Lula diz que espera civilidade de Trump e relação não ideológica
A declaração foi dada entrevista ao Fantástico durante os preparativos para reunião da cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro, e destoa de algumas das falas recentes de Lula com relação à política americana ao acenar para diálogo com o republicano.
“Eu mantenho uma relação civilizada com qualquer governo. Eu não olho ideologicamente quem é o presidente. Eu olho ideologicamente quem é o presidente que vai ser chefe de Estado”, disse Lula.
“A minha relação com o Trump vai ser uma relação oficial, como eu tive como o [George W.] Bush, como eu tive com o Obama e como eu tive com o Biden. Eu tenho uma relação do Estado brasileiro com o Estado americano, e todo mundo sabe: eu gosto de respeitar e gosto de ser respeitado”, afirmou o presidente brasileiro.
“O Brasil tem seus interesses, os EUA têm seus interesses, e nós precisamos construir o interesse de construir uma civilidade civilizada. É esse o comportamento que eu espero do Trump, e é esse comportamento que eu vou dedicar aos EUA”, disse, ainda, o presidente.
No início de novembro, em entrevista à TV francesa TF1, o presidente brasileiro disse que torcia pela vitória da vice-presidente americana e então candidata à Casa Branca, Kamala Harris. Ele também criticou Trump, e falou em “fascismo e nazismo” voltando com “outra cara”.
Lula afirmou na ocasião que a vitória de Kamala era “mais segura” para a democracia e citou os ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando Trump incitou seus apoiadores a invadir o Congresso no dia que a Casa certificava a vitória de Joe Biden.
Uma semana depois, o brasileiro disse que Trump precisava pensar “como um habitante do planeta Terra” ao se referir a declarações do americano a respeito da crise climática.
“Acredito que o presidente Trump tem de pensar como um habitante da planeta Terra. E se ele pensa como o governante do país mais importante, mais rico do mundo, que tem mais tecnologia e que é melhor preparado do ponto de vista bélico, ele tem de ter a noção de que os Estados Unidos estão no mesmo planeta que eu estou”, disse.
Guilherme Botacini/Folhapress
Brasil lança oficialmente Aliança Global contra Fome no G20 com adesão de 81 países e sem Argentina
A iniciativa conta com 147 membros fundadores, sendo 81 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.
A Argentina, que vem travando uma ofensiva contra as agendas da presidência brasileira no G20, não está na lista. O país presidido pelo ultraliberal Javier Milei é o único do bloco das maiores economias que não aderiu ao projeto contra a fome.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como meta que o plano articule programas sociais com potencial de alcançar 500 milhões de pessoas em países de baixa e média baixa renda até 2030. Internamente, a iniciativa é considerada o principal legado do mandato brasileiro ao fórum.
O processo de adesão dos países foi aberto em julho, quando a iniciativa foi apresentada pelo governo Lula na força-tarefa dedicada ao tema. Brasil e Bangladesh puxaram a fila de adesões, seguidos por diversas outras nações. Até a véspera da cúpula, a Aliança contava com a aderência pública de 41 países, entre eles Canadá, Estados Unidos, Egito, Chile, Somália e Zâmbia.
Além de governos, também integram a lista de participantes organizações internacionais, bancos multilaterais e outras entidades. Também está aberta a possibilidade de um país endossar a iniciativa, sem necessariamente aderir a ela.
O objetivo do projeto idealizado pela presidência brasileira no G20 é dar uma dimensão internacional ao combate às desigualdades sociais –uma das três principais agendas de Lula no fórum que reúne as principais economias do mundo.
Um dos pilares da proposta se apoia em uma espécie de repositório de políticas de assistência social consideradas exitosas, ao qual países interessados poderão recorrer para desenvolver medidas semelhantes em seus territórios.
O país se coloca em uma posição de liderança nesse processo, aproveitando a imagem internacional do presidente Lula como líder comprometido com a redução das desigualdades e o histórico de políticas sociais em larga escala no país. O Bolsa Família, marca das administrações petistas, serve de vitrine para ações globais.
Além de ações de transferência de renda, a Aliança inclui planos como expansão de merendas escolares em países com fome e pobreza infantil endêmica, iniciativas em saúde materna e de primeira infância e programas de inclusão socioeconômica, com foco em mulheres.
Só no Brasil, 8,4 milhões de pessoas passaram fome entre 2021 e 2023, segundo estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e de outras agências da ONU.
A Aliança Global Contra a Fome e Pobreza terá uma governança própria, vinculada ao G20. Durante as negociações, o governo Lula se comprometeu a repassar R$ 50 milhões para o secretariado da iniciativa. O Brasil contará com contribuições adicionais de países como Noruega, Portugal e Espanha.
Além disso, a Aliança realizará cúpulas regulares contra a fome e a pobreza e estabelecerá um conselho de campeões de alto nível para supervisionar seu trabalho. De acordo com a presidência brasileira do G20, a estrutura completa de governança deverá estar em operação até meados de 2025.
LISTA DE PAÍSES FUNDADORES DA ALIANÇA CONTRA FOME
Alemanha
Angola
Antígua e Barbuda
África do Sul
Arábia Saudita
Armênia
Austrália
Bangladesh
Benin
Bolívia
Brasil
Burkina Fasso
Burundi
Camboja
Chade
Canadá
Chile
China
Chipre
Colômbia
Dinamarca
Egito
Emirados Árabes Unidos
Eslováquia
Estados Unidos
Espanha
Etiópia
Filipinas
Finlândia
França
Guatemala
Guiné
Guiné-Bissau
Guiné Equatorial
Haiti
Honduras
Índia
Indonésia
Irlanda
Itália
Japão
Jordânia
Líbano
Libéria
Malta
Malásia
Mauritânia
México
Moçambique
Mianmar
Nigéria
Noruega
Países Baixos
Palestina
Paraguai
Peru
Polônia
Portugal
Quênia
Reino Unido
República da Coreia
República Dominicana
Ruanda
Rússia
São Tomé e Príncipe
São Vicente e Granadinas
Serra Leoa
Singapura
Somália
Sudão
Suíça
Tadjiquistão
Tanzânia
Timor-Leste
Togo
Tunísia
Turquia
Ucrânia
Uruguai
Vietnã
Zâmbia
União Africana
União Europeia
Morre o apóstolo Rina, fundador da igreja Bola de Neve
A Igreja Bola de Neve informou que detalhes sobre o velório e o sepultamento serão divulgados em breve.
Neste domingo (17), faleceu Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como Apóstolo Rina, fundador e líder da Igreja Bola de Neve. A informação foi confirmada por meio de uma nota oficial publicada pela instituição religiosa, que lamentou profundamente a perda de seu fundador.O líder religioso sofreu um acidente de moto enquanto retornava para São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes. As circunstâncias do acidente ainda não foram detalhadas, mas o impacto foi fatal..
Rina foi uma figura de destaque no cenário evangélico brasileiro. Fundou a Igreja Bola de Neve em 1999, trazendo uma abordagem inovadora e cativante para o público jovem. Com cultos realizados em um ambiente descontraído, incluindo o uso de pranchas de surfe como púlpito, a igreja rapidamente ganhou adeptos e se expandiu para diversas cidades do Brasil e do mundo.
Na nota divulgada pela Bola de Neve, a instituição expressou seu pesar: “Com profunda dor, informamos o falecimento do Apóstolo Rinaldo Luiz de Seixas Pereira […] Neste momento de grande tristeza, nos colocamos em oração por sua família, amigos e toda a igreja que foi tão abençoada por seu ministério, deixando um legado que jamais será esquecido.”
O legado de Rina vai muito além das paredes de sua igreja. Ele foi responsável por transformar a forma como o evangelho era apresentado, impactando milhares de pessoas com sua mensagem de fé e estilo de vida único. Sua partida deixa uma lacuna profunda não apenas para os membros da Bola de Neve, mas para o movimento evangélico como um todo.
A Igreja Bola de Neve informou que detalhes sobre o velório e o sepultamento serão divulgados em breve. A família, os amigos e os seguidores de Rina permanecem em oração e luto por esta perda inesperada e dolorosa
Insulto de Janja contra Musk vira munição para bolsonarismo e dor de cabeça para diplomatas no G20
Jair Bolsonaro (PL), que já chegou a falar em “pólvora” para criticar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante o seu governo, disse após o episódio: “Já temos mais um problema diplomático”.
Aliados do ex-presidente ecoaram o discurso, e a primeira-dama chegou aos trending topics no X com menções depreciativas e machistas.
A declaração de Janja, antecipada pela Folha, foi dada durante painel do G20 Social, organizado pelo governo para fazer uma ponte entre temas tratados pelo grupo e a sociedade civil.
A primeira-dama discursava sobre a regulamentação das plataformas quando houve uma interferência em sua fala.
Em tom de brincadeira, ela disse: “Acho que é o Elon Musk”. Em seguida, emendou: “Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”.
Horas depois, Lula disse, sem menção direta ao episódio, que “não temos que xingar ninguém”.
“Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém. Nós precisamos apenas indignar a sociedade”, disse o petista no festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.
Em agosto passado, no auge da crise entre Musk e o STF (Supremo Tribunal Federal), em que o bilionário se recusava a respeitar ordens judiciais–, Lula havia dito que o empresário estava sujeito às leis do país, e completou: “Ele [Musk] não pode ficar ofendendo. (…) Ele pensa que é o quê? Ele tem que respeitar a decisão da Suprema Corte brasileira.”
No governo, a declaração da primeira-dama gerou desconforto e dor de cabeça para diplomatas, muitos deles reunidos no G20, encontro das maiores potências mundiais, sediado nesta edição no Rio de Janeiro.
Reservadamente, eles e integrantes da Esplanada disseram que o xingamento pode atrapalhar as tentativas do governo de estabelecer uma relação pragmática com Donald Trump.
O presidente eleito dos Estados Unidos já indicou Musk para integrar sua gestão, no cargo de chefe do novo Departamento de Eficiência Governamental.
Desde a eleição do republicano, no início do mês, Lula tem sido cuidadoso em suas declarações a respeito. Ele sempre buscou dizer que era uma prerrogativa do povo americano eleger quem achasse melhor e que ele se relacionaria, enquanto chefe de Estado, com quem ganhasse o pleito no país.
O tom pragmático vem depois de uma declaração na reta final da campanha em que o petista citou risco de “nazismo com outra cara” para defender a vitória da democrata Kamala Harris e relembrar o 6 de janeiro dos Estados Unidos —data de ataque ao Capitólio por apoiadores de Trump.
Em outra frente, diplomatas avaliaram que a declaração de Janja também atrapalha a tentativa do governo brasileiro de chegar a consenso no G20 e reduzir atritos com a Argentina, cujo presidente, Javier Milei, também é próximo de Musk.
O país vizinho se opôs, nas negociações da cúpula, a trechos na declaração final sobre igualdade de gênero e empoderamento das mulheres —o que também foi criticado por Janja em um discurso no Rio.
Além disso, agora os argentinos abriram uma ofensiva contra a taxação dos super-ricos, bandeira do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e tema caro para o governo brasileiro.
Integrantes da gestão Lula concordam, reservadamente, com avaliação crítica da primeira-dama que, em seu discurso, defendia a regulamentação das plataformas e o combate à desinformação.
Há quem minimize e diga que não há motivo para tanto alarme, afinal, a relação com Musk já era turbulenta e ele já não fazia gestos de apaziguamento.
O empresário, próximo ao bolsonarismo, já se recusou a cumprir ordem judicial e teve o X suspenso, além de ter xingado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Houve ainda quem, como o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), defendesse a primeira-dama.
“A verdade é que a Janja falou o que estava preso nas nossas gargantas. Esse é o sentimento sobre Elon Musk e sua interferência negativa na política internacional”, disse no X.
A avaliação geral, contudo, é que o insulto foi desnecessário ao dar munição ao bolsonarismo.
O ex-presidente, além de falar em crise, publicou um vídeo dele com Musk, de quando o empresário veio ao país em 2022, e escreveu, em inglês: “Respeito, tecnologia e desenvolvimento. Internet para toda a Amazônia”, em referência à entrada da Starlink no país.
Bolsonaro foi criticado durante sua gestão por adotar política externa de confronto, guiada pela ideologia, sobretudo quando Ernesto Araújo esteve à frente do Itamaraty. Ele próprio também colecionou crítica a chefes de estado, como Biden, e ao então presidente argentino, Alberto Fernández.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), por sua vez, disse: “Saudades quando a ‘crise diplomática’ do Bolsonaro era chamar a mulher do Macron de feia”. Ele fez menção a um episódio de quando o ex-presidente fez um comentário ofensivo à aparência da primeira-dama da França, Brigitte Macron. À época, ele se recusou a pedir desculpas também.
Já o secretário-geral do PL e senador Rogério Marinho (PL-RN) foi mais sucinto sobre o comentário de Janja e ironizou: “Que elegância”.
Explosão causa incêndio no polo de Camaçari
Uma explosão ocorreu na madrugada desta segunda-feira (18) no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo informações da Polícia Militar, o incêndio já está controlado e, até o momento, não há registro de feridos. A informação é do G1.
O incidente aconteceu por volta das 3h, na unidade da empresa Braskem, especializada na produção de resinas termoplásticas. Conforme a PM, as brigadas do Polo Industrial foram mobilizadas para auxiliar os bombeiros no combate às chamas. Além disso, a área foi completamente isolada para garantir a segurança.
Atentado contamina 2026 com passos calculados de Lula, Bolsonaro e governadores cotados
Depois que Francisco Wanderley Luiz, 59, explodiu-se na praça dos Três Poderes, na última quarta-feira (13), nomes que miram, pela direita, a cadeira ocupada por Lula (PT) se manifestaram contra a politização do caso, seguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no discurso de que se tratou de um “lobo solitário”. Já a base do petista resgatou a bandeira “sem anistia” e cobrou punição para inibir novos atos extremistas.
As reações passaram também por governadores que são tratados como pré-candidatos ou se movimentam como apoiadores de um eventual projeto unificado da direita.
Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) usaram o caso para reforçar a retórica antigoverno e acenar ao espólio eleitoral de Bolsonaro. O ex-presidente está inelegível, mas se coloca como postulante, apostando em uma remota virada a seu favor nas cortes superiores e no Congresso.
Por outro lado, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR) ficaram em silêncio, numa mostra de como o episódio demanda passos calculados nas esferas institucional e eleitoral.
Lula manteve a agenda oficial e, com as condições de segurança garantidas após o ataque, buscou preservar um ritmo de normalidade no governo, também sem comentar o caso.
No entanto, ministros e aliados de diferentes partidos da base demonstraram alinhamento com a leitura do STF, associando o ataque ao discurso radical do bolsonarismo nos últimos anos, que incluiu a contestação ao resultado eleitoral de 2022 sob alegações infundadas de fraude.
Os auxiliares de Lula trataram as explosões como desdobramento do 8 de janeiro, reiterando que só a punição aos responsáveis vai impedir novas ocorrências. O tom se aproxima do usado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que refutou a teoria de fato isolado, fez uma vinculação do caso ao “gabinete do ódio” do governo Bolsonaro e falou que “não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”.
O principal impacto do atentado para Bolsonaro foi o imediato revés na pauta de anistia para os condenados do 8 de janeiro. O pleito é encampado por seu grupo, com a expectativa de pavimentar um ambiente favorável para a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente.
Ao se manifestar, Bolsonaro procurou se distanciar do caso, recorrendo à narrativa de fato isolado cometido por pessoa com “perturbações na saúde mental”, e pediu “pacificação nacional”, num momento em que sua estratégia de defesa passa por moderar o tom e evitar confrontações com o Judiciário.
Apesar de estar inelegível até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, ele se diz o único no campo da direita com chance de vitória em 2026, por ter o que descreve como “nome nacional”. Sem uma reversão judicial, ao ex-mandatário restará um papel coadjuvante.
O atentado também jogou água fria na euforia com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o que é visto como um novo elemento de pressão em favor do ex-presidente no Brasil.
No caso de Lula, a mobilização do entorno em defesa de punição exemplar para crimes contra o Estado democrático de Direito e contra as articulações de anistia se choca com as preocupações eleitorais, depois que o pleito municipal mostrou a esquerda em dificuldade e a direita em evolução.
O presidente participa de conversas em que é aconselhado a deixar para trás o estímulo à polarização e reorganizar os ministérios e a comunicação para a segunda metade do governo. Há uma avaliação de que o tom duro contra o golpismo reforça a imagem de revanchismo e perseguição à direita.
Vocalizados por apoiadores desde a posse de Lula, os gritos de “sem anistia”, ainda assim, ganharam novo fôlego após o episódio da semana passada. Pesquisa do Datafolha de março deste ano mostrou que 63% dos brasileiros são contra anistia para os envolvidos nas depredações do 8 de janeiro.
Comentando o atentado, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), do PT, responsabilizou “líderes da extrema direita” por “essa cultura do ódio, da intolerância, do estímulo à violência [que] faz com que as pessoas cometam crimes” contra instituições da democracia, como o Supremo.
A ministra Simone Tebet (Planejamento), do MDB, declarou que é preciso manter vigilância enquanto permanecerem “apitos” que encorajam ataques. “No ataque à democracia, os ‘lobos’ nunca são solitários”, afirmou. Anielle Franco (Igualdade Racial), do PT, disse que “nunca foi nem será um ato isolado”.
No lado oposto, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro, repudiou a iniciativa de “extrapolar uma atitude mentecapta de um indivíduo para dar contornos institucionais” ao caso.
“Ao invés de atribuir culpa de parte a parte, faríamos bem em reduzir a temperatura do debate político, trazendo de volta o diálogo como regra básica”, afirmou.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, apontou “distorção inaceitável dos fatos”, com o “propósito malicioso de atrapalhar o andamento do projeto de lei da anistia”. Um dos argumentos dos conservadores é que só o perdão trará uma reconciliação nacional.
Os governadores de oposição que comentaram o atentado aproveitaram as falas para mandar recados.
Caiado culpou Lula, embicando o debate para o viés da segurança pública. Ele, que se declara presidenciável para 2026, afirmou que o país tem “falta de comando” e “ausência de um líder forte” e que “um governo federal fraco e apático […] se ajoelha diante do avanço do crime organizado e do extremismo”.
Zema, que reverbera pautas bolsonaristas, endossou a visão de que o ataque cometido por Francisco foi isolado. O mineiro ainda procurou eximir o PL, sigla pela qual o autor concorreu a vereador em 2020, dizendo que “nenhum partido está isento de ter um louco entre os possíveis candidatos”.
Como nomes envolvidos na corrida ao Planalto se posicionaram sobre o atentado
Lula (PT)
Presidente não se manifestou sobre o caso até este domingo (17) e
manteve a agenda. Auxiliares e aliados rebateram tese de autor “lobo
solitário” e vincularam episódio a Bolsonaro e à extrema direita,
rechaçando possibilidade de anistia para condenados do 8/1
Jair Bolsonaro (PL)
Inelegível, ex-presidente buscou se distanciar do episódio, tratando-o
como “fato isolado”, e pediu pacificação. O caso representa um revés
para a tentativa de perdoar os presos do 8/1 e pavimentar caminho para
uma remota reversão de sua inelegibilidade
Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Governador de São Paulo adotou silêncio sobre o atentado. Tido como um
dos pré-candidatos do bolsonarismo para a eleição de 2026, ele defendeu
no último 7 de Setembro a anistia para os condenados pela invasão às
sedes dos Três Poderes, que chamou de “presos políticos”
Ratinho Jr. (PSD-PR)
Governador do Paraná também não se pronunciou. O opositor de Lula,
tratado como uma das alternativas da direita para a disputa
presidencial, já assumiu interesse em disputar a cadeira e defende que
seu partido tenha protagonismo e candidato, descolando-se da gestão
petista
Ronaldo Caiado (União Brasil-GO)
Governador de Goiás relacionou o ataque em Brasília à “falta de comando”
e “ausência de um líder forte” no país. Declaradamente pré-candidato
para 2026, ele usou o caso para apontar ineficiência do governo Lula na
segurança, diante do avanço do crime organizado e do extremismo
Romeu Zema (Novo-MG)
Governador de Minas Gerais rechaçou a possibilidade de o ataque ser
parte de um movimento maior, ecoando a tese bolsonarista de “ato
isolado”, cometido por “alguém em profundo desequilíbrio emocional”. Ele
também isentou de responsabilidade o PL, ao qual o autor foi filiado
Vítima de acidente, homem é retirado de ambulância do Samu e morto a tiros no sul da Bahia
Câmeras de segurança registraram o acidente, que envolveu outra motocicleta e deixou os ocupantes feridos. De acordo com a polícia, durante o trajeto da ambulância, um criminoso em uma moto de cor escura seguiu o veículo até o hospital.
Ao chegar no local, o suspeito abordou a equipe médica, ordenou que se afastassem e disparou diversas vezes contra Patrick, que morreu na ambulância. O outro paciente, assustado com os tiros, conseguiu fugir do local.
A principal linha de investigação aponta para um possível acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas. Familiares da vítima informaram às autoridades que Patrick atuava no tráfico e era conhecido por ser temido por seus rivais.
Patrick Santana Costa tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas, homicídio e porte ilegal de arma de fogo. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Moraes e chefe da PF antecipam conclusões ao atrelar inquérito do atentado ao 8/1
Em manifestações na manhã posterior ao atentado com explosões na praça dos Três Poderes, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, anteciparam conclusões que atrelam o episódio aos inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Ambos disseram na quinta-feira (14) que o atentado não foi um fato isolado e indicaram relações com os outros casos relatados por Moraes relacionados a ataques às instituições. Também criticaram a possibilidade de anistia a envolvidos no 8 de janeiro de 2023.
O inquérito sobre os ataques a bomba tramita sob sigilo no Supremo, e a relatoria foi designada a Moraes pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, por ele entender que há conexão com outras apurações tocadas pelo ministro.
Segundo especialistas, porém, eventual conexão do atentado com as ações golpistas ainda carece de provas.
Moraes discursou na manhã seguinte ao atentado em um evento do Ministério Público, em Brasília, e disse que Barroso ainda estava por decidir com quem ficaria o inquérito.
Em sua fala, afirmou que o contexto que levou ao ataque se iniciou “quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições e contra o Supremo Tribunal Federal” e que isso também resultou no 8 de janeiro.
“É uma demonstração de que só é possível e é necessário a pacificação do país com a responsabilização de todos os criminosos”, disse o ministro do Supremo.
As investigações sobre o chamado gabinete do ódio —que era composto por auxiliares de Bolsonaro que produziam conteúdos contra ministros do Supremo e outras autoridades nas redes sociais— fazem parte do chamado inquérito das milícias digitais, relatado por Moraes.
O ministro aproveitou o discurso também para voltar a fazer críticas sobre o que chama de “falso manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão”.
“Ofender, ameaçar, coagir. Em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão, isso é crime”, disse. A justificativa é a mesma usada pelo ministro ao defender a regulamentação das redes sociais, uma das suas bandeiras, e nas decisões nas quais determina a derrubada de perfis das plataformas.
Em uma entrevista coletiva que aconteceu após a manifestação de Moraes, o diretor-geral da Polícia Federal também opinou sobre o caso e repetiu os tópicos levantados pelo ministro do STF.
Andrei Rodrigues disse que o atentado “não é um fato isolado, mas é conectado a várias outras ações, que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em um período recente”.
Ele afirmou que “esses grupos extremistas estão ativos” e que a PF precisa atuar de forma enérgica.
Ao ser questionado se o autor do atentado era um “lobo solitário” —ou seja, que agiu sozinho—, Andrei avançou em relação ao que havia de apuração até aquele momento: “Ainda que a ação visível seja individual, por trás dessa ação nunca há só uma pessoa. Há sempre um grupo ou extremismos radicalistas que levam ao cometimento desses delitos.”
Também disse que a gravidade do caso mostra “a necessidade de haver regulação e regras claras para as redes sociais” e criticou a possibilidade de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.
Para atrelar as investigações aos inquéritos de 8 de janeiro relatados por Moraes, o diretor-geral da PF citou na entrevista, como exemplo, um áudio no qual a ex-mulher do autor do atentado menciona que ele estava em Brasília no início de 2023.
Também diz que outra vinculação no caso são mensagens deixadas na residência dele citando uma pessoa que atuou violentamente no 8 de janeiro. “Isso nos aponta uma relação direta com esses episódios.”
A reportagem procurou Moraes e Andrei, por meio de suas assessorias, mas não houve resposta.
Como a Folha mostrou, entrevistas de Andrei sobre investigações em andamento e sob sigilo se tornaram frequentes desde que ele assumiu o cargo, no governo Lula (PT).
Em algumas situações, ele antecipou avaliações jurídicas sobre trabalhos ainda sem conclusão, dizendo já estar certo de que há provas ou apontando crimes em inquéritos que ainda estão em andamento.
Em nota divulgada na tarde de quinta, o STF afirmou que a relatoria do inquérito ficou com Moraes por que ele já investiga casos que têm conexão direta com o novo processo.
Nesse caso, a ação foi relacionada ao inquérito dos atos antidemocráticos. Barroso justificou que as informações colhidas pela Polícia Federal têm “aparente relação com os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em apuração no Supremo.”
“Segundo as apurações iniciais, autor das explosões realizou publicações em redes sociais sobre o atentado, nas quais ataca o Poder Judiciário e convoca a população para uma revolução e tomada poder”, diz a nota do Supremo.
De acordo com o presidente da corte, as informações iniciais “revelam possível prática de delitos contra o Estado democrático de Direito, com o objetivo de atentar, por meio de violência, contra a independência do Poder Judiciário e o Supremo Tribunal Federal”.
Em pronunciamento durante a tarde, o decano do STF, Gilmar Mendes, também disse que o episódio da quarta-feira é “pressuposto para a realização de um debate racional sobre a defesa de nossas instituições, sobre a regulação das redes sociais” e sobre “eventuais propostas de anistiar criminosos”.
MME vai assinar com Argentina acordo para importação de gás de Vaca Muerta
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da
Economia da Argentina, Luis Toto Caputo, assinam amanhã, 18, acordo para
a importação de gás natural de Vaca Muerta, campo localizado entre as
províncias de Neuquén e Rio Negro. A expectativa é de que com a compra
de gás argentino, o preço do insumo caia no mercado brasileiro.O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o gás de Vaca Muerta custa US$ 2 por milhão de BTU e deve chegar ao Brasil ao custo de US$ 7 a US$ 8 o milhão de BTU, abaixo do preço médio de cerca de US$ 11/US$ 12 por milhão de BTU praticado no Brasil.
O custo porém dependerá da rota escolhida, entre as cinco disponíveis, o que ainda não foi definido, sendo que pelo Gasoduto Bolívia-Brasil a expectativa é de que o Brasil possa importar 2 milhões de metros cúbicos diários (m3/d), com a inversão do gasoduto que leva gás da Bolívia para a Argentina.
Outras possibilidades seriam via Paraguai, construindo uma gasoduto novo pelo Chaco Paraguaio; ligando a Argentina direto em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; ligando com o Rio Grande do Sul pelo Uruguai; ou convertendo o gás de Vaca Muerta em Gás Natural Liquefeito (GNL), o que encarece o produto.
A expectativa do ministro Alexandre Silveira é de que inicialmente o Brasil importe 2 milhões de m3/d; 10 milhões de m3/d nos próximos três anos; e atingir 30 milhões de m3/d até 2030, mesmo volume que a Bolívia exporta para o Brasil, mas que foi sendo reduzido devido ao esgotamento da produção boliviana.
África do Sul dará continuidade ao trabalho brasileiro, diz Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, neste domingo (17),
no Rio de Janeiro, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa,
que assumirá a presidência do G20 após a cúpula de líderes, que ocorre
na semana que vem. Foi o primeiro encontro de Lula neste domingo, que
tem uma lista de 11 reuniões bilaterais com líderes globais que estão no
país para o encontro de alto nível.País assumirá presidência do grupo a partir de quarta-feira
Lula e Ramaphosa trataram sobre o G20 Social, o financiamento da preservação ambiental e a taxação dos super-ricos. Neste ano, o Brasil está na presidência do G20, grupo das 19 maiores economia do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
“O presidente sul-africano garantiu que deve dar continuidade ao trabalho do Brasil no G20. E o Brasil se colocou à disposição da África do Sul para transferir toda a experiência brasileira na presidência do G20”, diz o Palácio do Planalto, em comunicado.
“A primeira reunião bilateral do dia foi com o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul. Falei para ele do trabalho para realizar o G20 Social e a importância desse evento inaugurado pelo Brasil. Também conversamos sobre o financiamento da preservação das florestas discutida nos fóruns ambientais e sobre a taxação de 2% das 3 mil pessoas mais ricas, passo importante para garantir um mundo mais justo e menos desigual”, escreveu Lula em publicação nas redes sociais.
O G20 Social teve início na quarta-feira (14) e se encerrou neste sábado (16). Trata-se de uma inovação instituída pelo governo brasileiro no G20 para ampliar o diálogo entre os líderes governamentais e a sociedade civil. Nas presidências anteriores, as organizações sociais costumavam se reunir em iniciativas paralelas à programação oficial. Com o G20 Social, essas reuniões foram integradas à agenda construída pelo Brasil.
Lula pediu a Ramaphosa que a África do Sul continue com essa prática inaugurada pela presidência brasileira. Em sua declaração final, o G20 Social pressiona os governos dos países do grupo a adotarem medidas com objetivos mais ambiciosos para o enfretamento das mudanças climáticas e das desigualdades.
Os três temas centrais defendidos pela presidência brasileira no G20 são combate à fome, à pobreza e à desigualdade; sustentabilidade, mudanças do clima e transição energética justa; e reforma da governança global.
Sobre a taxação dos super-ricos, a proposta do Brasil é por um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários do mundo, que arrecadaria entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anualmente. A taxação afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o planeta, dos quais cerca de 100 na América Latina. No Brasil, a medida ajudaria a financiar o desenvolvimento sustentável e a reduzir a desigualdade, com arrecadação de R$ 41,9 bilhões por ano.
Ainda segundo o comunicado, Lula e Ramaphosa conversaram sobre a retomada das reuniões do IBAS, grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul, “três democracias de diferentes continentes do Sul Global”. Em 2025, o Brasil também assume a presidência do BRICS, grupo de países emergentes fundado por Brasil, Rússia, Índia e China e que tem como membros a África do Sul e outras nações.
Participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Gestão e da Inovação, Esther Dweck. Também participaram o assessor especial, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa.
FICCO/AM intercepta quase 2 toneladas de drogas na Tríplice Fronteira
Foram encontrados 1.711,1 quilos de cocaína e 268,9 quilos de skunk |
Foram encontrados 1.711,1 quilos de cocaína e 268,9 quilos de skunk, um tipo de maconha beneficiada em laboratório. Também foram apreendidos quatro fuzis, uma metralhadora; 1781 munições de fuzil e metralhadora e dois motores de 200hp, com blindagem artesanal.
A ação foi desencadeada a partir de trabalhos de inteligência que identificaram o deslocamento de uma embarcação transportando uma expressiva carga de drogas, fortemente escoltada por criminosos armados. O transporte fluvial tinha origem na região da Tríplice Fronteira, área estratégica para o tráfico internacional.
Após intenso confronto armado entre a equipe tática e os ocupantes da embarcação, os criminosos abandonaram a lancha e se lançaram no rio. A embarcação, equipada com dois motores de popa de alta potência, ficou desgovernada e encalhou.
Apesar da fuga dos suspeitos, a operação representou um duro golpe às organizações criminosas que atuam na região, reafirmando o compromisso das forças de segurança no combate ao tráfico de drogas e crimes transnacionais.
Todo o material apreendido foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, onde será realizada a formalização dos procedimentos legais e continuidade das investigações.
Em mais uma ação de cooperação entre os órgãos de segurança pública, a Ficco/AM é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado e Segurança Pública, Polícia Civil do Amazonas, Polícia Militar do Amazonas, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, tendo como objetivo a integração e cooperação entre os órgãos de segurança pública em ações de prevenção e repressão ao crime organizado e à criminalidade violenta.
Ubatense Lorrane Santos tem a história contada no Esporte Espetacular
Confira reportagem completa no Esporte Espetacular.
80% defendem demissão de servidores por mau desempenho, mostra Datafolha
Posto de atendimento do INSS |
Pesquisa nacional Datafolha para aferir a visão da sociedade sobre o funcionalismo mostra ainda que, em grande parte dos casos, é minoritária a visão positiva sobre a qualidade do serviço público prestado.
Quando questionados sobre os gastos do país com salários e benefícios dos servidores, 47% avaliam que o Brasil deveria gastar menos, 33% que deveria manter o nível atual de gastos e 18% que deveria gastar mais.
Uma maioria de 56%, no entanto, concorda totalmente ou parcialmente que os servidores precisam da garantia de que não serão demitidos para realizar um bom trabalho. Mas 90% defendem que eles sejam avaliados constantemente.
Metade dos brasileiros (50%), porém, discorda totalmente ou em parte de promoções por tempo de trabalho, que poderiam ser alteradas em uma eventual reforma administrativa.
Mudanças constitucionais na área vêm sendo debatidas há anos. Se aprovadas, poderiam ter repercussão nas regras do funcionalismo federal, estadual e municipal, assim como dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Entre as modificações, há uma discussão sobre se a estabilidade no emprego dos servidores concursados deve valer para a maioria das funções ou só para carreiras típicas do Estado (normalmente as sem equivalentes no setor privado).
No Brasil, 65% de todos os servidores (União, estados e municípios) têm estabilidade no emprego, número bem maior do que o de países como Alemanha, Espanha e Reino Unido e Suécia.
Existe um debate também a respeito de avaliações mais rigorosas e periódicas do trabalho dos funcionários, com possibilidade de demissão por mau desempenho.
O governo Lula (PT) é contrário à realização de uma reforma constitucional. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, no entanto, promete “transformar” o Estado em sua gestão.
“Existe um debate no Brasil muito grande sobre uma reforma do Estado e ele vinha com uma visão muito forte de redução do Estado brasileiro. Desde que o presidente Lula assumiu, o que a gente tem trazido é que é preciso, sim, fazer uma transformação do Estado, mas que ela seja em nome de melhorar a capacidade de prestar serviços públicos às nossas populações”, afirma.
Nesse ponto, a pesquisa Datafolha mostra que uma minoria tem avaliação totalmente positiva em relação à prestação de serviços públicos: 41% consideram o atendimento ótimo/bom, enquanto 40% o veem como regular e 18%, como ruim/péssimo.
Em relação a outros países de renda média como o Brasil, não é por falta de recursos que o Estado deixa de prestar serviços de qualidade, pois a carga tributária nacional é de 32,4% do PIB, uma das maiores entre os emergentes.
Tomando áreas específicas, apenas os atendimentos de escolas e creches são avaliados positivamente pela maioria: 55% as consideram ótimas/boas, 29% as veem como regulares e 12%, com ruim/péssimas.
Agências do INSS e da Receita Federal têm a pior avaliação, com apenas 33% de ótimo/bom. Postos de saúde e hospitais são avaliados positivamente por 38% da população; fóruns, tribunais, varas trabalhistas e outros órgãos do Poder Judiciário, por 40%; e delegacias e batalhões policiais, por 44%.
A taxa de aprovação ao desempenho do trabalho dos funcionários públicos é mais alta entre os menos instruídos (48%, ante 37% entre os mais escolarizados), entre os moradores de cidades do interior (46%, diante de 33% das regiões metropolitanas) e os que aprovam o governo Lula (51%).
Entre os funcionários públicos que responderam à pesquisa, a taxa de reprovação fica abaixo da média: 9% avaliam como ruim/péssimo, 39% como regular e 51% como ótimo/bom.
Sobre as situações em que o funcionário público pode ser demitido, das três pesquisadas, 80% são favoráveis à demissão em caso de mau desempenho (18% são contra); 55% são favoráveis ao desligamento por causa de excesso de funcionários (41% são contrários); e 46% são favoráveis para diminuir gastos da máquina pública (51% são contra).
Entre os funcionários públicos, a parcela de favoráveis à demissão por motivo de mau desempenho é majoritária, 74% (ante 24% que são contrários), enquanto nas demais situações o índice fica abaixo da média da população: 40% no caso de demissão por excesso de funcionários (ante 56% contra) e 28% no caso de demissão por corte de gastos (ante 70% que são contrários).
A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 7 e 8 de outubro e ouviu 2.029 pessoas com 16 anos ou mais distribuídas em 113 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Projeto proíbe penhora de imóveis do Minha Casa, Minha Vida
O texto inclui dispositivo na lei da impenhorabilidade do bem da família para excetuar da medida imóvel residencial destinado à habitação popular proveniente de programas sociais e subsidiado com o uso de recursos orçamentários da União e do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
Também altera a lei do sistema de financiamento imobiliário para indicar que o imóvel não pode ser tomado por falta de pagamento do financiamento de alienação fiduciária.
A proposta foi pensada a partir do caso de uma militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que morava em Feira de Santana (BA) e teve o imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida penhorado por falta de pagamento das parcelas.
Na justificativa, o deputado afirma que é importante considerar os problemas relacionados à inadimplência. Ele lembra que, pela legislação, quando as parcelas do financiamento não são pagas, o agente financeiro responsável tem o direito de executar a dívida e retomar o imóvel.
“O que é preciso considerar é que as famílias brasileiras sofreram fortes impactos financeiros diante do desemprego e redução do orçamento familiar ocasionado principalmente após o período de Pandemia ocorrido entre os anos de 2020 a 2023”, diz.
“A possibilidade da perda do imóvel, que na grande maioria das vezes se configura como a única casa que acolhe a família, reserva um horizonte de vulnerabilidade para essas pessoas”, continua. “É o risco efetivo de famílias em situação de rua, sem ter para onde ir, pois perderam sua única casa, ainda que em processo de quitação.”
Autor de atentado se desfez de itens, deixou nota de dólar assinada e indicou premeditação
Nota assinada por Francisco em 15 de outubro de 2024 e entregue a Dayana Alves: 'Seu amigo Tio França' |
No bairro de Ceilândia (região administrativa do Distrito Federal) onde o homem voltou a morar de aluguel em julho, é difícil achar alguém que não tenha cruzado com ele nos últimos meses —ou não tenha recebido dele alguma gentileza, como um pingado, um chocolate e um espetinho.
O dono da bicicletaria que fica na rua da casa alugada, Lucas França de Carvalho, percebeu pelo sotaque que o catarinense não era de Brasília. Os dois se viram pela última vez na semana anterior ao atentado, quando Francisco levou para arrumar a bicicleta com a qual costumava circular pela região.
“Ele falou: ‘Só vou passar um tempo aqui [em Brasília] e depois vou embora. Só vou fazer o que eu tenho que fazer aqui’”, conta Lucas. “Ele arrumava a bicicleta comigo, nunca imaginei que ele fosse fazer isso”, diz ele, ao mostrar o comprovante de R$ 36 pagos com cartão de débito pelo último serviço.
Em 15 de outubro, Dia do Professor, Francisco assinou uma nota de US$ 1, colocou a data e escreveu “Seu amigo, Tio França”. Entregou à professora Dayana Alves, que mora na casa ao lado da dele e é neta da mulher que administra as quatro quitinetes que dividem o mesmo lote.
Francisco candidatou-se a vereador pelo PL em em Rio do Sul (SC) na eleição de 2020 com o apelido “Tiü França”. Não foi eleito.
Para que não houvesse dúvidas de que a assinatura era mesmo dele, Francisco deixou com ela a carteira nacional de habilitação e falou algo que, até ali, parecia enigmático.
“Ele disse para não entregar a nota a ninguém e não vender porque me trará valores futuros”, conta ela sobre o episódio. “Estou perplexa.” A CNH foi recolhida com Dayana após o atentado, na quarta-feira (13), quando policiais entraram na casa.
Durante a madrugada de quinta (14), o esquadrão antibombas da Polícia Federal foi acionado depois que cães da Polícia Militar identificaram a presença de mais material explosivo. Dois estrondos foram ouvidos por volta das 3h.
Havia uma bomba em uma gaveta —uma armadilha para os policiais, na visão do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Na quinta, mesmo após as detonações, ainda era possível identificar uma caixa de rojões na pia do quarto minúsculo.
A dona de uma papelaria que fica a poucos metros da casa alugada afirma que Francisco esteve na loja na semana anterior ao atentado com uma caixinha de som em formato de carro. Pediu para que ela fizesse uma embalagem de presente.
“Eu vi que tinha uma carta embaixo do carrinho”, diz Rejane Dantas, sem se recordar se o presente seria para um sobrinho ou um enteado. “Ele disse que era um carrinho dele, inclusive veio sem caixa.”
“Eu arrumei os cabos, coloquei em um saco plástico. Fiz uma embalagem pra ele dar de presente. Ele disse que só não queria a fita vermelha, porque ele não gostava de vermelho. Me deu uma gorjeta de R$ 10.”
Vizinhos contam que Francisco também se desfez de outros pertences nos últimos dias, como um relógio e um passarinho. Em mais um indício de que o ataque tenha sido planejado, ele alugou um trailer perto da Câmara dos Deputados há pelo menos três meses.
A mulher que administra as quatro quitinetes e mora em uma delas, Gleide Alves, relata que Francisco afirmou que venderia lembrancinhas para turistas.
O trailer estava ao lado de um dos anexos da Câmara —local pouco turístico, frequentado principalmente por servidores por ter algumas opções de alimentação. Havia um celular e um boné com o slogan de campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na semana anterior ao atentado, Francisco comprou R$ 1.545 em fogos de artifício em uma loja em Ceilândia.
Ele também deixou uma mensagem para a mulher presa após os ataques golpistas de 8 de janeiro por ter pichado de batom a estátua “A Justiça”, que fica em frente ao STF —a mesma ao lado de onde ele se matou na quarta.
“Débora Rodrigues por favor não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de merda se usa TNT”, escreveu no espelho do banheiro da casa onde estava morando, em Ceilândia. Um batom vermelho estava colado no espelho, ao lado do nome da mulher.
A Polícia Federal investiga o caso como ato terrorista e ataque ao Estado democrático de Direito. O diretor-geral da PF também vê com ressalvas o título de “lobo solitário”. Ainda que a ação tenha sido individual, avalia, há sempre ideais de um grupo radical e extremista por trás.
Assassinato em Itamaraju: "Deguinha" é morto a golpes de faca após discussão
A Polícia Militar atendeu à ocorrência e preservou a cena do crime até a chegada da Polícia Técnica (DPT) de Itamaraju. O delegado Charlton Bortolini autorizou a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) para exames de necropsia.
Investigação em Andamento
A motivação e autoria do crime ainda são desconhecidas. As investigações estão sob responsabilidade do delegado titular, Gilvan de Meireles Prates, e sua equipe.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
Homicídio em Prado: Corpo é encontrado com marcas de disparos em Cumuruxatiba
A vítima, Ronailton Araújo da Silva Filho, 25 anos, natural de Itajú do Colônia-BA, foi encontrada com várias perfurações. Próximo ao corpo, foram encontradas cápsulas de 380, .38 e 9mm.
Suspeita de Ligação com Outro Crime:
Há indícios de que esse homicídio esteja relacionado à tentativa de homicídio ocorrida na mesma noite, quando criminosos encapuzados chegaram atirando na vítima, que conseguiu escapar, porém, foi ferida e socorrida ao HECB.
O delegado plantonista, Charlton Bortolini, foi informado do caso e autorizou a remoção do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) de Itamaraju. As investigações estão sob responsabilidade do delegado titular do Prado, Kleber Barreto, e sua equipe.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
Luto oficial na ALBA pelo passamento do ex-deputado Marcos Cidreira
“A ALBA está em luto por três dias em memória de Marcos Cidreira, que nos deixa ainda muito jovem, aos 62 anos, depois de uma luta renhida contra o câncer. Meu abraço solidário a todos os familiares, amigos e companheiros de diretoria na Associação Comercial da Bahia”, lamenta o chefe interino do Legislativo estadual.
Em viagem, o presidente licenciado da ALBA, deputado Adolfo Menezes, também manifestou o seu pesar pelo passamento do proprietário da tradicional Casa Cidreira. “Que Deus dê o descanso eterno a Marcos Cidreira, que era uma figura humana excepcional, além de carregar uma vasta experiência profissional e tornar-se liderança empresarial da Bahia. Ficamos ainda mais sentidos, porque ele ainda era muito jovem para nos deixar”, destacou Menezes.
Em Moção de Pesar apresentada à Mesa Diretora da Casa, o deputado Eduardo Salles disse que Cidreira só cultivou amigos ao longo de sua jornada. “Marcos viveu intensamente e só cultivou amigos ao longo de sua existência. Era um obstinado pela revitalização do bairro do Comércio, em Salvador, terra onde nasceu, em 25 de agosto de 1962. Ocupou muitos cargos, tanto no serviço público quanto na iniciativa privada, e era um gestor de qualidade, sempre em busca da inovação e da excelência”, declarou Salles em sua manifestação de luto.
A cerimônia de cremação de Marcos Cidreira será realizada hoje, às 15h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas. A partir do meio-dia, o corpo será velado na capela H.
PERFIL
Marcos Cidreira estudou nos colégios Antônio Vieira e Marista, ambos em Salvador. Formou-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Bahia, UFBA, em 1985. Especializou-se em Marketing Empresarial pela Universidade Católica de Salvador, UCSAL, em 1979, e ainda estudou inglês nos EUA.
Além de ter exercido o mandato de deputado estadual, foi sócio-diretor da Casa Cidreira; diretor da Federação de Dirigentes Lojistas da Bahia; chefe de Gabinete do Detelba; diretor operacional e executivo do Promoexport; presidente da EMTURSA; presidente da Limpurb; delegado federal do Ministério da Agricultura na Bahia; diretor superintendente da AGERT; coordenador geral do Escritório de Revitalização do Comércio; diretor de projetos do Consórcio Arena Fonte Nova; presidente da Fundação Miguel Calmon; e diretor-presidente da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic).
Leia também: Ex-deputado Marcos Cidreira morre em Salvador aos 62 anos, deixando legião de amigos e legado de amor à vida pública
Reta final de inquérito do golpe tem Bolsonaro pressionado e silêncio sobre reunião com Lula
Fachada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República |
Procurados pela Folha por meio de suas assessorias, Lula, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e os chefes da PGR (Procuradoria-Geral da República), Paulo Gonet, e da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, não quiseram responder qual foi a razão do encontro nem o teor da conversa.
A reunião começou pouco antes do atentado realizado pelo ex-candidato a vereador pelo PL Francisco Wanderley Luiz na praça dos Três Poderes, episódio que voltou a mobilizar a cúpula do Judiciário e do governo contra a tentativa de anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro já foi indiciado pela PF em alguns inquéritos, com provável repetição desse desfecho em relação às apurações dos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro.
Nesse caso, caberá a Gonet oferecer ou não denúncia ao STF.
O encontro das autoridades na quarta não teve relação com o atentado em Brasília naquela noite, mas o ataque reforçou a pressão sobre Bolsonaro diante da investigação sobre golpe.
Logo no dia seguinte, o ministro do STF Alexandre de Moraes buscou descartar a hipótese de ato isolado nas explosões na praça dos Três Poderes e a relacionar o caso ao contexto que “se iniciou lá atrás, quando o ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente contra a autonomia do Judiciário”.
“Gabinete do ódio” é o nome dado ao núcleo de auxiliares próximos de Bolsonaro que, segundo as investigações da PF, teria o objetivo de espalhar notícias falsas e ataques a adversários durante a gestão do ex-presidente.
Dos ministros do Supremo, estiveram na quarta no Alvorada Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, além de Moraes, que é justamente o relator na corte das investigações sobre os atos golpistas.
Segundo auxiliares de Lula, ele já tinha conversa marcada com integrantes do Judiciário para uma reunião de “avaliação de cenário” —algo que, por esses relatos, vem acontecendo com frequência.
Em resumo, o encontro no Alvorada teve como anfitrião o principal adversário político de Bolsonaro na atualidade (Lula) e contou com as presenças do chefe da corporação que comanda as investigações policiais contra ele (Andrei), o responsável por analisar a conclusão dessas investigações e decidir se as arquiva ou se oferece denúncia à Justiça (Gonet) e, por fim, o juiz responsável pela sentença (Moraes).
Apesar da ausência quase total de transparência e do potencial risco de contaminação da necessária imparcialidade e separação de funções em um processo penal, encontros informais e a portas fechadas entre integrantes da cúpula do STF, do Ministério Público e de outros Poderes têm sido comuns nos últimos anos, em diferentes mandatos presidenciais.
Em agosto de 2017, por exemplo, o então presidente Michel Temer (MDB) se deslocou na tarde de um sábado para uma reunião não registrada em sua agenda oficial na casa do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia. No encontro, também estava presente Gilmar Mendes.
Temer e Gilmar já haviam se encontrado outras vezes sem registro oficial em suas agendas.
Em agosto de 2020, o ministro do STF Dias Toffoli recebeu o então presidente Bolsonaro em sua casa, em um sábado à noite, além do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP). Na ocasião, disse que havia convidado o mandatário para assistir a um jogo do Palmeiras contra o Ceará.
Em março de 2021, Gilmar esteve na residência de Bolsonaro em um domingo. O encontro também não foi colocado na agenda do presidente e o assunto da conversa não foi divulgado.
Bolsonaro também manteve em sua gestão vários encontros com o então chefe da PGR, Augusto Aras.
Na última quarta, Gilmar estava no Alvorada já antes das explosões em Brasília. Zanin deixou o Supremo após o final da sessão, pouco depois do ocorrido. Não havia informação precisa sobre o horário da chegada de Moraes ao encontro.
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, Bolsonaro foi indiciado em 2024 pela Polícia Federal em inquéritos sobre as joias e a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid.
As investigações que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito serão concluídas ainda neste mês de novembro, segundo o diretor-geral da PF.
Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais, relatado por Moraes, e, em tese, pode resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.
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