Lula precisa reforçar diálogo e PT deve rever estratégia política, diz prefeita mais votada do país
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil |
Ela vai para seu quarto mandato à frente da cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, que tem 620 mil habitantes e representa a maior comandada pelo PT no país o partido ainda disputa o segundo turno em quatro capitais: Fortaleza, Porto Alegre, Natal e Cuiabá.
Após ser eleita em uma disputa acirrada em 2020, agora Marília contou com uma aliança com outros 13 partidos para vencer em primeiro turno, com 61% dos votos válidas. Escolhida por 188.228 eleitores, ela foi a prefeita mais bem votada no país.
Seu principal adversário na disputa foi o deputado federal Junio Amaral (PL), que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros expoentes da direita na campanha, mas terminou o pleito com 39% dos votos.
Em 2022, Contagem deu vitória a Bolsonaro contra o presidente Lula (PT) no segundo turno, por 55% a 45%. Assim como o ex-mandatário, a prefeita reeleita venceu em todas as zonas eleitorais do município.
Questionada sobre o que poderia explicar o voto do eleitor de Bolsonaro em uma candidata do PT, Marília citou sua ampla aliança, realizações da gestão dela na cidade e a capacidade de diálogo com diferentes setores.
“Eu conquistei parte do eleitorado que se diz de direita, que votou no Bolsonaro, mas que preferiu fazer uma escolha pautada pela diferença que o nosso governo fez na vida delas”, afirma à reportagem a prefeita reeleita.
Ela ressalta que evitou replicar no município a polarização que
existe no país e afirma que o caminho deveria ser seguido pelo partido.
“O PT deve repensar sua estratégia política, seu discurso, que ainda continua muito focado na polarização”, diz a prefeita.
“O partido tem condição de ter propostas, mas o que mais vejo são os parlamentares focados ou em questões essencialmente identitárias, que não somam num projeto de disputa política, ou em polarização com o passado”, diz.
A prefeita ainda afirma que no seu período como deputada estadual cargo para o qual foi eleita por três ocasiões, na última vez em 2018 , nunca chamou alguém de “coxinha” ou de “gado”.
Marília também comentou sobre o desempenho eleitoral do PT na vizinha Belo Horizonte, onde o deputado federal Rogério Correia (PT) ficou em sexto lugar, com 4,37% dos votos. Ela opina que a legenda deveria ter apoiado a reeleição do atual prefeito, Fuad Noman (PSD), ainda no primeiro turno.
“Um candidato ou candidata à prefeitura tem que, em primeiro lugar, ter perfil, um discurso municipalista, conhecer bem a cidade e disputar um projeto de cidade. Eu diria que em Belo Horizonte a gente não atendeu a esse perfil”, afirma.
Em relação ao segundo turno, a prefeita de Contagem diz torcer pela reeleição de Fuad e lembra que conviveu com o adversário do atual prefeito, Bruno Engler (PL), quando foi deputada.
“Eu vou procurar o futuro prefeito, qualquer que seja eleito, para continuar o diálogo. O que eu adianto é que eu acredito que o Fuad tem um perfil de diálogo mais aberto. O Engler era mais fechado, preconceituoso. Talvez ele melhore [se for eleito]”, diz Marília.
Marília diz que não convidou Lula para sua campanha. Na última vez que o presidente esteve em Minas, no fim de junho, ele foi a Contagem para o anúncio de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e ouviu cobranças da prefeita, que pediu mais investimentos e uma solução para a dívida do estado, hoje em torno de R$ 165 bilhões.
Ela afirma que o governo federal começa a mostrar dados positivos em políticas públicas e na economia, mas ressalta que o presidente precisa melhorar a interlocução junto à população.
“Eu acho que ele precisa visitar mais o Brasil, para que as pessoas sintam proximidade do presidente, que ele possa escutar quais são as demandas. Eu acho que falta diálogo, dos ministros e também do presidente. Eu queria o Lula mais perto”, afirma Marília.
Em relação ao governador Romeu Zema (Novo), a prefeita afirma também faz cobranças. Ela pede uma presença mais constante das polícias no município e tem concentrado as demandas em relação ao transporte público e à saúde.
“Em Contagem, 70% do transporte coletivo é metropolitano, do estado. Na saúde, ele [governo estadual] não faz a regulação da alta e da média complexidade. O paciente fica internado dez dias numa UPA esperando o exame de cateterismo. Ou ele morre, ou ele se contamina, o quadro se agrava”, afirma.
Marília é frequentemente citada por interlocutores do PT como um nome que poderia em 2026 participar das eleições ao governo do estado como vice de um nome do PSD, como o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um de seus aliados.
Ela afirma que não cogita deixar a prefeitura e que o debate precisa começar pelo perfil do candidato, não pelo nome. Questionada sobre a que lado do espectro político pertenceria esse perfil, ela diz que seria um nome de centro.
“Nós temos que ter um projeto de recuperação para Minas Gerais, com alguém representativo, com capacidade de diálogo. E que seja ousado para lutar para que Minas saia desse estrangulamento. Mesmo tendo negociado a dívida [com a Advocacia-Geral da União], a questão não está resolvida”, ela diz.
Perguntada se Pacheco se encaixa nesses requisitos, a prefeita reeleita disse: “Eu gosto muito dele”.
O PT de Marília tem sua imagem desgastada em Minas desde a gestão de Fernando Pimentel à frente do estado, de 2015 a 2018, período que foi marcado pelo atraso do salário de servidores e dos repasses para municípios.
A prefeita reeleita vê “falta de política” do então governador na piora da imagem junto ao eleitorado.
“Ele [Pimentel] entrou com uma ação para suspender o pagamento da dívida e só se beneficiou por dois meses. Quem se beneficiou foi o governo que o sucedeu [Zema]. A pergunta é: por que o Pimentel não tornou isso claro desde o primeiro dia do governo?”, ela questiona.
Pacheco encontra Barroso e diz que não dará seguimento a uma das PECs anti-STF
Foto: Lula Marques / Agência Brasil |
“Essa [medida] me parece ser inconstitucional”, disse Pacheco. “A palavra final sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei num país democrático de Estado de Direito é do Supremo Tribunal Federal. Isso nós não discutimos e não questionamos.”
Para Barroso, a revisão de decisões do STF é incontornável por ser inconstitucional.
“O que me parece incompatível com a Constituição é a possibilidade do Congresso suspender decisões do Supremo, como foi feito e previsto na Constituição de 1937, que era a Constituição da ditadura, uma ideia menos própria de um modelo democrático.”
Para Barroso, a harmonia e a independência entre os Poderes é uma marca da Constituição e há questões, inclusive sobre o STF, que devem ser debatidas pelo Congresso.
“Vejo isso com naturalidade. Às vezes concordo [com as ideias] e de algumas discordo profundamente”, afirmou.
A tensão entre os dois Poderes se ampliou com a aprovação de um pacote de medidas para o STF (Supremo Tribunal Federal) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados na última quarta (9).
A comissão aprovou a admissibilidade de duas PECs (Propostas de Emenda à Constituição) e dois projetos de lei que limitam poderes de ministros do Supremo e ampliam as hipóteses de pedidos de impeachment dos magistrados.
Uma das PECs permitiria ao Congresso suspender decisões do STF, por até quatro anos, por meio do voto de dois terços dos integrantes de cada uma das Casas Legislativas, se parlamentares considerarem que ela ultrapassa os limites legais.
Essa é a proposta a que Pacheco se referiu afirmando ser inconstitucional.
O outro projeto aprovado em comissão, porém, já teve a tramitação finalizada no Senado, inclusive com o aval de Pacheco. Ela proíbe decisões individuais para suspender leis ou atos de presidentes dos demais Poderes e fixa prazo de seis meses para o julgamento de ação sobre análise de constitucionalidade após o deferimento de liminar.
Outros projetos de lei em tramitação tratam de hipóteses de impeachment de ministros da Corte. Entre elas, usurpar as competências do Legislativo, e violar a imunidade parlamentar em votos e decisões.
As propostas ainda não tiveram tramitação concluída na Câmara dos Deputados.
O presidente do STF disse neste sábado que defende a ideia de mandatos para a corte, um modelo parecido com o dos tribunais constitucionais europeus outra proposta apresentada pela Câmara.
“Portanto, não é uma ideia que eu ache má. O problema é que não prevaleceu esse modelo. E, às vezes, pior do que não ter um modelo ideal é você ter um modelo que não se consolida e não se institucionaliza nunca. Por isso, eu não tenho simpatia por essa mudança nesse momento.”
Sobre as medidas cautelares, Barroso considera ser um assunto equacionado no Supremo.
“Também não tenho simpatia pela monocratização, embora, em alguns momentos, ela seja inevitável. O fato é que esse também é um debate que eu considero normal, ainda quando talvez desnecessário.”
Pacheco fez questão de dizer que a “PEC das decisões monocráticas” não é um revanchismo ou retaliação ao Supremo ou ao Judiciário.
“Tenho plena noção da importância do Poder Judiciário, da importância do Supremo Tribunal Federal, inclusive na consolidação da nossa democracia, mas eu peço uma reflexão de todos”, afirmou.
“Uma lei que é votada nas duas casas do Congresso Nacional, sancionada pelo presidente da República, a sua constitucionalidade ou a sua inconstitucionalidade só pode ser declarada pelo colegiado do Supremo Tribunal Federal e não por um único ministro numa decisão monocrática”.
Ele concluiu dizendo que espera ver a lei aprovada na Câmara dos Deputados, promulgada e respeitada pelo STF.
Julio Wiziack / Folhapress
Cientista político, Paulo Fábio lança livro sobre a tradição política de ACM na Bahia
Lançamento será realizado no dia 1º de novembro, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia |
O lançamento será realizado no dia 1º de novembro, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), das 17h30 às 19h30. As 230 páginas do livro são resultantes de uma pesquisa complementar à tese de doutorado: “Tradição, autocracia e carisma: a política de Antônio Carlos Magalhães na modernização da Bahia (1954-1974)”, publicada em 2006 também como livro, pelo mesmo autor.
Na segunda obra, que está sendo publicada pela Edufba, o autor discorre sobre toda a trajetória da vida pública de Antônio Carlos Magalhães, até a sua morte, em 2007. “Como já fiz no primeiro livro, sustento que, embora a atitude política pessoal de ACM tenha indiscutível originalidade, ele foi menos um caso singular, ‘desviante’ e mais um caso exemplar de uma atitude política amplamente difundida nos mais diversos quadrantes geográficos e ideológicos Bahia e do Brasil”, detalha o autor.
No decorrer da tese, Dantas defende que essa “originalidade” está numa combinação “baiano-nacional” incomum de ingredientes comuns dessa atitude difusa. O prefácio do livro é do professor Othon Jambeiro e o comentário de orelha, do ensaísta Luiz Sérgio Henriques.
Política Livre
‘Temos de tirar de alguém’, diz Lula sobre maior isenção de IR
Foto: Ricardo Stuckert/PR |
“Nós temos de tirar de alguém. Não tem de ser um debate escondido, tem de ser público”, declarou o presidente, em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza, acrescentando: “Você não pode fazer com que pessoas que ganham R$ 5 mil paguem IRPF, enquanto os que têm ações na Petrobras recebem R$ 45 bilhões em dividendos sem pagar Imposto de Renda”.
O presidente foi além e chegou a dizer que, “no futuro, (temos de) isentar mais”. Ele argumentou que não se “pode cobrar 27% ou 15% de um trabalhador que ganha R$ 4 mil e deixar os caras que recebem herança que não pagam (IR)”. “Na minha cabeça, salário não é renda. Renda é de quem vive de especulação, esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda. Esse que faz transferência de dinheiro para parente e paga só 4%.”
Na quarta-feira, 9, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou ter apresentado ao presidente quatro cenários com propostas para a reforma da renda, que incluem projeto para criar uma tributação mínima para milionários.
Segundo Haddad, os textos serão avaliados pelo presidente, que teria pedido uma reforma neutra do ponto de vista arrecadatório. “Há alguns critérios que o presidente faz questão que a medida tenha”, disse. Além da neutralidade de arrecadação, outro objetivo da medida seria seguir os passos dados na reforma tributária sobre o consumo – “também equilibrada sob esta mesma ótica”, disse o ministro.
Reflexo no mercado
As declarações do presidente indicando aumento de gastos e a ampliação da faixa de isenção do IR, além dos R$ 5 mil repercutiram negativamente ontem no mercado financeiro, que já vinha operando bastante atento à situação das contas públicas. No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com alta de 0,50%, a R$ 5,6151, e encerrou a semana acumulando valorização de 2,92% ante o real. Os juros no mercado futuro também voltaram a subir ontem, pelo terceiro dia seguido.
“Os prêmios de risco estão sendo adicionados em cima da percepção de que, cada vez mais, o governo vai mexer nas regras (fiscais) de novo. Na medida em que se aproximar o período eleitoral, essa chance de mudança de regras vai se elevar”, disse Victor Beyruti, economista da DA Economics, destacando que o desempenho ruim do câmbio e dos juros contrastou com o ambiente de tranquilidade no exterior.
Na Bolsa, o Ibovespa (principal índice do mercado acionário brasileiro) voltou a fechar abaixo dos 130 mil pontos, convergindo para os patamares do começo de agosto. O índice recuou 0,28% no dia, aos 129.992 pontos, acumulando perda de 1,37% na semana. No ano, a Bolsa cai 3,12%.
Crédito consignado
O presidente Lula disse ainda na mesma entrevista que quer estender o crédito consignado a trabalhadores da iniciativa privada. Se isso acontecer, segundo ele, essas pessoas não precisarão recorrer ao saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O mecanismo desagrada ao governo.
“Temos dois debates hoje. Tem o saque-aniversário do Fundo de Garantia, que é uma coisa que está causando um certo problema na poupança do FGTS, mas a gente tem noção de que não pode acabar, porque vai mexer com muita gente. O que a gente quer é fazer com que os trabalhadores da iniciativa privada tenham o direito a crédito consignado”, declarou o petista. “Acho que os trabalhadores vão concordar que, se eles tiverem o crédito consignado, não precisam comprometer seu FGTS.”
O assunto está sendo discutido nos ministérios do Trabalho e da Fazenda, e não se sabe se será possível tomar uma decisão ainda neste ano. “É importante a gente não ter pressa para fazer, para não fazer uma coisa errada.”
Gabriel Hirabahasi e Caio Spechoto / Estadão Conteúdo
Governo do Estado anuncia expansão de voos regionais para cidades do interior a partir de janeiro de 2025
Foto: Matheus Landim/GOVBA |
Operadas pela Azul Linhas Aéreas, as novas rotas regionais vão sair de Salvador, capital baiana. O município de Barreiras, no oeste baiano, vai passar a ter um voo diário, Guanambi e Lençois, dois voos semanais. A criação de novas rotas vai conectar regiões isoladas ao centro econômico do país, fortalecendo a economia local e facilitando o deslocamento de pessoas e mercadorias.
“É um investimento que abre caminhos para ampliarmos a conectividade de nosso estado, que é um dos maiores do Brasil. Isso faz parte de uma política de desenvolvimento não só da cadeia turística, como também de promoção do desenvolvimento, gerando emprego e renda e assistência para o povo baiano e turistas. E com a união de forças que temos junto ao Governo Federal os resultados se tornam ainda mais expressivos. Quase 6 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos baianos entre 2023 e 2024”, enfatizou o governador Jerônimo Rodrigues.
Serão utilizados aviões bimotor, de médio porte, com 70 assentos, projetados especialmente para operar em rotas regionais. O secretário do Turismo, Maurício Bacelar, falou sobre as expectativas com esta iniciativa. “Esperamos uma ocupação acima de 80%. A Bahia é um estado com uma extensão territorial muito grande e a conectividade aérea regional é essencial para facilitar o deslocamento dentro do nosso estado”.
O agente de viagens, Marcos Augusto Almeida, 63, comemorou a novidade. “Excelente notícia! Estávamos precisando de melhores opções para vários destinos baianos. Quando pensamos em Barreiras, abre-se uma perspectiva boa para o agronegócio”, disse.
A Azul possui atualmente oito bases em operação com 198 voos semanais no estado, que passarão para 299 com as novas rotas regionais. Dessa forma, as operações da companhia na Bahia são reforçadas e ampliadas para além dos quatro destinos já atendidos, como Salvador, Ilhéus, Vitória da Conquista e Porto Seguro. “Temos uma forte atuação na Bahia. Aliamos a alta procura pelas belezas, culinária e cultura baianas com nossa expertise de operações no estado e a nossa frota diversa para incluir a Bahia, com destaque, em nossos planos de conectar o Brasil com o próprio Brasil”, comentou John Rodgerson, CEO da Azul.
Para o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o aumento dos voos da Azul na Bahia oferece aos brasileiros melhores condições para conhecer as diferentes regiões do estado. “Além disso, é fundamental para fomentar toda uma cadeia de atividade econômica que gera emprego, renda e desenvolvimento para a Bahia e o Brasil. Esse incremento nos voos chega em excelente momento”.
Os voos regionais já estão sendo vendidos nos canais oficiais da companhia aérea.
‘Conheça o Brasil Voando’
O projeto do governo federal, idealizado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), tem como objetivo desenvolver ações voltadas para o estímulo às viagens no Brasil, à democratização do acesso à aviação civil e à redução do custo operacional das empresas aéreas.
Na Bahia, a cerimônia de lançamento do projeto contou com o pouso de um Airbus A320, da companhia aérea Azul, que decolou de Viracopos (em Campinas-SP), adesivado em sua fuselagem com imagens que representam as belezas e os pontos turísticos da Bahia.
Avanços no turismo baiano
As atividades turísticas no estado apresentaram mais uma vez resultados positivos. No segundo trimestre de 2024, o volume das atividades turísticas cresceu 12,6%, quando comparado ao mesmo período de 2023. A Bahia apontou a variação positiva mais expressiva entre as unidades federativas e superior à média nacional, que avançou 2,3%.
Mais de cinco milhões de passageiros passaram pelos aeroportos da Bahia no primeiro semestre de 2024, representando um aumento superior a 10% em relação ao mesmo período de 2023, o que significa um aumento de 458 mil pessoas. No total, mais de 5,9 milhões de pessoas passaram pelos aeroportos baianos entre 2023/24.
Ações do governo do Estado em qualificação e infraestrutura de aeroportos na Bahia tem impulsionado esse avanço. O investimento total foi de R$ 374,8 milhões, entre obras concluídas e em andamento. Cidades como Caetité, Cipó, Valente, Castro Alves, Ipiaú, e outros, tiveram aeródromos recuperados.
Os avanços no setor também refletiram no aumento do número de postos de trabalho com carteira assinada gerados pelo turismo, que passou de 701 no segundo trimestre de 2023 para 1.354 no mesmo período deste ano. Um crescimento de 93,1%.
Terreiros de candomblé criticam Anielle e pedem intervenção de Lula na pasta que ela comanda
Eles afirmam que a chefe da pasta, a ministra Anielle Franco, tem agido com descaso, “desarticulando a possibilidade da retomada do que iniciamos nos governos Lula e Dilma [Rousseff].” No documento, eles pedem intervenção no ministério, a substituição da equipe de trabalho e, em última medida, a troca da própria ministra.
“Nossa crítica ao tratamento do MIR aos terreiros do candomblé amplia-se diante do envolvimento da ministra em polêmicas que não ajudam o governo Lula, e mais recentemente com a demissão de quadros ligados a construções históricas das políticas para os povos de terreiro”, afirma o texto.
Procurado pela coluna, o ministério afirma que não recebeu formalmente a carta e, por isso, não tem como garantir a sua confiabilidade. Diz também que a pasta tem uma diretoria própria para Povos de Terreiro e da Matriz Africana por “entender a relevância” do assunto e que a política em construção se baseia em diálogos com grupos de todas as regiões do Brasil e “está sendo articulada para lançamento em breve”.
O documento cita a recente saída do secretário do Sinapir (Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial), o jornalista Yuri Silva, que havia trabalhado com o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.
Segundo o texto, Yuri Silva “é um jovem negro de candomblé, amplamente conhecido pela sua atuação nas pautas da liberdade religiosa e da juventude”.
“Não trata-se de personalizar a insatisfação política, mas [de] compreender que tal movimento de desligamento demonstra, mais uma vez, o descompromisso da ministra Anielle Franco com as pautas deste segmento e com o conjunto das políticas de igualdade racial do Brasil”, afirma o documento.
Silvio Almeida foi exonerado da pasta dos Direitos Humanos após denúncias de importunação sexual em setembro. No início de outubro, Anielle Franco confirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que foi importunada sexualmente por ele.
Na carta, o grupo pede “uma mesa de negociações” para tratar do tema com Lula.
“O manifesto é uma forma de mostrar ao presidente que nós não estamos satisfeitos como a forma como estamos sendo tratados”, diz o babalorixá Babá Pecê, do terreiro Casa de Oxumarê, um dos mais antigos do Brasil e que é tombado pelo patrimônio histórico.
Ele afirma que há falta de diálogo da ministra com o grupo e que, em ao menos duas oportunidades, ela não compareceu a encontros que já estavam marcados em terreiros. “Nós sofremos com o preconceito e a intolerância religiosa, e os nossos espaços vêm sendo invadidos e atacados”, afirma ele.
O documento cita ainda outros pontos de insatisfação, como a lentidão na publicação da Política Nacional de Combate ao Racismo Religioso e o “baixo investimento orçamentário para povos de terreiro”.
Sobre a demissão de Yuri Silva, o ministério afirma em nota que se tratava de um cargo de confiança e que mudanças são uma prática comum de qualquer gestão. “A continuidade do trabalho está garantida com a nomeação do novo secretário Clédisson Geraldo dos Santos, que tem larga experiência nas políticas e relação com os movimentos.” O antropólogo mineiro foi anunciado nesta sexta (11) para substituir Yuri.
“Será fortalecido o Sistema de Promoção da Igualdade Racial e a agenda de direitos e para a população negra, quilombola, cigana, povos de comunidades tradicionais e de matriz africana do Brasil.”
O ministério citou também políticas que vêm sendo adotadas pela atual gestão, como uma parceria com a Fiocruz no edital Mãe Gilda de Ogum, que prevê R$ 1,5 milhão para a promoção das atividades dentro dos “seguintes eixos: economia de axé, cultura dos povos de terreiros e comunidades de matriz africana e agroecologia”.
Leia, abaixo, a íntegra do documento:
“Carta de terreiros e entidades negras e de matriz africana ao presidente Lula
Os terreiros de candomblé, organizações da luta pelos direitos de religiões de matriz africana e outras organizações sociais de ativismo político que assinam esta carta, direcionada ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sempre estiveram na defesa da democracia e dos governos democráticos e populares petistas mesmo em momentos difíceis de ameaça aos avanços conquistados nas políticas públicas nacionais.
Tratam-se de representações de casas tradicionais de candomblé do Brasil, que reúnem inclusive patrimônios nacionais tombados e registrados e que representaram aliados fiéis ao presidente Lula em todos os seus governos e também durante o processo da sua prisão injusta.
Neste sentido, investidos desta história, os terreiros e as organizações que subscrevem essa carta manifestam-se com preocupação sobre a política do Ministério da Igualdade Racial para esse segmento, que encontrou o descaso total da Ministra da pasta até agora, desarticulando a possibilidade da retomada do que iniciamos nos governos Lula e Dilma anteriores.
Nossa crítica ao tratamento do MIR aos terreiros do candomblé amplia-se diante do envolvimento da ministra em polêmicas que não ajudam o Governo Lula, e mais recentemente com a demissão de quadros ligados a construções históricas das políticas para os povos de terreiro.
Recebemos com muita preocupação a demissão por telefone, e durante um resguardo provocado por luto familiar, do Secretário Nacional Yuri Silva, que compõe uma organização histórica de ativismo em defesa das religiões de matriz africana, a saber o CEN, e que é um intelectual na formulação dessas pautas.
Silva, grande quadro do movimento negro nacional, é um jovem negro de candomblé, amplamente conhecido pela sua atuação nas pautas da liberdade religiosa e da juventude negra, tendo sido responsável pela elaboração política e técnica do Plano Juventude Negra Viva e de programas de intercâmbio do governo com países africanos, latino-americanos e caribenhos.
Não trata-se de personalizar a insatisfação política, mas compreender que tal movimento de desligamento demonstra mais uma vez o descompromisso da Ministra Anielle Franco com as pautas deste segmento e com o conjunto das políticas de igualdade racial do Brasil.
Neste sentido, solicitamos uma mesa de negociação com o Presidente Lula para conversar sobre os caminhos das políticas para terreiros. Pontuamos questões a serem tratadas que apontam, além dos fatos já citados, a fragilidade da gestão da Ministra Anielle Franco:
● Má vontade na retomada de políticas relevantes para os povos de terreiro, como a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais e outras ações pontuais, como a distribuição de alimentos para terreiros de candomblé do Brasil via MIR e CONAB;
● Demora na publicação da Política Nacional de Combate ao Racismo Religioso, elaborado neste governo pela até técnica do Ministério, porém obstaculizada pelo gabinete da Ministra e por sua Secretária Executiva;
● Falta de diálogo com os terreiros de candomblé patrimonializados como bens materiais e bens Imateriais do Brasil pelo IPHAN, de forma a prestar apoio a esses patrimônios negros históricos que dialogam com a população negra local. A saber, a ministra nunca visitou esses espaços sagrados e desmarcou encontros após eventos prontos, em pelo menos duas ocasiões;
● Baixo investimento orçamentário para povos de terreiro, o que demonstra a falta de prioridade do Ministério para o segmento.
Além disso, também elencamos pontos que dizem respeito ao conjunto das políticas de igualdade racial, e não só ao nosso segmento, considerando que a população negra configura-se como um povo amplo e repleto de demandas históricas represadas.
Por isso, também elencamos como problemas da gestão Anielle Franco:
● Falta de participação social na elaboração das políticas públicas,
por meio da ASPADI/MIR (área responsável pelo assunto), e ausência de
diálogo da ministra com os movimentos sociais;
● Adiamentos sucessivos da 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial e desrespeitos constantes ao Conselho Nacional de Igualdade Racial;
● Descontinuidade de projetos de formação de conselheiros em 200 municípios brasileiros, os quais estavam sendo gestados pelo Secretário demitido;
● Falta de renovação de Decretos do Plano Nacional de Igualdade Racial (PLANAPIR) e da Política Nacional de Igualdade Racial (PNPIR) – que datam, respectivamente, de 2008 e 2003 e necessitam de atualização;
● Boicote a tentativas de publicação de novas regras elaboradas para o Sistema Nacional de Igualdade Racial – SINAPIR, a fim de ampliar a adesão de municípios e estados às políticas nacionais de igualdade racial e a penetração do governo federal nos entes subnacionais.
Dito isto, reafirmamos nossa intenção de diálogo com o presidente Lula e seus assessores do Palácio do Planalto, no sentido de uma intervenção no Ministério da Igualdade Racial e, se não obstante for, a substituição da equipe da ministra ou, em última instância, dela própria”.
PF, BPFRON e Força Tática/PMMS realizam apreensão de 670 kg de maconha
Após buscas, nenhuma pessoa foi encontrada no local. A droga foi apreendida e pesada, totalizando aproximadamente 670 kg. Todo material apreendido foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra/PR para às providências cabíveis.
Essa é mais um exemplo de compromisso das forças de segurança pública na região, contribuindo para a segurança da comunidade e o enfraquecimento das redes criminosas que atuam na área de fronteira.
PM prende mulher suspeita de tráfico em Ipiaú
Os pms realizavam rondas, quando avistaram uma mulher comercializando drogas. Ao visualizar a guarnição, a suspeita tentou fugir, sendo alcançada. Com ela foram encontradas, 51 porções de cocaína e dinheiro espécie.
O material apreendido e a detida foram encaminhadas à delegacia da cidade para a tomada das medidas pertinentes.
Lula chama de ‘intromissão’ pedido de informações dos EUA sobre venda de aviões militares ao Brasil
O Departamento de Justiça dos EUA solicitou informações à subsidiária da fabricante sueca de aeronaves Saab sobre a venda de 36 caças militares Gripen ao Brasil, em 2014. A transação foi objeto de uma investigação sobre corrupção no Brasil, disse a Saab na quinta-feira (10).
“A companheira Dilma [Rousseff] comprou um avião que era mais econômico, me parece que mais barato e a manutenção custava menos. É um avião de um conjunto de países, é um sueco que tem participação da Inglaterra e de vários outros países”, disse, em entrevista à rádio O Povo/CBN Fortaleza.
“E eu sinceramente acho que um pedido de informação dos Estados Unidos é intromissão numa coisa de um outro país. É descabida essa informação. Não sei qual é a informação que eles estão pedindo, também não quero fazer julgamento precipitado, mas não tem sentido pedir informação de um avião que o Brasil comprou”, completou.
A informação de que o governo americano estaria em busca dessas informações dez anos depois veio à tona na quinta-feira (10). Horas depois, a empresa sueca se manifestou por comunicado.
No texto, a empresa disse que tanto autoridades brasileiras quanto suecas já investigaram anteriormente a compra e o caso foi arquivado sem apontar qualquer irregularidade da Saab.
A Força Aérea Brasileira (FAB) escolheu em 2014 o Gripen para renovar sua frota de caças, em detrimento do F-18 Super Hornet, da americana Boeing, e do Rafale, fabricado pela francesa Dassault Aviation SA.
O acordo com a Saab também permite que os Gripens sejam produzidos no Brasil no futuro.
As primeiras aeronaves já foram entregues ao Brasil, e o restante deve ser entregue até 2027.
A compra dos 36 caças foi assinada em outubro de 2014. O valor do contrato à época ficou quase US$ 1 bilhão acima do previsto quando a intenção do negócio foi anunciada, em dezembro de 2013: US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 13,5 bilhões).
A FAB (Força Aérea Brasileira) afirma que a diferença se deve à negociação para a atualização do projeto –a proposta da Saab era de 2009, e foi necessário adequá-la à evolução tecnológica de alguns componentes do avião e também à exigência de maior participação brasileira na produção.
A aquisição levou o Ministério Público Federal em Brasília, em 2016, a denunciar Lula no âmbito da Operação Zelotes por supostamente ter participado de um esquema de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a compra de 36 caças Gripen e a prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627.
Os procuradores alegavam que o esquema teria ocorrido durante o período em que Lula era ex-presidente, entre 2013 e 2015.
O caso, contudo, foi suspenso em 2022 pelo então ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal). Esta era a última ação penal contra o petista que ainda não havia sido suspensa, trancada, anulada ou que houvesse a absolvição pela Justiça.
O ministro decidiu acatar os argumentos da defesa, que usou como provas as mensagens trocadas entre procuradores obtidas por hackers e, depois, apreendidas na Operação Spoofing, da Polícia Federal.
Segundo Lewandowski disse à época, “os procuradores República responsáveis pela denúncia referente à compra dos caças suecos agiam de forma concertada com os integrantes da ‘Lava Jato’ de Curitiba, por meio do aplicativo Telegram, para urdirem, ao que tudo indica, de forma artificiosa, a acusação contra o reclamante [Lula]”.
“Valendo lembrar que investigações do mesmo jaez, relativas aos casos ‘Triplex do Guarujá’ e ‘Sítio de Atibaia’, foram consideradas inaproveitáveis pelo Supremo”, acrescentou o ministro.
Segundo Lewandowski, havia, por parte dos procuradores, “quando menos, franca antipatia e, em consequência, manifesta parcialidade em relação” a Lula.
Anvisa divulga propostas de advertência para derivados do tabaco
“As advertências sanitárias precisam ser atualizadas de forma recorrente, para garantir a manutenção da eficácia de comunicar ao público os principais danos à saúde causados pelo consumo dos derivados do tabaco e as principais substâncias (causadoras desses danos) que estão contidas nos produtos”, destacou a Anvisa, em nota.
A audiência pública será realizada das 9h às 13h, no auditório da agência, em Brasília. O encontro é aberto ao público e não é necessário fazer inscrição. O número de participantes, entretanto, é limitado a 240, capacidade máxima do local. O acesso acontecerá por ordem de chegada. A recomendação é que os interessados cheguem ao local com antecedência.
Entenda
Em comunicado, a Anvisa avaliou as advertências sanitárias em questão
como uma das campanhas de comunicação em saúde mais efetivas já
desenvolvidas no Brasil, “tendo colaborado significativamente para a
política de saúde pública de combate ao tabagismo”. A estratégia é
atualizar o layout e a distribuição dos elementos nas embalagens.
“Para chegar até a proposta atual, a Anvisa realizou um estudo de avaliação das atuais advertências e criou um grupo técnico composto por especialistas, com o objetivo de realizar o levantamento e a análise de requisitos técnicos para o desenvolvimento do novo conjunto de advertências.”
Planalto reúne ministros e pede apoio a candidatos da base contra direita brasil
Os ministros do governo se reuniram em dois momentos nesta semana, após o primeiro turno das eleições municipais. O primeiro encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (8), em um café da manhã na residência do ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Um jantar também foi realizado com os que não puderam comparecer ao encontro.
O primeiro turno das eleições mostrou a força dos partidos de centro e também do bolsonarismo. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elegeu dois prefeitos em primeiro turno e vai disputar a segundada rodada de votação em nove capitais.
O PL não fez as mil prefeituras planejadas, mas conseguiu o comando de 510 municípios, tornando-se a quinta maior força eleitoral do país.
Durante o encontro desta terça-feira (8), os ministros que atuam no Palácio do Planalto —Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Márcio Macêdo (Secretaria Geral da Presidência)— pediram para os demais empenho no segundo turno, para que a base mostre força e contenha o avanço da direita no país. Nos bastidores, ministros têm insistido no combate aos chamados de ícones da direita.
Os ministros palacianos reconheceram que há casos de confrontos dentro da chamada frente ampla do governo, mas afirmam que mesmo nesses casos é necessário colocar o peso para vencer no segundo turno.
O exemplo mais claro é a cidade de São Paulo, onde Guilherme Boulos (PSOL) enfrenta Ricardo Nune s (MDB). Apesar de haver três ministros emedebistas, o Planalto pediu empenho em peso nas disputa, considerando que Nunes está junto com o bolsonarismo.
O mesmo argumento é usado em relação a Porto Alegre, onde haverá outra luta entre a esquerda e o MDB —Bolsonaro e os demais partido de direita estarão com Sebastião Melo. O PT também quer confirmar no segundo turno a vitória em Santa Maria (RS), região de influência de Paulo Pimenta.
Os ministros palacianos também buscaram transmitir a mensagem que é possível virar mesmo em locais onde o primeiro turno terminou em grande desvantagem para os partidos aliados.
Uma das capitais citadas no encontro é Cuiabá, onde o petista Lúdio Cabral (PT) ficou em segundo com 28% dos votos, contra 39% do bolsonarista Abilio Brunini (PL).
Apesar da desvantagem, o resultado foi mencionado no encontro como uma vitória, considerando que o petista deixou de fora do segundo turno o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União), candidato do governador Mauro Mendes (União).
A candidata a vice na chapa de Lúdio Cabral é a filha do atual ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD), Rafaela Fávaro. A avaliação no café da manhã é que vale um esforço para atrair os votos de centro para a chapa, considerando que o governador se declarou neutro no segundo turno.
Já como resultado desse café da manhã, Lúdio e Rafaela Fávaro estiveram em Brasília e conseguiram gravar vídeos com integrantes do governo nesta quinta-feira (10). Primeiro gravaram com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em uma produtora da capital federal e depois foram à residência da Granja do Torto, para um encontro e gravações com Lula.
A reunião na casa de Silvio Costa Filho começou com uma radiografia do primeiro turno feita por Alckmin. Os presentes evitaram apontar erros de estratégia e focaram nas ações para obter mais vitórias no segundo turno.
No entanto, os integrantes do governo apontam dois grandes erros que foram cometidos no primeiro turno.
O primeiro deles é em Teresina (PI), onde há a avaliação de que o PT não entrou de cabeça na campanha e assim permitiu a derrota de um nome forte logo no primeiro turno. Fábio Novo (PT) foi derrotado, mesmo alcançando 43% dos votos.
Além disso, o PSD e uma ala do PT reclamam da insistência de integrante do partido em forçar a candidatura de Rogério Correia (PT), em Belo Horizonte. A avaliação é que Fuad Noman (PSD) poderia ter vencido no primeiro turno, sem a candidatura petista.
O atual prefeito enfrenta agora o bolsonarista Bruno Engler (PL). Apesar de o candidato do PL ter terminado na frente, a avaliação dentro do governo é de que a reversão do quadro não será difícil, embora exija forte apoio do governo.
Também prioridade do governo é a eleição no estado do Pará, com candidatos ligados ao governador Helder Barbalho (MDB), contra o PL de Bolsonaro: em Santarém e Belém.
O governo federal, por outro lado, não vê motivos para entrar na disputa em três capitais onde o confronto se dá exclusivamente no campo da direita, apesar de alguns nomes estarem concorrendo por siglas da base governista: Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Curitiba (PR). Como foi afirmando no café da manhã, seria um esforço para apoiar o menos pior.
Em Curitiba, o PT decidiu liberar a bancada, mas uma parte do núcleo paranaense da legenda vai entrar em campo para tentar evitar uma possível vitória de Cristina Graeml (PMB), considerada mais extremista.
Posição semelhante haverá em Goiânia, onde não haverá apoio explícito ao candidato Sandro Mabel (União), candidato adversário Ronaldo Caiado (União), mas há a avaliação de que é preciso derrotar o candidato do PL, Fred Rodrigues.
Também houve reforço, durante o café da manhã, a um pedido do próprio Lula para se planejar algumas ações integradas neste semestre, independente do processo eleitoral, para ampliar e melhorar a comunicação do governo. O pedido é para que os ministro falem mais do próprio governo nos eventos da pasta, em viagens pelo país e nas suas bases, de uma maneira transversal —e não apenas dos feitos de seus ministérios.
Brasil se abstém em votação sobre Venezuela no Conselho de Direitos Humanos da ONU
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Arquivo |
A diretiva recebeu 23 votos a favor, 6 contra e 18 abstenções —sendo o Brasil responsável por uma delas.
O país creditou sua decisão ao fato de que o documento final não cita diretamente os impactos negativos das sanções em vigor contra o regime. Sem isso, afirmou o representante brasileiro na sessão, é “impossível discutir a situação dos direitos humanos” em Caracas, “particularmente no que diz respeito ao acesso a alimentos, remédios e equipamentos médicos”, maior entre os segmentos mais vulneráveis da população.
“Estamos comprometidos com esforços para promover o diálogo com as forças políticas venezuelanas como a única maneira de enfrentar os desafios políticos, econômicos e sociais que o país enfrenta”, ele completou.
A abstenção está alinhada com a postura cautelosa que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem adotado em relação ao regime de Nicolás Maduro, em especial desde as eleições presidenciais, em julho.
O líder chavista teve a sua reeleição proclamada pelas autoridades locais, mas se recusou a tornar públicos os documentos que comprovariam esse resultado. A oposição, por sua vez, disponibilizou esses documentos na internet. Ao anunciar sua vitória, tinha o respaldo de uma série de organizações independentes.
Isso fez com que uma série de países reconhecessem o candidato que concorreu contra Maduro nas urnas, Edmundo González, como presidente eleito da Venezuela. Enquanto isso, Brasília optou por não reconhecer nenhum dos resultados.
Havia um grande temor de que o mandato da missão não fosse renovado. Além da possibilidade de a resolução votada nesta sexta-feira não obter votos o suficiente, também foram postas em votação emendas que buscavam dificultar a sua aprovação —uma dessas emendas, proposta por Cuba, eliminava justamente o parágrafo que citava a missão, por exemplo.
Caso isso acontecesse, a missão —que desde o seu estabelecimento, em 2019, apontou, entre outros, o envolvimento do próprio Maduro nos abusos do regime contra a população civil— corria o risco de ser desmobilizada em um momento em que a Venezuela enfrenta um recrudescimento da violência estatal.
Desde as eleições presidenciais, o regime ampliou a perseguição contra oponentes, extinguiu garantias judiciais e aumentou a censura contra a imprensa. A ONG Foro Penal calcula que, desde o pleito, realizado em julho, ao menos 1.916 pessoas tenham sido presas por motivações políticas.
Em paralelo, multiplicam-se os temores de um novo êxodo massivo venezuelano, em especial nos países da América Latina e do Caribe, que abrigam 6,5 milhões do total de 7,7 milhões de venezuelanos que deixaram o país desde 2014.
Um aumento de 51% no número de pessoas que cruzaram o mortal estreito de Darién de agosto a setembro corroborou esse medo —dos cerca de 25 mil migrantes que atravessaram a selva em setembro, mais de 20 mil eram venezuelanos.
Boulos minimiza distância e vê cenário em aberto, e Nunes celebra votos herdados de Marçal
A última pesquisa Datafolha mostra Ricardo Nunes (MDB) com 55% das intenções de voto e Guilherme Boulos (PSOL) com 33%
Foto: Divulgação/ Shutterstock |
Em Brasília para reunião e gravação com o presidente Lula (PT), seu aliado, Boulos não comentou o levantamento até a noite desta quinta-feira (10), mas sua campanha emitiu nota em que aponta "cenário em aberto" e evita comentar aspectos negativos, como a rejeição de 58% dos eleitores, ante 37% do rival.
A candidatura do PSOL ressaltou o percentual de 31% dos eleitores de Nunes que, segundo o Datafolha, votam no emedebista por considerá-lo o candidato ideal, taxa que no caso de Boulos é de 56%. Isso mostra, segundo o comunicado, "uma intenção de votos pouco consolidada no atual prefeito".
A avaliação também foi feita em privado por membros da campanha, que consideram frágil o voto no prefeito. Outros dados citados foram da pesquisa espontânea (quando o entrevistador não cita nomes de candidatos), com a fatia de 12% que está indecisa e a distância de 12 pontos percentuais de Boulos (29%) para Nunes (41%), menor do que na estimulada (22 pontos).
O candidato do PSOL também tenta herdar parte da votação de Marçal, sob a justificativa de que nem todos os votos do influenciador tiveram perfil ideológico e que uma porção deles pode ser conquistada pelo deputado, que incorporou temas da campanha do rival como o estímulo ao empreendedorismo e propostas para trabalhadores de aplicativos.
A ordem é manter a combinação de serenidade e mobilização, para evitar que um clima de derrota contamine a militância. O argumento é que as pesquisas mostram um quadro que não é imutável, com a expectativa de que uma campanha intensificada nas ruas e nas redes consiga reverter a diferença.
A mensagem já tinha sido apresentada a apoiadores um dia antes, em um encontro batizado como "Plenária Arrancada da Vitória". O pedido é para que eles se mantenham engajados e trabalhem para "virar votos", especialmente entre eleitores que votaram em Lula em 2022 e hoje estão com Nunes.
Aliados de Boulos já admitiam que começariam o segundo turno atrás, como indicavam as pesquisas anteriores, mas têm a expectativa de alterar o quadro nas próximas duas semanas. É preciso, nas palavras de um interlocutor do deputado, manter o sangue frio e confiar na estratégia. Uma das apostas é que os votos de Marçal, que hoje migram em sua maioria (84%) para Nunes, podem se pulverizar, já que esse público também votou pela mudança na máquina municipal.
Na tentativa de ampliar a parcela de eleitores que responde não votar de jeito nenhum em Nunes, a campanha do PSOL quer reforçar o fato de que o emedebista é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e enfatizar episódios como o do boletim por violência doméstica feito pela primeira-dama em 2011, além de denúncias envolvendo contratos da gestão e a relação de Nunes com o centrão.
Nunes comemorou o resultado da pesquisa publicamente, durante uma caminhada em Parada de Taipas (zona norte), na tarde desta quinta. Nos bastidores, sua equipe adota cautela com os números e diz que é preciso ter humildade. Em sondagens internas, segundo relatos, a vantagem inicialmente era menos ampla.
O prefeito disse estar feliz. "Tenho que agradecer a população pela confiança, pela percepção do que representa a nossa candidatura e do outro adversário. Aqui é o equilíbrio, lá o extremismo. Aqui é a ordem, lá a desordem. A gente está muito tranquilo com relação à continuidade do nosso trabalho", declarou.
Nunes disse ainda que uma cidade de 12 milhões de habitantes exige experiência e que, do lado de Boulos, há "zero experiência".
O prefeito afirmou que é uma "boa notícia" o dado de que 8 em cada 10 eleitores de Marçal o escolhem no segundo turno e lembrou que tem encampado as propostas do influenciador relacionadas ao empreendedorismo. Disse ainda que o candidato do PRTB era contra Boulos -apesar disso, o influenciador afirma agora acreditar que o candidato do PSOL será o vencedor.
"Ele [Marçal] falava muito que ele seria uma candidatura para combater o Boulos. É natural até que venha para a nossa candidatura", continuou o aspirante à reeleição, falando em "correr atrás" dos simpatizantes do influenciador que ainda não estão com ele, "para poder trazer todo mundo".
Nunes também comentou sua declaração, feita em entrevista à TV Record mais cedo, de que aceitaria uma indicação técnica Bolsonaro para seu secretariado, como a do ex-ministro Paulo Guedes (Economia).
"Se ele me indicar alguém técnico, que seja bom para o governo, eu não tenho nenhum problema de aceitar. Por exemplo, sei lá, Paulo Guedes. [...] Eu não estou fechado a receber sugestões. Só que a decisão do secretariado vai ser minha", disse.
84% dos eleitores de Marçal apoiam Nunes, diz pesquisa
Segundo a pesquisa, Nunes está à frente da disputa do segundo turno, com 55% das intenções de voto; Boulos tem 33% das menções do cenário estimulado, em que os nomes de ambos são apresentados para os entrevistados.
Ainda em relação à transferência dos votos, os recebidos pela deputada federal Tabata Amaral (PSB), que terminou o primeiro turno em quarto lugar, aparecem assim: 50% para o postulante do PSOL e 33% para o atual prefeito da capital paulista.
De acordo com o levantamento, Boulos tem 58% de rejeição e Nunes 37%; 10% dos eleitores disseram que votariam em branco ou nulo; 2% não sabem em quem votar.
Essa foi a primeira pesquisa de segundo turno produzida pelo instituto. Na última, divulgada na véspera do primeiro turno, o cenário entre o emedebista e o deputado federal apontava a vitória de Nunes, com 52% dos votos, contra 37% de Boulos.
O Datafolha entrevistou no novo levantamento 1.204 eleitores entre o dia 8 e ontem. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível e confiança, de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o SP-04306/2024.
Cenário espontâneo
O instituto também apurou as intenções de voto no cenário espontâneo, em que os nomes dos candidatos não é apresentado para os entrevistados. Nele, Nunes tem 41% das menções, ante 29% de Boulos. Outros 2% afirmaram que votariam “no atual” e também 2% votariam “no 15”, em referência ao número de urna do prefeito.
No mesmo cenário, 4% deram outras respostas; 10% votariam em branco ou nulo e 12% não souberam responder.
A maioria dos entrevistados, 85%, disse já estar “totalmente decidida” sobre o voto; 15% afirmaram que ainda podem rever e mudar de decisão.
A pesquisa questionou os entrevistados sobre se julgam o candidato que escolheram como “ideal” ou se votarão nele porque “não há opção melhor”. A maioria, 59%, disse não haver alternativa melhor, e 40% que o concorrente é ideal.
Entre os eleitores de Nunes, 68% julgam que votam nele por falta de opção, enquanto 31% o consideram ideal. Já entre o eleitorado de Boulos, 56% avaliam que ele é o ideal, enquanto 43% acreditam que não há alternativa melhor.
Mais de 10 mil mudas de cacau distribuídas aos pequenos agricultores!
Esse é mais um resultado concreto do trabalho incansável para garantir desenvolvimento sustentável, novas oportunidades e crescimento econômico para Itagibá.
PF combate esquema de venda de mercúrio no Amazonas
A investigação começou a partir da análise de redes sociais através de funcionalidade para vendas conhecida como marketplace. Diante dos fatos, constatou-se que a referida plataforma estava sendo utilizada para anunciar a venda de mercúrio líquido, substância de elevada toxicidade e sujeita a rigoroso controle, utilizada na prática do garimpo ilegal na Amazônia.
A investigada, que usava perfil comercial na plataforma de vendas online, poderá responder pelo crime de contrabando, podendo ser cumulado com outros crimes associados.
Tenente da PM é alvo de nova fase da ‘Operação Reciclagem’ em Vitória da Conquista
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do oficial e na sede da 78ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM). Foram apreendidos celular, documentos, arma e munições.
A ação integrada foi promovida pelos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) do MPBA, pela Força Correcional Especial Integrada (Force) da Corregedoria Geral da SSP e pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado da Bahia.
Pontos de tráfico são desarticulados pela 48ª CIPM em Sussuarana
Os pms foram acionados apara averiguar a denúncia de pessoas traficando na região. Ao chegarem, os pms encontraram um casal suspeito: um homem que foi logo apreendido em um ponto de comercialização de entorpecentes e uma mulher, que foi alcançada após tentar fugir e adentrar um segundo local de venda de drogas.
Com os dois, foram encontrados 475 porções de cocaína, meio quilo de pasta-base da substãncia, 780 porções de crack, uma balança de precisão, embalagens para acondicionar drogas e 10 munições de calibre 38.
Logo em seguida, ao adentrar em uma das ruas, a guarnição foi surpreendida por disparos de arma de fogo nas imediações de um terceiro local de tráfico e, após o revide, foi encontrado um indivíduo caído ao solo, sendo o mesmo socorrido para o Hospital Roberto Santos, onde não resistiu aos ferimentos. Com ele, foram encontrados um revólver e munições de calibre 38, 45 porções de cocaína, 30 de crack e 60 de maconha.
Todo material apreendido foi encaminhado para a Polícia Civil para o registro da ocorrência.
Texto: Polícia Militar – DCS
Com prisão de traficante no RJ, Forças da Segurança da Bahia alcançaram 83 líderes de facções em 2024
Criminoso foi capturado durante a Operação Êxodo, realizada no Complexo de Israel, nesta quinta-feira (10).
Com a prisão do traficante, as Forças da Segurança da Bahia alcançaram 83 líderes de facções em 2024. O traficante capturado possuía mandados de prisão e atuava no comércio de drogas e armas, determinando homicídios de rivais e roubos, além de corrupção de menores, no bairro da Mata Escura.
Além do traficante baiano, que fugiu e se escondeu no Rio de Janeiro, outro sete criminosos foram capturados durante a Operação Êxodo.
PSDB, Solidariedade e PDT planejam lançar federação em novembro
Marconi Perillo, presidente do PSDB, tem uma conversa agendada com o presidente do Cidadania, Comte Bittencourt, para tratar do tema. Os dois partidos já compõem uma federação. Além disso, o PRD (resultado de fusão de Patriota e PTB) também tem acompanhado as discussões e pode ser integrado.
Eleições municipais tiveram 1 virada para cada 4 disputas de 2º turno desde 2004
Das 236 disputas de segundo turno ocorridas de 2004 a 2020, em 63 ocasiões os candidatos que tiveram uma votação menor que a do concorrente no primeiro turno conseguiram ganhar a eleição, o que representa 27%.
A análise da Folha é feita com base nos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Nas eleições de 2024, haverá segundo turno em 52 cidades, sendo 15 capitais.
Entre elas está São Paulo, onde a disputa entre os três primeiros colocados foi a mais acirrada desde a redemocratização e terá embate final de Ricardo Nunes (MDB) contra Guilherme Boulos (PSOL). No primeiro turno, a diferença entre eles foi de apenas 0,41 ponto percentual a favor do prefeito.
A única virada na capital paulista aconteceu em 2012, quando Fernando Haddad (PT) passou José Serra (PSDB) por 55,57% a 44,43%. A diferença entre eles no primeiro turno havia sido de 1,7 ponto percentual a favor do tucano: 30,75% a 28,98%.
A menor diferença entre candidatos em 2024 é de Camaçari (BA), onde Caetano (PT) teve 49,52% dos votos e Flávio (União Brasil), 49,17% —0,35 ponto percentual a menos.
Historicamente, quanto menor a distância de votos entre os candidatos no primeiro turno, maior a chance de virada. Das 73 disputas em que a diferença foi menor que cinco pontos percentuais no primeiro turno, 27 candidatos viraram.
Só um candidato a prefeito foi capaz de reverter uma diferença maior que 25 pontos percentuais na história: Aidan Ravin (PTB) surpreendeu em 2008 ao vencer Vanderlei Siraque (PT) em Santo André (SP) no segundo turno por 55% a 44,9%.
Ele encerrou 12 anos de gestão petista no município do ABC paulista. O prefeito da época, João Avamileno, tinha sido reeleito em 2004 e era vice de Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002, que administrava a cidade desde 1997.
No primeiro turno, Siraque teve 48% dos votos contra 21% de Aidan, uma distância de 27 pontos percentuais.
Há também casos em que os eleitos conseguiram superar uma diferença maior do que 20 pontos percentuais.
Em 2016, na cidade de Franca (SP), Gilson de Souza (DEM) levou a prefeitura com 56,33% dos votos contra Sidnei Franco Da Rocha (PSDB), que obteve 43,67% no segundo turno. No primeiro turno, Sidnei havia ficado na frente com 45,09% contra 22,56%.
Já em Londrina (PR), em 2012, Alexandre Kireeff (PSD) se elegeu com 50,53% contra Marcelo Belinati (PP), com 49,47%. O primeiro turno foi 45,38% a 25,27% para Belinati.
Nas eleições de 2024, cinco cidades com disputa de segundo turno tiveram uma diferença maior que 25 pontos percentuais no primeiro turno.
É o caso de Petrópolis (RJ), com 32,19 pontos percentuais de diferença. O segundo turno na cidade fluminense será entre Hingo Hammes (PP) e Yuri (PSOL), que tiveram votação de 49,96% e 17,77%, respectivamente.
A capital João Pessoa (PB) é a segunda cidade com maior distância entre os candidatos, de 27,39 pontos percentuais. No primeiro turno, Cicero Lucena (PP) teve 49,16% e Marcelo Queiroga (PL), 21,77%.
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