Banco Central se recusa a informar locais de votação de Campos Neto e Galípolo

O Banco Central se negou a informar locais e horários de votação, neste domingo (6), do presidente do órgão, Roberto Campos Neto, e do indicado a seu sucessor no cargo, o atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo.

Por meio da assessoria de imprensa, o BC afirmou que tais informações são pessoais e não estão compreendidas nas atribuições legais do Banco Central.

Indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto é natural do Rio de Janeiro, mas tem domicílio eleitoral em São Paulo.

Galípolo, indicado pelo presidente Lula para suceder Campos Neto a partir de 1º de janeiro de 2025, é de São Paulo. O diretor será sabatinado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado na próxima terça-feira (8).

Em entrevista na semana passada, Campos Neto afirmou ser “maravilhoso ter dois presidentes” à frente da autarquia, durante o período em que atuarão em conjunto.

“Tenho falado com alguns senadores da importância da sabatina, com uma transição suave. Nesses próximos meses trabalharei junto com o Gabriel [Galípolo] fazendo a transição, e isso demonstra o grau de maturidade da autonomia, disse na ocasião.

Em agosto deste ano, Campos Neto disse esperar que seu sucessor “não seja julgado pela camisa que veste, ou se foi para festa de um ou de outro. Que seja julgado por decisão técnica que tomou”.

O chefe do BC se referia ao episódio vivido durante as eleições para presidente de 2022, em que votou vestindo uma camisa amarela da seleção brasileira.

A atuação de Campos Neto foi alvo de sucessivas críticas por parte do presidente Lula, o que gerou reações do mercado ao longo do tempo.

Já Galípolo foi um dos conselheiros de Lula na campanha presidencial de 2022 e atuou como número dois do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Desde que assumiu o posto no BC, ele manteve canal direto com o chefe do Executivo.

Os dias de votação para o pleito municipal acontecem neste domingo (6) e no dia 27 nos municípios que precisarão de segundo turno.

Folhapress

Avião da FAB chega ao Líbano para resgatar brasileiros

A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) que fará o primeiro voo de repatriação de brasileiros no Líbano chegou a Beirute, capital libanesa, às 17h22 (horário local) – 11h22 (no horário de Brasília) – deste sábado (5).

O avião, empregado na Operação Raízes do Cedro, partiu de Lisboa, em Portugal, no início da manhã.

A expectativa é que 220 brasileiros e familiares retornem ao país nesta primeira fase da operação. O objetivo é trazer ao país até 500 pessoas por semana.

Estima-se que 20 mil brasileiros morem em território libanês. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o país, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel.

A repatriação estava prevista para sexta-feira (4), mas foi adiada para análise das condições de segurança. Na noite de quinta, os bombardeios israelenses em direção ao Líbano foram intensificados. Até mesmo áreas próximas do aeroporto de Beirute chegaram a ser atingidas.

Agência Brasil

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PF prende homem em flagrante por corrupção eleitoral ativa em Pernambuco

O suspeito entregava cestas básicas a moradores de Cabo de Santo Agostinho, o qual vestia uma camisa que associava a um candidato a prefeito

Recife/PE. Na tarde da última sexta-feira (4/10), a Polícia Federal prendeu em flagrante um homem suspeito de integrar campanha de candidato a prefeito do município do Cabo de Santo Agostinho/PE, em razão da suposta prática do crime de corrupção eleitoral ativa (compra de votos), materializada por meio da distribuição de cestas básicas.

A abordagem policial se deu a partir da análise de imagens de vídeo em que o suspeito aparecia em um veículo fazendo a entrega de cestas básicas a moradores do município, o qual vestia uma camisa que associava a um candidato a prefeito. No veículo do suspeito, a equipe policial encontrou farto material de campanha eleitoral, além de identificar em seu interior outros quatro ocupantes.

Diante dos fatos, o motorista do veículo foi preso em flagrante. Os demais presentes, por sua vez, foram ouvidos em sede policial e liberados em seguida. Todos serão investigados pela prática dos crimes de corrupção eleitoral e associação criminosa.

Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco

PF prende candidato a vereador pelo crime de corrupção eleitoral no Maranhão

Durante a abordagem, foram encontrados com o candidato 36 envelopes contendo valores entre R$ 150 e R$ 400, totalizando R$ 8.550

São Luís/MA. A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Civil do Maranhão, prendeu em flagrante, na última sexta-feira (4/10), um candidato a vereador do município de Mata Roma/MA pelo crime de corrupção eleitoral.

Durante a abordagem, foram encontrados com o candidato 36 envelopes contendo valores entre R$ 150 e R$ 400, totalizando R$ 8.550. Nos envelopes, havia anotações com os nomes das pessoas que receberam ou ainda receberiam os valores, além da quantidade de votos que cada um desses eleitores representava.

O indivíduo foi conduzido para a Polícia Federal e liberado após o pagamento de fiança. Além das consequências criminais, ele poderá responder por captação ilícita de sufrágio, o que pode impedir sua posse no caso de eventual eleição.

A operação faz parte de uma ação integrada da Polícia Federal, que está atuando em diversos municípios do interior do Maranhão e na capital São Luís. A atuação conta com o apoio da Polícia Civil, Polícia Militar e da Justiça Eleitoral, reforçando o compromisso das instituições em combater crimes eleitorais e garantir a lisura do processo eleitoral.

Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão

PF apreende meia tonelada de cocaína em navio no Maranhão

São Luís/MA. A Polícia Federal apreendeu 500 kg de cloridrato de cocaína, na madrugada deste sábado (5/10), em São Luís do Maranhão. A droga estava acondicionada em um navio graneleiro de bandeira das Ilhas Bahamas, com tripulação ucraniana. A embarcação veio Roterdan, na Holanda, com objetivo de carregamento e transporte de soja para o Porto de Cartagena, na Espanha.

A embarcação estava fundeada nas proximidades do Porto Itaqui/MA, aguardando píer para manobra de atracação, quando policiais federais abordaram a tripulação e localizaram a droga no navio. A suspeita é de que a droga tenha sido embarcada, com ajuda de tripulantes, enquanto o navio encontrava-se fundeado.

As investigações sobre a origem e destino da droga estão sendo conduzidas pela Polícia Federal por meio de inquérito policial. O navio ficará atracado no Porto do Itaqui e toda tripulação será interrogada nesta fase inquisitorial. Já a droga apreendida será incinerada.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa. 

Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão

PF prende três no Pará após saque de R$ 5 milhões para compra de votos

 PF prende três no Pará após saque de R$ 5 milhões para compra de votos

A Polícia Federal prendeu três homens, entre eles dois servidores públicos com quase R$ 5 milhões em espécie que seriam destinados à compra de votos em favor de um candidato nas eleições no Pará. O trio foi detido logo após sair de uma agência bancária em Castanhal – a 74 quilômetros de Belém, após sacarem R$ 4.980.000.

As prisões ocorreram na tarde desta sexta, 4. Os policiais apreenderam não só os celulares dos investigados, mas também um veículo. A PF quer identificar outros possíveis participantes do crime.

Pepita Ortega/Estadão Conteúdo

Justiça Eleitoral barra candidatura de prefeito e Ibirapitanga fica com apenas um candidato

 

O Tribunal Regional Eleitoral confirmou a cassação da candidatura à reeleição do atual prefeito de Ibirapitanga, Junilson de Boró (PSD), em decisão divulgada nesta sexta-feira (4). Depois de a Justiça Eleitoral declarar o candidato Dr. Lucas Nunes (MDB) “inapto”, o município agora conta apenas com um concorrente à prefeitura, o ex-vice-prefeito Jé (Avante).

A decisão reafirma a validade da sentença anterior destacando a interdependência entre as candidaturas de prefeito e vice, conforme estabelecido pela legislação eleitoral brasileira.

PF prende funcionário público com mais de R$ 1 milhão no Pará

Com base na investigação da PF, foi evidenciado o crime eleitoral, sugerindo que os recursos seriam utilizados para a compra de votos

Belém/PA. A Polícia Federal flagrou o transporte de R$ 1.149.300 não declarado em um jato de pequeno porte, no Aeroporto Internacional de Belém. A abordagem ocorreu por volta das 10h30 desta sexta-feira (4/10), quando o veículo estava prestes a decolar.

O dinheiro estava em uma mala com um funcionário público, que foi preso em flagrante. O crime eleitoral foi evidenciado pelo contexto da investigação sigilosa da PF, que sugere que seria usado para compra de votos. O indivíduo também foi autuado por porte ilegal de arma, pois estava com uma pistola e quatro carregadores municiados, em desacordo com a legislação vigente. Também foram apreendidos aparelhos celulares.

Diante dos fatos, a aeronave, avaliada em cerca de R$ 11 milhões, foi apreendida, e um inquérito policial foi instaurado para esclarecer as circunstâncias dos crimes e descobrir outros envolvidos na prática criminosa.
Comunicação Social da Polícia Federal no Pará

PF apreende cerca de R$ 50 mil suspeitos de serem utilizados para compra de votos no RJ

Macaé/RJ. Nesta sexta-feira (4/10), a Polícia Federal apreendeu R$ 49.900 em espécie, no Centro de Macaé. Após levantamento de dados, foi identificado que o dinheiro apreendido seria possivelmente utilizado para compra de votos nas eleições municipais da cidade.

O valor foi encontrado com uma mulher e seu cônjuge, candidato a vereador em Macaé. Na ocasião, policiais federais abordaram o casal e os conduziram à Delegacia de Polícia Federal em Macaé (DPF/MCE), onde foram realizados os procedimentos de praxe, visando obter informações sobre a origem e o destino do dinheiro apreendido.

Após os depoimentos e as declarações, o casal foi liberado e a investigação seguirá com o objetivo de descobrir a real destinação dos valores.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

Decreto estadual garante gratuidade do transporte intermunicipal nos dois turnos das eleições municipais em toda a Bahia

Medida se junta à gratuidade que será oferecida no Metrô de Salvador neste domingo (6), durante a votação na capital

Nesta sexta-feira (4), o governador Jerônimo Rodrigues, anunciou em suas redes sociais que o Governo do Estado vai assegurar, por meio de decreto, a gratuidade do transporte intermunicipal no 1º e no 2º turno das eleições municipais 2024, programadas para acontecer nos dias 5 e 6 de outubro e 26 e 27 de outubro.
A gratuidade será válida das 18h do sábado (5) até as 23h59 do domingo (6). Da mesma forma, nas cidades onde houver votação em 2º turno, o acesso gratuito será das 18h do dia sábado (26) até as 23h59 do domingo (27).
 "Uma iniciativa para reforçar o compromisso com a democracia e a participação cidadã no processo eleitoral", destacou o governador, que informou ainda que o decreto assinado será publicado neste sábado (5), no Diário Oficial do Estado (DOE).
 Para ter acesso à gratuidade da passagem, é obrigatória a apresentação o título de eleitor físico ou digital (e-título), que comprove o local de votação do usuário, acompanhado de documento que comprove sua identidade.
 A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), órgão vinculado a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), com o apoio de diversos órgãos estaduais, executarão o decreto com o objetivo de garantir uma eleição segura e participativa com mecanismos que facilitam a mobilidade urbana.

Secom  - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia






PT chega às eleições com dificuldade em antigos redutos e faz novo apelo a Lula para segundo turno

No comando do governo federal pela terceira vez, o PT chega às eleições deste domingo, 6, com dificuldade em antigos redutos, como o Nordeste e o ABC paulista, e o desafio de superar o avanço da direita no País. Sem querer se envolver na maior parte das disputas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abandonou campanhas de candidatos petistas em colégios eleitorais importantes, a exemplo de Belo Horizonte, deixando prosperar a tese do “voto útil” contra seu próprio partido para conter o bolsonarismo.

Em São Paulo, onde o PT apoia Guilherme Boulos (PSOL), Lula participa neste sábado, 5, véspera da eleição, de uma caminhada na Avenida Paulista com o deputado e a vice na chapa, Marta Suplicy. Em live realizada com Boulos nesta quinta-feira, 3, o presidente disse que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estará presente na Paulista.

As mulheres representam 54% do eleitorado na capital paulista e podem ser o fiel da balança nesta eleição. Na semana passada, Lula havia cancelado compromissos previamente acertados com o candidato do PSOL. Depois, chegou a desmarcar a live.

A cúpula da campanha insistiu, porém, para que ele fizesse a gravação ao vivo após a divulgação dos resultados da pesquisa Datafolha. O levantamento mostrou Boulos tecnicamente empatado na liderança com o influenciador Pablo Marçal (PRTB) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Embora o candidato do PSOL prefira enfrentar Marçal a Nunes em possível segundo turno, sob o argumento de que a rejeição ao influenciador é muito mais alta e deve pesar no duelo, o crescimento do ex-coach e o “voto envergonhado” de última hora preocupam a equipe. É a primeira vez que o PT não apresenta um nome próprio na capital paulista, considerada a “joia da coroa” para o projeto de poder do partido.

Na outra ponta, em Belo Horizonte, pesquisas indicam que o candidato do PT, Rogério Correia, está em sexto lugar na disputa. Diante desse cenário trágico, até mesmo petistas têm orientado o “voto útil” no atual prefeito, Fuad Noman, que é filiado ao PSD, partido dirigido por Gilberto Kassab. Ex-ministro, Kassab é hoje secretário de Governo na gestão de Tarcísio de Freitas.

Além da tentativa de impedir a passagem de dois nomes da direita para o segundo turno em Belo Horizonte, o movimento indica uma aproximação entre o PT e o PSD para a campanha ao governo de Minas, em 2026. O plano de Lula é lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ao Palácio da Liberdade, daqui a dois anos.

Na briga pela Prefeitura da capital mineira, porém, dois concorrentes que se destacam são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Um deles é Bruno Engler (PL), que aparece palmo a palmo com Fuad nas sondagens de intenção de voto. O outro é Mauro Tramonte (Republicanos). Os dois bolsonaristas e Fuad estão empatados em primeiro lugar.

“O atual prefeito vem fazendo campanha pelo voto útil, mas o candidato a vice na chapa dele é tão anti-Lula que esse argumento se desmancha”, afirmou o petista Rogério Correia à reportagem, numa referência a Álvaro Damião (União Brasil). Em 2019, Damião publicou postagem em suas redes sociais dizendo que Lula usava a morte do neto Arthur e da então mulher, Marisa Letícia, para se “fazer de vítima”.

Interlocutores do presidente afirmam, nos bastidores, que até agora ele evitou entrar pessoalmente como cabo eleitoral da maioria dos candidatos por dois motivos. O primeiro é que prefere observar melhor o cenário onde pode haver segundo turno para só então tentar fazer a diferença em campanhas essenciais ao projeto do PT, como a de São Paulo. A estratégia faz parte de um cálculo político: agindo assim, Lula evita associar sua gestão a eventuais derrotas.

O segundo motivo também é de natureza pragmática, pois partidos que integram a base de sustentação do governo no Congresso, como os do Centrão e também da esquerda, se enfrentam em várias cidades e o presidente não quer mais atritos nessa seara.

Em agosto, por exemplo, Lula recebeu reclamações do comando do PDT por ter participado da convenção que lançou a candidatura de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza. O prefeito da cidade, José Sarto, é do PDT e concorre a novo mandato.

Dirigentes petistas pressionam agora Lula para que ele ajude a impulsionar candidaturas na segunda rodada das eleições, não apenas gravando vídeos de apoio, mas também comparecendo a comícios, carreatas e caminhadas. Em conversas reservadas, não são poucos os que reclamam da atitude do presidente, que, segundo esse raciocínio, “lavou as mãos” e não se empenhou como deveria nas campanhas.

Na prática, o PT começa a assistir a um processo que analistas políticos chamam de “endireitização” do eleitorado, sobretudo no Nordeste, onde Lula venceu Bolsonaro em 2022. Dos nove Estados que compõem a região, antes batizada de “cinturão vermelho”, o partido de Lula tem chance de vitória em Teresina e Fortaleza e, de acordo com pesquisas, mostra competitividade em Natal.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), deve ganhar novo mandato ainda no primeiro turno, mas, embora seja apoiado pelo PT, seu desempenho não é atribuído à aliança com o partido. Tanto é assim que, apesar da cobrança de Lula para que o vice na chapa fosse do PT, Campos não aceitou e indicou um nome de sua confiança.

Sobre mudanças no eleitorado do Nordeste, que não é mais tanto à esquerda, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), amenizou a situação. “O Rio Grande do Sul também não é mais tanto à direita, nem o Rio de Janeiro”, disse ele à reportagem. Elmano afirmou ter certeza do aumento de prefeitos da base aliada do PT em seu Estado.

Pelos números das pesquisas até agora, porém, o mapa que sairá das urnas em todo o País seguirá o caminho do centro para a direita no espectro político-ideológico. Levantamentos que chegaram ao Palácio do Planalto indicam que a direita elegerá prefeitos em cerca de 80% dos maiores municípios do Nordeste.

“Nós fizemos uma inflexão à esquerda enquanto a cabeça do eleitor está indo para a direita e o governo Lula é de frente ampla”, definiu o deputado Jilmar Tatto (SP), secretário de Comunicação do PT.

Apesar da contradição, Tatto disse que o PT deve se empenhar, de agora em diante, em fazer alianças com partidos de centro, de olho na disputa presidencial de 2026, quando Lula pretende concorrer a novo mandato. “Muitos candidatos de centro vão apoiar Lula em 2026 e nossa estratégia leva isso em conta”, destacou.

Ao contrário de Bolsonaro, que subiu em palanques de várias cidades para pedir votos a seus candidatos – com exceção de São Paulo, onde até agora ele não apareceu ao lado de Nunes –, Lula não fez campanha nem mesmo em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Trata-se do berço político do PT e cidade que abriga o Sindicato dos Metalúrgicos presidido por ele, de 1975 a 1980.

No berço do PT, o quadro é de empate quádruplo entre os candidatos Marcelo Lima (Podemos), Alex Manente (Cidadania), Luiz Fernando (PT) e Flávia Morando (União Brasil), nessa ordem. Luiz Fernando é irmão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que chegou a tirar férias para ajudar na campanha.

Outros ministros, como Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Camilo Santana (Educação), fizeram o mesmo e desembarcaram em seus Estados – Rio Grande do Sul, Sergipe e Ceará, respectivamente. Rui Costa (Casa Civil) não saiu de férias, mas cumpriu agendas no interior da Bahia e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) pediu votos para aliados em várias cidades, de Minas a São Paulo, incluindo as do ABC.

A última vez que o PT administrou São Bernardo, cidade onde Lula vota até hoje, foi nos dois mandatos de Luiz Marinho (2009 a 2016), atual ministro do Trabalho.

Dos sete municípios que formam o ABC – região que passa por um processo de desindustrialização, com a saída das montadoras –, o PT comanda apenas Mauá, com Marcelo Oliveira, e Diadema, com José de Filippi Jr. Somente nessas duas cidades seus candidatos ocupam a primeira posição com folga.

Mesmo com a expectativa do mundo político de que as eleições nas capitais serão uma espécie de terceiro turno entre Lula e Bolsonaro, não é isso o que está ocorrendo, ao menos por enquanto.

Na Convenção Eleitoral do PT, em dezembro do ano passado, o presidente chegou a apostar na polarização como trunfo. “Eu, sinceramente, acho que essa eleição vai ser outra vez Lula e Bolsonaro disputando nos municípios”, previu.

O PT lançou candidatos a prefeituras em 1.380 dos 5.570 municípios. Deste total, 121 concorrem em cidades com mais de 100 mil eleitores, sendo 13 em capitais. Em 2020, quando fez 183 prefeitos, o partido não conquistou nenhuma capital no País.

Naquele ano, porém, relatório produzido pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT após o primeiro turno das eleições apontava que a legenda mantinha a “polarização com o PSDB nas capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores”, perdendo espaço para outras siglas em cidades menores. O confronto com o PSDB, no entanto, não existe mais.

Desde 2012, quando elegeu 635 prefeitos e fincou estacas em São Paulo com Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda, o PT vem perdendo municípios. Em 2016, o partido despencou, passando a administrar 256 prefeituras. Quatro anos depois, em 2020, caiu mais ainda: foram 183 eleitos. Atualmente, após as trocas partidárias, esse número está em 265. A cúpula petista calcula que a sigla fará agora algo em torno de 350 prefeitos.

“A gente governava praticamente 22 milhões de brasileiros com a capital (paulista). E nós perdemos todas (as prefeituras)”, reclamou Lula ao participar, em fevereiro, do ato de filiação de Marta Suplicy ao PT. Ex-prefeita de São Paulo, Marta havia ficado afastada do partido durante nove anos. “O que aconteceu conosco? Onde foi o erro? Em que momento a gente não fez a lição de casa?”, perguntou o presidente, naquela cerimônia.

Na avaliação do cientista político Antônio Lavareda, o grupo das 103 cidades com mais de 200 mil eleitores, conhecido como G-103, aponta para um “avanço significativo” da direita. É esse grupo que reúne os municípios onde pode haver segundo turno.

Para Lavareda, o PT tende a crescer nestas eleições, mas não de forma expressiva. “O crescimento se dará sobretudo nos pequenos municípios porque se trata do partido do governo federal”, argumentou o professor, que preside o Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). “Temos de considerar também que o PT optou por fazer o máximo de alianças possíveis”.

Quem terá um grande desempenho nas urnas, no diagnóstico de Lavareda, é o PL de Bolsonaro, o PSD de Kassab e o União Brasil de Elmar Nascimento, candidato à presidência da Câmara dos Deputados. Ao observar que partidos conservadores foram muito bem votados na Câmara, em 2022, o cientista político disse que, em geral, há uma conexão entre esses resultados e os das disputas para as prefeituras, principalmente no Nordeste.

“Lula é fortíssimo no Nordeste, mas o PT está longe de ser”, afirmou Lavareda, ao lembrar que o partido sofreu um “declínio importante” em 2016, não conseguiu se aproximar do segmento evangélico e até hoje não acertou o passo do discurso.

“A eleição do Lula não significa que está tudo resolvido”, avaliou o professor, para quem o PT necessita de um “rebranding”. O termo em inglês é usado para a estratégia que busca reposicionar uma marca no mercado. “O PT vai precisar de uma renovação de imagem”, resumiu Lavareda.

Fundão eleitoral privilegia só 0,09% dos candidatos; homens brancos e ricos são os mais favorecidos

Candidatos a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) e de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD)

O fundo eleitoral favoreceu candidatos mais ricos e que já estão na política nestas eleições municipais, de acordo com estudo do Instituto Millenium. Além disso, políticos homens e brancos foram os mais beneficiados pelas cifras bilionárias de dinheiro público que banca as campanhas.

A análise questiona os valores atuais do fundo na era digital, aponta falta de clareza na prestação de contas e conclui que a verba está longe de democratizar o acesso aos recursos e criar condições de igualdade entre os candidatos, contrariando o motivo de sua criação, além de dar margem para a corrupção.

O fundo eleitoral soma R$ 4,96 bilhões neste ano. Até o dia 29 de setembro, a uma semana do primeiro turno, os partidos movimentaram R$ 4,2 bilhões para as campanhas nas cidades brasileiras. Os políticos mais ricos, com patrimônio acima de R$ 1,2 milhão, receberam 25% dos recursos (R$ 1,2 bilhão), sendo que esses correspondem a 0,09% dos postulantes a prefeito e vereador.

O repasse do dinheiro é definido pelos partidos políticos, dominados por dirigentes que fazem as escolhas. Há cotas para negros e mulheres, mas, nas últimas eleições, os partidos que descumpriram as regras foram anistiados. Não há nenhuma regra que organize a verba eleitoral de acordo com a renda dos candidatos.

Quase a metade da verba do fundão (49%) ficou concentrada nos candidatos com patrimônio acima R$ 485 mil, que representam apenas 0,27% das candidaturas. Enquanto isso, os candidatos com patrimônio entre R$ 0,01 e R$ 86 mil, que representam a maioria dos nomes na urna (58,2%), receberam apenas 15,5% dos recursos.

“Os dados analisados indicam que o fundão eleitoral, em sua aplicação, está longe de cumprir seu objetivo de democratizar o acesso aos recursos e criar condições de igualdade entre os candidatos”, diz o cientista de dados e especialista em políticas públicas Wagner Vargas, um dos autores do estudo.

Enquanto um candidato rico recebeu em média R$ 3,1 milhões para gastar na campanha, os políticos com patrimônio menor (até R$ 86 mil) tiveram R$ 3 mil do fundo eleitoral. Entre os mais ricos, 87% da verba foi para homens e 13% foi para mulheres. Nessa mesma faixa de políticos com patrimônio maior, 70% do fundo ficou com brancos, enquanto 27% foi destinada a pardos – pretos, amarelos e indígenas ficaram com apenas 3%.

A desigualdade é puxada pelas capitais, onde estão os candidatos que recebem mais recursos dos partidos políticos. Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, lidera o ranking, com R$ 65,7 milhões do fundo eleitoral. Boulos se declara branco e o patrimônio dele é de quase R$ 200 mil reais, não figurando entre os mais ricos.

No restante da lista, porém, há políticos mais abastados, como Ricardo Nunes (MDB), também branco, com patrimônio de R$ 4,8 milhões e R$ 42 milhões de fundo eleitoral. O prefeito e candidato à reeleição de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que também se declara branco, tem um patrimônio de R$ 15,9 milhões e arrecadou R$ 15,9 milhões do fundo eleitoral. É como se o partido tivesse pago R$ 1 real para cada R$ 1 real de bens que ele possui.

“O fundo eleitoral reproduz o quadro de desigualdade do País”, diz o cientista político Murilo Medeiros, também autor do estudo. “A democracia tem custo e faz total sentido direcionar recursos para candidaturas mais competitivas, porém, é necessário criar regras claras para melhor distribuição de recursos eleitorais”, afirma.

O estudo também mostra que R$ 1,45 bilhão do fundo eleitoral, equivalente a cerca de 33% dos recursos, foi destinado a candidatos que já ocupam cargos públicos, como deputados, juízes, senadores, vereadores e prefeitos.

“As decisões são tomadas sem qualquer qualidade de mérito e de controle externo e tendem a permitir não democratização do processo eleitoral, visto que jovens, mulheres e candidatos novatos acabam não tendo muito acesso aos recursos”, diz Medeiros. “Ter recurso é determinante para o candidato conseguir se eleger e alavancar candidaturas de pessoas desconhecidas”.

Os especialistas sugerem a criação de regras que organizem a distribuição do fundo eleitoral e reduzam as desigualdades. Uma das propostas é a repartição proporcional entre os grupos. Se um partido lançar 25% de candidatos jovens, eles deveriam ter direito a 25% do fundo eleitoral, e assim também com mulheres e negros.

Outras alternativas apresentadas são a necessidade de formação de novos políticos com diversidade, estímulo à doação individual e a volta do financiamento por empresas, proibido após a Operação Lava Jato. O financiamento privado, porém, deveria vir engessado a normas mais rígidas, de acordo com os pesquisadores, com limitação de valor e de a empresa poder doar para apenas um candidato.

Os autores defendem uma avaliação de eficiência do gasto público com o fundo eleitoral, assim como o governo pretende fazer com outras despesas para economizar dinheiro, como as da Previdência Social. “O Brasil tem outras urgências maiores do que fazer campanha eleitoral. É preciso analisar a eficácia e a eficiência do fundo eleitoral. Enquanto o País continuar tomando decisões com base apenas em intenções declaradas, vai ser muito difícil atingir objetivos como aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do serviço público e do gasto público”, afirma Wagner Vargas.

Daniel Weterman/Estadão

Carro de equipe de segurança de Lula é roubado em São Bernardo do Campo

Um carro que estava a serviço de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi roubado em São Bernardo do Campo, no Grande ABC, na tarde desta sexta-feira, 4. Os agentes faziam o reconhecimento da Escola Estadual João Firmino Correia de Araújo, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votará neste domingo, 6.

Segundo o boletim de ocorrência, uma mulher, que informou prestar serviço de motorista à Presidência da República, estava sozinha dentro do carro na Rua Maria Azevedo Florence, no bairro Assunção, quando dois homens armados bateram na janela do carro e mandaram a vítima sair. A motorista informou à Polícia Civil que quando saiu do veículo, os criminosos levaram o carro com vários pertences, dentre eles seu celular.

De acordo com o documento, foi levado, “sob grave ameaça mediante uso de arma de fogo”, além do carro modelo T-Cross, uma mochila com notebook, óculos, coldre e porta-carregador, uma maleta com pins de identificação para eventos presidenciais, um terno cinza, outra mochila com carteira, CNH, uma funcional da Marinha, dois cartões de crédito e um crachá da Presidência. As vítimas informaram que o carro não tinha seguro.

O GSI disse, em nota, que o carro era alugado e que nenhum armamento foi levado. “A única pessoa presente no veículo, no momento da ação criminosa, era a motorista da locadora que relatou o ocorrido aos agentes do GSI/PR. Nenhum armamento foi levado. Foi registrado o boletim de ocorrência e o fato está sendo apurado pelas forças policiais do Estado de São Paulo”.

O caso foi registrado como roubo no 3º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, com quatro vítimas. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que “equipes da unidade realizam diligências para identificar e prender os autores, bem como recuperar o veículo alugado que prestava serviço à equipe de segurança”.

Wesley Bião/Estadão

Forças da Segurança alcançam dois integrantes do Baralho do Crime da SSP

 Os foragidos que ocupavam as cartas 9 e 10 de Espadas foram encontrados em Salvador e na cidade de Santa Cruz Cabrália.

Os foragidos da Justiça e integrantes de facções Thiago Santos da Silva, o “Scoob”, e Emanuel Santos Morais, o “Neto”, que ocupavam as cartas 10 e 9 de Espadas, respectivamente, do Baralho do Crime da SSP, foram localizados pelas Forças da Segurança nas últimas 12 horas.

Scoob estava escondido no bairro de Castelo Branco e durante ações de inteligência atirou contra as equipes policiais, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (4). O traficante acabou ferido no confronto e foi socorrido para o hospital Eládio Lasserre.

Com ele os policiais apreenderam uma submetralhadora calibre 9mm, carregador e munições. Varreduras estão sendo realizadas na região com o objetivo de localizar outros integrantes da facção.

Emanuel Santos Morais, o “Neto”, foi alcançado na noite de quinta-feira (3), na cidade de Santa Cruz Cabrália. Guarnições da RONDESP Extremo Sul realizavam patrulhamento de rotina no bairro do Geraldão quando localizaram homens armados.

Houve confronto e Neto acabou ferido. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Com ele foram apreendidos um fuzil calibre 5,56, carregador e munições. Outro integrante da facção foi preso durante a ação. Com ele foram localizados uma pistola, carregador e munições.

“Combater as facções é a nossa prioridade. Chegamos às marcas, depois destes dois flagrantes, de 59 fuzis apreendidos e 18 integrantes do Baralho do Crime localizados em 2024. Seguiremos trabalhando firme, ampliando as ações de inteligência e reforçando a repressão qualificada”, destacou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

Em nota, PT Bahia lamenta tentativa de agressão em Jeremoabo e repudia qualquer ato de violência política

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores da Bahia emitiu nota na tarde desta sexta-feira (4) lamentando a tentativa de agressão ocorrida no município de Jeremoabo, repudiando a qualquer ato de violência no cenário político. O partido enfatizou que o debate de ideias e o direito ao contraditório são pilares fundamentais da sua trajetória, mas reforçou que esses princípios jamais devem ser convertidos em ataques pessoais ou políticos.

O PT reiterou que, apesar de divergências pontuais dentro da coalizão partidária liderada pelo governador, é essencial que essas diferenças sejam tratadas com respeito e civilidade.

Veja a íntegra da nota abaixo:

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores da Bahia lamenta a tentativa de agressão ocorrida no município de Jeremoabo e repudia todo e qualquer ato de violência política. O direito ao contraditório e à divergência de ideias são fundamentais para a construção histórica do PT, mas nunca podem ser expressados na forma de ataque pessoal, político ou simbólico.

O companheiro Jerônimo Rodrigues é o governador em exercício que mais apoiou e se engajou em campanhas próprias do PT em disputa municipal. Participou de mais de 40 atos de campanha majoritária do PT e gravou vídeos de apoio para mais de 100 candidatas e candidatos petistas a prefeito. Nossa tática eleitoral encontra enorme sintonia com o governador. Todavia, ele preside uma ampla coalizão de diversos partidos e é natural que pontualmente haja discordância com alguma definição eleitoral local.

Contudo, reafirmamos que essas divergências devem ser tratadas com respeito, civilidade, e nunca por atos violentos. O Diretório Estadual do PT Bahia vai pautar, no âmbito do seu Estatuto, as instâncias internas para apurar o caso e tomar as medidas cabíveis.

Salvador, 04 de outubro de 2024.

Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores – Bahia

Apoiadores do PT lançam ovos contra comitiva de Jerônimo Rodrigues durante carreata do PP; veja vídeo

Na manhã desta sexta-feira (4), em Jeremoabo, no norte da Bahia, um protesto inesperado chamou atenção durante uma atividade eleitoral. Um grupo de apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT), insatisfeito com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT), lançou ovos contra a comitiva oficial que participava de uma carreata no centro da cidade.

Segundo informações do Blog do Vila, apesar de o PT ter seu próprio candidato à prefeitura, Fábio da Farmácia, o governador manifestou apoio ao candidato Matheus de Deri, do Partido Progressista (PP).

Veja o vídeo abaixo:


Financiamento público de campanhas foi erro e escancarou caixa 2, diz líder do governo

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) mudou de opinião. Líder do governo no Congresso, o parlamentar disse à Folha que a decisão de financiar campanhas eleitorais com dinheiro público “foi um erro” e acabou escancarando o uso do caixa dois com dinheiro privado.

Randolfe afirmou que quer iniciar, após as eleições municipais, uma discussão para cortar de maneira drástica o fundo eleitoral, que recebeu R$ 4,96 bilhões em verba pública neste ano.

Em compensação, voltariam a ser permitidas doações de empresas para as campanhas, com limites para evitar o desequilíbrio econômico entre as candidaturas.

“Acho que o financiamento público de campanhas foi um erro”, disse o senador. “Temos que rediscutir essa questão e instituir um modelo semipúblico, com travas para o financiamento privado.”

Randolfe foi um defensor do sistema de financiamento público aprovado pelo Congresso em 2017, depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu as doações empresariais. O PT, partido ao qual ele se filiou neste ano, ainda é favorável a esse modelo.

O ponto central da crítica de Randolfe é o volume de casos de caixa dois registrados em campanhas. Ele avalia que o dinheiro de empresas “corre livre” nas eleições, apesar de não ser contabilizado.

“O modelo de financiamento que instituímos com o intuito de moralizar o processo eleitoral acabou desmoralizando ainda mais o sistema. Escancarou as portas para o caixa dois”, afirmou o senador, que está envolvido em eleições nos municípios do Amapá.

As doações empresariais para campanhas foram proibidas pelo STF em 2015, na esteira da Operação Lava Jato. As investigações apontaram que algumas dessas contribuições eram feitas pelas empresas a partidos e candidatos com o objetivo de obter vantagens em contratos públicos.

Nas eleições de 2016, as campanhas foram abastecidas por doações de pessoas físicas e com dinheiro dos próprios candidatos. No ano seguinte, o Congresso aprovou a criação de um fundo público com o objetivo de permitir o pagamento das campanhas, com menor influência privada.

“O que melhorou no sistema? Acho que nada. O sistema de campanhas continua uma pouca-vergonha. Talvez tenha ficado pior”, disse Randolfe.

O senador afirmou que o modelo atual “encarece as campanhas”, porque cria duas fontes de financiamento, na prática: um fundo público bilionário e o dinheiro privado que corre muitas vezes sem o controle das autoridades. O sistema semipúblico, na avaliação de Randolfe, daria transparência às contribuições privadas.

O modelo misto proposto pelo parlamentar reduziria em 80% o fundo eleitoral abastecido com dinheiro público. “O peso sobre o Orçamento é enorme hoje. São quase R$ 5 bilhões no ano eleitoral. Se reduzirmos o fundo eleitoral para R$ 1 bilhão, veja quantas coisas poderíamos fazer.”

A proposta deve enfrentar resistências na esquerda e mesmo dentro do governo. Randolfe disse que ainda não discutiu o assunto com o presidente Lula (PT) ou integrantes da base aliada, mas acredita que a discussão é inevitável.

“Sei que meu partido [o PT] tem aversão a esse assunto, mas é necessário debater. Alguns parlamentares são favoráveis a uma mudança no modelo, então podemos discutir esse assunto depois das eleições.”

Bruno Boghossian/Folhapress

Líder do Irã defende ataques e pede união contra Israel

Em um momento crucial de seus 35 anos de governo, Khamenei instou muçulmanos do mundo todo a lutar contra os israelenses na guerra que se espalha pelo Oriente Médio

© Getty
(FOLHAPRESS) - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, apresentou uma retórica desafiadora em seu primeiro sermão público em cinco anos nesta sexta (4). Defendeu tanto o ataque terrorista do Hamas contra Israel quanto o lançamento de mísseis de Teerã contra o Estado judeu, na terça passada (1º).

Em um momento crucial de seus 35 anos de governo, Khamenei instou muçulmanos do mundo todo a lutar contra os israelenses na guerra que se espalha pelo Oriente Médio.

O discurso do aiatolá ocorreu nas preces de sexta-feira na mesquita Grande Mosalla, em Teerã, algo raríssimo: ele costuma falar em eventos fechados e rede de TV. Enquanto isso, Israel estuda planos para retaliar o ataque de terça, que envolveu quase 200 mísseis balísticos.

A ação não causou danos substanciais, ao menos segundo a versão oficial israelense, e a única vítima fatal foi um palestino atingido pelo primeiro estágio de um míssil em Jericó, na Cisjordânia.

"A brilhante operação das nossas forças armadas algumas noites atrás foi totalmente legal e legítima", disse o líder, emulando palavras do presidente do país, Masoud Pezeshkian, que está abaixo dele na hierarquia da teocracia. "Nós não vamos nem procrastinar, nem correr em nossos deveres" no conflito com Israel, disse.

Ele também fez a defesa mais aberta do ataque terrorista em que o Hamas enviou 6.000 homens pela fronteira em 7 de outubro do ano passado, matando 1.170 pessoas e sequestrando 251. "Foi um ato legítimo", disse.

A escalada militar que permeia toda a região agora decorreu do ataque. O Hamas é bancado por Teerã, assim como o Hezbollah, o principal ativo de Khamenei no Oriente Médio. Há dez dias, Israel interrompeu a rotina de atritos na sua fronteira com o Líbano e promoveu uma ação forte contra os rivais.

Matou lideranças e o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, elogiado no sermão do líder iraniano, invadiu o sul do vizinho e segue sua campanha de bombardeios. "Israel não pode machucar seriamente o Hezbollah ou o Hamas", disse Khamenei, jogando para a plateia.

O grupo palestino foi bombardeado até torna-se uma força insurgente nas ruínas de Gaza, e também perdeu seu líder: Ismail Haniyeh foi morto enquanto era hóspede do Irã na posse de Pezeshkian, no fim de julho.

Ainda assim, o aiatolá insistiu que "Israel finge que está vencendo por meio de assassinatos e morte de civis". Disse que sua salva de mísseis foi "a punição mínima pelos crimes" de Tel Aviv.

Novamente, ele usou a causa palestina. "O povo palestino tem o direito legal de se defender, de enfrentar esses criminosos", disse, pedindo que as "nações muçulmanas apertem o cinto de defesa do Afeganistão ao Iêmen, do Irã a Gaza e ao Líbano".

Khamenei voltou-se também ao seu maior rival, os Estados Unidos, dizendo que as ações de Israel visam entregar os recursos energéticos de todo o Oriente Médio para Washington.

Por toda sua retórica, o aiatolá está em apuros. "O ataque de Israel ao Hezbollah está fazendo o regime desmorona", diz o analista Kamram Bokhari, da consultoria americana Geopolitical Futures.

Em sua visão, ao mirar o principal ativo de Teerã na região, Tel Aviv coloca em risco toda a estratégia montada pelos iranianos, que visava evitar um conflito direto com Israel. O Estado judeu, potência nuclear, tem capacidade militares mais sofisticadas do que as do rival, e uma arma nada secreta: o apoio dos EUA.

Não são poucos observadores em Israel que acreditam que a execução de Nasrallah foi uma armadilha para o Irã atacar, abrindo o caminho para uma ação mais incisiva de Israel contra seu principal inimigo.

A questão é modular isso com os americanos. O crepuscular presidente Joe Biden disse ser contra o principal objetivo do premiê Binyamin Netanyahu, o avançado programa nuclear iraniano. Os rumores apontam, como alternativa, um ataque a refinarias e terminais petrolíferos do país.

Outros fatores colocam o Irã na encruzilhada: a obscura morte do sucessor presumido de Khamenei, o linha-dura Ebrahim Raisi, em abril, as dificuldades econômicas e a insatisfação social, demonstrada em protestos intensos nos últimos anos.

Com 85 anos e saúde fragilizada, Khamenei tem a sucessão incerta, momento ideal para que grupos mais radicais no governo advoguem por uma guerra de consequências funestas para todos.

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Luto e raiva consomem parentes de mortos e de reféns do Hamas

Luto, raiva e até culpa estão no vocabulário e na expressão corporal de pessoas afetadas com quem a Folha falou nas duas últimas semanas no país

© Getty
(FOLHAPRESS) - Evento que impactou diretamente quase 1 em cada 1.500 habitantes de Israel, contando mortos, feridos e reféns tomados pelo Hamas, o massacre do 7 de Outubro consome de formas múltiplas esses sobreviventes.
Luto, raiva e até culpa estão no vocabulário e na expressão corporal de pessoas afetadas com quem a Folha falou nas duas últimas semanas no país. O modo com que lidam com a dor, por sua vez, varia.
"Eu estou exausta de falar com jornalistas. Ainda estou explicando, me desculpando, chorando um ano depois. Mas parece que eles foram embora, que sumiram, que ninguém mais se lembra deles", diz a arquiteta Yfat Zaila, 37.

Ela foi a representante de uma das famílias mais emblemáticas da tragédia, os Bibas, judeus que emigraram da Argentina e do Peru e se concentravam no kibutz Nir Oz, o local proporcionalmente mais afetado há um ano.

Ali, um quarto da população de cerca de 400 pessoas foi afetada: 40 morreram, e 71 foram sequestrados, inclusive todos os Bibas: Yarden, Shiri, Ariel e Kfir –os dois últimos, respectivamente com 4 anos e 9 meses no dia do ataque.

"Não tenho ideia se alguém está vivo. Essas crianças não tinham um ponto de vista político, uma opinião. Eram apenas crianças, que mereciam viver", afirma Yfat, prima dos dois meninos. Em novembro, o Hamas disse que todos, menos o pai, haviam morrido num ataque de Israel, mas não há evidências disso.

"O Ariel tinha comemorado o Ano-Novo judaico aqui nesse jardim de infância em que estamos. Olhe agora", diz, mostrando o local com todo o interior coberto de fuligem das granadas ali jogadas.

O que ocorreu em Nir Oz e no vizinho Kfar Aza, ambas comunidades a cerca de 1 km de Gaza, é particularmente perverso, pois eram pontos de população majoritariamente simpática à coexistência com os palestinos.

"Eu sou do Estrada para a Recuperação, uma ONG que pegava doentes de Gaza no posto de Erez. Levávamos a hospitais em Israel e depois os deixávamos lá. Agora eu cuido da segurança aqui", conta o advogado Zohar Shpak, 53.

Morador de Kfar Aza, ele passou dois dias escondido no quarto seguro de sua casa. "O sonho acabou", afirma, relatando como ajudou equipes forenses a detalhar estupros de vítimas vivas e mortas no local. "É repulsivo."

Yfat vai pelo mesmo caminho, num tom mais de confronto. "Eu fui criada para acreditar na solução de dois Estados, que tem gente do outro lado que só queria coexistir. Mas alguma coisa quebrou em mim. Posso dizer que acredito naquilo agora? Uma nova geração vai crescer para ter ou ódio ou medo."

Ela afirma, contudo, sentir empatia pelas vítimas em Gaza, que segundo o Hamas são 140 mil nesses 12 meses, entre mortos (41,6 mil) e feridos, embora o grupo não diga quantos desses são seus integrantes –Tel Aviv calcula que são cerca de metade.

Em Gaza, a guerra tocou 1 em cada 15 habitantes diretamente. Isso decorre da intensidade dos ataques israelenses, do ano todo de conflito, da densidade populacional e do fato de que o Hamas está imiscuído na vida civil, misturado aos moradores. É outra tragédia.

"Eu choro por toda criança morta nessa guerra", diz, voltando ao tom de indignação com quem apoia o ataque palestino. "Eu me pergunto a quem justifica isso: vocês sabem algo sobre Kfir e Ariel? Vocês viram o vídeo deles sendo levados no colo da mãe? As caras aterrorizadas deles?".

Ela e Shpak querem voltar de forma permanente para suas casas, mas isso não é consenso. "Por que eu gostaria de voltar para [o campo de extermínio nazista de] Auschwitz?", compara uma das vizinhas de Yfat em Nir Oz, Bat-Sheva Yahalomi, 50.

Dona de uma das poucas casas abertas a visitação no local, onde tudo está como ficou no dia 7 de outubro, ela faz um ritual algo catártico na frente de repórteres, apontando para onde seu marido Ohad foi visto pela última vez, sangrando.

"Eles me levaram numa moto com meu filho menor. Quando pararam porque havia três tanques israelenses chegando, aproveitei para correr para o mato", afirma. "Mas eles levaram Ohad e Eitan", referindo-se também ao outro filho, de 12 anos.

O garoto foi solto 52 dias depois, na única troca de reféns por prisioneiros do Hamas em Israel. Ele ficou seis dias sozinho com os terroristas e, depois, com outras crianças no hospital Nasser, em Khan Yunis.

"Ele só comia um pão e um pepino por dia. Hoje, não falamos muito. Tenho que tentar ir em frente, mas só vamos nos curar quando soubermos o que aconteceu com o Ohad", relata. "Nunca mais me sentirei segura, não durmo direito." O governo israelense oferece ajuda psicológicas às vítimas, mas em sessão coletivas. "Eu tentei, mas não deu certo."

Para Sigal Manzuri, 47, a terapia possível é a da preservação da memória. Ao menos é o que a designer de Hod HaSharon vem tentando fazer ao abrir com amigos uma "casa dos sonhos" em que meninas poderão viver um dia como estilistas de moda.

"Era o que a Norelle queria fazer", diz ela, sobre a filha de 25 anos assassinada na rave Nova ao lado da irmã Roya, 22, e do namorado Amit Cohen, 25. O lugar concentrou 383 mortes na ação.

A tragédia veio em prestações para Sigal e o marido, Manny. O corpo de Norelle foi encontrado e enterrado no dia 12 de outubro do ano passado, mas a família seguiu com esperanças de que Roya pudesse estar viva, escondida ou mesmo como refém.

Isso durou só três dias. "Eu perdi quase tudo em um só dia, não sinto mais nada", afirma, relembrando como Norelle e Amit se conheceram quando, como quase todo jovem israelense, foram mochilar após os anos de serviço militar obrigatório.

Os jovens se conheceram na Argentina e eram loucos pela região, tendo visitado o Brasil e outros países. "Eles voltaram de uma segunda viagem em julho", conta. Sobreviveu com Sigal também o filho Chaim, 15. Segundo a mãe, ele evita falar do assunto, após passar quase um ano sem ir à escola.

Compartilhando a percepção de moradores de kibutzim, ela declara que o "o governo os abandonou". É a tônica de objetos e faixas amarelos espalhados por todo Israel e o tema da campanha das famílias: "Tragam eles de volta para casa agora".

Pensa em sair de Israel, ainda mais com a guerra no Líbano e talvez com o Irã? "As meninas nasceram em Los Angeles, moramos lá e em Nova York. Mas não, meu trabalho nessa longa jornada é honrar a memória delas."

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Governo mantém, por ora, uso do cartão do Bolsa Família em apostas

Além da ausência de medidas concretas e imediatas, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que por enquanto o governo não vai proibir o uso do cartão do Bolsa Família para custear apostas em jogos online

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Após reunião de cerca de três horas convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta, 3, com ministros de diversas áreas e outros órgãos do governo para discutir os jogos online no País, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que o governo vai editar uma portaria conjunta dos ministérios com medidas para fortalecer o processo de regulamentação das bets no País.
 
Além da ausência de medidas concretas e imediatas, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que por enquanto o governo não vai proibir o uso do cartão do Bolsa Família para custear apostas em jogos online. Ele esclareceu que as medidas restritivas, "mais duras", poderão ser desenhadas a partir da semana que vem, quando os sites ilegais começarão a ser derrubados. A expectativa é de que cerca de 2 mil domínios de apostas saiam do ar (mais informações nesta página).

A ministra da Saúde chamou a atenção para um "fenômeno novo". "Seria errado eu dizer que já está tudo feito. Não, não está, é um fenômeno novo, temos de trabalhar na prevenção, temos de trabalhar no cuidado e trabalhar de forma integrada com todo o governo. Essa também foi a orientação do presidente Lula", disse.

A reunião contou com representantes dos ministérios da Fazenda, da Justiça, da Casa Civil, da Advocacia-Geral da União, do Desenvolvimento Social, e do Esporte, além da vice-presidência da República e da Polícia Federal. Os órgãos foram mencionados por Lula em sua fala, na abertura da reunião. Segundo ele, o governo vai tirar do encontro uma proposta para ser apresentada.

A ministra da Saúde destacou também a importância de se reforçar a pauta de educação de crianças e jovens, promover campanhas educativas sobre a utilização das apostas virtuais e dedicar uma atenção especial aos casos de dependência. Ela propôs ainda uma alteração na classificação internacional de doenças, em que já existe especificação para jogodores patológicos. "É importante no mundo de hoje uma diferenciação para os jogos que são feitos online."

Nísia observou que os jogos online se tornaram um problema grave de saúde no mundo, com elevação de dependência e efeitos severos nas famílias.

Segundo ele, sua pasta tem fortalecido a rede de atenção psicossocial desde o início do governo - área que, ressaltou, tinha sido abandonada na gestão anterior. De acordo com Nísia, a criação de centros de atenção psicossocial foi, inclusive, uma das maiores demandas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O ministro dos Esportes, André Fufuca, reforçou a importância de unir esforços dentro do governo na regulamentação do setor de jogos. Sobre a retirada do ar de sites, Fufuca foi enfático. "Nós estamos falando de um mercado em que 80%, a partir do mês de outubro, não será mais vigente no nosso País", avaliou.

'Viciadas'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que há muitas pessoas viciadas em apostas online, gastando o que não têm e se endividando. As declarações foram dadas na abertura da reunião sobre o assunto no Palácio do Planalto. O áudio da fala de Lula foi divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República antes da conclusão da reunião.

"Tem muita gente se endividando, tem muita gente gastando o que não tem, e nós achamos que isso tem de ser tratado como uma questão de dependência", disse. Lula mencionou que as apostas online começaram a ser regulamentadas no governo de Michel Temer. Mas, de acordo com ele, a gestão de Jair Bolsonaro não fez "absolutamente nada" sobre o assunto. "Quando nós entramos (no governo), já no primeiro semestre, a gente começou a fazer uma avaliação do setor pelo Ministério da Fazenda", declarou Lula.

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Eleições 2024: TSE aprova tropas federais para 11 novos municípios

 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (3) 11 novas autorizações de envio de militares federais para garantir a segurança de locais de votação no primeiro turno das eleições municipais, que será realizado no domingo (6).

Por unanimidade, os ministros aprovaram um pacote de 11 processos para o envio de soldados das Forças Armadas para os municípios de Marechal Deodoro (AL), Chã Preta (AL), Campo Alegre (AL), Teotônio Vilela (AL), Estrela de Alagoas (AL), Roteiro (AL), Marimbondo (AL), São Gonçalo do Amarante (RN), Jardim de Piranhas (RN), Pombal e São Bento (PB).

No mês passado, o TSE também aprovou 53 processos para garantir a segurança da votação em municípios dos estados de Tocantins, Piauí, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Ceará, Maranhão, Acre, Mato Grosso, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Agora, com as novas inclusões, ao todo, 13 estados terão tropas federais durante o primeiro turno.

O envio de tropas ocorre quando um município informa à Justiça Eleitoral que não tem capacidade de garantir a normalidade do pleito com o efetivo policial local.

Agência Brasil
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Ir à urna com criança tem restrição; entenda

A entrada de crianças junto com o eleitor não é proibida pela Justiça Eleitoral, mas o acesso pode ser limitado pelo mesário que identificar possível comprometimento do sigilo do voto.

Nesse caso, afirma Luiza Portella, advogada especialista em direito eleitoral, o mesário pode dizer ao pai ou à mãe para não levar o filho à cabine de votação.

O mesmo pode ser feito se ele entender que a criança pode atrapalhar o funcionamento da seção.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), quem estiver com criança de colo tem prioridade para votar. É vedado, entretanto, que o eleitor peça para a criança digitar na urna o número do candidato.

“Os mesários são bem instruídos a atuar com certo equilíbrio e ponderação. Uma coisa é levar uma criança de 10 anos que pode esperar a mãe dentro da seção, mas sem ir até a cabine de votação. A outra é uma criança que está sendo amamentada, uma criança de colo, que a mãe não consegue ou não tem quem possa auxiliar no momento”, explica Marcos Jorge, advogado especialista em direito eleitoral.

“Por isso que não existe uma restrição. Deve ser analisado o caso concreto, para também não causar nenhum tipo de constrangimento à mãe ou à criança”.

Além da análise do mesário, TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) podem regular o ato, afirma Portella. “Podem estabelecer que, por exemplo, a criança que anuncia o voto [entende em quem o adulto votou e pode passar a informação adiante] não possa acompanhar os responsáveis”.

Segundo o TSE, a regra geral nas eleições é votar desacompanhado. Eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida podem ser a exceção se precisarem da ajuda de alguém de confiança para acessar a cabine. Essa pessoa precisa se identificar e não pode estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partidos, federações ou coligações.

A eleição 2024 está marcada para o primeiro domingo de outubro, dia 6. A votação começa às 8h e vai até as 17h no horário de Brasília.

O segundo turno acontece, nas cidades em que houver, no dia 27 do mesmo mês.

O pleito definirá prefeitos e vereadores por todo o país. A votação ocorrerá em mais de 5.500 cidades e vai mobilizar mais de 150 milhões de eleitores, segundo o TSE.

Ana Gabriela Oliveira Lima/Folhapress

Prefeita Maria e Secretário Estadual Davidson Magalhães entregam equipamentos para Associação Amigos Catadores de Ipiaú

Nesta quinta-feira (03), a prefeita de Ipiaú, Maria das Graças, juntamente com o Secretário Estadual de Trabalho, Emprego e Renda, Davidson Magalhães, realizou a entrega de importantes equipamentos à Associação Amigos Catadores de Ipiaú (AACI). Durante a cerimônia, foram entregues uma prensa, uma balança e um carrinho elétrico, ferramentas que irão fortalecer as atividades da AACI.
A iniciativa faz parte de um esforço conjunto para promover a inclusão social e melhorar as condições de trabalho dos catadores, que desempenham um papel fundamental na sustentabilidade do município. Com o novo maquinário, a Associação se prepara para iniciar a coleta seletiva em Ipiaú, contribuindo diretamente para a preservação ambiental e incentivando o manejo adequado de resíduos.
 
A prefeita Maria destacou a importância do apoio governamental para fortalecer os projetos voltados à sustentabilidade e enfatizou o impacto positivo que a coleta seletiva trará para a comunidade. "Estamos investindo no futuro de nossa cidade, e os catadores são uma parte essencial desse processo. Queremos garantir que eles tenham as melhores condições de trabalho para continuar fazendo a diferença em nosso município", afirmou.
Davidson Magalhães reforçou o compromisso do governo estadual com ações que promovam o desenvolvimento social e econômico de comunidades carentes, ressaltando que a entrega desses equipamentos é mais um passo no fortalecimento da economia solidária na Bahia.

A coleta seletiva, que será implementada pela AACI, está prevista para iniciar em breve e promete transformar  a cidade, beneficiando tanto os catadores quanto o meio ambiente.

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