Maioria das candidatas mulheres é solteira e divorciada; casados predominam entre homens
Neste ano, 41,5% das candidatas mulheres se declararam casadas. Percentual menor do que nas eleições municipais de 2000, quando 56,9% se afirmavam o mesmo. Entre os homens, apesar de a maioria seguir casada, também houve queda. Em 2000, o índice era de 72% entre eles.
Para Beatriz Sanches, professora da USP (Universidade de São Paulo), a diferença na quantidade de homens e mulheres casados entre os candidatos se deve à divisão sexual do trabalho.
“O casamento para os homens faz com que alguém dê conta desse trabalho doméstico. Enquanto para as mulheres tem o efeito oposto, já que além de ter a atividade pública na política institucional, elas têm que combinar essa atuação dentro do espaço privado, com os filhos, com o próprio marido, com a própria casa. Então, isso acaba sendo um fardo maior”, diz.
Sanches ressalta que essa divisão pode se acumular com outras variáveis, como raça e classe social, significando que, enquanto mulheres brancas e ricas podem ter mais facilidade para sair dessa lógica e serem candidatas, a realidade tende a ser mais difícil para pretas e pobres.
O aumento da participação de mulheres não casadas na política aconteceu ao mesmo tempo em que a participação feminina como um todo também crescia. Em 2000, cerca de 73 mil mulheres, 18,4% do total de candidatos, podiam ser votadas para prefeita ou vereadora. Em 2024, o número dobrou: 156 mil mulheres serão candidatas em outubro, 34% do total.
De acordo com dados do TSE, 41,5% das candidatas neste ano se declaram como casadas, 41,7% como solteiras, 11,9% como divorciadas, 3,9% como viúvas e 0,9% como separadas judicialmente. Quando se analisa por cargo, no entanto, as diferenças se acentuam.
56% das candidatas a prefeita são casadas, contra apenas 40,9% das postulantes ao cargo de vereadora. Entre os homens 69,4% dos candidatos a prefeito são casados, valor que fica em 54,2% entre os aspirantes a vereador.
Para Sanches, a diferença entre as candidaturas pode estar ligada à renda. “Fazer campanha para prefeitura, é muito mais caro do que fazer campanha para vereadora. Por isso mulheres casadas da elite não têm no casamento uma barreira tão significativa. Para as vereadoras, a tendência é que sejam de camadas mais médias e populares, especialmente em municípios pequenos”.
A professora ressalta, no entanto, que a pressão machista do casamento também impacta os homens, que podem se ver obrigados a estar em um casamento apenas para ganhar votos.
Outro aspecto da participação feminina nas eleições é a quantidade de candidatas viúvas, quase quatro vezes maior que a porcentagem de viúvos. Sanches relaciona isso não só ao fato de que, com o fim do casamento essas mulheres passam a considerar outras possibilidades de atuação, mas também ao capital familiar.
“Essas mulheres, sendo esposas, filhas, e até mães, às vezes, trazem pessoas que já fazem parte de famílias políticas. Mas o capital familiar vale também para os homens, que trazem muitas vezes também o nome do pai e não sofrem tanta cobrança”.
Para ela, pesa sobre o número de viúvos candidatos também o fato de que é raro que homens carreguem o capital político de alguma mulher, seja mãe ou esposa, por exemplo. “A mulher, mesmo que seja eleita, até bem eleita, bem quista pela população, eu não vejo nenhum filho, nenhum marido sucedendo ela, trazendo o nome dela”.
Assessor de Putin elogia Brasil e diz que país tem visão similar à da Rússia sobre cenário global
Reunião do assessor especial da Presidência da Rússia, Anton Kobyakov, com diplomatas brasileiros |
Em uma crítica sutil aos EUA, ele acrescentou que ambas as nações têm abordagens similares sobre “a construção de uma ordem mundial multipolar baseada no respeito à lei internacional, com um papel central para a ONU”.
Os elogios foram feitos em reunião com o embaixador brasileiro em Moscou, Rodrigo Baena Soares, preparatória para a cúpula dos países do Brics marcada para Kazan entre 22 e 24 de outubro.
Lula deve comparecer ao evento e aparecer em imagens amistosas ao lado de Putin, hoje um pária no Ocidente por causa da invasão da Ucrânia.
O Brasil tem defendido um plano de paz para acabar com o conflito, mas sua posição é vista por EUA e países europeus como excessivamente leniente com Putin.
Rui Costa admite que é “potencial candidato ao Senado” em 2026
O ministro da Casa Civil, Rui Costa |
“Sou potencial candidato, se o presidente assim entender, a senador da Bahia. É o que eu sou hoje”, disse.
O ministro acredita que Lula deve tentar a reeleição e descartou a possibilidade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ser o nome do PT na disputa.
“Acho que o potencial candidato em 2026 é Lula. Não devemos discutir a sucessão de quem está no cargo. Quando isso ocorre, antecipa o fim do mandato daquela pessoa. Na Câmara, quando se antecipa a discussão da sucessão, acelera o esvaziamento da caneta de quem está no cargo. Na política, vale muito a expectativa de poder. Quanto mais próximo fica do meio para o fim do mandato, mais vale a expectativa de poder do que o próprio poder”, destacou.
PM apreende grande quantidade de maconha em Santo Antônio de Jesus
Os pms realizavam patrulhamento na localidade, quando foram informados por populares de que havia um acidente de trânsito no local.
Ao chegarem, os policiais visualizaram um casal a bordo do veículo que ao perceber a presença da guarnição fugiu pelo matagal, a mulher foi alcançada e detida. Durante as buscas no veículo foram encontrados 590 tabletes de maconha, duas placas de veículo e um celular.
Todo material apreendido e a suspeita foram apresentados na 4ª Coorpin para tomada das medidas pertinentes.
Governador Jerônimo visita Ibirataia e reafirma seu compromisso e parceria com Sandro Futuc
O momento foi de muita euforia, com a multidão azul indo abraçar Jerônimo e tirar fotos! Ele fez questão de ‘se jogar’ na Onda Azul logo que chegou, para só depois seguir em carro aberto na pelas ruas da localidade.
“Sandro está na frente das pesquisas. Mas, pra mim, a maior pesquisa é isso aqui, o povo nas ruas dizendo que quer Futuca prefeito de Ibirataia, pra o trabalho continuar, pra essa cidade continuar avançando e a parceria estadual ser ainda mais forte!”
No final, foi uma grande festa da onda azul fazendo o coração indicando que Ibirataia já decidiu, é 15!
Infiltração de criminosos na política ameaça segurança eleitoral
Alteração de seções eleitorais é uma das medidas para evitar coação |
Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a infiltração de grupos criminosos na política é uma das grandes ameaças das eleições municipais não só no estado do Rio, mas no país como um todo. Para garantir que seus candidatos sejam eleitos, essas organizações podem recorrer a violências, ameaças e coação contra adversários e também contra eleitores.
“É um processo que vem acontecendo no Brasil faz tempo, mas que é relativamente novo nas grandes metrópoles: o crime organizado aprendeu a trabalhar de dentro do Estado. Nos rincões do Brasil, sobretudo no Norte do Brasil, isso é mais antigo: um crime organizado que elege políticos e interfere no processo eleitoral. No Rio de Janeiro, em São Paulo, ou em João Pessoa, isso é mais novo”, explica o doutor em Ciências Policiais e Segurança Pública Alan Fernandes, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Para ele, no dia da eleição, há um risco de coação, por esses grupos criminosos, contra eleitores, para que eles votem em determinado candidato ou mesmo deixem de comparecer aos locais de votação.
“O principal risco é o impedimento de comparecimento em determinadas zonas eleitorais. Em lugares que são dominados pela violência, pelo crime organizado, existem casos em que as pessoas são impedidas de comparecer ao local de votação, a depender do interesse político daquela facção. O segundo problema, nesses locais de votação, é a coação aos eleitores para que eles votem em determinado candidato de preferência daquele grupo armado”, afirma Fernandes.
Medidas
No Rio de Janeiro, as milícias são um dos grupos armados que têm se aproveitado da política e da participação no Estado para fortalecer sua atuação. Em consequência, novas medidas vêm sendo tomadas pelos tribunais para garantir a lisura do processo eleitoral.
A proibição de uso de celulares e câmeras em cabines de votação, adotada em 2008, por exemplo, foi uma reação do TRE-RJ a informações de que traficantes e milicianos estavam obrigando eleitores a registrar seu voto na urna, para comprovar que estavam votando nos candidatos indicados pelos grupos criminosos. A medida acabou sendo adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para todos os estados nas eleições municipais daquele ano e, depois, incorporada à legislação eleitoral em 2009.
Miguel Carnevale, pesquisador do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/UniRio), explica que essa atuação dos grupos criminosos sobre os eleitores é ainda mais forte nas eleições municipais.
“Você vê muito contato de vereadores com as comunidades e muita força do crime organizado [para a eleição de seus candidatos escolhidos]. Acredito que, para o Rio de Janeiro, a entrada do crime organizado para a política seja um tópico especialmente sensível. Isso afeta certas relações, cria laços clientelistas”, explica.
Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política e Violência da Universidade Federal Fluminense (Lepov/UFF), André Rodrigues afirma que as eleições municipais são sempre mais violentas do que as eleições estaduais e federais, de acordo com os estudos feitos pelo Lepov/UFF no Grande Rio e litoral sul fluminense. “São as eleições onde a gente vê mais interferência violenta na política”, afirma. “Há três mecanismos que os grupos criminosos adotam e que ameaçam as eleições: as ameaças veladas, como declarações explícitas de voto de alguém que controla uma localidade; a proibição de que alguns candidatos façam campanha em áreas de milícia ou de tráfico; e a eliminação violenta de opositores. Só na Baixada Fluminense, de 2015 para cá, a gente já contabilizou 60 assassinatos de pessoas implicadas na política local”.
Apesar de a maioria desses mecanismos ser usada no período de campanha, a coação de eleitores pode ocorrer também em dia de eleição, segundo Rodrigues. Por isso, ele acredita que a mudança de locais de votação é bem-vinda. “Isso não elimina os mecanismos de que eu falei, mas pelo menos pode criar um contexto, no dia [da votação], de maior segurança para os votantes, para que não tenham que votar exatamente no local onde aquele criminoso domina diretamente”. Ele lembra que “na última eleição municipal, em Paraty e em Angra dos Reis, a gente ouviu muitos relatos de pessoas com pinta de miliciano, com tom ameaçador, se posicionando em frente à seção eleitoral”.
Outros casos de violência
Mas não é apenas a participação do crime organizado que ameaça a segurança das eleições. Há casos de violência entre candidatos e entre eleitores por questões ideológicas, por exemplo.
O pesquisador Miguel Carnevale alerta que no mês de setembro, na reta final das campanhas de primeiro turno das eleições, é possível ver um acirramento das situações de violência eleitoral. “É quando esses números começam a aumentar, tanto a violência política como um todo, como a sua forma mais radical, que são os homicídios”.
Para ele, as redes sociais podem ter um papel de amplificação dessa violência eleitoral. “Você dá a chance para indivíduos com questões políticas problemáticas para expor tendências violentas. Você vê muitas ameaças nas redes sociais. As redes sociais são o principal foco para ofensas, sejam misóginas, racistas, LGBTfóbicas. É nesse espaço que se concentra esse tipo de crime. Violências psicológicas se dão majoritariamente por esse veículo”, destaca Carnevale.
Um levantamento trimestral do Giel/UniRio, chamado Observatório da Violência Política e Eleitoral, registrou, entre abril e junho deste ano, período anterior ao das campanhas eleitorais oficiais, 128 casos de violência contra lideranças partidárias em todo o país, mais que o dobro do trimestre anterior (59) e 24% maior do que o segundo trimestre de 2022 (103), quando ocorreram as eleições federais e estaduais.
As ameaças foram a principal ocorrência, mas pelo menos 25 assassinatos foram registrados, dos quais seis ocorreram no Rio, o estado com mais ocorrências. Os cargos políticos ligados à esfera municipal continuam sendo a categoria mais atingida, segundo o Observatório da Violência Política e Eleitoral.
Neste mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu o prazo de permanência de homens da Força Nacional de Segurança no estado do Rio de Janeiro por mais 90 dias, o que inclui as datas de campanha e votação.
A Secretaria Estadual de Segurança do Rio informou que a Polícia Militar está fechando seu planejamento operacional para os dias de votação e, em breve, divulgará à imprensa.
Secretário do MMA vê conotação politica em queimadas na Amazônia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo |
Lima foi o entrevistado deste domingo (22) do Programa Natureza Viva, com apresentação da jornalista Mara Régia e produzido pela Rádio Nacional, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
De acordo com o secretário, as queimadas na região neste ano foram agravadas por fenômenos climáticos atípicos e a ação criminosa de pessoas agindo com “conotação política”, em resposta às medidas adotadas pelo atual governo para combater o desmatamento ilegal no país.
“Tem, inclusive, incêndio que a gente imagina que possa ter conotação política. É uma reação de parte da sociedade que não se conforma, que não se enxergou dentro da sustentabilidade”, afirmou.
O secretário também disse que o país vive uma seca atípica em função das mudanças climáticas globais, como o aquecimento do Oceano Atlântico, que era um fenômeno de menor intensidade nos anos anteriores.
Segundo Lima, a intensificação do desmatamento no Cerrado e na Amazônia também agravou a situação, diminuindo a umidade do ar e atrasando o período chuvoso.
“Uma coisa é prever um ano seco. Outra coisa é coisa é prever um ano extremamente seco. É o maior ano de seca nos últimos 60 anos na Amazônia, nesse grau que a gente está vendo, não só de baixa umidade, de praticamente zero de chuva e de alta de calor. São três elementos simultaneamente agindo sobre a Amazônia, num momento em que não era mais para ser assim”, disse.
O secretário também fez um apelo para os moradores da Amazônia evitarem a queima de lixo neste período de seca.
“Tem toda essa agenda do crime. Vamos dizer que metade do problema é incêndio criminoso, de gente que está se beneficiando dolosamente da ocupação do solo. Uma outra parte é de gente que está usando o fogo porque precisa queimar uma roça e não tem trator, quem está queimando lixo na beira da estrada porque não existe saneamento básico”, completou.
O Programa Natureza Viva vai ao ar todos os domingos, às 9h, na Rádio Nacional da Amazônia e na Rádio Nacional AM de Brasília.
Lula diz que mundo caminha para ‘fracasso coletivo’ e pede reforma da ONU
O brasileiro fez um breve discurso em Nova York na Cúpula do Futuro, iniciativa lançada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para tentar costurar compromissos dos governos em áreas como clima, inteligência artificial e governança global.
Em sua fala, Lula defendeu a reestruturação dos principais órgãos multilaterais da atualidade para que eles reflitam a importância do autodenominado Sul Global, termo não oficial usado para se referir a nações em desenvolvimento.
Com o tempo rigidamente cronometrado, o microfone de Lula foi desligado quando ele excedeu os cinco minutos a que tinha direito. Ele continuou discursando até concluir a leitura de seu pronunciamento.
“Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e caminham para se tornar nosso maior fracasso coletivo. No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo”, disse o presidente brasileiro, em referência às 17 metas para promover a sustentabilidade, erradicar a pobreza e proteger o planeta até o final da década.
Lula também afirmou que as ações atuais para o combate ao aquecimento global são insuficientes. “Na COP28 [nos Emirados Árabes Unidos], o mundo realizou um balanço global da implementação das metas do Acordo de Paris. Os níveis atuais de redução de emissões de gases do efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro”, disse.
O presidente brasileiro também usou a parte final de seu pronunciamento para defender a reformulação do sistema ONU e das instituições financeiras internacionais, para atender as demandas dos países em desenvolvimento.
“A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões. A Assembleia-Geral [da ONU] perdeu sua vitalidade, e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado. A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”, declarou.
“As instituições de Bretton Woods desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento. O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico”, acrescentou.
Jequié: Homem é preso com carro roubado e 130kg de maconha
Através de técnicas avançadas de identificação veicular, constatou-se que o carro havia sido roubado em 7 de setembro de 2024, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O fato levantou suspeitas, especialmente pela proximidade de um terminal rodoviário.
Os policiais seguiram até o terminal, onde localizaram um indivíduo que havia surgido de uma área de matagal e estava tentando comprar uma passagem para Minas Gerais. Ao ser abordado, ele apresentou versões contraditórias sobre sua presença no local e a compra de uma passagem de valor incompatível. Posteriormente, o suspeito se recusou a dar mais informações, afirmando que só falaria em juízo.
O homem foi encaminhado à Polícia Judiciária de Jequié. O veículo, juntamente com a droga, foi levado ao Departamento de Polícia Técnica para perícia.
Ubatã: Prefeito Tinho do Vale e Lidijones Miranda convidam a população para bate-papo neste domingo, 22
Em formato de escuta pública, o encontro leva a ideia de diálogo entre candidatos e a comunidade para pensar em propostas que beneficiarão o município e a população, a partir das demandas apresentadas pelos moradores locais.
Trazer investimentos para Ubatã, beneficiando o povo e construindo uma gestão com participação popular é o caminho que Tinho do Vale em parceria com Lidijones Miranda quer dar continuidade e com o apoio do governo federal e estadual.
Ministro Rui Costa e Governador Jerônimo Rodrigues participam de evento de Laryssa Dias e reforçam apoio
Em seu discurso, a candidata disse da sua determinação em trabalhar para que no município seja mantido e ampliado o ritmo de trabalho implantado pela prefeita Maria das Graças. Laryssa também citou que na primeira estrofe do hino da cidade está escrito: “Na fibra e na coragem do teu povo, reside tua riqueza Ipiaú”. A prefeita Maria falou da sua gratidão pelo apoio que tem recebido por parte da família ipiauense.
A exemplo das vezes anteriores, porém com mais intensidade, a passeata envolveu milhares de pessoas e em sua tonalidade cor de rosa lotou as ruas por onde foi traçado o seu percurso. Muita energia, vibração e criatividade. Neste domingo, 22 de setembro, o time de Laryssa estará visitando o distrito de Córrego de Pedras.
Fonte: Giro Ipiaú
Explosão em mina de carvão no Irã deixa pelo menos 51 mortos
Socorristas atendem vítimas depois de uma explosão de gás em uma mina de carvão em Tabas, no Irã |
Autoridades suspeitam que o acidente foi causado por um vazamento do gás metano nas instalações da empresa Madanjoo, localizada em Tabas, cerca de 540 km da capital do país, Teerã. Ainda de acordo com a imprensa estatal, o acidente aconteceu neste sábado (21), às 21h, por volta das 14h30 no horário de Brasilía.
Hezbollah dispara mais de 100 mísseis contra o norte de Israel
Em resposta, Israel bombardeia alvos no Líbano |
O grupo extremista afirmou em um comunicado que o lançamento de foguetes perto de Haifa faz parte de sua resposta aos ataques desta semana.
“Em uma resposta inicial” às explosões de pagers e walkie-talkies na terça e quarta-feira, atribuídas a Israel, o Hezbollah “bombardeou os complexos industriais militares” do norte de Israel com “dezenas” de foguetes Katyusha, Fadi-1 e Fadi-2, detalhou o grupo.
O Hezbollah também afirmou que durante a noite atacou duas vezes a “base e aeroporto de Ramat David”, a cerca de 45 quilômetros da fronteira, com “dezenas” de foguetes Fadi-1 e Fadi-2 “em resposta aos repetidos ataques israelenses direcionados a diferentes regiões libanesas e que causaram a morte de muitos civis”.
Ramat David é um dos alvos mais no interior do território israelense que o grupo afirma ter atingido. Ambas as localidades apareciam em imagens de drones divulgadas pelo Hezbollah nos últimos meses.
O exército israelense indicou, por sua vez, que mais de 100 projéteis foram disparados do Líbano nas primeiras horas da manhã de domingo e acrescentou que os bombeiros estavam trabalhando para apagar as chamas provocadas pelas munições que caíram.
“Cerca de 85 projéteis foram identificados cruzando do Líbano para o território israelense” pouco depois das 6h locais, enquanto em um bombardeio anterior que começou pouco antes das 5h locais, “cerca de 20 projéteis foram identificados cruzando do Líbano”, disse o exército.
Em resposta, o exército israelense indicou que lançou novos bombardeios contra alvos do Hezbollah no Líbano. “O exército israelense está bombardeando atualmente alvos da organização terrorista Hezbollah no Líbano”, diz um comunicado.
A Agência de Defesa Civil de Israel ordenou no domingo o fechamento de todas as escolas nas regiões do norte do país pelo menos até segunda-feira às 18h.
O Hezbollah, poderoso ator político e militar no Líbano, abriu uma frente na fronteira com Israel há quase um ano, após o início da guerra na Faixa de Gaza, em apoio ao seu aliado islamista Hamas, no poder nesse território palestino. Os duelos de artilharia entre os dois países são quase diários na fronteira há meses, mas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos.
Cresce parcela de candidaturas coletivas de direita e centro; modelo se consolida
São os dez integrantes do “Sou Léo Mandato Coletivo”, grupo do PSDB que disputa uma vaga de vereador em Mauá, na Grande São Paulo. Candidaturas coletivas como a deles, de direita e de centro, dobraram nas eleições municipais deste ano, seguindo tendência vista no pleito geral de 2022.
Partidos desses espectros políticos, que concentravam 13% desses candidatos há quatro anos, agora reúnem 26% deles, mostra levantamento feito pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) a pedido da Folha, com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) extraídos em 16 de agosto.
Em números absolutos, os grupos de direita subiram de 25 para 48, e os de centro, de 17 para 25. Entre eles, estão as siglas União Brasil, Republicanos, PSDB e PRD, com sete apostas cada um. O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro tem seis, assim como o MDB, PP e outros.
As legendas de esquerda continuam dominando o modelo, mas caíram de 83% para 74% das candidaturas coletivas. Siglas desse campo político popularizaram o formato em 2020, como estratégia para aumentar a força eleitoral de grupos como mulheres, negros e a comunidade LGBTQIA+.
Naquele ano, foram eleitos 24 mandatos pelo país, segundo o Inesc. Se, por um lado, eles conseguiram dar mais visibilidade a grupos marginalizados na política, por outro também sofreram rompimentos e dificuldades de regulamentação. Mesmo assim, parecem ter se consolidado como opção nas urnas.
Foram 280 candidaturas coletivas registradas neste ano, número menor do que as contabilizadas na última eleição municipal (327), mas igual proporcionalmente (0,05% do total de candidatos). No pleito de 2016, haviam sido apenas 71, e em 2012, menos de 7.
“Se deu certo para alguns, é normal que outros grupos tentem se aproveitar da estratégia [para somar votos]”, diz Débora Thomé, pesquisadora do FGV Cepesp (centro de estudos em política e economia públicas), ponderando que ainda há muita dificuldade na execução do mandato coletivo. “É muito comum que acabem se desfazendo.”
Funciona assim: apenas uma pessoa concorre oficialmente e, se eleita, nomeia as outras como assessoras, que na prática exercem o mandato como “covereadores”. Em 2021, a Justiça Eleitoral autorizou a menção a grupos no nome de urna, porém reforçou que o registro continua sendo individual.
Em Mauá, esta será a primeira experiência coletiva de Regi da Sucata, Cesar da Padaria, Carminha da Saúde, Cristovão Vidraceiro, Dr Luiz, Luizinho, Leonardo Martins, Acácio Flores, Wellington Binelli e Sou Léo. Esse último conta que disputa eleições sozinho na cidade há 20 anos.
“Cheguei perto da vitória em pleitos passados, mas nunca me elegi”, diz o aposentado Elenisio de Almeida Silva, conhecido na cidade como “Sou Léo”, seu nome de urna. A maioria dos integrantes é de pequenos empresários, e eles moram em diferentes bairros: “Quisemos montar um grupo que tivesse representatividade dentro da cidade”.
Leonardo Martins, outro membro, vê o mandato coletivo como forma de combater a corrupção. “Fez besteira, fez conluio, envolvimento com coisa ilícita, vai ser expulso”, diz.
Sobre o grupo ter nove homens e apenas uma mulher, ele afirma que essa não era a ideia: “Fizemos muita busca e conversas, mas não conseguimos”.
O levantamento do Inesc mostra um aumento dos homens brancos nas candidaturas conjuntas, que passaram de 12% para 17% dos cabeças de chapa, em comparação a 2020. Ao mesmo tempo, houve um crescimento de pardos ou pretos, tanto homens (de 17% para 28%) como mulheres (de 21% para 31%).
As mulheres brancas, por sua vez, tiveram uma redução significativa, de 46% para 21%. Ainda assim, a diversidade continua sendo uma marca desse modelo, com uma proporção muito maior de postulantes femininas e indígenas, por exemplo.
A maior parte dos grupos é formada por três integrantes, mas há candidaturas de até 50 pessoas. Apenas uma delas disputa o cargo de prefeito, o Vinicius Mandato Coletivo (PCB), em São Sebastião, no litoral paulista. E o PT e o PSOL ainda concentram quase metade das apostas coletivas.
Uma delas é a Bancada Feminista, que vai tentar a reeleição à Câmara Municipal paulistana. Formada por cinco mulheres, a chapa psolista foi a sétima mais votada em 2020 e agora pretende se expandir pelo estado, levando outras sete candidaturas homônimas a cidades como Osasco, Santo André e Guarulhos.
Mas, como muitos, o grupo não manteve sua composição original. Duas se elegeram coletivamente à Assembleia Legislativa em 2022, Paula Nunes e Carolina Iara —que agora saiu para concorrer a vereadora sozinha—, e Natalia Chaves decidiu voltar à sua profissão de tradutora.
“Quando chegamos, um vereador disse que éramos uma aberração jurídica e estávamos enganando as pessoas”, diz Silvia Ferraro, titular da chapa. Após reclamações de colegas, ela teve que trocar a placa do gabinete de “Bancada Feminista” para “Silvia da Bancada Feminista” e tirar a foto oficial coletiva pendurada no prédio.
Sempre revezando a fala, elas contam que se dividem por temas de acordo com a formação de cada uma. Como vêm da mesma origem no PSOL, costumam achar consensos na hora de votar. Mas nem sempre é assim.
Em 2021, uma crise na Mandata Ativista, primeiro coletivo na Assembleia de São Paulo que inspirou outras chapas em 2020, escancarou os desafios desse modelo. Reunindo nove “codeputados” com perfis muito distintos, o grupo rachou, inclusive com troca de fechadura do gabinete, expulsão de membros e até licença por saúde mental da titular.
Luciana Lindenmeyer, representante da Frente Nacional de Mandatas e Mandatos Coletivos, defende que deva haver uma regulamentação: “Avançamos muito pouco em estatutos de partidos e legislação eleitoral. Ainda ficamos sujeitos a um único CPF e temos dificuldade de disputar orçamento nas legendas”.
Uma emenda para proibir as candidaturas coletivas chegou a ser aprovada há um ano pelo plenário da Câmara dos Deputados, mas a proposta travou no Senado. Entre os argumentos contra o modelo está, por exemplo, a dificuldade de estender prerrogativas como a imunidade parlamentar a todo o grupo.
Governo lança ofensiva contra fogo, recebe cobranças e tema vira munição política
Lula anuncia medidas, articula com poderes e governadores, mas recebe queixas de atraso nas ações |
Cobrado por ações concretas diante da proliferação de imagens trágicas das queimadas, o governo organizou uma semana com anúncios e reuniões. Acabou, no entanto, com menos efeito prático que o esperado.
Os episódios também viraram munição política, com troca de acusações entre governo e oposição, sobretudo nos estados.
Tudo acontece às vésperas da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde Lula pretende levar um discurso em defesa de ações práticas para a crise climática.
Por vezes considerada uma ilha, isolada dos problemas do Brasil, a capital federal se viu atingida pelas queimadas no Parque Nacional de Brasília. A cidade ficou encoberta por uma densa fumaça, que chegou também na Esplanada dos Ministérios.
No mesmo dia em que a fumaça alcançou o Planalto, o governo organizou uma reunião ampliada com os principais ministros envolvidos no tema.
O governo Lula viu a crise climática cair em seu colo, apesar de a União ser responsável apenas pelas áreas de conservação federais. A gestão petista buscou, então, se articular com outros poderes e entes federados, também numa tentativa de dividir a responsabilidade
Com os chefes de outros poderes, o presidente admitiu que o Brasil não estava 100% preparado para os incêndios. Lula insistiu no caráter criminoso das queimadas, ainda que isso esteja sob apuração.
“O dado concreto é que hoje, no Brasil, a gente não estava 100% preparado para cuidar dessas coisas. As cidades não estão cuidadas. Até 90% das cidades estão despreparadas para cuidar disso. Os estados são poucos os que estão com preparação, que têm defesa civil, bombeiro, brigadistas quase ninguém tem”, afirmou.
A situação das queimadas se agravou nas últimas duas semanas, desafiando o governo a apresentar medidas à altura. A proposta de criação da autoridade climática, uma promessa de campanha, foi desengavetada.
A ideia, gestada no ministério de Marina Silva, conseguiu um timing que ajudasse a aprovar a medida no Congresso Nacional, segundo auxiliares de Lula. Havia uma expectativa no governo de que o projeto possa tramitar rapidamente no Planalto, mas o texto ainda está sob análise da Casa Civil.
No mesmo pacote, o ministério do Meio Ambiente também apresentou o marco regulatório da emergência climática e o plano de prevenção a eventos extremos e o comitê científico sobre o tema.
Um integrante do governo apontou que as queimadas fizeram o núcleo de governo priorizar propostas ambientais que antes não estavam entre as prioridades. No entanto, lamentou que a situação precisasse chegar a este nível para haver sensibilidade de outras esferas da Esplanada.
O governo editou uma medida provisória com a liberação de R$ 514 milhões e ainda fez a promessa de outros desembolsos. Além disso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) disponibilizará R$ 400 milhões para o apoio aos bombeiros dos estados da Amazônia Legal.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirma que há 312 bombeiros com atuação em 22 municípios da Amazônia Legal e Pantanal.
A mobilização atende a determinação de Flávio Dino, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Os recursos também só foram liberados graças ao ex-ministro da Justiça, que autorizou créditos extraordinários fora do limite de gastos do arcabouço fiscal.
Sob pressão, o governo ainda recorreu a outras medidas que estavam paradas, mas que integrantes agora indicam como uma “resposta” para a sociedade. Uma delas é o endurecimento de penas para quem causa incêndios florestais, ação que vinha sendo pedida pela pasta do Meio Ambiente e não encontrava ressonância na Casa Civil.
Apesar do apelo do momento, a medida pode ter poucos efeitos práticos, considerando que o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD_MG), chegou a chamá-la de “populismo legislativo”. Um aliado lembra que o governo costuma lançar pacotes em momentos de crise, mas que as medidas acabam no esquecimento.
No mais recente ato desta ofensiva, o governo editou duas medidas na sexta (20): para aumentar multas por incêndios e flexibilizar repasse aos estados para combate a queimadas.
A gestão Lula pretendia repetir o mesmo clima cordial da reunião anterior com os governadores, mas acabou por promover um palanque privilegiado para críticos. Após uma reunião com o ministro Rui Costa (Casa Civil), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, acusou a União de ter procrastinado na crise das queimadas
Caiado é um dos nomes que tenta construir uma candidatura de oposição a Lula em 2026 e disputa o eleitorado do bolsonarismo.
Mas ele não foi o único a criticar. “Não posso dizer que o governo federal está agindo tardiamente. Essa reunião está acontecendo, ela é bem-vinda, mas eu disse que, na minha opinião, seus efeitos concretos e mais objetivos vão acontecer para o ano de 2025”, afirmou o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil).
As queimadas também viraram motivo para acusações sem provas, ataques e revanchismos. Os bolsonaristas encontraram na crise climática atual a oportunidade de rebater críticas recebidas durante as queimadas do Pantanal, em 2020.
Jair Bolsonaro (PL) publicou em suas redes sociais cenas de queimadas. O seu antigo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, culpou os pequenos agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Lula, por sua vez, também sugeriu que a oposição e seus aliados estavam por trás dos incêndios. O petista disse que “uma pessoa muito importante” na convocação dos atos do 7 de Setembro na avenida Paulista havia indicado que botaria “fogo no Brasil”.
PF prende 36 candidatos com mandados de prisão em aberto em diversos estados
Prisões envolvem crimes como tráfico de drogas, crimes sexuais e pensão alimentícia
As prisões ocorreram nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Maranhão, Acre, Rio Grande do Sul, Sergipe, Roraima, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Os mandados de prisão incluem crimes como tráfico de drogas, corrupção ativa, promoção de imigração ilegal, porte ilegal de arma de fogo, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e crimes sexuais, além de diversos casos de inadimplência por pensão alimentícia.
*Números atualizados em 20/9/2024 às 23:00
PF apreende mais de R$ 1 milhão em ação de combate ao crime eleitoral em Roraima
As diligências realizadas apontam que a quantia apreendida tinha como destino Rorainópolis/RR
As abordagens ocorreram em locais diferentes, mas investigações preliminares indicam que os casos podem estar interligados. As diligências realizadas apontam que a quantia apreendida tinha como destino o município de Rorainópolis/RR.
Diante dos fatos, a apuração continuará para identificar todas as circunstâncias em torno das apreensões, buscando elucidar a origem do dinheiro e os vínculos entre os indivíduos envolvidos.
Comunicação Social da Polícia Federal em RoraimaPM forma 195 aspirantes nesta sexta-feira (20)
A solenidade contará com as presenças do comandante-geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho, do subcomandante-geral, coronel Nilton Machado, oficiais e praças da corporação.
O curso, realizado pela Academia de Polícia Militar (APM), teve início em setembro de 2023 e envolveu disciplinas como Direito Processual Penal, Direito Penal Militar, Relações Raciais e de Gênero, Policiamento Comunitário e Policiamento Ostensivo Geral, entre outras. Os formandos também participaram de jornada de instrução e estágio supervisionado, totalizando a carga de 1.690 horas.
O CFOA é voltado para subtenentes com o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS). Essa turma de formandos, que tem como patrono o capitão Antônio Alves, é composta por 113 homens e 82 mulheres que, após a formatura, estarão nas ruas oferecendo mais segurança à população, atuando em unidades operacionais de todo o estado.
Rui Costa confirma saída da ViaBahia da concessão da BR-116 e BR-324
“Na quinta-feira, 19, foi o último dia dado para a ViaBahia entrar em acordo com o Governo e não se chegou ao acordo. Não tendo o acordo, nós solicitamos então que a ViaBahia saísse, deixasse o contrato. Está encaminhada essa saída Ou seja, o Governo retirará a ViaBahia da concessão. Isso será homologado ainda, será submetido ao pleno do Tribunal de Contas Se pelo TCU entender justo e acertado o encaminhamento de retirada da ViaBahia nas condições que estão escritas na negociação, a ViaBahia. sai em dezembro”, disse o ministro ao Blog do Anderson durante coletiva neste sábado (21).
Embora uma nova concessão seja concedida, o governo promete assumir os investimentos necessários nas duas rodovias. “Vamos preparar uma outra concessão, mas enquanto nos preparamos, vamos fazer os investimentos na 116 e na BR-324. Falta o julgamento final do Tribunal de Contas, mas está encaminhada a retirada da ViaBahia. Tanto na 116, quanto na 324, porque ela não vem executando integralmente o contrato e não sinalizou nenhuma proposta dentro das parâmetros legais”, concluiu Rui Costa no munícipio de Vitória da Conquista.
Governo aposta em decisão favorável do STF para a Ferrogrão
Projeto ferroviário é capitaneado pelo agronegócio para escoar a produção de grãos pelos portos do Norte do País |
A proposta da União encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, que concedeu a liminar em questão, também inclui o compromisso de realizar audiências com os povos indígenas ao longo do processo de licenciamento, além da destinação de R$ 715 milhões em contrapartidas ambientais – o que representa cerca de 3,5% dos investimentos previstos.
Pelo projeto, a ferrovia terá 933 quilômetros de extensão, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA) – local onde a carga será colocada em barcaças rumo aos portos de Barbarena e Santarém, no Pará; de Itacoatiara, no Amazonas; e de Santana, no Amapá. Com capacidade para movimentar cerca de 50 milhões de toneladas de grãos anuais, será um indutor do chamado Corredor Norte, que hoje funciona preponderantemente pela BR-163.
Lançado em 2014 pela iniciativa privada, o projeto até hoje não saiu
do papel por envolver área ambientalmente sensível. O impasse gira em
torno da possível necessidade de supressão de área de floresta do Parque
Nacional do Jamanxim, no Pará. A decisão de Moraes sobre o caso é
aguardada para este mês. No dia 17, venceu o prazo da Procuradoria-Geral
da República (PGR) para apresentar seu parecer.
Divergências
Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, disse que a pasta fez uma análise por satélite da área do parque e concluiu que é possível respeitar a faixa de domínio da BR-163 (área lateral da rodovia, que já não pertence ao parque) nos 50 km de extensão da área sob proteção. “As entidades (ambientais) entendiam que seria necessário fazer uma supressão adicional no parque. Estamos dizendo que não vai precisar diminuir nem um milímetro.”
Obra estimada em R$ 28 bilhões, a Ferrogrão será um corredor de escoamento da produção agrícola, razão pela qual é defendida pelo agronegócio. O governo calcula que ela pode reduzir em R$ 7,9 bilhões os desperdícios anuais, além de evitar a emissão de 3,4 milhões de toneladas de CO2 ao ano durante os 69 anos da concessão.
Apesar da expectativa do governo, não há consenso sobre o tema com a sociedade civil – o que pode influenciar na decisão de Moraes. O PSOL, autor da ação, e entidades socioambientais deixaram o grupo de trabalho criado para atualizar os estudos de impacto ambiental da obra, alegando uma “postura absolutamente silente, sem dados e sem informações” por parte dos responsáveis pelo projeto. O prazo para a realização dos estudos já foi prorrogado duas vezes por Moraes e, na última vez, em maio, ele disse que não mais o prorrogaria.
Starlink passa a cobrar faturas em Dublin e encarece serviço no Brasil após bloqueio de contas
Mudança deixa serviço cerca de 10% mais caro, com variação do dólar e cobrança de IOF |
A mudança ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar em agosto o bloqueio das contas da Starlink no Brasil para o pagamento de multas de quase R$ 20 milhões do X (antigo Twitter).
Clientes da empresa afirmaram à Folha que não foram comunicados da mudança e só descobriram do pagamento com valor maior ao olharem a fatura de setembro. Procurada, a representante legal da Starlink no Brasil, Pacaembu Serviços, ainda não se manifestou; advogados contratados pela empresa não quiseram se pronunciar.
Um cliente com plano residencial da Starlink disse que o preço saltou de R$ 235 em agosto para R$ 256,98 neste mês, sendo R$ 10,78 de IOF (4,38% do valor total).
Outro cliente pagou R$ 611,11 no plano móvel em setembro, sendo R$ 25,64 de IOF. A empresa havia anunciado em agosto o reajuste do valor desse plano para R$ 450 mais impostos —preço que chegava a R$ 550.
Os termos e as condições da Starlink, enviados aos clientes na assinatura das compras, dizem que o consumidor é responsável por taxas adicionais.
“Você também é responsável pelas taxas governamentais adicionais, pelos encargos de direitos de passagem, taxas de licença ou permissão e outros tributos, encargos ou sobretaxas impostos sobre a venda ou o uso dos Serviços ou do Kit Starlink”, diz o texto.
Dias após Moraes determinar o bloqueio das contas da Starlink no Brasil, a empresa enviou um comunicado aos seus clientes informando que, se fosse necessário, daria internet gratuita aos usuários.
“A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos pela Constituição e continuará fornecendo o serviço para você —gratuitamente, se necessário— enquanto lidamos com essa questão por meios legais”, diz o comunicado de 29 de agosto.
A empresa afirma que recebeu a ordem de Moraes no início daquela semana e que, desde então, tem congeladas suas finanças, o que “impede que a Starlink realize transações financeiras no Brasil”.
O ministro decidiu bloquear as contas da Starlink porque o X acumulava multas de mais de quase R$ 20 milhões no Brasil pelo descumprimento de decisões judiciais. Moraes argumenta que as duas empresas fazem parte do mesmo “grupo econômico de fato”, por possuírem Musk como acionista.
Especialistas em direito ouvidos pela Folha disseram ter visto com restrições a decisão do “bloqueio cruzado” das contas.
Elon Musk tem dado sinais esta semana de que pretende recuar no embate com o Supremo e cumprir as determinações judiciais do tribunal. O principal movimento nesse sentido foi a empresa comunicar ao STF que vai estabelecer um novo representante legal da plataforma X no Brasil.
A rede social também bloqueou perfis alvos de decisões judiciais, como o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o influenciador Monark.
Alexandre de Moraes, porém, vê com ceticismo os movimentos da plataforma. Na quinta-feira (19), o ministro aplicou multa diária de R$ 5 milhões às empresas de Musk pela suposta manobra que levou a plataforma a ficar disponível para usuários brasileiros na quarta-feira (18).
Ele ainda mandou a Polícia Federal monitorar quem tem feito o “uso extremado” do X no Brasil desde que a plataforma foi bloqueada no país, em 30 de agosto.
Uma pessoa ligada ao X disse à Folha, sob reserva, que a decisão da empresa em agosto para descumprir decisões de Moraes não foi tomada por unanimidade. Parte da equipe no Brasil e nos Estados Unidos era contrária à proposta de Musk.
Ela afirmou ainda que os impactos à Starlink e a queda de usuários foram significativos para o fato de o X buscar adotar uma postura mais colaborativa com o Supremo.
FICCO, PF e PM interceptam integrantes de facção paulista que planejavam atacar carros-fortes na Bahia
Grupo composto por assaltantes de bancos de SP, MG e PI estava em um sítio na região de Barra do Jacuípe.
Durante o trabalho de inteligência da FICCO Bahia para combater o tráfico de drogas e armas na Bahia, as forças federais e estaduais detectaram um plano para roubos de valores na região do Recôncavo Baiano. A meta do grupo era atacar dois carros-fortes na região da cidade de Governador Mangabeira e uma agência bancária no município de Santa Bárbara.
Após o compartilhamento de informações, os policiais localizaram um sítio na localidade de Barra do Jacuípe, município de Camaçari, utilizado pelos criminosos.
Equipes táticas chegaram ao imóvel e, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram recebidas por disparos de armas de fogo, iniciando o confronto. Três integrantes do grupo criminoso foram atingidos. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.
O trio respondia por diversos roubos a instituições financeiras nos estados do PI e MA, e um deles já tinha passagem por tentativa de homicídio contra um delegado de polícia no PI.
Com os criminosos foram apreendidos um fuzil, duas pistolas, carregadores, explosivos e miguelitos (artefatos utilizados por assaltantes para furar pneus).
Diligências
Equipes da FICCO Bahia, PF e PM, durante buscas na região, localizaram o quarto integrante do grupo criminoso em um veículo roubado. O assaltante entrou em confronto com os policiais, foi ferido e não resistiu. Pistola, carregador, munições e explosivos foram apreendidos.
Varreduras continuam sendo promovidas com o objetivo de capturar outros integrantes da facção.
Texto: Alberto Maraux