Famílias aguardam processamento do material genético para identificação de vítimas do acidente que matou 41 pessoas na BR-116
O acidente envolveu um ônibus, uma carreta e um carro de passeio, e aconteceu por volta das 3h30 da manhã, no KM 285 da rodovia. O ônibus havia saído de São Paulo com destino a Vitória da Conquista.
De acordo a TV Bahia, a coleta aconteceu nas cidades de Vitória da Conquista, Jequié, Itaberaba e Santo Antônio de Jesus. O processamento acontece em Salvador, no Instituto Médico Legal. Com a conclusão do procedimento, as informações são disponibilizadas para a equipe de polícia de Minas Gerais.
Quatro baianos estavam no ônibus e já foram identificados, entre eles Selma Soares de Jesus, Bianca de Jesus Ferreira, de 27 anos, Josinaldo Pereira, de 30 anos e a filha do casal, Valentina de Jesus Pereira, de 1 ano e 2 meses. Segundo a emissora, as vítimas iam passar as festas de final de ano na cidade de Ipiaú.
Secretário de Conquista recebeu 27 depósitos no mesmo dia de operador de esquema investigado na Overclean, diz PF
Outro preso nesta segunda-feira (23) na segunda fase da Operação Overclean, o secretário de mobilidade de Vitória da Conquista, no Sudoeste, Lucas Dias, é acusado de receber R$ 271 mil da organização criminosa. Só em um único dia [11 de abril de 2023], o secretário de mobilidade teria recebido R$ 27 mil via 27 depósitos efetuados por Clébson Cruz de Oliveira, tido como operador do esquema e ligado aos empresários Alex e Fábio Parente.
Segundo inquérito da Polícia Federal (PF), só em 2022, a prefeitura de Vitória da Conquista firmou três contratos com a Larclean Saúde Ambiental Ltda. ME., cujos valores, no total, ultrapassaram R$ 3 milhões. Clebson Cruz de Oliveira foi funcionário da Larclean Saúde, além de ser ex-sócio de Fábio Parente nas empresas Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda, pivô das investigações.
Lucas foi chefe de gabinete da prefeitura de Vitória da Conquista até 24 de outubro deste ano, migrando para secretaria de mobilidade, onde responde atualmente.
SERVIDORA AFASTADA
Ainda em Vitória da Conquista, a Justiça Federal determinou o afastamento temporário de Lara Lélis, coordenadora de Patrimônio da prefeitura de Vitória da Conquista. A servidora figurava como representante do comprador, em contrato firmado entre a prefeitura e a empresa Larclean Saúde Ambiental Ltda. ME.
Segundo investigação, Lélis seria responsável por ajuste de uma planilha em quantia superior a R$ 5 milhões relativa a entidades, pessoas vinculadas e possíveis contratos com os municípios de Vitória da Conquista e Ibicaraí, no Sul baiano.
A PF informou que a servidora era atrelada à sigla “LL”, e há, ao menos, três registros indicando repasse à servidora: um de R$ 10 mil, em janeiro de 2022; outro de R$ 15 mil em outubro e mais um de R$ 10 mil em novembro. Os dois últimos não têm indicação do ano referido.
Por Francis Juliano/Bahia noticias
Projeto redefine prazos para a renovação da CNH conforme a idade do motorista
Proposta precisa ser aprovada pela Câmara e, em seguida, pelo Senado
Pelo texto, os prazos de renovação serão estendidos para 15 anos para condutores com menos de 50 anos. Motoristas com idade de 50 e 70 anos deverão renovar a CNH a cada 7 anos e os com mais de 70 anos a cada 3 anos.
O projeto também altera o CTB para conceder desconto de 60% nas taxas de renovação da CNH para condutores com idade superior a 50 anos e isenção para beneficiários de programas de transferência de renda do governo federal e pessoas com deficiência.
“O objetivo é alinhar os prazos de renovação da CNH com as melhores práticas internacionais e os avanços da medicina, tecnologia e segurança viária”, afirmou o autor, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). Ele destaca que a expectativa de vida do brasileiro aumentou significativamente, o que justifica a extensão dos prazos de renovação.
Próximos passos
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, o projeto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Dino manda suspender pagamento de R$ 4 bi em emendas e aciona PF
Dino também determinou a instauração de um inquérito pela Polícia Federal para apurar a liberação desses valores, “a fim de que os fatos sejam adequadamente esclarecidos, inclusive com a oitiva dos citados parlamentares”.
Vice-prefeito de Lauro de Freitas é preso na Operação Overclean
As ordens judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de Brasília/DF, Salvador/BA, Lauro de Freitas/BA e Vitória da Conquista/BA
Estão sendo cumpridos, nas cidades de Brasília/DF, Salvador/BA, Lauro de Freitas/BA e Vitória da Conquista/BA, 10 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva, uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público de suas funções, além de medidas de sequestro de bens.
Além disso, nesta fase foi determinado o sequestro de aproximadamente R$ 4,7 milhões, valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, e diversos veículos de luxo.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão provenientes de contratos fraudulentos e de obras superfaturadas. O grupo também contava com uma célula de apoio informacional, composta por policiais, que tinha a função de repassar informações sensíveis à organização criminosa, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Mucio vence conciliação e pode deixar Defesa sem resolver orçamento de militares
Sem conseguir grandes avanços no Congresso, acumulou derrotas com seguidos congelamentos no orçamento e a inclusão das Forças no pacote de corte de gastos proposto pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda). Agora, pode deixar a pasta, a pedido dele mesmo, com militares insatisfeitos com o aperto nas contas.
Aliados do ministro da Defesa citam, sob reserva, um momento que marcou Mucio naquele que pode ter sido seu último ano completo no governo Lula.
Ele recebia cumprimentos de empresários em 8 de outubro, em evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria), quando teve o discurso elogiado por um dos principais representantes da Base Industrial de Defesa do país.
No salão ainda cheio, Mucio respondeu que ensaiava o sermão havia semanas, ciente de que petistas ficariam desgostosos com o palavrório.
“A questão diplomática interfere na Defesa. Houve agora uma concorrência, uma licitação. Venceram os judeus, o povo de Israel, mas por questões da guerra, o Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas não podemos aprovar”, discursou.
O ministro se referia ao veto de Lula ao contrato entre o Exército e a empresa Elbit Systems, de Israel, para a compra de 36 obuseiros, armamento semelhante a um canhão de longo alcance e precisão usado pela artilharia.
O pleito envolvia atritos com setores do governo e do PT —grupos que apelidaram Mucio de “general sem farda”. No caso dos obuseiros israelenses, a disputa pública acabou revelando contrariedades entre Mucio e o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim.
O ministro da Defesa, porém, não esconde que gosta de ser visto como o preposto dos militares no governo. Diz que as críticas aumentam sua credibilidade junto às Forças.
Com a missão de 2024, Mucio foi à Câmara dos Deputados, em abril, pedir aos congressistas a aprovação de uma PEC que define um percentual mínimo do PIB (Produto Interno Bruto) como orçamento de Defesa.
“Nós não precisamos de 2% como os países da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte]. A Colômbia, um país pequeno, tem 3,6% do PIB. Nossos vizinhos estão com um orçamento maior que o Brasil. Mas diante das nossas prioridades, nós não estamos investindo em uma defesa, que é a guardiã do nosso território, nossa soberania”, disse o ministro ao lado dos comandantes das Forças Armadas, que entraram no primeiro ano da gestão Lula com verbas equivalentes a pouco acima de 1% do PIB.
O orçamento do Ministério da Defesa para 2024 está em R$ 128,1 bilhões, de acordo com o Portal da Transparência do governo federal. Trata-se de um avanço nominal de 4,5% em relação a 2022, último ano da gestão Bolsonaro, e de 2,8% contra um ano antes.
As discussões sobre o fim de alguns benefícios das carreiras das armas, como a fixação de uma idade mínima para aposentadoria, foram a principal dor de cabeça para Mucio neste ano.
Segundo relatos feitos à Folha, Haddad pediu a inclusão dos militares no pacote de corte de gastos também como um símbolo. A promessa era de que as demais carreiras do funcionalismo público seriam as próximas a entrar no plano de contenção de despesas —o que não ocorreu.
Haddad defendia que a idade mínima de aposentadoria dos militares, fixada em 55 anos, entrasse em vigor num prazo de até dois anos. Os chefes militares pediam uma regra de transição de dez anos.
Sem um acordo entre as partes, os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica foram levados por Mucio ao presidente Lula para um encontro no Palácio da Alvorada, no fim de novembro.
Os chefes militares entregaram uma carta a Lula na qual expunham suas razões para alargar a transição para as novas regras. O presidente se mostrou disposto a acatar o prazo de dez anos, segundo uma pessoa que participou da reunião.
O vídeo institucional produzido pela Marinha que rebatia as acusações de privilégios militares, divulgado no dia seguinte ao encontro com Lula, fez toda a articulação desabar. Mucio disse a Lula para enviar o projeto de lei da forma como já estava escrito porque não queria mais discutir o assunto.
O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, teve a demissão avaliada pelo ministro da Defesa. A conclusão de Mucio foi de que o desgaste com a eventual demissão seria maior do que contornar a crise.
Mucio é um dos ministros mais próximos de Lula. Apesar dos reveses, mantém a confiança do presidente. A rotina desgastante e o eterno conflito entre as Forças e o governo fizeram o ministro comentar com Lula sobre sua vontade de deixar a Defesa.
Ele aceitou o convite para comandar a pasta, ainda na transição de governo, com a condição de que não iria permanecer no cargo durante todo o terceiro mandato de Lula. Os desgastes se acumularam nos últimos meses, com o desenrolar das investigações de militares envolvidos na trama golpista de 2022, no final do governo Jair Bolsonaro (PL).
Como um de seus atos finais, Mucio quer convocar a imprensa para uma coletiva em meados de janeiro. A ideia é mostrar todas as ações realizadas pelas Forças Armadas em 2024.
Auxiliares do ministro já reuniram os números das operações militares no ano e enviaram ao gabinete de Mucio. Foram 62.200 militares empregados em ações, mais de 10 mil horas de voo, 2.663 brasileiros repatriados no Líbano e 71 mil resgates nas enchentes do Rio Grande do Sul.
Ele quer ainda destacar o inédito alistamento militar feminino e os avanços para a criação de uma carreira civil no Ministério da Defesa.
Antes, porém, Mucio pretende tirar duas semanas de folga após o Natal para conversar com a família e amigos. Segundo interlocutores, é momento para assentar seus pensamentos sobre o futuro.
51% dos brasileiros dizem ter mais medo da polícia do que confiança nela, segundo Datafolha
O dado supera por pouco o de pessoas que afirmaram mais confiar na polícia do que temê-la: são 46%.
O instituto entrevistou 2.002 pessoas, de 16 anos ou mais, em 113 municípios de todo o país em 12 e 13 de dezembro deste ano. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
O resultado é semelhante ao aferido na pesquisa anterior em que a mesma pergunta foi feita, em abril de 2019, em meio a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Na época, 51% afirmaram ter mais medo, enquanto 47% tinham mais confiança.
O pesquisador Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirmou que o resultado do levantamento deve servir de alerta para os agentes de segurança mudarem sua forma de atuação.
“A população não se sente segura em relação à forma de trabalho da polícia, mas não é de hoje”, disse ele. “Há aqui um reconhecimento de que a forma com que elas têm atuado historicamente tem incomodado, porque não é uma forma que vê a segurança e o direito social para todos.”
Para Carolina Diniz, coordenadora de enfrentamento à violência institucional da Conectas Direitos Humanos, o medo da polícia é um fenômeno cíclico. “Não se trata de uma situação que acontece agora. Em São Paulo, a situação está longe do controle, mas temos visto dados alarmantes ao longo da história do Brasil.”
A pesquisa do Datafolha aponta que o temor tem dado parecido entre gêneros (56% entre mulheres 52% entre homens). Há, no entanto, diferenças entre pretos (59%, ante 45% entre brancos) e entre eleitores de Lula e de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (58% no caso do primeiro e 40% no do segundo). As margens de erro nesses segmentos variam de 3 a 5 cinco pontos percentuais.
Segundo Diniz, os homens, geralmente, são os principais alvos da violência policial, mas são elas que cuidam dessas vítimas. “São as mulheres que sofrem essa violência, que não sabem se os filhos vão voltar para casa.”
No caso de quem tem mais confiança os agentes de segurança do que medo, as taxas mais altas estão entre homens (52%, ante 40% entre as mulheres), moradores da região Sul (57%), brancos (53%, ante 38% entre os pretos), e os eleitores de Bolsonaro no 2º turno da eleição presidencial de 2022 (58%, ante 38% entre os eleitores de Lula). As margens de erro nesses segmentos variam de três a seis pontos.
Nas últimas semanas, o estado de São Paulo enfrenta uma crise na segurança pública com casos em sequência de violência policial.
Em um deles, um soldado foi filmado jogando um homem em um córrego em Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Em outro, um estudante de medicina foi morto com um tiro disparado por um PM dentro de um hotel na Vila Mariana, também na zona sul.
Noutro episódio, um soldado, que estava de folga, matou um rapaz de 26 anos com 11 tiros no Jardim Prudência, na zona sul. Ele foi atingido ao tentar fugir com produtos de limpeza furtados de um mercado.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse durante entrevista coletiva, no último dia 18, que o estado tem uma excelente polícia. “Infelizmente, há desvios de conduta que serão severamente punidos. Não vamos passar pano em nada. Tolerância zero de desvio de conduta.”
O Datafolha mostrou também que a maioria da população (63%) disse ter tomado conhecimento sobre os casos de violência policial em São Paulo, sendo que 34% responderam estar bem informados sobre o tema, 25%, mais ou menos informados, e 4%, mal informados. Uma parcela de 37% declarou não ter conhecimento acerca dos casos –entre os que têm 16 a 24 anos, o índice sobe para 56%.
Entre aqueles que tiveram conhecimento dos recentes casos, 55% afirmaram ter mais medo que confiança na polícia, e 42%, mais confiança que medo.
Para Lima, do Fórum, a falta de segurança em geral no país contribui para que parte da população se sinta compelida a apoiar discursos que acabam por apoiar a violência policial.
Ele cita como exemplo o atual secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite. Capitão reformado, Derrite foi questionado em um podcast, em maio de 2021, sobre os motivos que o levaram a deixar a Rota. “A real? Porque eu matei muito ladrão”, disse na ocasião.
Ainda segundo Lima, a pesquisa mostra que declarações desse tipo “vão afetando esse outro lado que é a legitimidade da polícia enquanto instituição reconhecida e responsável pelo provimento de segurança pública e ordem”.
Gleisi critica editorial da Folha de S.Paulo e diz que jornal aposta contra o país
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Gleisi classificou o editorial como delirante e disse que a opinião do jornal é uma aposta contra o país.
“O delirante editorial da @folha hoje, falando até em risco de hiperinflação, é uma aposta descarada contra o país. Nenhum governo do presidente Lula, inclusive este, praticou ‘expansão ilimitada do estado’, como acusa o jornal irresponsavelmente. Estamos saindo de um déficit de 2,1% do PIB em 2023 para algo em torno de 0,25% este ano, um esforço fiscal sem precedentes, e a Folha acha pouco”, escreveu a presidente do PT.
Na mesma publicação, a deputada diz que “o país voltou a crescer, com mais renda e salários, gerando empregos como nunca, apesar dos fabricantes de crise e seus porta-vozes na mídia”.
O editorial da Folha afirma que o tumulto financeiro dos últimos dias é parte da fatura da irresponsabilidade orçamentária do governo e que Lula vem praticando o ideário de que o progresso decorre da expansão ilimitada do Estado, a teoria do almoço grátis, que levará o país a um fiasco.
Em seu perfil na rede social, a presidente do PT sugere que o jornal defende a desigualdade no país.
“Não existe mesmo almoço grátis, mas sempre existiu uma disputa pelos recursos do estado: entre milhões de famílias que o governo Lula está resgatando da pobreza e os pouquíssimos que fazem banquetes à custa dos juros da dívida e da indecente concentração da riqueza no país. O editorial mostra de que lado a Folha está”, afirma Gleisi no ex-Twitter.
Desabamento deixa 1 morto em Jundiaí; mortos em razão das chuvas chegam a 5 em SP
Em razão do desabamento, a vítima caiu em um buraco. O acidente ocorreu por volta das 6h40, na rua José Joaquim dos Santos, no bairro João Aprillanti.
O corpo estava em local de difícil acesso, mas os bombeiros conseguiram fazer a remoção e o óbito foi constatado ainda no local.
Diversas cidades do estado foram afetadas pela chuva intensa que começou no sábado (21).
Em Várzea Paulista, por exemplo, outras três pessoas morreram em um deslizamento de terra, na rua Ilhabela, na Vila Real. Chovia forte, quando, por volta das 18h40, houve o deslizamento sobre duas residências. Morreram uma mãe e dois filhos. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
Em Nova Odessa, um motoboy foi arrastado pela força das águas quando tentou atravessar um trecho alagado da avenida Ampélio Gazzeta. Ele foi localizado no bairro Green Village e levado ao Hospital Municipal de Nova Odessa em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu.
Na região metropolitana de São Paulo, houve 148 chamados para quedas de árvores, 120 para alagamentos e oito para desabamento ou desmoronamento.
De acordo com boletim da Enel, às 17h de domingo, 28.789 estão sem energia na área de concessão, o que representa 0,35% dos 8.290.789 clientes. Apenas na cidade de São Paulo são 21.104 endereços às escuras.
No total, a chuva causou problemas em 22 cidades e deixou ao menos 69 pessoas desabrigadas ou desalojadas.
O parque Thermas dos Laranjais, localizado no Jardim Santa Efigênia, em Olímpia (a 438 km da capital paulista), permaneceu fechado neste domingo devido aos transtornos causados pela chuva que atingiu a região neste sábado.
A empresa afirma que é uma medida de precaução para priorizar a segurança dos visitantes e colaboradores. O local reabrirá na segunda (23).
A assessoria de imprensa do parque aquático nega que a tempestade tenha causado estragos no local, mas confirmou que as piscinas, algumas atrações e o estacionamento ficaram alagados.
Em nota, a empresa afirma que as equipes trabalham na limpeza e readequação das operações desde as 18h de sábado. As redes sociais do parque mostram os funcionários em ação.
Quem adquiriu ingressos para os dias 22 e 23 poderá trocá-los por outra data. Se a compra foi realizada em agências, hotéis ou representantes autorizados, o cliente deve procurar o mesmo ponto de venda. Caso o ingresso tenha sido adquirido na loja oficial do parque, a solicitação do reagendamento é pelo email vendasonline@termas.com.br. Quem comprou pelo site oficial e está dentro do prazo informado no voucher pode pedir o cancelamento pelo endereço cancelamento@termas.com.br.
Ponte entre Tocantins e Maranhão desaba e deixa pelo menos dois mortos
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira liga os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cruzando o rio Tocantins, e faz parte da rodovia BR-226, um dos trechos da Belém-Brasília. O desabamento aconteceu por volta de 14h50 e atingiu o vão central da ponte, que tem 533 metros de extensão.
A Polícia Militar do Tocantins, informou que foram identificadas até o momento duas vítimas. A primeira, é uma mulher de 25 anos encontrada na água sem vida por moradores locais. A segunda também é uma mulher, sem idade confirmada.
Um homem de 36 anos foi encontrado com vida e conduzido para um hospital na cidade de Estreito (MA) com uma fratura na perna.
Em um vídeo postado nas redes sociais, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos) afirmou que veículos caíram no leito do rio Tocantins e que a profundidade do rio naquele ponto chega a 50 metros.
A Polícia Militar do Tocantins destacou que possivelmente há cinco veículos ainda submersos. O Corpo de Bombeiros do Tocantins informou que ao menos oito pessoas estão desaparecidas.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para trabalhar no resgate de possíveis vítimas. O governo também mobilizou equipes de mergulhadores. A Polícia Militar do Tocantins determinou o deslocamento de viaturas para rodovias estaduais que podem ser alternativas para quem circula na região.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), informou que equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar estão mobilizadas e já iniciaram buscas no local.
A ponte foi interditada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura), órgão do Ministério dos Transportes. Equipes da autarquia estão se deslocando para o local visando avaliar a situação, apurar as possíveis causas e tomar as medidas necessárias.
Líder de facção no Sul baiano é preso quando tomava banho de mar em capital nordestina
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA), Bel ocupa a carta 6 do Baralho do Crime e tinha contra ele dois mandados de prisão, além de ser envolvido com tráfico de drogas, armas e munições, homicídios, roubos, corrupção de menores e lavagem de dinheiro.
Ainda segundo a pasta, a suspeita é que Bel tenha ligação com uma facção carioca, em que negocia armamentos e drogas. Além de ser preso, o acusado também apreendidos celulares, documentos e um veículo avaliado em R$ 200 mil. Equipes seguem na residência para cumprimento de mandados de busca e apreensão.
https://twitter.com/i/status/1870881787787825552 .
Bahia noticias
Empresário pilotava a aeronave e levava a família, diz amigo sobre acidente em Gramado (RS)
O empresário Luiz Caudio Galeazzi, proprietário da aeronave que caiu em Gramado (RS) na manhã deste domingo (22)
A aeronave partiu de Canela (RS) e seguia para Jundiaí, no interior de São Paulo
Ainda conforme o amigo disse à reportagem estariam na aeronave a esposa de Galeazzi, as filhas do casal, a sogra e um casal de amigos e os dois filhos deles.
Galeazzi se formou em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele é sócio e CEO da Galeazzi & Associados, empresa com mais de 25 anos de experiência em gestão de empresas.
Ele atuou em projetos de melhora de performance, reestruturação e gestão de crises no Brasil e no exterior, nas áreas de telefonia, saúde, alimentos, energia, bancos, indústria automotiva, varejo e mídia.
A lista dos tripulantes não foi divulgada pelo governo até o momento.
Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), não há sobreviventes —preliminarmente, a Defesa Civil disse que o avião transportava nove passageiros. Ao menos 15 pessoas foram levadas a hospitais da região, a maioria por inalar fumaça —duas estão em estado grave.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o avião colidiu na chaminé de um prédio, depois no segundo andar de uma residência e, então, caiu sobre uma loja de móveis. Destroços ainda alcançaram uma pousada.
Avião de pequeno porte cai em Gramado (RS); não há sobreviventes, afirma Eduardo Leite
Uma aeronave de pequeno porte caiu na área urbana da cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, na manhã deste domingo (22). A queda ocorreu em uma área próxima à avenida das Hortênsias, a menos de dois quilômetros do centro do município, que é conhecido pelo turismo, especialmente na época do Natal.
Segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), não há sobreviventes —preliminarmente, a Defesa Civil disse que o avião transportava nove passageiros. Ao menos 14 pessoas foram levadas a hospitais da região, a maioria por inalar fumaça —duas estão em estado grave.
De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, as primeiras informações apontam que a aeronave bateu contra a chaminé de um prédio em construção, atingiu o segundo andar de uma casa e também uma loja de móveis. Destroços ainda atingiram parte de um hotel.
O capitão do Corpo de Bombeiros Pedro Henrique Costa afirmou à Rádio Gaúcha que a aeronave seria um turboélice bimotor.
Segundo a Infraero, a aeronave de prefixo PR-NDN levantou voo às 9h15, no aeroporto de Canela (RS), e seguiria para Jundiaí, no interior de São Paulo.
A aeronave está registrada em propriedade do empresário Luiz Claudio Galeazzi. Não há informações se ele estava na aeronave.
O Corpo de Bombeiros atua no local, que ficou tomado por destroços. A avenida das Hortênsias é a principal ligação entre Gramado e Canela. Ela foi parcialmente liberada no início da tarde deste domingo.
A Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul divulgou uma nota dizendo que o local está isolado pela Brigada Militar. A Polícia Civil investiga o caso.
“O Corpo de Bombeiros Militar controlou o incêndio decorrente da queda da aeronave, que havia decolado de Canela. O avião colidiu na chaminé de um prédio, depois no segundo andar de uma residência e, então, caiu sobre uma loja de móveis. Destroços ainda alcançaram uma pousada”, informou a pasta, em nota.
O tempo está instável no local, com chuva e névoa, mas ainda não há informações sobre as possíveis causas do acidente.
A FAB disse em nota que investigadores do órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), localizado em Canoas (RS), foram acionados para realizar uma ação inicial envolvendo uma aeronave de matrícula PR-NDN.
“Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, declarou a FAB.
O governador Eduardo Leite foi até o local do acidente, onde deu entrevista à imprensa no final da manhã. Sobre as vítimas da aeronave, ele disse que “devem ser nove pessoas, mas ainda não há uma clareza”.
Em relação às pessoas que estavam na aeronave, ele repetiu que não deve ter sobreviventes, em função das condições do acidente. “A aeronave, infelizmente, toda condição que se observa, não permite que se cogite qualquer sobrevivente”.
Também disse que duas pessoas que estavam em locais atingidos pelos destroços e pelo fogo estão em hospitais em estado grave.
Sobre o acidente e as condições do tempo, Leite acrescentou que “os primeiros relatos dão conta de uma condição que, em princípio, não ensejaria a decolagem, mas isso precisa ser devidamente apurado”.
O governador disse que se solidariza com as famílias das vítimas e que “a prioridade é garantir o isolamento da área e atender as vítimas que sofreram ferimentos”.
“E vamos buscar, a partir deste trabalho de remoção da estrutura da aeronave, [e ao fim] da perícia que vai ser feita, conseguir trazer algum grau de normalidade o quanto antes aqui para a localidade, que está recebendo um grande volume de turistas”, acrescentou Leite.
Ele afirmou que, até o final do dia, deve ser restabelecida a rota entre Canela e Gramado pela avenida das Hortênsias. “Existem rotas alternativas, mas que passam por ruas de menor vazão. Então vamos ter um pouco de transtorno neste deslocamento ao longo do dia”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou suas redes sociais para prestar solidariedade aos familiares das vítimas e disse que colocou o governo federal à disposição das autoridades locais.
“Minha solidariedade aos familiares das vítimas fatais da queda de um avião no centro de Gramado, no Rio Grande do Sul. Espero que os feridos tenham uma rápida recuperação. A Aeronáutica investiga as causas do acidente e o governo federal está à disposição do governo do estado e autoridades locais para esclarecermos o mais breve possível”, escreveu.
“Grave acidente com queda de avião no meio urbano de Gramado. Bombeiros já trabalham na área, estamos acompanhando a situação com todas as forças de segurança do Governo do Rio Grande do Sul”, publicou o vice-governador, Gabriel Souza (MDB).
“Acabo de receber a notícia da queda de um avião em Gramado. Estou acompanhando de perto os desdobramentos do acidente junto a autoridades locais. Envio minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas desta tragédia que acontece no nosso estado”, publicou em uma rede social Paulo Pimenta (PT), Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
O 9º Batalhão forma mais 84 novos soldados da PM
Após quase 12 meses em
PMBA, uma Força a serviço do cidadão!/Fonte: ASCOM/9°BEIC
Governador Jerônimo Rodrigues lamenta mortes em acidente com ônibus em MG; DPT da BA vai ajudar na identificação das vítimas
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, manifestou solidariedade às famílias das vítimas do grave acidente ocorrido no sábado (21), na BR-116, no trecho de Teófilo Otoni, município de Minas Gerais. Uma batida entre um ônibus, um carro e uma carreta deixou 41 pessoas mortas. O destino final do coletivo era a cidade baiana de Elísio Medrado, a cerca de 230 km de Salvador.
Sobe para 41 número de mortos em acidente na BR-116 em MG
"De imediato, falei com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. A delegada-geral da Bahia, Heolísa Brito, também já está em contato com a delegada-geral de Minas Gerais, assim como os chefes dos dois Corpos de Bombeiros. Estamos presentes para tomar as providências cabíveis, no que diz respeito à identificação e traslado de corpos, e outras necessidades", disse Jerônimo.
A batida aconteceu no km 286 da BR-116, na altura de Lajinha, distrito de Teófilo Otoni. Segundo o Corpo de Bombeiros, o ônibus saiu do terminal rodoviário do Tietê, em São Paulo, por volta das 7h de sexta-feira (20), com destino a Elísio Medrado. O trajeto é de 1.500 km e a viagem duraria um dia e meio. A colisão ocorreu por volta das 3h30, antes de completarem as primeiras 24 horas.
Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, lamenta mortes de grave acidente na BR-116
Lula lamenta mortes após acidente em estrada de Minas Gerais
Na manhã deste domingo (22), em coletiva de imprensa, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que subiu o número de óbitos registrados na colisão. Segundo a instituição, 41 cadáveres deram entrada no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte , dos quais 12 foram identificados e dois devem ser liberados nas próximas horas.
A identificação será feita por análises de DNA, arcada dentária e impressões digitais, pois muitos foram carbonizados. A investigação vai apurar se todos eram ocupantes do ônibus. Além disso, a polícia vai dar continuidade ao processo de identificação e avisar às famílias. Não há informações sobre divulgação de lista dos nomes reconhecidos.
Investigações
As circunstâncias do acidente, considerado um dos mais letais já registrados em rodovias federais que cortam o país, ainda são investigadas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que informações preliminares e vestígios no local apontam que uma pedra de granito se desprendeu do caminhão e atingiu o ônibus, provocando um incêndio. Vídeos gravados por pessoas que passaram pela rodovia momentos após o acidente mostram que os veículos ficaram em chamas.
Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre acidente na BR-116 em MG
Veja o video abaixo
https://g1.globo.com/mg/vales-mg/video/acidente-entre-tres-veiculos-deixa-39-mortos-na-br-116-em-mg-13202138.ghtml
Notas ficais apontam que a carga saiu do Ceará e seguia para o Espírito Santo. Segundo a PC, a hipótese é que ocorreu excesso de peso no transporte da peça. O indicativo é de responsabilidade do condutor da carreta, que está com a carteira de motorista apreendida há dois anos e é considerado foragido.
O nome e a foto do motorista não foram divulgados pela polícia. Isso porque o possível crime ainda está em estado de flagrante, já que buscas ainda estão sendo realizadas. A polícia pede que ele se apresente em uma delegacia.
De acordo com a polícia, o homem perdeu a carteira após passar por uma blitz da lei seca na região do Vale do Rio Doce em 2022, quando se recusou a fazer o teste do bafômetro. Desde então, ele não tinha mais autorização para dirigir.
Habilitação de motorista de caminhão envolvido em acidente com 41 mortos em MG está suspensa há 2 anos; homem está foragido.
'Tragédia sem precedentes'
O agente da Polícia Rodoviária Federal, Fabiano Santana, classificou o acidente como "uma tragédia sem precedentes e detalhou que a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio do ônibus. "Foram vítimas resgatas para o hospital, pessoas que se queimaram tentando resgatar vítimas, crianças pedindo para resgatar os pais", relatou.
Acidente em MG é a maior tragédia em rodovias federais desde 2007, início da série histórica da PRF
Conforme os bombeiros, ao todo, 45 pessoas, incluindo o motorista, estavam no ônibus. Já no carro de passeio, três pessoas tiveram lesões graves. Até às 19h de sábado, 11 feridos foram atendidos em Teófilo Otoni. Segundo a prefeitura da cidade, sete pessoas foram levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e quatro ao hospital Santa Rosália, também no município.
Radar que limitava velocidade no local do acidente fatal em Minas Gerais foi retirado meses antes da tragédia
Por que BR-116, palco do acidente em Minas Gerais, é a rodovia mais letal do Brasil — e o que pode ser feito
A EMTRAM, empresa responsável pelo ônibus do acidente, emitiu uma nota e afirmou que o veículo estava com revisão em dia, pneus novos e sistema de monitoramento.
Além disso, a EMTRAM afirmou estar colaborando com as investigações conduzidas pela Polícia Rodoviária Federal, que já possui imagens das câmeras de trânsito para ajudar na apuração das causas do acidente.
A Agência Nacional de Transportes e Trânsito (ANTT) também instaurou procedimento e acompanha o caso. O órgão confirmou, em nota, que o veículo e a transportadora envolvidos estavam com a documentação e os cadastros regulares para o transporte interestadual de passageiros.
Além disso, de acordo com a agência, o ônibus possuía Seguro de Responsabilidade Civil e Certificado de Segurança Veicular válidos, e o cronotacógrafo estava devidamente aferido e habilitado, em conformidade com as normas estabelecidas pela legislação vigente.
Presidente do Republicanos diz que será ‘muito difícil’ partido apoiar Lula em 2026
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o deputado federal foi enfático ao tratar de uma possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Presidência. Disse que é inviável o governador ser candidato em meio à incerteza sobre os planos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pereira, que não descarta dialogar com o governo Lula sobre mais espaço para a legenda em uma eventual reforma ministerial, reforçou a necessidade de união na centro-direita, alertando que, caso o campo chegue dividido na próxima eleição, será “mais fácil ainda” para o petista ser reeleito.
Veja os principais pontos da entrevista:
Se o Republicanos não lançar o governador Tarcísio de Freitas à Presidência em 2026, existe a possibilidade de o partido apoiar o presidente Lula já no primeiro turno?
O Tarcísio é candidato à reeleição. É o nosso sentimento e é o que a gente tem conversado. Não dá para ele sair candidato a presidente numa incerteza de que Bolsonaro vai se lançar também ou não. Bolsonaro toda hora diz que ele é o plano A, B e C. Como é que Tarcísio renuncia ao governo de São Paulo em abril e fica esperando Bolsonaro colocá-lo como plano D, já que ele mesmo é o plano A, B e C? Nesse contexto, eu acho que o Tarcísio é candidato à reeleição.
O Republicanos vai discutir em 2026 o que vai fazer. Eu não posso dizer agora se há possibilidade de apoiar A, B ou C, porque a decisão não é minha, pessoal, é uma decisão coletiva, discutida com a bancada, com os presidentes estaduais e deliberada em convenção do partido. Agora, é óbvio que, quando você olha para o raio X do partido, bem pouca gente sinaliza intenção de apoio à esquerda. O partido é de centro-direita. A ala de quem tem simpatia pelo presidente Lula é uma ala minoritária.
Nesse sentido, teria dificuldade de apoiar o Lula em 2026?
Eu penso que sim. Mas, como eu falei, o debate será feito em 2026. Mas conhecendo as pessoas que participarão do debate, como eu conheço, é óbvio que será muito difícil.
Mas há uma pressão do meio político, e até do meio empresarial, para Tarcísio ser candidato a presidente…
Pode haver a pressão que houver, mas ele não pode largar o governo, renunciar ao governo que foi eleito. Como é que o paulista vai olhar para isso? E ficar esperando Bolsonaro se registrar para depois ir contra Bolsonaro, eu entendo que ele não vai.
O senhor vai defender que ele vá para a reeleição mesmo?
Sim.
O cenário muda para Tarcísio caso Bolsonaro esteja preso?
Eu acho que não, porque o Lula registrou a candidatura dele preso e depois substituiu pelo (Fernando) Haddad. Tem que saber muito o que o Bolsonaro vai pensar e o que ele vai querer fazer. E se ele decidir, mesmo preso, registrar a candidatura? O que você vai fazer? Eu acho que a centro-direita precisa estar unida. Se estiver dividida, é mais fácil ainda para o Lula ganhar a reeleição.
Como o senhor avalia essa possível estratégia do ex-presidente Bolsonaro de levar a candidatura até o último momento possível?
É uma estratégia, a meu ver, de sobrevivência. Ele está fazendo isso para manter o (seu) nome (em evidência) e os seus seguidores, vamos dizer assim, animados e esperançosos. E dele, pessoalmente, é uma questão de sobrevivência. É lutar até o fim.
E para o campo conservador?
Para o campo, eu acho que é ruim, porque seria interessante ter a união desse campo. Seria bom que todos estivessem unidos, não só os partidos, mas também os pré-candidatos afunilassem para um nome, seja o do Tarcísio, que eu acho que não é, do Caiado, do Ratinho ou outro nome.
O senhor acredita que Eduardo Bolsonaro teria o apoio de partidos como o Republicanos e outros de direita e centro-direita, ou enfrentaria dificuldades para se viabilizar candidato a presidente no lugar do pai?
Eu acho que ele vai ter mais dificuldade. Uma coisa é o Bolsonaro, outra coisa é o Eduardo. Acho que, por exemplo, o Caiado não abriria mão (da candidatura a presidente) para apoiá-lo. Acho que o Caiado apoiaria um Tarcísio, talvez um outro nome, mas o Eduardo eu não vejo, até pelas brigas que eles tiveram. Acho que a gente tem que ter maturidade. E o próprio Bolsonaro deverá ter, a meu ver, lá na frente, maturidade para ver uma coisa mais ampla em prol do projeto não pessoal, mas do projeto de País e desse campo político.
Kassab tem se colocado como um possível candidato a vice na chapa de Tarcísio, caso o governador opte pela reeleição. O senhor já afirmou, em outras entrevistas, que sempre olhará para Kassab lembrando que ele o impediu de presidir a Câmara. O senhor pretende vetar o nome dele como vice?
A escolha do vice é uma escolha, a meu ver, que depende de dois fatores. Ela é, num primeiro momento, mais pessoal; tem que dar conforto ao próprio candidato. Em segundo lugar, envolve o diálogo com os demais partidos. Na eleição passada, Tarcísio só tinha quatro partidos: o Republicanos, o PL, o PSD – que veio depois e pediu a vaga de vice – e o PSC. Para a reeleição de 2026, há uma sinalização de que ele terá outros partidos, como o MDB, até pelo apoio ostensivo ao Ricardo Nunes; o PP, que não estava com ele, estava com o Rodrigo Garcia, assim como o União Brasil.
Haverá quatro vagas em disputa nessa majoritária: a do próprio governador – que, pelo que disse, ficará no Republicanos –, garantindo essa vaga ao partido; a de vice; e duas vagas para o Senado. Como há mais partidos do que vagas, vai ser um debate que terá de ser feito e construído. É legítimo o Kassab colocar esse pleito. Eu não vou vetar, obviamente não tenho porque vetar. Mas não é uma decisão minha também. É uma decisão que passa primeiramente pelo governador e depois pelos partidos.
Independentemente de ser uma decisão do governador e de precisar ser negociada com os demais partidos, o senhor acredita que o Kassab seria a melhor escolha para a vaga?
Eu acho que ele vai ter veto do PL. Eu ouvi, recentemente, o Valdemar (Costa Neto, presidente do PL) falando abertamente na imprensa que ele vetaria (o Kassab). E do próprio Bolsonaro também, que já disse abertamente que vetaria. Ele precisa superar esses dois problemas para poder ser o nome.
Do senhor, então, não vai ter veto?
De mim, não. Imagina. Eu não faço política com mágoa, não. Claro que toda vez que eu olho para ele eu lembro que ele não quis me apoiar e, com isso, eu não consegui ser o candidato a presidente da Câmara por consenso. Mas não tenho mágoa.
O senhor acha que ele seria um bom nome para vice?
Ele é uma pessoa experiente, que conhece bem a máquina, conhece bem São Paulo, que foi vice-prefeito e depois prefeito. É uma pessoa que eu entendo que tem ajudado o governador. O governador que vai avaliar qual é o melhor perfil para ser vice ou não. Até porque eu acho que a dupla que está, está dando certo. Por que não reeditar a dupla Tarcísio e Felício (Ramuth)? E aí o PSD já estaria contemplado.
Tarcísio tem sido alvo de investidas do PL para uma possível filiação, com algumas idas e vindas nesse assunto. O senhor teme perder o governador para o PL?
Não temo, não. Confio na palavra dele e ele tem dito para a gente e para outras pessoas que ele fica.
Tem alguma estratégia para garantir a permanência dele?
Quando ele era ministro, Bolsonaro disse que queria ele no PL, e ele acabou não indo, veio para o Republicanos. Por que agora que ele já tem um mandato, mais independência para decidir o seu futuro, ele iria para o PL? A estratégia é continuar agindo como a gente age: sendo correto com ele e ajudando ele todas as vezes que ele demanda, que ele precisa e que ele pede.
Há expectativa de uma reforma ministerial no próximo ano. O Republicanos considera ampliar presença no governo?
Nós não fomos chamados ainda para dialogar sobre o assunto. Por enquanto, tudo o que eu tenho ouvido é pura especulação. A informação que eu tenho, pela conversa com outros partidos, é que também não foram chamados. Prefiro não ficar no campo da especulação. Vamos aguardar para ver como vai ser.
Mas estaria aberto a um diálogo sobre ampliar presença no governo?
A gente sempre está aberto ao diálogo, né? O Republicanos é um partido de diálogo. De centro e de diálogo.
Na sua opinião, por que o presidente Lula não tem conseguido melhorar a aprovação de seu governo?
A avaliação do governo até que saiu boa (na última pesquisa Quaest). Principalmente, na projeção de intenção de votos para 2026. Ele venceria todos os concorrentes. Lula, sendo candidato em 2026 – porque ele pode optar por não ser –, a priori, ao avaliar pela situação de hoje, é favorito.
Hugo Motta deve ser eleito presidente da Câmara com votos expressivos da Casa. O que podemos esperar da relação da Câmara com o governo nessa nova gestão? Ele será um aliado do governo ou vai ter uma postura mais independente?
Todo presidente da Câmara tem que ter postura independente, porque a Constituição determina isso, que haja harmonia e independência entre os Poderes. Eu acho que ele vai ser uma presidência mais harmoniosa do que é o estilo do Arthur (Lira) – é o perfil dele, não estou falando mal nem bem, estou registrando apenas que o perfil dele é diferente. Agora, o próprio Arlindo Chinaglia (do PT), quando foi presidente da Câmara e o governo era o Lula, teve momentos que ele contrariou o interesse do governo para defender o interesse da Câmara. O presidente da Câmara tem que defender o interesse do Brasil e da Câmara. E, se precisar, nesse contexto, contrariar eventuais interesses do governo, terá que fazê-lo. Por outro lado, não vai ser um inimigo também do governo. Vai ser um parceiro, mas obviamente guardado nas independências que a Constituição e o cargo requerem.
O fato de Motta ter sido referendado pelo governo implica, necessariamente, na possibilidade de o partido se alinhar mais a Lula?
Nós já apoiamos todos os projetos que vêm de governabilidade, tirando as pautas de costume. Quando o Silvinho (Costa Filho) foi para o governo, eu já havia dito a ele que existem pautas de costumes e econômicas que nós não podemos apoiar. As que têm vindo, nós temos apoiado. Agora, eventualmente, uma ou outra a gente não apoiou porque não vai ao encontro daquilo que defendemos. O que for ao encontro daquilo que defendemos, por exemplo, o corte de gastos, nós apoiamos, nós vamos apoiar. Porque apoiamos a PEC do teto de gastos com o Michel Temer.
Defendemos um ajuste fiscal, mais rigor e equilíbrio nas contas públicas. Agora, eventualmente, no que se refere à taxação de super-ricos para compensar o imposto de renda, eu, pessoalmente, sou contrário. Taxação de dividendos eu sou contrário. Estou falando eu, pessoalmente. O partido vai debater. A cada pauta polêmica ou a cada pauta mais relevante que vai para plenário, é feita uma reunião com a liderança e com a bancada e é debatido. Vai continuar sendo assim, debatido pauta a pauta, internamente, para ver o que é possível apoiar e o que não é possível.
Do ponto de vista da relação com o governo, como o senhor avalia que Hugo Motta pode se diferenciar de Lira?
Eu acho que ele vai ter mais diálogo. Eu acho que esse problema que o Arthur (Lira) tem abertamente declarado com o (Alexandre) Padilha, por exemplo, que é a articulação política do governo, logo de cara já vai ser resolvido, porque o Hugo Motta se dá bem com o Padilha, se dá bem com todos, ele é de diálogo com todos.
O partido espera uma atuação dele em relação às pautas conservadoras? Afinal, o Republicanos se define como um partido conservador em seu estatuto.
Importante dizer que é conservador, mas não é radical. Esse projeto do aborto, que tira o que já existe hoje, eu, pessoalmente, sou contra. Não faz sentido, é um retrocesso. Como é que você vai obrigar uma mulher que foi estuprada a manter um feto? Está na lei que é permitido. Ou em caso de risco de vida da gestante também, ou em caso de feto anencéfalo…
Então, primeiro, é importante dizer que a gente, sim, é conservador, se diz conservador no estatuto, mas sem radicalismo. Com bom senso. E, nesse contexto, o que ele (Hugo Motta) tem dito é que não vai se envolver com essas pautas. Vai, na medida possível, não trabalhar essas pautas, porque não é o perfil dele. O que o povo, no final do dia, quer mesmo é melhoria na qualidade de vida, emprego, renda, educação, segurança, saúde. E eu acho que são essas pautas que têm que ser priorizadas.
O senhor tem alguma outra pretensão política? Houve um tempo em que se especulava sobre a possibilidade de o senhor se tornar ministro do Supremo. Essa é uma ambição que o senhor ainda mantém?
Eu estou igual o Martinho da Vila, deixa a vida me levar.
Vou entender como um sim…
A minha pretensão é ser candidato a deputado federal, à reeleição em 2026. A pretensão mais próxima e mais presente, vamos dizer assim.
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