Hospital subterrâneo e cidades-fantasma antecipam guerra na região norte de Israel

Quarto desocupado no quarto andar do Centro Médico da Galileia, com a fronteira libanesa à vista da janela
Faltando poucos dias para o primeiro aniversário do mais mortífero ataque de sua história, o Israel encara o abismo de uma guerra regional ao encarar de forma inaudita em 18 anos um de seus mais temidos inimigos, o grupo fundamentalista libanês Hezbollah.

Em duas semanas, desestabilizou o rival e, na sexta (27), fez algo que tentava havia 32 anos: matou o líder do grupo, Hassan Nasrallah, jogando ainda mais sombras no futuro do Oriente Médio.

País forjado por guerras desde o parto, em 1948, Israel decidiu elevar a aposta e aceitar o risco do prolongamento de um conflito que já matou mais de 1.200 de seus cidadãos e soldados, 41 mil palestinos e 1.600 libaneses.

Do outro lado, o arquirrival Irã, nomeado como tal pelo premiê Binyamin Netanyahu. A inapetência por uma escalada sem controle, que moderou os momentos agudos de crise até aqui, está sob forte estresse, principalmente com a morte de Nasrallah.

Com a decisão de Israel de não deixar em banho-maria a situação de atrito com o Hezbollah, iniciada em 18 de setembro com pagers explosivos e chegando ao ataque de sexta, a tensão acerca do futuro do Oriente Médio chegou ao paroxismo.

Na última semana, a reportagem do jornal Folha de S.Paulo percorreu o norte do Estado judeu, a fronteira de um conflito que muitos analistas já veem como uma guerra aberta, faltando apenas o elemento do combate terrestre.

Ao longo da fronteira com o Líbano, país cujo governo vive sob a sombra do poderio militar do Hezbollah, a realidade da guerra diária ganhou contornos de rotina no último ano.

“Estamos prontos para tudo. Não existe nenhum outro hospital no mundo capacitado a operar no subterrâneo de uma zona de guerra como o nosso”, disse o vice-diretor do Centro Médico da Galileia, Tsvi Schelag, um oftalmologista de fala firme, que trai sua posição de chefe do hospital de campanha de Israel no quadrante ocidental da região.

Ele levou a reportagem por um tour no complexo, que fica em Nahariya, a 10 km da fronteira libanesa —o suficiente para uma de suas fachadas ter sido atingida por um míssil russo Katiúcha durante a guerra de 2006 com o Hezbollah. Fragmentos da arma estão expostos num saguão do hospital.

Por fora, o centro parece um bom hospital de médio porte, com 780 leitos. Uma olhada nos seus quatro andares mostra a realidade: estão vazios, com apenas a triagem e o pronto-atendimento cirúrgico, que durante a visita atendia três feridos por foguetes do Hezbollah, funcionando no térreo.

As salas em que isso ocorre são um grande bunker, reforçadas. No quarto andar, os leitos vazios são banhados pela luz de um sol que permite entrever, pela janela, as montanhas da fronteira libanesa. E a ameaça que vem de lá.

Ela levou, antes da guerra de 2006, para o início da transformação do hospital em um bunker. “Somos a segunda maior instalação médica da região, e a mais próxima das fronteiras. Tudo foi trazido aos poucos aqui para baixo”, diz Schelag, já guiando a visita embaixo da terra.

Nessa configuração, que está em uso desde o dia seguinte ao 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou 1.170 pessoas e sequestrou 251. “Funcionamos com 450 leitos, e temos de deixar uma capacidade ociosa para emergências”, conta o médico.

No andar inferior, há portas à prova de explosão e sistema de purificação de ar em caso de ataque químico ou biológico, como num bunker militar. “Sabemos que a próxima guerra será pior”, diz Sharon Mann, que faz as relações internacionais do hospital.

Nos corredores, mantimentos já são guardados, à espera da eventual invasão terrestre do Líbano, ameaçada por Israel. Enquanto isso, pacientes da região e também refugiados de outros pontos do norte são atendidos.

Essas 60 mil pessoas deslocadas de suas casas são a justificativa oficial de Netanyahu para a escalada —para seus críticos, apenas uma desculpa para manter sua coalizão de partidos radicais coesa, tirando foco do fato de que o Hamas ainda luta em Gaza e que há talvez 64 reféns vivos.

Essas pessoas moravam em 43 comunidades ao longo da fronteira, deixando para trás suas casas e trabalho. “Minha vida acabou em duas horas”, relata Inbal Levy, 62, que agora está em um hotel pago pelo governo na praia de Nachsholim, 60 km ao sul do hospital. Ela morava no kibutz de Bar’am, junto à fronteira libanesa no centro da Alta Galileia.

Cerca de 40 km a nordeste de lá, em She’ar Yashuv, 10% dos 700 moradores decidiram ficar. O lugar é um moshav, comunidade judia que se diferencia dos kibutzim pela liberdade econômica maior. Mas a ideia comunal é semelhante.

“Eu não iria para lugar algum. Vou defender minha casa”, diz Gidi Harari, 67, um militar aposentado que vive com a mulher no local. Ele é o chefe do equivalente à defesa civil do local, dividindo funções com a guarnição de soldados —e o reforço inusitado de manequins colocados em guaritas de concreto no portão principal do moshav.

O surrealismo daquele pedaço de Israel incrustado no sul libanês, que é grande ao circular pelas ruelas de She’ar Yashuv, aumenta quando se dirige por 10 minutos a oeste, rumo a Kiryat Shmona. A cidade era a maior da região, com 22 mil habitantes.

Hoje, é uma vila fantasma. Ruas vazias cruzadas por um outro carro, e até um soldado em patinete elétrico, são mantidas limpas por lixeiros eventuais. Tudo está fechado, com a exceção de um par de mercados que atendem aos 2% de moradores remanescentes.

O motivo é simples: no paredão montanhoso 2 km a leste, está o Hezbollah, assim como nos morros 5 km a norte.

A cidade, como a vizinha e semidestruída Metula, serve de galeria de tiro para foguetes de artilharia que, como a reportagem descobriu da pior maneira quando visitava a região na quarta, chegam antes de o sistema de alerta via celular ter tempo de avisar.

Harari não é otimista. “As forças de Israel estão cansadas. Elas têm que ganhar o público de novo”, diz, acerca de uma eventual guerra terrestre.

Se ela vier, a avaliação do ex-militar não parece fora de foco: pesquisa divulgada pelo Instituto para Estudos de Segurança Nacional divulgada nesta semana vê uma confiança de 65% dos israelenses em vitória, não exatamente um triunfo parar o contestado Netanyahu.

Igor Gielow/Folhapress

‘Cenário de pesadelo’ assombra PT se Boulos ficar fora do 2º turno em SP

A simples possibilidade de Guilherme Boulos (PSOL) não ir ao segundo turno na eleição para prefeito de São Paulo, embora considerada remota, tem provocado calafrios no PT, pelas consequências negativas que teria.

Um eventual vexame seria uma das maiores derrotas políticas da longa carreira de Lula, que investiu todo o seu capital político na aliança e sofreria um baque rumo à eleição de 2026. Já Boulos perderia muita força como representante da renovação da esquerda pós-lulista.

No PT, este cenário levaria a um duro debate interno sobre a decisão de abrir mão da cabeça de chapa na maior cidade do país. Novos gestos neste sentido em eleições futuras enfrentariam dificuldades.

Na campanha de Boulos, a avaliação predominante é que a esquerda tem força para chegar ao segundo turno e que o voto nele é o mais consolidado da atual corrida.

Mas a resiliência de Marçal, mesmo após o episódio em que um assessor agrediu o marqueteiro de Ricardo Nunes, impressiona os aliados do psolista, o que gera preocupação.

Um efeito já se faz sentir: Boulos viu frustrada sua estratégia de, na reta final, concentrar suas energias em Nunes e precisará também mirar no coach, para não correr riscos de morrer na praia já no próximo domingo (6).

Segundo o Datafolha, Boulos e Marçal estão empatados no limite da margem de erro, com 25% para o candidato do PSOL e 21% para o do PRTB. Nunes aparece com 27%.

Fábio Zanini/Folhapress

SSP encerra Curso Avançado de Nivelamento para Guardas Municipais

A Secretaria da Segurança Pública, por meio da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial (SIAP), concluiu nesta sexta-feira (27), a edição avançada do Nivelamento Interfederativo em Segurança Pública para Guardas Municipais.

O evento teve a participação de profissionais de 31 municípios baianos e contou com aulas teóricas e práticas das matérias Cadeia de Custódia de Vestígios, Sobrevivência em Situação de Risco, Estratégias de Abordagem a Veículos, Fundamentos da Inteligência, Gerenciamento de Crise, Operações Integradas, entre outras.

Certificados de participação foram entregues para os guardas municipais que concluíram a capacitação.

 O coordenador executivo da SSP, Olinto Marcelo, ressaltou a importância do Nivelamento, explicando que o maior patrimônio das instituições é o servidor.

 Vamos em paz, que Deus nos abençoe, e que façamos um mundo melhor, e lembrem-se: a vida é curta demais para ser pequena”, enfatizou Olinto, durante a entrega dos certificados.

O superintendente da SIAP, delegado André Barreto, explicou que a capacitação permitiu o compartilhamento de técnicas, recursos e estratégias com as Guardas Civis Municipais, promovendo um trabalho em conjunto de conhecimento que aborda a prevenção e autoproteção dos agentes.

“Essa abordagem integrada potencializa a eficácia das políticas de segurança pública, contribuindo para a construção de cidades mais seguras através da ação coordenada entre as Forças”, disse Barreto.

Texto: Maiara Giudice / Ascom SSP

PF em ação conjunta com BPFRON e BOPE apreendem veículo carregado com 303,5kg de maconha

Guaíra/PR. Nesta sexta-feira (27/9), durante uma operação conjunta, policiais federais e policiais militares do BPFRON e BOPE-PM/PR realizavam patrulhamento quando avistaram um indivíduo colocando um fardo de cor amarela dentro de um veículo estacionado na garagem de uma residência. Ao perceber a presença das equipes, dois indivíduos correram para o fundo da casa, pulando muros e tomando rumo desconhecido, enquanto outros dois permaneceram no local.

Após a abordagem, as equipes inspecionaram o veículo e encontraram os fardos, que continham maconha. A droga foi pesada e totalizou 303,5 kg.

Diante dos fatos, os envolvidos, juntamente com o veículo e todo o material apreendido, foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Guaíra/PR para os procedimentos subsequentes.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

‘Chegou a hora de Feira dar uma oportunidade a Zé Neto’, diz Rui Costa durante caminhada

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), reafirmou, neste sábado (28), seu apoio ao candidato a prefeito da coligação “Pra Fazer o Futuro Acontecer”, Zé Neto (PT), e conclamou que “chegou a hora de Feira de Santana dar uma oportunidade” ao petista nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

A declaração foi dada por Rui Costa durante a “Caminhada da Mudança”, no centro da cidade, ao lado de Zé Neto e do candidato a vice-prefeito Sandro Nazireu.

“Eu acho que depois de tantos e tantos anos, chegou a hora de Feira de Santana dar essa oportunidade a Zé Neto. Esse é um pedido meu, do presidente Lula, do governador Jerônimo, dos senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, para que possamos juntos cuidar ainda mais das pessoas numa aliança para fazer as coisas acontecerem em Feira com Zé Neto prefeito. Eu não tive essa oportunidade quando fui governador, mas acredito que Jerônimo e Lula merecem. Por isso, eu peço que o povo de Feira vote 13 para prefeito no próximo dia 6 de outubro, pra gente começar uma nova história de desenvolvimento na nossa Princesa do Sertão”, enfatizou o ministro.

Fuzil, submetralhadoras, espingarda e pistola são apreendidos com integrantes de facção em Santo Amaro

 Equipes da Rondesp Recôncavo e da 20a CIPM alcançaram traficantes durante tentativa de ataque.

Fuzil, submetralhadoras, espingarda, pistola, carregadores e munições foram apreendidos com integrantes de uma facção, na cidade de Santo Amaro, na região do Recôncavo Baiano. Equipes da Rondesp Recôncavo e da 20a CIPM alcançaram um “bonde” de traficantes na madrugada desta sexta-feira (27).

O grupo criminoso, com cerca de 20 homens, pretendia assassinar rivais de outra organização criminosa. Vídeos e fotos exibindo armas foram postadas pelos traficantes nas redes sociais.

Os integrantes de uma facção foram surpreendidos no bairro do Polivalente. Na tentativa de prisão houve confronto e fuga para uma região de mata fechada. Cinco criminosos acabaram feridos, chegaram a ser socorridos, mas não resistiram.

Unidades ordinárias e especializadas da Polícia Militar, com suporte da FICCO Bahia, promovem varreduras na região, com o objetivo de prender outros integrantes da facção.

Informações sobre os foragidos podem ser enviadas para o Disque Denúncia da SSP, através do telefone 181. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.

Texto: Alberto Maraux

PF prende primeira-dama de João Pessoa em investigação sobre aliciamento de eleitores

Primeira-dama Lauremília Lucena e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP)
A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (28) a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, esposa do prefeito Cícero Lucena (PP).

A prisão aconteceu no âmbito da terceira fase da Operação Território Livre, que investiga o envolvimento de facções criminosas na eleição da capital paraibana e o aliciamento violento de eleitores.

Em nota, o prefeito Cícero Lucena se disse alvo de “um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição”. Também informou que Lauremília não teme as investigações e demonstrará na Justiça que é vítima de perseguição política.

Ao todo foram cumpridos dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão. Além da primeira-dama, também foi presa Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, que atuava como assessora da esposa do prefeito.

A atual fase da operação, batizada de Sementem, é resultado da análise do material apreendido nas duas fases anteriores da operação e, segundo a PF, tem como objetivo complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.

O prefeito Cícero Lucena afirmou que há um uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa. E acusou os adversários de divulgar inverdades sobre Lauremília, com o intuito de “manchar a honra de uma mulher íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano”.

“Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa”, afirmou.

A primeira fase da Operação Território Livre foi deflagrada no início do mês e cumpriu três mandados de busca e apreensão no bairro São José.

Foram apreendidos na operação R$ 35 mil em dinheiro, celulares, documentos com dados pessoais de diversas pessoas que não moravam no local da busca, além de contracheques de funcionários da prefeitura.

Na segunda fase, foi presa a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), aliada do prefeito Cícero Lucena, de quem foi secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos.

As investigações sobre o aliciamento violento de eleitores ganharam o centro do debate eleitoral na capital paraibana. Opositores acusam a gestão do prefeito e candidato à reeleição Cícero Lucena de ter relação com o crime organizado.

Candidatos de oposição afirmaram terem sido barrados em atividades de campanha em algumas comunidades. Em 15 de agosto, o deputado federal e candidato a prefeito Ruy Carneiro registrou um boletim de ocorrência no qual relata que suspendeu uma atividade de campanha no bairro do Cristo Redentor após ameaças de criminosos.

Em entrevista, Ruy Carneiro relatou outros casos de ameaças, incluindo uma apoiadora que foi avisada por criminosos que seria expulsa do bairro caso gravasse uma propaganda a seu favor.

O prefeito lamentou a atitude dos adversários e disse que eles estão unidos em um posicionamento antagônico às tradições democráticas da Paraíba.

“Mais uma vez nossos adversários tentam manchar minha imagem e, pior, a imagem da nossa cidade. João Pessoa é morada de um povo pacífico e ordeiro, uma terra de gente de bem, onde todas as eleições sempre foram tranquilas”, afirmou.

João Pedro Pitombo/Folhapress
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‘Dinheiro nenhum vai pagar dor e angústia’, diz viúva sobre suicídio de ex-diretor da Caixa

Edneide Lisboa, viúva do ex-diretor da Caixa Sérgio Batista
Exatamente 21 dias depois do escândalo de assédio sexual e moral envolvendo a gestão de Pedro Guimarães na Caixa, a vida da bancária Edneide Lisboa também entrou em crise, quando o marido dela, Sérgio Batista, cometeu suicídio na sede do banco, em Brasília.

Funcionário de carreira da Caixa, Sérgio já tinha sido assessor de três presidentes e, desde março daquele ano, estava à frente da Diretoria de Controles Internos e Integridade, área que recebia as denúncias e as encaminhava para a corregedoria.

Mais de dois anos após o episódio, Edneide falou com exclusividade ao jornal Folha de S.Paulo. A viúva tem agora ao menos três objetivos: honrar o nome do marido, deixando claro que ele não estava envolvido com eventuais crimes da gestão, garantir que isso não se repita na Caixa e ampliar a discussão sobre saúde mental.

A ação da bancária também pode ter desdobramentos inéditos na esfera trabalhista. A Justiça reconheceu em primeira instância o suicídio de Sérgio como acidente de trabalho —e condenou a empresa ao pagamento de uma das maiores indenizações da história, segundo autoridades a par do caso. O banco afirma que “fortaleceu seu sistema de governança para investigar denúncias e proteger denunciantes e colaboradores”.

É a primeira vez que você dá entrevista. Por que tomou essa decisão?

A morte do Sérgio foi algo muito silencioso. Gostaria de levar a mensagem de que não é esse o melhor caminho para resolver qualquer situação, principalmente agora que a gente está no Setembro Amarelo, em que se fala muito de suicídio. Que essa voz chegue a quem precisa de acalanto e força para continuar.

Em que momento decidiu acionar a Justiça?

A Justiça precisa ser coerente com o que aconteceu. Minha força vem da crença de que tudo vai ser resolvido e esclarecido. Busco justiça também para atingir o coletivo, para chegar a outras pessoas e até a colegas dele que podem estar passando por situação semelhante.

A informação é de que a sra. pede indenização de R$ 40 milhões à Caixa e de que houve decisão favorável, mas não nesse valor. O que a sra. pode dizer?

O processo está em sigilo. A questão não é tanto o valor. Não é simplesmente uma ação trabalhista. Porque dinheiro nenhum vai trazer o Sérgio de volta, dinheiro nenhum vai pagar a dor, a destruição de uma família. E dinheiro nenhum também vai pagar a dor que o Sérgio sentiu. A angústia. [Ver e ouvir] tudo calado ali. Foi dilacerante para ele isso, até ele tomar essa decisão de tirar a própria vida. É isso que eu posso falar.

Em que momento percebeu a gravidade do que havia acontecido na Caixa?

O Sérgio sempre foi uma pessoa muito discreta com relação ao trabalho, até pela função que ele tinha. Ele é muito ético, não comentava. Mas, no dia que estourou o escândalo, ele chegou em casa apreensivo. Ligou a TV falando: ‘Olha o que está acontecendo na Caixa. Está pegando fogo lá. Isso tudo é exatamente na minha área, o Ministério Público do Trabalho está lá dentro fazendo as investigações’. Eu falei pa ra ele: fica tranquilo. Continue trabalhando do jeito que você trabalha, é necessário que isso seja feito. Mas ele nunca comentou nada, até pelos sigilos. Mas eu via uma preocupação dele com relação ao que estava acontecendo, até por ser uma pessoa extremamente responsável.

Eu, sinceramente, não percebi que ele poderia chegar a uma atitude extrema. Não passou pela minha cabeça que ele pudesse tomar essa decisão. Por isso eu falei que ele estava sofrendo calado. Estava angustiado. E eu achava que era o dia a dia do trabalho. É normal às vezes você ter um dia mais estressante, ficar mais preocupado. Mas uma atitude extrema dessa nunca passou pela minha cabeça. Foi muito tempo de terapia e o próprio reforço da espiritualidade para eu me livrar desse sentimento de culpa.

A morte do Sérgio foi menos de um mês depois do escândalo. Como vê isso hoje?

No meu ponto de vista, ele estava sofrendo muito com tudo o que estava acontecendo, além da pressão por uma resposta, para que as coisas se resolvessem. O ambiente estava tóxico. Havia uma pressão institucionalizada ali, uma situação de assédio institucional. Era uma cadeia de assediadores. Ele provavelmente sofreu isso também, essa pressão. E a angústia de ver os colaboradores dele também angustiados.

Pressão depois que o caso veio a público? Ou acha que houve pressão anterior?

Eu não sei. Não saberia responder com precisão. Mas com certeza depois veio essa pressão toda. Os órgãos de investigação estavam dentro da diretoria dele. Ele não tinha o que temer, mas, de qualquer forma, a pessoa fica angustiada e apreensiva. Ele era diretor de Controles Internos e Integridade. Era a área por onde chegavam as denúncias, mas ele não tinha a gestão. Ele repassava para a corregedoria da Caixa. Quem fazia a investigação e todo o processo era a corregedoria.

Então para a sra. o caso do Pedro Guimarães também foi uma surpresa?

Foi uma surpresa. A gente não imaginava que o líder de uma instituição como a Caixa, uma empresa 100% pública, que tem missão e valores com que todos os empregados se identificam… Porque a gente até brinca que o empregado da Caixa trabalha por amor. É muito grande o que se faz ali; você muda a vida de famílias. Foi uma surpresa, até por eu já ter trabalhado lá, saber que a empresa chegou a uma situação dessas, incontrolável. Uma situação onde uma única pessoa, pode-se assim dizer, conseguiu transformar uma empresa em um campo de batalha, em um terror para todos que estavam ali. Um lugar de medo, de repressão. Foi uma surpresa muito grande. Eu sempre tive orgulho de falar que trabalho na Caixa. E o Sérgio também tinha.

O que espera do Pedro Guimarães?

Eu nem gostaria de falar sobre ele, até porque eu não trabalhei diretamente com ele. Em relação à Caixa, eu espero que tenha uma correção de rumos, sim. Espero que situações como essa nunca mais voltem a acontecer. Que tenham medidas de não repetição, de fato. Isso eu espero.

Quando o Sérgio morreu, surgiu a informação de que ele havia deixado o computador ligado —o que foi interpretado como um sinal de que ele queria expor algo. Isso se confirmou?

Não houve menção a isso na investigação. Mas o próprio fato de ele ter cometido suicídio na Caixa já demonstra que o problema era ali. Que ele queria chamar atenção para algo que estava acontecendo lá. E que não estava bom. Estava ruim para todos. Foram momentos realmente de muita tensão, terror, angústia, medo. Pessoas com medo de perder o emprego, a função; se sentindo ameaçadas.

Não sei se a máquina dele estava ligada ou não, mas o que eu posso afirmar é que o protesto dele foi em relação ao que estava acontecendo ali. O ambiente estava realmente adoecido para ele chegar a uma decisão como essa. No dia da morte dele, a gente almoçou juntos. E eu não percebi. Eu demorei uma semana para acreditar. Achei que eu ia morrer junto também. Fiquei recapitulando tudo.

A Caixa reconheceu alguma falha de segurança?

Não.

E a sra. identificou algo?

A falha que a gente identificou foi no acesso às janelas. Essa foi a falha no prédio da matriz. Mas eu poderia dizer também que, no momento em que estourou uma crise dessas dentro da empresa, deveria ter havido o acompanhamento psicológico e psiquiátrico para as pessoas que estavam mais envolvidas com aquela situação. Se você está em uma crise, os empregados que estão na vitrine precisam receber um olhar diferente.

Um dos meus objetivos é honrar também o nome do Sérgio. Porque, assim como tem pessoas que sabem da conduta dele, quem ele era, pode ser que tenham pessoas imaginando que tinha alguma coisa errada ali. Tem que ter esse reconhecimento de que ele era uma pessoa ética. Ele merece ser honrado assim. É um dos objetivos da minha luta na Justiça: deixar claro que o Sérgio não estava envolvido de forma nenhuma nem compactuava com o que estava acontecendo.

Há também a informação de que a Justiça já entendeu o suicídio do Sérgio como acidente de trabalho, o que talvez seja inédito.

No Brasil a gente realmente não achou nenhuma referência nesse sentido. Mas, fora do Brasil, sim. Fora do país isso já é algo muito forte, principalmente em situações de assédio. Eu estou muito confiante na nossa Justiça. A nossa ideia é que esse caso do Sérgio realmente vire uma jurisprudência.

Como está a sua vida hoje?

A minha vida hoje tem um buraco onde eu fico me dividindo entre acolher a minha sogra, a mãe dele, e a minha filha, que desenvolveu síndrome do pânico, que sente muita falta desse pai. É um buraco que nunca vai ser preenchido, mas a gente está tentando lidar com essa situação de outra maneira. Tudo tem um para quê, nada é em vão. A gente tem que seguir em frente.

De que forma gostaria que o Sérgio fosse lembrado?

Como uma pessoa amorosa, um amigo. Um pai e um marido dedicado. Um filho exemplar, que até hoje faz falta para os pais. E um empregado, um colega de trabalho com uma reputação elevadíssima. Uma pessoa extremamente ética, técnica e comprometida com o que fazia. Todos tinham o Sérgio como uma referência em alegria, aconselhamento, trabalho. Até hoje eu escuto as pessoas falarem: ‘Nossa, que falta o Serginho faz’. Ele está fazendo muita falta para todos.

Thaísa Oliveira/Folhapress

PF apreende R$ 2 milhões em espécie após denúncias de compra de voto no CE e em AL

Apreensão de R$ 500 mil durante ação da Polícia Federal, em Juazeiro do Norte, no Ceará
Faltando pouco mais de uma semana para as eleições municipais de 2024, a Polícia Federal apreendeu nos últimos dias R$ 2,37 milhões em espécie em casos no Ceará e em Alagoas, com suspeita de que o dinheiro seria usado para compra de votos na campanha.

Nesta sexta-feira (27), os agentes federais apreenderam R$ 500 mil em espécie em Ponta Verde, bairro nobre de Maceió. Um suspeito, que não teve o nome divulgado, foi levado para a sede da PF para prestar esclarecimentos. De acordo com os policiais, o homem estava com o dinheiro “sem aparente origem lícita ou justificativa plausível para o transporte”.

Um inquérito foi aberto para apurar possíveis crimes de relacionados a compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

A ação foi desencadeada após a PF receber a denúncia de que uma pessoa realizaria o saque de uma grande quantia para ser utilizada na compra de apoio eleitoral para as eleições no dia 6 de outubro.

Também foi por meio de denúncias sobre o transporte irregular de valores que a Polícia Federal apreendeu R$ 1,6 milhão, que seriam utilizadas para a compra de votos no Ceará.

Na quinta-feira (26), os agentes localizaram dois suspeitos com R$ 500 mil em espécie no município de Juazeiro do Norte (a 500 km de Fortaleza). Ambos foram conduzidos à sede da PF na cidade para prestar esclarecimentos.

No dia anterior, duas operações distintas da Polícia Federal em Fortaleza também apreenderam um suspeito com R$ 437 mil no centro da cidade. Na segunda, foram apreendidos R$ 600 mil no bairro Papicu. As duas apreensões ocorreram na quarta-feira (24).

Na cidade de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Fortaleza, os agentes federais encontraram uma quantia de R$ 150 mil escondida em uma sacola localizada aos pés do passageiro, na segunda-feira (23). A apreensão ocorreu durante uma abordagem após denúncias recebidas da população.

Além do dinheiro, foram encontrados também materiais de campanha eleitoral, uma lista de eleitores, documentos diversos e mídias digitais.

De acordo com a PF, ainda não foram confirmadas a origem e o destino dos valores, mas apreensões, estão sendo investigadas como possível crime de corrupção eleitoral.

Aléxia Sousa/Folhapress

Exército israelense anuncia morte do chefe do Hezbollah

Foto divulgada pelo Hezbollah em setembro mostra Hassan Nasrallah, à direita, ao lado de Hashem Safieddine em local desconhecido
O mega-ataque realizado na noite de sexta-feira (27) por Israel contra o QG do Hezbollah em Beirute matou Hassan Nasrallah, 64, o todo-poderoso líder do grupo extremista libanês. Forças israelenses confirmaram a morte neste sábado (28).

“Hassan Nasrallah está morto”, declarou um porta-voz do exército, Nadav Shoshani, na rede social X. Outro porta-voz, David Avraham, confirmou à AFP que o chefe do Hezbollah foi “eliminado”.

O assassinato, em uma ação que botou abaixo seis edifícios com bombas desenhadas para destruir bunkers, é o momento mais dramático em 18 anos de atrito desde que israelenses e o Hezbollah se enfrentaram na mais recente guerra entre os dois.

A operação foi a culminação de dez dias de escalada por parte de Israel, que declarou ter perdido a paciência após quase um ano de ataques fronteiriços. O Hezbollah lançou estimados 9.300 foguetes e mísseis até aqui, como forma de apoiar o Hamas.

O grupo terrorista palestino havia atacado o Estado judeu de forma inédita e bárbara em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251. Essa crise segue inconclusa, com o Hamas bastante enfraquecido, mas ainda vivo, e com ao menos 64 reféns que Tel Aviv diz estarem vivos.

Assim, a violenta ação de Israel, que começou com pagers de membros do Hezbollah explodindo em uma gigante ação coordenada e acabou com a morte de Nasrallah, é objeto de dúvidas acerca da motivação do premiê Binyamin Netanyahu —interessado em manter o poder com o apoio que tem da direita ultrarreligiosa.

Seja como for, dezenas de comandantes e seus substitutos foram mortos nas fileiras do Hezbollah, e o grupo perdeu alegados 50% de seu arsenal de mais de 150 mil mísseis e foguetes. Desde a guerra de 2006, que terminou num empate favorável ao grupo, ele nunca foi tão afetado.

Isso leva a dúvidas sobre sua capacidade de reação. Na noite de sexta, quatro horas depois do bombardeio em Beirute, que deixou ao menos outros dois mortos e 76 feridos, os extremistas dispararam 65 projeteis contra o norte de Israel.

Há ponderações de outra natureza. O Irã, que banca o Hezbollah e o Hamas, além de outros grupos da região, pode com essa degradação do Hezbollah perder um grande anteparo entre o poderio de Israel e suas forças.

Isso pode tanto levar a teocracia iraniana a ainda mais comedimento, para evitar se expor e talvez tentar salvar o arsenal restante dos aliados, ou a emular o comportamento de abril —quando lançou sem sucesso militar 330 mísseis e drones pela primeira vez na história contra Israel.

Naquela ocasião, contudo, havia uma vingança pontual em curso, devido ao ataque israelense à embaixada iraniana em Damasco, na Síria. Quando o morto era um convidado ilustre a Teerã, o então líder do Hamas Ismail Haniyeh, as promessas de dura retaliação ficaram no ar.

Nesta sexta, a diplomacia iraniana falou novamente em punir Israel, mas novamente o motivo é a morte de um aliado, não de uma autoridade iraniana. É algo a ver qual será o comportamento de Teerã.

Isso dito, Nasrallah é um peixe ainda mais graúdo do que foi Haniyeh. O clérigo ascendeu ao poder em 1992, depois que Israel matou seu antecessor, Abbas al-Musawi, com o disparo de um míssil de um helicóptero.

De um movimento lateral no caldeirão de disputas sectárias da guerra civil libanesa (1975-1990), onde mal teve papel ativo, o Hezbollah passou ao status de mais importante força armada não estatal do mundo. Nasrallah e sua proximidade com o Irã, que então começava a expansão de sua estratégia de uso de prepostos contra EUA e Israel, foram instrumentais para isso.

Ele havia escapado a diversas tentativas de assassinato antes, mas o emprego de bombas antibunker por Israel, arriscando grande condenação pela morte de inocentes, mostra que o Estado judeu não queria perder a oportunidade que lhe foi apontada pelos serviços de inteligência.

Sem Nasrallah e com toda sua cadeia de comando machucada pela ação de Tel Aviv, é incerto como será o poder de recuperação do Hezbollah.

Os próximos dias serão vitais para descobrir para onde a crise vai: se haverá uma escalada pelo que sobrou do Hezbollah e pelo Irã, ou se por outros atores como os houthis do Iêmen.

Nos últimos dias, Netanyahu manobrou entre um anúncio de proposta de paz para a região envolvendo múltiplos atores e a reafirmação de sua intenção belicista no discurso proferido na ONU poucos minutos antes do ataque a Beirute.

Resta agora saber quem piscará primeiro, e se Israel irá manter o pé no acelerador, visando talvez a invasão terrestre que anda a ameaçar contra as posições do Hezbollah no sul do Líbano. Até isso tudo se definir, a tensão ficará em nível máximo.

Igor Gielow/Folhapress

Nuvem de fumaça avança e cobre até 80% do Brasil

Fumaça toma conta das ruas de Brasília
A pluma de fumaça que encobre o Brasil não é nova, mas chegou em lugares antes improváveis, como Rio Grande do Sul, São Paulo e sul da Bahia, explica Karla Longo, especialista em química da atmosfera do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Segundo medições dos satélites observadas por ela, o país chegou a ficar, em média, 60% coberto por fumaça nos meses de agosto e setembro– até 80% em alguns dias desta semana.

A seca intensa ajudou a espalhar e prolongar a nuvem poluente. Essa camada de aerossol já é comum às populações do Norte e Centro-Oeste, sendo observada desde o início do monitoramento por satélite do Inpe, em 1998. O diferencial deste ano é a mudança no comportamento da fumaça, que agora atinge mais regiões do Brasil.

“O calor intenso que vivemos nesse inverno fez com que a forma da pluma passasse com mais frequência e intensidade pelas regiões Sudeste e Sul. Em menor escala, ela também passou por Goiás, Minas Gerais e até o sul da Bahia, eventos que normalmente não aconteciam”, diz Longo.

A pesquisadora alerta que, com estações mais quentes e secas, é possível que o território brasileiro fique cada vez mais encoberto, com o avanço das mudanças climáticas.

Nesta quinta (26), pela primeira vez desde o início da estação seca, a nuvem de fumaça se conectou com os corredores de umidade da amazônia, causando instabilidades na atmosfera desde o sul do Brasil até o noroeste do Amazonas.

Essas instabilidades produzem chuvas isoladas, que devem durar pelos próximos dias. O evento também está ligado à chuva preta, resultado da mistura da água com a fuligem carregada pela fumaça.

“Para ter queimada, são necessários dois fatores: ignição e propagação. No Brasil, a ignição é humana, e prever comportamento é bem difícil. A região central do país ainda vai permanecer seca por pelo menos mais um mês”, afirma Longo, ao ser questionada até quando irá durar a pluma de fumaça. “Vamos supor que todo mundo parasse de tacar fogo, a fumaça ainda durará cerca de uma semana”.

Este ano, a fumaça tem circulado mais intensamente. Por trás desse fenômeno está o sistema Alta Subtropical do Atlântico Sul (Asas), uma área de alta pressão que impede a formação de nuvens e aumenta as temperaturas. Esse ano, os efeitos do Asas foram mais intensos, com temperaturas acima da média em todo o Brasil e menos chuva.

Frentes frias desviam a pluma para o Atlântico, mas ela recircula e volta para o continente, espalhando-se por áreas maiores e permanecendo no ar por mais tempo. A fumaça gerada por uma queimada pode durar até dez dias na atmosfera, afetando a qualidade do ar com partículas nocivas à saúde, como as MP 2,5 (material particulado com 2,5 micrômetros, que pode penetrar camadas mais profundas do pulmão).

Ao menos 40% dos brasileiros dizem que tiveram a saúde muito afetada por queimadas em BH e São Paulo, aponta Datafolha. No Rio de Janeiro, o índice cai para 29% e, no Recife, para 27%.

Além da fumaça visível, há gases poluentes invisíveis, como monóxido de carbono e precursores de ozônio, além de CO2, principal gás de efeito estufa. Esses gases podem permanecer na atmosfera por meses ou anos.

A situação deve melhorar no Sudeste até o fim do mês, mas a amazônia não terá alívio em breve, com estiagem prevista até outubro.

Diego Alejandro/Folhapress

Solenidade de Conclusão do Curso Básico de Motociclista Policial 2024

No início da tarde desta sexta-feira, 27/09, na área cívica do 9º Batalhão, foi realizada a Solenidade de Conclusão do Curso Básico de Motociclista Policial - CBMP 2024. Curso no qual capacita Policiais Militares para a atividade de policiamento ostensivo, através de técnicas básicas de pilotagem policial, no processo  motorizado com motocicletas.
Concluíram o curso 53 alunos do Curso de Formação de Soldados PM.

PMBA, uma Força a serviço do cidadão!
Fonte: ASCOM/9°BEIC

Ibirataia: Sandro Futuca realiza Passeata da Vitória neste sábado, 28 e deve quebrar recorde de público

Neste sábado, 28 de setembro, Sandro Futuca e Caio Pina irão realizar a Passeata Vitória, a partir das 18h15, com saída prevista da Rodoviária. Evento que promete; mais uma vez, quebrar recorde de público em Ibirataia percorrerá as principais ruas da cidade até a chegada na Praça 7 de Setembro.

A chapa Sandro Futuca e Caio Pina está com uma campanha forte e consolidada em Ibirataia junto ao povo que aposta na verdade como instrumento de transformação social, além de contar com o apoio do Governador Jerônimo, o Ministro Rui Costa e todo o time de Lula.

O que fortalece ainda mais a confiança dos Ibirataienses que apostam numa vitória de Futuca, é que o candidato está a frente das pesquisas municipais e a campanha numa crescente visível nas ruas da cidade.

“A força dos nossos eventos é a comprovação que  Ibirataia está no caminho certo e por isso, eu vejo que esse é um grande compromisso que terei que assumir com nossa cidade de fazer uma gestão ainda melhor, para superar as expectativas em respeito ao reconhecimento da da população em nosso grupo”, disse Futuca.

Os movimentos populares tem sido uma grande marca da campanha que futuca ali, futuca lá, pra Ibirataia avançar!

Eleições 2024: Justiça Eleitoral determina exclusão de vídeo em redes sociais de Alipinho por acusações contra Laryssa Dias e Flávia Mendonça.

Em decisão liminar proferida pela juíza eleitoral Leandra Leal Lopes, da 24ª Zona Eleitoral de Ipiaú, foi determinado que os representados Alípio Alves de Oliveira Junior e Leoncio Sales Campos Filho retirem a veiculação da propaganda eleitoral difamatória, afirmando que a candidata Laryssa Dias está sendo financiada por recursos de origem ilícita, o que, segundo a decisão, extrapola os limites da liberdade de expressão.
 
A juíza considera que a exclusão do conteúdo específico  é de fundamental importância para manter o respeito e a dignidade no pleito eleitoral,  afirma na decisão que o vídeo indicado na representação contém expressões caracterizadoras de propaganda negativa em desfavor da candidata na Coligação Representante a sucessora da Prefeita Maria das Graças, atribuindo-lhe, inclusive, a prática de crimes, na medida em que afirma que sua campanha é financiada por recursos de origem ilícita, o que supera o limite da liberdade de expressão em razão do caráter ofensivo da postagem, com aptidão a configurar crimes de difamação e calúnia eleitorais.
 
A magistrada fundamenta o deferimento, sob o Art.  243, que diz:  Não será tolerada propaganda: (…) IX – que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que

A representação foi movida pela coligação "Para Ipiaú Seguir em Desenvolvimento", composta pelos partidos PP, Avante e a Federação Fé Brasil (PT, PCdoB e PV).

A magistrada ordenou que a postagem contestada, feita no perfil do Instagram de Alípio Junior (@alipinhodm), fosse removida no prazo de um dia, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00, limitada a R$ 10.000,00.


Prefeitura de Ipiaú entrega o primeiro Infocentro Municipal no bairro Euclides Neto

A Prefeitura de Ipiaú realizou, na tarde desta sexta-feira, 27, um importante marco para a educação e inclusão digital no município: a entrega do primeiro Infocentro Municipal. Localizado no bairro Euclides Neto, o espaço foi construído com recursos próprios e está anexo à Escola Municipal Agostinho Pinheiro, oferecendo uma estrutura moderna e segura, equipada com 12 computadores para uso da comunidade.

A inauguração contou com a presença da prefeita Maria das Graças, que destacou a importância do projeto para o desenvolvimento educacional e social da cidade. "Esse infocentro é um sonho que se torna realidade. Estamos trabalhando para que a população de Ipiaú, especialmente os jovens, tenha acesso à tecnologia e ao conhecimento. A educação é o maior patrimônio que podemos oferecer, e com esse espaço, daremos mais um passo na formação e capacitação de nossos cidadãos", afirmou a gestora.

Além da prefeita, prestigiaram o evento as secretárias Andrea Suzart (Infraestrutura) e Erlândia Souza (Educação) que foram essenciais para a realização desse projeto.

Estudantes do Colégio Agostinho Pinheiro, membros da equipe escolar e profissionais da Secretaria de Educação e também da engenharia participaram da cerimônia, reforçando a importância do novo equipamento para o ensino local.

O Infocentro foi projetado para atender estudantes, jovens e adultos do município, com cursos voltados para o desenvolvimento digital e capacitação profissional. Segundo Erlândia, "em breve serão divulgados os cursos oferecidos, assim como os procedimentos para matrícula". A expectativa é que o espaço se torne um ponto de referência para a inclusão digital em Ipiaú, proporcionando novas oportunidades de aprendizado e qualificação.

Com mais essa conquista, a gestão municipal segue investindo em ações que fortalecem a educação e promovem o crescimento do município, reafirmando o compromisso de transformar Ipiaú em uma cidade cada vez mais moderna e inclusiva.

Ubatã: Gestão Tinho do Vale entregou Hospital Municipal Dr. César Monteiro Pirajá totalmente reformado e equipado nesta quinta (26)

Na noite da última quinta-feira, 26, foi entregue aos ubatenses o Hospital Municipal Dr. César Monteiro Pirajá totalmente reformado, como presente ao povo pelo aniversário de 71 anos de emancipação política do município. O evento contou com as presenças de autoridades como os deputados Josias Gomes (PT) e Patrick Lopes (AVANTE).
Com um investimento em mais de seis milhões de reais, a unidade hospitalar passa a ter equipamentos modernos e instalações climatizadas, a exemplo do Centro Cirúrgico, Sala de Ultrassonografia de Emergência, Raio-X Digital do mesmo padrão utilizado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, leitos para realização de partos, sala com  incubadoras para recém-nascidos em condições prematuras e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência  (SAMU) com uma estrutura equipada e moderna.

A reforma completa do Hospital Municipal, fruto da parceria entre governo estadual e municipal, o colocou como o melhor hospital de cidades de médio porte do estado da Bahia. Vale ressaltar que o Hospital Municipal atenderá não somente à população local, mas de toda a região também, representando um grande progresso na área da saúde tanto em Ubatã como no Território Médio Rio das Contas.

Doação de órgãos: um ato de solidariedade que transforma vidas

A jovem Ellen Gabrielle dos Santos, de 14 anos, e o pequeno Iago Gama, de apenas sete anos, têm em comum a rotina de cuidados com a saúde renal. Além dos tratamentos como a hemodiálise - que filtra e limpa o sangue de pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica grave, substituindo a função dos rins - eles são dois dos 1908 pacientes que aguardam, na Bahia, por um novo rim, segundo dados registrados de janeiro a agosto de 2024 pela Central Estadual de Transplantes (CET), da Secretaria de Saúde (Sesab).
Ainda conforme o último levantamento realizado pela CET, foram realizadas 677 captações de órgãos e tecidos (córneas), representando um crescimento de 20% na comparação com o mesmo período de 2023. O número de transplantes também cresceu, passando de 702 para 737. No entanto, houve um aumento considerável de pacientes na lista de espera por um novo órgão de um ano para o outro, saindo de 2.979 para 3.555 pessoas que aguardam por rim, fígado, córneas, dentre outros.
Por outro lado, um dado é ainda mais preocupante: a negativa familiar chega a 65%. Muitas pessoas que se recusam a doar os órgãos alegam diversas causas: superstições, medo de que sejam removidos ainda estando vivas ou, simplesmente, por serem desfavoráveis são os principais responsáveis por essa alta taxa.
Essas negativas interferem no destino de Ellen, moradora de Feira de Santana que descobriu o problema renal crônico em 2016. Três vezes por semana, a jovem realiza a hemodiálise. Desde agosto do ano passado, ela espera por um transplante de rim. “A gente faz a campanha pela doação de órgãos. Assim como ela, tem crianças renais, tem os adultos também. É muito importante”, afirmou a mãe de Ellen, Jocivane de Jesus.
Já Iago Gama é morador de Jeremoabo, nasceu com uma má formação na bexiga e precisa passar por frequentes sessões de hemodiálise. O garoto também está na fila, aguardando por um rim há mais de um ano.
“Eu quero muito que ele vá para escola porque ele está sem estudar. Ficar mais tempo em casa, porque como são muitas horas, a gente vive mais aqui no hospital do que em casa. Então, não dá para a gente descansar direito. A espera do transplante é para isso, para que ele tenha uma vida mais normal, para ir para a escola, brincar com os coleguinhas, ir para uma praia”, comentou a esperançosa a mãe do pequeno Iago, Robércia Gama.
 Para conscientizar a sociedade acerca deste tema, durante todo este mês foram realizadas atividades alusivas ao Setembro Verde, de sensibilização e incentivo à doação de órgãos. Entre as ações, caminhadas, parcerias com shoppings e rodoviárias para divulgação de campanhas, e envolvimento de clínicas de hemodiálises e outras unidades de saúde. O “Dia D” de mobilização será na próxima sexta-feira (27), quando é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos.
Gesto de solidariedade
Os aposentados Pedro Araújo da Silva e Lílian Barbosa são exemplos de pessoas que tiveram a vida transformada a partir do ato altruísta de doação de órgãos. Ambos receberam um novo rim.
“Para mim está bom. Não como muita coisa, infelizmente. Eu durmo bem e faço de tudo. Dirijo, tenho um carrinho. Vou pra longe, quatrocentos quilômetros rodando sozinho. Então, minha qualidade de vida é essa daí”, explicou Pedro, que mora em Simões Filho. Ele passou pelo transplante renal há três anos e, a cada dois meses, faz as revisões para avaliar o funcionamento do órgão.
Já Lílian, que completou nove meses de transplantada, se surpreendeu com a rapidez e a melhora na qualidade de vida. “Eu sofria muito porque não tinha acesso, pegava várias infecções. Quando eu cheguei aqui, fiz meus exames, com dois meses eu entreguei, com quatro meses eu tive essa notícia que eu fui chamada para fazer o transplante. Então, foi rápido. A minha recuperação está sendo ótima. Não sinto nada, graças a Deus, e estou livre daquela máquina [de diálise]. A vida, para mim, mudou, depois do transplante”, recordou Lílian.
Captação
 De acordo com o coordenador do Sistema Estadual de Transplante, o médico Eraldo Moura, a baixa adesão às doações é um dado importante e que reflete a falta de conhecimento da sociedade.
 “Quando a gente faz mais transplante e a sociedade percebe os benefícios, porque tem um amigo, tem um parente que foi transplantado, você mobiliza melhor essa sociedade, porque ela consegue ver os resultados do transplante. Então, é uma das linhas de trabalho hoje da Sesab ampliar o número de centros transplantadores e de equipes de transplante para que esses pacientes possam ser transplantados não só na capital, mas também de interiorização do programa”, considerou o médico. 
 
 “Além de ser um ato de solidariedade, um ato que a gente pode fazer, vivemos num país onde tem o maior sistema público de transplante do mundo, onde tem uma legislação de transplante extremamente segura, que todos os processos são feitos dentro dos critérios legais. Isso deixa a gente seguro para poder pensar nessa possibilidade de autorizar, para que o dia que a gente precise também possamos ser beneficiados”, completou Eraldo.
 Unidades e critérios
Na Bahia, algumas unidades são referência neste tipo de procedimento. Os transplantes de fígado são realizados no Hospital São Rafael; e de rim, nos hospitais Ana Nery, Roberto Santos, Português, Aliança e Cardio Pulmonar, na capital, e unidades em Vitória da Conquista e Feira de Santana.
Podem ser doados órgãos ou tecidos de uma pessoa viva ou falecida, que serão utilizados no tratamento dos receptores, com a finalidade de restabelecer as funções de um órgão ou tecido comprometido ou doente. Não é necessário registrar a intenção em cartório, nem em documentos. É preciso informar este desejo aos familiares.
 Para que a retirada seja efetivada, são realizados diversos exames, seguindo critérios rigorosos. Após a confirmação da morte encefálica, a família é consultada e orientada sobre o processo de doação. Já para doar em vida, o interessado precisa ser maior de idade e capaz, juridicamente. O médico deve avaliar a história clínica do candidato e as doenças prévias.
 A Lei federal nº 9.434/2.007, regulamentada pelo Decreto nº 9.175/2.017, dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento.
Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA

Prefeitura de Ipiaú Realiza Audiência Pública e Apresenta Resultados Fiscais do 2º Quadrimestre de 2024

Na manhã desta sexta-feira, 27 de setembro, foi realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Ipiaú, onde foram demonstradas as metas e os resultados fiscais referentes ao segundo quadrimestre de 2024. O evento destacou o comprometimento da gestão da prefeita Maria das Graças com o equilíbrio financeiro e a eficiência administrativa.
Durante a apresentação, Rondinelle Ribeiro, controlador interno do município, expôs os principais indicadores que evidenciam o desempenho positivo da administração municipal. “Chegamos ao final da audiência pública com grande satisfação ao ver os dados que refletem o avanço contínuo da gestão de Ipiaú”, afirmou Rondinelle. Segundo ele, a prefeita Maria das Graças tem conduzido o município com uma política de austeridade, priorizando investimentos em áreas essenciais como educação e saúde, e mantendo o equilíbrio fiscal.

Na educação, foi aplicado 25,21% da receita corrente líquida, superando os índices mínimos exigidos por lei, o que reafirma o compromisso da gestão com a qualidade do ensino. Além dos investimentos em infraestrutura e materiais didáticos, a administração também tem garantido o pagamento do piso salarial dos professores, assegurando a valorização dos profissionais da educação.

Na área da saúde, Ipiaú destinou 22,26% dos recursos para o setor, um investimento que tem permitido melhorias no atendimento à população. Foram citadas as reformas nas Unidades de Saúde da Família (ESF), a ampliação dos serviços médicos e a criação de clínicas especializadas, que visam oferecer um serviço de saúde mais completo e acessível à comunidade.

Outro dado relevante apresentado foi a dívida consolidada líquida do município, que se encontra em 6,62%. Esse número reflete o rigor da administração em manter as contas públicas equilibradas e combater o desperdício de recursos.

A audiência pública foi concluída com a reafirmação do compromisso da prefeita Maria das Graças e de sua equipe em continuar trabalhando para o bem-estar da população de Ipiaú. "É com grande satisfação que mais uma vez vemos os resultados demonstrando o compromisso desta gestão com o equilíbrio fiscal e com a melhoria da qualidade de vida da família ipiauense", finalizou Rondinelle Ribeiro.

Esse evento reforça a transparência e responsabilidade fiscal que têm marcado a administração de Ipiaú, enquanto a cidade segue avançando de forma organizada e sustentável.

PF apreende R$ 500 mil em espécie no combate a crimes eleitorais em Alagoas

Maceió/AL. A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta sexta-feira (27/9), R$ 500 mil em espécie com um suspeito no bairro de Ponta Verde. A operação foi desencadeada após uma denúncia indicar que uma pessoa realizaria o saque de uma grande quantia para ser utilizada na compra de apoio eleitoral para o pleito que será realizado em 6 de outubro.

Com base na denúncia, policiais federais realizaram levantamentos e diligências para confirmar as informações, identificar o suspeito e acompanhar o saque. Durante a abordagem, os agentes localizaram o valor em espécie, sem aparente origem lícita ou justificativa plausível para o transporte.

O dinheiro foi apreendido e o suspeito conduzido à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A origem e o destino dos valores estão sendo investigados, e foi instaurado inquérito policial para apurar possíveis crimes relacionados, como compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

Comunicação Social da Polícia Federal em Alagoas

Embasa divulga novo edital de convocação do concurso público nesta sexta (27)

O edital contempla o preenchimento de vagas dos cargos Agente Administrativo e Operador de Processos de Água e Esgoto
A Embasa divulgou, no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (27), mais uma lista com a convocação de candidatos aprovados no último concurso público da empresa. O edital contempla o preenchimento de vagas dos cargos Agente Administrativo e Operador de Processos de Água e Esgoto para as localidades de Feira de Santana, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Santo Amaro, Senhor do Bonfim e Santo Antônio de Jesus. Na oportunidade, também foi publicado edital de desclassificação.

Os convocados devem comparecer no dia 07 de outubro na sala 26 da sede da Embasa na 4ª Avenida, nº 420 – CAB, para apresentação de documentos. Caso o candidato não compareça ao local, data e horário especificados estará eliminado do Concurso Público.

A lista pode ser acessada no site da Embasa, no endereço www.embasa.ba.gov.br e clicar em Embasa > Pessoas > Concurso Público > Concurso 2022.

O concurso público, sob o regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), prevê o preenchimento de 930 vagas distribuídas entre funções de nível médio, técnico e superior, além do cadastro de reserva. Ao todo, o edital contempla 19 funções distribuídas em 167 municípios baianos.

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