Rebanho bovino bate novo recorde e é 12,7% maior do que a população no Brasil
O efetivo alcançou 238,6 milhões de cabeças em 31 de dezembro, o que significa uma alta de 1,6% ante o final de 2022 (234,9 milhões). Naquele ano, o avanço havia sido de 4,6% frente a 2021 (224,6 milhões).
Os dados integram a PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal), cuja série histórica começou em 1974. À época, o país tinha 92,5 milhões de cabeças. Ou seja, menos da metade do patamar de 2023 (238,6 milhões).
No ano passado, o rebanho bovino superou em 12,7% o número estimado de pessoas no Brasil (211,7 milhões). A projeção de população foi divulgada pelo IBGE em agosto. Na pesquisa anterior, com dados de 2022, a quantidade de bovinos havia superado o número estimado de habitantes no país em 11,4%.
Ao apresentar os dados da PPM, o instituto destacou que a produção pecuária é marcada por ciclos. De 2019 a 2022, o setor passou por uma fase de retenção de fêmeas para a criação de bezerros, indica a pesquisa. Assim, o rebanho aumentou.
Em 2023, ainda foi possível perceber os efeitos da retenção dos anos anteriores, segundo o IBGE. O instituto, porém, sinalizou que uma inversão do ciclo começou a aparecer com o abate mais elevado de fêmeas.
Isso tende a reduzir o rebanho mais à frente. A diminuição do plantel é vista como uma tentativa do pecuarista de recuperar preços da carne após a queda gerada com a ampliação da oferta.
“A gente acredita agora em uma uma queda nos efetivos para o ciclo resultar em um equilíbrio de mercado”, afirmou Mariana Oliveira, analista da PPM.
Em 2023, o rebanho bovino da região Centro-Oeste foi calculado em 76,7 milhões de cabeças. É o maior número do Brasil, equivalente a 32,1% do plantel nacional (238,6 milhões). O efetivo da região, contudo, recuou 0,6% na comparação com 2022 (77,2 milhões).
Mato Grosso, com 34 milhões de animais, tem o principal rebanho do país entre os estados. Responde por 14,2% do plantel brasileiro. O número local caiu 0,7% em relação a 2022 (34,2 milhões).
O ranking dos municípios é liderado por São Félix do Xingu (a 984 km de Belém), no Pará. O rebanho local tinha quase 2,5 milhões de cabeças. Corumbá (MS), com 2,2 milhões, e Porto Velho (RO), com 1,8 milhão, vieram na sequência.
Categoria de frangos e galinhas também bate recorde
Outra categoria que seguiu em crescimento e renovou o recorde da PPM em
2023 foi a dos galináceos. O grupo inclui os frangos de corte, que
fornecem carne para o mercado, e as galinhas usadas na produção de ovos.
No ano passado, o efetivo alcançou 1,58 bilhão de cabeças. É um patamar 0,6% acima de 2022 (1,57 bilhão).
A demanda aquecida por carne de frango no mercado externo e a busca das famílias por ovos teriam contribuído para o resultado.
O Paraná foi o estado com o maior efetivo de galináceos em 2023: 453,4 milhões (ou 28,7% do total).
Itaberaí (a 100 km de Goiânia), em Goiás, liderou o ranking dos municípios, com 16 milhões de animais.
O levantamento também traz informações específicas sobre galinhas destinadas à produção de ovos. O plantel brasileiro foi de 263,5 milhões no ano passado, 2,4% acima de 2022. O patamar mais recente, porém, segue distante do recorde da pesquisa, registrado em 1980 (441,3 milhões).
São Paulo foi o estado com o maior efetivo de galinhas: 54,6 milhões (20,7% do total). Santa Maria de Jetibá (a 85 km de Vitória), no Espírito Santo, liderou o ranking dos municípios, com 12,7 milhões de animais.
Além dos bovinos e galináceos, outros rebanhos investigados na PPM também alcançaram máximas na série histórica em 2023. Foram os casos de bubalinos (1,7 milhão de cabeças), caprinos (12,9 milhões) e ovinos (21,8 milhões).
PF prende vereadora de João Pessoa sob suspeita de aliciamento violento de eleitores
Vereadora Raíssa Lacerda (PSB) foi presa preventivamente pela Polícia Federal |
Raíssa Lacerda é candidata à reeleição e aliada do prefeito Cícero Lucena (PP), de quem foi secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos.
A Folha entrou em contato nesta quinta com o marido da vereadora, Roberto Aquino, e com o presidente o PSB de João Pessoa, Tibério Limeira, mas não obteve retorno.
A Justiça determinou a prisão preventiva de seis pessoas, das quais quatro foram cumpridas.
Além da vereadora, também foram presas Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento Rodrigues. A reportagem não tem informações quem são os responsáveis pelas suas defesas.
As investigações apontam que Pollyanna seria uma das responsáveis por determinar quem deve ser votado no São José, bairro da periferia de João Pessoa que está no centro das suspeitas sobre aliciamento de eleitores.
Ainda conforme a Polícia Federal, Taciana seria o braço-direito de Pollyana e elo para exercer influência na comunidade. Ela seria uma das responsáveis pela ONG Ateliê Vida, que atua na comunidade.
Kaline, por sua vez, seria articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus e teria ligação com uma facção criminosa que domina o bairro, atuando para coagir os eleitores a votarem em determinados candidatos.
As quatro presas foram encaminhadas para o IML (Instituto Médico-Legal) para fazer o exame de corpo delito e, na sequência, voltam para superintendência da PF para aguardar audiência de custódia.
A primeira fase da operação Território Livre foi deflagrada na semana passada e cumpriu três mandados de busca e apreensão no bairro São José.
Foram apreendidos na operação R$ 35 mil em dinheiro, celulares, documentos com dados pessoais de diversas pessoas que não moravam no local da busca, além de contracheques de funcionários da prefeitura. Não havia servidores municipais entre os alvos da operação.
Em maio, a Operação Mandare, também liderada pela Polícia Federal, investigou a relação entre a prefeitura e uma facção local que atua no tráfico de drogas. Na época, foram realizadas buscas na casa da secretária-executiva de Saúde, Janine Lucena, que é filha do prefeito.
Procurada, a assessoria da secretária disse que ela se manifesta apenas nos autos do processo. Na época da operação, o prefeito Cícero Lucena disse que a secretária foi alvo por “ter recebido uma ligação do presídio para o telefone dela”.
Reportagem publicada nesta quinta-feira no portal UOL aponta que uma troca de mensagens atribuída a um líder da facção e Janine Lucena sugere um acordo que inclui a troca de cargos por acesso a comunidades comandadas pelo crime. A defesa de Janine não reconheceu a autenticidade das mensagens.
As investigações sobre o aliciamento violento de eleitores ganharam o centro do debate eleitoral na capital paraibana. Opositores acusam a gestão do prefeito e candidato à reeleição Cícero Lucena de ter relação com o crime organizado.
Na semana passada, os candidatos a prefeito Ruy Carneiro (Podemos), Luciano Cartaxo (PT) e Marcelo Queiroga (PL) se uniram e protocolaram na Justiça Eleitoral um pedido de presença de tropas federais em João Pessoa.
Em nota, o prefeito defendeu eleições limpas e acusou os adversários de atuarem para macular a sua imagem e se unirem em “um festival de preconceito, mentiras e ataques às instituições”.
Candidatos de oposição afirmaram terem sido barrados em atividades de campanha em algumas comunidades. Em 15 de agosto, o deputado federal e candidato a prefeito Ruy Carneiro registrou um boletim de ocorrência no qual relata que suspendeu uma atividade de campanha no bairro do Cristo Redentor após ameaças de criminosos.
Depois do episódio, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), pediu à Polícia Federal que fornecesse escolta ao deputado.
Em entrevista à imprensa, Ruy Carneiro relatou outros casos de ameaças, incluindo uma apoiadora que foi avisada por criminosos que seria expulsa do bairro caso gravasse uma propaganda a seu favor.
Na semana passada, o prefeito declarou que vai acatar a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba sobre uma possível atuação de tropas federais na capital paraibana. Mas lamentou a atitude dos adversários e disse que eles estão unidos em um posicionamento antagônico às tradições democráticas da Paraíba.
“Mais uma vez nossos adversários tentam manchar minha imagem e, pior, a imagem da nossa cidade. João Pessoa é morada de um povo pacífico e ordeiro, uma terra de gente de bem, onde todas as eleições sempre foram tranquilas”, afirmou.
Governo Lula busca dividir responsabilidade sobre fogo, e estados criticam ações federais
O movimento vem acompanhado, por outro lado, de reclamações de chefes dos estados sobre falta de articulação, diálogo e agilidade.
O combate aos incêndios cabe aos estados, que também podem proibir o manejo do fogo, por exemplo. A gestão só cabe ao governo federal em áreas da União, como terras indígenas e unidades de conservação. No entanto, historicamente, é de praxe uma cooperação entre os órgãos.
O governo Lula anunciou, em reunião com representantes dos três Poderes nesta terça-feira (17), medidas que tocam alguns dos pontos de entrave até aqui —como a flexibilização do Fundo Amazônia e a reestruturação dos bombeiros. Mas ainda faltam detalhes sobre quais mudanças serão feitas.
Procurado, o Planalto diz que o governo “tem enfrentado a grave emergência climática do país em diálogo com todos”.
“É objetivo do governo federal pensar de forma conjunta as ações para combater as queimadas, mitigar os impactos da estiagem e aliviar o sofrimento da população afetada”, completou, citando as reuniões sobre o tema com os demais Poderes e os anúncios de medidas.
O Brasil passa pela maior seca de sua história, com rios atingindo níveis baixos nunca antes vistos, enquanto registra recordes de incêndio pelo país.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deve se reunir com governadores na quinta-feira (19) para tratar do tema. Inicialmente, expectativa era que o próprio presidente participasse, mas ele terá agenda no Maranhão.
Reservadamente, auxiliares dizem que o governo federal assume a dianteira e ajuda no que for possível, mas que os gestores devem também se responsabilizar.
Mas, segundo integrantes de governos estaduais de partidos de oposição, falta de coordenação federal e há problemas na coordenação.
Para o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a “interlocução é muito ruim” e o governo quer chegar com um pacote de medidas pronto, sem discutir com os estados. O Distrito Federal enfrenta um incêndio desde domingo no Parque Nacional de Brasília —a fumaça chegou a cobrir Brasília.
“Não discutiram nada conosco. [Eles, governo] Querem apresentar pacote igual fizeram com o Rio Grande do Sul. Teve crise, chegam lá com ministro”, afirma à Folha, em referência à nomeação do ministro Paulo Pimenta para comandar uma secretaria extraordinária para tratar das enchentes.
“Querem nem saber do governador. Querem ouvir ninguém, querem chegar com o pacote deles. Senta o presidente, [o ministro da Casa Civil] Rui Costa, apresenta a proposta deles e querem que a gente engula”, completou.
Um integrante do Governo de São Paulo disse à reportagem, sob reserva, que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) conseguiu apagar os incêndios no interior do estado, mas se queixou da demora do governo federal. Disse que, somente quando a situação estava resolvida, Brasília compareceu: as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Nísia Trindade (Saúde) estiveram em São Paulo no última sexta (13).
Apesar de responsabilidade dos estados, é comum que haja ajuda do governo federal. Os bombeiros estaduais são mais numerosos que os brigadistas federais, por exemplo, que por sua vez trabalham apenas por meio de contratos temporários.
No incêndio no parque de Brasília, por exemplo, chegaram a ser mobilizados cerca de 500 bombeiros e 100 brigadistas.
Por outro lado, em muitos estados o Corpo de Bombeiros não tem capilaridade e fica concentrado em grandes polos, muitas vezes distantes de áreas de floresta, o que dificulta o combate ao fogo nessas regiões.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou no Planalto na terça, que há atualmente 106 focos de incêndio que não estão sendo combatidos no país por dificuldades de recursos e de acesso aos locais.
“Esses incêndios não têm combate, ou porque estão em área remota, ou porque os nossos equipamentos têm dificuldade de acesso”, disse a ministra. Ela acrescentou que havia no Brasil 690 incêndios no Brasil, dos quais 290 foram extintos.
Dentre os anúncios feitos pelo governo Lula, está a promessa de propor uma reestruturação dos Bombeiros em até 60 dias.
Além disso, o país não dispõe de uma frota específica para combater as queimadas e aeronaves disponíveis muitas vezes não são adequadas para isso. O governo chegou a anunciar que estuda como aumentar a frota de aviões, mas não deu detalhes.
Uma medida provisória do governo Lula vai abrir crédito extraordinário de R$ 514 milhões para queimadas, e deve haver uma nova na próxima semana.
O secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, diz que solicita desde o início do ano apoio federal. Até agora, no entanto, só foram possíveis a implementação de medidas paliativas para lidar com a seca e o fogo.
“Necessitamos de muito mais, não só recursos humanos e financeiros compatíveis com o tamanho da crise, mas principalmente de uma coordenação central por meio do governo federal para uma agenda de fato integrada e de múltiplas agências no planejamento das ações”, diz. “Em especial na área de meio ambiente, a liderança na articulação de um plano nacional no combate aos incêndios seria fundamental”.
Parlamentares dos EUA querem cancelar vistos de Moraes e de outros ministros do STF
Os parlamentares do partido do ex-presidente dos EUA Donald Trump argumentam que os magistrados do Supremo, em especial Moraes, usaram seus cargos para silenciar a liberdade de expressão. A principal citação no documento foi a determinação de bloqueio do X (ex-Twitter), expedida no fim de agosto.
O documento com o pedido foi assinado pelos deputados María Elvira Salazar, Christopher H. Smith, Rich McCormick e Carlos Giménez; e pelo senador Rick Scott. O texto foi enviado para o secretário de Estado do país, Antony Blinken.
“O juiz da Suprema Corte do Brasil, Alexandre de Moraes, tem um histórico bem documentado de restrição à liberdade de expressão, especialmente contra indivíduos e grupos com opiniões políticas conservadoras. As suas últimas ações representam o culminar de um padrão mais amplo de excesso judicial,” diz a carta assinada pelos republicanos.
“Respeitosamente pedimos que você negue qualquer pedido de visto americano ou admissão nos Estados Unidos, incluindo a revogação de qualquer visto existente, para o ministro da Suprema Corte brasileira, Alexandre de Moraes, e os demais membros da Suprema Corte do Brasil. O Brasil é cúmplice nestas práticas antidemocráticas”, diz ainda o texto.
Este não é o primeiro embate entre parlamentares dos EUA, simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ministro Alexandre de Moraes.
Em abril deste ano, uma comissão do Congresso dos EUA publicou uma série de decisões sigilosas do ministro sobre a suspensão ou remoção de perfis nas redes sociais.
As decisões foram obtidas a partir de intimação parlamentar feita à rede social X, de propriedade do bilionário Elon Musk. Quando defendeu o impeachment de Moraes, o empresário prometeu que publicaria ordens de Moraes que, segundo ele, “violam as leis brasileiras”.
A maioria das decisões do STF reproduzidas no documento mandava a plataforma derrubar contas na rede social sem estar acompanhada de uma fundamentação, apenas com a indicação dos perfis que precisam ser retirados do ar.
O relatório produzido pela comissão parlamentar foi intitulado “O ataque contra liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”. O colegiado é presidido pelo deputado Jim Jordan, polêmico republicano fortemente ligado ao Trump —ídolo do bolsonarismo.
Tayguara Ribeiro/Folhapress
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Ofertas do Mercadinho Deus te Ama, Praça Salvador da Matta, 194, Ipiaú-BAO que é, como funciona e para que serve o cálculo do quociente eleitoral?
Prefeitos e vice-prefeitos são eleitos pelo sistema majoritário, no qual vence quem obtiver mais voto.
Em municípios com mais de 200 mil eleitores, ganha o candidato com mais de 50% dos votos válidos (sem contar brancos e nulos). Se o resultado não vier no primeiro turno, há um segundo.
A eleição para vereador, por sua vez, é feita pelo sistema proporcional. Para ser eleito, o candidato precisa ter votação equivalente a pelo menos 10% do quociente eleitoral e estar dentro das vagas a que o partido ou a federação dele terá direito naquele pleito.
O quociente eleitoral é determinado pela divisão do número de votos válidos pela quantidade de vagas para aquele cargo em cada município. Se a fração for igual ou inferior a meio (0,5), ela é desconsiderada. Caso seja maior, arredonda-se para um (1).
Por exemplo, os votos válidos na eleição de 2020 para vereador de São Paulo totalizaram 5.080.790. O Legislativo da capital é composto por 55 representantes. O número de votos dividido por 55 é 92.378, que é o quociente eleitoral.
Disso, 10% é 9.237,8. Arredondando para cima, fica 9.238, número mínimo de votos que um candidato precisa ter para compor a Câmara Municipal da cidade.
O número de vaga a que cada partido tem direito nas cidades, por sua vez, é determinado pelo quociente partidário. A conta é feita dividindo-se a quantidade de votos válidos de um mesmo partido ou federação pelo quociente eleitoral. Nesse caso, a fração é desprezada.
Em 2020, o PT foi o partido que recebeu mais votos para vereador em São Paulo. Foram 653.328 ao todo. A divisão de 653.328 por 92.378 (o quociente eleitoral) dá 7,07233324. Como não existe arredondamento, a quantidade de vagas pelo quociente partidário foi 7.
As vagas não preenchidas com a aplicação desses critérios —as sobras eleitorais— são distribuídos pela divisão do número de votos do partido ou da federação pelo quociente partidário mais um. O que apresentar a maior média leva a vaga.
Podem concorrer nessa etapa todos os partidos que participaram do pleito, desde que tenham obtido pelo menos 80% do quociente eleitoral, e os candidatos, votos em número igual ou superior a 20% desse quociente.
Depois disso, o cálculo é refeito, e as vagas restantes são distribuídas aos partidos que obtiverem as maiores médias (votos na legenda sobre o quociente partidário acrescido de um), independentemente de terem alcançado a cláusula de desempenho.
BC eleva Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano, em primeira alta de juro do governo Lula 3
Membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central |
Esse foi o primeiro aumento de juros em mais de dois anos –em agosto de 2022, a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. A Selic ficou um ano parada naquele patamar até o início do processo de flexibilização do aperto monetário em agosto do ano passado.
Ao longo do ciclo de queda, houve recuo de 3,25 pontos percentuais no acumulado, com seis reduções de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto. Depois da sucessão de cortes, foram duas manutenções seguidas, nos encontros de junho e julho.
A decisão pelo aumento mais brando veio em linha com a expectativa do mercado financeiro. Levantamento feito pela Bloomberg mostrou que a alta da Selic em 0,25 ponto era a projeção majoritária dos economistas consultados.
Esse foi o primeiro encontro do Copom desde que Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, foi indicado por Lula à presidência do BC. Ele será sabatinado na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado em 8 de outubro. Se aprovado, fará a transição de comando em um cenário de elevação de juros.
Até o fim do ano, quando termina o mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, o Copom tem duas rodadas de reuniões: 5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro. No ano que vem, sete dos nove membros da cúpula do BC terão sido nomeados por Lula.
Nesta quarta, os juros seguiram direções opostas no Brasil e nos EUA. O Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) cortou as taxas em 0,5 ponto percentual, para a faixa entre 4,75% e 5%. Foi a primeira redução dos juros desde março de 2020. Esse cenário é favorável para a taxa de câmbio de países emergentes, como o Brasil, e pode tirar um pouco de pressão sobre os próximos passos do BC.
Desde a reunião anterior, em julho, o dólar continuou mostrando força frente ao real, a previsão do PIB refletiu uma economia ainda aquecida no Brasil e cresceu a preocupação com a trajetória da inflação diante das mudanças climáticas e dos possíveis efeitos da estiagem sobre preços de alimentos e energia elétrica.
As projeções de inflação seguiram distantes do centro da meta, afetadas também pelas incertezas dos agentes econômicos sobre os rumos das contas públicas do país.
Conforme dados do boletim Focus, os economistas projetam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche o ano em 4,35%, já perto do teto do alvo. Para 2025, período mais relevante para a decisão do BC, a estimativa está em 3,95%.
A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o objetivo é considerado cumprido se oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).
Com os efeitos defasados da política monetária sobre a economia, o BC tem a inflação de 2025 na mira e já olha também para 2026. O Copom volta a se reunir nos dias 5 e 6 de novembro para definir o patamar da taxa básica de juros.
Assembleia Legislativa vai conceder Comenda 2 de Julho ao pastor Silas Malafaia
A resolução, assinada pelo presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), é de autoria do deputado Samuel Júnior (Republicanos). A data em que a honraria será entregue, no entanto, segue indefinida uma vez que depende da agenda do homenageado e da deliberação em comum acordo entre os membros da Mesa Diretora.
Natural do Rio de Janeiro, Malafaia tem 66 anos, é pastor protestante neopentecostal e líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Formado em Teologia, ele tem uma forte atuação como conferencista em várias igrejas no Brasil e no exterior.
Na justificativa do projeto protocolado na Assembleia em 2021, Samuel Júnior destacou que Silas Malafaia “tem sido muito criticado, odiado e perseguido por alçar a sua voz em suas redes sociais e programas de televisão em favor da família, da heteronormatividade, combatendo a liberação de drogas e o aborto”. Ele ainda citou que “pelo bem que traz às famílias brasileiras como um todo, propomos a aprovação desta merecidíssima honraria”, afirmou o parlamentar.
Novas pavimentações asfálticas de Ipiaú ganham sinalização e avançam nas melhorias urbanas
Ipiaú Realizou Audiência Pública sobre a Lei Orçamentária Anual de 2025
A elaboração da LOA é uma etapa fundamental para o planejamento das ações governamentais, garantindo que as demandas da população sejam atendidas de maneira eficiente e transparente. Com a realização da audiência, a Prefeitura de Ipiaú reafirma seu compromisso com a gestão participativa e com a construção de um orçamento que reflita as reais necessidades do município para 2025.
Hospital Ortopédico do Estado da Bahia realiza mutirão de consultas pediátricas para agilizar o acesso a atendimentos
Ação acontecerá no próximo sábado (21), das 7h às 13h, com pacientes de todas as regiões do Estado
Sobre o Hospital Ortopédico do Estado da Bahia
Emergência pediátrica do Materno-Infantil de Ilhéus é referência na região e já realizou mais de 13 mil consultas em 2024
Estado avança na parceria com os Emirados Árabes para plantio de tamareira na Bahia
Estado avança na parceria com os Emirados Árabes para plantio de tamareira na Bahia
Tendência é de bandeira amarela ou vermelha até o fim do ano, diz diretor-geral da Aneel
“A estimativa não fizemos ainda, mas há grande tendência de que permaneça entre amarela e vermelho até o final do ano”, declarou, em conversa com jornalistas em evento da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE).
Por outro lado, ele avaliou que a situação atual para o sistema elétrico é mais confortável em relação a 2021, quando os reservatórios ficaram abaixo de 30%. Hoje, estão em cerca de 50%
O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda uma série de medidas para fazer frente ao impacto do período seco no fornecimento de energia no País. Uma delas é o retorno do horário de verão. Sobre esse tema, Sandoval disse que a Aneel não recebeu, ainda, nenhuma solicitação de avaliação técnica.
FICCO/AM apreende mais de duas toneladas de drogas no Amazonas
Os policiais conseguiram identificar uma embarcação transportando drogas. Diante da suspeita, e por meio de ação coordenada, equipe de policiais da realizaram a abordagem e encontraram em seu interior drogas. Os responsáveis pelo transporte, na ocasião fugiram. As investigações seguem com vistas à responsabilização de autores e partícipes.
A FICCO/AM é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado e Segurança Pública, Polícia Civil do Amazonas, Polícia Militar do Amazonas, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, tendo como objetivo a integração e cooperação entre os órgãos de segurança pública em ações de prevenção e repressão ao crime organizado e à criminalidade violenta.
Força Nacional combaterá incêndios florestais em seis estados
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O texto explica que os profissionais da Força Nacional vão trabalhar em articulação com os órgãos de segurança pública e defesa social destes seis estados e da União, bem como com os órgãos e entidades públicas responsáveis pela proteção do meio ambiente, nestas localidades.
Especificamente, os efetivos de polícia judiciária e de polícia técnico-científica da Força Nacional de Segurança Pública atuarão em apoio às polícias civis dos estados e à Polícia Federal na investigação e combate das causas de surgimento de incêndios por ação humana.
Os municípios que contarão com o emprego da Força Nacional são:
· Amazonas: Apuí, Boca do Acre, Humaitá, Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã;
· Pará: Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu;
· Rondônia: Candeias do Jamari, Nova Mamoré e Porto Velho;
· Mato Grosso: Aripuanã, Colniza e Nova Maringá;
· Roraima: Caracaraí;
· Acre: Feijó.
A quantidade de agentes ainda será definida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
31ª edição da Operação Força Total registra prisões e apreensões
Operação tem como objetivo intensificar o policiamento para garantir mais segurança à população baiana.
Nesta edição também foram registradas a prisão em flagrante de 34 pessoas, a apreensão de 184 veículos e a interceptação de drogas em 24 ocorrências. Com números que refletem o empenho da tropa, a Operação Força Total destaca a ostensividade do efetivo policial militar, a prevenção obtida com o reforço do policiamento e a efetividade das prisões e apreensões realizadas.
“Durante a Operação Força Total, nossas ações estratégicas têm como foco a presença ostensiva da tropa e a prevenção de crimes, reafirmando o compromisso da PMBA em proteger a sociedade baiana”, ressalta o coronel Paulo Coutinho, comandante-geral da PMBA.
Os resultados expressivos das 31 edições da Operação Força Total reafirmam a importância do trabalho da PMBA na garantia da segurança pública. Com a apreensão de 673 armas de fogo, a prisão de 1.088 criminosos, a recuperação de 495 veículos e a apreensão de 175 adolescentes envolvidos em atos infracionais, fica evidente a eficácia da operação no enfrentamento direto à criminalidade.
Texto: DCS/PMBA
PM recupera moto e apreende drogas em São Caetano
Os militares realizavam rondas como parte das ações da Força Total, quando um homem ao avistar os policiais tentou fugir, mas foi alcançado e durante a abordagem foi constatado que o veículo estava com restrição de roubo.
Com o homem além do veículo, foram encontrados doze trouxas de maconha 7 pinos de cocaína R$ 70,00 em espécie um aparelho celular.
O suspeito e o material foram apresentados na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), onde a ocorrência foi registrada.
PM apreende drogas, granadas e munições em Santa Cruz Cabrália
Ação contou com auxílio de cão policial |
Os militares realizavam ações de intensificação durante a Operação Força Total, quando visualizaram um homem que ao perceber a aproximação dos pms fugiu. Durante as buscas nas proximidades, com auxílio de um cão farejador, foram localizadas 4 granadas, 34 munições calibre 9mm. 2 calibre 22, 29 calibre 556, 73 porções de cocaína, 252 porções de ecstasy, 4 tabletes de maconha, balanças de precisão e 4 rádios comunicadores
Todos os materiais apreendidos foram apresentados na delegacia de Polícia Civil da região, onde a ocorrência foi registrada.
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Pastores evangélicos vão de outsider a protagonistas em quase um século na política
Mas vida longa teria a presença evangélica numa cena política até ali dominada pela hegemonia católica, como tudo o mais no país.
Em 1933, seria a vez do paulista Guaracy Silveira vencer, agora num pleito nacional. Eleito para a Assembleia Constituinte que lapidaria a Constituição de 1934, o pastor metodista era muitas coisas, quase nenhuma associada ao estereótipo que temos hoje do político crente padrão.
Não seria errado chamá-lo de pastor socialista. Ele integrou primeiro o PSB (Partido Socialista Brasileiro) e depois o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Enquanto deputado, lutou contra o ensino religioso nas escolas e a favor do divórcio. Também advogou pelo direito das mulheres votarem e serem votadas.
Nem tudo destoava da mentalidade evangélica da época. Se defendia a separação entre Estado e igreja, era por temer o monopólio católico. O Brasil, afinal, só demoveu o catolicismo como sua religião oficial em 1890, após trocar Império por República. Virou Estado laico entre aspas, já que a Igreja Católica manteve forte influência por anos sobre a casta política.
O pastor rejeitava a obrigatoriedade de aulas de religião por deduzir que o conteúdo seria quase que exclusivamente católico, como lembra André Ítalo Rocha em “A Bancada da Bíblia – Uma História de Conversões Políticas”.
Não dá para dizer que abraçou ideais caros a colegas. Primeiro capelão militar brasileiro, acabou expulso do PSB pela ala marxista do partido, aponta o teólogo Cilas Ferraz de Oliveira em tese de doutorado sobre Silveira —que se apresentava na Constituinte como protestante, socialista e liberal.
Se hoje são sobretudo pessoas não religiosas a torcer o nariz para políticos evangélicos, a repulsa antes partia do grupo cristão majoritário, diz Rocha. “Os católicos olhavam para evangélicos como figuras estranhas, quase como membros de seitas.”
A dois anos do golpe militar de 1964, o eleitorado paulista colocou de forma inédita um líder pentecostal no Congresso, Levy Tavares, pastor na O Brasil para Cristo.
O pentecostalismo, maior galho evangélico no país, costuma ter fiéis menos discretos do que o protestantismo histórico. “São mais fervorosos, falam da Bíblia sem nenhuma vergonha”, afirma Rocha. “Quando Levy chega, é de certa forma ridicularizado por outros deputados, que sequer o levavam a sério.”
O ponto de virada, que entrelaça de vez púlpitos e palanques, é a eleição dos deputados e senadores que vão redigir a Carta de 1988. Vem daí a primeira bancada evangélica, que deu “um banho bíblico” no presidente da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães, nas palavras do próprio.
Em 1986, Josué Sylvestre, assessor parlamentar ligado a outra Assembleia, a de Deus, publica “Irmão Vota em Irmão”, símbolo dos novos tempos. Está lá: “Crente vota em crente, porque, do contrário, não tem condições de afirmar que é mesmo crente”.
Vai caindo por terra o lema que por muito tempo moldou o fiel médio: a política como coisa do diabo, da qual é melhor manter distância. “A Assembleia de Deus, igreja que liderou essa transição, tinha receio de que a esquerda dominasse a Constituinte, aprovando pautas muito progressistas”, diz Rocha. “A Guerra Fria ainda estava aí, havia medo do Brasil virar um país comunista, como Cuba e sua fama de perseguir as igrejas.”
É esse ethos que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recupera quando, em ato a favor de seu marido, diz que “por um bom tempo fomos negligentes ao ponto de falarmos que não poderia misturar política com religião, e o mal ocupou o espaço”.
A primeira bancada evangélica representava 6% dos 559 parlamentares da Constituinte. Nem sempre os pares de fé se entendiam: estranhavam-se em temas como aborto e divórcio, por exemplo.
Embates entre eles beiravam o pitoresco. Houve a vez em que o pentecostal Sotero Cunha e a adventista Eunice Michiles discutiam se o aborto era aceitável na gravidez pós-estupro. Cunha: “Está provado cientificamente que a mulher pode evitar o estupro”. Michiles pasmou: “Mesmo com um revólver apontado para a cabeça?”. Ele: “Bem, pode perder a vida, mas evitar o estupro”.
Só em 2003, primeiro ano de Lula (PT) no poder, que o bloco vai se formalizar, agora como Frente Parlamentar Evangélica. O alinhamento entre seus membros vai se azeitar com o tempo e atingir seu ápice com a ascensão do bolsonarismo, que tem nos evangélicos um pilar.
Foi com a Lei Saraiva, de 1881, que evangélicos ganharam direito de concorrer em eleições —até então, só o podiam católicos. Um punhado de crentes conquistou assentos, mas a identidade religiosa não era fator relevante.
Isso até o pastor Natanael, lá em 1929. Esse percurso se agigantou nas últimas décadas, até chegarmos à atual bancada evangélica, um dos centros de gravidade da Câmara.
Victor Fontana, pastor da Comunidade da Vila, sublinha a habilidade de alguns líderes “de capitalizar em cima de um conservadorismo brasileiro que sempre esteve lá”, e que talvez “tenha se tornado um pouco ‘démodé’ depois das Diretas Já, dos caras pintadas [anti-Collor]”.
O apóstolo César Augusto, da igreja Fonte da Vida, evoca a Bíblia para justificar a ação evangélica na política. “Ela ensina que a igreja governará a Terra, destacando a importância de refletir os valores do Reino de Deus na esfera pública.”
Ele é pai de Fábio Sousa, deputado de 2015 a 2019, hoje suplente do PL de Jair Bolsonaro, em Goiás. Também tem um genro vereador.
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