Embasa amplia em 130 o número de vagas no concurso público
Foto: Divulgação/Arquivo |
Foram adicionadas 130 novas vagas, sendo 55 para cargos de nível médio, 28 para nível técnico e 47 para nível superior. Os candidatos classificados devem ser convocados em novembro para as etapas de admissão e posse em seus cargos.
A lista dos cargos com vagas acrescidas pode ser consultada no site da Embasa, no endereço www.embasa.ba.gov.br e clicar em Embasa > Pessoas > Concurso Público > Concurso 2022.
Republicanos oficializa candidatura de Hugo Motta para sucessão de Lira na Câmara
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Arquivo |
Hugo Motta é líder da sigla na Câmara e indicado de Arthur Lira (PP-AL) para a sucessão. Em comunicado oficial publicado nesta segunda (28), o Republicanos informou que a reunião será feita na sede nacional do partido em Brasília, às 11h30.
A votação para o sucessor está marcada para o dia 1° de fevereiro de 2025. Outros deputados, como Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), também estão no páreo.
No domingo (27) do segundo turno das eleições municipais, Motta afirmou que ainda acredita em possibilidade de candidatura de consenso à presidência da Câmara.
O líder já se reuniu com membros da executiva da bancada do PT no dia 16 de outubro e prometeu aos deputados que manteria diálogo permanente com o governo Lula (PT) caso eleito presidente da Câmara em 2025.
Insatisfação entre correntes do PT contra Éden antecipa discussão sobre sucessão interna na sigla
Éden se elegeu pela primeira vez presidente do partido no Estado em 2019, numa operação em que atendeu ao plano do senador Jaques Wagner de assumir o controle partidário afim de garantir a influência de seu grupo sobre a formação da chapa majoritária estadual seguinte contra o então governador Rui Costa.
Foi, então, apresentado como um dos quadros pelos quais Wagner faria o processo de renovação do petismo no Estado, um tema caro ao senador, ao qual ele volta com frequência nas mensagens que procura fazer em eventos onde está presente a militância petista.
Passados quase seis anos à frente da sigla, com uma reeleição pelo meio, no entanto, Éden não conseguiu promover a oxigenação pretendida por Wagner. Pelo contrário, é acusado de ter permitido um forte nível de concentração na estrutura partidária, em conexão com o governo do Estado.
Assim, teria ajudado a bloquear a emergência de novas lideranças na legenda. Além disso, sua postura apontada como “submissa” aos desejos de Wagner estaria na base de várias derrotas sofridas pelo partido no interior nestas eleições municipais.
O ponto mais relevante à sua atuação recente, no entanto, foi o apoio acrítico à candidatura do vice-governador Geraldo Jr. (MDB) à sucessão municipal de Salvador, exatamente devido ao alinhamento automático ao senador, responsável pela escolha do candidato.
Por causa da decisão de Wagner em favor de Geraldo Jr., num processo que atropelou as demais pré-candidaturas da base do governo, inclusive aquela apresentada pelo PT, o partido sofreu uma devastação em sua representatividade na Câmara Municipal.
Para o Legislativo municipal, só elegeu a vereadora Marta Rodrigues, irmã do governador Jerônimo Rodrigues, reduzindo o número de cadeiras da bancada na próxima legislatura na Câmara de quatro para uma.
“O balanço da gestão de quase seis anos de Éden no comando do PT é muito ruim. Deixá-lo intacto no poder, sem rever seus posicionamentos, é consentir com um processo de enfraquecimento da legenda num momento decisivo para o seu futuro na Bahia”, diz um importante quadro partidário a este Política Livre.
Ele informa que, por este motivo, as diversas tendências internas do partido passaram a antecipar a discussão sobre o PED (Processo de Eleição Direta), mecanismo pelo qual o partido renova suas instâncias de comando, previsto para meados do ano que vem.
Hoje, a “onda” contra Éden produz pelo menos uma expectativa, baseada na ideia de que Wagner dificilmente concordará com a possibilidade de perder o controle da legenda.
Caso isso ocorra, o senador diminuiria sua influência sobre a formação da próxima chapa ao governo, na qual pretende concorrer para renovar o mandato ao Senado, um projeto que hoje se encontra numa linha de divergência com os planos do ministro Rui Costa.
Se a pressão for grande, o senador pode apresentar um nome alternativo, mais palatável ao conjunto das correntes petistas que hoje fazem carga contra a segunda reeleição do presidente petista.
Entrevista – Zé Cocá: “O governo Jerônimo está um pouco perdido, falta uma marca”
Zé Cocá foi reeleito prefeito de Jequié |
Reeleito com margem histórica de votos, o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), contabiliza também uma vitória política e começa a se projetar como um líder regional, numa articulação que chega a abarcar 50 colegas prefeitos. Não à toa, já tem o nome ventilado para composição de chapa majoritária ao governo do Estado em 2026.
Nesta entrevista exclusiva ao Política Livre, Cocá detalha os contornos dessa arrumação regional, ao tempo em que aponta críticas ao governo estadual pela falta de “um olhar macro” para as agendas regionais. Segundo ele, o governador Jerônimo “está um pouco perdido” e está nesses dois anos iniciais “ainda surfando na onda Rui Costa”.
Ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá será personagem importante nas articulações da eleição do próximo biênio, embora sinalize que não planeje voltar ao comando da entidade. Ele ainda faz um alerta sobre a eventual volta do PP à base estadual e um balanço de como ACM Neto e Jerônimo saíram das urnas municipais.
Leia a entrevista na íntegra:
Queria começar falando da votação histórica em Jequié. O que justifica aquela margem tão expressiva?
É, 91,97%, praticamente 92%. Graças a Deus. Primeiro, benção de Deus e fruto de muito trabalho. E segundo, de fato, a oposição montou um processo de xingar, de tentar desmoralizar a nossa candidatura e a população de Jequié repudiou essa atitude, então acho que isso aumentou até a votação. Nas pesquisas dava 89, 90 pontos e aí a gente cresceu. Eu acho que foi um troco a esse sentido de fazer a política xingando. Até porque tem lugares aqui que tem aceitação sempre acima de 95, 96, 97%. A população está satisfeita com o mandato e quando você faz uma política xingando, sem propostas, o troco é nesse sentido, como foi a votação de Alexandre (Da Saúde, candidato que concorreu pelo PSD).
A partir dessa votação, o mundo político já começa a citar seu nome para compor uma chapa majoritária em 2026. O que é que o senhor pensa disso?
Eu digo sempre que é uma honra a gente estar, é uma honra a gente receber alguns convites, algumas falas, acho que está cedo ainda para essa discussão, mas política é uma coisa que você faz trabalhando. Meu foco hoje é terminar meu mandato em Jequié. Eu dizia que para deputado federal eu não sairia, até pela relação que eu tenho com o Leur [Lomanto Jr] e com o Cacá [Leão] eu não vou sair. Mas essa questão majoritária, o que é que eu pretendo, eu quero discutir isso, até porque nós fizemos aqui vários prefeitos da região, todo prefeito que faz vizinhança com Jequié nós ganhamos as eleições, ganhamos até municípios onde era quase impossível. A nossa influência aqui deu o comando de Manoel Vitorino, Apuarema, onde os prefeitos estavam muito bem e nós conseguimos ganhar com os nossos candidatos. Lafaiete Coutinho, Lajedo do Tabocal e tantos outros, então, graças a Deus a gente ficou forte. Qual a intenção da gente? Discutir regionalmente isso. Nossa região é muito forte, é uma região grande e fica fora das discussões políticas. Hoje Jequié não tem aeroporto regional, temos um aeródromo, mas não temos aeroporto. O nosso polo industrial está entrando em colapso, não tem uma discussão do novo polo industrial. Você tem um anel viário que foi recuperado quatro quilômetros e falta terminar. Então você tem obras estruturantes que precisam ser feitas para que a gente cresça mais, que a gente apareça, vamos dizer, regionalmente. A cidade tem voado, a região tem voado, mas a gente precisa de investimentos macro. A gente precisa entrar nessa discussão. A nossa maior intenção hoje é essa.
“A gente precisa abrir um leque de investimentos no interior da Bahia para que o interior fique mais forte, está faltando um olhar macro”
Quantas cidades em média o senhor calcula nesse arco de aliança regional junto com Jequié?
Hoje nós temos média de 30 cidades que têm aqui na região. Das 30, em que nós tivemos alguma influência, nós fizemos 17 prefeitos. Então ficamos com uma região muito forte. E a influência do nosso nome, da administração de Jequié, da mudança, tem extrapolado essas fronteiras. Então prefeitos de municípios mais longe têm nos procurado, têm discutido, porque vê essa discussão regional muito forte. Essa área aqui em torno de Jequié corresponde a quase 30 municípios. Então o território do Vale do Jiquiriçá e Médio Rio de Contas, onde nós vamos para quase 40 nos dois e aí já pega um pouco do Baixo Sul, quase 50 municípios, têm discutido isso junto. Então a gente tem visto acender uma chama que estava apagada para criar uma discussão regional mais forte. Então Jequié tem encampado isso e com certeza vou trabalhar para liderar esse processo. Claro, com os amigos, chamar os outros municípios é importante, município de Ilhéus, município de Itabuna, para nos ajudar, o município de Jaguaquara, a prefeita é muito amiga, tem nos ajudado muito, em Ipiaú, Santo Antônio de Jesus, para que a gente encampe uma campanha forte de interiorização. Não precisa desmerecer a Região Metropolitana, mas a gente precisa de investimentos mais fortes. Pode continuar investindo lá, mas nós precisamos de novos polos industriais, a gente precisa de novas avenidas, a gente precisa de aeroportos regionais, a gente precisa abrir um leque de investimentos no interior da Bahia para que o interior fique mais forte e está faltando um olhar macro. Às vezes você tem pequenas obras, mas a gente precisa de um olhar macro mais para essas áreas.
“Você vê agenda de visita, visita, visita, mas nós precisamos de agendas produtivas, agendas de projetos regionais, isso está faltando”
Considerando essa visão mais municipalista, na sua avaliação como é que governo e oposição saíram dessa disputa municipal?
Na minha concepção, a oposição saiu muito forte nas grandes cidades, o governo saiu mais forte nas pequenas cidades, mas eu acho que está faltando uma identidade no governo Jerônimo. O governo Jerônimo, na minha concepção, está um pouco perdido, ficou dois anos ainda surfando na onda Rui Costa, então falta uma marca do governo Jerônimo para criar sua marca, que hoje não tem. Então para mim, a maior deficiência é nesse sentido. Falar das infraestruturas regionais, discutir com os consórcios, onde não houve trabalho nenhum nesses dois anos em relação a isso. O governo Rui discutiu muito com relação a isso. Discutir com os municípios, discutir com os deputados, os trabalhos do interior, então a gente vê os prefeitos um pouco perdidos. Você vê a agenda de visita, visita, visita, mas nós precisamos de agendas produtivas, agendas de projetos regionais, então isso está faltando, você não está vendo uma marca no governo. Então isso, na minha concepção, tem fragilizado muito o governo.
“Você inverte o sentido quando vai falar só de política. A gente tem que discutir o trabalho e, aí sim, pode se discutir política”
A gente tem acompanhado um movimento do seu partido, o PP, de querer regressar à base do governo estadual. O senhor defende esse retorno, já tem uma posição formada sobre essa questão?
Eu acho que está cedo para isso. Eu até falei numa entrevista que estava solicitando uma audiência com o governador para que ele abra uma agenda para discutir ações macro na nossa região. Eu acho que é hora de discutir esse trabalho que não aconteceu, discutir obras estruturantes regionalmente para que aí sim, depois disso, discutir a questão política. Você inverte o sentido quando vai falar só de política. A gente tem que discutir o inverso, o trabalho, a infraestrutura, e aí sim, se for um projeto forte, se o governo entender dessa forma, pode se discutir política. Mas eu acho que está cedo para discutir só política. Ou seja, é um apoio político a partir de um projeto de ações pensadas. Isso precisa de um projeto nesse sentido. Só discutir política agora por discutir, eu sou contra.
E como anda a relação dos municípios com o governo federal? O senhor pegou dois anos do final do governo Bolsonaro e os dois anos iniciais do governo Lula. O que mudou?
Eu acho que não se mudou muita coisa, não. O que era de direito dos deputados continuou. Os deputados federais estavam muito fortes no governo Bolsonaro, continuaram muito fortes no governo Lula. Então, as ações hoje que têm chegado para os municípios têm chegado através dos deputados. A gente não viu, assim, nenhuma ação pujante. Teve o Minha Casa Minha Vida, mas não tem execução ainda. Só tem propostas, município foi selecionado, mas a gente não viu nenhuma agenda propositiva. Jequié já está planejado para construir umas casas agora, mas ainda não começou nenhuma execução de nada. Então, na minha concepção, os mesmos sentidos, os deputados federais muito fortes, mas o governo ainda não criou um plano de governo mesmo para debater o governo e município, isso não aconteceu ainda não.
“Jequié precisa urgente, urgente, urgente de um aeroporto regional […] o governador Jerônimo nos fez a mesma conversa, nós estamos caminhando para dois anos e até hoje..”
Falando da gestão de Jequié, quais são os desafios que o senhor tem nesse segundo mandato?
O segundo mandato nosso nós estamos terminando a parte de pavimentação de Jequié. Jequié precisa urgente, urgente, urgente de um aeroporto regional ou o melhoramento do nosso e regionalize isso ou a construção de um novo. Nós levamos essa proposta ao governo quando era Rui Costa, o governo naquele momento aceitou a proposta, começou a debater, o governador Jerônimo nos fez a mesma conversa, nós estamos caminhando para dois anos e até hoje… Para mim é uma prioridade regional e eu espero que o governo nos chame para conversar o mais rápido possível. Um novo centro industrial para que a gente gere emprego. A nossa região ainda tem um índice de desemprego maior do que o índice nacional. Jequié melhorou muito, nós quase que dobramos a quantidade de CNPJs, nós crescemos muito muito no centro industrial, mas estamos longe do ideal ainda, até por uma questão regional. Porque Jequié, quando ela começa a gerar emprego, a região começa a vir para ela. Então isso, nos municípios, regionalmente, enfraquece. A gente precisa fortalecer isso, o campo de geração de emprego é a nossa intenção de crescer nessa área.
“Todos os países de primeiro mundo só resolveram o problema da segurança pública quando fizeram um investimento forte em educação. O governo do estado não tem feito isso”
Jequié já apareceu como a cidade mais violenta do país. Como tem sido a atuação do governo estadual? O município está fazendo algum movimento no sentido de fazer uma ação integrada?
O governo ainda não se debruçou na questão da segurança pública e não avaliou que segurança pública é um projeto conjunto. Eu tenho dito isto há vários anos – ou o governo discute segurança pública atrelada ao processo educacional ou não vai fazer. Tem que ter a parceria com os municípios. Então precisa juntar com os municípios, o governo federal, o governo estadual precisam discutir creches, escolas em tempo integral, agora com projeto macro para integrar os municípios automaticamente. Aí sim, você qualificar a Guarda, organizar para que a gente faça o serviço de rua, de monitoramento. Então, eu acho que está faltando essa integração. O governo está fazendo alguns movimentos, mas movimentos pontuais. Então, a gente precisa qualificar, além de organizar nossa polícia, que é uma polícia excepcional, mas a gente precisa ter carro de qualidade, processo de drone muito forte. Todos os países de primeiro mundo só resolveram o problema da segurança pública quando fizeram um investimento forte em educação. O governo do estado não tem feito isso. Nossos municípios têm problema crônico de creches. É dever dos municípios, mas os municípios na sua maioria não tem dinheiro para fazer creches. Então, o governo do estado tinha que fazer esse investimento em creches, tinha que fazer esse investimento em escola de tempo integral para que você comece a quebrar o ciclo desses alunos que estão na rua e acabam indo para o lado mais marginalizado. O governo não tem feito isso. Isso é um processo a longo prazo, que precisa ser começado. Eu tenho dito, aqui em Jequié nós fizemos 10 creches novas e a intenção no próximo ano é fazer mais 10 e chegar ao final do mandato de 20 a 30 creches, fechando 100% as áreas. Nós entramos com 10 escolas de tempo integral, hoje temos 21. A intenção em 2025 é terminar com 40, pra que a gente consiga fazer em turnos opostos várias oficinas, vários trabalhos. Nós temos mais de cinco mil alunos em qualquer projeto educacional nosso esportivo. Então, o governo precisa investir nessa área. Não adianta só o município fazer, claro que já melhora, mas se você fizer um projeto integrado de segurança pública e educação, a gente vai ter uma queda. Mas infelizmente, o governo ainda não acordou para isso.
O senhor já foi presidente da UPB, pretende participar novamente dessa disputa de alguma forma? Ser candidato ou apoiar algum nome? Defende algum encaminhamento?
Hoje tem vários candidatos querendo ser, tem bons nomes. Eu vejo, um exemplo, Wilson, de Andaraí, para mim é um nome excepcional que teria o meu apoio com toda certeza se ele quisesse ser candidato. Eu penso que a gente precisa integrar. Essa semana eu estarei em Salvador para conversar com alguns amigos. Não está nos meus planos ser candidato, mas se for a necessidade nós poderemos repensar e conversar. Mas o meu plano é que a gente tenha de fato um presidente municipalista, não desmerecendo Quinho, gosto de Quinho demais, mas eu acho que o trabalho não focou na discussão com os municípios. O que fizemos na UPB quando fomos presidente, havia uma integração dos municípios, a gente ia para Brasília juntos. A gente fazia um processo integrado. Presidente da UPB não pode ser sozinho, você não pode ter todas as agendas só em Brasília, a gente tem que criar um grupo de trabalho, a gente precisa que a diretoria nos ajude a fazer esse trabalho para que a gente possa integrar. A gente fazia atos em Brasília com 200, 250 prefeitos. A gente já teve atos em Brasília que o Brasil todo juntou 200 prefeitos e a Bahia sozinha foi com 250, porque a gente criou uma mobilização. A questão da alíquota do INSS, quando nós lançamos a pauta em Brasília era uma piada. Nós conseguimos votar como prioridade, nós conseguimos passar nas comissões e uma pauta que era piada virou verdade e virou necessidade porque a Bahia estava muito forte com a integração dos prefeitos. Então, eu sonho com a UPB assim e precisamos de fato ter um candidato que tenha esse pensamento. Eu vi isso em Wilson na FEC eu e Wilson fizemos uma parceria muito muito forte entre FEC e a UPB, então para mim seria um grande nome. Tem outros bons nomes, eu estou citando o de Wilson porque foi o que veio à cabeça, mas a gente precisa de fato discutir um nome que não seja governo, não seja oposição, seja o UPB, seja municipalista.
Fazendo um exercício de futuro para 2026, a partir desse desenho das urnas, olhando agora para a Bahia como um todo, acha que a ACM Neto vem fortalecido? Ou a máquina estadual ainda é muito forte?
Eu acho que nós estamos equilibrados. A eleição é equilibrada, vai depender de várias vertentes, depende de como é que o governo vai agir nesses dois anos. É um momento de equilíbrio, mas é o momento também de a gente ter atenção. Há um desgaste muito grande no governo por causa da segurança pública, os assuntos de saúde, outros assuntos que você não vê ainda, o que é que o governo pretende de fato fazer, mas há uma força da máquina, tem o governo federal, tem o nome Lula, que ninguém sabe como é que vai estar, que ainda tem muita deficiência. A gente não viu ainda um forte gerenciamento no governo, então é uma pauta ainda para a gente ter uma luz mesmo, como é que será isso, no meado, final de 2025, aí a gente vai ver como é que estarão os dois.
“[Majoritária] É uma discussão que a gente vai fazer com paciência”
O nome do senhor citado para majoritária está mais para uma majoritária com a ACM Neto ou para uma majoritária com Jerônimo?
É uma discussão de partido e grupo. Hoje eu tenho amigos, o PP em primeiro lugar, e eu tenho amigos e parceiros em vários partidos. Então, é uma discussão que a gente precisa fazer em grupo. Eu dizia lá atrás, quando me convidaram para voltar para a base, que eu não voltaria sozinho de forma nenhuma porque seria uma injustiça minha com quem nos acompanhou. Tinha que ser uma discussão macro. Volto à mesma discussão: vamos fazer uma discussão com ACM Neto? Com o governo? Precisa ter uma discussão macro, muito bem pensada, eu vou pensar nesse momento também na minha região, nos municípios que compõem aqui, além de Jequié. É uma discussão que a gente vai fazer com paciência.
Apreensão em Massa: Celulares, armas e materiais proibidos são apreendidis no Conjunto Penal
De acordo com os Policiais Penais, a operação transcorreu sem incidentes ou atos de indisciplina, mantendo o padrão de disciplina. "Essa ação faz parte das estratégias para combater o crime organizado e reduzir a violência dentro e fora dos presídios".
Ainda segundo informações, a operação é um exemplo da importância das revistas preventivas nas unidades prisionais para evitar a comunicação ilícita entre os detentos e o crime organizado. Com essa apreensão, espera-se enfraquecer o poder de comando de facções criminosas que atuam dentro dos presídios.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
Ciro concordou com movimento à direita de aliado, diz Cid Gomes
No segundo turno, Ciro Gomes descartou apoiar o candidato Evandro Leitão (PT), que venceu a disputa pela Prefeitura de Fortaleza em eleição acirrada —foram menos de 11 mil votos de diferença. No primeiro turno, Leitão havia recebido 34,33% dos votos, ante 40,2% de André Fernandes.
A decisão de Ciro ocorreu em meio a um racha no PDT na capital. Oficialmente, o partido declarou neutralidade. Na prática, além de Roberto Cláudio, outros pedetistas embarcaram na campanha de Fernandes, levando o presidente licenciado do partido Carlos Lupi a gravar um vídeo declarando apoio a Leitão.
“Eu acho que essa turma acaba saindo do PDT”, afirma Cid. “Eu acho que esse passo que o Roberto deu rumo à direita é um passo que não tem volta, né? Eu acho que ele vai buscar aí um desses partidos do centrão para se filiar e comandar.”
“E eu acho que o Ciro está numa vibe de cada vez mais ficar em bastidor. É o que eu imagino. Vai ficar orientando essas pessoas. Ele tem o Roberto Cláudio como um pupilo. E pelo visto está concordando com esse movimento à direita.”
O senador também exaltou a vitória de Leitão, depois de ter ido ao segundo turno em desvantagem e ter visto o adversário receber apoio de Roberto Cláudio e do candidato derrotado Capitão Wagner (União Brasil).
“O André tinha dois grandes problemas. Um era o apoio do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, que ele escondeu. O segundo era a falta de experiência de gestão. Na hora que o Roberto Cláudio o apoiou, ele passou a dizer que o Roberto ia ajudar na gestão, então meio que atenuou essa fragilidade dele. Mas, enfim, graças a Deus não foi suficiente.”
Para Cid Gomes, a mobilização junto a prefeitos do interior e também de apoiadores no dia da eleição pesou a favor de Leitão.
“Nós tivemos no dia, nos dois, três últimos dias, 140, 150 prefeitos do interior ajudando em mobilização, ajudando no dia mesmo da eleição. E acho que isso foi definitivo. Uma eleição de menos de 1% de diferença, esse fator foi decisivo.”
Em português, Lewis Hamilton se declara ao Brasil: 'Voltando para casa'
Em seu Instagram, na madrugada desta segunda-feira (28), o heptacampeão de Fórmula 1 compartilhou uma mensagem em português celebrando mais uma visita ao país
Getty Images |
[Legenda]© Reprodução- Redes Sociais Logo depois, escreveu: "Brasil!!! Estou voltando para casa e mal posso esperar para ver você".
[Legenda]© Redes Sociais
Hamilton tem uma longa relação de carinho com o Brasil. Em 2022, ele recebeu o título de cidadão honorário brasileiro da Câmara dos Deputados, em reconhecimento à sua admiração pelo país e pela influência de Ayrton Senna, seu ídolo. Na cerimônia, Hamilton expressou sua felicidade: "É uma grande honra receber esse título hoje. Agora, posso finalmente dizer que sou um de vocês. Eu amo o Brasil, sempre amei o Brasil".
Leia Também: Chelsea se reabilita no Inglês com gol e boa atuação de Palmer e vence o Newcastle
Concurso dos Correios: inscrições para 3,5 mil vagas acabam nesta segunda
© Shutterstock |
Para se inscrever, os candidatos devem acessar o site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), responsável pela organização do concurso. A taxa de inscrição é de R$ 39,80 para o cargo de carteiro (nível médio) e R$ 42 para os cargos de nível superior. O pagamento deve ser realizado via PIX ou boleto até o dia 29.
Entre quarta-feira (30), a partir das 10h, e sexta-feira (1º), até as 17h, haverá um período para os candidatos corrigirem eventuais erros cadastrais no site da banca. Em 26 de novembro, serão divulgadas as inscrições confirmadas, e os candidatos com participação indeferida poderão interpor recurso entre 10h do dia 27 e 17h do dia 28.
O edital de convocação para as provas será publicado em 6 de dezembro, e os locais de aplicação serão divulgados em 9 de dezembro. As provas ocorrerão em 15 de dezembro.
Este é o primeiro concurso público dos Correios em âmbito nacional desde 2011. Das vagas disponíveis, 30% são reservadas para candidatos negros e indígenas, e 10% para pessoas com deficiência. Documentos de comprovação devem ser enviados já na inscrição para as vagas reservadas.
A seleção está dividida em dois editais:
Cargo de Carteiro (Agente de Correios): São 3.099 vagas com salário inicial de R$ 2.429,26. Requer apenas ensino médio completo.
Cargo de Analista de Correios (Nível Superior): São 412 vagas, com salário inicial de R$ 6.872,48, divididas entre várias áreas, como Direito, Sistemas, Arquitetura, Arquivologia, Serviço Social e Engenharia.
Além do salário, os Correios oferecem benefícios, como vale-alimentação/refeição de cerca de R$ 1,4 mil, vale-transporte, auxílio-creche e a possibilidade de adesão ao plano de saúde.
As provas, previstas para 15 de dezembro, contarão com 50 questões de múltipla escolha para todos os cargos, e os candidatos de nível superior também terão uma redação.
Leia Também: Auxílio-doença pode ser solicitado em 2,6 mil agências dos Correios
Neste domingo (27/10) aconteceu a última rodada do campeonato master 2024.
Semifinais definidas: Del Rey Telecom x Real Calçados / Oral Center x Cairo Auto Peças
Após a última rodada foi definido os jogos das semifinais do Campeonato Master da AABB 2024.Neste domingo (27/10) aconteceu a última rodada do campeonato master 2024.
O jogo aguardado era Del Rey Telecom x Oral Center, onde a Oral Center terceira colocada precisava apenas de um empate para terminar em segundo na classificação geral e conseguir a vantagem do empate na semifinal. E para garantir essa boa colocação a Oral Center abriu o placar, no segundo tempo a Del Rey Telecom empatou e o jogo terminou com cada equipe somando um ponto.
Del Rey Telecom 1x1 Oral Center
Gols
Del Rey Telecom: Solteiro
Oral Center Dito
No próximo domingo (03/11) acontecem os dois jogos das semifinais.
7:15 - Del Rey Telecom x Real Calçados
8:30 - Oral Center x Cairo Auto Peças
MDB e PSD controlarão 38% dos orçamentos municipais a partir de 2025
A diferença entre os dois partidos é de R$ 20 bilhões. O MDB irá comandar R$ 254 bilhões dos orçamentos municipais (19,7%), enquanto a fatia do PSD será de R$ 234 bilhões (18,1%).
Parte significativa do orçamento sob gestão do MDB no próximo ano se deve à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que derrotou Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. O orçamento de R$ 107 bilhões, maior do país, representa 42% de tudo que estará sob decisão da sigla.
Além de São Paulo, ficam sob responsabilidade do partido as capitais Porto Alegre, Belém, Boa Vista e Macapá, que juntas representam R$ 22 bilhões.
O PSD, que conquistou o maior número de prefeituras do país, também controla grandes orçamentos. Um terço do montante do partido de Gilberto Kassab vem de cinco capitais, sendo o Rio de Janeiro a maior delas –R$ 46 bilhões foi o orçamento de 2023.
A cidade será novamente comandada por Eduardo Paes, reeleito no primeiro turno com 60,5% dos votos válidos (1.861.856 votos).
Donald Trump lota o Madison Square Garden, em Nova York, e eleitores dão vitória como certa
Irritada, ela não admitiu ouvir a pergunta da reportagem sobre que espera de diferente de um eventual segundo mandato do republicano, em comparação ao primeiro. Para ela, não há cenário possível de derrota.
Janette é uma das milhares de pessoas que se reuniu neste domingo (27) no icônico Madison Square Garden, em Nova York, para um dos últimos comícios de Trump antes da eleição, em 5 de novembro.
Fazer um evento na arena, que se autointitula a mais famosa do mundo, era um sonho do ex-presidente. De madrugada, já havia pessoas na fila. O local, com capacidade para quase 20 mil pessoas, estava praticamente lotado.
Apesar das pesquisas de intenção de voto mostrarem Trump e Kamala Harris empatados, os apoiadores do ex-presidente estão confiantes na vitória. Como o candidato, muitos dizem, sem provas, que a única forma de ele ser derrotado é o se o lado adversário trapacear.
Eles também estão confiantes que, se reeleito, Trump será um presidente mais forte do que em sei primeiro mandato.
“Acho que ele vai ser mais agressivo. Ele sabe o que esperar agora, tem experiência e uma ideia melhor do que fazer. E não tem a crise da Covid”, afirma à reportagem Michael DePasquale, 40, de Long Island.
O latino Christian Vargas, 23, acrescenta que o Congresso agora é mais favorável à Trump do que no governo anterior, o que facilitaria a implementação de sua agenda. A composição da Câmara e do Senado será renovada em 5 de novembro, mas pesquisas indicam que os republicanos têm boas chances de dominar o Legislativo. Mais que isso, aliados do ex-presidente ganharam mais espaço e poder dentro do partido.
Stacey, 23, veio com a mãe para ver Trump neste domingo. A jovem engenheira acredita que o republicano fará escolhas melhores de secretários para seu governo. “Vai ser uma representação melhor do nosso movimento”, diz.
Muitos integrantes do primeiro governo Trump romperam com o republicano. O núcleo que o cerca agora é visto como mais restrito, ideológico e leal. Soma-se a isso a triagem e seleção de potenciais funcionários para um novo governo sendo feita pela fundação conservadora Heritage.
Por isso, a aposta é que Trump consiga fazer um governo mais à sua imagem se reeleito, diferentemente do primeiro, quando ainda não tinha experiência no Executivo.
Seu chefe de gabinete mais duradouro, John Kelly, afirmou na última semana que precisava constantemente explicar coisas básicas sobre a Constituição ao então presidente, a quem classificou de fascista. Outros ex-integrantes do governo que se viraram contra o empresário dizem que criavam táticas para não dar seguimento às ordens mais descabidas do empresário.
“Acho perigoso quando você fala que um candidato é uma ameaça ou inimigo da democracia. Você coloca um alvo nas costas dele, é irresponsável e imoral dizer coisas do tipo”, responde Michael DeCurtis, 38, ao ser questionado sobre o rótulo de fascismo.
Para ele, Trump significa uma economia melhor e o fim das guerras no Oriente Médio e no Leste Europeu. DeCurtis diz que os democratas fracassaram, citando a si mesmo como exemplo: nos últimos quatro anos, perdeu o emprego como segurança na Disney na Flórida, e hoje trabalha com faxina em Nova York.
As brasileiras Magna Trovato, 53, e Alessandra, 62 (ela não quis dizer o sobrenome), se conheceram na fila para o comício. Ambas dizem que a economia será muito melhor se o empresário voltar à Presidência.
“Quando ele era presidente não tinha guerras, inflação estava baixa, combustível estava barato, ele cortou imposto. Comprei minha casa em dinheiro”, diz Alessandra, que mora na Filadélfia há 20 anos e trabalha como operadora de turismo. “Nunca guardei tanto dinheiro na vida como nos anos Trump”.
Apesar de imigrantes, as duas não se incomodam com os ataques do ex-presidente à categoria. Elas afirmam que nunca foram mal tratadas por outros apoiadores, e que são a favor de deportação daqueles que entraram no país de modo ilegal.
“Cheguei aqui legalmente, gastei dinheiro, paguei advogado. Agora chega essa gente e ganha tudo, ainda reclamam, e tem direito de ficar aqui? De jeito nenhum, voltem para casa”, afirma Alessandra.
“É injusto quando americanos estão pagando e pessoas estão cortando a fila”, disse de modo semelhante Stacey.
Durante o comício, imigrantes foram alvo de ataques em diversos discursos de convidados. Um comediante fez piada por exemplo com “latinos fazerem muitos filhos”.
A previsão era de que Trump falasse por volta das 18h (horário de Brasília). Elon Musk também está na programação.
Kamala Harris também foi um alvo frequente, como esperado. Além dela, também o foi Hillary Clinton, que comparou o comício deste domingo a um pró nazismo realizado no mesmo local em 1939.
Uma mulher com mais de 60 anos que não quis dizer o nome nem o estado de onde vem, dizendo ser apenas do Meio Oeste, repetiu à reportagens acusações já desmentidas de que o vice na chapa democrata, Tim Walz, abusou sexualmente de estudantes.
Ao ouvir da reportagem que a notícia é falsa, ela diz que tem vídeos e fotos que comprovam —autoridades do governo disseram que o material foi fabricado por atores russos.
“Não, é verdade. Você precisa pesquisar melhor, eu não vou fazer a sua pesquisa por você”, respondeu ela irritada.
O temor do uso de inteligência artificial para interferir na eleição cresce a medida que o pleito se aproxima. Especialistas acreditam que áudios, fotos e vídeos fabricados podem ser usados para gerar confusão entre eleitores.
Adriane Lopes (PP) é reeleita prefeita de Campo Grande
Foto: Reprodução/Facebook |
Com 100% das urnas apuradas, a candidata apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 51,45% dos votos válidos (222.699 votos), superando Rose Modesto (União Brasil), com 48,55% (210.112).
Campo Grande foi a única capital brasileira com segundo turno disputado por duas mulheres.
A campanha da prefeita cresceu na reta final do primeiro turno, com discurso conservador de olho em votos bolsonaristas. Ela desbancou o deputado federal Beto Pereira (PSDB), que ficou em terceiro.
Adriane Lopes foi apoiada por Bolsonaro no segundo turno, a pedido da ex-ministra da Agricultura e atual senadora Tereza Cristina (PP-MS). O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também apoiou Adriane Lopes, depois de estar ao lado de Beto Pereira no primeiro turno.
As duas candidatas disputaram públicos parecidos durante a campanha. São evangélicas, fizeram forte apelo à presença da mulher na política e buscaram o voto conservador dos sul-mato-grossenses. Nas redes sociais, Rose passou a campanha publicando vídeos tocando violão e cantando músicas gospel.
A campanha de Rose não fez acenos nem a Lula (PT) nem a Bolsonaro.
Quem é Adriane Lopes
Adriane Lopes, 48, nasceu em Grandes Rios, no Paraná. Tem formação em direito e teologia. Foi também coach vinculada ao Instituto Brasileiro de Coaching. Ganhou projeção em Campo Grande após atuar por quatro anos no sistema penitenciário do estado.
Era vice-prefeita de Marquinhos Trad (PSD) desde 2017. Assumiu o comando da cidade em 2022, quando o prefeito renunciou ao cargo para disputar o governo de Mato Grosso do Sul.
Ela foi a primeira mulher a ocupar a Prefeitura de Campo Grande e, para o novo mandato, terá como vice outra mulher, Dra. Camilla (Avante).
Derrotada no pleito municipal, Rose, 46, já havia sofrido revés na eleição estadual de 2022. Ela começou a carreira em 2008 como vereadora pelo PSDB. Foi eleita vice-governadora de Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2014 e deputada federal em 2018.
Em 2022, quando escolheu concorrer ao governo do estado, foi descartada pelo partido tucano. Filiou-se, então, ao União Brasil. Ela ficou em quarto lugar na disputa que elegeu Riedel.
Eduardo Pimentel (PSD) é eleito prefeito de Curitiba
Foto: Divulgação |
Com 92,24% das urnas apuradas, Pimentel, apadrinhado pelo atual prefeito Rafael Greca (PSD) e pelo governador do Paraná Ratinho Junior (PSD), tinha 57,31% dos votos válidos ante 42,69% de Cristina.
Cristina e Pimentel protagonizaram uma campanha quente, com ataques permanentes. Pimentel está ligado à “direita tradicional”. Já Cristina é da “direita radical”, com forte presença nas redes sociais.
Além de ter as máquinas municipal e estadual como aliadas, Pimentel entrou na corrida eleitoral com a maior coligação entre os dez concorrentes: PSD se aliou ao Novo, PL, MDB, Republicanos, Pode, Avante e PRTB.
Desde o início da campanha, ele figurou numericamente à frente de todos os candidatos nas pesquisas realizadas pela Quaest. Mas a disputa com Cristina foi acirrada nas urnas do primeiro turno, o que fez com que sua campanha mudasse quase toda a estratégia para o segundo turno.
Para enfrentar uma candidata alinhada com o bolsonarismo, Pimentel escalou apoiadores da direita como o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) e reduziu o espaço na propaganda da tevê de padrinhos políticos como o prefeito Greca, chamado por Cristina de “prefeito lulista”.
Pimentel também explorou fragilidades e polêmicas da adversária, chamada por ele de “extremista” e “aventureira”. Passou a dizer que era o candidato da ciência e que a rival dividia Curitiba.
Ele também fez acenos discretos ao eleitorado da esquerda, que ficou sem representantes no segundo turno. Na véspera da eleição deste domingo, pediu para que o eleitor não anulasse o voto. “Se for para anular, que seja para anular o ódio”, afirmou ele, em referência à candidata bolsonarista.
A campanha de Pimentel também enfrentou desgastes, especialmente no primeiro turno, como a nomeação do sogro do candidato a vice.
O ex-deputado federal Paulo Martins (PL), agora eleito vice-prefeito, atuava na assessoria especial do governador Ratinho Junior até junho deste ano, quando foi exonerado para participar das eleições. Na sequência, contudo, o sogro de Martins, Cezar Orlando Gaglionone, que já atuava na Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), ganhou exatamente o mesmo cargo deixado por ele, na assessoria da governadoria. Após a repercussão, em setembro, Gaglionone foi demitido. O governo estadual não comenta o caso.
O desgaste maior, contudo, envolve a prefeitura de Curitiba e uma suposta coação de servidores para que houvesse colaboração financeira à campanha. Áudios vazados na última semana da campanha do primeiro turno revelaram um superintendente da prefeitura dizendo a servidores que eles precisavam comprar convites do jantar em apoio a Pimentel, que isso “já veio determinado” e “não tem como negociar”.
Nos áudios, ele sugere que há mais gente envolvida neste esquema de arrecadação, incluindo seu superior direto e outros superintendentes. Mas ele não falou com a imprensa e foi exonerado após a repercussão do caso.
A prefeitura tratou como fato isolado e a campanha de Pimentel negou qualquer participação, repudiando a atitude do superintendente. O caso está sendo investigado na Justiça Eleitoral e ainda não há um desfecho.
Formado em Administração, Eduardo Pimentel Slaviero, 40, é membro da família Slaviero, dona da rede de hotéis homônima, e neto de Paulo Pimentel, governador do Paraná entre 1966 e 1971 e megaempresário da comunicação até 2011, quando concluiu a venda de jornais, rádios e tevês. Também é irmão do atual diretor-presidente da Copel (Companhia Paranaense de Energia), Daniel Pimentel Slaviero, indicado para o cargo pelo governador Ratinho Junior.
Antes de ser eleito vice-prefeito em 2016 e 2020, Pimentel havia disputado uma eleição em 2010 para deputado estadual pelo PSDB, mas saiu derrotado. Depois acabou nomeado pelo então governador Beto Richa (PSDB) para a diretoria da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Paraná) e seguiu em cargos públicos até a eleição de 2016.
No período em que estava no mandato de vice, também foi secretário municipal de Obras Públicas por dois anos. No início de 2023, quando seu grupo político já articulava sua candidatura à prefeitura, também foi chamado para ser secretário estadual das Cidades, onde ficou por um ano.
Sandro Mabel (União Brasil) é eleito prefeito de Goiânia
Paulinho Freire (União Brasil) é eleito prefeito de Natal
Paulinho Freire (União Brasil), novo prefeito de Natal |
Com 93,75% das urnas apuradas, Paulinho teve 55,46% dos votos válidos contra 44,54% da deputada federal Natália Bonavides (PT), que entrou na disputa com o apoio da governadora Fátima Bezerra (PT).
A vitória de Paulinho representa uma continuidade da gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que o apoiou e indicou a ex-secretária municipal Joana Guerra (Republicanos) como vice.
Também consolida mais uma vitória da direita em capitais do Nordeste. A região costuma dar votações consistentes ao PT em eleições presidenciais, mas teve um predomínio nas urnas de candidatos do campo conservador nas capitais.
No primeiro turno, Paulinho Freire teve 44,1% dos votos válidos contra 28,4% de Natália. O ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD) ficou em terceiro lugar com 23,9% e se manteve neutro no segundo turno.
Paulinho Freire é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contou com a presença do ex-presidente no lançamento de sua candidatura, no mês de agosto. Em visita de Bolsonaro a Natal, Freire pediu o apoio de cada eleitor que tivesse “espírito patriota”.
Freire iniciou sua carreira política como vereador em Natal, foi deputado estadual e é deputado federal desde fevereiro de 2023.
Ele foi vice-prefeito de Natal de 2009 a 2016, na gestão da então prefeita Micarla de Sousa (PV). Assumiu o comando da prefeitura de 1º de novembro a 13 de dezembro de 2012, após o afastamento da então prefeita pela Justiça.
Durante a campanha, Paulinho focou suas propostas na geração de empregos e na ampliação da rede municipal de saúde, com a construção de novas unidades básicas de saúde e ampliação do horário de funcionamento das atuais.
Também trouxe pautas de costumes para a campanha visando criticar sua adversária, Natália Bonavides. No segundo turno, recebeu o apoio do senador Styvenson Valentim (Podemos).
Natália Bonavides é advogada e foi eleita deputada federal em 2018 e 2022 —na última oportunidade, foi a mais votada do Rio Grande do Norte. Ela também teve um mandato como vereadora, de 2017 ao começo de 2019, quando assumiu a vaga na Câmara.
A campanha de Natália em Natal teve as digitais do presidente Lula (PT), que participou de um comício em Natal neste segundo turno, e da governadora Fátima Bezerra (PT), engajada na campanha da aliada desde o início da campanha eleitoral.
Um dos problemas que a Prefeitura de Natal enfrenta é o avanço do mar na praia de Ponta Negra. Em setembro deste ano, a gestão do município decretou estado de emergência diante de estragos provocados pela maré alta em estruturas urbanas e privadas na orla.
De acordo com a prefeitura, a medida foi tomada após relatório da Defesa Civil apontar aumento no processo de erosão no Morro do Careca, um dos principais cartões-postais da cidade. Com a situação de emergência, a administração diz que vai ampliar a interdição no entorno do local.
Nunes derrota Boulos e é reeleito prefeito de São Paulo, projeta Datafolha
Com 29,13% das urnas apuradas, Nunes tinha 60,49% e Boulos, 39,51%.
Para projetar a vitória de um candidato, o Datafolha acompanha os dados da apuração divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, por meio de um sistema próprio, faz a projeção do resultado considerando o peso que cada zona eleitoral tem em relação ao total de eleitores de cada cidade.
Quando há um número razoável de votos apurados em todas as zonas
eleitorais, poderá ser possível estimar que um candidato não pode mais
ser ultrapassado, e, portanto, projetar sua vitória.
Eduardo Siqueira Campos (Podemos) é eleito prefeito de Palmas
Eduardo Siqueira Campos (Podemos) durante evento de campanha em Porto Velho |
Com 100% das urnas apuradas, Siqueira Campos obteve 53,03% dos votos válidos (78.673 votos), ante 46,97% de Janad Valcari (69.684), segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No primeiro turno, Janad havia encerrado na liderança a disputa para o comando da capital do Tocantins com 39,22% dos votos válidos, ante 32,42% de Siqueira Campos. Essa foi a primeira vez que Palmas teve segundo turno.
Em sua campanha de segundo turno, Eduardo Siqueira Campos concentrou esforços em eventos públicos, como “adesivaços” e encontros com eleitores em bairros de Palmas.
Ele recebeu apoio da prefeita Cinthia Ribeiro, do ex-candidato Júnior Geo (PSDB), e de partidos como o PT e o PCdoB.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o ministro do Esporte André Fufuca e o senador Ciro Nogueira marcaram presença em um dos últimos eventos de campanha do candidato.
Nos debates televisivos, como o da TV Norte, afiliada do SBT, Siqueira Campos destacou propostas para modernizar o transporte público com 200 novos ônibus e melhorias na infraestrutura urbana.
O candidato também citou o fortalecimento do Banco do Povo, ampliando crédito para microempreendedores, e a expansão de instituições de ensino técnico.
A campanha de ex-senador e ex-prefeito procurou manter uma proximidade com os eleitores por meio de eventos populares, feiras, e encontros comunitários.
Siqueira Campos tem uma trajetória longa no cenário político de Tocantins. Sua carreira na política teve início como deputado federal em 1988, logo após a criação do estado.
Ele foi prefeito de Palmas entre 1993 e 1997, além de senador de 1999 a 2007. Em 2023, ele se filiou ao Podemos para concorrer novamente à prefeitura. Atualmente, atua como empresário no ramo da comunicação, tendo sido deputado estadual de 2015 a 2023.
O deputado estadual Professor Júnior Geo (PSDB), terceiro colocado no primeiro turno, deu apoio velado a Siqueira Campos em suas redes sociais ao afirmar que não votaria em Janad e que abstenções e votos nulos e brancos só ajudariam quem não se quer no poder.
Entre as promessas no segundo turno, Siqueira Campos diz que pretende criar subprefeituras para atuar como zeladorias dos bairros, contendo unidade da Guarda Metropolitana e SAMU. Também prometeu priorizar a inclusão social, programas para idosos e incentivo ao empreendedorismo feminino.
Ex-sócia da banda Barões da Pisadinha, Janad foi eleita deputada estadual em 2022, sendo a primeira mulher mais votada do legislativo de Tocantins, somando 31.587 votos.
Para o pleito deste ano, ela contou com apoio do governador Wanderlei Barbosa e do senador Eduardo Gomes, ambos do PL.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também a apoiou, participando de motociata. Acompanharam o ato senadores, deputados, vereadores e lideranças políticas, no último dia de campanha de Janad.
No segundo turno, ela explicou que pretende abrir concursos públicos e criar um plano de carreira próprio para servidores do PrevPalmas. Ela também pretende pagar benefícios aos servidores da saúde, como plantões extras, gratificações e vale transporte, sem comprometer os cofres públicos.
A ex-sócia da banda virou alvo de uma investigação da Promotoria do Tocantins sobre um possível enriquecimento ilícito envolvendo a banda. Ela nega as acusações.
Destaques
Faça seu pedido: (73) 98108-8375
Ouça aqui: Web Radio Gospel Ipiaú
Web Rádio Gospel de Ipiaú
Siga-nos
Total de visualizações de página
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade.
Publicidade
Anucie aqui: (73) 991241546-9-82007563
Postagens mais visitadas
Arquivo do blog
- ► 2024 (5607)
- ► 2023 (4688)
- ► 2022 (5535)
- ► 2021 (5869)
- ► 2020 (4953)
- ► 2019 (3140)
- ► 2018 (711)
- ► 2016 (209)
- ► 2015 (162)
- ► 2014 (462)
- ► 2013 (1713)
- ► 2012 (1976)