PF combate fraudes bancárias no interior da Bahia e Sergipe

Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva, nas cidades de Feira de Santana/BA, Santo Antônio de Jesus/BA e Itaporanga D´Ajuda/SE

Feira de Santana/BA. A Polícia Federal deflagra, na manhã desta quarta-feira (29/1), a Operação Sharper, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação relativa a fraudes cometidas contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições bancárias.

A investigação contou com o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (CEFRA) da Caixa Econômica Federal e detectou a abertura de oito contas bancárias, em agências da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana/BA, Amélia Rodrigues/BA, Riachão do Jacuípe/Ba e Aracajú/SE com a utilização de documentos falsos, com o único intuito de obter recursos através de empréstimos fraudulentos.

Apurou-se, até agora, que os fraudadores faziam diversos empréstimos, através das contas bancárias fraudadas, causando um prejuízo que ultrapassa a cifra de R$ 240 mil para as instituições bancárias envolvidas.

A Polícia Federal passou a seguir o destino dado ao dinheiro que entrava nas contas bancárias abertas com documentos falsos e identificou parte do grupo beneficiado com as fraudes.

Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão (cinco na cidade de Feira de Santana/BA, um em Santo Antônio de Jesus/BA e um em Itaporanga D´Ajuda/SE) e sete mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária de Feira de Santana/BA.

O nome da operação – SHARPER - se deve à utilização de trapaça pelos fraudadores, com a adulteração de informações biométricas das carteiras de identidade utilizadas para abertura das contas bancárias, nas quais eram inseridas a fotografia e impressão digital de integrantes do grupo criminoso, mantendo no verso os dados verdadeiros dos documentos de identificação.

Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato.

Comunicação Social da Polícia Federal na Bahia

PF deflagra Operação Fortuito 2 em três estados contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro

Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões de uma organização criminosa que pratica crimes financeiros e lavagem de dinheiro, incluindo o sequestro de uma mansão com valor superior a R$ 100 milhões

Rio de Janeiro/RJ. Na manhã desta quarta-feira, 29/1, a Polícia Federal deflagrou a Operação Fortuito 2 com o objetivo de combater uma estruturada organização criminosa, voltada para a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca e Campo Grande), Armação dos Búzios/RJ, Uberaba/MG e São José dos Campos/SP.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens que pertencem à organização criminosa investigada. Nesse contexto, diversos imóveis foram sequestrados, incluindo uma mansão cujo valor supera os R$ 100 milhões. A deflagração de hoje é desdobramento da prisão em flagrante de uma mulher por posse ilegal de arma de fogo, ocorrida em maio de 2024.

Os investigados poderão responder pelos seguintes crimes: organização criminosa; lavagem de dinheiro; evasão de divisas; emitir valores imobiliários sem registro, laudo ou autorização; gestão fraudulenta; e operar instituição financeira sem autorização. Se somadas, as penas máximas superam os 50 anos de reclusão.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

PM apreende pés de maconha em Lafaiete Coutinho

Policiais militares da Cipe Central apreenderam uma plantação de maconha, na tarde de sábado (28), na cidade de Lafaiete Coutinho.

Os policiais realizavam a Operação Horus, quando se depararam com um indivíduo que ao perceber a presença dos militares, fugiu em direção a um terreno. Após buscas foram encontradas no local, 11 pés de maconha e um pote de sementes da mesma substância.

Todo material apreendido foi apresentado à delegacia de Jequié.

Foto(s): Cipe Central

Quatro suspeitos de crimes morrem durante operação policial em Ipiaú

Uma operação policial foi deflagrada no início da manhã desta quarta-feira (28) em Ipiaú para capturar suspeitos de crimes cometidos em Jequié. Segundo informações preliminares, os investigados estariam escondidos na cidade com o apoio de criminosos locais. A ação é conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e continua em andamento.
Durante a operação, já foram apreendidas drogas, e quatro suspeitos morreram ao resistirem à intervenção policial. Dois deles seriam de Ipiaú. Um identificado pelo apelido de Matheuzinho e outro pelo prenome de Thiago. Os outros dois são de Jequié e conhecidos pelos apelidos de Doca e Dudu. A ação policial acontece com o trabalho conjunto da Policia Civil, CIPE Central e Policiais Militares do PETO da 55ª CIPM e do CETO do 19º BPM. Mais informações devem ser divulgadas ao longo do dia. Por: Giro Ipiaú.

Deportações em massa de Trump podem afetar economia da América Latina; entenda

A promessa de Donald Trump de levar a cabo uma política de deportação em massa pode ter impactos relevantes na economia da América Latina e do Caribe, o principal destino de remessas enviadas pelos imigrantes. Há países nos quais a renda depende desse montante.

Os números recém-publicados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) mostram que, no ano passado, pelo menos US$ 161 bilhões (quase R$ 1 trilhão) foram enviados para a região. Nações como Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala e Haiti têm entre 1/5 e 1/4 de seu PIB (Produto Interno Bruto) oriundo desses envios.

São remessas enviadas após jornadas de trabalho extensas e muitas vezes precárias nos EUA que chegam para sustentar as famílias, em sua maioria formadas por mulheres, crianças e idosos. Para muitos, o temor atual não é apenas de cunho humanitário, mas também de caráter financeiro.

Em San Cristóbal de las Casas, uma cidade de estilo colonial no estado mexicano de Chiapas, A., que fala à reportagem por telefone e não quer expor seu nome, agora teme pela segurança do marido e também pelos impactos que uma deportação poderia acarretar. Ela é mais uma mulher indígena a cargo dos filhos que sobrevive das remessas.

O marido de A., 26, emigrou há dois anos e meio para a Geórgia, nos EUA, com a promessa de trabalho em uma plantação de blueberry (ou mirtilo). Contraiu uma dívida de 130 mil pesos mexicanos (R$ 37 mil) com coiotes que o ajudaram a sair do sul do México e ir ao estado sulista com um visto temporário.

Hoje está em situação irregular. “Ele me diz que agora tem muito medo. Até de sair para comprar suas tortillas e seus frijolitos [feijão].”

“Não tínhamos nenhum terreno para trabalhar nossos cultivos, plantar milho, mandioca. Meu trabalho com artesanato já não nos dava nada. Já chorei muito. Ninguém quer estar nessa situação, sozinha com os filhos. Havia dias que não tinha nem um peso para comprar remédio para as crianças. Por isso ele partiu. O dinheiro que nos manda é para comprar comida, remédios e guardar para comprar um terreno.”

O impacto na vida de A. e de seus filhos de 6 e 3 anos idade, cujas principais memórias com o pai são por uma tela de celular, seria substancial no caso em que seu marido seja deportado. Hoje ele trabalha em restaurantes em jornadas diárias de mais de 13 horas. A dívida com o coiote ainda não foi quitada.

As remessas enviadas pelos imigrantes latinos nos EUA para suas famílias ajudam a movimentar as economias locais. Esses montantes também partem de imigrantes na Europa e na própria América do Sul, mas é da potência americana que sai 80% do dinheiro.

Quando chega, a maior parte da remessa é colocada em movimento: para consumo, como compras no mercado, mas também para financiar educação e tratamentos de saúde.

O sonho americano, que pode parecer um bordão, para esses imigrantes é a realidade e é guiado pela busca do trabalho.

A taxa de emprego de imigrantes latino-americanos e caribenhos nos EUA no ano passado foi de 95,2%, muito superior a de seus países de origem. A força de trabalho cresceu 3,4% no setor, ainda que haja uma comum sobrequalificação, de imigrantes com formações superiores e técnicas que não são aproveitadas nas vagas que conseguem ocupar.

O salário semanal médio no primeiro trimestre de 2024 era de US$ 891 (mais de R$ 5.000), o maior dos últimos 18 anos para esses imigrantes, que chegaram a 27,7 milhões de pessoas vivendo nos Estados Unidos, entre aqueles em situação regular e aqueles sem documentos.

O montante calculado pelo setor de investigação migratória do BID, um aumento de 5% em relação ao valor que chegou à região em 2023, já é substancial, mas é reconhecidamente subnotificado.

Muitos imigrantes recebem em dinheiro nos Estados Unidos, não em contas bancárias, e buscam as mais diversas maneiras de enviar esse montante físico a suas famílias. Essa parcela passa por baixo do radar do monitoramento.

Ainda fica de fora o país com a maior diáspora na América do Sul, a Venezuela, que poderia catapultar esses dados. A falta de transparência do regime local com dados públicos sobre este e outros temas impede que o BID faça cálculos sobre as remessas dessa nacionalidade.

Nem a inflação venezuelana é um dado claro: a ditadura fala em 48% anuais, enquanto o Observatório Venezuelano de Finanças, formado por especialistas distantes do regime, fala em 85% anuais.

Economistas independentes que falaram à reportagem fazem seus próprios cálculos. Estimam que ao menos US$ 4 bilhões chegam anualmente à Venezuela enviados pelos imigrantes, mas admitem que faltam muitos elementos para quantificar esse dado.

Com um rígido esquema de limite de envio de dólares estabelecido no país, há muitos imigrantes que operam um esquema de triangulação: pagam algo no exterior para um compatriota que segue em seu país de origem para que este, então, pague algo na moeda local para a família do imigrante. Qualquer solução possível para que o périplo que enfrentaram em sua ida para os EUA tenha valido a pena.

Mayara Paixão/Folhapress

Brasil não tem política de acolhimento para pessoas deportadas

Ainda que detentor de uma política migratória cujas linhas gerais são elogiadas internacionalmente, o Brasil não possui um plano para os seus cidadãos que emigraram e foram forçados a voltar para casa: os deportados.

O tema ganhou projeção com a promessa de Donald Trump de que a expulsão de imigrantes em situação irregular será o mote de seu novo governo nos Estados Unidos, mas não era de menor relevância, mesmo que passasse por baixo dos holofotes. Ao longo dos últimos quatro anos, o Brasil recebeu mais de 7.100 deportados dos EUA.

Países como México, Guatemala e Honduras, que historicamente recebem um volume de compatriotas deportados muito superior ao do Brasil, já possuem políticas de acolhimento e reinserção dos imigrantes. Neste mês, diante das ameaças vindas de Washington, os governos dessas nações anunciaram a ampliação e a diversificação de seus projetos na área.

Agora, o governo Lula (PT), que fez uma publicação recente nas redes sociais afirmando que deportados “são dignos de respeito”, corre para pensar em ações paliativas. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, está puxando a iniciativa na gestão.

Ao chegar ao Brasil em voos fretados pelos EUA e normalmente pelo Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais —já que há uma emigração histórica de mineiros para os Estados Unidos—, os deportados passam pelo controle da Polícia Federal (PF), de praxe para qualquer cidadão, e não costumam receber apoio.

É um tema sensível em especial pela insistência na migração. Pessoas que chegam ao país sem perspectiva de reconstruir a vida na terra natal, e muitas delas após anos nos Estados Unidos, não incomumente tentam novamente emigrar com a ajuda de coiotes. Há um impacto material, mas também de caráter psíquico em suas vidas.

A reportagem apurou que o tema mais de uma vez apareceu na mesa do governo. Com o retorno de Lula ao poder, deu-se início às conversas para finalmente elaborar uma política de migrações, demanda da Lei de Migração assinada em 2017 e que nunca saiu do papel.

Uma equipe chegou a produzir um documento, que até aqui não foi aprovado. Um de seus artigos dizia que “as pessoas brasileiras retornadas e as não admitidas no exterior, bem como seus familiares, serão público-alvo de ações de promoção de direitos, inserção socioeconômica e integração local”. Nada foi para a frente.

Mesmo cidades que historicamente são polos exportadores de mão de obra (e, assim, também são destino comum de deportados), como a mineira Governador Valadares, não possuem uma política específica. Quando a gestão do município foi questionada sobre o tema, disse que vai “aguardar essa chegada” para analisar “os próximos passos”.

É certo que é nebulosa a resposta de quantos brasileiros devem ser deportados nos próximos meses e anos. Sabe-se apenas que o número de cidadãos do país em situação irregular hoje nos EUA é estimado em 230 mil. Mas não há pistas de quantos entrarão na mira dos órgãos de segurança de Donald Trump.

A ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos) anunciou após reunião com Lula e outros de seus pares na tarde desta terça (28) a criação de um posto de atendimento humanizado em Confins. O projeto seguiria o modelo da estrutura que há 20 anos já existe no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

A iniciativa no maior aeroporto do país, porém, precisa ser olhada com cautela. Inicialmente criada para combater o tráfico de pessoas, foi nos últimos anos dominada pelos atendimentos a migrantes afegãos que chegavam e por dias, semanas ou meses moravam no terminal 2 do aeroporto. É um aparato de atendimento imediato e importante, mas quem acompanha o tema diz que é preciso fazer mais.

Há mais de 30 anos acompanhando histórias de pessoas deportadas, a professora Sueli Siqueira, da Universidade Vale do Rio Doce, diz que o atendimento psicológico é o mais importante. “Não adianta dar acesso ao mercado de trabalho se eles acabaram de sair de situações pós-traumáticas e se muitos ainda estão em negação.”

Siqueira observa que os deportados muitas vezes retornam confusos e sem o que ela chama de “dimensão econômica”.

Eles gastam as suas economias que trouxeram em dólares com facilidade e sem objetivos coesos. Uma de suas pesquisas acadêmicas mostrou que 70% do que os deportados levam ao Brasil são perdidos. Não é incomum que eles tentem retornar aos EUA.

Também é possível que deportados tenham sido separados de suas famílias. Esse é um relato frequente de imigrantes.

A reportagem acessou documentos da DPU (Defensoria Pública da União) referentes a um grupo de deportados que chegou a Confins há dois anos e meio após passar dias em um centro de detenção no Texas. Os relatos que deram coincidem em partes com o que foi observado na deportação de brasileiros no último fim de semana, mostrando que algumas práticas antes por baixo do radar são recorrentes.

Na ocasião, aqueles deportados disseram que foram impedidos de acessar assistência consular nos EUA, que passaram mais de 12 horas algemados no transporte, nos pés e nas mãos, e que no centro de detenção uma criança brasileira teria sido agredida por um dos guardas americanos. Uma mãe com uma filha menor de idade, também deportada, disse que a avó, idosa, foi separada e permaneceu no país norte-americano.

Erguer políticas para acolher os compatriotas expulsos dos Estados Unidos será uma tarefa para toda a América Latina e o Caribe. Desde a última semana alguns países da região fizeram anúncios importantes.

O governo de Claudia Sheinbaum no México anunciou o programa “México Te Abraza”, por meio do qual os deportados terão acesso a benefícios sociais que são a espinha dorsal da gestão; receberão 2.000 pesos (R$ 570) para poder chegar a suas cidades; e terão ajuda para tirar documentos. Também disse que 35 mil postos de trabalho em setores de serviço e manufatura já foram colocados à disposição por empresários para esses retornados.

Em Honduras, o governo de Xiomara Castro lançou o “Hermano, vuelve a casa”, programa que, em linhas gerais, daria um “bônus de solidariedade” para migrantes (o valor não foi dito); comida e um “programa massivo de emprego”, segundo algumas autoridades.

Na Guatemala, a gestão de Bernardo Arévalo anunciou um plano para oferecer apoio psicológico às pessoas “que enfrentaram o trauma da deportação” e para fazer entrevistas trabalhistas com todos para direcioná-los a postos de trabalho.

A ideia seria aproveitar as novas habilidades que adquiriram durante o tempo nos EUA, como o conhecimento em inglês —na América Central, muitos retornados trabalham como guias turísticos.

Mayara Paixão/Folhapress

CAPS de Ipiaú segue transformando vidas e acolhendo quem mais precisa

No mês do Janeiro Branco, dedicado à conscientização sobre a importância da saúde mental, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) de Ipiaú destaca-se como um equipamento essencial na promoção do bem-estar e na transformação de vidas. Localizado na Travessa Bahia, no bairro Emburrado, o CAPS tem sido um espaço de acolhimento para pessoas que enfrentam transtornos mentais graves e persistentes.
A coordenadora do serviço, Jéssica Bacelar, ressalta o compromisso da equipe em garantir atendimento humanizado e personalizado. “Nosso trabalho é garantir que cada cidadão receba o cuidado necessário para viver com mais qualidade e dignidade. Temos atividades para pacientes semi-intensivos e intensivos, sempre focando no cuidado humanizado para o bem-estar deles”, explicou Jéssica.
Entre os serviços oferecidos, destacam-se os atendimentos psiquiátricos e psicológicos, além de atividades terapêuticas como oficinas de artesanato, hortoterapia, grupos terapêuticos e educação física. Cada atividade é planejada para atender às necessidades individuais dos pacientes, promovendo sua integração social e emocional.
Atualmente, o CAPS I de Ipiaú atende cerca de 15 pacientes intensivos, além de outros em caráter ambulatorial. Todos os atendimentos são realizados de forma gratuita e com um foco especial no cuidado humanizado.

Neste Janeiro Branco, a equipe do CAPS reforça o convite para que a população priorize sua saúde mental e esteja atenta a quem possa precisar de apoio. “Cuidar da mente é cuidar da vida. Se você ou alguém próximo está enfrentando dificuldades, procure o CAPS ou sua Unidade de Saúde da Família”, orienta a prefeita Laryssa Dias.

Saiba mais detalhes do equipamento na reportagem:

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Gleisi vai ser ministra do governo Lula e PT terá presidente com mandato-tampão até julho

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, irá compor a equipe do governo Lula a partir da reforma ministerial, prevista para ocorrer até março. Se não houver mudanças de última hora, o ministério escolhido para Gleisi é o da Secretaria-Geral da Presidência, hoje responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com os movimentos sociais.

A ida da deputada para o primeiro escalão, no lugar de Márcio Macêdo, exige um arranjo no próprio PT. O partido, que completa 45 anos em 10 de fevereiro, terá eleições diretas para a renovação de suas direções nacional, estadual e municipal no dia 6 de julho.

Com a chegada de Gleisi no ministério, um dos atuais vice-presidentes do PT assumirá o comando do partido temporariamente até julho, quando haverá eleições internas. Dois nomes já começaram a ser sondados para o mandato-tampão: José Guimarães (CE), atual líder do governo na Câmara, e o senador Humberto Costa (PE), que, a partir de 1.º de fevereiro, deve ocupar a segunda vice-presidência do Senado com esperada eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na Casa.

A decisão sobre o substituto de Gleisi passará pelo crivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque é justamente esse nome quem conduzirá o Processo de Eleição Direta (PED) no PT. Não há impedimento para que nenhum dos parlamentares acumule suas funções no Congresso com o comando do PT. A deputada, no entanto, é mais próxima de Guimarães.

Lula quer que o ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro Edinho Silva seja o novo presidente do partido e aproxime a sigla, na segunda metade do governo, do espectro político de centro.

Na prática, a escolha de Edinho – que é aliado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad – representa uma mudança de 180 graus no PT. É, ainda, um sinal de que, se o governo continuar com problemas e Lula não for candidato à reeleição, em 2026, Haddad será preparado para concorrer como seu herdeiro.

Embora a própria corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), tendência de Lula e de Gleisi, esteja dividida sobre a indicação de Edinho, é ele o favorito para comandar o partido. Mas, nesse cenário de divergências, a tarefa do presidente temporário do PT não será fácil.

Lula e Gleisi tiveram uma conversa reservada sobre o Ministério em meados deste mês. A dúvida no Planalto, ainda, é onde alocar Márcio Macêdo, o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

O presidente gosta de Macêdo, que foi tesoureiro do PT e de sua campanha, em 2022. De acordo com interlocutores de Lula, porém, ele avalia que precisa de um nome para dialogar mais com os movimentos sociais nesta segunda metade do governo.

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada na segunda-feira, 27, acendeu o sinal de alerta no Planalto: mostrou que o governo perdeu popularidade até mesmo em seu tradicional eleitorado, como o de renda até dois salários mínimos e o do Nordeste.

Ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ex-senadora, Gleisi está na presidência do PT desde julho de 2017 e tem sido um contraponto a Haddad no governo. Em dezembro de 2023, uma resolução do partido chegou a chamar o arcabouço fiscal proposto pelo ministro da Fazenda de “austericídio fiscal”.

Atualmente, o PT comanda 11 dos 38 ministérios, mas, apesar da ida de Gleisi para o governo, a legenda deve perder espaço na Esplanada para partidos do Centrão. A saída de Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres, por exemplo, é dada como certa.

Nem a presidente do PT nem Macêdo falam sobre as mudanças na equipe de Lula, que ocorrerão no rastro das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, marcadas para o próximo sábado, 1.º.

Uma outra pasta cogitada para Gleisi chegou a ser a do Desenvolvimento Social, que abriga o Bolsa Família – programa-vitrine do governo. Ao que tudo indica, porém, Wellington Dias (PT) será mantido no cargo.

O PSD de Gilberto Kassab – secretário de Governo na gestão Tarcísio de Freitas, em São Paulo – também está de olho nesse ministério: quer emplacar o deputado Antônio Brito, líder do partido na Câmara, na cadeira de Dias. Lula, no entanto, avalia que pastas como a do Desenvolvimento Social, a Educação e a Casa Civil devem continuar sob comando do PT.

Vera Rosa/ Estadão

Investidores interessados em ferrovias reúnem chineses, árabes, espanhóis e brasileiros

Primeiro projeto que será detalhado pelo governo é o do chamado “Anel Ferroviário do Sudeste”, entre Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ)
Os novos projetos de concessões de ferrovias desenhados pelo Ministério dos Transportes serão submetidos a uma primeira rodada de conversas com investidores interessados em entrar no setor.

As primeiras reuniões para apresentar os projetos vão acontecer nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro, em São Paulo. Os encontros vão colocar na mesma mesa representantes de empresas e investidores, membros do Ministério dos Transportes e do BNDES.

Informações obtidas pelo jornal Folha de S.Paulo mostram que 19 companhias já estão com encontros confirmados para obter informações sobre os projetos.

Do Brasil, os interessados são Rumo Logística, VLI, Grupo CCR, MRS Logística e Vale, todas já atuam no setor ferroviário. A relação de brasileiros inclui ainda Arteris, EPR, Prumo e Portonave.

Bancos de investimento também estão presentes. São eles: BTG Pactual, XP Asset, Opportunity, Pátria Investimentos e Prisma Capital.

Da China, já há confirmação de presença de representantes do gigante CRCC (China Railway Construction Corporation) e da Concremat/CCCC, reunindo Brasil e China.

Dos Emirados Árabes Unidos, foi confirmado um encontro com membros do Mubadala Capital, um dos principais investidores de infraestrutura daquele país. Complementa a lista duas empresas de origem espanhola, a Acciona e a Sacyr.

O primeiro projeto que será detalhado pelo governo neste encontro é o do chamado “Anel Ferroviário do Sudeste”, como foi batizada a EF-118. A nova ferrovia, que tem traçado previsto de 300 quilômetros, pretende ligar Vitória (ES) a Itaboraí (RJ).

O projeto vai conectar a malha da Ferrovia Vitória-Minas (EFVM), da Vale, à rede operada pela MRS Logística, chegando ao complexo portuário do Comperj, no Rio de Janeiro. Para a MRS, por exemplo, que já opera com grande volume de exportações pelos portos de Itaguaí e Santos, o acesso ao porto de Vitória oferece uma nova alternativa estratégica para o escoamento de cargas.

Em março, serão realizados encontros para fazer o detalhamento dos traçados da Fico (Ferrovia do Centro-Oeste) e da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste). Trata-se de um traçado com cerca de 2.400 quilômetros, que sairia de Lucas do Rio Verde (MT), para chegar a Água Boa (MT) e Mara Rosa (GO). A partir daí, avançaria até Barreiras (BA) e Caetité (BA).

A concessão do último trecho dessa malha, que liga Caetité a Ilhéus (BA) e já tem cerca de 400 quilômetros de malha concluídos, pertence hoje à Bamin, mas esse contrato tem sido negociado com a Vale, que tem interesse em assumir a mina de ferro em Caetité e controlar a ferrovia até Ilhéus, onde será construído um novo terminal portuário.

A meta do governo, depois de colher aperfeiçoamentos em audiências públicas e nos encontros com empresários —eventos conhecidos como ‘market sound’— é enviar o material ao TCU (Tribunal de Contas da União) até abril e publicar o primeiro edital do Anel Ferroviário do Sudeste entre junho e julho. Já o edital da Fico-Fiol está previsto para o último trimestre de 2025.

O governo federal fecha os últimos detalhes do Plano Nacional de Ferrovias, voltado para a concessão de novos trechos de estradas de ferro, com empreendimentos que cortam as regiões Sudeste, Norte e Nordeste do país.

Ao todo, o pacote prevê a oferta de aproximadamente 4.700 quilômetros de ferrovias para a iniciativa privada. A previsão do governo é que esses projetos atraiam investimentos na ordem de R$ 100 bilhões. Para garantir a viabilidade de cada operação, o governo pode entrar com uma fatia de recursos públicos equivalente a 20% de cada projeto.

André Borges/Folhapress

Falta de mão de obra preocupa varejo mais do que ameaça cibernética, diz pesquisa


A maior preocupação dos CEOs da indústria de varejo e bens de consumo no Brasil não está na concorrência asiática ou na inflação: é a falta de mão de obra qualificada, que aflige 41% dos presidentes de empresas do setor no país. Em comparação aos CEOs de outras empresas, esta é uma preocupação de 30% dos líderes.

Os dados são da 28ª Pesquisa Global com CEOs, realizada pela multinacional de consultoria e auditoria PwC, que ouviu mais de 4.700 executivos de diferentes setores, em mais de cem países, entre outubro e novembro do ano passado.

Segundo a empresa, os números globais e regionais do levantamento são ponderados de acordo com o PIB (Produto Interno Bruto) nominal dos países, para garantir que as opiniões dos CEOs sejam representadas de maneira equilibrada. O Brasil foi o segundo país com mais respondentes, depois dos Estados Unidos.

O levantamento fez um recorte especial para o setor de varejo e bens de consumo. No Brasil, depois dos problemas com pessoal, os presidentes do setor estão mais preocupados com riscos cibernéticos (31%), inflação (28%), instabilidade macroeconômica (26% das respostas) e mudanças climáticas (23%).

Já entre os presidentes dos demais setores no país, o “top five” das maiores preocupações se completa com instabilidade macroeconômica (27%), riscos cibernéticos (26%), inflação (24%) e disrupção tecnológica (24%) —neste último caso, relacionado ao uso da IA generativa.

“Foi a primeira vez que a falta de mão de obra liderou o ranking das ameaças do varejo”, diz Luciana Medeiros, sócia e líder da indústria de consumo e varejo da PwC Brasil. Na visão dos executivos, faltam profissionais capacitados para o setor, uma dificuldade que pode afetar diretamente a operação e o crescimento da companhia.

Curiosamente, outro levantamento feito pela PwC —”Mercado da Maioria”— feito há pouco mais de um ano com o Instituto Locomotiva, apontou que as classes C, D e E queriam consumir mais cursos, tanto de idiomas quanto de capacitação.

Os CEOs também estão aflitos quanto à necessidade de inovação. Para 33% dos líderes do varejo e consumo, as suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos sem implementarem mudanças significativas. “É a necessidade de se reinventar batendo à porta”, diz Luciana. “Hoje este setor procura novos serviços e produtos, assim como novas maneiras de ter acesso ao consumidor.”

Nesse sentido, há um interesse em explorar o uso da inteligência artificial para ganhos de produtividade, em gestão do estoque e controle de pessoal, por exemplo. Segundo a pesquisa, 63% dos CEOs do setor relataram ganhos de eficiência com IA generativa no uso do tempo dos funcionários (frente a 52% dos CEOs de outros setores).

A exploração da base de dados dos clientes a partir da IA, a fim de gerar novas possibilidades de venda de produtos e serviços, foi apontada por 41% dos CEOs do setor. “Os executivos estão usando a tecnologia para conhecerem ainda mais os consumidores”, diz a executiva.

A confiança dos líderes do varejo na IA, por sinal, está muito acima da percepção dos CEOs de outros setores: 82% dos presidentes de empresas de varejo e consumo no Brasil planejam investir na integração da IA para desenvolvimento de competências e aprimorar a força de trabalho (substituindo contagens manuais e planilhas de Excel, por exemplo), frente a 46% da média nacional.

Entre as principais iniciativas de inovação, os líderes do varejo e consumo no Brasil procuraram desenvolver produtos ou serviços (41%), buscar uma nova base de clientes (36%), investir em novas estratégias de crescimento (36%) e implementar novos modelos de precificação (33%). Neste último quesito, destaca Luciana, o consumidor brasileiro quer transparência na precificação, para ter a certeza de que está pagando um preço justo, como já mostraram outras pesquisas da PwC.

Em relação às perspectivas econômicas, 62% dos CEOs do setor de consumo no Brasil esperam aceleração da economia local nos próximos 12 meses, abaixo da média nacional dos demais setores no país (73%). Ainda assim, a maioria destes CEOs (59%) pretende ampliar suas equipes em 12 meses, superando a média dos líderes dos outros setores (53%).

Apenas 15% dos líderes de varejo e consumo preveem desaceleração neste ano, percentual semelhante à média nacional (14%).

“Existe um cenário de otimismo cauteloso”, diz Luciana, ressaltando que, ainda assim, o Brasil se mostra mais otimista que o resto do mundo, onde 57% dos CEOs acreditam em aceleração dos negócios, 21% preveem estabilidade e, 22%, desaceleração.

Daniele Madureira, Folhapress

PF e PM apreendem meia tonelada de maconha no Lago de Itaipu

Foz do Iguaçu/PR. Policiais federais, com apoio de policiais militares do BPFron, apreenderam uma embarcação que trazia cerca de meia tonelada de maconha, do Paraguai para o Brasil, na manhã desta segunda-feira (27/1), no município de Santa Helena, região oeste do estado do Paraná.
Os policiais patrulhavam o Lago de Itaipu quando identificaram uma embarcação chegando nas margens do lado brasileiro. Equipes, por terra e água, se deslocaram até o porto clandestino utilizados pelos traficantes, encontrando uma embarcação, de cerca de 8 metros, abandonada com aproximadamente 500 kg de maconha em fardos.

Buscas foram realizadas para localizar os envolvidos que fugiram pela mata ciliar, mas ninguém foi encontrado. A embarcação e a droga foram levadas para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura da apreensão.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu


Vereador defende Claudia Leitte e acusa o MP-BA de censura

O vereador Cezar Leite (PL) denunciou a censura ao seu direito de fala, em meio a um conturbado debate sobre a suposta intolerância religiosa da cantora Claudia Leitte, em uma audiência pública promovida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que aconteceu nesta segunda-feira (27), na sede da entidade no bairro de Nazaré, em Salvador.

Claudia é investigada por intolerância religiosa por trocar “Iemanjá” por “Yeshuá” na música “Caranguejo”. O vereador Cezar Leite, que é evangélico de tradição Batista, tem sido um constante defensor da cantora nas redes sociais e foi à audiência pública, com o objetivo de expor seu posicionamento. O que não aconteceu, porque, segundo o edil, apenas 12 pessoas, num total de 247 inscritos, tiveram vez de fala.

“Apesar de estar inscrito como foi pedido no edital, eles colocam [informam que só poderiam falar] os 12 primeiros. Não teve controle. Eu fui último da lista, de um total de 247”, disse.

Segundo o vereador representantes de religiões de matriz africana tiveram a oportunidade de discursar e opinar, mas quando uma participante evangélica teve vez, foi vaiada pelo público e teve a voz abafada pelos manifestantes que começaram a cantar.

Após o ocorrido, o edil usou sua conta no Instagram para protestar contra o ocorrido.

“Fui proibido de falar durante a audiência pública sobre o caso da cantora Claudia Leitte. Essa decisão arbitrária representa um grave ataque à liberdade de expressão e ao direito de defesa das nossas crenças e valores cristãos”, comentou o vereador em suas redes sociais.

“O que estamos presenciando é uma evidência de cristofobia e silenciamento de vozes que defendem princípios e tradições. Não nos calarem diante dessa tentativa de cesura!”, disparou Cezar.

O caso continua em desenvolvimento e o vereador promete marcar uma audiência publica na Câmara de Vereadores de Salvador, visando garantir que o direito de fala de todos os cidadãos, independentemente de suas opiniões, seja sempre respeitado.

Girão, Marcos do Val e Marcos Pontes protocolam candidatura à presidência do Senado

Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Marcos Pontes (PL-SP) registraram suas candidaturas na disputa pela presidência do Senado. Pontes e Girão protocolaram seus pedidos na segunda-feira, 27. Do Val já havia apresentado sua candidatura antes.

Os três serão os adversários de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na disputa. O ex-presidente do Senado ainda não protocolou sua candidatura. A eleição está marcada para este sábado, dia 1º, a partir das 10h.

Girão, Pontes e do Val, porém, não devem representar uma ameaça real à candidatura de Alcolumbre, que tem o apoio de quase todos os partidos da Casa Alta do Congresso.

O PL de Marcos Pontes, por exemplo, apoia Alcolumbre. A iniciativa do senador paulista de lançar sua candidatura avulsa – o que no jargão legislativo significa que ela não tem o apoio da sua legenda – causou mal-estar na direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou publicamente Pontes pela empreitada – ataque que não foi suficiente para o senador recuar.

Gabriel Hirabahasi, Estadão Conteúdo

Jerônimo atribui a Bolsonaro queda na popularidade de Lula; redução mais significativa ocorreu no Nordeste

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) atribuiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o resultado da pesquisa divulgada pelo Instituto Quest, nesta segunda-feira (27), que aponta queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o levantamento, Lula é reprovado por 49% dos brasileiros e aprovado por 47%.

Na avaliação de Jerônimo, “Lula está pagando a conta pelas mazelas deixadas pelo governo anterior” nas áreas de habitação, emprego e renda que, segundo ele, apresentam déficit. “O que o Lula está fazendo pelo Brasil, nós estamos recompondo investimentos em ministérios que não existiam, trouxemos de volta. O favorecimento, inclusive, não só para pessoas pobres, que estavam em situação de extrema pobreza, ou de fome, ou sem habitação, sem emprego. Nós melhoramos as taxas de emprego, empregabilidade, inflação”, elencou o governador, durante a aula inaugural do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar, em Salvador. Em conversa com a imprensa, Jerônimo também sugeriu como estratégia para reduzir os preços dos alimentos o estímulo à produção nacional.

A análise de integrantes da cúpula do governo Lula vai além da do governador Jerônimo. A alta de preços dos alimentos ao consumidor, o custo de combustíveis e a conta de luz também pesaram na desaprovação do governo, assim como a falha na comunicação sobre as mudanças nas regras das transações via Pix, que acabou dando espaço a fake news.

Há a expectativa de que o governo lance, nos próximos dias, uma campanha publicitária para afirmar que “ninguém mexe com o Pix” e que o Pix “é nosso”, como reação às fake news disseminadas, sobretudo, pela ala da direita. Essa será a primeira campanha da Secretaria de Comunicação da Presidência já sob a batuta do publicitário baiano Sidônio Palmeira.

Outro dado que acendeu alerta no governo federal foi a redução da popularidade de Lula em seu principal reduto eleitoral, a região Nordeste, onde a aprovação caiu de 69% para 59% e a reprovação aumentou 5 pontos percentuais, de 32% para 37%. A piora na aprovação dos eleitores de rendas baixa e média também foi vista como preocupante por emissários do governo.

Carine Andrade

Polícia Civil elucida quádruplo homicídio em Itabuna

              Um interno do sistema prisional foi identificado como mandante do crime.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Territorial de Barro Preto, elucidou um quádruplo homicídio ocorrido em abril de 2024, na zona rural daquele município. Investigações presididas pela unidade policial, com o apoio da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), identificaram um interno do Conjunto Penal de Itabuna como mandante do crime.

Mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva foram cumpridos no sistema prisional contra o acusado, nesta segunda-feira (27). Ele também é apontado como líder de uma organização criminosa com forte atuação na região de Itabuna.
As ordens judiciais foram cumpridas por equipes da 6ª Coorpin, da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sul) e da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), com o apoio da Secretária de Administração Penitenciária e Ressocialização. Na mesma ação foi efetuada busca e apreensão na cela de outra interna, sendo apreendidos anotações de documentos manuscritos e um pendrive de armazenamento de dados.

Simultaneamente também foram determinados pela Justiça cumprimentos de mandados de busca e apreensão e de prisão contra internos do sistema prisional do Rio de Janeiro e de São Paulo. Foi determinada pelo Poder Judiciário a inserção de todos os alvos no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O interno do Conjunto Penal de Itabuna será transferido para Presídio de Serrinha.

Texto: Ascom PC

Trump repete que Brasil integra grupo de nações que cobram muita tarifa e querem mal aos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou de novo o Brasil nesta segunda-feira (27) ao falar de países que “taxam demais”. O republicano ainda incluiu a nação em um grupo dos que “querem mal” aos EUA, durante um discurso a correligionários na Flórida.

“Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal”, disse Trump. “A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”, afirmou.

O republicano deu a declaração no contexto em que dizia que é preciso taxar produtos estrangeiros para favorecer a produção interna nos Estados Unidos.

Trump já havia citado o Brasil em novembro, após ser eleito, como exemplo de país com excesso de tarifas alfandegárias sobre produtos americanos e disse que vai impor um tratamento semelhante às exportações estrangeiras.

“Nós vamos tratar as pessoas de forma muito justa, mas a palavra ‘recíproco’ é importante. A Índia cobra muito, o Brasil cobra muito. Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa”, disse Trump à época durante entrevista coletiva realizada em Mar-A-Lago, em Palm Beach, na Flórida.

Nesta segunda, Trump afirmou que “tarifa” está entre as quatro palavras das quais hoje ele mais gosta. Antes de mencionar o Brasil, ele citou o atrito que teve com a Colômbia neste domingo (26). O país sul-americano inicialmente se recusou a receber voos com imigrantes deportados.

O presidente dos EUA reagiu e ameaçou colocar uma tarifa alfandegária de 25% em cima dos produtos colombianos. Mais tarde, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recuou e aceitou receber os aviões, levando Trump recuar na promessa de sanção.

“Vamos proteger nosso povo e nossos negócios e vamos proteger nosso país com tarifas. Você teve uma pequena indicação disso ontem com o que aconteceu com um país muito forte. A Colômbia é tradicionalmente um país muito forte. Se eles não fabricarem seus produtos na América, então, muito simplesmente, eles devem pagar uma tarifa que trará trilhões de dólares para o nosso tesouro de países que nunca nos pagaram 10 centavos”, afirmou Trump nesta segunda.

Desde a campanha presidencial dos EUA, da qual saiu vitorioso em novembro, Trump tem reiterado promessas de aumentar tarifas sobre produtos chineses e criar outras novas sobre os demais países.

“Vamos proteger nosso povo e nossos negócios e vamos proteger nosso país com tarifas. Você teve uma pequena indicação disso ontem com o que aconteceu com um país muito forte. A Colômbia é tradicionalmente um país muito forte. Se eles não fabricarem seus produtos na América, então, muito simplesmente, eles devem pagar uma tarifa que trará trilhões de dólares para o nosso tesouro de países que nunca nos pagaram 10 centavos”, afirmou Trump nesta segunda.

Desde a campanha presidencial dos EUA, da qual saiu vitorioso em novembro, Trump tem reiterado promessas de aumentar tarifas sobre produtos chineses e criar outras novas sobre os demais países.

Na semana passada, ao conversar com repórteres na Casa Branca, o presidente prometeu atingir a União Europeia com tarifas. Disse também que seu governo está discutindo a imposição de uma taxa de 10% sobre os produtos importados da China em 1º de fevereiro, porque a droga fentanil está sendo enviado da China para o México e o Canadá.

Entretanto, ele não impôs imediatamente as tarifas quando tomou posse, como havia prometido durante sua campanha eleitoral. Com isso, houve queda do dólar pelo mundo.

Julia Chaib/Folhapress

Com presença do governador, evento reúne 1.888 alunos-a-soldado da PMBA

Com duração de 12 meses, o curso envolve 1.300 horas/aula, divididas entre atividades teóricas e práticas, capacitando os futuros policiais.

A Polícia Militar da Bahia realizou, na manhã desta segunda-feira (27), no Centro de Cultura Cristã da Bahia (CECBA), no bairro Costa Azul, a aula inaugural do Curso de Formação de Soldados. O evento contou com a participação de 1.888 alunos-a-soldado, distribuídos em 28 unidades e núcleos temporários de ensino em todo o estado.

A solenidade reuniu diversas autoridades civis e militares, entre elas o governador Jerônimo Rodrigues, o secretário da segurança pública, Marcelo Werner, o secretário de justiça e direitos humanos, Felipe Freitas, o comandante-geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho, e o diretor do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), coronel Fernando Portugal.

Durante o evento, o governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância da dedicação dos novos alunos. “Espero que fortaleçam o desejo de serem bons e boas profissionais e que mantenham a capacidade de sonhar”, afirmou.

Com duração de 12 meses, o curso envolve 1.300 horas/aula, divididas entre atividades teóricas e práticas, capacitando os futuros policiais para reforçar o policiamento ostensivo em todo o estado.

Damos as boas-vindas aos novos profissionais que vêm para fortalecer as ações de segurança pública na Bahia”, declarou o comandante-geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho.

A expectativa é que, ao final de 2025, os novos soldados estejam prontos para atuar nas ruas, contribuindo para a segurança e bem-estar da população baiana.

Texto: Polícia Militar – DCS

Pedidos de recuperação judicial batem recorde em 2024, diz Serasa

O Brasil registrou, em 2024, o maior número de recuperações judiciais da série histórica da Serasa Experian, com 2.273 empresas adotando um regime especial para se reestruturarem financeiramente.

Em relação a 2023, o índice aumentou 61,8%, quando 1.405 empresas entraram em recuperação.

A última vez que a Serasa registrou volume semelhante de empresas em recuperação foi em 2016, com 1.863 empresas.

“Embora o ambiente econômico estivesse aquecido em 2024, o Brasil enfrenta uma taxa de juros bastante restritiva. Para as empresas que entram em inadimplência e não conseguem reverter essa situação, o instrumento de recuperação judicial auxilia na reorganização, evitando assim a falência”, afirma em nota Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian.

Na recuperação judicial as empresas conseguem renegociar as dívidas com credores, recebendo descontos que podem chegar a 90% do valor da dívida, com baixa correção e prazos de pagamentos mais esticados. A falência, por outro lado, é decretada quando as companhias já não conseguem mais cumprir com suas obrigações e pagar suas dívidas.

Com exceção dos anos da Covid-19, em que menos empresas pediram recuperação judicial por renegociarem ou pausarem suas dívidas, a média brasileira não costuma ultrapassar muito os 1.400 pedidos por ano.

O segmento mais prejudicado no ano passado foi o de serviços, que concentrou 40,8% das recuperações. Em seguida ficaram comércio (25,3%), setor primário (18,6%) e indústria (15,2%).

O levantamento da Serasa mostra que o ano foi mais complicado para as micro e pequenas empresas, com 1.676 pedidos, um aumento de 78,4% em relação a 2023. Em seguida, ficaram empresas médias e grandes, com 416 e 181 pedidos, respectivamente.

Como mostrou a Folha nesta segunda (27), além dos juros altos, pesaram no ano das companhias a menor oferta de crédito, inadimplência e o dólar alto, que fizeram com que dívidas ficassem mais caras e mais difíceis de pagar, gerando um ciclo em que as contas não fecham.

QUEDA NAS FALÊNCIAS
Se o país encerrou o ano com recorde nas recuperações judiciais, houve um recuo de 3,5% no pedido de falências, com 949 empresas fechando as portas por insolvência. Novamente, as micro e pequenas puxaram o maior volume de falências, com 578, seguidas das empresas de médio porte (189) e grande (182).

O setor de serviços foi o maior prejudicado, com 416 empresas falidas. Companhias de comércio e indústria, ambas com 292 e 238 pedidos, respectivamente, estiveram em seguida —somente três empresas do setor primário tiveram falência decretada.

O indicador da Serasa Experian para falências e recuperações judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de fóruns, varas de falências e Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

Diego Felix/Folhapress

Policial militar é morto a tiros durante arrastão em Paripe

                                     Caso foi registrado na noite de segunda-feira (27)
A violência contra os agentes de segurança em Salvador teve mais um registro na noite dessa segunda-feira (27), quando um soldado da Polícia Militar foi morto a tiros no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário. Por volta das 20h, na Rua da Bélgica, Arnaldo de Oliveira Silva, 43 anos, foi baleado no peito por criminosos ao tentar impedir um arrastão no local.

De acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, o policial estava de moto durante a ocorrência. “Ele estava na moto que é possível ver nas imagens que estão circulando dele caído. Não sei os detalhes, mas os bandidos estavam fazendo um arrastão na área. Arnaldo tentou evitar isso, mas acabou sendo atingido por tiro no peito”, conta o policial, que prefere não se identificar.

Após o tiroteio, Arnaldo foi socorrido e levado para o Hospital do Subúrbio, mas acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu. Ainda segundo informações iniciais, os criminosos responsáveis pela morte do policial estavam a bordo de um veículo do modelo HB20 de cor vermelha. Logo em seguida ao caso, buscas foram realizadas.

Procurada, a Polícia Militar confirmou, com profundo pesar, a morte do agente. "Neste momento de imensa dor, a corporação presta toda a solidariedade e apoio aos familiares e colegas de farda enlutados. As informações sobre o sepultamento serão definidas pela família", escreveu em nota.

Arnaldo era lotado no Comando Geral da Polícia Militar e foi o terceiro PM a ser baleado na segunda-feira, em Salvador. Antes dele, dois policiais foram baleados durante uma ronda no bairro de Tancredo Neves ainda pela manhã. Um dos policiais foi ferido na orelha e outro foi baleado na perna. Os dois estão fora de perigo e foram liberados do hospital após atendimento médico.

Após o caso, o Grupamento Aéreo (Graer) e equipes da Rondesp foram acionados pra localizar os autores dos disparos, mas ninguém foi encontrado. Houve reforço do policiamento na região, mas a circulação de ônibus foi interrompida no início da tarde por conta do clima de insegurança.

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Mineiro preso nos EUA foi condenado por matar pai e filho durante perseguição policial no Brasil

O nome dele chegou a ser incluindo em uma lista de criminosos procurados internacionalmente pela Interpol, mas foi retirado após recurso da defesa

O perfil oficial da Casa Branca publicou uma lista com nomes de nove imigrantes acusados ou condenados por cometerem crimes que serão deportados dos Estados Unidos. Dentre os nomes está o de Vitor de Souza Lima, natural de Inhapim, interior de Minas Gerais, condenado por duplo homicídio culposo antes de sair do Brasil.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ele dirigia em alta velocidade, o que chamou a atenção da Polícia Militar (PMMG). Vitor teria desobedecido às ordens de parada e, durante a fuga, atropelou e matou pai e filho. Ele foi processado e condenado a 4 anos e 23 dias de detenção com regime inicial aberto.

A pena privativa de liberdade foi convertida na prestação pecuniária, pagamento de valor em dinheiro aos dependentes ou familiares das vítimas, e na prestação de serviços comunitários. Após a condenação, o brasileiro saiu do país, sendo considerado foragido da Justiça. A Vara de Execuções Penais de Inhapim incluiu o nome dele na lista de difusão vermelha da Interpol, com o nome de criminosos procurados internacionalmente, mas foi retirada posteriormente por conta de um recurso da Defesa. 

Para a Itatiaia, a Secretaria de Segurança e Justiça (Sejusp) afirmou que Vitor já teve uma passagem pelo sistema prisional administrado pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) entre 8 de outubro de 2014 e 5 de outubro de 2015. Em nota, a Sejusp afirma que ele foi desligado por meio de um alvará de soltura expedido pela Justiça.

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INSS começa a reagendar automaticamente perícias médicas afetadas pela greve

De acordo com o dado parcial de janeiro de 2025, a fila de espera por uma perícia já chega a 686 mil pessoas

O INSS começou a reagendar automaticamente todas as perícias médicas afetadas pela greve.

Já são quatro meses sem salário esperando para fazer a perícia médica. A Maria Assunção Cambronio tem câncer de mama e, por orientação médica, não pode trabalhar durante a quimioterapia. Ela recebeu o atestado em outubro, só conseguiu marcar consulta para janeiro. Mas o perito estava em greve

"Foi agendado pra março. Isso é muito importante porque a gente depende do benefício, que esse benefício só é liberado quando passa pelo perito, e a gente precisando comprar remédio", diz Maria.

A Maria Assunção é uma das 125 mil pessoas que, entre 20 de agosto a 21 de dezembro de 2024, tiveram a perícia médica cancelada por causa da greve dos peritos. A paralisação continua, e a fila de espera por uma perícia, que estava caindo, voltou a subir. Em janeiro de 2024 eram 880, 5 mil pessoas na fila. Em junho, 566 mil. Em agosto, quando a greve começou, subiu. E o dado parcial de janeiro de 2025 já chega a 686 mil.
A partir desta segunda-feira (27), o reagendamento quando o perito estiver em greve é automático. Os segurados vão receber mensagens informando a nova data pelo aplicativo Meu INSS, pelo canal 135 e pelo celular. Mas a prioridade, segundo o Ministério da Previdência, é que o segurado seja atendido no mesmo dia, com outro perito.

O ministro Carlos Lupi determinou, ainda, que o salário dos dias parados dos grevistas seja descontado e que a agenda dele seja suspensa.

"Quem faltar não terá o salário daquele dia que faltar. Quem faltar e não quiser atender, essa pessoa antes não podia ser colocada pra outro médico atender. Hoje, o Supremo já autoriza para que a gente distribua para outro médico. Muitas das vezes, na hora, se tiver folga ou vaga numa outra agenda de um outro médico, ela vai ser atendida e resolvida ali", diz Carlos Lupi.
 Por Jornal Nacional

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