo Após Vencimento em Ipiaú

Mesmo com o vencimento dos carnês de IPTU já expirado, os bancos e casas lotéricas de Ipiaú estão autorizados a receber o pagamento do tributo sem cobrança de juros e multas. Essa medida visa facilitar o processo de regularização dos contribuintes.

O pagamento do IPTU pode ser realizado em até três parcelas, com vencimentos em: 30/09/2024(primeira parcela), 30/10/2024 (segunda parcela), 30/11/2024 (terceira parcela).  

Também há a opção de pagamento em cota única até o dia 30/09/2024 com um desconto de 10% sobre o valor total.

Lembramos que, para quem optar pelo parcelamento, não haverá desconto, mas é uma forma de facilitar o pagamento para aqueles que preferirem dividir o valor total em três parcelas sem juros.

Mesmo com a data de vencimento original dos carnês já ultrapassada, os contribuintes podem realizar o pagamento em qualquer agência bancária ou casa lotérica até as datas mencionadas acima, sem incorrer em multas ou juros. Aproveite essa oportunidade para manter suas obrigações fiscais em dia e contribuir para o desenvolvimento de nossa cidade.

Para mais informações, entre em contato com a Secretaria Municipal de Finanças na Prefeitura de Ipiaú.

Urnas terão menos ‘pastor’, ‘irmão’ e outros títulos religiosos em 2024

A presença de títulos religiosos nas urnas já foi maior. Levantamento feito pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) identificou 7.940 candidaturas municipais Brasil afora que incorporaram na alcunha política posições como pastor/pastora, irmão/irmã e padre.

Uma queda de 21,5% em relação ao pleito municipal de 2020, quando 10.117 aspirantes a prefeito, vice-prefeito ou vereador fizeram o mesmo.

Até então, o fenômeno crescia a cada pleito. Em 2000, atingiu 0,61% do total de candidatos. Duas décadas depois, era 1,81%. Caiu para 1,73% nas eleições 2024.

O Cebrap, por meio do seu Observatório da Religião e Interseccionalidades, considerou 74 termos associados a líderes de crenças diversas para mapear o ecossistema religioso nesta eleição. Aí entram babalorixás, gurus, rabinos e afins.

A metodologia excluiu casos em que o posto não tinha a ver com a religiosidade da pessoa, como postulantes com o sobrenome Pastor.

Entre os títulos inseridos nas urnas desde 2000, o de pastor é o mais popular, com 41,3% desse universo. Na sequência, estão os irmãos (28,8%) e irmãs (11,8%) que disputaram os últimos sete ciclos municipais.

A pesquisa não abrange todos os candidatos que se valem da fé na corrida eleitoral, já que nem todos declaram o sacerdócio ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Só para citar um exemplo: o atual e os três últimos presidentes da bancada evangélica não o fazem.

Outros que dispensam o recurso: Marcello Crivella (Republicanos), ex-senador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e hoje deputado federal, que é sobrinho do bispo Edir Macedo e ele próprio bispo licenciado da Igreja Universal, além do deputado federal Paulo Freire Costa (PL-SP), da estadual Marta Costa (PSD-SP) e a vereadora Rute Costa (PL-SP), todos filhos do pastor José Wellington Bezerra da Costa, à frente do poderoso Ministério Belém da Assembleia de Deus.

Renata Nagamine, pesquisadora do Cebrap, aponta que, apesar do recuo em 2024, a tática continua muito frequente. Uma religião específica é, de longe, a que mais se apropria dela. “Indexadores evangélicos são os mais usados. E é importante destacar que nem todos os candidatos que se autodeclaram religiosos usam esses identificadores.”

Cientista político e também integrado ao centro de estudos, Dirceu André Gerardi atribui o declínio também “a mudanças significativas na legislação eleitoral”, com impacto no recrutamento de candidatos pelos partidos. Reformas importantes diminuíram o número de brasileiros concorrendo a vagas eletivas. A cláusula de barreira é um bom exemplo: ela criou requisitos mais rigorosos para que as legendas acessem recursos e tempo de propaganda eleitoral.

O cientista político Vinicius do Valle, do Observatório Evangélico, lembra que a adoção dos cargos eclesiásticos no nome de guerra eleitoral “fica um pouco desnecessária se é um candidato que já é promovido dentro das igrejas”. Quem reforça a pertença religiosa nas urnas, em geral, “é para suprir a falta de engajamento da sua instituição”, diz. Isso explicaria em parte a retração neste ano.

A concorrência interna na direita é outra “culpada”. O excesso de bolsonaristas defendendo uma pauta conservadora embolou o meio de campo. “De certa forma, as candidaturas evangélicas foram perdendo espaço para as candidaturas dos bolsonaristas raiz.”

Não à toa a bancada evangélica no Congresso não aumentou como esperava —muitos fiéis acabaram votando em quem que se espelhava no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sem necessariamente ser evangélico. “É um pouco a história do bolsonarismo virar mais realista do que o rei, ser mais conservador e mais cristão, mais militante dentro do conservadorismo do que os próprios evangélicos, principalmente aqueles que não têm por trás uma igreja que o apoie formalmente.”

Diretor-executivo adjunto do Instituto de Estudos da Religião, o sociólogo e pastor Clemir Fernandes atenta que, com a dilatação de grupos cristãos na política, sobretudo de 2018 para cá, expor o título religioso não é tão relevante mais. Até porque, diz, “toda a gramática e estética das candidaturas já seria fortemente evangélica ou católica”. Para bom entendedor, meia palavra de Deus basta.

Anna Virginia Balloussier/Folhapress

Prefeita de Eunápolis desiste de candidatura à reeleição: ‘Não fui compreendida’

Em vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (3), a prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (União), anunciou a desistência da sua candidatura à reeleição no município. De acordo com a gestora, que culpou os seus antecessores pelas condições, principalmente, de asfalto na cidade, a prioridade do seu governo foi “cuidar de pessoas”.

“Durante todo o nosso período de governo, eu procurei fazer o melhor que podia para atender a população. Mas eu tive duas situações, cuidar de gente, cuidar das pessoas, ou cuidar da infraestrutura que estava comprometida por conta das chuvas, e também por conta de um asfalto de péssima qualidade que foi feita pela gestão passada pelo ex-prefeito. E lembrando, não se faz em quatro anos o que não fizeram em vinte. Eu preferi cuidar das pessoas, cuidar de gente”, iniciou a prefeita.

Cordélia salientou que gostaria de, “além de cuidar de gente”, melhorar a qualidade do asfalto do município. “Mas infelizmente, não se consegue fazer tudo, não se consegue consertar em Eunápolis em tão pouco tempo, por tantos problemas que ela já havia enfrentado há muitos anos. Infelizmente, muitos se acostumaram com a borra de asfalto, para depois reclamar do buraco do asfalto. Mas eu entendo e respeito tudo isso”, complementou.

A prefeita ainda lamentou que “não foi compreendida”. “Nesse momento, eu recuo dessa candidatura. E lembre-se, está nas suas mãos, a responsabilidade de decidir quem será o próximo prefeito ou prefeita de Eunápolis. Que pena que eu não fui compreendida, mas deixo aqui a minha gratidão e sei que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”, concluiu.

Veja o vídeo:

Política Livre

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Projeto cria funções comissionadas nos gabinetes de ministros do STF Fonte: Agência Câmara de Notícias

Novas funções custarão R$ 7,8 milhões por ano, a partir de 2025; a Câmara dos Deputados analisa a proposta

O Projeto de Lei 769/24 cria 160 funções comissionadas no quadro de pessoal do Supremo Tribunal Federal (STF), divididas entre os gabinetes dos ministros e pagas com recursos da Corte. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

“A medida estimulará a retenção de profissionais mais qualificados para o auxílio dos ministros, com resultado direto na qualidade da prestação jurisdicional”, disse o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, ao justificar a medida.

Conforme a proposta, a criação das funções comissionadas custará R$ 6,5 milhões neste ano, já considerados os gastos com 13º salário e férias. Para 2025 e 2026, o montante previsto é de R$ 7,8 milhões a cada ano.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado.

Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara de Notícias


PM prende três homens e apreende arma em Ilhéus

Na tarde de segunda-feira (2), policiais militares da 70ª CIPM prenderam três homens e apreenderam uma arma de fogo no bairro Retiro em Ilhéus.

Os militares foram acionados para verificar denuncia de homens armados na região. Ao chegarem, os militares visualizaram tres indivíduos com as mesmas características da denúncia.

Durante a abordagem e busca pessoal, foi encontrada uma pistola calibre 9mm. Os suspeitos e o material apreendido foram apresentados na Delegacia de Polícia Civil que atende a região.

Sete armas de fogo e munições são apreendidas pela PM com suspeitos em Pilão Arcado

Nas primeiras horas desta terça-feira (3), policiais militares da 25ª CIPM apreenderam sete armas de fogo e detiveram dois indivíduos na zona rural do município de Pilão Arcado, norte do estado.

As guarnições realizavam intensificação de patrulhamento na região, quando abordaram dois suspeitos e, após as buscas, foram apreendidas cinco espingardas, dois revólveres calibre 38 e 60 munições de diversos calibres.

Os detidos e todo o material apreendido foram apresentados à Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada.

Articulação de deputados do PP pela Cerb se intensifica e Geddel, dono do pedaço, reage: “Vão para outras pastagens”

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) reagiu à notícia, divulgada nesta segunda (02) pelo Política Livre, sobre o interesse de deputados do PP em comandar a Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), órgão ligado à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS).

“Falaram isso no anonimato? Tem força política? Tem o que mais? Mais deputados? Ah! E falta o que? Falta lealdade. Vão para outras pastagens. O governador sabe quem andou com ele e é um homem descente (sic)”, escreveu Geddel nas redes socais.

Hoje, a Cerb e a SIHS estão sob a batuta do MDB. A companhia tem como presidente Jayme Vieira Lima Filho, primo de Geddel. A secretaria, por sua vez, é capitaneada por Larissa Moraes, filiada ao ninho emedebista. Os dois foram indicados aos cargos pelo ex-ministro e pelo irmão e presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima.

Em conversas com o site, três deputados estaduais do PP demonstraram, reservadamente, interesse em reivindicar o comando da Cerb na reforma que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pretende fazer após as eleições. O órgão desperta interesse porque faz a chamada “política na ponta”, ou seja, de atendimento direto à população, garantindo, por exemplo, o fornecimento de água. Além disso, tem estrutura e capilaridade. Dessa forma, atrai mais o interesse do que algumas secretarias.

Os parlamentares do PP, partido que já controlou a Cerb antes de romper com o PT, em 2022, alegaram não ter interesse em pastas do primeiro escalão sem poder político, a exemplo da Secretaria de Planejamento.

O PP, que rompeu com o PT em 2022, busca se reaproximar do governo e do PT, mas uma menor parte da legenda prefere continuar no grupo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). Essa ala é liderada pelo deputado federal João Leão e pelo secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, Cacá Leão. Na Assembleia Legislativa, os seis deputados pepistas já estão na base de Jerônimo, assim como a maioria dos prefeitos da sigla.

Política Livre

Itamaraty pede R$ 200 milhões para evitar despejo de embaixadas e pagar hospedagem de Lula em NY

A secretária-geral do Itamaraty, embaixadora Maria Laura da Rocha, enviou ao Ministério do Planejamento um ofício no qual alerta para o risco de o governo ficar inadimplente com o pagamento de aluguéis de embaixadas e consulados no exterior —segundo ela, as missões poderão estar sujeitas a ações de despejo, além da cobrança de juros e multas.

A número 2 do Ministério das Relações Exteriores também aponta que mais de 1.400 servidores da pasta não receberam reembolso de auxílio moradia em agosto, o que pode motivar ações judiciais.

Ela faz ainda um pedido de liberação de R$ 8,5 milhões para que o Itamaraty possa arcar com os custos de hospedagem e de aluguel de veículos da comitiva do presidente Lula (PT) durante a viagem para participar da Assembleia-Geral da ONU, na segunda metade de setembro, em Nova York.

No total, a embaixadora afirma precisar de R$ 201,3 milhões adicionais que são “estritamente necessários para o funcionamento do MRE [Ministério das Relações Exteriores]”.

O documento, assinado na última sexta-feira (29), faz referência ao decreto que estabelece um cronograma para o desembolso mensal de ministérios. A embaixadora diz que o Itamaraty conta com cerca de R$ 112,4 milhões disponíveis para o bimestre agosto-setembro, enquanto as despesas estimadas para o período somam R$ 400 milhões.

Em seguida, apresenta uma lista de compromissos que a pasta precisa honrar nas próximas semanas: cerca de R$ 33,9 milhões para reembolso de auxílio moradia de agosto, R$ 27 milhões para aluguéis oficiais de embaixadas e consulados e cerca de R$ 3,1 milhões para “contas mínimas de manutenção (segurança, limpeza, comunicações, energia, água, gás, combustível e leasing de veículos)”.

Caso a solicitação não seja atendida, argumenta a secretária-geral, “a União começará a ficar inadimplente com relação ao aluguel de embaixadas e consulados, o que poderá acarretar multas, juros e ações de despejo”.

O Itamaraty também relata no documento necessidades urgentes para setembro. De acordo com o documento, “a fim de que o senhor Presidente da República e comitiva possam participar da 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas”, serão necessários R$ 8,5 milhões para pagamento dos custos de hospedagem e aluguel de veículos”.

O ministério necessitará ainda, segundo o ofício, de outros R$ 9,8 milhões para manutenção básica e R$ 33 milhões para o reembolso do auxílio moradia. Por último, Maria Laura indica que R$ 35,1 milhões precisam ser liberados para os aluguéis oficiais que vencem a partir de 1º de outubro.

Procurado, o Itamaraty disse que não comenta o tema. Já o Planejamento afirmou que “a Secretaria de Orçamento Federal se manifesta somente acerca de créditos orçamentários cuja proposta já esteja formalizada e seus efeitos tornados públicos”.

Como a Folha mostrou, o Itamaraty publicou na última quarta-feira (28) uma circular na qual avisou embaixadas e consulados-gerais sobre cortes nos repasses de verba.

A circular não especificou de quanto será a redução, mas afirmou que “despesas recorrentes e compra de material de consumo deverão ser, portanto, adiadas, e contratos e prazos de pagamentos, revistos e renegociados com fornecedores para os próximos meses”.

Procurado pela reportagem para comentar os bloqueios, o Itamaraty respondeu que “o corte afeta as despesas discricionárias do órgão, a exemplo dos salários de pessoal contratado localmente no exterior, dos aluguéis de imóveis que abrigam as embaixadas e os consulados, bem como de contratos de segurança e de manutenção geral dos postos”.

Como justificativa da medida, a pasta afirmou que seu orçamento sofreu “corte/contingenciamento da ordem de R$ 452 milhões, redução de 20% em relação ao previsto no Projeto de Lei Orçamentária”.

“À luz da redução sofrida, o Itamaraty está envidando todos os esforços para otimizar os recursos já disponíveis, de modo a lograr a recomposição orçamentária necessária ao atendimento de todas as suas despesas essenciais”, disse, em nota.

Ricardo Della Coletta/Folhapress

Cidades beneficiadas por Alcolumbre dominam ranking de emendas que CGU enviará ao STF

Cidades do Amapá que receberam emendas do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) dominam um relatório que chegará ao STF (Supremo Tribunal Federal) com o ranking das dez cidades mais beneficiadas, por habitante, com recursos destinados por parlamentares.

O ministro do STF Flávio Dino determinou à CGU (Controladoria-Geral da União) a elaboração de uma lista dos municípios que mais receberam emendas per capita, de 2020 a 2023, e ainda uma visita de técnicos às cidades. Dino é relator das ações no Supremo que questionam a transparência das emendas.

Metade dos municípios visitados pela Controladoria recebeu dinheiro com apadrinhamento de Alcolumbre. O órgão esteve em Tartarugalzinho, Pracuuba, Cutias, Amapá e Vitória do Jari. Em suas redes sociais, Alcolumbre comemorou a chegada de recursos federais a cada um desses municípios.

Procurado pela reportagem, o senador disse que não se manifestaria.

O relatório da Controladoria deve ser entregue nesta semana ao STF. Os repasses têm como principal origem as emendas do relator, modalidade de indicação parlamentar que foi declarada inconstitucional pelo STF pela falta de transparência.

Os municípios do Amapá receberam emendas principalmente para obras de pavimentação em convênios dos ministério das Cidades e do Desenvolvimento Regional com as prefeituras. As notas de empenho e pagamento não apontam o padrinho da verba. São assinadas como emendas do relator.

As indicações também custearam ações do Calha Norte, programa executado pelas Forças Armadas e que está sendo transferido para o Ministério do Desenvolvimento Regional. Os militares atuaram na construção e reformas de sedes das prefeituras e das Câmaras Municipais de ao menos quatro cidades amapaenses visitadas pela CGU.

Tartarugalzinho teve R$ 47 milhões em emendas pagas, maior valor entre as cidades do Amapá na mesma lista da controladoria. A cifra foi desembolsada dentro de R$ 59 milhões empenhados no período.

O município recebeu obras de pavimentação em bloco e com asfalto. Já a verba do Calha Norte bancou a construção da Câmara Municipal.

Vitória do Jari teve R$ 20 milhões em obras do Calha Norte empenhadas no período. Os recursos foram aplicados em pavimentação e construção de estádio, de quadra de esportes e da sede da prefeitura, entre outras ações.

Alcolumbre divulgou o envio das emendas ao município nas redes sociais. “Mais investimentos do nosso mandato”, afirmou.

Além das cidades do Amapá, compõem a lista da CGU os municípios de Gameleira de Goiás (GO), Parari (PB), Itaguaçu da Bahia (BA), Lavandeira (TO) e Alto Bela Vista (SC).

Mais de R$ 60 milhões em emendas foram empenhadas para Itaguaçu da Bahia no período analisado pela Controladoria (2020-23), sendo que metade da cifra foi paga no mesmo intervalo.

A maior emenda ao município soma de R$ 30 milhões e custeia uma obra de revitalização do Rio Verde.

Os documentos públicos sobre a execução do Orçamento não apontam qual parlamentar indicou o recurso, que foi assinado apenas como emenda do relator.

O município de Alto Bela Vista, que tem cerca de 2.000 habitantes, recebeu emenda de R$ 8,5 milhões para construção de uma ponte. Também não há indicação do padrinho político da verba.

No dia 1º de agosto, Dino deu 30 dias para a CGU apresentar os dados dos dez municípios mais beneficiados. O ministro também determinou que a pasta tem 90 dias para apresentar uma auditoria de todos os repasses de emendas parlamentares para ONGs e demais entidades do terceiro setor entre 2020 e 2024.

A decisão ainda define que ONGs e entidades do terceiro setor devem estabelecer procedimentos objetivos para a contratação de empresas e seguir os “deveres de transparência e rastreabilidade” ao usar o dinheiro das emendas parlamentares.

No mesmo dia, Dino publicou outra decisão determinando auditoria da CGU em todos os repasses de emendas Pix —modalidade de emenda individual que acelera a destinação de recursos diretamente para os caixas da prefeituras de aliados dos parlamentares nos estados.

O ministro condicionou a execução das emendas Pix ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade.

No último dia 21, integrantes das cúpulas do STF, Congresso e governo Lula (PT) firmaram um acordo para aliviar a tensão sobre as ações que miram a transparência das emendas parlamentares.

Relator dos processos, Dino concedeu mais dez dias de prazo, na quinta-feira (29), para os três Poderes apresentarem propostas de mudanças nas regras de distribuição destas verbas.

Mateus Vargas, Camila Mattoso e Julia Chaib/Folhapress
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CNJ investiga participação de juiz em esquema da indústria Limpe seu Nome

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) investiga decisões de um magistrado da Paraíba que beneficiaram associações de fachada no esquema da chamada “Indústria Limpe seu Nome”.

Por unanimidade, o plenário do CNJ determinou a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar contra o juiz Josivaldo Felix de Oliveira, da 1ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa. Ele nega qualquer irregularidade.

Relatório do conselho aponta que foram concedidas, de forma célere e reiterada, decisões que favoreceram entidades que não poderiam propor esse tipo de ação. Também foi realizada inspeção que identificou indícios de manipulação na distribuição de processos, visando direcioná-los ao juiz, segundo o CNJ.

Reportagem da Folha de fevereiro deste ano mostrou que decisões judiciais obtidas por essas associações retiraram dos serviços de proteção ao crédito informações sobre dívidas no valor de R$ 108 bilhões referentes a protestos registrados em cartórios.

Isso representa 11,4% do total de títulos protestados no país nos últimos cinco anos, segundo dados do IEPTB (Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil), entidade que representa esses cartórios.

Muitas ações estão concentradas em magistrados de três estados (Pernambuco, Paraíba e Piauí), embora os clientes estejam em outras regiões.

As associações alegam haver negativação de devedores sem que eles sejam notificados. O Judiciário entende que os tabelionatos já fazem a notificação no momento do protesto e que não é necessária nova comunicação dos birôs de crédito.

O relator do caso que está sendo investigado, ministro Luis Felipe Salomão, afirma que, mesmo diante das informações apresentadas pelo magistrado em sua defesa, há documentos que apontam indícios de que o juiz pode ter praticado condutas incompatíveis com os preceitos éticos da magistratura, merecedoras de apuração mais acurada.

O ministro diz que uma das associações supostamente de fachada havia desistido de processos distribuídos a outros juízes, diante da concentração de várias de suas ações com Oliveira, conduta que pode indicar intenção de direcionamento de casos.

O relator também afirma que alguns procedimentos reforçam a suspeita de burla, como a possibilidade de o próprio magistrado aceitar ficar com um processo em vez de deixá-lo ser distribuído por sorteio.

A Corregedoria Geral da Justiça da Paraíba identificou a existência de 119 processos sobre o tema em todo o estado, dos quais 34 foram distribuídos à 1ª Vara Cível da Capital, administrada pelo magistrado. Pelo menos 26 foram analisados por ele.

O processo no CNJ tem origem em uma reclamação contra o juiz apresentada pela ANBC (Associação Nacional dos Bureaus de Crédito) no ano passado.

A entidade aponta suposta parcialidade na condução dos processos envolvendo o tema da litigância predatória praticada por “associações de consumidores de fachada”. Essas associações são acusadas de utilizar condutas questionáveis para captar pessoas interessadas em cancelar, artificialmente, registros nos órgãos de restrição ao crédito.

A ANBC cita casos em que há o deferimento quase imediato de liminares para excluir os nomes desses cadastros, sem que sejam seguidos critérios processuais previstos em lei.

Os birôs de crédito também apontam possível relação de amizade entre Oliveira e o advogado que subscreveu o estatuto social de uma das associações.

OUTRO LADO
Em manifestação encaminhada ao CNJ, o magistrado alegou que os processos tratam de matéria “singela, rotineira e célere” e que o tema tem precedentes no Tribunal de Justiça da Paraíba e nos tribunais superiores.

Posteriormente, o tribunal do estado arquivou vários processos, pois considerou que as associações não tinham legitimidade para propor esse tipo de ação. Para o CNJ, essa questão reforça a necessidade de apuração da conduta do juiz. O IEPTB diz que as decisões de Oliveira contrariam entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O magistrado argumentou também que não determinou o cancelamento das restrições dos nomes dos consumidores, mas apenas a suspensão provisória destas, e negou relação de amizade com o advogado citado.

Oliveira afirma ainda que muitos processos foram distribuídos para ele porque havia conexão entre as ações.

Eduardo Cucolo/Folhapress

Fornecer dados biométricos preocupa 60% dos brasileiros, diz pesquisa

Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br) mostra que subiu a proporção de empresas brasileiras que mantêm armazenados dados biométricos de seus funcionários ou clientes, como impressões digitais e reconhecimento facial. A proporção aumentou de 24%, em 2021, para 30%, em 2023. Segundo o levantamento, cresceu também a quantidade de empresas que mantêm dados de saúde de funcionários ou clientes, 24% para 26%, no período de 2021 a 2023. A mesma pesquisa aponta que 60% dos brasileiros ficam preocupados em fornecer dados biométricos.

Os resultados, lançados nesta segunda-feira (2) pelo CGI, estão na 2ª edição da pesquisa Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, produzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), que entrevistou, em 2023, indivíduos, empresas e organizações públicas.

O levantamento identificou também o avanço na proporção de organizações que realizaram alterações em contratos vigentes para adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD): entre 2021 e 2023, houve crescimento de 24% para 31%, nas pequenas empresas, e de 61% para 67%, nas de grande porte.

Os setores econômicos que, no mesmo período, mais implementaram mudanças nos contratos em função da LGPD foram os de construção (22% para 35%), transportes (38% para 42%), alojamento e alimentação (23% para 31%), informação e comunicação (57% para 66%), atividades profissionais (38% para 59%) e serviços (26% para 46%).

“A pesquisa mostra que houve avanços na conformidade com a LGPD entre as médias e grandes empresas, inclusive em diferentes setores econômicos, mas há espaço para uma maior presença de boas práticas de proteção de dados pessoais, principalmente entre os negócios de menor porte”, destacou o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.

Preocupação
Segundo o levantamento, o fornecimento de dados biométricos é a maior preocupação dos usuários de internet brasileiros. De acordo com a pesquisa, 32% dos usuários com 16 anos ou mais relataram ficar “muito preocupados” e outros 28% “preocupados” diante da necessidade de fornecer esse tipo de dado – juntas, as proporções alcançam 60%.

O estudo mostra que os usuários ficam mais apreensivos em fornecer dados biométricos para instituições financeiras (37% “muito preocupados” e 36% “preocupados”), órgãos de governo (35% e 38%) e transporte público (34% e 37%).

“Com a ampliação do uso de sistemas baseados em reconhecimento facial e impressão digital, é compreensível que as pessoas estejam mais preocupadas em fornecer seus dados biométricos. Nesse contexto, é fundamental que empresas e o governo busquem aprimorar suas estratégias de proteção de dados pessoais e segurança da informação ao adotar este tipo de tecnologia”, ressaltou Barbosa.

O estudo utilizou indicadores inéditos extraídos de pesquisas realizadas pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, que entrevistou, em dezembro de 2023, 2.618 pessoas de 16 anos ou mais; 2.075 empresas com dez pessoas ocupadas ou mais, entre março e dezembro de 2023; 677 órgãos federais e estaduais e 4.265 prefeituras, entre julho de 2023 e fevereiro de 2024; 4.117 gestores de estabelecimentos de saúde brasileiros entre fevereiro e julho de 2023; 3.004 gestores escolares de agosto de 2023 e abril de 2024.

Bruno Bocchini/Agência Brasil

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