PF prende duas pessoas por tráfico de drogas e contrabando no Paraná
Na ação, foram encontrados centenas de aparelhos celulares de diversas marcas, cigarros eletrônicos, relógios, baterias, além de 100 tabletes de cocaína, totalizando 107 kg do entorpecente
Foz do Iguaçu/PR. Na manhã desta sexta-feira (25/10), a Polícia Federal prendeu dois indivíduos que transportavam em um caminhão diversos volumes de mercadorias contrabandeadas, além de tabletes de cocaína na rodovia BR-277, na altura do município de Céu Azul/PR.A ação ocorreu durante uma fiscalização na rodovia em questão, enquanto os policiais realizavam vistorias focadas em veículos de grande porte. Durante a abordagem de um caminhão, os ocupantes demonstraram certo nervosismo e inconsistência nas respostas, o que motivou os agentes a verificarem a carga, que supostamente consistia em folhas de vidro de diferentes tamanhos. Ao removerem a lona que cobria os vidros, os policiais localizaram diversos volumes camuflados no interior da estrutura metálica.Nos volumes foram encontrados centenas de aparelhos celulares de diversas marcas, cigarros eletrônicos, relógios do tipo smartwatch, baterias, além de 100 tabletes de cocaína, totalizando 107 kg do entorpecente.
Diante da situação, o motorista e o ajudante, ambos brasileiros, foram presos em flagrantes e levados para a Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura da prisão e a apreensão dos volumes com carga ilícita.
Ação conjunta da PM localiza criminoso que participou da queima de ônibus no IAPI
Batalhões Gêmeos e Apolo, além da 37ª CIPM alcançaram o integrante de facção na manhã desta sexta-feira (25).
Os militares reforçavam as ações de combate ao crime organizado na localidade do Nó de Pau, no IAPI, quando encontraram o traficante e comparsas.
Na tentativa de prisão houve confronto e o autor da queima de ônibus acabou ferido. Ele chegou a ser socorrido para o hospital Ernesto Simões, mas não resistiu. Com ele foram encontrados uma pistola calibre 9mm, carregador, munições e celulares.
As operações na região do IAPI continuarão por tempo indeterminado.
Texto: Alberto Maraux/SSP
Degradação da amazônia por fogo explode em 2024 e é a maior em 15 anos, aponta levantamento
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25). As áreas equivalem em tamanho a 17 cidades de São Paulo.
No mesmo período em 2023, as áreas degradadas na amazônia somaram 1.922 km2. O aumento, portanto, foi de 1.265%.
Degradação é um indicador usado para se referir aos impactos causados na floresta pelas queimadas e pela exploração de madeira. É diferente do desmatamento, que se trata do corte definitivo de uma área antes preservada.
Uma área degradada pode alimentar ciclos de fogo na amazônia e passar a ser mais emissora do que sumidora de carbono.
No primeiro ano do governo Lula (PT), houve redução do desmatamento da amazônia, mas levantamentos como os feitos pelo Imazon mostram a explosão da degradação da floresta.
A Folha questionou O MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) sobre os dados do Imazon e aguarda a resposta.
Em 2024, de janeiro a setembro, satélites usados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registraram 104,6 mil focos de calor na amazônia. No ano passado, no mesmo período, foram 57,9 mil focos.
O ano de 2024 foi mais um ano de crise climática e seca extrema na região amazônica, com rios em níveis mínimos, nunca registrados, na porção ocidental do bioma; ondas de fumaça; e chuvas escassas. Em comparação a 2023, a seca se mostrou ainda mais danosa, especialmente em razão da maior quantidade de queimadas incontroláveis na floresta, associadas ao desmatamento ou não.
Setembro foi o mês em que houve explosão das áreas degradadas, segundo os registros do Imazon. Dos 26.246 km2 degradados no ano, 20.238 km2 foram registrados em setembro.
A degradação está associada diretamente ao fogo, segundo o instituto. O recorde anterior foi registrado de janeiro a setembro de 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), com 6.869 km2 de áreas degradadas.
O Pará responde por mais da metade da degradação em setembro de 2024. Dos dez municípios que mais degradam, sete são paraenses. A lista é encabeçada por São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Novo Progresso, onde há dominância de grilagem, desmatamento, queimadas e exploração ilegal de ouro.
No Pará estão ainda as unidades de conservação (APA Triunfo do Xingu, Floresta Nacional do Jamanxim, APA do Tapajós e Floresta Nacional de Altamira) e as terras indígenas (Kayapó e Xicrin do Cateté) com maiores áreas degradadas na amazônia.
A Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará, é a que tem a maior área ocupada pelo garimpo ilegal de ouro, entre os territórios tradicionais brasileiros. Neste ano, o território sofreu com a explosão de queimadas, que podem estar associadas diretamente aos garimpos.
A reportagem questionou o governo do Pará sobre os dados e aguarda resposta.
Depois do Pará (57%), no ranking da degradação em setembro, aparecem Mato Grosso (25%), Rondônia (10%) e Amazonas (7%).
O levantamento do Imazon aponta ainda um aumento do desmatamento da amazônia nos últimos meses. Já são quatro meses seguidos com alta do desmate.
Em setembro, o desmatamento foi de 547 km2, uma leve alta em relação a setembro de 2023. De janeiro a setembro, a perda de vegetação foi de 3.071 km2, uma quantidade menor do que a verificada no mesmo período em 2023, conforme os dados do Imazon. A maior parte do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob posse.
O principal indicador para desmatamento da amazônia é oriundo do Prodes (Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite), do Inpe, que usa dados consolidados. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento foi de 9.064 km2, uma queda de 21,8% em relação ao período anterior.
Degradação da amazônia de janeiro a setembro (por ano, em km2)
2009: 1.932
2010: 3.044
2011: 3.910
2012: 967
2013: 656
2014: 1.473
2015: 1.638
2016: 6.750
2017: 4.032
2018: 892
2019: 2.553
2020: 4.506
2021: 1.588
2022: 6.869
2023: 1.922
2024: 26.246
Voo da Operação Raízes do Cedro aterrissou hoje com 239 pessoas em SP
Foto: FAB/Divulgação |
A Operação Raízes do Cedro é promovida pelos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, teve início em 5 de outubro, com o acirramento do conflito no Oriente Médio.
A operação conta também com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), do Ministério da Saúde, da Polícia Federal, da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
O Itamaraty, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, mantém contato com brasileiros e seus familiares próximos para atendimento de assistência consular, verificação da necessidade de organizar os voos de repatriação.
O governo brasileiro ainda ressalta o alerta para as orientações de segurança das autoridades libanesas, sendo que aqueles com disponibilidade de recursos procurem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação, com a realização de 26 voos diários da companhia libanesa Middle East Airlines.
Agência Brasil
Itagibá: Social entrega mais de 1.500 brinquedos em comemoração ao dia das crianças no Japomirim
A celebração continua até amanhã, 25 de outubro, com o encerramento das atividades na sede de Itagibá, prometendo ainda mais diversão e encantamento para todas as crianças.
A secretária de Assistência Social, Rosebete Barreto, destacou a importância da iniciativa: “Nosso compromisso é proporcionar alegria, lazer e fortalecer o convívio social das nossas crianças. Queremos que cada sorriso seja uma lembrança de momentos felizes e cheios de magia nessa semana tão especial.”
Em Camaçari, Rui Costa discursa contra ACM Neto, e Marcelo Nilo contra-ataca: “Nasceu na Liberdade e hoje vive no metro quadrado mais rico da Bahia”
Nesta quinta-feira (24), enquanto discursava em um ato de apoio a Caetano, o ex-governador e ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) concentrou ataques ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) – padrinho eleitoral de Flávio.
Sem citar o nome de Neto, Rui fez um discurso inflamado, repetindo a retórica que já explorou em outros momentos de pressão política.
“Causa uma indignação profunda quando esse povo da elite, filho de riquinho, que empinava arraia com ventilador, acha que pode humilhar gente do povo, gente humilde. Falta de respeito dessa gente riquinha, que acha porque é rico tem que ter o povo do cabresto e humilhar pessoas”, disse Rui.
Em contato com o Política Livre, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) rebateu as declarações do ex-governador e ironizou o fato de Rui Costa ter um imóvel de luxo “no metro quadrado mais rico da Bahia”.
“Rui Costa chama Neto de riquinho. ACM Neto tem pai rico e teve avô rico. Mas rico mesmo é Rui Costa, que nasceu numa encosta da Liberdade e hoje mora no metro quadrado mais rico da Bahia, na Mansão do Baiano de Tênis”, afirmou Nilo.
Oficina da PNAB 2024 reúne e capacita fazedores de cultura em Ipiaú
Organizado pela SECULT-IPIAÚ, em parceria com o Conselho Municipal de Política Cultural com os Recursos do Governo Federal, o evento reafirmou que a cultura em Ipiaú está mais viva do que nunca e pronta para alcançar novos horizontes.
Texto: Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
PF prende passageira com drogas e detém outra por injúria
As suspeitas serão apresentadas à Justiça Federal |
Policiais federais, com o auxílio de cães farejadores, prenderam uma brasileira, de 20 anos de idade, que possuía bilhetes de viagem para a França, com quase 3 kg de cocaína dentro de volumes encontrados fixados ao seu corpo.
Em outra ação, uma brasileira, que desembarcou de voo proveniente dos Estados Unidos, foi selecionada no canal “nada a declarar”, para revista em suas bagagens, de forma indireta, por meio do aparelho de raio-x.
O funcionário da Receita Federal notou que havia uma quantidade grande de frascos no interior das bagagens e, ao abri-las, encontrou cosméticos em quantidade superior ao considerado para uso pessoal, configurando fins comerciais e, por esta razão, comunicou a passageira que os itens seriam retidos.
A partir deste momento ela passou a proferir xingamentos contra o funcionário e ofendê-lo. Os policiais federais foram acionados e a conduziram à delegacia da PF onde, em seu desfavor, foi instaurado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por injúria.
De janeiro a 24 de outubro de 2024, já foram presas por tráfico de drogas, no Aeroporto Internacional de SP/Guarulhos, 502 pessoas, 53% a mais, se comparado com o mesmo período de 2023 (328 prisões). Essa quantidade de presos por tráfico de drogas, já supera o total anual de todos os anos anteriores, neste aeroporto.
O aumento, no número de presos, foi impulsionado pelas prisões de 160 pessoas flagradas com a droga, na forma de cápsulas, dentro do aparelho digestivo (de janeiro a 24 de outubro deste ano).
Polícia Federal investiga associação criminosa suspeita de desviar cota parlamentar
Recursos públicos teriam sido utilizados para a manutenção de empreendimentos privados |
De acordo com as investigações, o objetivo final dos autores era a destinação de verbas parlamentares em favor desta OSCIP.
Cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília/DF, Cidade Ocidental/GO, Valparaíso de Goiás/GO, Aparecida de Goiânia, e Goiânia/GO.
Os delitos investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.
A operação recebe o nome de “DISCALCULIA - transtorno de aprendizagem relacionado a números –“ porque foi identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP, consistente em data retroativa (ano de 2003). Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos.
Coordenação-Geral de Comunicação Social
Operação Redenção apreende armas e drogas com criminosos em Itapitanga
Dupla possuía mandado de prisão e envolvimento com tráfico de drogas e homicídios.
Durante cerco, os criminosos atiraram contra os policiais, acabaram atingidos, foram socorridos, mas não resistiram. Com eles foram apreendidos dois revólveres calibre 38, munições e drogas.
Os materiais apreendidos foram apresentados na Delegacia Territorial (DT) de Itapitanga.
Texto: Alberto Maraux
PM recupera moto e apreende armas em Teixeira de Freitas
Motocicleta havia sido roubada na terça-feira (22), no bairro Liberdade do Sul.
Os pms avistaram dois homens que, ao visualizarem a guarnição, tentaram fugir. Um dos indivíduos foi alcançado, abordado, sendo encontrado com ele, uma motocicleta, duas armas de fogo calibre 28 com seis munições, um carregador de pistola, quatro rádios, uma balança de precisão, uma porção de maconha e embalagens plásticas para acondicionar drogas.
O suspeito e o material apreendido foram apresentados à delegacia da cidade para tomada das medidas pertinentes.
Texto: Polícia Militar – DCS
Derrotas nas eleições precipitam disputa interna pelo comando do PT
Segundo relatos, a possibilidade de Gleisi deixar a presidência do PT já em fevereiro foi citada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante uma reunião dos dois com Lula.
Na conversa, o presidente perguntou a Gleisi sobre o processo eleitoral do partido, a ser iniciado em 2025. A deputada respondeu que seu mandato termina em junho. Padilha a questionou se não seria em fevereiro, o que ela negou.
A briga pela condução do partido é travada dentro da força política liderada por Lula, a CNB (Construindo um Novo Brasil). O presidente atua para deter a implosão da tendência em meio à troca de acusações de seus integrantes.
Enquanto uma ala da CNB prega a renovação da direção do partido —tendo à frente o prefeito de Araraquara, Edinho Silva—, outra responsabiliza ministros de Lula pelo resultado do PT nas urnas.
Em desabafos após o primeiro turno, dirigentes do PT chegaram a afirmar que Lula é blindado por ministros bajuladores hoje instalados na chamada cozinha do Palácio do Planalto, todos petistas.
Gleisi rejeita a possibilidade de deixar o cargo antes do previsto e diz que ficará até o fim de seu mandato. Ela nega que Lula tenha sugerido a antecipação da sua substituição e afirma que pretende cumprir seu mandato conforme acertado com o próprio presidente.
Seu mandato foi prorrogado a pedido de Lula. Em dezembro de 2022, após ter sido eleito presidente, Lula afirmou a aliados que Gleisi seguiria à frente do partido e, portanto, não seria ministra em seu governo.
A ideia era evitar que uma disputa fosse deflagrada no primeiro ano de seu governo, prejudicando os preparativos para a corrida municipal. Gleisi lembra que não há como antecipar a eleição interna e diz que pretende conduzir o processo.
“Vou ficar até o fim do mandato. E conduzir a sucessão. Esse foi meu compromisso, inclusive com o presidente Lula”, diz ela.
A presidente do PT tem classificado de legítima a candidatura de um nome do Nordeste. Esse gesto é entendido como uma prova de resistência ao nome de Edinho.
Ele é o preferido de Lula para a vaga. Ministro do governo Dilma, Edinho atuou na coordenação de campanha do presidente em 2022. A derrota em Araraquara (SP), cidade da qual é prefeito, tem sido usada para debilitar sua candidatura.
O partido tinha expectativa de vencer na cidade com a ex-secretária da Saúde Eliana Honain, apadrinhada de Edinho. Apesar de ser apontada como favorita em pesquisas eleitorais, ela foi derrotada por Luis Claudio Lapena Barreto, o Dr. Lapena, do PL.
Diante desse cenário, integrantes da sigla afirmam ser necessário que um representante do Nordeste seja alçado ao posto, já que a região foi a responsável pela vitória ao petista na última eleição à Presidência.
Nesse contexto, é lembrado o nome do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). A interlocutores ele diz que tem um acordo com a cúpula do partido e lideranças do Ceará para tentar o Senado em 2026, o que impossibilitaria ser presidente do PT.
Apesar disso, no entanto, tem afirmado que só tratará desse assunto após o segundo turno das eleições. A interlocutores afirmou que esse foi um pedido da própria Gleisi, para que ele não tomasse nenhuma decisão antes dos resultados do segundo turno.
Guimarães tem se dedicado à campanha de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza. Na capital cearense, o petista tem como adversário o deputado federal André Fernandes (PL), apoiado por Jair Bolsonaro.
Defensores da candidatura de Guimarães dizem que uma vitória em Fortaleza, capital mais populosa do Nordeste, impulsionaria o nome do deputado para ser presidente do partido, já que ele sairá fortalecido nesse cenário.
Ex-presidente do PT de São Paulo, o deputado estadual Emídio de Souza rechaça a ideia de condicionar a escolha do presidente do partido à performance eleitoral.
“A escolha do presidente do PT nunca esteve vinculada ao desempenho eleitoral. E, sim, ao perfil. Acho que, neste momento, Edinho tem o perfil ideal para reposicionar o PT na sociedade”, diz ele.
Petistas enxergam, por trás dessa disputa, a eleição presidencial de 2026. À frente do partido, Gleisi tem feito críticas à política econômica conduzida por Fernando Haddad (Fazenda), apontado como um nome para a sucessão de Lula caso o presidente não busque a reeleição.
As críticas de Gleisi a teriam afastado do núcleo do governo. Hoje, uma das hipóteses para a antecipação de sua saída seria um convite para um ministério, em uma reforma ministerial.
A sucessão no PT entrará formalmente em pauta a partir da segunda-feira (28), quando o comando do partido fará um balanço das eleições. O calendário do processo interno será definido em dezembro, durante reunião do diretório nacional. Mas petistas calculam serem necessários pelo menos três meses para a eleição da nova direção do partido.
Pai do deputado Ricardo Maia tem medida protetiva da Justiça contra o filho após disputa por terras em Ribeira do Pombal
José Edson Brito Maia, mais conhecido como Zelitão Maia, pai do deputado federal Ricardo Maia (MDB), obteve no Judiciário baiano uma medida protetiva contra o próprio filho. O processo, que é de 2024, tramita em segredo de Justiça, e foi motivado por violenta disputa de terras e cobrança de dívidas em Ribeira do Pombal, cidade natal da família e da qual o parlamentar já foi prefeito.
A madrasta do deputado, Karla Cybelly Sol Posto de Souza, também obteve a medida protetiva contra o parlamentar, citando a Lei Maria da Penha. Ricardo Maia deve permanecer a mais de 500 metros de distância do pai, que tem 76 anos, e de Karla.
Segundo apurou este Política Livre, Zelitão cobra do deputado o pagamento de uma dívida e teria protestado pelo fato de Ricardo Maia ter vendido uma propriedade rural a Rodrigo Barão, do grupo Barões da Pisadinha, e não quitou a pendência. As insistentes cobranças teriam irritado o emedebista, acusado pelo pai de ameaça. O site entrou em contato com o parlamentar em busca de um posicionamento, mas não obteve resposta
Ricardo Maia responde a diversas ações judiciais, segundo consulta no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). São processos envolvendo improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, crime de responsabilidade, apropriação indébita, abuso de poder e dano ao erário. O deputado responde ainda a inquérito policial por porte ilegal de arma de fogo.
Nas eleições deste ano, Ricardo Maia conseguiu manter a influência política sobre Ribeira do Pombal com a reeleição do sucessor, o prefeito Eriksson Silva (MDB). O filho homônimo do parlamentar também foi reeleito em Tucano, que fica a menos de 40 quilômetros de Pombal. Já o irmão do emedebista, Zelito Maia (MDB), perdeu a disputa pela prefeitura de Araci, também na mesma região nordeste do Estado.
Política Livre
Vereador do PL ameaça candidato do PT em Fortaleza: ‘Prepara o caixão’
Em vídeo publicado nas redes sociais na quarta-feira (23), o vereador diz que Leitão deve ir para a “churrasqueira” e preparar “o seu caixão”. “Leitão filha da puta, tu vai para a churrasqueira. Prepara o seu caixão, vagabundo”, diz o Inspetor Alberto.
O vídeo foi apagado posteriormente pelo vereador. À reportagem ele disse que estava a caminho de um ato do aliado e parou para tirar fotos com apoiadores. Ele afirma que fez referência a uma música da campanha de Fernandes que fala em “assar o leitão no dia da votação” e que trocou a palavra “carvão” por “caixão”.
“Tava um barulho danado, não percebi que troquei as palavras. Na hora de falar em carvão, eu falei caixão. Você vê que a frase não combina, não foi um erro intencional. Como vou botar um caixão dentro da churrasqueira?”, diz.
O vereador afirma que foi alertado por Fernandes de que ele tinha cometido o equívoco, já na manhã desta quinta-feira. “Não sei se é o caso de retratação, porque não fiz esse erro do ‘caixão’ com intenção de ofender ele. Falei a palavra errada. Se eu ofendi, não tenho problemas em pedir desculpas”.
Ele também disse que está ressentido com o petista por supostas notícias falsas que a campanha dele teria atribuído a ele e sua família. “Quanto aos palavrões, eu digo que isso é pessoal meu, não tem nada a ver com o André. Estou chateado com o Leitão mesmo, por isso que eu chamei ele dos nomes que chamei”.
A campanha de Fernandes diz que não irá comentar.
Inspetor Alberto trabalhou como assessor de Fernandes quando o aliado era deputado estadual. O vereador foi o segundo maior doador da campanha a deputado federal dele em 2022, como mostrou o Painel, contribuindo com R$ 27 mil. Em 2019, fez um vídeo dando dez tiros em uma foto do hoje presidente Lula (PT). Ele tem participado de atos do aliado ao longo da disputa eleitoral.
A campanha do petista, por sua vez, registrou um boletim de ocorrência contra o vereador pelo crime de ameaça e repudiou o ataque. Em vídeo nas redes sociais, Leitão citou Inspetor Alberto, a deputada federal Carla Zambelli (PL) e o ex-deputado Roberto Jefferson para criticar o bolsonarismo.
“Inspetor Alberto, Carla Zambelli, Roberto Jefferson, todos são representantes do ódio e da violência do bolsonarismo. Bolsonarismo é violência, é ódio. Bolsonarismo mata. Fortaleza não pode ser destruída pelo bolsonarismo”, diz legenda de peça publicada em perfil do petista nas redes sociais.
A disputa em Fortaleza está indefinida às vésperas do segundo turno, com pesquisas apontando empate técnico entre os dois candidatos. Ela representa um reflexo da polarização nacional, com um candidato apoiado pelo presidente da República e o outro por Jair Bolsonaro (PL), num ensaio para 2026.
Venezuela acusa o Brasil de agressão após veto à entrada da ditadura de Maduro no Brics
“A representação da chancelaria brasileira decidiu manter o veto em uma ação que constitui uma agressão à Venezuela e um gesto hostil”, disse a diplomacia do regime em comunicado.
A lista de países incluídos como parceiros do Brics, que não têm os direitos e deveres dos membros plenos, foi divulgada na quarta (23) e inclui Cuba, Bolívia, Argélia, Nigéria, Uganda, Malásia, Indonésia, Vietnã, Tailândia, Cazaquistão, Uzbequistão, Turquia e Belarus.
Nesta quinta, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que diverge do Brasil em relação à entrada da Venezuela, mas que o país latino-americano só poderá ingressar no Brics se houver consenso entre seus membros.
“Nós sabemos a posição do Brasil. Nós não concordamos, a Venezuela está lutando por sua sobrevivência”, disse o russo em uma entrevista coletiva na quinta. Ele disse que discutiu o tema com Lula quando ambos se falaram ao telefone nesta semana, depois que o petista não pôde viajar por ter batido a cabeça numa queda doméstica.
Brasília e Caracas atravessam um dos pontos mais baixos da sua relação bilateral depois que o órgão eleitoral da Venezuela declarou Maduro vencedor das eleições presidenciais apesar de fortes indícios de fraude. O governo Lula nunca reconheceu a suposta vitória do ditador e chegou a sugerir a realização de novas eleições, ideia rejeitada tanto pelo regime quanto pela oposição, que afirma ter sido vitoriosa.
Maduro apareceu de surpresa na cúpula em Kazan a fim de pressionar pela inclusão de seu país e discursou como se tivesse sido aceito no bloco, buscando ignorar o Brasil. “A Venezuela faz parte da família do Brics.” O ditador estava lá como um dos convidados do bloco que participaram da sessão ampliada da cúpula —ele havia enviado sua vice, Delcy Rodriguez.
PF apreende R$ 3 mi com desembargador aposentado investigado por venda de sentença no MS
A PF (Polícia Federal) apreendeu nesta quinta-feira (24) cerca de R$ 3 milhões, em dinheiro vivo, na casa do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, suspeito de vender sentenças. Ele foi um dos alvos de operação que investiga esquema no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.
Nas investigações, são apontadas suspeitas de que o advogado Rodrigo Gonçalves Pimentel, filho do desembargador Sideni Pimentel, teria recebido dinheiro devido a decisão favorável concedida por Cardoso.
Além disso, o suspeito teria feito “transações imobiliárias de grande monta (…) com o emprego de recursos de origem não rastreável, ou seja, que não transitaram em contas bancárias de titularidade do investigado”.
PF prende dois homens com R$ 500 mil durante ação contra crimes eleitorais em Niterói
O dinheiro em espécie foi encontrado dentro de uma mochila no interior de um veículo de uso exclusivo do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio de Janeiro
Após um trabalho de inteligência e troca de informações, os policiais federais abordaram o veículo e encontraram o dinheiro em uma mochila que estava no interior de um veículo de uso exclusivo do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio de Janeiro (DER-RJ). As suspeitas são de que o montante seria usado para praticar corrupção eleitoral.
Os presos, o veículo e os valores apreendidos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro para o prosseguimento das investigações, no âmbito de inquérito policial instaurado para apurar a prática de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Com mais esta apreensão, a Polícia Federal no Rio de Janeiro contabiliza, até aqui, o montante de R$ 4.565.040,00, em espécie apreendidos em ações de combate à corrupção eleitoral neste ano de 2024.
Operação das Polícias Civis da Bahia, Maranhão, Santa Catarina e Alagoas encontra 200 kg de cocaína
Três integrantes de uma facção, entre eles um baiano, foram presos na noite de quarta-feira (23), em São Luís.
As drogas ficavam escondidas em uma casa. O trio capturado (dois de Santa
Catarina e um da Bahia) distribuía os entorpecentes para outros estados
nordestinos.
O criminoso baiano é natural de Salvador e responde a processos por homicídios, tráfico de drogas, associação criminosa, porte de arma de fogo e uso de documento falso.
As ações de inteligência continuam sendo promovidas para alcançar outros integrantes da organização criminosa.
Texto: Alberto Maraux
Tiro, porrada e bomba na democracia brasileira, por Raul Monteiro*
Em algumas delas, aqui mesmo na região metropolitana, representantes do crime resolveram interferir de forma aberta no pleito. Há relatos de que candidatos, tanto a cargos majoritários como a proporcionais, eram obrigados a pactuar suas visitas a bairros e, em alguns casos, foram avisados de que estavam proibidos de trafegar ou percorrer localidades sob pena de serem abatidos. As mesmas restrições foram aplicadas a militantes partidários, obrigados a interromper atividades de propaganda ou divulgação direta, como a tradicional panfletagem, sob ameaças, xingamentos e até agressões físicas que poderiam ser convertidos em medidas extremas.
O quadro se repetiu país afora em inúmeras cidades, numa evidência de que o Estado começou a falhar no fornecimento das condições mais básicas para a eleição dos representantes da sociedade em sua estrutura, depois de praticamente vir perdendo a batalha no enfrentamento direto do crime no Brasil todo. Em alguns municípios do interior baiano, candidatos, segundo também relatos, chegaram a referir-se diretamente à participação de chefões da bandidagem em suas respectivas campanhas, inclusive, para intimidar os adversários. Em outros, as histórias são piores e informam que os criminosos já ocupam cargos em determinadas administrações.
No país onde o crime indica representantes para governos ou cargos legislativos, dita quem pode ou não se eleger, restringindo acesso a eleitores ou sugerindo o voto neste ou naquele representante, não se pode dizer que existe uma democracia. Na Bahia, datam de pelo menos 20 anos relatos de candidatos, especialmente em eleições, sobre restrições impostas por criminosos a atividades de campanha. Já naquele período, a voz corrente era da mais completa preocupação, entre alguns políticos, com o que poderia estar por vir, vaticínio que se confirma quando se torna pública agora a interferência clara da bandidagem no processo eleitoral.
Como o PT governa a Bahia há mais de 20 anos, é natural que não consiga dividir a responsabilidade com a crise de segurança no Estado com mais ninguém, não importa esforços neste sentido empreendidos por seus mais conhecidos líderes. Evitar o diversionismo, reconhecendo a sua parcela de culpa num problema que todo mundo sabe ser multifatorial, chamando aliados e agregando as forças necessárias, inclusive na sociedade, é o primeiro passo para enfrentá-lo, um esforço que, pelo nível em que a situação chegou, tudo indica que não será pequeno. O segundo é apresentar um plano de ação imediato, articulando forças locais e nacionais para a tarefa.
*Artigo do editor Raul Monteiro publicado na Tribuna de hoje.
Mensagens a desembargador sobre barra de ouro reforçam suspeitas em gabinetes do STJ
Trocas de mensagens entre o desembargador Sebastião Moraes Filho e o advogado Roberto Zampieri, assassinado no fim do ano passado, levantaram suspeitas de que houve pagamentos ao magistrado e aos seus familiares em troca de decisões judiciais favoráveis.
Sebastião e o desembargador João Ferreira Filho, também do TJ-MT, foram afastados em agosto pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A Folha teve acesso aos documentos sob sigilo que fundamentaram essa decisão.
Atualmente as investigações relacionadas ao caso estão sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin, no STF (Supremo Tribunal Federal), porque houve menção a integrante do STJ.
As mensagens que estavam no celular de Zampieri foram extraídas pela Polícia Civil de Mato Grosso e analisadas pelo CNJ por ordem do então corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão.
Ao determinar o seu afastamento, Salomão listou que há suspeitas de que o desembargador mato-grossense ganhou duas barras de ouro de 400 gramas e que sua sobrinha recebeu R$ 10 mil do advogado.
Além disso, há indício de que uma empresa privada contratou e fez pagamento de R$ 200 mil ao filho do desembargador para conseguir vencer processo.
Procurada, a defesa do magistrado diz que esclareceu os questionamentos do CNJ nos autos.
A troca de mensagens entre Zampieri e Sebastião —786, entre 14 de junho e 5 de dezembro de 2023— levaram o CNJ a entender que havia uma relação de amizade íntima entre os dois, o que em si já tornaria o magistrado suspeito.
Além de fazer pedidos sobre os seus casos, o advogado também teria intermediado venda de decisões em benefício de outros advogados —um deles é Andreson de Oliveira Gonçalves, suspeito de atuar junto a gabinetes do STJ, como mostrou reportagem da revista Veja.
Os indícios de que Zampieri comprava decisões de Sebastião começaram em setembro do ano passado.
À época, diz análise do CNJ, o desembargador procurava o advogado “com alguma insistência”. As respostas, diz o documento, “podem, com boa probabilidade, indicar o recebimento de vantagens indevidas pelo magistrado”.
O defensor diz “o Pix está errado, estornou o valor”, por exemplo. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, afirma ao desembargador.
Cinco dias depois, diz que “o pagto da sobrinha foi feito”. Ele junta um comprovante de transferência bancária no valor de R$ 10 mil em benefício da sobrinha de Sebastião e pede o adiamento de um julgamento.
Em outubro, Zampieri manda uma mensagem a Sebastião informando que havia conseguido “um contrato muito bom para o Mauro”. E continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”.
Mauro, segundo o CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador.
“Tal relação, mais uma vez, sugere que havia troca de benefícios entre o advogado Roberto Zampieri e o desembargador e sua família”, diz o documento.
“Aqui se faz necessário um parêntesis: nos diálogos estabelecidos entre o falecido Roberto Zampieri e o contato gravado como ‘Valdoir Fource’, há clara referência ao recebimento de vantagens indevidas pelo filho do desembargador Sebastião, em razão de este ter atendido Zampieri no julgamento de um recurso.”
No dia 7 de novembro, aponta o documento, Valdoir procurou Zampieri para acertar valores, e o advogado diz que teve que pagar R$ 200 mil “ao filho do velho”.
Valdoir, de acordo com as investigações, é Valdoir Slapak. Ele e Haroldo Augusto Filho, seu sócio em uma empresa de consultoria chamada Fource, são citados no relatório do CNJ como interlocutores de Zampieri.
A Fource é uma empresa de gestão patrimonial e atuou na recuperação judicial bilionária de empresas do agronegócio. Uma dessas empresas estava envolvida em outra operação sobre venda de decisões judiciais, a Faroeste, que prendeu desembargadores da cúpula do Tribunal de Justiça da Bahia.
Em novembro do ano passado, Sebastião mandou a Zampieri no WhatsApp a figurinha de um homem chateado, “aparentando estar descontente com o advogado”.
“Pelo teor da conversa, é possível inferir que o magistrado esperou o advogado no tribunal e este não compareceu, motivo por que combinaram de se encontrar na segunda-feira”, relata o documento do CNJ.
“Ao final do diálogo, Roberto Zampieri mostra aparentemente duas barras de ouro ao desembargador Sebastião de Moraes Filho, que indaga se têm 500 g”, continua o órgão. Zampieri responde que são 400 gramas.
O advogado foi assassinado com dez tiros em dezembro passado. Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.
Em seu celular, havia mensagens que levantaram as suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ. As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Depois da morte, o magistrado mandou uma mensagem dizendo que Zampieri “ganhava e perdia nos meus votos e sempre mostrava ser um advogado consciente”. O CNJ interpretou essa declaração como uma tentativa de “plantar informações em seu favor” após o homicídio.
Procurados, os representantes do desembargador disseram “que todos os questionamentos feitos pelo CNJ em procedimento que tramita sob sigilo já foram devidamente elucidados nos autos, local onde serão apresentadas as suas manifestações”.
Os sócios da Fource disseram, em nota, que “repudiam avaliações precipitadas com base em mensagens descontextualizadas”.
Eles afirmam que “nunca foram parte nos processos discutidos na ocasião e mantinham acompanhamento deles tão somente para avaliação como meio de investimento em aquisição de ativos estressados”.
“[Os sócios] não contrataram o advogado Roberto Zampieri para atuar nas causas em questão e nunca tiveram qualquer contato com o filho do desembargador envolvido ou mesmo com o próprio magistrado. Por fim, afirmam que sempre atuaram dentro da mais absoluta lisura e transparência, colocando-se desde já à inteira disposição da Justiça para o mais célere esclarecimento.”
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Andreson de Oliveira.
Itagibá: Secretaria de Infraestrutura realiza manutenção em estradas vicinais da região de Gongoji,
CGU afirma que governo Lula não oferece segurança a servidores em terras indígenas
A análise foi motivada pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, em 2022, e verificou que o sistema de gestão de riscos da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) não está suficientemente estruturado.
A Controladoria também verificou que a Funai não tem atuado de forma adequada para gerir riscos relacionados a ameaças aos servidores, colaboradores e lideranças indígenas.
De dez unidades prioritárias para a Funai na Amazônia Legal, em pelo menos metade foi registrada formalmente ao menos um caso de ameaça ou atentado à integridade física de servidores e indígenas ou ao patrimônio da fundação entre 2021 e 2023.
A controladoria também verificou, em entrevistas nas áreas críticas de conflitos no campo, casos de ameaças veladas e cenários de grave insegurança para os agentes da Funai e as comunidades indígenas não expressos nos planos de ação.
Segundo o órgão, a situação prejudica a proteção territorial e evidencia a ausência de protocolos de segurança e planos de contingência para mitigar a probabilidade ou o impacto desses eventos.
Também foi reportado à equipe de auditoria da CGU, e evidenciado em relatório da própria auditoria Interna da Funai, que o comitê da fundação responsável pela gestão de riscos não foi efetivamente implementado e tem funcionado de forma intermitente.
A CGU ainda afirma que os eventos contra agentes da Funai, colaboradores ou lideranças indígenas “resultaram na perda de recursos humanos importantes e prejudicaram parcerias relevantes com as comunidades que denunciam ilícitos”.
Segundo a CGU, a continuidade de situações de exposição de riscos à segurança destas pessoas pode se materializar em crimes violentos, “com repercussões sobre os objetivos da instituição e a imagem do estado”.
“A sua recorrência pode comprometer a confiança da sociedade em relação à capacidade do órgão ou da entidade em cumprir sua missão, bem como afetar a imagem do Brasil no exterior frente aos seus compromissos ambientais e na temática de direitos humanos”, disse.
Atualmente há 728 terras indígenas no Brasil, em diferentes estágios de processo de demarcação, o que representa cerca de 13% do território nacional e 117,4 milhões de hectares.
A Constituição Federal diz que a União deve garantir a proteção desses lugares e a sua integridade para usufruto exclusivo dos povos indígenas.
A controladoria também lembra que o apoio de outros atores governamentais com poder de polícia é imprescindível para efetividade da proteção dos territórios indígenas na sua fiscalização.
“Ainda que a Funai tenha seu poder de polícia regulamentado e incremento de recursos humanos e financeiros, a atuação coordenada e coerente de diversos órgãos continuará necessária para o atingimento dos objetivos da política indigenista”, diz.
Bruno e Dom foram assassinados em 5 de junho de 2022, numa emboscada quando retornavam pelo rio Itaquaí, na região da Terra Indígena Vale do Javari. O destino do indigenista e do jornalista era Atalaia do Norte (AM), cidade que fica na tríplice fronteira do Brasil com Colômbia e Peru.
Segundo a acusação do Ministério Público Federal, o duplo assassinato foi cometido pelos pescadores ilegais e motivado pela atuação de Bruno contra a pesca ilegal na terra indígena.
“O presidente está bem, graças a Deus”, diz Rui Costa sobre saúde de Lula
“O presidente está bem, graças a Deus. Ele teve uma queda em casa, onde se desequilibrou ao tentar guardar um cortador de unhas. Acabou batendo a cabeça em uma peça, mas foi prontamente atendido e já se recupera”, explicou o ministro. Costa destacou que, apesar da idade, Lula demonstra uma saúde invejável. “Ele tem uma disciplina impressionante, acorda por volta das 5h da manhã e já vai malhar. Faz muitos exercícios para as pernas e tem uma resistência física fora do comum”, afirmou.
O ministro também comentou sobre a memória afiada de Lula, ressaltando como ele impressiona seus aliados mais próximos. “Outro dia, estávamos conversando sobre Jacobina, e ele começou a lembrar os nomes de várias pessoas que fizeram parte da militância na cidade. A capacidade de raciocínio e a memória dele são incríveis”, destacou Costa. O detalhe, conta o ministro, é que o presidente esteve em Jacobina há mais de anos.
O ministro garantiu que Lula segue com seus compromissos e atividades, ajustando a agenda conforme necessário para cuidar de sua saúde. “Ele continua focado e trabalhando. Estamos tranquilos quanto à recuperação dele e certos de que em breve estará retomando sua rotina normal”, concluiu Rui Costa.
PF investiga suspeita de corrupção e venda de decisões judicais no Poder Judiciário de MS
Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande/MS, Brasília/DF, São Paulo/SP e Cuiabá/MT.
A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.
O STJ determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.
Comunicação Social da PF em MS
PF deflagra operação contra crimes eleitorais no Paraná
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na cidade de Paranaguá, incluindo três gabinetes de vereadores na câmara municipal de Paranaguá. Mais de 50 pessoas então sendo investigadas.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Paranaguá
PF deflagra operação contra fraudes em processos licitatórios
São cumpridos 13 mandados na Bahia
Salvador/BA. A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (24/10), a Operação Pacto Infame, que tem como objetivo combater desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias e associação criminosa envolvendo contratos na área de engenharia civil do município de Gongogi/BA.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Itabuna-BA nas cidades de Itabuna/BA, Ipiaú/BA, Ibicaraí/BA e Gongogi.
Nesta etapa, os mandados objetivam a coleta de elementos probatórios para robustecimento da investigação, bem como identificação de novos crimes e envolvidos.
Segundo as investigações, diversos processos licitatórios teriam sido fraudados (direcionados) para beneficiar empresa sediada na cidade de Gongogi, que celebrou quase duas dezenas de contratos e recebeu mais de R$ 7 milhões de pagamentos da Prefeitura desta cidade nos últimos quatro anos.
As evidências apontam que o grupo investigado estaria envolvido em fraudes desta natureza desde o ano de 2017, com atuação também em outras cidades baianas.
Qualquer cidadão pode contribuir, de forma anônima, com informações à Polícia Federal através do contato WhatsApp 71-99258-0158.
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