Bodas de Prata com Angela Dias
Não espere 25 anos para mudar: A jornada de Angela Dias e Sergio Cardoso em "Bodas de Prata"
Com uma narrativa cativante e conselhos práticos, Angela destaca que o tempo para agir é o presente. Ela nos lembra que a ampulheta da vida não para e que as mudanças necessárias para a felicidade conjugal não devem ser adiadas. Angela reflete sobre sua própria experiência, celebrando 25 anos de união com Sérgio Cardoso, compartilhando suas lições e desafios, sempre com a fé em Deus como base.
O livro também é um convite ao autoconhecimento e à transformação. Angela incentiva os casais a tomarem as rédeas de seus relacionamentos, a não esperar que o tempo resolva os problemas, e sim a enfrentá-los juntos, agora.
Sobre a Autora
Angela Dias é Nutricionista Integrativa, Terapeuta Biofísica Quântica e mentora do programa "Detox da Alma"; ela utiliza sua experiência profissional para ajudar pessoas a eliminarem o que é tóxico em suas vidas. Baiana de Salvador, Angela encontrou em São Paulo uma nova casa, onde construiu uma carreira e uma família cristã ao lado de Sérgio e seus dois filhos: Assista Vídeo
Transforme o seu relacionamento e inspire outros casais com as valiosas lições de "Bodas de Prata: Não Espere 25 Anos, Mude Agora o que é Preciso". Adquira agora o e-book na Amazon e comece a leitura imediata no App Kindle, disponível em qualquer dispositivo. Este livro não só enriquecerá sua jornada conjugal, como também é um presente perfeito para casais que buscam renovar e fortalecer sua união. Clique no link, compre o seu exemplar e compartilhe com aqueles que merecem vivenciar essas riquíssimas experiências!
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Angela nos lembra que "o momento é agora", e convida você a iniciar sua jornada de transformação.
Desfile Cívico de 7 de Setembro em Ipiaú é marcado por patriotismo e valorização da educação*
- *Escola Municipal Leovícia Andrade*: Apresentou um projeto sobre Literatura Infantil, estimulando a criatividade, a empatia, e uma visão ampliada do mundo.
- *Escola Municipal José Mendes de Andrade*: Seu coral destacou o poder da música em ampliar o vocabulário e promover o hábito de ouvir e apreciar canções.
- *Escola Municipal Adélia Mata*: Focada na Música Instrumental, permitindo que os alunos desenvolvam suas habilidades motoras, cognitivas e afetivas.
- *Escola Municipal Pastor Paulo*: Demonstrou o papel do esporte no desenvolvimento motor e social, promovendo cooperação e trabalho em equipe.
- *Escola Municipal Agostinho Pinheiro*: Apresentou seu projeto de Horta na Escola, mostrando como o cultivo de alimentos pode incentivar hábitos alimentares saudáveis.-
*Escola Municipal Florentino Pinheiro*: Enfatizou a importância dos Cursos Profissionalizantes como ferramentas para alcançar objetivos pessoais e profissionais.
- *Escola Municipal Edvaldo Santiago*: Abordou a Educação Inclusiva, reforçando que a inclusão é essencial para a dignidade e cidadania de todos.
- *Escola Municipal José Lessa de Moraes*: Valorizou a Cultura Local como base de uma educação completa e enraizada na identidade da comunidade.
- *Escola Municipal Ângelo Jaqueira*: Destacou a arte como uma necessidade humana, abordando a dança e a pintura como formas de expressão social e educativa.
- *Escola Municipal Altino Cerqueira*: Apresentou o projeto “Trilhas do Conhecimento”, voltado ao turismo científico e à ampliação de vivências.
- *Escola Municipal Celestina Bittencourt*: Fechou o desfile com o tema "A VIDA: Da ciência ao Cientista", abordando o papel da ciência na formação de cidadãos críticos e curiosos.
O desfile de 7 de setembro em Ipiaú foi um momento de grande orgulho para a cidade, celebrando o patriotismo e reforçando a importância de uma educação que forma não apenas estudantes, mas cidadãos comprometidos com um futuro melhor
Silvio Almeida está destroçado e sem forças, relatam amigos que temem por futuro do ex-ministro
O ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida |
Demitido pelo presidente Lula (PT) na sexta (6), o ex-ministro tem recebido apoio de pessoas mais próximas, que se preocupam com o que pode ocorrer com o ele daqui em diante.
O agora ex-ministro chorou na conversa que teve com o presidente Lula, e tem demonstrado grande tristeza também no diálogo com interlocutores de seu círculo íntimo.
Ele segue negando com veemência a denúncia, mesmo em conversas privadas.
Há o temor de que esse sentimento de tristeza se aprofunde diante de novas dificuldades que devem surgir depois do escândalo, e que isso o leve à depressão.
A exoneração do governo sob a acusação de assediar mulheres sexualmente, e entre elas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pode levá-lo a perdas muito maiores do que simplesmente a do cargo, temem seus amigos.
A própria reputação dele na área de direitos humanos está abalada, e não se sabe se, como e em quanto tempo ela poderá ser recuperada.
Todos os planos futuros do ex-ministro, inclusive o de seguir carreira política disputando cargos eletivos, teriam portanto ido por água abaixo.
Silvio Almeida é professor universitário, advogado e filósofo, formado em Direito pela Universidade Mackenzie e em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).
Uma de suas atividades principais, além de dar aulas, era proferir palestras sobre racismo, área em que era reconhecido como um dos maiores especialistas do país, com diversos livros publicados.
Professores, advogados e políticos que convivem com ele e que conversaram com a coluna se dividem em relação às denúncias.
Há os que acreditam nelas, e lamentam que Silvio tenha cometido um erro tão grave em sua vida, que tem também consequências penais –assédio é crime.
Outros têm dúvidas sobre o que de fato ocorreu. Acreditam que a ministra Anielle Franco e outras mulheres não inventariam algo tão grave contra ele, mas ainda querem ter informações mais completas sobre a denúncia para chegar a uma conclusão.
E há os que não acreditam na responsabilidade de Silvio Almeida, baseados em anos de convivência com uma pessoa que, como amigo, é atencioso e afável. Para estes amigos, ele estaria sendo vítima de racismo e de um complô.
Advogados do convívio de Silvio Almeida acham que, independentemente de ser ou não culpado, ele está sofrendo um linchamento e não está tendo a oportunidade de se defender.
Eles afirmam que mesmo em casos de acusações graves como as de assédio sexual, os preceitos constitucionais de ampla defesa devem ser respeitados –o que não estaria ocorrendo neste caso.
7 de Setembro tem ausências de Lira, Janja e Anielle; saiba quem foi
Desfile do 7 de Setembro em Brasília |
Arthur Lira – presidente da Câmara, que está em Alagoas fazendo campanha para aliados que disputarão as eleições municipais;
Janja Lula da Silva – primeira-dama, que está no Catar a convite da xeica Mozha bin Nasser al-Missned para o Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques;
Anielle Franco – ministra da Igualdade Racial, alvo dos supostos casos de assédio sexual que derrubaram Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos.
Já as principais autoridades presentes, além de Lula, eram os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Também compareceram os governadores Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Eduardo Leite (PSDB-RS). Ibaneis foi cobrado pela plateia por causa de operação recente que impediu eventos culturais em um espaço aberto da cidade. A presença de Leite se deveu à parte do desfile ter sido em homenagem ao atendimento às enchentes no Rio Grande do Sul. O governador vestiu, em vez de gravata, um lenço rosa, vermelho e branco no pescoço. O lenço no pescoço é típico da cultura gaúcha.
Também estavam presentes o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que é ex-ministro da Defesa, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Outros participantes foram os cônjuges das autoridades. Por exemplo: a mulher de Geraldo Alckmin, Lu Alckmin; a mulher de José Múcio Monteiro, Vera Brennand; e o marido de Eduardo Leite, Thalis Bolzan.
Confira a seguir a lista de presenças:
Ministros do governo
Alexandre Padilha – Relações Institucionais;
Alexandre Silveira – Minas e Energia;
André de Paula – Pesca;
André Fufuca – Esporte;
Camilo Santana – Educação;
Carlos Lupi – Previdência;
Celso Sabino – Turismo;
Cida Gonçalves – Mulheres;
Esther Dweck – Gestão e, temporariamente, Direitos Humanos;
Geraldo Alckmin – Indústria e Comércio e vice-presidente da República;
Jader Filho – Cidades;
Jorge Messias – Advocacia Geral da União;
José Múcio Monteiro – Defesa;
Juscelino Filho – Comunicações;
Laércio Portela – Secretaria de Comunicação;
Luciana Santos – Ciência e Tecnologia;
Luiz Marinho – Trabalho;
Márcio França – Empreendedorismo;
Márcio Macêdo – Secretaria Geral;
Marcos Amaro – Gabinete de Segurança Institucional;
Margareth Menezes – Cultura;
Marina Silva – Meio Ambiente;
Nísia Trindade – Saúde;
Paulo Pimenta – Reconstrução do Rio Grande do Sul;
Renan Filho – Transportes;
Ricardo Lewandowski – Justiça;
Rui Costa – Casa Civil;
Silvio Costa Filho – Portos e Aeroportos;
Simone Tebet – Planejamento;
Vinícius Carvalho – Controladoria Geral da União;
Waldez Góes – Integração e Desenvolvimento Regional;
Wellington Dias – Desenvolvimento Social.
Ministros do STF
Luís Roberto Barroso
Alexandre de Moraes
Cristiano Zanin
Dias Toffoli
Edson Fachin
Gilmar Mendes
Militares
Almirante Marcos Sampaio Olsen – comandante da Marinha;
General Tomás Ribeiro Paiva – comandante do Exército;
Tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno – comandante da Aeronáutica;
Polícia Civil localiza esconderijo e prende homem por tráfico de drogas e porte ilegal de arma
A prisão ocorreu no bairro Mandacaru, onde, em abril e maio, ocorreram quatro homicídios e ataques criminosos. Conforme a apuração da Polícia Civil, o grupo de autores invadia as residências das vítimas cortando ou arrombando os portões de suas casas. Em seguida, executavam-nas a sangue frio.
A investigação apontou que o mesmo grupo criminoso planejava um novo ataque e, assim, os policiais diligenciaram até a região, localizando onde alguns homens estavam escondidos. Dois suspeitos conseguiram fugir, mas já foram identificados.
PMBA e PF apreendem toneladas de maconha em Sebastião Laranjeiras
Desde as primeiras horas do dia, os policiais realizavam buscas no município, quando localizaram um galpão com aproximadamente 2,5 toneladas de maconha pronta para consumo e comércio, além de mais de 3 mil mudas para plantio da droga. Não foram encontrados suspeitos no local.
“Essa ação é resultado dos esforços conjuntos no combate ao tráfico de drogas. Tirar de circulação uma quantidade tão significativa de entorpecentes é um feito muito grande”, ressalta o major Marcos Paulo, comandante da Cipe Sudoeste.
Todo o material foi apresentado na Delegacia de Polícia Federal de Vitória da Conquista.
http://www.pm.ba.gov.br
Ato com Bolsonaro no 7/9 terá Malafaia ‘duríssimo’ contra Moraes sob impulso de Musk
Nesta sexta-feira (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em um discurso a apoiadores em Juiz de Fora (MG), que a manifestação será feita para desafiar o que ele chama de “sistema” e para pedir a saída de Moraes, a quem chamou de ditador.
“Não tenho obsessão pelo poder. Tenho paixão pelo meu Brasil. Quando eu daqui sair em 30 de dezembro de 2022, algo me aconselhou a agir daquela maneira. Eu pressentia que algo estava para acontecer. Se eu tivesse ficado aqui, no dia 8 de janeiro teria sido preso e até hoje estava preso. Ou melhor, já estaria morto, porque o sistema não me quer preso me quer sem vida. Me quer morto”, disse.
O pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação, diz à Folha que será “duríssimo” contra o ministro e que pedirá seu impeachment. “Vai ser o mais duro e veemente discurso que fiz até hoje. Vai ser de arregaçar”, afirma.
A manifestação é insuflada por dois casos recentes envolvendo Moraes. O mais recente foi a decisão de suspender as atividades do X, antigo Twitter, após a empresa não indicar um representante legal no país.
Desde então, o dono da plataforma, o empresário Elon Musk, tem endossado postagens sobre o protesto de sábado. Ele escreveu que o magistrado “deve sofrer impeachment por violar seu juramento de posse”.
Outra situação que estimula a manifestação é a série de reportagens publicada pela Folha que revelou atuação atípica do gabinete de Moraes no STF. Auxiliares ordenaram por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no Supremo durante e após as eleições de 2022.
“Só o povo para parar um cara desses. Derrubar um poder ditatorial é uma construção com o povo, não é da noite para o dia”, diz Malafaia.
O protesto tem impacto ainda na eleição municipal de São Paulo, no momento em que o público bolsonarista tem abraçado a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) apesar de Bolsonaro ter indicado apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). O próprio ex-presidente não se engajou na campanha emedebista e tem acenado para o influenciador.
Para demonstrar alinhamento a Bolsonaro, Nunes afirmou que vai comparecer ao ato, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem sido seu principal cabo eleitoral e busca convencer Bolsonaro e seus apoiadores de que o prefeito é preferível a Marçal. Existe a chance de que o prefeito seja recebido com vaias.
A presença do influenciador, por sua vez, é incerta. Marçal viajou nesta quinta-feira (5) para El Salvador e afirmou à coluna Mônica Bergamo que iria “encontrar um presidente”. À reportagem, disse ao fim do dia que foi ao país “gravar um documentário”. Nota enviada pela campanha afirma que ele viajou ao país para se reunir com autoridades locais e buscar soluções para enfrentar a criminalidade.
Nas redes sociais, um de seus assessores disse que a equipe deixaria o país na noite desta sexta-feira (6), mas não ficou claro se voltam direto para o Brasil.
A possível ausência de Marçal tem sido explorada por aliados de Nunes, que veem na viagem internacional uma desculpa para evitar o embate com Moraes —questão que já causou desgaste entre o influenciador e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no mês passado.
Marçal já demonstrou preocupação sobre entrar em uma guerra contra Moraes, afirmando em sabatina Folha/UOL, na quarta-feira (4), que seu partido é frágil e que “qualquer coisinha pode derrubar”. Há ações em curso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que ameaçam o registro da candidatura do influenciador.
Nunes, por sua vez, tampouco comprou a briga contra o ministro. Questionado em sabatina Folha/UOL, na sexta, sobre ser a favor do impeachment, disse que a questão cabe ao Senado e, ignorando o real motivo da manifestação, disse que o ato “é em defesa do Estado democrático de Direito”.
Depois de ter sido emparedado pelos próprios eleitores e recuado nas críticas a Marçal, Bolsonaro deixou o caminho aberto para que tanto Nunes quanto Marçal participassem do ato. Para evitar que a Justiça Eleitoral aponte o uso do ato como campanha, os candidatos não terão direito à fala.
Já Tarcísio deve discursar, mas evitando a crítica a Moraes, como fez no último ato bolsonarista, em fevereiro. O governador, Nunes e Bolsonaro vão se reunir pela manhã no Palácio dos Bandeirantes, onde o ex-presidente ficará hospedado desde sexta, para tratar detalhes da participação dele na campanha emedebista —a ideia é agendar gravação de propaganda e compromissos públicos.
É provável, inclusive, que os três cheguem juntos à avenida Paulista, o que poderia evitar a vaia a Nunes. O emedebista desagrada boa parte dos eleitores do ex-presidente que não o reconhecem como um político de direita.
Segundo Malafaia, além de Bolsonaro, sua mulher, Michelle Bolsonaro, também deve discursar. Segundo ele, devem pedir o impeachment de Moraes os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL), Nikolas Ferreira (PL), Gustavo Gayer (PL), Julia Zanatta (PL) e Bia Kicis (PL) e o senador Magno Malta (PL).
O tom de Bolsonaro nesta sexta escalou em relação ao adotado por ele no vídeo de convocação para o ato, em que falou sobre defender a democracia e a liberdade —mesma linha que adotou no protesto anterior, em que coube a Malafaia atacar Moraes.
Em fevereiro, acuado diante de investigações em torno de uma trama golpista, o ex-presidente maneirou a conhecida agressividade contra o Supremo e afirmou buscar a pacificação do país.
Naquele último protesto na avenida Paulista, apoiadores foram orientados a não levar faixas e cartazes contra o STF. Desta vez, não houve este pedido, afirma Malafaia.
“Lamentavelmente, a Globo colocou uma narrativa de ato antidemocrático. Então pensamos: ‘não vamos dar mole para essa narrativa'”, diz. “Agora não. Como nós, que defendemos a liberdade do povo, [podemos dizer] ‘Oh, não leva faixa não’? É problema de cada um, cada um leva a faixa que quiser.”
Gelo severo em avião da Voepass pode ter provocado ‘coice’ e descontrole, diz especialista
O movimento aparenta o que na aviação se descreve como reversão de ailerons, quando a mudança inadequada de direção tira a capacidade de controle da aeronave. Os ailerons são peças móveis que ficam nas asas e têm justamente a função de girar o avião. Caso tenha ocorrido, o fenômeno teria precedido a perda de sustentação que levou à queda.
A análise é de James Rojas Waterhouse, professor do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP de São Carlos, com base no relatório, explicações e simulação apresentadas nesta sexta pelo órgão da Força Aérea Brasileira
Ainda não é possível afirmar que o fenômeno tenha efetivamente ocorrido.
Os dados divulgados mostram acionamentos constantes de avisos de formação de gelo, de perda de velocidade e de acionamentos de sistemas pelos pilotos para que a nave superasse essa condição. Não foram divulgados, porém, os registros do piloto automático. A ausência dessa informação impede uma análise sobre o evento que o Cenipa descreveu como reversão de comando, segundo o professor.
Waterhouse descreve dois cenários possíveis. O primeiro em que o piloto automático eventualmente tenha sido desligado no momento em que a aeronave fazia uma curva à direita e começava a descer. Na segunda hipótese, na mesma manobra, o comando já estaria no manual. Nos dois casos, a inclinação abrupta para a esquerda poderia ter provocado um “coice do manche” com força suficiente para tornar o equipamento incontrolável.
Uma das hipóteses avaliadas pela investigação é a de que as asas tenham sido atingidas por um fenômeno conhecido na aviação como SLD, sigla em inglês para supercooled large drops, que pode ser traduzido como grandes gotas super-resfriadas. Essas gotas tocam a parte frontal da asa ainda em estado líquido, mas congelam após escorrerem para a parte superior.
“As SLD podem formar gelo na parte superior da asa e esse gelo causa um fenômeno chamado ‘reversão de comando’ e as instruções de operação do ATR alertam para o risco de, ao desligar o AP [piloto automático], ocorrer um violento esforço nos controle de aileron [peça na asa para controlar o voo] para algum lado, causando um stall [perda de sustentação]”, diz Waterhouse.
“Pede-se que o piloto segure firmemente os controles antes de desligar o AP, pois se ocorrer a reversão, ele pode segurar, mas a força no manche pode ser muito forte”, comenta o especialista.
O Cenipa descreveu uma curva de 54 graus à esquerda, que pode ou não estar associada à reversão de ailerons, diz o professor, “Mas eles não divulgaram informações sobre acionamento do piloto automático.”
Waterhouse também afirma que o relatório mostra que os pilotos estavam numa condição de voo cego –guiados por instrumentos–, em turbulência, com formação de gelo e já com atenção voltada ao procedimento de descida. Além disso, eles discutiam com a empresa procedimentos para desembarque de um passageiro com necessidades especiais.
“Uma enorme carga de trabalho, e o alarme crítico é acionado no meio de tudo isso, nesse ambiente a atenção dos pilotos é reduzida, podendo demorar para reagir”, comenta. “Isso certamente será o foco da investigação.”
Até o momento, o que é possível afirmar é que o gelo teve influência, afirma Raul Marinho, presidente do BGAST (Grupo Brasileiro de Segurança da Aviação Geral)
“O gelo teve influência, sim, mas todos os sistemas estavam operacionais, então, fica até mais intrigante entender como aconteceu”, comenta.
Em nota, a Voepass Linhas Aéreas disse que o relatório preliminar divulgado pelo Cenipa confirma que a aeronave do voo 2283 estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade válido e com todos os sistemas requeridos em funcionamento.
Reforça também, como o relatório aponta, que ambos os pilotos estavam aptos para realizar o voo, com todas as certificações de pilotagem válidas e treinamentos atualizados, diz a empresa.
Forças da Venezuela cercam embaixada da Argentina em Caracas
Nicolás Maduro é o presidente da Venezuela |
Segundo um coordenador de campanha de María Corina Machado, líder da oposição no país, homens encapuzados cercaram o local na noite de sexta-feira (6). Seis pessoas estão asiladas na embaixada, todas ligados à oposição ao regime.
As tensões diplomáticas no país se acirraram após a conturbada eleição presidencial realizada no fim de julho, que selou um novo mandato a Nicolás Maduro sob forte indício de fraude.
Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional de María Corina, asilado desde março, publicou no Instagram que homens encapuzados e armados rodeavam a embaixada. Segundo explica, o cerco teria começado por volta das 19h, e permanecia até 22h.
Vídeos publicados no perfil de Noselli mostram carros das forças de segurança patrulhando pela rua. Outro membro do partido opositor afirmou que a energia do prédio foi desligada.
Em nota ao portal G1, o Itamaraty declarou que o foco no momento é garantir que todos que estão na embaixada fiquem bem.
Já o governo argentino promete acionar o Tribunal Penal Internacional para exigir a prisão de Maduro e outros líderes do governo venezuelano, acusados de perseguir opositores.
Mais de 2,4 mil pessoas foram presas desde as eleições, realizadas em 28 de julho. Ná última segunda-feira (2), a Justiça da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra Edmundo González, 75, o candidato que representou a coalizão opositora na eleição.
O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público, liderado pelo procurador-geral, Tarek Saab, dias depois de González ignorar pela terceira vez uma intimação da Justiça para que prestasse depoimento no escopo de uma investigação iniciada após opositores acusarem fraude no pleito.
A audiência mais recente foi marcada para a última sexta-feira (30), quando a Venezuela sofreu com um apagão em todo o país.
Praça Álvaro Jardim é palco de louvor e adoração na abertura do Dia dos Evangélicos em Ipiaú
Texto e fotos: Michel Querino
Polícias Civil e Técnica rejeitam contraproposta salarial do governo do Estado e decidem não participar do desfile do 7 de Setembro
Assembleia das polícias Civil e Técnica |
De acordo com entidades que representam as polícias Civil e Técnica, a contraproposta do governo estadual gira em torno de “apenas” 11% a 12, 47% de reajuste. Segundo os servidores, “o percentual não cobre nem a correção inflacionária” e representa “um total desrespeito com os servidores responsáveis pela segurança pública da Bahia”.
O presidente do Sindpoc (Sindicato dos Policiais Civis da Bahia), Eustácio Lopes, destaca que a contraproposta do governo não contempla os servidores e não condiz com a periculosidade da atividade laboral de investigação criminal e de combate ao crime organizado.
“Nosso trabalho é de alto risco, de grande periculosidade. Enfrentamos todos os dias a violência e o crime organizado. Precisamos receber um salário que seja condizente com o risco que enfrentamos no nosso cotidiano e com a responsabilidade que temos de defender a sociedade civil e a segurança pública da Bahia. Queremos dar continuidade à negociação com a gestão estadual. Temos certeza de que com diálogo iremos alcançar a valorização dos nossos servidores”, pontuou Eustácio Lopes.
O presidente do Sindicato dos Delegados (Adpeb), Jorge Figueiredo, salientou que o percentual oferecido pelo governo do Estado “não respeita” o trabalho desenvolvido pelos servidores das polícias Civil e Técnica da Bahia. “A gestão estadual precisa respeitar a nossa categoria. Respeitar e valorizar os policiais civis significa respeitar e valorizar a sociedade baiana”.
A assembleia foi realizada pelo movimento “Unidos pela Valorização dos Policiais Civis” representado pelo Sindpoc, Adpeb, Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac).
Governo Lula gasta R$ 4 mi com 7 de Setembro maior e mais caro
O presidente Lula (PT) no desfile do 7 de Setembro de 2023 |
Em 2023, o governo pagou R$ 3,1 milhões para o evento. O mote era “democracia, soberania e união”, com foco em reverter a imagem negativa das Forças Armadas após os ataques de 8 de janeiro e em sinalizar pacificação.
O aumento de gastos é de cerca de R$ 1 milhão em um ano, já descontando a inflação do período.
Na cerimônia de sábado (7), a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) aposta no slogan “Democracia e Independência — É o Brasil no rumo certo”.
O governo tenta demonstrar união entre os Poderes, exaltar a participação brasileira na liderança de eventos internacionais, como o G20, e mostrar os esforços para a reconstrução do Rio Grande do Sul após o estado enfrentar catástrofe climática no primeiro semestre.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou a presença no evento em Brasília.
Outro possível presente na cerimônia deverá ser o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que se tornou alvo ainda mais criticado por bolsonaristas após determinar a suspensão da rede social X.
Também deve comparecer o presidente da corte, Luís Roberto Barroso e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) foi convidado, mas ainda não confirmou presença.
O governo também informou que vão participar dos desfiles 30 atletas que disputaram as Olimpíadas de Paris deste ano. Eles integram o programa de incorporação de atletas de alto rendimento e recebem o Bolsa Atleta.
“Esse valor destinado à edição deste ano é R$ 1 milhão a mais que o aplicado em 2023, em virtude de dois motivos: a correção do montante pela inflação registrada no período dos últimos 12 meses bem como a ampliação do espaço destinado ao desfile, o que demanda mais recursos para viabilizar a realização do evento”, disse a Secom, em nota.
O valor inclui gastos com as tribunas das autoridades, tablados para pessoas com deficiência e arquibancadas para 30 mil pessoas.
A estimativa dos organizadores é reunir 40 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O desfile começa às 9h e termina às 10h30, com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal é a responsável por coordenar o plano de segurança entre os órgãos federais e distritais. O Protocolo de Operações Integradas foi fechado na última terça (3).
O plano prevê cinco pontos de acesso à Esplanada dos Ministérios. A entrada principal será pela via S1, próximo à Catedral. Quatro escadarias que dão aos ministérios serão liberadas. Todas as entradas terão policiais militares responsáveis por fazer revistas pessoais.
É proibido ao público levar garrafas de vidro, hastes de bandeira e objetos pontiagudos.
A Esplanada ficará fechada para trânsito de veículos às 23h desta sexta-feira (6). Nos últimos dois anos do governo Jair Bolsonaro (PL), houve tensão relacionada à entrada de caminhoneiros na região, com ameaças de invasão ao STF (Supremo Tribunal Federal) inflamadas por ataques do ex-presidente a ministros da corte.
As arquibancadas mais próximas das tribunas das autoridades terão segurança reforçada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Todos que entrarem no espaço terão de passar por detectores de metais e revista mais rígida em bolsas e mochilas.
Serão 600 funcionários do GSI monitorando a segurança do evento. Eles serão responsáveis ainda por interditar o espaço aéreo, abatendo drones não autorizados, e definir eventual emprego de tropas do Comando Militar do Planalto, do Exército, que ficarão de prontidão no sábado.
O alto escalão das forças de segurança vai acompanhar o evento do Centro Integrado de Operações de Brasília, na sede da Secretaria de Segurança Pública do DF. O espaço conta com transmissão de imagens de câmeras fixas e drones.
As decisões tomadas no Centro Integrado de Operações serão repassadas à Cidade da Segurança Pública, estrutura montada ao lado do Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, que servirá como ponto de apoio das forças de segurança.
A previsão do tempo é de temperaturas altas e baixa umidade relativa do ar —clima típico da capital federal em setembro. “O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal recomenda, em caso de sol forte e temperaturas elevadas, o uso de roupas leves, protetor solar, bonés ou chapéus. Também é aconselhável ingerir bastante água e alimentos mais leves”, diz.
Ministros avaliam que Lula deve demitir Silvio Almeida nesta sexta
Ressaltam, porém, que Lula ainda receberá Almeida na tarde desta sexta. O ministro dos Direitos Humanos está sendo encorajado a entregar o seu cargo para se dedicar à própria defesa, para evitar um sangramento do governo em praça pública.
Na opinião de um ministro palaciano, ele não tem a menor condição de ficar no cargo.
Lula cumpriu agenda na manhã desta sexta-feira (6) no estado de Goiás e
retornou a Brasília no meio da tarde. Ele tem reuniões para tratar do
caso com os ministros Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vinicius
Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Ricardo Lewandowski (Justiça e
Segurança Pública).
Também deve receber os ministros diretamente envolvidos na história: o próprio Silvio Almeida e Anielle Franco, da Igualdade Racial, que teria sido uma das vítimas de assédio.
Interlocutores no Palácio do Planalto afirmam que o próprio Lula já indicou a sua posição durante entrevista para uma rádio de Goiânia. O presidente afirmou que membros de seu governo que cometem assédio sexual não permanecerão no cargo.
Lula, no entanto, fez a ressalva de que daria a oportunidade aSilvio Almeida para se defender e que não tiraria de seu ministro o direito à presunção de inocência.
“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, à presunção de inocência. Ele tem o direito de se defender”, afirmou o presidente.
“Então é o seguinte: vamos ter que apurar corretamente, mas eu acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa das mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém que esteja sendo acusado de assédio”, acrescentou.
Além da motivação do próprio Lula, há a leitura de que a primeira-dama Janja terá um papel central no desfecho do episódio, considerando sua atuação em defesa da igualdade de gênero e contra a violência contra as mulheres.
Janja já se antecipou e publicou, na noite desta quinta-feira (5), uma foto em suas redes sociais em que aparece beijando a testa da ministra Anielle Franco.
Também na quinta, a organização Me Too Brasil confirmou ter recebido acusações de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida. A entidade mantém o anonimato das supostas vítimas.
O portal Metrópoles, que divulgou primeiro a história, apontou que uma delas seria Anielle. A Folha confirmou as informações.
“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz a nota.
Silvio Almeida publicou uma nota mais cedo para negar as acusações de que teria cometido assédio sexual e depois um vídeo, no qual lê o mesmo conteúdo.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirmou.
Bienal de SP tem Anielle e Silvio Almeida como palestrantes no mesmo painel
Na quinta-feira (5), o portal Metrópoles publicou que a organização Me Too Brasil recebeu acusações de assédio sexual contra Almeida, mantendo o anonimato das supostas vítimas. Uma delas seria Anielle. O jornal Folha de S.Paulo confirmou as informações.
Os dois ministros aparecem como palestrantes no painel, que deve ocorrer no Auditório Ziraldo de 17h30 às 19h30. Além deles, também participariam as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O painel é organizado pelo Conselho Regional de Biblioteconomia 8ª Região Estado de São Paulo.
Nesta sexta (6), o presidente Lula (PT) sinalizou que Almeida não deve permanecer no cargo. Ele indicou que vai ouvir todos os envolvidos, dar oportunidade para a defesa do ministro, mas acrescentou que “não é possível a continuidade no governo” de alguém que esteja sendo alvo de acusação de assédio sexual.
Brasil tem 6,7 milhões de domicílios de uso ocasional, diz Censo 2022
A lista completa chega a 18,1 milhões e também soma os domicílios vagos —nos quais os recenseadores confirmaram que não havia moradores—, que são 11,4 milhões, a maioria casas, segundo divulgação anterior do último Censo. São Paulo é o município do país com o maior número de domicílios vagos, com quase 600 mil deles.
Os domicílios de uso ocasional de acordo com a classificação do IBGE estão relacionados a férias e veraneio, imóveis residenciais para locação de curta duração e repúblicas de estudantes, entre outros, desde que não sejam a residência principal de nenhuma pessoa.
Além de casas e apartamentos, os domicílios de uso ocasional se dividem em casas de vila ou condomínio (274.581), habitação em casa de cômodas ou cortiço (15.734), habitação indígena sem paredes ou maloca (2.037) e estrutura residencial permanente degradada ou inacabada (19.197).
Em quase todo o país, as casas eram, em 2022, o principal tipo de domicílio de uso ocasional. Mas em 55 municípios eles eram maioria, segundo o IBGE. O instituto destacou essa proporção em cidades litorâneas, como como Balneário Camboriú (SC) (94,4%), Santos (SP) (94,1%), Itapema (SC) (90,5%), São Vicente (SP) (87,1%) e Guarujá (SP) (80,3%).
O levantamento do Censo também mostrou números de residentes em moradias improvisadas, que eram 160 mil, e em domicílios coletivos, 837 mil —mais da metade em prisões.
Lula indica demissão de Silvio Almeida: ‘Não é possível a continuidade no governo’
O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira (6) que membros de seu governo que cometem assédio sexual não permanecerão no cargo e indicou a demissão do ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos.
O mandatário afirmou que vai ouvir todos os envolvidos, dar oportunidade para a defesa do ministro, mas acrescentou que “não é possível a continuidade no governo” de alguém que esteja sendo alvo de acusação de assédio sexual.
“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, à presunção de inocência. Ele tem o direito de se defender “, afirmou o presidente.
“Então é o seguinte: vamos ter que apurar corretamente, mas eu acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa das mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém que esteja sendo acusado de assédio”, acrescentou.
Lula deu entrevista conjunta para a rádio Difusora FM, rádio Vale FM e para a televisão Divido Pai Eterno, de Goiância (GO). O presidente está na capital goiana para a inauguração de um corredor de ônibus e para anúncio de investimentos.
Foi a primeira manifestação após a organização Me Too Brasil confirmar na noite de quinta-feira (5) que recebeu acusações de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida. A entidade mantém o anonimato das supostas vítimas.
O portal Metrópolis, que divulgou primeiro a história, apontou que uma delas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A Folha confirmou as informações.
“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz a nota.
A nota do Me Too Brasil ainda afirma que as vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para validar as suas denúncias e por isso autorizaram a confirmação do caso para a imprensa.
“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, afirma o texto.
No fim da noite do mesmo dia, o Palácio do Planalto divulgou uma nota na qual afirma que reconhece a gravidade das denúncias de assédio sexual contra o ministro, que foi chamado a prestar esclarecimentos para a AGU (Advocacia-Geral da União) e para a CGU (Controladoria-Geral da União).
A Comissão de Ética da Presidência da República também decidiu abrir um procedimento para apurar as acusações contra Almeida.
“O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, completa o texto.
Silvio Almeida publicou uma nota mais cedo para negar as acusações de que teria cometido assédio sexual e depois um vídeo, no qual lê o mesmo conteúdo.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirmou.
“Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”.