Governo criou ’filiais’ do Ministério da Cultura e as deu a petistas para ‘defesa da democracia


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém uma estrutura de “filiais” do Ministério da Cultura e entregou os cargos a pessoas filiadas a partidos políticos, especialmente militantes do PT. Os chamados escritórios estaduais da pasta estão em 26 unidades da Federação, onde estão lotados 80 servidores nomeados pela gestão petista.

Os escritórios, criados no início do ano passado, têm por atribuição influenciar a escolha das Organizações Não Governamentais (ONGs) que formam os comitês de cultura dos Estados. Esses comitês fazem parte de uma política nacional que, em dois anos, vai repassar R$ 58,8 milhões para difusão cultural.

Em nota, a pasta afirmou que os comissionados são escolhidos a partir da experiência no setor cultural e que a filiação a partido não é requisito. Mas acrescentou que o governo “é composto por ampla base partidária e atua na perspectiva do estabelecimento de coalizão para o aperfeiçoamento da democracia” (leia mais abaixo).

Como mostrou o Estadão, entre as ONGs escolhidas para receber dinheiro público estão entidades ligadas a petistas e a servidores do próprio Ministério da Cultura. Também foi selecionada a organização de um empresário acusado de desviar dinheiro da cultura e outra controlada por um candidato a vereador que usou o mesmo espaço para atividades do comitê e da campanha eleitoral.

Levantamento do Estadão detectou que, dos 26 escritórios estaduais, 19 são coordenados por membros do PT, um por filiado ao PSB e outro por integrante do PSOL. Os outros cinco não têm filiação formal, mas são ligados a políticos. Além dos respectivos coordenadores, os escritórios somam mais 60 comissionados, segundo dados disponíveis no site do ministério.

O chefe do escritório da Bahia, por exemplo, não aparece na lista de filiados ao PT, mas trabalhava há três mandatos no gabinete do deputado federal Jorge Solla (PT-BA) até ser nomeado, em setembro passado, na Cultura. Procurado, o parlamentar não foi localizado para comentar.

A chefe do escritório do ministério no Paraná, Loana Campos, não é filiada ao PT, mas ligada ao principal articulador do comitê no Estado. Ao menos desde 2020, ela fazia parte da ONG Soylocoporti, de João Paulo Mehl (PT), que hoje coordena o comitê de Cultura do Paraná. Ela foi nomeada em 19 de outubro de 2023. Dois meses depois, a Soylocoporti assinou o convênio com o ministério para liderar o comitê paranaense.

Em publicações nas redes sociais, João Paulo Mehl demonstra proximidade de longa data com Loana, a quem define como “amiga e parceira de muitas jornadas”.

Ao Estadão, Loana disse ter 15 anos de experiências em políticas culturais, da área de produção até gestão, controle e participação social. É especialista em gestão de projetos públicos e bacharel em Dança. Também destacou ser uma artista e professora reconhecida por seus pares.

A coordenadora da filial do ministério no Paraná afirmou que a escolha da Soylocoporti para o comitê foi feito pela pasta “através de rigoroso processo de seleção de propostas por edital” e que “a vinculação partidária de pessoas não foi avaliada como critério do edital”.

“Prestei serviços para diversas instituições da área cultural e social, inclusive a Soylocoporti, da qual não faço parte do corpo gestor”, afirmou Loana.

João Paulo Mehl era pré-candidato a vereador de Curitiba pelo PT, em junho, quando recebeu a ministra Margareth Menezes para o lançamento do comitê do Paraná. Um mês depois, teve a candidatura homologada para sua estreia nas urnas. Apoiado pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ele não foi eleito.

Ele afirmou que “não há nenhuma relação” entre o trabalho do escritório e a seleção da Soylocoporti e que a capacidade técnica acumulada ao longo de 20 anos pela entidade fez ela obter a maior pontuação no edital entre todas as concorrentes da região Sul. “Muitos profissionais foram nossos parceiros nessa trajetória — todos com capacidade e reconhecido histórico de trabalho na área. A Loana Campos é mais uma entre esses profissionais, que há muito tempo vem construindo uma respeitada carreira”, disse.

No Amazonas, a ONG contratada para coordenar o comitê de cultura tinha como um dos diretores Ruan Octávio da Silva Rodrigues, integrante das fileiras do PT desde 2012. Cinco meses depois de o Instituto de Articulação de Juventude da Amazônia (Iaja) celebrar o convênio com o ministério, ele foi nomeado coordenador do escritório da pasta em Manaus.

Na campanha eleitoral deste ano, Ruan atuou pela eleição de Anne Moura, secretária nacional de Mulheres do PT, a vereadora de Manaus. Ele virou coordenador regional do ministério em substituição a Michelle Andrews, que deixou o posto para concorrer a uma vaga na Câmara da capital do Amazonas pelo PCdoB. Nenhuma delas conseguiu votos suficientes. O coordenador não retornou os contatos da reportagem.

Comitês foram promessa de campanha de Lula

Os comitês de cultura são um compromisso pessoal de Lula, firmado ainda na campanha eleitoral de 2022. Enquanto buscava votos, Lula dizia que sua ideia com eles era “democratizar o acesso à cultura e a participação social”.

Em março deste ano, ele falou sobre a proposta durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, em Brasília. Em discurso marcado por críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que cobrava Margareth Menezes reiteradamente sobre os comitês porque eles serviriam para “enraizar o que a gente acredita”.

“Me explique como estão os meus comitês culturais, eu quero saber, porque a única possibilidade de a gente evitar que um dia volte alguém para destruir é enraizar aquilo que a gente acredita no meio do povo, no seio do povo, nas entranhas da sociedade”, disse o presidente.

Em uma notícia institucional publicada no site do Ministério da Cultura em abril, a coordenadora do escritório da pasta no Rio Grande do Sul, filiada ao PT desde 2008, explicou a missão das “filiais”.

“A missão dos escritórios é estratégica na luta pela defesa da democracia e pelo direito à cultura. Se em 2023 estávamos na ‘união e reconstrução’ do Ministério da Cultura, avançamos para um 2024 já com as políticas públicas enraizadas na grande maioria dos municípios dos Estados da região Sul”, afirmou.

Os escritórios e os comitês acabam tendo finalidades correlatas. Nas palavras do próprio Lula e de chefes de escritórios, a estrutura tem por objetivo “enraizar o que a gente acredita” e a “luta pela defesa da democracia”.

Tanto os comitês quanto os escritórios regionais são ligados à Secretaria de Comitês de Cultura do ministério. A estrutura nasceu junto com a recriação da pasta, que havia sido rebaixada ao status de secretaria no governo de Jair Bolsonaro. A titular da secretaria é Roberta Martins.

As atribuições dos escritórios regionais do ministério estão definidas num decreto de janeiro de 2023. Entre elas estão “selecionar, a partir das diretrizes e orientações da Secretaria dos Comitês de Cultura, representantes da sociedade civil para compor o comitê cultural do Estado”, “agendar e secretariar as reuniões do comitê e providenciar a participação de seus membros” e “atuar como representante estadual do ministério no Estado”.

Em respostas enviadas ao Estadão, o a pasta de Margareth Menezes afirmou que os coordenadores dos escritórios são escolhidos pela experiência dos servidores.

“O Ministério da Cultura seleciona seus servidores comissionados através da análise da experiência dos profissionais no setor cultural, não analisando a filiação partidária como requisito. De toda forma, o atual governo é composto por ampla base partidária e atua na perspectiva do estabelecimento de coalizão para o aperfeiçoamento da democracia”, frisou.
O ministério também declarou que a escolha das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) — também chamadas de ONGs, conforme conceito do Sebrae — para coordenar o Programa Nacional de Comitês de Cultura nos Estados “obedeceu a critérios de análise da qualidade técnica de propostas de trabalho, experiências das organizações e de suas equipes técnicas”. “Nesse sentido,a seleção das OSCs não foi uma decisão dos coordenadores dos escritórios do MinC”, disse a pasta.

Sobre a afirmação de uma coordenadora de que os escritórios têm missão de defesa da democracia, o ministério afirmou que isso se dá por meio de políticas que promovem “a cooperação federativa, o fortalecimento dos entes federados para o desempenho de suas competências, a ampliação da participação e controle social”, “de forma descentralizada” nos Estados.
Congressistas querem investigação sobre papel dos comitês

Após reportagem publicada pelo Estadão mostrar que o ministério selecionou ONGs ligadas a petistas e a assessores da própria pasta, integrantes da oposição ao governo no Congresso pediram oficialmente que o caso seja investigado por órgãos de controle.

O senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado Luciano Zucco (PL-RS) enviaram ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) com pedido de abertura de uma apuração.

“Tal denúncia suscita a necessidade de verificação criteriosa quanto ao cumprimento dos princípios da moralidade, legalidade, impessoalidade e eficiência no uso dos recursos públicos, conforme o artigo 37 da Constituição Federal”, disse o deputado.

O senador defendeu a realização de uma investigação porque as informações publicadas mostram “instrumentalização da máquina pública para tutelar interesses privados e partidários com ONGs alinhadas ao governo”.

Os deputados Evair Vieira de Melo (PP-ES) e Kim Kataguiri (União-SP) protocolaram requerimentos de convocação da ministra Margareth Menezes para que ela faça esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.

Vinícius Valfré/Estadão Conteúdo

Potencial volta de Trump à Casa Branca deixa Brasil em estado de apreensão


Integrantes do governo brasileiro estão apreensivos com um retorno de Donald Trump à Casa Branca e se preparam para o que um interlocutor descreveu como um “maior potencial de conflito”. A lista de preocupações inclui agenda climática, Venezuela, Elon Musk e as articulações internacionais de extrema direita.

Na sexta-feira (1º), o presidente Lula (PT) disse que está torcendo por Kamala Harris e incluiu o republicano no que vê como uma volta do “nazismo e fascismo com outra cara” no mundo. “Como sou amante da democracia, acho a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para bem governar o nosso país, obviamente estou torcendo para Kamala ganhar as eleições”, disse.

A boa relação pessoal entre Lula e Joe Biden, que deve ir a Manaus e Brasília em novembro para a reunião do G20, não deve se manter entre Lula e Trump. Ao mesmo tempo, membros do governo brasileiro dizem que há boa vontade para trabalhar com quem for e afirmam ver um lado pragmático no republicano.

Mas algumas derrotas já são vistas como prováveis. A primeira é o retrocesso na cooperação ambiental. Quando presidente, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e revogou uma série de regulações ambientais e incentivos à transição energética. Neste ano, prometeu continuar apoiando os combustíveis fósseis —quarta maior doadora da campanha, a indústria de petróleo e gás deu US$ 14 milhões ao ex-presidente.

O Brasil se prepara para sediar a COP, a conferência do clima da ONU, em Belém, no ano que vem, e contava com a ajuda financeira e política dos EUA para transformar o evento em uma plataforma para novos mecanismos de financiamento para transição energética.

O Brasil também apostava na cooperação dos EUA para desenvolvimento sustentável —Biden havia prometido repassar US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia em cinco anos. No entanto, o grosso do montante ficou travado no Congresso. Com Trump na Presidência e previsão de domínio republicano ao menos do Senado, diplomatas estimam que será o fim definitivo de qualquer esperança de o dinheiro chegar.

No restante dos temas, domina a incerteza. A principal delas é sobre a proximidade entre o republicano e Elon Musk. O bilionário, que recentemente entrou em choque com o ministro Alexandre de Moraes (STF), é um dos principais apoiadores de Trump, e sua influência em um governo dele é dada como certa, seja com um cargo formal ou não.

Já o analista Ian Bremmer, presidente da consultoria de risco Europa e colunista da Folha, diz que acredita que o confronto entre o dono do X e autoridades brasileiras deve escalar em um governo do republicano.

Bruna Santos, presidente do Brazil Institute, principal think tank sobre o país em Washington, relembra que já houve articulações no Congresso americano para tentar emplacar a pauta de supostas violações da liberdade de expressão no Brasil. Para ela, isso deve ganhar mais espaço sob Trump.

O movimento não teve um impacto maior, como queriam aliados de Jair Bolsonaro —que chegaram a falar em sanções—, diante da falta de apoio do Senado e da Casa Branca, ambos dominados por democratas. Mas, se houver uma inversão de forças, o temor é que essas investidas consigam avançar.

Para Santos, a relação entre os países seria marcada por uma guerra de narrativas “extremamente exaustiva e pouco produtiva”. A declaração recente de Lula sobre a corrida americana não surpreende, em sua visão. Mas ela ressalta que, da parte do Itamaraty, já houve conversas com pessoas ligadas ao Partido Republicano para indicar que há uma intenção de manter o diálogo sob um governo Trump.

Uma ala do governo não acha que ele vai privilegiar a relação com os bolsonaristas e hostilizar o governo Lula. Em contatos com pessoas ligadas à campanha e ao Partido Republicano, essa ala do governo brasileiro ouviu que Trump será um “presidente transacional”, que vai priorizar interesses econômicos —e no caso do Brasil, uma aliança estratégica de olho em minerais críticos para reduzir dependência da China no fornecimento dessas matérias-primas essenciais para alta tecnologia.

Na mesma linha, Bremmer diz que Bolsonaro perdeu a posição de principal aliado de Trump na América Latina. “Trump se importa mais com gente que está no poder”, afirma. Para o analista, o argentino Javier Milei, em primeiro lugar, e o salvadorenho Nayib Bukele, em segundo, serão os pontos de apoio do republicano na região.

Na América Latina, a visão é que um governo Trump se chocaria com a política externa de Lula. Durante o primeiro mandato do republicano, foram impostas sanções duras contra a Venezuela e houve apoio a Juan Guaidó em uma tentativa de isolar e derrubar o ditador Nicolás Maduro.

Segundo um interlocutor, seria impensável, em um governo Trump, o apoio que Biden deu ao acordo de Barbados, que previa alívio de sanções em troca de garantias para realização de eleições livres na Venezuela —descumprido por Maduro.

Outro membro do governo também diz esperar uma postura mais agressiva do republicano em relação a Caracas, piorando ainda mais a já complicada situação. Por outro lado, aponta que é preciso ver como será a relação entre Trump e o russo Vladimir Putin e em que medida isso pode causar algum impacto. Bremmer acrescenta que há ainda a proximidade entre o republicano e a indústria do petróleo, que já têm feito lobby junto à campanha para proteger seus negócios na Venezuela.

De forma geral, o governo brasileiro acredita que um governo Trump poderia aumentar a instabilidade global. Em relação à China, tanto Kamala quanto Trump manteriam a rivalidade e a guerra fria, mas Brasília acredita que Trump seria ainda mais agressivo, algo que o Brasil considera contraproducente.

Trump já declarou que iria parar de enviar armas e ajuda à Ucrânia, algo que está em linha com a visão do governo Lula de que é preciso fechar um acordo de paz. Mas, no caso de Israel, o Planalto acredita que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu se sentiria ainda mais empoderado para manter os ataques em Gaza e no Líbano.

No caso de uma vitória de Trump, dificilmente Lula ligaria para parabenizá-lo. Os cumprimentos seriam mais formais —por meio de comunicado do Itamaraty e, possivelmente, alguma postagem em rede social celebrando o povo americano e a eleição, a exemplo do que foi feito na vitória de Milei na Argentina.

Já no caso de Kamala, há pouca expectativa em relação à estratégia da democrata para o Brasil, caso seja eleita, a visão é de continuidade em relação a Biden. O atual presidente chegou à Casa Branca com ampla experiência em política externa —havia comandado a Comissão de Relações Exteriores do Senado e, como vice-presidente, abraçou várias missões internacionais. Uma delas foi se reaproximar do governo Dilma Rousseff após o escândalo de espionagem da NSA, que grampeou a presidente brasileira.

Fernanda Perrin e Patrícia Campos Mello/Folhapress

Ipiaú: Familiares e amigos de Ualas protestam pedindo justiça pelo seu assassinato (Fonte: Giro Ipiau)


“A vida acabou pra nós”, define dona Valdinéia dos Santos, mãe do jovem Ualas dos Santos Macedo, assassinado dentro de casa na última quarta-feira, 30, na Terceira Travessa Carlos Borges de Souza, centro de Ipiaú. No imóvel moravam a vítima, a mãe e a irmã especial, Larissa Camile dos Santos, que presenciou a morte do irmão.
O corpo de Ualas foi sepultado na tarde da última sexta-feira (1/11), quando familiares e amigos fizeram um manifesto pedindo justiça. Na tarde deste domingo, eles novamente se manifestaram pedindo que o caso seja apurado e os culpados identificados. A família, amigos e irmão de igreja acreditam que Ualas foi morto por engano.

Em contato com o delegado Isaias Neto, na última sexta-feira, nossa redação foi informada que as investigações já tiveram início e que algumas pessoas já estão sendo ouvidas. Acompanhe a reportagem feita pelo GIRO durante o protesto deste domingo. Ouvimos a mãe e pai de Ualas. Um amigo de infância e parceiro de projeto social, Matheus Santos, também foi entrevistado. Confira: https://www.instagram.com/reel/DB65PDax84u/?utm_source=ig_embed&ig_rid=5fa9f627-b476-4043-809d-c7988972ef31

Neste domingo, 03/11/2024, aconteceram as semifinais do campeonato master AABB IPIAÚ.

No primeiro jogo, a equipe da Del Rey Telecom enfrentou a Real calçados. A equipe mandante da Del Rey jogava com a vantagem do empate, e nos primeiros minutos de jogo foi surpreendida com um gol de Ati, abrindo o placar para a Real calçados. Mas não demorou muito para que Jan Muniz virasse o jogo marcando dois gols para a Del Rey. No segundo tempo a Real chegou a empatar o jogo com Nei Pastor, mas Jan Muniz novamente colocou a sua equipe na frente e garantiram a vitória por
3 x 2.

Del Rey Telecom 3x2 Real Calçados
Gols
Del Rey Telecom: Jan Muniz (3)
Real Calçados: Ati e Nei Pastor

No segundo jogo do dia, a Oral Center enfrentou a Cairo Auto peças. Um jogo já de rivalidade instaurada durante todo o campeonato, e na semifinal não seria diferente. Um jogo bastante truncado e estudado entre as duas equipes, até que numa boa jogada do ataque do time da Oral Center, o atacante Arlon abriu o placar levando a torcida ao delírio. No segundo tempo a equipe da Cairo Auto Peças não deixou a peteca cair e partiu pra cima em busca do gol. Após muita insistência e uma enxurrada de bolas na área, num rebote do goleiro, o atacante Vando empatou o jogo. Alegria que não demorou muito, porque logo em seguida Sandro Dentista fez boa jogada pela esquerda e marcou um golaço, dando a vitória ao time da Oral Center e consagrando a equipe finalista da competição.
Oral Center 2x1 Cairo Auto Peças
Gols
Oral Center: Arlon e Sandro Dentista
Cairo Auto Peças: Vando

A final entre Del Rey Telecom x Oral Center acontecerá no domingo, dia 10/11/2024. E com certeza podemos esperar um belo espetáculo de futebol.

A final será transmitida ao vivo pela TV Giro a partir das 08:30: Link abaixo

PF e BPFron apreendem carga milionária de eletrônicos em depósito na cidade de Guaíra/PR

Guaíra/PR. Nesta sexta-feira (2/11), a Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Polícia de Fronteira, apreendeu produtos eletrônicos contrabandeados, durante patrulhamento na cidade de Guaíra. Dois homens foram presos em flagrante. 

A ação se deu quando as equipes policiais receberam informações que pessoas estariam realizando o carregamento de mercadorias ilícitas em uma residência. Diante disso, a guarnição foi ao local, momento em que dois homens correram aos fundos da casa, sendo possível verificar que estavam realizando o carregamento de eletrônicos em um veículo estacionado na garagem.

Após buscas, vários fardos de eletrônicos diversos (celulares, notebook, câmeras, óculos de realidade virtual, entre outros) e cigarros eletrônicos foram encontrados. 

Diante dos fatos, os indivíduos presos, bem como o material apreendido foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal em Guaíra para os procedimentos subsequentes.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

PF prende dois homens com 12kg de maconha no Galeão/RJ

Foto: Divulgação/PF
Rio de Janeiro/RJ. Na manhã deste domingo (3/11), a Polícia Federal prendeu em flagrante dois homens com 12 kg de maconha, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

Um dos presos desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão em voo proveniente de Manaus/AM e entregaria a droga para um comparsa que o aguardava para transportá-lo até a comunidade Nova Holanda, em Bonsucesso, no Rio de Janeiro.

Durante fiscalizações de rotina, policiais federais efetuaram a prisão em flagrante ao identificar a droga, distribuída em nove tabletes, na bagagem despachada pelo passageiro. Em seguida, a equipe conseguiu localizar e prender o segundo homem que seria responsável por levar a droga até a comunidade, onde o entorpecente seria distribuído.

Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, os presos foram encaminhados ao sistema prisional do estado, onde permanecerão à disposição da Justiça e poderão responder pelo crime de tráfico de drogas.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

Itagibá se destaca no cenário nacional

Finalista no Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora na categoria Sustentabilidade & Meio Ambiente, o projeto “Qualidade de Vida com Energia Limpa” leva energia solar a poços artesianos em comunidades rurais, promovendo sustentabilidade e qualidade de vida.
Nesta segunda-feira, dia 4 de novembro, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura, receberá uma placa entregue pelo Sebrae Bahia em celebração a essa conquista!
 
 

 
 

Gilberto Kassab diz que PSD foi beneficiado porque os eleitores fugiram do radicalismo

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse que seu partido foi um dos beneficiados na eleição municipal deste ano, porque os eleitores “fugiram do radicalismo”. A declaração ocorreu em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, que irá ao ar na íntegra neste domingo, 3, às 20h.

Na entrevista, Kassab afirmou que houve “ânimos acirrados” na eleição de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro se enfrentaram. Com aquele “clima de ódio”, pessoas disseram que o centro havia acabado, relembrou Kassab.

“Naquela eleição só tinha Lula e Bolsonaro, o eleitor tinha que fazer uma opção. Como eram duas propostas que representavam extremos, quem não gostava de um só tinha o outro. Parecia que o País estava dividido entre metade Lula e metade Bolsonaro, mas quase 70% não eram nem um, nem outro. Foi a escolha da rejeição, sem tirar o mérito da liderança dos dois, que são grandes líderes políticos do País”, disse Kassab, segundo trecho publicado site da emissora.

Kassab continuou: “Agora, nas eleições municipais, a maior parte das cidades não era esquerda x direita. Sempre tem aquele candidato moderado, preocupado com os problemas locais. Prevaleceram essas vitórias. O PSD, como outros partidos de centro, teve vantagem com esse clima de procura do entendimento, moderação”, afirmou.

O presidente do PSD prosseguiu: “As pessoas fugiram do radicalismo e fomos beneficiados. Mas também precisa ter bons candidatos, bons candidatos novos ou prefeitos que faziam boa gestão e mereciam a reeleição”.

Na ocasião, o dirigente partidário citou como sucessos Rafael Greca (Curitiba), Fuad Noman (Belo Horizonte), Eduardo Braide (São Luís do Maranhão) e Eduardo Paes (Rio de Janeiro). Ele afirmou ainda que, embora Paes queira cumprir seu mandato até 2028, o prefeito do Rio “não vai resistir” e “vai ser convocado” para ser candidato a governador.

Kassab também defendeu a redução de partidos políticos, para não dar espaço a “aventureiros” na política. “Pode dar certo? Pode, mas a chance de dar errado é muito grande. E depois demora quatro anos para consertar. Partido grande não dá espaço a pessoas como essas, por isso precisa reduzir o número de partidos.”

O presidente do PSD disse ainda que as bandeiras do centro são “fáceis” de resumir: “Somos liberais na economia, mas lutamos por investimentos massivos na saúde, na educação, na segurança. Estamos ao lado do governo, qualquer que seja, quando ele defende a redução de gastos. A reforma administrativa, a mais importante desse País, que não é discutida, é nossa bandeira fundamental”.

O ex-prefeito de São Paulo também defendeu “com ênfase” o voto distrital: “O voto distrital é mais importante do que nunca com a aproximação dos influencers na política. Ela é perigosa, não por serem pessoas ‘do mal’, mas por não terem experiência na vida pública”.

Victor Ohana/Estadão Conteúdo
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PEC da Segurança deixou de fora pontos estruturais, diz ex-responsável por plano de Lula

Coordenador da parte de segurança pública do programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, Benedito Mariano diz que a proposta de emenda constitucional apresentada pelo Ministério da Justiça sobre o tema na semana passada deixou de contemplar algumas mudanças estruturais.

“É importante a PEC estabelecer na Constituição que cabe à União estabelecer diretrizes para a segurança pública”, afirma Mariano, ex-ouvidor das polícias do estado de São Paulo.

Ao mesmo tempo, ele cita entre os pontos que ficaram de fora a alteração para que as polícias militares deixem de ser força auxiliar e reserva do Exército, a revisão do instituto do inquérito policial e a criação do chamado ciclo completo da atividade policial (divisão de competências penais entre as polícias).

Também questiona outro item central da proposta, dar maior poder à Polícia Rodoviária Federal.

“Tenho dúvidas se é um bom caminho ter na PEC a ampliação das atribuições da PRF, passando a ser também polícia ostensiva da União. Eu proporia, em vez disso, a criação da Guarda Nacional Civil para atuar nas fronteiras, na proteção dos povos indígenas, para enfrentar as grilagem de terras, proteger as sedes dos Três Poderes e atuar quando solicitada por governadores”.

Segundo Mariano, com isso não seria necessário o emprego das Forças Armadas por meio de operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

Ele afirma ainda “ter esperança” que Lula crie o Ministério da Segurança Pública. “Além de fortalecer a integração de União, estados e municípios, priorizaria o enfrentamento às organizações criminosas que cresceram em todo país”, declara.

Fábio Zanini/Folhapress

DIA DO EVANGÉLICO: MULTIDÃO SE REÚNE EM ITAGIBÁ PARA SEGUNDA NOITE DE LOUVO

Neste sábado, a Praça Tote Lomanto foi novamente palco de uma celebração emocionante do Dia do Evangélico! A noite começou com uma oração coletiva dos pastores, envolvendo todos em um momento de paz e gratidão.

Em seguida, as apresentações de Maico Novaes, Banda Manancial e Felipe Brito trouxeram canções cheias de fé, preparando o coração do público para uma noite inesquecível. E para encerrar, Sérgio Saas e Midian Lima envolveram a todos com suas músicas, tornando essa segunda noite ainda mais especial.

Foi um encontro de fé, música e adoração, que trouxe ao nosso povo uma energia contagiante e fortalecedora. Acompanhe aqui

Laryssa e Maria visitam bairros e dialogam com a população

Aproveitando o feriado do dia dois de novembro, a prefeita eleita Laryssa Dias  e a prefeita Maria das Graças visitaram  algumas localidades da cidade com o intuito de dialogar  com população e  agradecer o apoio recebido durante a campanha eleitoral.
Na oportunidade elas estavam acompanhadas de secretária Rebeca Câncio, da Assistência e Desenvolvimento Social do Município.

A atual e futura gestora ouviram  demandas da comunidade, reassumiram compromissos e reafirmaram o propósito de trabalhar por uma Ipiaú cada vez mais progressista e unida por um grande projeto de paz e prosperidade, independente de preferências políticas.

A visitação se estendeu pelo Bairro Novo, Sitio do Picapau, Rua da Granja, Santa Rita, ACM e no  aglomerado que se forma  ao lado do Parque de Exposição. As famílias visitadas mostraram gratidão pela presença das lideranças.
Durante o trajeto foram observadas  obras em desenvolvimentos e locais a serem beneficiados com futuras ações. In loco Maria passou importantes informações para Laryssa, o mesmo aconteceu no decorrer da semana passada, quando,   em seu gabinete, a prefeita realizou uma serie de reuniões objetivando instruir a sua sucessora quanto a procedimentos administrativos em curso e a serem agilizados.

Ainda nesta  primeira semana de novembro, Laryssa estará cumprindo agenda na  capital baiana e nas próximas semanas marcará presença em Brasília onde participará de cursos de capacitação e   visitará os  principais ministérios, fortalecendo vínculos com lideranças e técnicos do Governo Federal. ( José Américo Castro).

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Eleição na Bahia reforça polarização e indica novo embate entre Jerônimo e ACM Neto

As eleições municipais na Bahia consolidaram um cenário de polarização entre os grupos liderados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), indicando um novo embate entre ambos na eleição estadual de 2026.

Os nove partidos que formam a base aliada do governador vão controlar 309 prefeituras dentre os 417 municípios baianos, o equivalente a 73% do total.

Mas o jogo se equilibra na régua da votação por partido no primeiro turno. Juntos, os postulantes das legendas da base do governador tiveram 2,68 milhões de votos para prefeito no primeiro turno, enquanto as seis siglas da oposição alcançaram 2,58 milhões de votos.

Os números dão um norte, mas não são estanques. Isso porque a oposição apoiou candidatos de partidos da base do governo, enquanto parte dos prefeitos filiados a legendas oposicionistas são alinhados ao governador.

Caciques dos dois grupos políticos se declararam vitoriosos e apresentaram seus trunfos após as eleições. Em privado, governistas e oposicionistas avaliam que terão uma dura caminhada para consolidar suas bases, afinar o tom do discurso e se preparar para a disputa de 2026.

De um lado, o governo consolidou sua presença nas pequenas cidades do estado, ancorado sobretudo no PSD do senador Otto Alencar, que conquistou 115 prefeituras nesta eleição.

O Avante, controlado pelo ex-deputado federal Ronaldo Carletto e turbinado pelo apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), chegou a 60 prefeitos, seguido do PT, que cresceu para 50.

No segundo turno, o PT venceu em Camaçari (60 km de Salvador), cidade que abriga um polo industrial, tem o terceiro maior orçamento municipal do estado e é um dos berços do PT baiano.

A vitória foi classificada pelos petistas como “um bálsamo”, sendo determinante para manter a força após derrotas na maioria das cidades médias baianas. O resultado fez o partido sair das cordas, com provocações a ACM Neto.

“O candidato derrotado [em 2022] está parecendo que já está em 2026. Eu já disse: ‘Tenha calma. Eleição de governador é em 2026, você está muito afoito’. Parece que não conseguiu deglutir a derrota para o novato Jerônimo”, afirmou o senador Jaques Wagner (PT) em entrevista à rádio Metrópole.

A oposição conquistou 103 prefeituras, com destaque para o PP, com 44 cidades, e o União Brasil, com 38. Os adversários do governador concentraram suas forças nas cidades grandes e médias, saindo vitoriosos em 19 dos 30 maiores municípios baianos.

ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil e candidato derrotado ao governo em 2022, afirma que o partido passou por uma mudança de perfil nas últimas eleições municipais na Bahia.

“No passado, éramos um partido mais das pequenas cidades, mais de grotões. Hoje não, o partido foi mudando essa identidade e passou a ter um alcance e uma força maior nas grandes cidades”, afirmou o ex-prefeito, classificando o resultado como positivo.

A principal vitória do grupo oposicionista aconteceu em Salvador, onde Bruno Reis foi reeleito com 78% dos votos. O vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que disputou a prefeitura como único nome da base do governador, foi superado por Kleber Rosa (PSOL) e amargou um terceiro lugar.

A vitória elástica fortaleceu o nome de Reis, que passou a ser citado como possível candidato a governador pela oposição em 2026. Mas a tese foi refutada por ele mesmo em seu discurso da vitória, no qual ungiu ACM Neto como seu candidato.

Aliados cobram uma maior presença do ex-prefeito de Salvador no interior do estado e afirmam que a eleição de 2026 dependerá também do cenário nacional –em 2022, a força do hoje presidente Lula (PT) foi considerada determinante para a vitória de Jerônimo.

Em 2022, ACM Neto se manteve neutro na eleição principal e foi fustigado pelos adversários, que o acusaram de favorecer Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, há uma expectativa de que a sigla respalde eventual candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Por enquanto, ACM Neto tem apostado sua estratégia nas redes sociais com seguidas críticas ao governo Jerônimo, sobretudo no campo da segurança pública. A Bahia enfrenta uma disputa entre facções criminosas que ampliou a sensação de insegurança.

O governo do estado apresenta números que apontam uma redução das mortes violentas intencionais em 2023 e projeta uma nova queda em 2024. Por outro lado, ampliou o número de mortes decorrentes de ações policiais, fazendo da Bahia líder, com folga, em óbitos causados pelas forças de segurança.

No campo governista, Jerônimo deve ser candidato à reeleição em 2026, mas as demais peças do tabuleiro estão em aberto.

O principal imbróglio está nas duas vagas para o Senado que estarão em jogo na próxima eleição. Decano do PT baiano e responsável por iniciar o atual ciclo de 20 anos de governos petistas no estado, Jaques Wagner já afirmou que será candidato à reeleição.

A outra vaga será disputada pelo atual senador Angelo Coronel (PSD), que se apoia na força de seu partido nos municípios baianos, e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que não concorreu na eleição de 2022 para manter a coesão de seu grupo político.

Em julho, Rui, ex-governador do estado, sinalizou que gostaria de concorrer ao cargo. Aliados do PT, contudo, resistem a um cenário em que o partido ocupe os três principais postos da chapa majoritária.

O embate tem ainda como pano de fundo o racha entre Jaques Wagner e Rui Costa, que disputam espaços dentro do PT, da base aliada e do governo Jerônimo. Aliados de ambos, contudo, descartam a possibilidade de um rompimento, cujo resultado seria a implosão da base petista na Bahia.

Conheça a nova série Tabuleiro 2026
Reportagens vão mostrar qual cenário político sai das urnas das eleições municipais em diferentes estados do país e o que isso projeta para o pleito de 2026.

Os textos irão retratar os principais atores na disputa, seja na linha de frente ou nos bastidores. Mostrarão também quem ganhou força ou saiu enfraquecido de 2024, assim como suas conexões nacionais e os maiores desafios de gestão locais que darão o tom da disputa presidencial e nos estados daqui a dois anos.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Após disparada do dólar, Haddad cancela viagem à Europa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desistiu de viajar à Europa para se dedicar à definição das medidas do pacote de corte de gastos. O embarque estava previsto para esta segunda-feira (4).

A assessoria do Ministério da Fazenda informou neste domingo (3) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro que permaneça em Brasília, dedicado aos temas domésticos.

A decisão ocorre após estresse do mercado financeiro com a demora do anúncio das medidas de corte de gastos, que elevou as incertezas fiscais sobre a sustentabilidade da divida pública num cenário de alta dos juros no Brasil.

O dólar fechou em disparada de 1,52% nesta sexta-feira (1°), cotado a R$ 5,869, o maior patamar para a moeda norte-americana desde o início da pandemia, quando, em 15 de maio de 2020, esteve cotada a R$ 5,841.

A forte alta veio em resposta à proximidade das eleições presidenciais dos Estados Unidos, à medida que o candidato republicano, Donald Trump, amplia seu favoritismo no mercado de apostas.

A moeda, que chegou a bater R$ 5,762 na mínima, disparou no final da tarde. Um dos fatores foi a notícia da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa, o que implicava que um anúncio de cortes de gastos não seria feito nos próximos dias.

O volume de negociação esteve dentro da média dos dias anteriores, segundo especialistas.

O ministério da Fazenda não chegou a divulgar o motivo da viagem, o que aumentou as críticas de analistas do mercado financeiro.

Adriana Fernandes/Folhapress

Nova geração do PT vê ‘sinal amarelo’ com eleição, pede espaço e quer foco no novo mundo do trabalho


Na mesma semana em que uma reunião da cúpula do PT terminou com lavação de roupa suja entre tradicionais lideranças, uma das estrelas da nova geração do partido foi recebida discretamente no Palácio do Planalto. Enquanto um dos episódios é fruto do crítico desempenho eleitoral nas urnas no último mês, o segundo aponta para o espaço que a juventude petista luta para cavar.

Na segunda-feira, 28, dirigentes como Gleisi Hoffmann e Jilmar Tatto rebateram a portas fechadas uma declaração do ministro das Relações Institucionais do governo federal, Alexandre Padilha, para quem o PT havia amargado a “zona de rebaixamento” na disputa pelas prefeituras. O encontro foi marcado por duras cobranças a respeito da necessidade de um “reposicionamento” do partido após derrotas sofridas nas eleições municipais.

Três dias depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma das estrelas da nova geração do partido, Pedro Rousseff, sobrinho-neto da ex-presidente Dilma Rousseff. Aos 24 anos, ele foi eleito o sexto vereador mais votado (17,6 mil) em Belo Horizonte – cidade que viu surgir dois prodígios do bolsonarismo, Nikolas Ferreira e Bruno Engler –, e se encontra agora num seleto grupo de jovens petistas saídos vitoriosos das urnas.

As novas lideranças do PT veem o pleito como um “sinal amarelo” para 2026, querem mais espaço para acelerar a renovação tímida pela qual a sigla tem passado nas últimas décadas – o partido elegeu seis vereadores com até 30 anos nas capitais brasileiras, menos que os bolsonaristas. E também defendem uma conexão direta com as novas formas de trabalho, precisamente as informais, como motoristas de aplicativo e os empreendedores individuais, os MEIs.

Apesar do objetivo em comum, as novas lideranças têm conclusões diferentes sobre o tratamento que deve ser dado às demandas voltadas às identidades, especialmente de gênero, raça e sexualidade (chamadas de pautas “woke”, no inglês). Pedro diz se tratar de uma pauta importada dos Estados Unidos, e que a esquerda brasileira deveria se dedicar mais aos “empreendedores individuais”.

“Estamos preocupados agora é com 2026. Nosso discurso não tem que mudar à direita, mas ser direcionado às demandas que a população precisa. Falar sobre pautas identitárias, o movimento woke, isso tem que ser remodelado. O PT tem que voltar ao que era antes: falar sobre emprego, renda, transporte, meio ambiente, empreendedorismo social”, diz ele.

O tema tem se tornado uma casca de banana para a esquerda, e usado de munição pela extrema direita. Na campanha à Prefeitura de São Paulo, bolsonaristas miraram a esquerda com deboches e ataques após o hino nacional em linguagem neutra ser tocado durante um comício de Guilherme Boulos (PSOL). O então candidato Pablo Marçal (PRTB) apelidou-o de “Boules”. Já Lucas Pavanatto (PL) elegeu-se o vereador mais votado do Brasil com 26 anos e 161,4 mil votos após uma campanha anti-trans na capital paulista.

Luna Zarattini, vereadora de 30 anos mais votada (101 mil) do PT em São Paulo, e para quem a eleição municipal traz vitórias ao mesmo tempo em que acende um alerta ao seu partido, diz que a esquerda precisa de um projeto para o futuro, o que hoje não consegue apresentar ao eleitorado. Para ela, é possível popularizar o feminismo, a luta antirracista e a pauta LGBT sem abandonar o discurso da renda e do emprego.

A vereadora afirma que o Bolsa Família, por exemplo, lida com a questão de gênero ao obrigar o repasse do auxílio à mulher chefe de família. Isso permite, diz ela, uma autonomia feminina e consequente saída para ciclos de violência. “A gente está falando de minorias políticas que são maiorias (negros e mulheres). Se não estamos ganhando as pessoas que sofrem essas opressões, significa que a gente tem algum tipo de erro de linguagem ou de colocação. Não são temas contraditórios”, declara Luna.

Brisa Bracchi, 26 anos, sétima mais votada para a Câmara Municipal de Natal com 6,8 mil votos, segue a linha da correligionária ao afirmar ser preciso “mostrar como essas pautas não são antagonistas, mas complementares”. Ela diz ter sentido que a demanda dos trabalhadores autônomos marcou presença inédita nas campanhas municipais da esquerda este ano, apesar de já ter dado sinais em 2022.

“Foi percebido por ambos os lados do espectro político que esse novo perfil (de informais) compõe a classe trabalhadora e precisa de uma ação de política pública muito forte, porque tem na sua essência uma relação (trabalhista) frágil com as transnacionais e a ausência de uma política estatal”, diz ela.

Na capital paulista, o apelo de Marçal aos autônomos foi tamanho que, ao ficar fora do segundo turno da eleição, motivou um movimento estratégico de Boulos para atrair o eleitorado órfão do ex-coach. A “carta ao povo de São Paulo” – similar à carta aos evangélicos divulgada por Lula em 2022 – foi lançada pela campanha PSOL-PT na reta final da disputa como uma forma de assumir a falta de diálogo da esquerda com os trabalhadores informais.

Para Maíra Cunha, conhecida do Maíra do MST, eleita vereadora no Rio de Janeiro aos 29 anos (13,7 mil votos), as eleições municipais “escancaram a necessidade do PT de apostar na juventude e na renovação”. Mulher, preta, bissexual e vinda de movimento social, ela é símbolo da renovação numa cidade que seu partido nunca conseguiu governar.

“A direita conseguiu avançar muito com isso, de crescer em cima de um espólio da renovação da antipolítica. E o PT precisa olhar para essa tendência. Mas essa renovação precisa ser combinada com a experiência. Tem que ter muito cuidado de não cair no etarismo”, diz ela.

A demanda de Maíra encontra lastro em seu partido. Nas dez maiores capitais, 5,7% dos 35 vereadores eleitos pelo PT no mês passado têm menos de 30 anos. No Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro, sigla arquirrival, a proporção é de 10,6% entre os 47 vereadores eleitos no mesmo número de cidades.

Guilherme Caetano/Estadão Conteúdo

Eleição reaviva órfãos da 3ª via para 2026, mas Lula e Bolsonaro seguem na proa

O resultado das eleições municipais reavivou projeções e jogou holofotes sobre candidatos a uma terceira via em 2026, mas líderes partidários levantam dúvidas sobre os possíveis reflexos do pleito daqui a dois anos, além de afirmarem que, por ora, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) mantêm o protagonismo eleitoral.

Apesar das incertezas inerentes ao ambiente político, alguns cenários foram apontados por esses políticos, que voltaram ao Congresso na última semana.

À esquerda, Lula assistiu a um desempenho fraquíssimo do seu partido e das siglas que sempre orbitaram em torno do PT, o que reforçou a necessidade de apoio das cinco legendas de centro-direita e de direita que hoje o endossam de forma oscilante —não só para os dois anos que restam de seu mandato, mas para uma eventual tentativa de se reeleger.

Nesse grupo, o PSD de Gilberto Kassab e o MDB de Baleia Rossi, hoje com três ministérios cada um, mostram-se inclinados a uma relação mais alinhada ao governo e trazem consigo o bom desempenho na eleição municipal. Eles foram, respectivamente, o campeão e o vice na eleição de prefeitos pelo país.

Para 2026, a permanência no barco de Lula passaria necessariamente pela disputa para ocupar a vaga de vice de chapa, posto hoje de Geraldo Alckmin (PSB).

Nada disso é certo, tendo em vista que a fragilidade da esquerda é tamanha que os dois presidentes desses partidos estão formalmente ligados hoje ao governador e ao prefeito de São Paulo. Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ricardo Nunes (MDB), aliados de Bolsonaro, descartam composição com o PT.

Já o União Brasil (três ministérios), PP (um) e Republicanos (um) têm um maior potencial de serem aliados problemáticos.

O primeiro é a nova roupagem do PFL/DEM, rival histórico do PT. O segundo é presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), ex-articulador político de Bolsonaro e hoje um barulhento antipetista. O terceiro é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, também com histórico de antagonismo a Lula e ao PT.

Apesar de tudo isso, esses partidos, além de ocuparem ministérios no governo, têm outros expressivos laços com o Planalto.

O provável próximo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), é um desses elos. O favorito para presidir a Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já conta com o apoio formal do PT, em articulação chefiada pelo atual comandante da Câmara e do centrão, Arthur Lira (PP-AL).

Em qual barco estarão em 2026? É uma incógnita.

Já na oposição, Bolsonaro teve um desempenho nas eleições municipais bem melhor do que Lula, mas sofreu importantes derrotas no segundo turno.

Ele capitaneia a tentativa de anular a sua inelegibilidade e repetir o duelo com o petista em 2026. Mesmo que não consiga recuperar seus direitos políticos, é provável que seja um importante cabo eleitoral da direita na disputa.

Tanto a sua inelegibilidade como as suas derrotas, aliadas à fragilidade da esquerda, trazem de volta a discussão sobre nomes que possam ter alguma chance eleitoral mesmo que não se vinculem diretamente a Lula ou a Bolsonaro.

O discurso, que pode ser interpretado como uma avaliação, mas também como um desejo não necessariamente condizente com a realidade, é exemplificado pelas palavras do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

“Ninguém aguenta mais, é uma conversa chata, cansativa, enjoada, as pessoas acham que de repente são professores de Deus. ‘Tem que ser assim, falar desse jeito, se não for assim, você é comunista’, essas coisas cansaram”, disse o governador, após seu candidato derrotar o nome de Bolsonaro em Goiânia.

Caiado diz que concorrerá à Presidência em 2026 com ou sem o apoio do ex-mandatário e que lutará para ir ao segundo turno e, aí, unificar a direita.

Além dele, são cotados para tentar o cargo Tarcísio e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que também travou e venceu uma disputa com o chamado bolsonarismo raiz em Curitiba. Há, claro, o nome de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar após um acirrado primeiro turno em São Paulo.

“O PSD é um protagonista nacional e tem a obrigação de apresentar opções para o país. Não pode ser sublegenda de ninguém”, disse Ratinho, que, assim como Caiado, está no segundo mandato.

Até mesmo Romeu Zema, governador de Minas Gerais, que não se saiu bem com os nomes que apoiou em outubro, fez um roadshow particular para apoiar candidatos do Novo e do bolsonarismo pelo país e tentar se manter em evidência.

O discurso desses governadores é o de que a eleição municipal provou que o eleitorado está preocupado com o seu dia a dia e não com questões ideológicas de esquerda e direita, uma afirmativa que, se vai se mostrar verdadeira na disputa nacional de 2026, nem mesmo alguns deles dizem saber responder.

Já outro grupo faz coro à avaliação de que uma eleição municipal não guarda relação com a disputa nacional.

A história mostra exemplos tanto no sentido de validar essa afirmação como de desmenti-la.

Em 2000, o PT conseguiu ter Marta Suplicy no comando da maior cidade do país, São Paulo, e em outras cinco capitais, sendo o principal vencedor daquela disputa, em contraste com o esvaziamento de aliados do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Dois anos depois, Lula obteve nas urnas o direito de chegar pela primeira vez ao Palácio do Planalto.

Em 2004, porém, o PT perdeu espaço nas grandes cidades —Marta não conseguiu se reeleger—, e o PSDB conseguiu o comando da capital paulista. Isso não impediu Lula de obter o segundo mandato, derrotando novamente os tucanos, dois anos mais tarde.

Mais recentemente, no pleito de 2016, o PT vinha na esteira do impeachment de Dilma Rousseff e foi o maior derrotado.

O prefeito Fernando Haddad foi batido por João Doria (PSDB) no primeiro turno, na única vez que a eleição na capital paulista foi decidida na primeira etapa desde o advento dos dois turnos.

Fiador da campanha tucana, o então governador Geraldo Alckmin, à época no PSDB, via fortalecida sua candidatura à Presidência.

A onda que varreu as eleições de 2018, porém, deu o posto a Jair Bolsonaro, então no PSL, e deixou Alckmin em um humilhante quarto lugar, até ali o pior resultado da história do partido.

Ranier Bragon/Folhapress

Piora no cenário econômico fará BC acelerar ritmo de alta da Selic para 0,5 ponto, dizem economistas

Com a piora no cenário econômico nos últimos 45 dias, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve acelerar o ritmo de alta de juros nesta quarta-feira (6) para 0,5 ponto percentual, elevando a taxa básica Selic a 11,25% ao ano.

Economistas ouvidos pela Folha veem necessidade de um choque maior de juros para levar a inflação para a meta devido a uma série de fatores, sobretudo ao risco fiscal.

Depreciação cambial, diante de incertezas no ambiente internacional com as eleições nos EUA, piora adicional nas expectativas de inflação e resiliência da atividade econômica colocam pressão adicional sobre a decisão do colegiado do Banco Central.

Na última sexta (1º), a cotação do dólar chegou a R$ 5,868, refletindo a inquietação do mercado financeiro enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não anuncia seu pacote de medidas de corte de gastos. Isso somado às incertezas acerca da votação eleitoral nos EUA, com a possibilidade de vitória de Donald Trump.

No encontro de setembro, o Copom considerou em seu cenário de referência o dólar a R$ 5,60. A forte alta da moeda americana em um curto espaço de tempo traz impacto para as expectativas de inflação, que seguem se distanciando do centro do alvo de 3% –com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Claudio Ferraz, economista-chefe para Brasil do BTG Pactual, avalia o cenário para política monetária como bastante desafiador e diz que o distanciamento das expectativas de inflação da meta vem de um longo período.

“Desde o ano passado, quando se discutiu o tema da revisão da meta, ficou uma cicatriz. Isso acabou se avolumando nas preocupações com o cenário fiscal e o ritmo de crescimento das despesas bastante significativo”, afirma.

Na visão dele, um “mero anúncio” do governo não será suficiente para convencer o mercado e melhorar as projeções. “Os detalhes vão ser muito importantes. Mas, no estágio atual, é importante não só os detalhes, mas o avanço concreto das medidas”, diz.

O BTG admite rever seu cenário para o tamanho total do ciclo de alta de juros caso persistam as dificuldades no cenário fiscal e o ambiente externo fique mais adverso. Quanto à comunicação, Ferraz espera que o Copom deixe seus próximos passos em aberto.

Para Leonardo Costa, economista do ASA, um dos motivos para o BC optar por uma alta de juros mais intensa é a inflação corrente –especialmente a de serviços–, que continua em um patamar bastante elevado. Olhando à frente, ele ressalta o reflexo do choque inflacionário sobre o preço dos alimentos como motivo de preocupação.

No horizonte, aponta também a questão fiscal como principal ameaça. “Ainda tem muita dúvida se o arcabouço se mantém de pé e não parece ter sido endereçado o risco fiscal de continuidade de crescimento da dívida pública”, diz.

Em agosto, a dívida bruta do Brasil ficou em 78,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Já são 14 meses consecutivos de alta, trajetória iniciada em junho de 2023. O governo Lula já vê a dívida bruta acima de 81% do PIB a partir de 2026, último ano do mandato do presidente.

Heron do Carmo, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) e especialista em inflação, afirma que não está descartada a possibilidade de o índice beirar 5% neste ano. No cálculo, ele leva em consideração a base comparativa de 2023, com IPCA mais baixo na reta final do ano, e a tendência de alta de preços de alimentos, principalmente da carne.

Conforme o boletim Focus da última segunda (28), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve terminar o ano em 4,55%, acima do teto da meta perseguida pelo BC. Para 2025 e 2026, os analistas projetam 4% e 3,6%, respectivamente.

No “caldeirão”, o professor vê pressões inflacionárias vindas de um crescimento mais forte da economia, de um cenário internacional “confuso” e da deterioração da situação fiscal.

“Tem que pelo menos gerar um resultado que faça com que a relação dívida/PIB não aumente no ritmo que vem aumentando e dar previsibilidade adiante. […] É simplesmente ajustar a trajetória de gasto. Isso tem que ser feito o mais rápido possível, porque senão vai comprometer a trajetória da inflação para frente”, diz.

Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, afirma que a nova rodada de depreciação cambial impõe pressão adicional na inflação no curto e médio prazo.

Se Trump for eleito presidente dos EUA, ressalta que a agenda inflacionária do candidato republicano pode atrapalhar o ritmo de corte de juros do Fed (Federal Reserve) e dar ainda mais força ao dólar ante as moedas de economias emergentes, como a do Brasil.

Ela também destaca que o país passa por um momento de vulnerabilidade por elevação do prêmio de risco [rentabilidade adicional cobrada pelos investidores no Brasil].

“O mercado está nessa ansiedade para conhecer o pacote fiscal e, do outro lado, o governo está ainda nessa fase de negociação e não dá muita clareza de quando vai ser anunciado. Então, existe um certo choque de expectativas e realidade”, diz.

Em eventos em Washington, os membros do BC alertaram repetidas vezes que o risco fiscal adicionou prêmios às expectativas e aos preços de ativos e que, se não houver um choque positivo nas contas públicas, não será possível diminuir a Selic.

Além da questão fiscal, Rafael Cardoso, economista-chefe do departamento de Pesquisa Econômica do banco Daycoval, joga luz sobre a “dupla face” do mercado de trabalho aquecido e seu efeito sobre a inflação. “Se os salários para os trabalhadores é renda e, portanto, sanciona a demanda, da ótica do empresário, salário é custo”, afirma.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego do Brasil marcou 6,4% no terceiro trimestre. O órgão associou a queda da desocupação ao cenário de atividade econômica e avaliou que há um aquecimento da economia via consumo.

Diante de todos os fatores que dificultam o trabalho do BC, Cardoso espera unanimidade entre os membros do Copom em torno de uma alta de 0,5 ponto percentual.

Para ele, é difícil ter uma divergência com voto favorável à manutenção do ritmo de 0,25 ponto e vê chance de discussão sobre um choque ainda mais intenso. “Mas entendo que diretores deveriam não gerar ruído nesse momento e reafirmar unanimidade”, acrescenta.

Nathalia Garcia/Folhapress

Mulheres conservadoras viram aposta para 2026 após direita eleger mais prefeitas do que a esquerda

As eleições deste ano destacaram o papel da direita em impulsionar candidaturas femininas e projetar novos nomes para 2026. Enquanto o PT e outros partidos de esquerda enfrentaram dificuldades para eleger prefeitas e consolidar lideranças femininas de expressão — mesmo com uma ligação mais próxima aos movimentos feministas —, partidos de centro e direita conseguiram eleger a maioria das mulheres que comandarão prefeituras nos próximos quatro anos. A informação é do jornal “O Globo”.

Entre as siglas com maior número de prefeitas eleitas estão MDB (129), PSD (102), PP (89), União Brasil (88), PL (60) e Republicanos (51). O PT, com 41 prefeitas eleitas, ficou atrás do PSB, que conquistou 51 vagas.

Esse sucesso da direita reflete o esforço dos partidos em identificar mulheres com perfil conservador para disputar as eleições. No campo bolsonarista, o resultado é creditado ao “trabalho de base” liderado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do PL, e pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

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