Corporação forma 335 novos sargentos



Durante solenidade realizada às 10h desta quinta-feira (12), na Vila Policial Militar do Bonfim, 77 policiais militares se formaram no Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS) Turma 2024.3 do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). Ao todo se formaram 335 sargentos na Bahia, em cerimônias simultâneas no interior do Estado.

Os policiais militares são cabos promovidos a sargentos por tempo de serviço que realizaram o curso como etapa necessária para nova graduação. O curso foi iniciado no dia 9 de outubro e concluído no dia 6 de dezembro.
“A formação de sargentos é essencial para o fortalecimento de nossa corporação e deve ser considerada uma prioridade. A experiência adquirida ao longo dos anos certamente enriquecerá as condutas dos novos sargentos nas operações diárias e no aprimoramento do controle do efetivo, especialmente nas modalidades operativas, fortalecendo, assim, a integração entre a oficialidade e as praças da corporação”, pontuou o comandante-geral da PMBA, coronel Coutinho.

Durante a solenidade, foram homenageados o coronel Jorge Portugal, diretor do CFAP e paraninfo da turma, e o tenente coronel Juarez Giffoni, da Seção de Ensino à Distância do CFAP e amigo da turma.
Os formandos classificados em 1º, 2º e 3º lugares, que tiveram as melhores médias curriculares, foram premiados como forma de exaltar o mérito intelectual. Foram eles o sargentos Fábio Luiz Lima Coutinho, primeiro colocado, Dalmar Santos do Nascimento, segundo colocado e Gil Mendes Calixto, terceiro colocado. Os novos sargentos da PMBA receberam os certificados das mãos das madrinhas e dos padrinhos.

Pesquisa Quaest aponta que ACM Neto venceria Jerônimo em 2026; veja números

 Vice-presidente nacional do União Brasil aparece com sete pontos de vantagem para o petista

A pesquisa Quaest/Genial divulgada, nesta quinta-feira (12), aponta que o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, venceria o governador Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa pelo governo da Bahia em 2026.

Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje, ACM Neto teria 44% das intenções de votos contra 37%. O ex-ministro João Roma (PL) teria 3%, já Kleber Rosa (PSOL) pontuaria com 2%. Os indecisos somam 6%. Brancos/nulo e não votariam são 8%.

A sondagem de opinião ouviu 1.200 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A coleta foi feita entre os dias 4 e 9 de dezembro.

Rodrigo Daniel Silva, Correio*

Prazo para atualizar cadastro de rebanhos na Bahia termina domingo (15)

O Governo do Estado, através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), alerta que termina no próximo domingo (15), o prazo para efetuar a atualização cadastral de rebanhos existentes nos 417 municípios baianos.
O criador deve informar os dados da sua criação através do Sistema de Defesa Agropecuária da Bahia (Sidab) - www.adab.ba.gov.br - ou procurar um dos 402 escritórios da Adab espalhados por todo o estado. A declaração deve ser feita para todas as espécies, incluindo, além de bovinos, caprinos, ovinos, aves e suínos, também bubalinos, equídeos, abelhas e peixes/pescados. Mesmo quem possui animais para consumo próprio, lazer ou trabalho precisam fazer a declaração.

Para o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, o momento exige empenho de todos para a Bahia continuar avançando na sanidade e qualidade do seu rebanho. “Os produtores rurais baianos são parceiros do Estado e sabem a importância de mantermos o status de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, e a atualização cadastral dos rebanhos é uma das exigências do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Organização Mundial de Saúde Animal, que em maio do próximo ano concederá à Bahia, a certificação internacional de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação e, com isso, a possibilidade de comercializar nossa carne bovina e os demais produtos agropecuários para todo o mundo”, orientou Luz.

Caso a atualização não seja realizada até o prazo determinado, a propriedade rural poderá sofrer medidas administrativas e ser bloqueada para a emissão e recebimento de Guias de Trânsito Animal (GTA). Além disso, o pecuarista ficará impedido de comercializar animais de terceiros até resolver a situação junto à Adab.

A campanha, que teve início no último dia 1º de novembro, reúne Informações importantes relativas ao cadastro das propriedades e espécies constantes na declaração, de interesse da Defesa Sanitária Animal, e será utilizada para melhorar a proteção do rebanho e elaboração de políticas relacionadas ao tema.

Entre as explorações pecuárias na Bahia, o rebanho bovino baiano, por exemplo, alcançou a marca de 13,1 milhões de cabeças, conforme dados da última campanha de vacinação realizada em abril deste ano, e consolidou o estado como líder absoluto no Nordeste e sétimo maior produtor do Brasil.

Fonte: Ascom/Adab

Atraso no pacote de Haddad cria impasse sobre salário mínimo para 2025

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento
A incerteza que ronda o avanço dos projetos do pacote fiscal do governo no Congresso gerou um impasse sobre a inclusão do novo valor do salário mínimo, a vigorar a partir de 2025, no Orçamento.

A incerteza que ronda o avanço dos projetos do pacote fiscal do governo no Congresso gerou um impasse sobre a inclusão do novo valor do salário mínimo, a vigorar a partir de 2025, no Orçamento.

O PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) de 2025 foi enviado ao Legislativo em agosto com uma previsão preliminar do salário mínimo de R$ 1.509. Mas, a depender da votação ou não do projeto do pacote que altera a política de valorização do piso salarial no Brasil, o valor final poderá ter uma diferença de até R$ 10.

Pelo projeto do pacote, que precisa ser votado até o final do ano, o valor do mínimo subiria para R$ 1.518. Já pela regra atual em vigor, o salário mínimo teria que aumentar para R$ 1.528, sem arredondamentos para cima. Hoje, o valor está em R$ 1.412.

O impasse se dá porque o relator do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), precisa abrir espaço fiscal nas despesas para bancar o custo maior do salário mínimo em relação ao valor de R$ 1.509, que foi usado pelo governo como referência na elaboração do PLOA.

“Pela regra atual que eu tenho que cumprir, o salário mínimo deve ir para R$ 1.528. O valor de R$ 1.509 veio como previsão e constou no relatório preliminar. No relatório geral, as despesas obrigatórias vinculadas ao salário mínimo terão que ser revisadas”, disse o relator à Folha. Segundo ele, os R$ 20 a mais teriam impacto de R$ 7 bilhões por ano nas despesas do Orçamento.

O valor do mínimo é um indicador fundamental para elaborar o Orçamento, porque a maior parte das despesas obrigatórias, como aposentadoria, pensões, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros benefícios, está atrelada ao seu valor.

“Vou botar tudo como está na regra de hoje, não vai ter como apropriar o pacote”, afirmou ele, que reconhece a dificuldades para a votação dos projetos devido aos temas sensíveis das medidas de ajuste fiscal.

Antes de votar o PLOA, o Congresso terá que apreciar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025 para evitar um apagão orçamentário. Sem a LDO, o governo não poderá pagar as despesas, o que geraria uma quadro de paralisação da máquina administrativa.

A prioridade do Congresso é votar a LDO e o PLOA. Apesar do pouco tempo que falta para o início das férias do Congresso, o relator diz que não foi procurado pelo governo para fazer o ajuste no PLOA às medidas de ajuste fiscal. Como os projetos do pacote não foram votados, o relator não pode considerá-los no seu parecer.

“Não fui procurado sobre esse pacote nem pela Fazenda nem pelo Planejamento”, disse. “Como eu não fui procurado por nenhum desses dois ministérios, eu não tenho que modificar nada simplesmente ao meu bel-prazer”, ressaltou.

Na avaliação do senador baiano, uma das dificuldades do quadro atual é que a mudança na regra de correção do salário mínimo está no mesmo projeto que trata de alterações nas normas de acesso ao BPC, que sofre resistências no Congresso, principalmente de parlamentares da região Nordeste.

“Como [o pacote] ainda encontra-se na Câmara, aqui no Senado ainda não tem nenhum comentário a respeito do pacote, porque não chegou aqui para discussão”, disse.

A proposta do governo para a nova regra do salário mínimo prevê que o ganho real do piso seguirá vinculado ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, mas vai oscilar entre 0,6% e 2,5% ao ano, conforme a expansão do limite do arcabouço fiscal.

Por outro lado, a lei em vigor estabeleceu que, para a preservação do poder aquisitivo do salário mínimo, os reajustes serão feitos com base na variação do INPC acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, mais a variação do PIB de dois anos antes.

O INPC, divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística), ficou em 4,84%. O PIB de dois anos antes foi de 3,2%.

“A minha impressão é que uma vez que o número de R$ 1.528 está na rua —e a partir de agora o número está na rua— politicamente é muito difícil voltar atrás”, avaliou Fábio Giambiagi, pesquisador associado do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

Segundo ele, se houver arredondamento para cima, como tem sido praxe, o valor ainda poderá subir para R$ 1.529. “Consulta algum senador, algum deputado para ver se acha viável mudar a posteriori o número já conhecido. Imagina a festa que os bolsonaristas vão fazer, vigorando um novo número que seja R$ 10 ou R$ 11 reais inferior”, previu.

O relator da LDO de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse que está pronto para apresentar o relatório na próxima segunda-feira (16) para ser votado no máximo até terça-feira (17) na CMO (Comissão de Mista de Orçamento). “A LDO é necessária. Sem ela o governo para completamente em 2025. Seria um abismo administrativo, orçamentário e financeiro, alertou.

Moura passou esta quarta (11) concentrado nas emendas apresentadas pelos parlamentares ao texto. Segundo ele, o PLOA poderá ser aprovado no mesmo dia da LDO. “Eu acredito que vote a LDO e no mesmo dia vota o PLOA. Vai ser um bagunção. É o que vai acontecer. Os prazos estão muito curtos e tem uma pauta enorme”, afirmou.

Ele ponderou que o ambiente hostil no Congresso por causa do bloqueio das emendas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) os parlamentares está resolvido, o que poderá acalmar os parlamentares. “Eles estão muito nervosos, irritados com esse confronto e ficam boicotando as votações”, afirmou.

O relator disse estar havendo um “corre desenfreado” sem dar tempo para os parlamentares analisarem “direitinho” as propostas: “Esse ritmo de Fórmula 1 para a votação da LDO e PLOA atormenta a todos.”

Adriana Fernandes, Folhapress

Ipiaú: Cores e brilho da decoração natalina na Praça Ruy Barbosa encantam cidadãos em inauguração

Na noite desta quarta-feira (11), a magia do Natal tomou conta de Ipiaú com a inauguração oficial da decoração natalina na Praça Ruy Barbosa. Em um evento que reuniu centenas de moradores, a beleza das luzes, o encanto das cores e a presença do Papai Noel transformaram a praça em um verdadeiro espetáculo.
A abertura contou com uma apresentação especial do Coral Projart, que trouxe um repertório repleto de canções que abrilhantaram o ambiente, emocionando crianças e adultos. O clima de alegria e união marcou a noite, considerada um sucesso pela população.
 
A prefeita Maria das Graças esteve presente e, visivelmente emocionada ao lado seu seus secretariados e a prefeita eleita Laryssa Dias, celebrou o momento. “É uma alegria ver mais uma vez nossa cidade tão viva e unida em momentos como este. Preparamos tudo com muito carinho, pensando na beleza e nos momentos especiais que as famílias ipiauenses merecem viver. Este é o nosso presente para a cidade”, afirmou a prefeita.
A última decoração natalina da gestão Maria, período que fortaleceu a tradição,
impressionou pelos detalhes e pela criatividade, arrancando elogios dos presentes.
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

 

Depois da queda, Lula desenvolveu hematomas líquidos, explica neurologista brasil

O neurologista Rogério Tuma, um dos responsáveis pelo acompanhamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que, depois da queda sofrida em outubro, num acidente doméstico, o petista desenvolveu uma espécie de hematoma mais líquido tanto do lado direito como do esquerdo do crânio.

Tuma explica que, do lado esquerdo, houve um crescimento do hematoma. Porém, logo reduziu bastante de tamanho e, em seguida, se refez mais agudamente. Este, segundo ele, foi drenado. Já do lado direito, o hematoma teve um crescimento mais lento. Depois, foi absorvido e desapareceu.

Lula foi submetido a um novo procedimento cirúrgico por volta de 7h25 da manhã. O procedimento trata-se de uma embolização de artéria meníngea média, com o objetivo de conter novos sangramentos na cabeça. De acordo com a equipe médica, o procedimento foi bem-sucedido.

Sofia Aguiar e Gabriela Jucá / Estadão Conteúdo

O risco para a comunicação de Jerônimo Rodrigues, por Raul Monteiro*

Se é verdade que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) permanece apostando na substituição do excelente jornalista André Curvello e, pior do que isso, em trocá-lo por um quadro ideológico na estratégica secretaria estadual de Comunicação, então muito provavelmente não está antenado com o noticiário e muito menos com um dos problemas cruciais que o presidente Lula enfrenta, detectado por ele próprio. Na semana passada, antes de se submeter a uma cirurgia de emergência, Lula participou de um encontro do PT em Brasília, no qual culpou abertamente a falta de comunicação do governo pelos baixos índices de aprovação à sua gestão.

“Há um erro no governo na questão da comunicação e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias para que a gente não reclame que não está se comunicando bem”, admitiu o petista, que só agora, tardiamente, é bom que se ressalte, acorda para o erro de ter chamado um deputado petista, Paulo Pimenta, portanto, um quadro ideológico e ainda por cima sem expertise na área, para tocar o que pode ser considerado hoje, em plena era digital, de imenso caos provocado pelas redes sociais e profundas transformações no processo comunicacional em todos os níveis, um dos setores mais desafiadores de qualquer governo.

Não por acaso, Lula se queixou da falta de organização de entrevistas com jornalistas e de uma licitação para mídia digital, exatamente o setor que, dois anos após o início de seu terceiro mandato, incompreensivelmente permanece descoberto, trazendo prejuízos para a imagem do governo e, consequentemente, do presidente da República. Se pretende começar sua primeira reforma administrativa pela comunicação, seria prudente a Jerônimo avaliar, primeiro, que profissionais do gabarito de Curvello, com qualificação e experiência comprovadas para tocar com excelência a comunicação governamental, ainda mais no mercado baiano, são uma excepcionalidade.

Depois, atentar para o péssimo resultado que Lula está tendo em seu próprio governo devido a uma opção que não levou em conta o critério técnico de adequação do seu indicado à pasta que comanda. Mas se não quiser ir longe, Jerônimo pode rememorar a história recente de seu próprio grupo político, comparando as experiências de comunicação, no comando do governo baiano, de seus dois antecessores, o hoje senador Jaques Wagner e o atual ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. Alguém tem dúvida de que, por causa do perfil cordial, da inteligência radiante e da extrema simpatia Wagner era um excelente produto?

E que Rui, por conta do temperamento oposto, era uma figura de dificílima digestão? A diferença entre o que representavam na época em que se elegeram e na imagem com que deixaram o governo marca o resultado das escolhas que fizeram para suas respectivas secretarias de comunicação. Enquanto Wagner, tal qual Lula, fez uma opção política ousada por um quadro ideológico do PT que o afastou dos jornalistas e deixou que concluísse o mandato apelidado de “Wagareza”, o que é uma imensa injustiça com seu importante legado, Rui investiu no atual secretário de Comunicação e deixou o governo sob sinônimo de eficiência, o “Correria”. São dados para Jerônimo avaliar.

Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.

Atualização: este artigo foi enviado para publicação ontem antes de o governador anunciar o nome do novo secretário de Comunicação, Luciano Suedde, ex-subsecretário de André Curvello e um profissional da área como ele. Com a escolha, Jerônimo evita erros do passado de seu grupo político e demonstra atenção aos critérios apontados pelo artigo para o cargo.

Raul Monteiro*

Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprova proposta do voto impresso

O projeto proíbe a adoção exclusiva do voto eletrônico; texto ainda precisa ser votado no Plenário da Casa

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, por 31 votos a 20, proposta que estabelece o voto impresso no Brasil e torna obrigatória a verificação de votos da urna eletrônica. O projeto também proíbe a adoção do voto puramente eletrônico. 

O texto aprovado é substitutivo do deputado José Medeiros (PL-MT) ao Projeto de Lei 1169/15, do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A proposta, que muda a Lei das Eleições, segue para a análise do Plenário.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Recontagem obrigatória
De acordo com o texto, imediatamente após o encerramento da votação, 5% das urnas eletrônicas serão selecionadas aleatoriamente para a contagem pública dos votos.

Essa escolha será feira por meio de sorteio público não-eletrônico, com a presença de representantes de partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outras entidades interessadas. 

A urna será aberta pela mesa receptora diante dos fiscais, e cada voto será retirado individualmente do repositório e lido em voz alta. Em seguida, apresentado pelo membro da mesa para exame visual e subsequente registro no boletim de urna. 

Os resultados da contagem pública e sua comparação com os dados eletrônicos serão registrados em ata, assinada por todos os presentes, e disponibilizados ao público para consulta.

Se houver discrepância na amostragem entre a apuração eletrônica e a apuração pública, prevalecerá o resultado do escrutínio público. Uma nova amostragem, de 10% das seções eleitorais do País, será selecionada, para novo escrutínio.  

Os votos conferidos serão guardados em urna com lacre assinado pelos participantes da apuração e preservados por um ano para eventuais recontagens.

Credibilidade
“Ao adotar essa medida, o processo eleitoral brasileiro reforçará sua credibilidade, assegurando aos eleitores que os resultados refletem fielmente a vontade popular”, defendeu o relator, José Medeiros.

Segundo ele, a presença de diversas entidades durante a seleção e recontagem das urnas promove a participação cidadã e o controle social, "elementos fundamentais em uma democracia sólida”.

Desconfiança
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) questionou a votação da proposta. “A urna eletrônica é uma conquista democrática e civilizatória”, disse. “Não vejo o projeto como o fim do mundo, mas ele tem como substrato um ambiente de desconfiança na urna eletrônica”, criticou. 

A deputada Bia Kicis (PL-DF), por outro lado, defendeu o texto. “É uma tentativa de trazer mais transparência ao processo eleitoral. Quem pode se opor a mais transparência? Não existe nenhum processo impassível de ser melhorado”, afirmou.

PEC rejeitada
Em 2021, o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta que determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições (PEC 135/19).

Reportagem - Paula Moraes
Edição - Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara aprova projeto que limita a concessão de liberdade provisória em diversos casos

Texto torna obrigatória a prisão preventiva de pessoa detida em flagrante que integre organização criminosa

Coronel Ulysses, autor da proposta
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) projeto de lei que prevê a prisão preventiva obrigatória de pessoa presa em flagrante quando integrar organização criminosa armada ou milícia, praticou o crime com violência ou grave ameaça com arma de fogo e em outras situações.

De autoria do deputado Coronel Ulysses (União-AC), o Projeto de Lei 714/23 será enviado ao Senado. O texto foi aprovado na forma de um substitutivo do relator, deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG).

De acordo com o texto, se houver indícios fundamentados de existência e autoria do crime, o juiz deverá negar liberdade provisória com ou sem medidas cautelares também se o agente:

  • for reincidente;
  • já tiver sido preso em flagrante por mais de uma vez e solto após audiência de custódia;
  • porta ilegalmente arma de fogo de uso proibido ou restrito; ou
  • em outras situações previstas na lei sobre tráfico de drogas.

Para a tomada de decisão, o delegado ou membro do Ministério Público deverá informar ao juiz, com dados concretos, se a pessoa integra organização criminosa armada ou milícia.

Em qualquer caso, a decisão deverá considerar a conduta social e os antecedentes criminais do agente preso.

Para o relator, deputado Lafayette de Andrada, limitar a concessão de liberdade provisória é necessário para garantir a eficácia da Justiça, a proteção da sociedade e a preservação da ordem pública e paz social. "O texto representa um passo importante para um sistema penal mais eficaz e comprometido com a segurança pública e que priorize a proteção da coletividade e o resguardo devido aos direitos humanos mais caros à sociedade."

Já o autor, deputado Coronel Ulysses, afirmou que a intenção é "moralizar" a audiência de custódia. "Em algumas situações, o mesmo preso foi liberado mais de 30 vezes. Isso dá uma sensação de impunidade. Esse instituto é uma vergonha, temos de acabar com essa demência", disse.

Audiência de custódia
O projeto permite a realização da audiência de custódia por videoconferência, pois a presença do acusado será preferencial.

Lafayette de Andrada fixou parâmetros para a realização da audiência por videoconferência, restringindo-a aos municípios que não possuem efetivo militar suficiente ou onde a saída do veículo para transporte do preso comprometa a segurança local.

Nessas situações, a audiência de custódia poderá ser por videoconferência em razão de decisão do juiz. Devem ser assegurados todos os direitos do preso, e a presença virtual é estendida ao delegado de polícia, ao defensor e ao Ministério Público.

Lafayette de Andrada, relator do projeto de lei
O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) defendeu a realização da audiência de custódia. "Poder verificar a legalidade da prisão não é relaxar diante do crime", disse. Ele também afirmou que o direito de se defender é mais reduzido para pessoas negras, pobres e com vulnerabilidade.

Segundo o deputado Kim Kataguiri (União-SP), autor de uma das quatro propostas apensadas, o projeto não acaba com a audiência de custódia. "Ele só determina que, se o sujeito é reincidente, faz parte de milícia ou organização criminosa, não poderá ter liberdade provisória", explicou.

Drogas
Nos crimes relacionados a drogas, a prisão preventiva deverá ser mantida quando:

  • o tráfico de drogas tiver evidências de ser internacional;
  • o crime for praticado por pessoa que tenha se valido de função pública, poder familiar, guarda ou vigilância;
  • a infração tiver sido cometida perto ou dentro de presídios, de escolas ou hospitais, sedes de entidades estudantis e outros locais sensíveis;
  • o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
  • caracterizado o tráfico entre estados;
  • a prática do crime envolver criança ou adolescente;
  • o agente financiar ou custear a prática do crime.

Na opinião do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), a polícia atualmente "enxuga gelo" e o projeto vai acabar com o "prende e solta".

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Unlabelled

Câmara aprova projeto que cria campanha nacional de combate à violência contra policiais.

Delegada Ione, relatora da proposta
A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria campanha nacional de combate à violência contra policiais. O texto também prevê o uso de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para ações de enfrentamento e combate à vitimização de policiais, incluindo medidas de prevenção, assistência psicossocial e proteção jurídica. A proposta será enviada ao Senado.

De autoria do deputado Alberto Fraga (PL-DF), o Projeto de Lei 779/24 foi aprovado nesta quarta-feira (11) na forma de um substitutivo da relatora, deputada Delegada Ione (Avante-MG).

Segundo o projeto, como parte da campanha Abril Branco, neste mês deverão ser realizadas ações com vários objetivos. Entre eles:

  • promover discussões com especialistas sobre as medidas de proteção;
  • financiar e realizar campanhas com foco no treinamento tático das corporações;
  • financiar instituições para compatibilidade de armamento e compra de equipamentos necessários à proteção dos policiais durante as atividades.

Será criado ainda o Programa Nacional de Prevenção e Combate à Vitimização dos Profissionais de Segurança Pública e de Defesa Social, com diretrizes, políticas, planos e ações para esse objetivo.

A relatora, deputada Delegada Ione, afirmou que o texto oferece uma resposta concreta à sensação de insegurança que permeia o Brasil. "Também convida ao debate, à melhoria e à aprovação de legislação capaz de resguardar a integridade dos profissionais de segurança", disse.

Segundo a deputada, ter um programa específico de prevenção e combate à vitimização de policiais é uma resposta contundente à necessidade de valorizar e proteger os agentes que atuam na linha de frente.

Entre 2016 e 2022, cerca de 1.550 policiais civis e militares foram mortos, média de um policial estadual morto a cada 39 horas. E entre 2021 e 2022, ocorreram 183 suicídios de policiais militares e civis da ativa no País.

Prioridade jurídica
O projeto altera o Código de Processo Penal para dar prioridade a inquéritos e processos que apurem prática de crimes com emprego de violência contra agente de segurança pública em serviço ou em razão dele.

A prioridade será concedida a esse público também em processos na vara cível que tenham por objeto responsabilização civil decorrente de crime com emprego de violência contra agente de segurança pública ou de defesa social.

Regime diferenciado
Na Lei de Execução Penal, o projeto prevê a aplicação de regime disciplinar diferenciado a presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que praticaram homicídio ou lesão corporal gravíssima contra agente de segurança pública ou de defesa social.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Ubatã: PM prende homem com pistola 9mm, carregadores e munições

Uma guarnição do 3º Pelotão da Polícia Militar, pertencente a 55ª CIPM, prendeu um homem de 43 anos com uma pistola calibre 9mm na avenida Landulfo Alves, na noite desta quarta-feira, 11, em Ubatã. Conforme informou a PM, a prisão ocorreu após abordagem a um veículo Pálio. O condutor do veículo, que não teve a identidade revelada, portava a arma na cintura e dois carregadores municiados.

O suspeito ainda portava um coldre de cintura, 01 porta carregador e 33 munições de pistola calibre 9mm. A abordagem ao veículo e a respectiva prisão ocorreram, ainda de acordo com a PM, após denúncia anônima. O homem foi preso em flagrante e apresentado, juntamente com o material apreendido, na Delegacia Territorial de Ilhéus. (Ubatã Notícias)

Khamenei culpa EUA e Israel em 1º pronunciamento após queda de Assad na Síria

‘Não deve haver dúvidas de que o que aconteceu na Síria é o resultado de um plano conjunto americano e sionista’, disse o líder supremo do Irã em um discurso na TV estatal nesta quarta-feira (11)
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez declarações contundentes sobre a situação na Síria, afirmando que a queda do governo de Bashar al-Assad é parte de uma estratégia orquestrada pelos Estados Unidos e Israel. “Não deve haver dúvidas de que o que aconteceu na Síria é o resultado de um plano conjunto americano e sionista”, disse em um discurso veiculado pela televisão estatal nesta quarta-feira (11).

Além de criticar a intervenção externa, Khamenei destacou que um país vizinho da Síria também desempenhou um papel significativo nos eventos recentes. O líder iraniano também rejeitou especulações sobre um possível enfraquecimento do Irã após a queda do governo sírio. Pelo contrário, Khamenei acredita que a situação pode levar a um fortalecimento da influência iraniana na região, desafiando a narrativa de que a perda de Assad seria um golpe para Teerã.

Khamenei enfatizou que o plano visa desestabilizar a região. “Esses analistas ignorantes não têm consciência do significado da resistência. Eles pensam que se a resistência enfraquecer, o Irã Islâmico também enfraquecerá. Mas eu digo, com a ajuda e o poder de Deus, o Irã é poderoso e se tornará ainda mais poderoso”, afirmou o líder supremo do Irã. Por Jovem Pan

Adolescente suspeito de homicídios e tráfico de drogas é apreendido em São Francisco do Conde

Foto: Divulgação /Policia Civil
A Polícia Civil, por meio da 21ª Delegacia Territorial (DT/ São Francisco do Conde), apreendeu, na terça-feira (10), um adolescente de 17 anos suspeito de envolvimento em homicídios e tráfico de drogas no município. A operação, realizada em parceria com a Polícia Militar, ocorreu no distrito de Caípe, onde o adolescente foi encontrado em posse de um revólver e porções de entorpecentes.

As investigações indicam que o adolescente é integrante de um grupo criminoso e estaria envolvido em pelo menos dois homicídios recentes no município. Os crimes investigados são os assassinatos de Riquelmy Nascimento Ribeiro, ocorrido em 26 de novembro, na Rua do Quiabo, e de Maria dos Santos da Conceição, em 1º de dezembro de 2024, na Rua Jerusalém. As vítimas, identificadas como membros de um grupo rival, foram mortas a tiros em circunstâncias que sugerem um conflito relacionado à disputa pelo controle do tráfico de drogas.

Durante a apreensão, o adolescente confessou sua participação nos crimes, alegando que os homicídios foram motivados por vingança e pela disputa por pontos de venda de drogas. A Polícia Civil já solicitou exames de microcomparação balística para verificar se a arma apreendida foi utilizada nos fatos mencionados. O adolescente encontra-se à disposição da Justiça, tendo o Poder Judiciário decretado sua internação imediata.

Segundo depoimentos de testemunhas ouvidas durante a investigação, o suspeito teria agido ao lado de outros integrantes do grupo, que atualmente estão foragidos. As diligências resultaram na identificação de dois cúmplices apontados como coautores dos homicídios, que estão sendo procurados pelas autoridades.
Fonte: Ascom PCBA

Câmara dos Deputados altera Estatuto do Desarmamento e permite regularização de armas

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (11) um projeto de lei que altera o Estatuto do Desarmamento e permite a regularização de armas de fogo ilegais.

A norma prevê que os proprietários desses artefatos “ainda não registrados ou com registro vencido” poderão solicitar o registro no prazo máximo de um ano a partir da publicação da lei. O estatuto, de 2003, previa que esse registro de armas deveria ocorrer até 31 de dezembro de 2008.

Inicialmente, o texto aprovado na comissão de Segurança Pública da Câmara e chancelado pelo relator da matéria, Ismael Alexandrino (PSD-GO), não determinava prazo para que essa regularização ocorresse —dizia que os proprietários poderiam “solicitar seu registro a qualquer tempo”. Ele recuou da decisão e incluiu a previsão desse prazo máximo.

Esse registro ocorrerá mediante apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa, acompanhados da comprovação da posse lícita anterior à publicação da lei e “de declaração firmada na qual constem as características da arma, inclusive sua numeração, desde que não esteja adulterada, obedecendo os critérios de autorização da posse”.

No plenário, o relator defendeu a proposta. Ele afirmou que houve entendimento de ser “razoável” criar uma “janela para esse registro, por tempo determinado” para que as armas fossem recadastradas.

“Entendemos, inclusive, que isso já deveria ter sido feito. Porque são armas que estão invisíveis para o poder público e se tornarão visíveis, entrarão nos mapas”, afirmou.

Nesta quarta, a votação foi simbólica. O PSB e a federação PSOL-Rede foram contra o projeto. A federação PV-PC do B-PV liberou a bancada, mas a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) afirmou ao microfone em plenário que o PT era contra. O texto, agora, segue para o Senado.

O governo orientou favorável ao texto. Um dos vice-líderes do governo na Casa, Alencar Santana (PT-SP), no entanto, disse que ainda há pontos que o Executivo não concorda. Ele também ressaltou que não há compromisso para sanção da norma.

“O nosso governo é contra a política armamentista, defendemos o Estatuto do Desarmamento, uma sociedade menos violência e mais segura para todos, cidadão e forças de segurança. Relator teve sensibilidade de entender as ponderações do governo e de outros setores e melhorou o texto de maneira significativa”, disse.

O projeto também altera o Estatuto do Desarmamento para flexibilizar a aquisição de arma de fogo. Antes, era vedado caso o interessado estivesse respondendo a inquérito policial ou a processo criminal.

Agora, não poderão adquirir o artefato quem tiver sido condenado por sentença com trânsito em julgado e não estar respondendo a inquérito policial em curso por crime doloso contra a vida, crime qualificado como hediondo, crime contra a dignidade sexual, tentado ou consumado, crime tipificado na Lei Maria da Penha, crime cometido contra o patrimônio com o uso de violência, crime de ameaça ou cometido com grave ameaça.

Também não poderão adquirir armas quem estiver sob restrição por medida protetiva.

Será necessário ainda comprovação de idoneidade, com apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pelas justiças federal, estadual, militar e eleitoral.

Além disso, o relator aumentou o prazo para renovação do registro. No substitutivo, esse prazo saltaria para 10 anos —o Estatuto do Desarmamento previa essa renovação a cada 3 anos. Em seu parecer final, estabeleceu um meio-termo, com prazo de 5 anos.

O relator retirou de seu parecer trecho que revogaria a proibição do porte de armas como regra geral, ponto que tinha recebido críticas de entidades, como o Instituto Sou da Paz.

O projeto também trata da doação de armas apreendidas para as forças de segurança da União, dos estados e municípios, além das Forças Armadas. O texto prevê que armas, acessórios e munições apreendidas “quando não mais interessarem à persecução penal”, serão encaminhadas ao Exército no prazo máximo de 48 horas para destruição ou doação aos órgãos de segurança.

De autoria do senador Wilder Morais (PL-GO), o projeto integra um pacote de pautas relacionadas à segurança pública patrocinado pela bancada da bala na Casa e que será apreciado nesta semana por determinação do presidente Arthur Lira (PP-AL).

Esse pacote surgiu da demanda dos parlamentares em darem resposta aos índices de violência no país e atuação das polícias.

“É um assunto que preocupa muito a população brasileira e tem causado muitas decisões justas ou injustas por parte da administração na área, o que tem chamado a atenção da mídia. São assuntos que estão no nosso dia a dia. O crescimento da influência das facções criminosas no Brasil tem sido claro”, disse Lira na terça (10).

Mais cedo nesta quarta, os deputados também aprovaram outro projeto do pacote que altera o Código de Processo Penal e torna obrigatória a decretação de prisão preventiva após audiência de custódia em diversos casos, entre eles se a pessoa for reincidente.

A norma prevê que a pessoa será privada da liberdade provisória após audiência de custódia “havendo fundados indícios de materialidade e autoria do crime” também quando já tiver sido presa em flagrante por mais de uma vez (e ter sido liberada após audiência), integrar organização criminosa armada ou milícia, portar ilegalmente arma de fogo de uso proibido ou restrito e praticar crime com violência ou grave ameaça com uso de arma de fogo, além de tráfico de drogas qualificado.

A votação foi simbólica, quando não há registro dos votos em painel. Somente a federação PSOL-Rede orientou contra a aprovação. O texto será enviado ao Senado.

Desde 2015, ano de estabelecimento das audiências de custódia, a pessoa que é presa deve ser levada à presença de um juiz em até 24 horas, com a presença de advogado ou da Defensoria Pública. O magistrado avalia a legalidade do flagrante e da prisão e se haverá medidas cautelares e investiga, por meio de indícios e relatos, se houve maus-tratos ou tortura.

Em novembro, os deputados aprovaram um requerimento de urgência do projeto, que acelera a tramitação da proposta na Casa, já que ela não passa pela análise nas comissões temáticas e segue para o plenário.

O projeto inicialmente determinava a decretação de prisão preventiva após audiência de custódia para crimes hediondos. Mas o relator do texto, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), alterou essa previsão. À reportagem, diz que fez essa alteração porque “hoje em dia ‘crime hediondo’ foi banalizado”. “Tudo é crime hediondo”.

A proposta aprovada também prevê a possibilidade de as audiências de custódia serem realizadas por videoconferência.

A Câmara também aprovou nesta terça um projeto de lei que cria um cadastro nacional para monitoramento de facções criminosas e inclui as milícias entre as organizações a serem acompanhadas.

Victoria Azevedo/Folhapress

Banco Central anuncia intervenção no câmbio com leilões de até US$ 4 bilhões

               Dólar fechou em forte queda nesta quarta (11) e recuou a patamar abaixo de R$ 6
O Banco Central anunciou que fará uma nova intervenção no câmbio nesta quinta-feira (12), com a realização de dois leilões de dólares com oferta total de US$ 4 bilhões.

Essa modalidade é chamada de leilão de linha, quando o BC vende reservas internacionais no mercado à vista, mas com o compromisso de recompra em um prazo determinado.

Serão aceitos no máximo US$ 2 bilhões para cada uma das ofertas. As operações de venda serão liquidadas na próxima segunda-feira (16).

O BC prevê como data de recompra do leilão da “linha A” o dia 4 de fevereiro de 2025. As propostas serão acolhidas entre 10h20 e 10h25. Já o leilão da “linha B”, que terá as propostas acolhidas entre 10h35 e 10h40, tem 2 de abril de 2025 como prazo de recompra.

Nesta quarta-feira (11), o dólar fechou em forte queda e voltou ao patamar abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde 28 de novembro, dia do anúncio do pacote de medidas de contenção de despesas, que gerou frustração no mercado financeiro. A moeda americana terminou o dia cotada a R$ 5,970, em depreciação de 1,27%.

A taxa de câmbio a ser utilizada para venda de dólares será a da Ptax das 10h do dia do leilão. Calculada pela autoridade monetária com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax é uma taxa de câmbio que serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

O último leilão de linha realizado pelo BC ocorreu em 13 de novembro, quando também foram ofertados US$ 4 bilhões em dois certames. Tradicionalmente, a autoridade monetária costuma fazer esse tipo de operação no fim do ano, período em que empresas com filiais no Brasil enviam recursos ao exterior.

Neste ano, o BC também atuou no câmbio em setembro, quando vendeu 14.700 contratos de swap cambial ofertados em leilão extraordinário —o equivalente a US$ 735 milhões. A compra de contrato de swap pela autoridade monetária funciona como injeção de dólares no mercado futuro, e quem compra está protegido em caso de desvalorização do real.

No fim de agosto, foram realizadas outras duas intervenções. Na primeira, o BC aceitou uma única oferta e vendeu US$ 1,5 bilhão no mercado à vista de câmbio. Na segunda, foram vendidos 15.300 contratos de swap —o equivalente a US$ 765 milhões— de um total de 30.000 ofertados (US$ 1,5 bilhão).

A primeira intervenção no câmbio sob o governo Lula ocorreu em abril, quando o BC realizou um leilão adicional de 20 mil contratos de swap cambial, atuando no mercado futuro. Foram vendidos todos contratos ofertados —o equivalente a US$ 1 bilhão.

Em 2023, o BC atravessou o ano sem ter realizado leilões extras de dólar em meio a um cenário de baixa volatilidade do real e de forte fluxo comercial.

Nathalia Garcia/Folhapress

Polícia Militar realiza série de ações com prisões e apreensões de drogas em Ipiaú

Nesta quarta-feira, 11, a Polícia Militar de Ipiaú realizou operações distintas que resultaram em prisões e apreensões de drogas em diferentes pontos da cidade.

Por volta das 08h30, na Rua da Granja, próximo ao Posto de Saúde, dois jovens, de 21 e 18 anos, foram presos por tráfico de drogas. Durante a abordagem, os policiais encontraram com eles cerca de 20 porções pequenas de maconha e uma porção maior armazenada em um saco de “apolo”.

Pouco tempo depois, às 09h, ainda na Rua da Granja, uma jovem foi detida portando 17 pinos de cocaína, um tablete supostamente de cocaína com 154 gramas, uma balança de precisão e R$ 300 em espécie.

Já às 10h20, outro suspeito foi abordado na mesma rua enquanto conduzia uma motocicleta. Com ele, os policiais apreenderam 16 pinos de cocaína e R$ 270 em espécie.

Por volta das 11h, na 1ª Travessa Simplício, bairro Euclides Neto, a PM prendeu um jovem que estava em posse de mais de 500 gramas de maconha, 22 comprimidos de drogas sintéticas, duas pedras de crack, um caderno com anotações do tráfico e R$ 3.702 em espécie.

Todos os detidos, juntamente com os materiais apreendidos, foram encaminhados para a delegacia de plantão de Ipiaú, onde permanecem à disposição da Justiça. A Polícia Militar reforça a importância da participação da comunidade no combate ao tráfico de drogas por meio de denúncias anônimas. (Giro Ipiaú)

Lewandowski manda para Casa Civil proposta de decreto para regular uso da força policial

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, enviou para análise da Casa Civil uma proposta de decreto para regular o uso da força policial em abordagens.

O texto, que regulamenta por decreto uma lei já vigente, permite que o Ministério da Justiça estabeleça diretrizes sobre abordagens policiais e uso de armas letais e não letais.

A proposta já havia sido anunciada por Lewandowski, em meio à repercussão do caso em que um policial militar lançou um homem de uma ponte em São Paulo.

A minuta não detalha as ações que deverão ser seguidas pelos policiais, mas estabelece um prazo de 90 dias para que o Ministério da Justiça elabore diretrizes complementares.

O decreto não obriga que os estados e o Distrito Federal sigam as normas do decreto, mas condiciona o envio de recursos federais para os aderirem as medidas.

Caio Crisóstomo, Folhapress
Unlabelled

Comissão da Câmara aprova pacote anti-MST e facilita reintegração de posse

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) um projeto de lei para permitir que proprietários de imóveis rurais e urbanos possam solicitar força policial para a retirada de invasores, independentemente de ordem judicial.

A matéria integra o chamado pacote anti-MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que tramita no Congresso. O texto, que agora vai ao plenário da Casa, foi relatado pelo deputado Tenente Coronel Zucco (PL-RS), que presidiu a CPI do MST na Câmara no ano passado.

A CCJ é presidida pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC).

A deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), apresentou voto em separado, contra o projeto.

A matéria determina que o proprietário “poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força ou utilizar força policial, independentemente de ordem judicial”, contanto que “o faça logo e que os atos de defesa ou desforço não ultrapassem o indispensável à manutenção ou restituição da posse”.

O projeto prevê que esse direito de uso da força será exercido em até 180 dias a contar da ciência do ocorrido. Havendo necessidade do uso de força, o projeto determina que os atos deverão ser executados com apoio da Polícia Militar ou da Polícia Federal, conforme a respectiva competência.

O texto diz que a autoridade policial, ao ser notificada pelo proprietário da invasão, terá 48 horas para tomar medidas necessárias —sob pena de incorrer na prática de improbidade administrativa se descumprir o prazo.

Além disso, a proposta determina que juízes deverão cumprir decisões em ações de manutenção ou reintegração de posse em até 48 horas e terão de tomar todas as medidas necessárias a “seu imediato cumprimento”, entre elas a suspensão do fornecimento de serviços públicos na área em que ocorrer a invasão e remoção de todos os participantes “independentemente de estarem identificados” no mandado.

O texto diz ainda que a autoridade que não der cumprimento à decisão judicial no prazo de até 15 dias, contados da ciência da decisão, incorrerá na “prática do crime de desobediência”.

O projeto também altera artigo do Código Penal e determina que invadir, ocupar ou permanecer de forma não autorizada em terreno ou edifício alheio “para o fim de esbulho possessório ou para reivindicar qualquer ação ou inação do Estado” terá pena de reclusão de um a quatro anos, além de multa.

O relator incluiu em seu parecer várias circunstâncias em que essa pena poderá ser aumentada, entre elas caso o ato seja cometido por três ou mais pessoas (será dobrada) e se ocorrer em propriedade rural produtiva (aumenta em um terço).

Por fim, o projeto também altera lei do governo Lula (PT) que trata do reconhecimento, demarcação, uso e gestão de terras indígenas para prever que o Executivo terá de indenizar proprietários que tiverem sua propriedade invadida por indígenas em áreas sem a conclusão do processo de demarcação de terras.

O relator diz que a indenização inclui “danos e prejuízos materiais e imateriais, bem como lucros cessantes decorrentes da impossibilidade de realização do preparo, do plantio e da colheita”. E afirma que enquanto ocorrer essa invasão, serão “suspensos todos os atos relativos ao procedimento” de demarcação de terras do local.

O pacote anti-MST é uma das principais bandeiras da bancada ruralista, que desde 2023 promove uma investida contra o movimento, o que incluiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ocorrida no último ano e que foi a base deste grupo de projetos.

A Frente Parlamentar da Agropecuária, fiadora da bancada ruralista, é uma das principais forças do Congresso, reunindo cerca de 300 deputados e 50 senadores.

Parte destas propostas já avançou para o Senado, como mostrou a Folha, e uma série delas segue na Câmara.

Por exemplo, o projeto, atualmente na CCJ, que altera o Código Penal para aumentar a pena do crime de invasão de domicílio. Ele prevê que a detenção por essa conduta será de um a dois anos, além de multa (e não mais um a três meses, como é previsto hoje).

Além disso, determina que se o crime é cometido durante a noite, ou com emprego de violência ou de arma e por duas ou mais pessoas a pena será de reclusão de um a três anos e multa, além da pena “correspondente à violência” (e não mais detenção de seis a dois anos).

À essa proposta, foram apensadas outras matérias, que também querem endurecer a punição a invasores de propriedade

Outra proposta do pacote anti-MST na CCJ é a que cria o Cadastro Nacional de Invasões de Propriedades, num revés para parlamentares de esquerda.

Seu objetivo é identificar e responsabilizar os envolvidos em casos de invasão de propriedades privadas ou públicas. O projeto tramita de forma conclusiva nas comissões então, se for aprovado, pode ir direto ao Senado, sem passar pela votação no plenário da Câmara.

De autoria do deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), o texto prevê que esse cadastro será integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública.

Nogueira diz em sua justificativa que a proposta quer “preservar a ordem pública, proteger os direitos de propriedade e garantir a responsabilização daqueles que se envolvem em invasões de propriedades”.

Neste ano, também foi aprovado na CCJ um projeto de lei que determina que movimentos sociais e populares organizados em mais de três estados devem adquirir personalidade jurídica.

Victoria Azevedo e João Gabriel, Folhapress

Sacola de dinheiro que primo de Elmar jogou pela janela antes de ser preso valia todo o seu patrimônio

Francisco Nascimento arremessou uma bolsa de dinheiro vivo pela janela de sua residência no momento da ação policial
O vereador Francisco Manoel do Nascimento Neto, o Francisquinho Nascimento (União Brasil), de Campo Formoso, na Bahia, declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 213 mil. Ele foi preso pela Polícia Federal na terça-feira, 11, na Operação Overclean.

Antes de ser preso, o vereador jogou uma sacola de dinheiro pela janela. Na sacola, segundo a PF, havia R$ 220 mil. Francisco terá que explicar a origem do dinheiro e por que ele estava guardado em casa.

Ao registrar candidatura, ele declarou que tinha R$ 40 mil em dinheiro vivo, além de US$ 1,5 mil dólares e 2,5 mil euros em espécie. Em contas bancárias, segundo a declaração de bens à Justiça Eleitoral, havia cerca de R$ 14 mil. O vereador informou ainda a posse de uma casa financiada, pela qual ele teria pago R$ 112 mil até então, e de R$ 25,5 mil em participações de um laboratório de análises clínicas.

Francisco é primo do deputado federal Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados. Elmar não é investigado. Antes de ser vereador, foi secretário-executivo da prefeitura de Campo Formoso, na gestão do irmão de Elmar, o prefeito Elmo Nascimento (União), reeleito em 2024.

O vereador é um dos investigados em um suposto esquema de desvios de emendas parlamentares direcionadas ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a outros órgãos públicos. A Polícia Federal estima que o prejuízo causado seja de pelo menos R$ 162 milhões.

Além de Francisco, outras 16 pessoas foram presas preventivamente. A Justiça Federal também determinou o afastamento de oito servidores público e o bloqueio de bens dos investigados. O processo tramita na 2.ª Vara Federal de Salvador.

A PF afirma ter encontrado indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.
Rayssa Motta/Estadão

Novo primeiro-ministro sírio pede que exilados voltem ao país

‘Temos de reconstruir, renascer e precisamos da ajuda de todos’, afirmou Mohamed al-Bashir
O novo primeiro-ministro de transição da Síria pediu aos sírios que buscaram refúgio no exterior que retornem ao país após a queda do presidente Bashar al-Assad. Mohamed al-Bashir, nomeado pelos grupos rebeldes como chefe de Governo de transição até março, disse ao jornal italiano Corriere della Sera que um dos seus primeiros objetivos é “recuperar os milhões de refugiados sírios que estão no exterior”. “Seu capital humano e sua experiência permitirão ao país florescer”, disse Bashir em uma entrevista publicada nesta quarta-feira

“Meu chamado é para todos os sírios no exterior: a Síria é agora um país livre que conquistou seu orgulho e dignidade. Voltem. Temos de reconstruir, renascer e precisamos da ajuda de todos”, afirmou. Assad fugiu da Síria após uma coligação opositora liderada pelo grupo islamista Hayah Tahrir al Sham (HTS) tomar a capital Damasco em uma ofensiva relâmpago que pôs fim a cinco décadas de poder.

Quase 14 anos de guerra civil deixaram meio milhão de mortos e obrigaram metade da população a deixar suas casas. Milhões de pessoas encontraram refúgio no exterior. Mas a saída dos Assad também deixa o país diante de incertezas e receios de violência sectária, embora o HTS tenha prometido que todas as minorias religiosas estarão seguras.

Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações da AFP

Justiça deixa Caiado inelegível e cassa prefeito Sandro Mabel

A juíza da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia Maria Umbelina Zorzetti determinou a inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e a cassação da chapa do prefeito eleito de Goiânia Sandro Mabel (União Brasil). A decisão ocorre no âmbito de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por abuso de poder político, pelo uso do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, em eventos de apoio à candidatura de Mabel. As informações são do site Metrópoles

Na sentença, a juíza eleitoral estabeleceu ainda uma multa de R$ 60 mil para Caiado, R$ 40 mil para Mabel e R$ 5,3 mil para Cláudia Lira, vice de Mabel. A magistrada criticou o “descaso” de Caiado com a legislação eleitoral. “Na avaliação do aspecto qualitativo, não há como negar a reprovabilidade da conduta do investigado Ronaldo Caiado ao realizar eventos dentro do Palácio das Esmeraldas”, escreveu.

Destaques